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comunicação estratégica

Comunicação “Para quê uma marca?”: gerar maior reconhecimento,


1ª via: a comunicação episódica diferenciação da concorrência de mercado, confiança
focada no momento | no tema impulsiva | isolada e fidelização dos públicos alvo.
2ª via: estratégica 1.1 Conceitos estruturantes
focada nos objetivos | nos públicos-alvo Identidade corporativa: é aquilo onde se pergunta
posicionamento | integrada | médio e longo prazo "o que somos efetivamente ou o que queremos
1. As marcas e o processo de brandbuilding ser?" (representada por símbolos, cores, logotipo,
“”Tudo começa com uma marca”: a questão do visual ou seja, ligado a tipografia, documentação, logo
a) O que é uma marca? marca; é a parte visual, e a parte do trabalho
Uma representação ou um símbolo que identifica tipográfico). A identidade deve ter coerência,
algum produto, expressa alguma identidade. simbolismo e posicionamento. Atrelado ao
Uma marca apresenta um conjunto de valores, que conceito de emissão (código genético), sendo
podem ser defasados, práticos, inovadores e assim um processo de longo prazo.
irresistíveis, por exemplo. Imagem corporativa: é o que os outros, o exterior
sinal | índice | ícone | logótipo | elemento gráfico + percebe e vê de nós a partir de uma síntese, uma
conceito + logótipo + slogan representação ou um símbolo, atrelado ao
conceito de recetor (reflexo no outro)
Comunicação corporativa: é o processo de
transferência de identidade em imagem que traz a
necessidade de autenticidade. Não se pode
comunicar algo que a empresa não tenha, para
Uma marca também é, além das questões visuais e não decepcionar os clientes ou deixar algo ainda
linguísticas, uma espécie de “contrato”, pois promove a desejar.
a confiança e declara uma promessa. Posicionamento: é o espaço mental que a marca
Estabelece uma relação que muitas vezes tem ocupa na mente dos públicos alvo. Uma vez
afirmações sociais. definida a posição mental, é necessária uma
b) Características gerais das marcas coerência e uma consistência de uma marca ao
Tendem a ser antropomórficas (ou seja, adquirem longo do tempo para manter-se bem no mercado.
características próprias dos humanos) Notoriedade: fama, renome, reconhecimento,
Orientam e influenciam o comportamento e a conceito que se liga com a reputação da marca
avaliação social através de uma comunicação (influenciada pelas ações, atitudes e
bidirecional ou múltipla, além do fato de que pode posicionamentos). As marcas esforçam-se para
ser uma plataforma para a cidadania e para o estar presentes.
ativismo O equilíbrio entre a a identidade e a imagem
c) Finalidade de uma marca corporativa é determinante no sucesso da
As marcas tem as principais funções de identificar e comunicação.
de diferenciar, além de posicionar (nesse caso abre Exemplo: se uma organização programa uma postura
portas para o questão do posicionamento mental da clássica, conservadora e transmitir a determinada
marca) e acrescentar valor comunicacional altura uma imagem moderna, jovial, brincalhona, está-
se a contradizer e a correr o risco de as pessoas
Exemplo: campanha da Nike (as vendas
deixarem de se identificar como a sua empresa.
aumentaram 31% após a campanha dos 30 anos
da Nike com Colin Kaepernick, que protestou
contra o racismo).
Distinção entre logotipo e logomarca Visão: é a direção desejada, o caminho que se
Logotipo: é a parte escrita (o nome da marca) de pretende percorrer ou uma proposta do que a
forma estilizada. organização deseja ser a médio e longo prazo e,
Logomarca: é o desenho, o símbolo ou o ícone ainda, de como ela espera ser vista por todos
que representa a marca graficamente. Isso não (“como vemos que vamos chegar nesse caminho
significa, porém, que uma marca seja obrigada a definido na missão e como pensamos que
ter ambos na composição da sua identidade podemos atingir o sucesso nela”)
visual. Valores: incidem nas convicções que
1.3 Ângulos de análise fundamentam as escolhas, códigos éticos e
1.3.1 Fontes de identidade: as principais fontes de condutas seguidas pela organização (“aquilo que
identidade são os produtos/serviços, nome, logotipo, é utilizado durante o caminho para conseguir o
embalagem e a comunicação em publicidade que se deseja, " a partir do que?")
a) Nome: 1.3.2 Arquitetura de marca
É a primeira fonte de identidade, mas pode ser "Como gerir uma marca?"
muito pouco valorizada pelos seus mentores por Em quase todos os organismos, a fonte de identidade
conta de problemas de registo. prática é a logomarca ou a logotipo, que é por onde
Deve traduzir o posicionamento com uma boa deve se iniciar o trabalho de comunicação
sonoridade e fácil de memorizar, corporativa.
Não deve ser hermética (ex. siglas). Teoria da estrutura da identidade
Deve ser absolutamente diferenciadora no seu a) Monolítica: quando há um nome e estilo visuais
segmento de mercado. únicos (exemplo: se uma sociedade tem cinco
divisões e utiliza um nome, um conjunto de cores, um
símbolo e um estilo tipográfico semelhante entre
todas, emite uma ideia de simplicidade e
centralização (identidade monolítica).

