Você está na página 1de 370

PRÉ-VESTIBULAR

EXTENSIVO

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

MATERIAL DO
PROFESSOR

Química CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS

701625346 DB PV EX NENH 91 4B LV 04 MI DQUI PR_CAPA.indd 1 4/22/19 11:26


4BO O
O S
D LU

SC
M IV

O
O C
N X
SI O E

PRÉ-VESTIBULAR
EXTENSIVO
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

MATERIAL DO
PROFESSOR

Química CIÊNCIAS DA NATUREZA


E SUAS TECNOLOGIAS

INICIAIS_QUIM_4BI.indd 1 04/06/19 13:45


DOM BOSCO - SISTEMA DE ENSINO
PRÉ-VESTIBULAR 4
Ciências da natureza e suas tecnologias.
© 2019 – Pearson Education do Brasil Ltda.

Vice-presidência de Educação Juliano Melo Costa


Gerência editorial nacional Alexandre Mattioli
Gerência de produto Silvana Afonso
Autoria José Roberto Migliato Filho, Thiago Ferreira Luz
Coordenação editorial Luiz Molina Luz
Edição de conteúdo Luiz Molina Luz
Assistência de edição Ana Carolina de Almeida Paulino
Leitura crítica José Roberto Migliato Filho, Thiago Ferreira Luz
Preparação e revisão Fabiana Cosenza Oliveira, Roseli Deienno Braff
Gerência de Design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação de Design Diogo Mecabo
Edição de arte Alexandre Silva

O
Coordenação de pesquisa e

BO O
SC
licenciamento Maiti Salla

M IV
Pesquisa e licenciamento Cristiane Gameiro, Heraldo Colon, Andrea Bolanho, Maricy Queiroz, Sandra Sebastião,

O S
Shirlei Sebastião
D LU
Ilustrações
Cartografia
Carla Viana, Dayane Cabral
Allmaps
O C
Projeto Gráfico Apis design integrado
N X

Diagramação Editorial 5
SI O E

Capa Apis design integrado


Imagem de capa mvp64/istock
EN S

Produtor multimídia Cristian Neil Zaramella


E U

PCP George Baldim, Paulo Campos Silva Junior


D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

Todos os direitos desta publicação reservados à


Pearson Education do Brasil Ltda.
Av. Santa Marina, 1193 - Água Branca
São Paulo, SP – CEP 05036-001
Tel. (11) 3521-3500
www.pearson.com.br

INICIAIS_QUIM_4BI.indd 2 18/06/19 11:21


APRESENTAÇÃO

Um bom material didático voltado ao vestibular deve ser maior que um grupo de
conteúdos a ser memorizado pelos alunos. A sociedade atual exige que nossos jo-
vens, além de dominar conteúdos aprendidos ao longo da Educação Básica, conheçam
a diversidade de contextos sociais, tecnológicos, ambientais e políticos. Desenvolver
as habilidades a fim de obterem autonomia e entenderem criticamente a realida-
de e os acontecimentos que os cercam são critérios básicos para se ter sucesso no
Ensino Superior.
O Enem e os principais vestibulares do país esperam que o aluno, ao final do Ensino
Médio, seja capaz de dominar linguagens e seus códigos; construir argumentações
consistentes; selecionar, organizar e interpretar dados para enfrentar situações-proble-
ma em diferentes áreas do conhecimento; e compreender fenômenos naturais, proces-
sos histórico-geográficos e de produção tecnológica.
O Pré-Vestibular do Sistema de Ensino Dom Bosco sempre se destacou no mer-
cado editorial brasileiro como um material didático completo dentro de seu segmento
educacional. A nova edição traz novidades, a fim de atender às sugestões apresentadas

O
pelas escolas parceiras que participaram do Construindo Juntos – que é o programa rea-

BO O
SC
lizado pela área de Educação da Pearson Brasil, para promover a troca de experiências,

M IV
o compartilhamento de conhecimento e a participação dos parceiros no desenvolvi-

O S
mento dos materiais didáticos de suas marcas.
D LU
Assim, o Pré-Vestibular Extensivo Dom Bosco by Pearson foi elaborado por uma
equipe de excelência, respaldada na qualidade acadêmica dos conhecimentos e na prá-
O C
tica de sala de aula, abrangendo as quatro áreas de conhecimento com projeto editorial
N X
SI O E

exclusivo e adequado às recentes mudanças educacionais do país.


O novo material envolve temáticas diversas, por meio do diálogo entre os conteú-
dos dos diferentes componentes curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento,
EN S
E U

com propostas curriculares que contemplem as dimensões do trabalho, da ciência, da


tecnologia e da cultura como eixos integradores entre os conhecimentos de distintas
D E

naturezas; o trabalho como princípio educativo; a pesquisa como princípio pedagógi-


A LD

co; os direitos humanos como princípio norteador; e a sustentabilidade socioambiental


EM IA

como meta universal.


