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Comunicação
empresarial
reconstruída na
sociedade em rede
1 A professora Margarida Kunsch (2003) sugere que o termo organizacional seria mais abrangente,
abarcando não só empresas, mas também instituições públicas, sem fins lucrativos, organizações não-
governamentais, fundações etc.
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uma empresa são fundamentais para sua sustentabilidade e expansão
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comercial, sendo, portanto, ações estratégicas. Em outras palavras, a
comunicação constitui-se como um dos pilares institucionais, essencial
para o marketing e o alcance dos objetivos de uma empresa.
2 Haveria ainda a comunicação administrativa, por meio da qual se dariam os fluxos informativos estritamente
administrativos.
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1 Branding e valor institucional
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etc. Portanto, branding não seria sinônimo de comunicação institucional,
mas estaria contido nela, representando e zelando pela imagem e re-
putação da empresa, a partir da gestão de suas marcas. Vale desta-
car que, dependendo do porte e da estrutura organizacional, o branding
pode estar constituído em uma área própria ou distribuído em áreas
correlatas dentro da comunicação institucional, independentemente de
sua composição deve ser trabalhado de forma integrada e sistêmica.
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dar uma alma ou um estilo à marca. Não se vende mais um pro-
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3 Para tanto, muitas adotariam o modelo de colaboração para otimizar investimentos, custos e lucros
(TAPSCOTT; WILLIAMS, 2007).
4 Obviamente, a marca não determinaria de forma exclusiva o valor de mercado de uma empresa que
continua dependendo das circunstâncias dos mercados, bolsa de valores, inovações, performance dos
produtos etc.
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produtores de conteúdo nas redes sociais. Assim, para se sobressaírem
em meio à profusão de informação na Internet e atraírem a atenção
do público, os gestores de marcas compreenderam que uma das saí-
das seria produzir, em diferentes formatos, conteúdos relevantes para
as pessoas, indo, portanto, além da publicidade de informações e de
discursos sobre a efetividade dos produtos e os valores institucionais.
5 Este campo recebe diferentes nomeações no mercado como: Marketing de Conteúdo, Inbound
Marketing, Digital Branded Content. Ver Oliveira (2015).
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e de branding das empresas, afetando toda sua estrutura. Segundo o
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2 Comunicação mercadológica
Como o adjetivo anuncia, a comunicação mercadológica diz respeito
à toda produção comunicativa com fins comerciais de uma empresa,
visando a divulgação de seus produtos e serviços, estando, portanto,
vinculado ao seu marketing (propaganda, promoção de vendas, feiras,
exposições, merchandising, marketing direto, vendas pessoais etc.). As
TIC reformularam ineditamente os parâmetros da comunicação merca-
dológica. De autocentrada, a comunicação empresarial desenhada para
o público externo passou a incorporar nossa diversidade sociocultural,
demandas e subjetividades. De unilateral, passou a ser múltipla e intera-
gente. De analógica ou eletrônica, tornou-se convergente, combinando
os formatos e meios disponibilizados pelo digital.
Antes, para ter visibilidade e alcançar seu público externo, uma em-
presa dependia exclusivamente das campanhas publicitárias desti-
nadas às mídias (urbana, impressa ou eletrônica) que, portanto, inter-
mediavam a exposição das marcas e produtos, assim como a relação
unilateral com os potenciais consumidores. Com o digital, as empresas
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ciais, ganhando mais liberdade para a produção de conteúdo autorre-
fenciado e relevante, assim como para dialogar diretamente com seus
públicos. Mas a presença indiscriminada e não planejada das empre-
sas nas redes sociais seria ineficiente. Primeiramente, porque é preci-
so uma avaliação prévia sobre que tipo de rede seria mais adequada
ao modelo de negócio e aos objetivos da empresa. Em segundo lugar,
porque estar nas redes implica a adoção e adequação permanente às
práticas comportamentais, técnicas e mercadológicas concernentes ao
universo digital.
NA PRÁTICA
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(idade, sexo, gênero), sua localização, redes sociais de preferência, as-
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assim rumores, desencontro de informações, emitindo mensagens que
promovam uma imagem corporativa compromissada com a sociedade
ou, até mesmo, estancando a crise (SILVA; STABILE, 2016).