A arquitetura monolítica é recomendada para


empresas cujo valor de marca já é bastante
estabelecido, ou seja, possui clientes fiéis e altamente
conectados ao seu propósito, que se atraem por
todas as iniciativas realizadas, sejam lançamentos de
produtos, novas marcas, colaborações, etc. Em
contrapartida, através desse modelo a marca precisa
se posicionar de forma mais ampla para abranger a
grande variedade de produtos e segmentos em que
Simbolos, nomes, assinaturas, inovação no atua, o que pode tornar a sua expressão muito difusa.
produto, design, etc; exemplo: apple.
A identidade de uma marca deve ser coerente e
consistente ao longo do tempo, para garanti a sua
notoriedade e reputação positiva no mercado.

Holística
Missão: é a razão e o motivo de ser, faz parte da
essência da organização. Carrega a ideia chave
da marca, que está mais por trás, expressando
como uma coisa nata, como tal um "o que eu faço
aqui?”. Na missão, sublinha-se o que faz, o que
pretende alcançar e como espera ser
reconhecida.
b) Decolagem ou endossada: quando há um
grupo de atividades encostadas à marca mãe
(exemplo: Se a mesma empresa dá a cada divisão
uma cor, utiliza nomes, símbolos e logótipos
diferentes, projetará uma imagem mais
descentralizada (de colagem), porém não
prescinde do nome da empresa-mãe.

Esta estratégia é bastante comum em grupos


empresariais – nos quais a marca institucional
endossa outras marcas ou linhas de produtos – e é
relevante especialmente para o lançamento de novas
marcas, considerando que já existe um canal de
contato com parceiros e fornecedores, mão de obra
especializada e processos internos estruturados.

Uma arquitetura de marca bem estabelecida facilita a


tomada de decisões, descomplica estratégias e
permite que todas as marcas se comuniquem com
consistência e originalidade dentro dos objetivos
propostos, seja destacando a atuação da marca-mãe
ou alcançando novos nichos de mercado.

c) De marcas: quando há uma organização opera por


meio de marcas independentes entre si.