A coleção contempla todos os conteúdos exigidos no Enem e nos vestibulares de
ST ER

todo o país, organizados e estruturados em módulos, com desenvolvimento teórico


SI AT

associado a exemplos e exercícios resolvidos que facilitam a aprendizagem. Soma-se a


isso, uma seleção refinada de questões selecionadas, quadro de respostas e roteiro de
M

aula integrado a cada módulo.

INICIAIS_QUIM_4BI.indd 3 04/06/19 13:45


SUMÁRIO

5 QUÍMICA 1A

73

O
QUÍMICA 1B

BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C

143
N X
SI O E

QUÍMICA 2A
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

173
ST ER
SI AT

QUÍMICA 2B
M

203 QUÍMICA 3A

239 QUÍMICA 3B

INICIAIS_QUIM_4BI.indd 4 04/06/19 13:45


DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 5
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

BET_NOIRE/
ISTOCKPHOT
O

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


QUÍMICA 1A

29/05/2019 15:36
6 6 –Material do Professor

45 CINÉTICA QUÍMICA I –
QUÍMICA 1A

TEORIA DAS COLISÕES

123RF.COM
• Condições para ocorrência
de uma reação química
• Teoria das colisões

HABILIDADE
• Compreender o modelo
das colisões, dominando

O
BO O
os conceitos de colisões

SC
M IV
eficazes, complexo ativado

O S
e energia de ativação e sua
relação com a velocidade
das reações. D LU
O C
N X
SI O E

Moderno avião supersônico.

A queima de combustível nos aviões supersônicos libera grande quantidade de


EN S

energia na forma de calor, o que possibilita a ocorrência de outras reações envolvendo


E U

gases presentes na atmosfera. Para as substâncias reagirem, não basta estarem mis-
D E

turadas, há a necessidade de ocorrerem colisões entre as moléculas dos reagentes.


A LD

Condições de ocorrência de uma reação


EM IA
ST ER

química
SI AT

Para que uma reação química se processe, devem ser satisfeitas determinadas
condições, relacionadas a seguir.
M

AFINIDADE QUÍMICA
É a tendência de cada substância de entrar em reação com outra substância,
como, por exemplo, ácidos têm afinidades por bases, não metais têm afinidades
por metais, e assim por diante.

TEORIA DAS COLISÕES


As reações químicas ocorrem como resultado de choques entre as moléculas
reagentes que se encontram em movimento desordenado e contínuo.

Exemplo
A2 1 B2 → 2 AB
Para haver reação, o choque entre as moléculas deve provocar rompimento das
ligações presentes em A2 e B2, permitindo que novas ligações aconteçam, formando,
assim, a substância AB. Esse tipo de choque é denominado choque efetivo.

Colisão com uma orientação favorável


As moléculas dos reagentes devem colidir numa orientação e com ângulos ade-
quados, ou seja, a colisão deve favorecer o surgimento dos produtos.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 6 29/05/2019 15:36


7 –Material do Professor 7

Exemplo 1 Energia de ativação (Ea)


O ângulo e a orientação não favorecem a ocorrência É a quantidade de energia mínima que deve ser

QUÍMICA 1A
da reação. fornecida aos reagentes para que eles se transformem
em complexo ativado. Com isso, toda reação química,
tanto as endotérmicas quanto as exotérmicas, preci-
A sam receber essa energia para que se desenvolvam.
Sem ela, os reagentes, mesmo entrando em contato,
A B
não reagem. É por isso que a gasolina, quando evapora
B
em um posto de combustíveis, não sofre uma reação
de combustão.
Representando, em gráficos, os níveis de energia
dos reagentes, do complexo ativado e dos produtos
em função do caminho da reação, teremos:
Exemplo 2
O ângulo favorece a ocorrência da reação, mas a
orientação, não.
Complexo
ativado
A A B B A B
H
A B
A B

O
BO O
A B 1 1. Energia de ativação

SC
M IV
Exemplo 3 Reagentes
O ângulo e a orientação são favoráveis à ocorrência

O S
2
A B
da reação.
D LU A B
O C
Produtos
N X

2. Variação de entalpia (ΔH)


SI O E

A B
Caminho da reação
A B Gráfico 1 – Reação exotérmica (ΔH < 0)
EN S
E U
D E

Assim, verifica-se que a velocidade de reação é


A LD

Complexo
diretamente proporcional ao número de colisões mo- ativado
leculares por segundo ou à frequência das colisões
EM IA