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as empresas a dialogarem com seus públicos de forma verdadeira, di-
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Redes sociais não são espaços para marketing. Não são espaços
para venda direta. Tampouco para SAC. (...) Redes são, sobretudo,
conversações. (...) Áreas de marketing pensando no conteúdo ex-
clusivamente com métricas de impacto, sem se preocupar com a
conversação, tornam o resultado pouco eficaz (sobretudo com a
expansão do adblocking), muito estranho e perigosamente enga-
noso. Áreas de customer care pensando na interação apenas como
SAC tampouco extraem o potencial da rede. (...) Meios novos, com
dinâmicas próprias, requerem metodologias novas que, estrutural-
mente, coloquem as áreas de redes sociais para funcionar como
uma só, como um ecossistema. Um ciclo íntegro que se retroali-
mente e que sirva à conversação. Estratégia, gestão e criação de
conteúdo, business Intelligence, digital PR e SAC 2.0 devem funcio-
nar sob o mesmo céu, para ouvir e conversar com o usuário, apren-
der com ele e, com isso, criar conteúdos, campanhas, produtos,
serviços e canais mais próximos e legítimos. (SALGADO in: SILVA;
STABILE, 2016, grifos do autor)
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e negócios. Segundo Kaufman (2017), a adoção inteligente das TIC pe-
las empresas, sua atuação nas redes e o diálogo que estabelecem com
seus públicos, e a sociedade em geral, seriam passos fundamentais
para a necessária e urgente reformulação de seus modelos de gestão
ultrapassados que de rígidos, burocráticos e verticalizados tornar-se-
-iam mais ágeis, horizontais e colaborativos.
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sas. (...) Os clientes podem ver mais claramente o verdadeiro valor
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3 Comunicação Interna
Pesquisadores e especialistas em comunicação empresarial defen-
dem que o investimento na comunicação mercadológica seria inútil sem
o devido cuidado com a comunicação interna, pois os funcionários de
uma empresa são considerados seus públicos primários, multiplicado-
res de sua imagem e reputação para sua rede familiar e social. Além
disso, avalia-se que seu comprometimento e produtividade estariam
diretamente atrelados ao seu bem-estar, dado que estes indivíduos pas-
sam grande parte de seu tempo dentro das empresas (KUNSCH, 2003).
Por este motivo, parte das corporações mais respeitadas no mundo
hoje empenha-se em garantir a satisfação, confiança, bem-estar e a
qualidade de vida de seus profissionais. Tal movimento advém ainda
de consensos partilhados mundialmente sobre os direitos humanos e
trabalhistas, assim como configura-se em uma forma de superação do
chamado turnover, termo que, no universo dos recursos humanos, de-
signa a alta rotatividade dos empregados.
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os empregados não forem respeitados nos seus direitos de cida-
dãos e nem considerados o público número um, no conjunto de
públicos de uma organização. (...) um projeto de comunicação
interna pressupõe também mudanças nessa direção, para que se
consigam compatibilizar os interesses dos empregados com os da
organização. (KUNSCH, 2003, p. 157).
PARA PENSAR
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suas ideias, opiniões, pedidos e críticas; monitorar estas demandas
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abordagem de contar histórias que usam com seus consumido-
res. (...) No entanto, é mais difícil contar histórias aos empregados,
porque isso significa encenar experiências de trabalho autênticas
e coerentes. Uma atitude que não esteja alinhada com os valores
da empresa estragará toda a história. Os consumidores detectam
facilmente quando uma missão de marca não é autêntica. E os em-
pregados detectam com facilidade ainda maior falsos valores nas
práticas da empresa. (KOTLER, 2010, p. 81)
Considerações finais
O conceito de comunicação empresarial abarca inúmeras técnicas,
metodologias e práticas comunicacionais de uma empresa, realizadas
para fins comerciais, mais também sociais, na medida em que incorpo-
rariam questões culturais e comportamentais. Sua efetividade depen-
deria de ações integradas e planejadas desde o branding até as formas
de relacionamento com os públicos internos e externos. As tarefas e
desafios intrínsecos à comunicação empresarial se transformariam com
as TIC, pois, ao mesmo tempo em que o digital permitiu às empresas
maior autonomia para dar visibilidade a suas marcas, produtos e ser-
viços, a tecnologia exigiria uma série de procedimentos como: a adap-
tação de linguagens e produção de conteúdos relevantes; a disputa de
espaço e atenção dos usuários das redes sociais; o diálogo permanente
com públicos; o monitoramento em tempo real; etc.
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cultura organizacional, sendo mais transparente e valorizando sua comu-
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Referências
CARRILHO, Kleber Nogueira; MARKUS, Kleber. Narrativas na construção de
marcas: storytelling e a comunicação de marketing. Revista Organicom, v. 11,
p. 128-136, 2014.
KOTLER, Philip. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marke-
ting centrado no ser humano. Tradução de Ana Beatriz Rodrigues. – Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
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SALGADO, Marcelo. SAC e Social CRM: os 13 passos para estabelecer conver-
sações. In: SILVA, Tarcízio; STABILE, Max. (Org.) Monitoramento e pesquisa em
mídias sociais: metodologias, aplicações e inovações. – São Paulo: Uva Limão,
2016.
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