1.3.3 Posicionamento e núcleo de identidade


O posicionamento funciona como ferramenta vital de
uma decisão. Nada mais é do que encontrar do
processo de identificação de variáveis, um espaço no
cérebro; como chegar a mente dos públicos-alvo.
Traduz-se uma frase-chave, simples e persuasiva:
assinatura ou slogan.
a) Funções do posicionamento:
Criar um território a partir da identificação
Diferenciar e distinguir a marca de sua
concorrência.
b) Qualidades de um bom posicionamento
Simplicidade (clareza e capacidade de síntese de
Este modelo é propício para fortalecer as ideias)
características individuais de cada uma das marcas, Pertinência (a transmissão daquilo que realmente
transparecer a sua essência e personalidade e, por interessa)
consequência, definir muito bem seus públicos.
Originalidade (posicionar-se num espaço vago no Exemplo de caso de estudo:
mercado e destacar a qualidade da qual é o único MAD Museum - New York: excelente exemplo de
detentor) brand building (marca camaleônica)
Credibilidade (não ter colocações contraditórias Eles começam por pegar uma sigla com dupla
em relação as características do que a empresa significação (MAD) e vão a construindo através de
oferece) esboços.
Depois disso, propõe a marca mutante, a partir da
c) “Como podemos determinar uma estratégia de
disposição de cor e imagem que formam certa
posicionamento?”
originalidade com diferentes detalhes e
1. Identificar a concorrência no mercado
acabamentos.
2. Determinar como se posicionam os concorrentes 3.
O detalhe a partir de cartazes reforça esse tipo de
Determinar como a concorrência se avalia no
personalidade da marca a partir da aplicação de
mercado
bandeirolas. Já a aplicação e a interatividade
4. Analisar os consumidores e públicos-alvo
despertam detalhes da marca através da sinalética.
5. Selecionar a posição
Os papéis de embrulho e a embalagem perpetuam a
6. Gerir a posição
construção da identidade de uma marca. Mais ainda,
d) 7 tipos de estratégias de posicionamento: sacos, t-shirts e o merchandising em si (aplicação da
1. Ênfase no atributo (a mais utilizada) marca em autocarros, por exemplo)
Exemplo: economia, segurança, durabilidade Um bom exemplo de brand building conta com a
2. Ênfase na relação qualidade-preço (sobretudo coerência e a consistência ao longo do tempo, o que
transmite a ideia de “dinheiro bem gasto”) define então a sua notoriedade e a sua reputação
Exemplo: hipermercados 9produtos, nome, logótipo, historial, embalagem,
3. Ênfase no uso ou aplicação (associa a marca ao publicidade)
seu uso)
Exemplo: “Um donuts por dia”
4. Ênfase no utilizador do produto (associa o produto
com o consumidor ou classe de consumidores –
sentido de pertença a uma classe)
Exemplo: Armani, Denim
5. Ênfase na classe do produto (característica
diferenciadora)
Exemplo: descafeínado, sabonete líquido
6. Ênfase em símbolos culturais (identifica algo
significativo para o alvo)
Exemplo: Marlboro Man, Espanha/Miró
7. Ênfase na concorrência (muitas vezes, expressa-se
através de pub. comparativa)
Exemplo: Avis. We try harder, Pepsi
1.3.4 Prisma de identidade de marca (Kapferer) Aspectos físicos: é onde entram as
A transformação de “imagem pretendida” em características tangíveis da sua marca. No caso
“imagem percebida” é crucial. da Nespresso, fica aparente a grande
preocupação que a marca possui com o design.
Todo o ambiente da loja e os produtos são
A comunicação, enquanto processo de partilha do pensados para criar um ambiente confortável,
significado da oferta com os públicos, evidenciou-se, mas que motive o cliente a agir - ainda que para
tanto mais que não é fácil competir num universo tomar uma xícara de café.
mediático com outras empresas que aspiram Personalidade: são aquelas características
igualmente a uma imagem positiva. humanas que a sua empresa possui. Você precisa
Diferenciação pensar como a sua marca seria se ela fosse uma
A imagem de marca: necessidade de diferenciar a pessoa. Alinhe a personalidade da sua marca
oferta, numa sociedade de abundância (está com o público que você quer atingir, de modo que
relacionada com a forma como o público seus clientes se sintam representados por você. É
descodifica o conjunto de sinais que são a partir da personalidade que você vai criar o tom
provenientes dos produtos/serviços, de voz da sua marca. No caso da Nespresso, a