A B
1. Energia de ativação
moleculares.
ST ER

H A B
Portanto, podemos concluir que, quanto maior for A B
SI AT

o número de colisões efetivas, maior será a velocidade A B


da reação. 1
Produtos
M

A B 2
Complexo ativado ou de transição A B
As moléculas reagentes devem colidir com uma Reagentes
orientação adequada e com energia suficiente para 2. Variação de entalpia (ΔH)

formar o complexo ativado, que é uma estrutura in-


termediária e altamente instável, resultante de cho- Caminho da reação

ques eficientes, em que as ligações nos reagentes são Gráfico 2 – Reação endotérmica (ΔH > 0)

parcialmente rompidas e, nos produtos, parcialmente


formadas. O complexo ativado (C.A) é a estrutura mais
energética da reação toda e, sem a sua existência, a Assim, para que ocorra uma reação química, é
reação química não aconteceria. necessário que os reagentes colidam efetivamente,
tenham afinidade e conteúdo energético suficiente
A B
para formar o complexo ativado. O maior número de
A B
A B colisões efetivas entre os reagentes resulta em maior
1 velocidade de reação, e a menor energia de ativação
A B
A B (Ea) resulta em maior velocidade de reação.
A B
A teoria das colisões baseia-se na reação entre ga-
Reagentes Complexo ativado Produtos ses, mas também se aplica a líquidos e sólidos, embora
(instável e altamente existam grandes diferenças de organização em cada
energético)
estado de agregação.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 7 29/05/2019 15:36


8 8 –Material do Professor

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
QUÍMICA 1A

1. O gráfico representa a evolução de uma equação gené- d) A energia de ativação da reação inversa (B 1 C → A 1 B)
rica, representada a seguir. é a diferença entre a energia do complexo ativado
(30 kcal) e a energia de B 1 D (5 kcal).
A1B→C1D
Ea 5 25 kcal
Energia (Kcal/mol) 2. Considere a equação que representa a destruição da
camada de ozônio:
30
O3(g) 1 O(g) → 2 O2(g) (reação direta).
25
A+B
20
O gráfico a seguir representa sua variação de energia versus
15 sua coordenada de reação.
10
C+D
5

Variação de energia (kJ/mol)


19
0
Caminho da reação
0
O3 + O

Com base na reação apresentada e no seu gráfico ener-


gético, calcule
a) o valor da energia de ativação da reação direta; -392
b) o valor do ∆H da reação direta (e classifique-a como O2 + O2
endotérmica ou exotérmica);

O
Caminho da reação

BO O
c) o valor de energia do complexo ativado;

SC
M IV
d) o valor da energia de ativação da reação inversa. Com relação à reação e ao gráfico energético, responda
ao que se pede.

O S
Resolução
D LU
a) A energia de ativação da reação direta é a diferença
a) A reação direta é endotérmica ou exotérmica? Justi-
ficar sua resposta por meio do valor do ∆H.
O C
entre a energia do complexo ativado (30 kcal) e a ener- b) Qual o valor da energia de ativação da reação direta?
N X

gia de A 1 B (20 kcal). c) Qual o valor da energia de ativação da reação in-


SI O E

versa?
Ea 5 10 kcal d) Qual o valor energético do complexo ativado?
EN S

b) O valor do ∆H é definido por: Resolução


E U

∆H 5 Hproduto – Hreagente a) A reação que corresponde à destruição da camada


D E

de ozônio é exotérmica, pois o valor do


A LD

∆H 5 5 kcal – 20 kcal
∆H < 0 (∆H 5 –392 kJ).
EM IA

∆H 5 –15 kcal (reação exotérmica)


b) A energia de ativação da reação direta vale 19 kJ.
ST ER

c) O complexo ativado é a espécie mais energética c) A energia de ativação da reação inversa vale 411 kJ.
do gráfico, pois apresenta um valor de energia igual
SI AT

a 30 kcal. d) O complexo ativado possui uma energia de 19 kJ.


M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 8 29/05/2019 15:36


9 –Material do Professor 9

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1A
CINÉTICA
QUÍMICA I

Teoria das colisões

Energia de ativação Complexo ativado

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
É a quantidade de energia mínima que deve ser fornecida aos reagen- As moléculas reagentes devem colidir com uma orientação adequada
O C
tes, para que eles se transformem em complexo ativado. Com isso, e com energia suficiente para formar o complexo ativado, que é uma
N X
SI O E

toda reação química, tanto as endotérmicas quanto as exotérmicas, estrutura intermediária e altamente instável, resultante de choques
EN S

precisam receber essa energia para que se desenvolvam. Sem ela, os eficientes, em que as ligações nos reagentes são parcialmente rom-
E U
D E

reagentes, mesmo entrando em contato, não reagem. É por isso que pidas e, nos produtos, parcialmente formadas. O complexo ativado é
A LD

a gasolina, quando evapora em um posto de combustíveis, não sofre a estrutura mais energética da reação toda e, sem a sua existência, a
EM IA

uma reação de combustão. reação química não acontece.


ST ER

Representando, em gráficos, os níveis de energia dos reagentes, do


SI AT
M

complexo ativado e dos produtos em função do caminho da reação,

teremos:

Complexo Complexo
ativado ativado
A B A B
H 1. Energia de ativação
A B H A B
A B
A B
A B 1 1. Energia de ativação
A B
Reagentes
Produtos
2 1
A B A B 2
A B A B
Produtos Reagentes
2. Variação de entalpia (ΔH)
2. Variação de entalpia (ΔH)

Caminho da reação Caminho da reação

Gráfico 1 – Reação exotérmica (ΔH < 0) Gráfico 2 – Reação endotérmica (ΔH > 0)

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 9 29/05/2019 15:36


10 10 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1A

1. UEG-GO – No gráfico a seguir, é apresentada a varia- De acordo com o gráfico fornecido, percebe-se que a reação da queima
ção da energia durante uma reação química hipotética. da celulose apresenta um valor de energia de ativação a ser alcançado.

Energia
Z
Energia

Eativação
Y

Reagentes
Celulose + O2

X
Produtos
CO2 + H2O

Caminho da reação
Coordenada da reação

Com base no gráfico, pode-se correlacionar X, Y e Z,


Os incêndios florestais não se iniciam tão facilmente em períodos de
respectivamente, como baixas temperaturas, pois, quanto menor a temperatura externa, menor
a) intermediário da reação, energia de ativação e varia- o grau de agitação das moléculas e menor a energia cinética média
envolvida, ou seja, menor o número de colisões efetivas para que a
ção da entalpia. energia de ativação seja alcançada.
b) variação da entalpia, intermediário da reação e com-

O
BO O
plexo ativado.

SC
M IV
c) complexo ativado, energia de ativação e variação de
entalpia.

O S
d) variação da entalpia, energia de ativação e complexo
ativado. D LU
O C
e) energia de ativação, complexo ativado e variação da 3. Espcex-SP/Aman-RJ C7-H24
entalpia.
N X

A gasolina é um combustível constituído por uma mistura


SI O E

de diversos compostos químicos, principalmente hidrocar-


Energia

bonetos. Esses compostos apresentam volatilidade eleva-


da e geram facilmente vapores inflamáveis.
EN S

Complexo ativado
E U

Eativação Z Em um motor automotivo, a mistura de ar e os vapores


inflamáveis de gasolina são comprimidos por um pistão
D E

Y Y dentro de um cilindro e que, posteriormente, sofre ignição


A LD

por uma centelha elétrica (faísca) produzida pela vela do


Hreagentes
motor.
Reagentes
EM IA

ΔH = X BROWN, Theodore; L. LEMAY, H Eugene; BURSTEN, Bruce E.


ST ER

Química a Ciência Central. 9. ed., Editora Prentice-Hall, 2005. p. 926.


Hprodutos
Adaptado.
Produtos
SI AT

Caminho da reação Pode-se afirmar que a centelha elétrica produzida pela


vela do veículo nesse evento tem a função química de
M

2. UEL-PR – Em junho de 2017, durante o verão europeu,


uma onda de calor contribuiu para o maior incêndio a) catalisar a reação por meio da mudança na estrutura
química dos produtos, saindo, contudo, recuperada
florestal da história de Portugal. O desastre ocorrido na
e intacta ao final do processo.
localidade de Pedrogão Grande resultou na morte de
dezenas de pessoas, derivando em uma grande tragé- b) propiciar o contato entre os reagentes gasolina e oxi-
dia da história recente do país. gênio do ar (O2), baixando a temperatura do sistema
para a ocorrência de reação química.
Considerando que o oxigênio está em contato perma- c) fornecer a energia de ativação necessária para a ocor-
nente com a celulose das árvores e que a reação entre rência da reação química de combustão.
essas duas substâncias ocorre conforme o diagrama
a seguir, explique por que os incêndios não se iniciam d) manter estável a estrutura dos hidrocarbonetos pre-
sentes na gasolina.
tão facilmente em períodos de baixas temperaturas.
e) permitir a abertura da válvula de admissão do pistão
para a entrada de ar no interior do motor.
Energia

Pode-se afirmar que a centelha elétrica produzida pela vela do veículo


nesse evento tem a função química de fornecer a energia mínima ne-
cessária para a ocorrência da reação química de combustão, ou seja,
Celulose + O2 para fornecer a energia de ativação.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas.
CO2 + H2O Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
materiais, substâncias ou transformações químicas.
Coordenada da reação

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 10 29/05/2019 15:36


11 – Material do Professor 11

4. Fatec-SP – Uma indústria necessita conhecer a me- II. Como a reação é exotérmica, sua velocidade dimi-

QUÍMICA 1A
cânica das reações para poder otimizar sua produção. nuirá com o aumento da temperatura.
O gráfico representa o mecanismo de uma reação hi- III. A presença de uma determinada substância pode
potética: A2 1 B2 → 2 AB alterar o DH da reação.
Quais afirmativas estão corretas?
Complexo
ativado a) Apenas a afirmativa I.
A A b) Apenas a afirmativa II.
H (kJ)

60
B B c) Apenas a afirmativa III.
d) Apenas as afirmativas l e II.
A 2 e B2 e) As afirmativas I, II e III.
30
Reagentes Considerações sobre as afirmativas:
A B
I) Correta. Ea 5 ECA – Er 5 260 – 4 5 256 kJ.
A B
−10 II) Incorreta. Em qualquer reação, tanto endotérmica como exotérmica,
Produtos um aumento de temperatura do sistema eleva a velocidade do processo
por aumentar a frequência de colisões entre as moléculas de reagentes.
III) Incorreta. O uso do catalisador, por exemplo, afeta a energia de
ativação do processo, sem alterar o valor da variação de entalpia.
Caminho
da reação

A análise do gráfico permite concluir corretamente que


a) temos uma reação endotérmica, pois apresenta

O
BO O
∆H 5 210 kJ.