propriamente ditos, mas também do seu preço, da empresa tem uma personalidade reservada e
sua distribuição e da sua comunicação forte, que conecta muito bem com o público
programada executivo.
a) Questões que influenciam a imagem da marca: Relação: é a forma como a sua marca se
Apesar da marca ser diferente do produto, constituir- comunica com os seus stakeholders -
se de elementos intangíveis, resultantes da percepção principalmente com o cliente. A partir da forma
dos consumidores, não pode ser desligada do como você busca se relacionar com o seu cliente,
produto que a ancora, pois é da sua relação com o será possível montar a comunicação do seu time
produto que a marca define o seu ser. de vendas e a cultura de atendimento da sua
empresa. Por exemplo, se você é uma marca mais
voltada ao público jovem, seus vendedores
podem se comunicar com mais gírias e memes.
No caso da Nespresso, a relação com os clientes
está no hobby, pois eles são realmente
apaixonados pela marca e pelo café. A relação
com o cliente é sempre feita lembrando do prazer
1.3.4.1 Prisma de Kapferer de se tomar um bom café.
A identidade da marca forma-se de elementos que Cultura: Aqui entram os valores que regem o
traduzem a unicidade de uma marca na perspectiva comportamento da sua marca. Também é a
da organização que a construiu e/ou é sua cultura que vai traçar as estratégias de longo
proprietária. prazo da sua empresa e o seu “sonho grande”. Na
a) Identidade para Kapferer (1991): “o conjunto de Nespresso, a cultura é altamente focada na
características específicas da marca, resultantes da inovação e sofisticação, buscando sempre novas
sua história, dos seus valores, das suas propriedades, tecnologias, com muita qualidade.
do seu aspecto físico, do clima de relação que Reflexo: como o seu cliente quer ser visto? É
mantém com o público, do seu reflexo”. importante você pensar não só a forma como a
Citações: sua marca se posiciona para os seus clientes,
"A personalidade da marca, ou suas características mas também como os seus clientes querem ser
psicológicas, afetam realmente as preferências dos vistos. Voltando ao case da Nespresso, os
consumidores, mas isso irá variar em conformidade clientes da empresa buscam se mostrar estilosos,
com as situações de uso (Aaker, 1997)” o que está diretamente ligado a importância que a
“Gerida ou não, planificada ou não, desejada ou marca dá para o design.
sofrida, qualquer marca adquire através da Mentalização:
acumulação das suas comunicações uma história, Quais sentimentos você quer passar ao seu
uma cultura, uma personalidade, um reflexo, etc.” cliente quando ele usa os seus produtos? É o lado
“Gerir a marca é dirigir esta sedimentação emocional que vai atingir os desejos mais
progressiva no sentido escolhido, em vez de herdar profundos que o seu cliente tem, para convencê-lo
uma imagem de marca.” (Kapferer, 1991, p. 55)” a comprar o seu produto. Quando alguém compra
“Sua marca é o que as outras pessoas falam sobre uma máquina Nespresso, a pessoa se sente parte
você, quando você não está na sala.” de um clube seleto, criando um sentimento de
comunidade, como uma espécie de “status”.
Exemplos práticos de análise:
1.3.5 Personalidade em que formas e meios ela opera (que pode ser
A personalidade constitui uma proposta observado e levantado através de uma análise swot)
metafórica de existência física e psicológica, que Integração: A integração de todas as ferramentas
lhe dá um carácter e uma individualidade de comunicação disponíveis de forma coesa e
semelhante a qualquer ser humano. coerente é indispensável às organizações, pois
A identidade de uma marca tem forte suporte trabalha com o princípio da agregação por
num antropomorfismo aplicado à atividade oposição à fragmentação. Tem, portanto, a
económica. P.e: a Marlboro é masculina, a Apple função de integrar e promover o branding,
é jovem ou a IBM é velha (Aaker, 1999). campanhas publicitárias, comunicação digital)
Pressupostos: os consumidores interagem com Comunicação estratégica: “comunicação alinhada
as marcas como se estas fossem pessoas. com a estratégia global da empresa, por forma a
2. Comunicação Estratégica e Integrada alcançar o seu posicionamento estratégico”.
Organização: é um conjunto de pessoas que Comunicação que utiliza de um plano de ação
trabalham coletivamente para um objetivo , concebido para atingir um objetivo determinado, a