SC
M IV
b) temos uma reação exotérmica, pois apresenta
∆H 5 110 kJ.

O S
6. IFMG (adaptado) – Observe os dados referentes à
c) a energia do complexo ativado é 30 kJ.
D LU
d) a energia de ativação para a reação direta é 30 kJ.
reação reversível entre os compostos A e B.
A(g)  B(g)
O C
e) a energia de ativação para a reação inversa é 40 kJ.
N X
SI O E

Energia potencial

A questão fornece a reação: A2 1 B2 → 2 AB


EN S

HC.A 5 60 kJ
E U

Hr 5 30 kJ B
D E

Hp 5 –10 kJ
A LD

∆H 5 Hp – Hr A
∆H 5 –10 – 30 ⇒ ∆H 5 –40 kJ (reação exotérmica)
Ea 5 HC.A – Hr Caminho da reação
EM IA

Ea 5 60 kJ – 30 kJ ⇒ Ea 5 30 kJ (reação direta)
ST ER

Ea 5 60 kJ – (–10 kJ) ⇒ Ea 5 70 kJ (reação inversa) Nessa situação, a conversão de A em B, comparada à


reação inversa,
SI AT

a) possui velocidade maior.


M

b) tem a mesma energia de ativação em ambos os


sentidos.
5. UFRGS-RS – A seguir, está representado o perfil de c) envolve menor variação de entalpia.
energia ao longo do caminho da reação de isomerização
d) apresenta maior energia de ativação.
do cis-but-2-eno para o trans-but-2-eno.
e) é favorecida pelo aumento da pressão.

a) Incorreta. Por apresentar maior Ea, sua velocidade é menor.


b) Incorreta. Cada reação (direta e inversa) apresenta um valor de Ea.
c) Incorreta. O ∆H é o mesmo para as reações direta e inversa, mudando
apenas o sinal.
260 kJ d) Correta. Ea A > Ea B.
e) Incorreta. Nesse caso, a proporção estequiométrica da reação é
1:1, sendo assim, o aumento da pressão não influencia no equilíbrio.
CIS
4 kJ TRANS

Considere as seguintes afirmações a respeito da velo-


cidade dessa reação.
I. A barreira de energia de ativação da reação direta
é de 256 kJ.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 11 29/05/2019 15:36


12 12 – Material do Professor

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
QUÍMICA 1A

7. Sistema Dom Bosco – Considere os estudos sobre 9. Cesmac-AL – Ao abastecer um automóvel com gaso-
teoria das colisões e julgue os itens a seguir. lina, é norma do órgão controlador do governo que o
I. Quanto maior a energia de ativação de uma rea- abastecimento seja suspenso após o disparo automá-
ção, menor a fração de colisões e mais lenta será tico da bomba de combustível. Um dos argumentos
a reação. é a preservação da saúde do frentista e o outro, uma
II. O estado intermediário transitório entre o estado questão de segurança, isso porque moléculas dos
dos produtos e reagentes de uma reação é denomi- componentes da gasolina, que podem ser percebidas
nado de estado de transição e a espécie hipotética, pelo olfato, podem sofrer combustão em contato com
complexo ativado. moléculas de oxigênio.
III. A velocidade de uma reação depende do produto da Com base nessas informações, foram feitas três afir-
frequência de colisão e da fração dessas moléculas mações:
ativadas.
1) À temperatura ambiente, as moléculas dos compo-
nentes da gasolina e as do oxigênio não têm energia
suficiente para iniciar a combustão.
2) A reação de combustão entre as moléculas dos
componentes da gasolina e as do oxigênio pode
ser iniciada na presença de um cigarro aceso, pro-
vocando uma explosão.
3) Entre as moléculas dos componentes da gasolina,
podemos encontrar compostos derivados do ben-
zeno, que são compostos cancerígenos.

O
BO O
SC
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

M IV
a) 1 apenas.

O S
b) 3 apenas.
D LU c) 1 e 2 apenas.
O C
d) 1 e 3 apenas.
N X

e) 1, 2 e 3.
SI O E

10. UEPG-PR (adaptado) – Considere a seguinte reação


genérica: A 1 B → C 1 D. A seguir, é representado
EN S

o gráfico de variação da entalpia da reação genérica


E U

anterior, em duas situações distintas.


D E
A LD

H (kcal)
60
EM IA

8. Sistema Dom Bosco – Explique, utilizando a teoria das 55 1


colisões, em que consiste uma colisão eficaz.
ST ER

50 2
A+B
45
SI AT

40
M

35
30
25
C+D
20

Desenvolvimento da reação

Sobre o gráfico, assinale o que for correto.