proposta, tarefas e códigos comuns, através do partir do uso de meios disponíveis para alcançar
desenvolvimento de atividades especializadas. um fim específico com a avaliação e o controlo.
a) Tipos de organizações? Comunicação planeada, dirigida, com finalidade,
Setor privado: empresas e grupos empresariais alinhada com os propósitos da estratégia global e
Setor público: organismos estatais, nacionais, com vista à obtenção e gestão do
regionais, autárquicos, locais. posicionamento estratégico. (entendida numa
Terceiro setor: ONG, Associações, IPSS, Fundações, perspectiva integrada na forma como as
Instituições Religiosas, Fundações, Cooperativas organizações se apresentam e promovem através
2.1 Conceitos estruturantes: uma visão sobre a das atividades dos seus líderes, colaboradores e
evolução profissionais de comunicação; percebida como
Público: "os públicos são sempre o ponto de todo o tipo de comunicação utilizada para atingir
partida e o ponto de chegada para a comunicação objetivos político organizacionais e com os
estratégica" seguintes campos de aplicação: empresas,
Stakeholders: todas as pessoas que são instituições religiosas, setor público, terceiro
influenciadas ou que influenciam uma certa setor, organizações políticas)
organização (atores sociais)
Comunicação organizacional: é a forma como as
pessoas interagem em e com organizações
complexas, desde a comunicação interpessoal,
comunicação de grupo e à comunicação em rede.
O ponto de partida para o nascimento do campo
(da comunicação organizacional) foi a
necessidade de as organizações melhorarem as
suas competências comunicativas, numa
perspetiva última de implementar a performance
a) Estratégia de Marketing vs Estratégia de
económica (Ruão, 2004). É a ferramenta que vai
comunicação
influenciar de forma positiva a forma como as
"A estratégia de marketing é muito mais que uma
pessoas veem e interagem com uma organização,
estratégia de comunicação"
percebendo sempre o contexto em que ocorre
Marketing: está ligado a todo o processo que retifica
cada fenômeno de comunicação. É “o estudo da
necessidades que "ainda nem pensamos que vamos
comunicação humana em contexto
ter"; é um processo mais complexo antes da
organizacional. Considerando-se a comunicação
percepção e toda a concepção antes das vendas (a
como um processo central à vida da organização
partir do estudo do público, identificam-se os hábitos
e que, embora revelando naturais semelhanças
de consumo pela equipa de marketing); "queremos
com qualquer ato de comunicação humana,
uma campanha que aumente a frequência de
integraria, também, particularidades resultantes
consumo de um shampoo de bebê", alegando que
do contexto em que ocorre» (Ruão, 2004, p. 14).
também serve aos pais - lógica de estudo: se três
Comunicação: "a comunicação se faz de
pessoas usam um shampoo, o consumo dele será
pequenos avanços em uma tênue linha temporal
mais rápido e, portanto, isso aumenta o nível de
e que é vista como um ecossistema completo
consumo - diz o setor de marketing ao de
Organização: trata-se de um ecossistema
comunicação. Assim, o briefing provém das
complexo onde há a importância de compreender
estratégias de marketing.
Comunicação: é o setor que tem, então, o papel A concorrência do museu pode não necessariamente
de amplificar tudo aquilo (estratégias) que direta e com outros museus, mas sim hábitos (no
desenvolveu o setor de Marketing caso de um público-alvo mais jovem) como "escolher
ir ao cinema", ou até mesmo ver fotos daquilo que se
pode encontrar no museu via internet
Museu da Google: empresa comercial, grupo
privado
Ideia de acolher bem com a comunicação estratégica
interna, com o conceito de employer brading (áreas
b) Dos 4 Ps aos 4 Cs”: variáveis
que precisam atrair clientes e trabalhadores, pois
Produto –> Preço –> Place (distribuição) ->
existe certa escassez de mão de obra; assim,
Promoção
procuram trabalhar para fixar e diminuir a mobilidade
Cliente –> Custo –> Conveniência ->
dos empregados, com sofisticação do ambiente de
Comunicação
marca; gerir para motivar a criatividade e a tomada de
decisão; abordagem de uma comunicação
estratégica para atrair os melhores talentos.
Employer branding: “The representation of a
company as an employer. It's the image a
company projects to attract and retain talent. This
branding encompasses the company's values,
work cultura, and reputation in the job market"