01) A energia de ativação na curva 1 é 40 kcal.
02) A energia de ativação na curva 2 é 30 kcal.
04) A variação entre a energia de ativação da curva 1
para a 2 é de 10 kcal.
08) A reação é exotérmica.
16) A variação de entalpia da reação é de –25 kcal.
Dê a soma dos itens corretos.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 12 29/05/2019 15:36


13 – Material do Professor 13

d) A reação representada é endotérmica.

QUÍMICA 1A
e) C representa o complexo ativado.

12. Sistema Dom Bosco – Os gases hidrogênio e oxigênio


têm afinidade química para reagir. Porém, se colocar-
mos esses dois gases em um frasco, eles poderão ficar
por tempo indeterminado lá sem que ocorra reação
química. Qual fator não foi satisfeito nesse caso para
a ocorrência dessa reação?
a) Afinidade química.
b) Colisões eficazes entre as partículas.
c) Contato entre os reagentes.
d) Atingir a energia de ativação.
e) Formar o complexo ativado.

13. UFMG – O gráfico a seguir representa a variação de


energia potencial quando o monóxido de carbono, CO,
é oxidado a CO2 pela ação do NO2, de acordo com a
equação:
CO(g) 1 NO2(g)  CO2(g) 1 NO(g)

Com relação a este gráfico e à reação anterior, assinale

O
BO O
a afirmativa incorreta.

SC
M IV
H/kJ ? mol−1

O S
D LU
200
150
O C
100
N X

50
SI O E

CO + NO2
0
−50
EN S

−100
E U

−150
CO2 + NO
D E

−200
A LD

−250
Extensão da reação
EM IA

a) A energia de ativação para a reação direta é cerca


ST ER

de 135 kJ ? mol–1.
b) A reação inversa é endotérmica.
SI AT

c) Em valor absoluto, o ∆H da reação direta é cerca de


M

225 kJ ? mol–1.
d) Em valor absoluto, o ∆H da reação inversa é cerca
de 360 kJ ? mol–1.
11. Sistema Dom Bosco – O diagrama fornecido a seguir
se refere à combustão da substância etanol: e) O ∆H da reação direta é negativo.

C2H6O 1 3 O2 → 2 CO2 1 3 H2O 14. Unirg-TO – Considere que uma reação direta ocorra en-
C
tre X e Y, para produzir Z. Caso seja considerada a reação
inversa, em que Z é o reagente e X e Y são os produtos,
observe o gráfico seguinte e assinale a única alternativa
A
em que o valor para a energia de ativação, em kcal, e a
Energia

classificação da reação inversa estejam corretos.


a) 35; reação exotérmica
2 C2H5OH + 3 O2
B b) 60; reação endotérmica
c) 10; reação endotérmica
2 CO2 + 3 H2O d) 25; reação endotérmica

Coordenada da reação 15. IFRS (adaptado) – A legislação brasileira em vigor de-


termina que os automóveis devem portar extintores de
a) A representa o complexo ativado. incêndio do tipo ABC. Incêndios podem ser definidos
b) B representa a energia de ativação. como a presença de fogo em local não desejado. São
c) C representa a formação do produto. capazes de provocar, além de prejuízos materiais, que-

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 13 29/05/2019 15:36


14 14 – Material do Professor

das, queimaduras e intoxicações por fumaça. O fogo, b) Diagrama 2


QUÍMICA 1A

por sua vez, é resultante de uma reação química entre:


• material oxidável (combustível);
• material oxidante (comburente);
• fonte de ignição (energia);
• reação em cadeia.
Um dos princípios da utilização de processos para a
extinção de incêndios consiste em
a) baixar a energia de ativação da reação de combustão.
b) favorecer a entrada no complexo ativado.
c) diminuir ou impedir o contato entre os reagentes.
d) aumentar a quantidade de choques efetivos entre
combustível e comburente. c) Diagrama 3
16. UFAL – Para a reação química representada por
A1BXC1D
X 5 complexo ativado
foi obtida a curva da energia potencial em função do
caminho da reação (coordenada da reação ou avanço).

O
BO O
Energia

SC
potencial

M IV
O S
D LU 17. Mackenzie-SP
O C
N X

H (kJ)
SI O E

Avanço da reação

Complete esse diagrama parcial indicando: 560


EN S

a) posição de reagentes, produtos e complexo ativado;


E U

C2H2(g)
b) energia de ativação, Ea; 226
D E

c) energia liberada ou absorvida na reação, ∆E. H2(g) + 2 C(grafite)


A LD

0
a) Diagrama 1
Caminho da reação
EM IA

Com base no diagrama anterior, é incorreto afirmar que


ST ER

a) a entalpia das substâncias simples é igual a zero.


SI AT

b) a energia fornecida ao carbono e ao gás hidrogênio


na formação do complexo ativado é igual a 560 kJ.
M

c) o ∆H de formação de um mol de C2H2 é igual a 1226 kJ.


d) a síntese do C2H2 é uma reação exotérmica.
e) o sistema absorve 452 kJ na obtenção de dois mols
de C2H2.

ESTUDO PARA O ENEM


18. UFRGS-RS C7-H24 Situação III
1 2 3
As figuras a seguir representam as colisões entre as
NO2 CO
moléculas reagentes de uma mesma reação em três
situações.
Situação I
1 2 3 Pode-se afirmar que,
NO2 CO
a) na situação I, as moléculas reagentes apresentam ener-
gia maior que a energia de ativação, mas a geometria
da colisão não favorece a formação dos produtos.
Situação II
1 2 3 b) na situação II, ocorreu uma colisão com geometria fa-
NO2 CO vorável e energia suficiente para formar os produtos.
c) na situação III, as moléculas reagentes foram com-
pletamente transformadas em produtos.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 14 29/05/2019 15:36


15 – Material do Professor 15

d) nas situações I e III, ocorreram reações químicas, 20. São Camilo-SP C7-H24

QUÍMICA 1A
pois as colisões foram eficazes. O gráfico representa a energia para reação de formação
e) nas situações I, II e III, ocorreu a formação do com- da água, a partir de seus elementos.
plexo ativado, produzindo novas substâncias.
Energia
19. Cesgranrio-RJ C7-H24
Dado o diagrama de entalpia para a reação X 1 Y → Z Z
a seguir, a energia de ativação para a reação inversa
Z→X1Yé
Y
H (kcal) 2 H2 + O2 2 H2O
X
+25
Caminho da reação
X +Y
0 É correto afirmar que a energia de ativação e o calor de
reação para reação de formação da água, em módulo,
Z são, respectivamente,
−35
a) |X – Z| e |X – Y|.
b) |X – Y| e |X – Z|.
a) 60 kcal. d) 10 kcal. c) |Y – Z| e |X – Z|.
b) 35 kcal. e) 0 kcal. d) |X – Y| e |Y – Z|.

O
BO O
c) 25 kcal. e) |Y – Z| e |X – Y|.

SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 15 29/05/2019 15:36


16 16 – Material do Professor

46
CINÉTICA QUÍMICA II –
QUÍMICA 1A

FATORES QUE AFETAM


A VELOCIDADE

PRO3DARTT/SHUTTERSTOCK
• Fatores que afetam a
velocidade de uma reação
química

HABILIDADES
• Compreender de que
maneira a temperatura

O
BO O
influencia a velocidade de

SC
M IV
uma reação.

O S
• Compreender a influência
da superfície de contato
entre os reagentes sobre a D LU
O C
velocidade de uma reação.
N X

• Compreender a ação da
SI O E

concentração dos reagen-


tes na velocidade de uma
EN S

reação.
E U

• Interpretar as decorrências
D E

matemáticas da equação
A LD

da lei da velocidade.
EM IA
ST ER
SI AT
M

Vários alimentos guardados em uma geladeira.

Você já parou para pensar por que os alimentos se conservam por muito mais
tempo quando armazenados na geladeira do que em temperatura ambiente? O que
será mais rápido de descongelar: um pedaço inteiro de carne ou uma carne moída?
Perguntas como essas podem ser respondidas ao pensarmos nos fatores que in-
fluenciam a cinética da reação, isto é, influenciam a velocidade com que as reações
químicas acontecem.

Fatores que influenciam a velocidade das


reações
Sabe-se que a velocidade de uma reação química depende, exclusivamente, do
número de colisões entre as moléculas, da energia com que essas colisões ocor-

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 16 29/05/2019 15:36


17 – Material do Professor 17

rem e de uma orientação adequada das moléculas no dade inicial é de 4 mol/min, determine sua velocidade
instante da colisão. É possível, então, alterar a veloci- a 60 ºC.

QUÍMICA 1A
dade de tais reações, tanto no sentido de acelerá-las 30 °C –––––––--––– 4 mol/min
ou retardá-las, pela determinação de fatores externos
que interferem nessa velocidade. Esses fatores serão 40 °C –––––––--––– 8 mol/min
discutidos criteriosamente a seguir. 50 °C –––––––--––– 16 mol/min
60 °C –––––––--––– 32 mol/min
TEMPERATURA
A relação entre temperatura e velocidade de rea-
ções químicas afeta muitas situações do cotidiano. Por
SUPERFÍCIE DE CONTATO
exemplo, as roupas ficam limpas mais rapidamente se
Para entender esse fator, vamos pensar no seu café
utilizarmos água quente na lavagem.
ao ser adoçado. Pode-se adoçar com açúcar em cubos
Via de regra, o número de colisões efetivas entre
ou com o tradicional açúcar refinado. Ao final, consi-
os reagentes é diretamente proporcional à velocidade
derando uma mesma massa de açúcar, o sabor será
na qual a reação se processa. Uma maneira de aumen-
o mesmo, mas será que o açúcar se dissolve com a
tar a probabilidade de ocorrerem choques efetivos é
mesma velocidade em ambas as situações? Em qual
aumentar a energia cinética média dos reagentes, ou
situação você acha que conseguirá beber seu cafezinho
seja, a temperatura.
adoçado mais rapidamente?
A superfície de contato é quem irá ajudar a respon-
der a essas perguntas. No caso do açúcar em cubos,