b) Mix de comunicação
Conjunto de suportes e ações selecionados para
responder aos objetivos de comunicação de forma
integrada (articulados entre si, muitas vezes). São
escolhidos em função da segmentação de públicos,
do âmbito geográfico, dos recursos disponíveis e de
oportunidades do contexto entre outros fatores
identificados na fase de diagnóstico.
Branding
Relações Públicas
Assessoria de Imprensa
Eventos
Publicidade
Comunicação digital
Marketing de guerrilha
Media Urbana
Ponto de venda

Casos de estudo:
Museu D. Diogo de Sousa
A questão principal: o museu atualmente não está a
captar um público tão assíduo como era o esperado.
Assim através do processo das técnicas de
comunicação e do planeamento estratégico, é
possível mudar essa situação.
c) Media Offline e Media Online - complementares Publicidade vista como a maior força de
integração e homogeneização social (Cornu,
1990)
a) O que é a publicidade?
"A sair de uma crise de identidade"
A indústria da publicidade está relacionada com a
inércia, resistência a mudança - um novo ecossistema
social, económico e tecnológico (trazem novas
opções às marcas que exigem às agências o "algo
novo" a que não estão costumadas.
A publicidade, na maioria das vezes, chama a nossa
atenção pois no entretém (sendo que as vezes isso é
"perverso"), e desperta risadas.
Um bom profissional é capaz de fazer uma campanha
que entretenha, mas que fixe o posicionamento da
marca e a imagem mental que ela ocupa na mente do
consumidor (por exemplo: comercial de chocolate
criativo, uma menina vai falar com os pais que gostou
de uma campanha e a história contada por ela, mas
não se recorda de qual marca era - isso é uma
situação má para a publicidade, pois não foi fixado o
posicionamento ou a imagem mental da marca na
mente da menina, ou seja, do público em geral.
Consumo + entretenimento (formas de
comunicação que nos entretém) - ideia de "outro
discurso para além do discurso real" - linguagem
sedutora
b) Funções:
Alteração de atitude: pode ter a função de fazer
romper com ideias (exemplo: campanha
publicitária em vídeo da skip) - "obriga-nos a
pensar para aquilo que talvez ainda não tenha
sido assimilado"; a publicidade não é sempre
normativa. A publicidade pode nos garantir novas
perspectivas e pontos de vista sobre algo que não
era visto de tal forma antes.
Consumo: a publicidade pode promover um maior
consumo daquilo que se deseja aos públicos-alvo
e no mercado
Entretenimento: a publicidade pode ter a função
3. Publicidade de entreter, uma vez que em determinadas
“Produto” estrela num sistema de trocas elevado ocasiões é capaz de servir como meio de lazer e
à extrema complexificação. despertar risadas e divertir (a depender do tom de
Indutora de tendências, comportamentos, estilos comunicação e das demais variáveis do mix)
de vida.
Socialmente integradora e normativa.
c) Publicidade como "o diabo que nos seduz" e) A essência da publicidade
“Um parasita da vida quotidiana” (Gérard Lagneau,
1993).
“Um espelho de Narciso” (Rosenberg & Manning, A publicidade nada mais é que uma técnica que
1973). consegue fazer uso dos atos persuasivos com
A publicidade “(…) foi usualmente culpabilizada, maestria, que ocupa o papel de "como dizer" através
diabolizada e criticada por veicular a chamada cultura de diferentes estratégias de comunicação
de massas e a indústria Cultural, o capitalismo e o "Qual a diferença entre o marketing e a
consumo, em que o consumidor é considerado uma publicidade?"
vítima inocente.” (Dourado, 2011, p. 298). O marketing faz a parte de estabelecer o preço, a
Rótulo pejorativo que vêm de uma era de alto forma de distribuição, o packaging e definir quais
consumo. Por muito tempo vista através da ideia sãos os seus segmentos no mercado. A publicidade
de discurso enganador e diabolizante que nos que está dentro da comunicação que tem a preocupação
por a consumir aquilo que não precisamos. de "dar a conhecer" e "levar a experimentar"
Publicidade vista como enganadora ou como Persuasão
entretenimento - diferentes pontos de vista dada a "Não há mal nenhum se as coisas forem verdadeiras
persuasão. e bem feitas". Tudo tem a ver com a capacidade
Alguns autores consideram publicidade como um crítica e as escolhas do público.
parasita, mas a verdade é que a publicidade vai-nos É necessário desconstruir a ideia pejorativa da
passando ideias de intervenções a propor novos publicidade.
modelos de pensamento, o que levanta a questão da O ato persuasivo se opera na prática com a metáfora,
manipulação (bem ou maligna) das campanhas o exagero, o jogo de contrários, tudo isto através da
"Se não treinarmos a nossa capacidade de criatividade ("termos a capacidade de olhar para algo
pensamento crítico, podemos agir como esponjas a e vermos algo que não tínhamos visto antes")
serem manipuladas pela sociedade", "Não podemos
f) Criatividade
ser apenas passivos" (capacidade de escolher de
“”Ver o que todos viram e pensar o que ninguém
forma informada, porque temos acesso a muitas e
pensou”
diversas fontes de informação) -> cria e estabelece a
relação entre consumidor e produtor que atualmente
gerou o termo prosumer (pensamento crítico do
consumidor)
Manipulação
“Existe, entre teóricos apocalípticos, um discurso
segundo o qual o desejo de consumir derivaria da
manipulação publicitária. É falso.
A publicidade não consegue fazer com que se deseje
o indesejável. Nos países europeus ricos, a obsessão
pelo “ter” passou. Hoje, as grandes preocupações são
com o desemprego, com a insegurança, com o futuro,
com a educação das crianças, com uma nova
qualidade de vida e com novas formas de Os tipos de criatividade
espiritualidade.” (Lipovetsky, 2000, p. 7). MINI C: capacidade e potencial de todos
PEQUENO C: resoluções do dia a dia
d) Indústria da publicidade
GRANDE C: génios
Inércia
PRO C: os profissionais criativos
Resistência à mudança
Novo ecossistema social, econômico e
tecnológico
4. Briefing b) Requisitos SMART
"Tudo começa no briefing" Específicos/significativos
Há dois tipos de briefing (principais): o briefing do Mensuráveis
cliente e o briefing criativo (da agência) Aceitáveis/alcançáveis
Transmite o enquadramento, o que a organização Realísticos, razoáveis
pretende resolver, acionar ou superar, quais são as Datados
suas limitações, pontos fracos e fortes, dificuldades, Monitorizados
graus de conforto, concorrência e mercado,
procurando resolver um problema com as suas
especificidades. "Entrar no espírito da marca". S
Acompanhamento escrito que vai passar um conjunto
de informações, mas que não necessariamente
dispensa a reunião oral. Há necessidade de explicar o M
que é a organização, onde está enquadrada no
mercado (questões físicas, psicológicas e
geográficas), oportunidades de comunicação, A
objetivos e públicos-alvo. "Dar a conhecer, fazer
gostar e fazer agir": briefing criativo. Objetivos: o que
pretendemos alcançar com a comunicação
a) Objetivos: “o que pretendemos alcançar com a R
comunicação?”
Dar a conhecer
Informar (literacia) T
Sensibilizar (consciencialização)
Fazer agir (mobilização)
Alterar comportamentos
Provocar adesão
Criar impulso de visita/consumo
Motivar internamente ou reposicionar

c) Os objetivos da publicidade
Dar notoriedade
Informar
Dar a conhecer e dar alguma visibilidade
Promover experimentação
Demonstrar
Estimular a compra
Dar a face
Preparar a venda Prática: A criatividade é indissociável da atividade
Promover a fidelização publicitária. Tão indissociável que, na gíria da
Esbater a sazonalidade publicidade, é comum chamar “criativos” aos
Credibilizar profissionais que fazem parte do departamento de
Promover a imagem criação das agências de publicidade.
Vender
Escoar produtos
Transmitir confiança
Envolver
Sensibilizar
d) Tipos de publicidade
Institucional
Produto/serviço
De oportunidade
Causas sociais
Estatal
Associativa
Religiosa Publicidade subliminar
De guerrilha Projeção de frames em que o olho humano não é
Interventiva, participativa capaz de perceber, não havendo ali o conhecimento
e) Publicidade subliminar de uma marca, fazendo com que os públicos não
Projeção de frames em que o olho humano não é saibam do que está a ser promovido para eles.
capaz de perceber, não havendo ali o conhecimento Campanhas pro bônus
de uma marca, fazendo com que os públicos não Campanhas feitas através de uma "cadeia de boa
saibam do que está a ser promovido para eles. vontade", não custam nada. Os profissionais de cada
f) Campanhas pro bônus área oferecem os seus serviços com a iniciativa das
Campanhas feitas através de uma "cadeia de boa agências.
vontade", não custam nada. Os profissionais de cada
área oferecem os seus serviços com a iniciativa das
agências.
g) Criação
Processo criativo: 3 competências a desenvolver
(Swan & Birke, 2005)
1. Pensamento bissociativo: reunir diferentes
perspectivas, habitualmente incompatíveis, sobre a
mesma questão.
2. Autonomia: equilíbrio entre a obediência e a
desobediência. A pessoa criativa deve questionar e
desobedecer a normas que sufocam o seu
pensamento mas, ao mesmo tempo, quem
desobedece enfrenta críticas e isolamento.
Há "regras sobre como quebrar as regras" (Cropley,
1999).

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