O
BO O
Fração de moléculas
por causa de sua menor superfície de contato, a ve-

SC
Número de T2 > T1 com energia, E ≥ Ea em T2

M IV
moléculas com locidade de dissolução será menor do que no caso
energia, E Fração de moléculas

O S
T1
com energia, E ≥ Ea em T1 do açúcar refinado, que possui a maior superfície de
T2
D LU contato e, assim, a maior velocidade de dissolução.
Dessa forma, o cafezinho que ficará adoçado mais ra-
O C
pidamente será aquele com açúcar refinado.
N X
SI O E

A figura a seguir mostra, esquematicamente, a di-


ferença na dissolução do açúcar em cubos e na dis-
solução do açúcar refinado. Note que o tamanho das
EN S
E U

0
Energia, E partículas no açúcar refinado é menor do que o tama-
Ea
nho das partículas no açúcar cristal, porém a superfície
D E

que entra em contato com a solução é maior.


A LD

Curva de Maxwell-Boltzmann: representação gráfica da relação entre


o número de moléculas de um sistema em função da energia cinética
EM IA

dessas moléculas.
ST ER

Perceba que, em uma dada temperatura menor que


SI AT

T1, a quantidade de moléculas em condições de reagir Açúcar Açúcar

(com energia igual ou superior a Ea) é menor que em


M

Açúcar
uma temperatura maior que T2. Esse aumento na tem-
peratura faz com que ocorra um aumento da energia Açúcar Açúcar

cinética média das moléculas, deslocando a curva para


a direita e fazendo com que o número de moléculas Dissolução do açúcar em cubos Dissolução do açúcar refinado
em condições de reação aumente. Por causa disso, a
baixa temperatura das geladeiras pode diminuir a ra-
pidez das reações que contribuem para a degradação
Experimentalmente, percebe-se que, quanto maior
de certos alimentos.
Uma regra experimental que relaciona o aumento a superfície de contato entre os reagentes sólidos e
da temperatura com a velocidade de uma reação é a a solução, maior a velocidade de uma reação, pois as
regra de Van’t Hoff, que diz que, a cada 10 °C de au- colisões existentes entre os reagentes serão maiores.
mento na temperatura, a velocidade da reação química
pode duplicar ou triplicar. Hoje em dia, existem várias Observação
exceções a essa regra, porém ela ainda é útil para fazer Quando a reação apresentar estados físicos dife-
várias previsões aproximadas. rentes, sua velocidade será maior no estado gasoso
do que no estado líquido e, neste, será maior que
Exemplo no estado sólido. Isso se deve à superfície de con-
Uma reação química possui sua velocidade obe- tato dos materiais em seus respectivos estados de
decendo à regra de Van’t Hoff. Se, a 30 ºC, sua veloci- agregação.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 17 29/05/2019 15:36


18 18 – Material do Professor

EXERCÍCIO RESOLVIDO
QUÍMICA 1A

1. UNIFESP – Para investigar a cinética da reação representada pela equação


NaHCO3(s) 1 H+ X (s)

→ Na(aq)
+
1 X (aq)
+
1 CO2(g) 1 H2O()
H1X– 5 ácido inorgânico sólido
foram realizados três experimentos, empregando comprimidos de antiácido eferves-
cente, que contêm os dois reagentes no estado sólido. As reações foram iniciadas
pela adição de iguais quantidades de água aos comprimidos, e suas velocidades foram
estimadas, observando-se o desprendimento de gás em cada experimento. O quadro
a seguir resume as condições em que cada experimento foi realizado.

Forma de adição de cada Temperatura da


Experimento
comprimido (2 g) água (ºC)
I Inteiro 40
II Inteiro 20
III Moído 40

Assinale a alternativa que apresenta os experimentos em ordem crescente de velo-


cidade da reação.
a) I – II – III c) III – I – II e) III – I – II

O
BO O
b) II – I – III d) II – III – I

SC
M IV
Resolução

O S
De acordo com os dados apresentados na tabela, dois fatores irão influenciar a velo-
D LU
cidade da reação: a temperatura e a superfície de contato. Comparando os compri-
O C
midos inteiros com os moídos, os que possuem maior velocidade de dissolução são
os moídos, por apresentarem uma superfície de contato maior. Já na comparação
N X

das temperaturas, quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação. Sendo


SI O E

assim, a ordem crescente da velocidade será: II < I < III.


EN S
E U

CATALISADOR
D E

O catalisador é uma espécie química que diminui a energia de ativação de um


A LD

sistema e, assim, acelera a velocidade média reacional. A velocidade média da


reação é maior, pois há alteração no seu mecanismo, o que provoca a formação
EM IA

de um complexo ativado com menor energia. As reações que ocorrem na presen-


ST ER

ça de um catalisador são classificadas como catálise. Algumas considerações


importantes sobre os catalisadores a serem feitas são que eles:
SI AT

• não fornecem energia à reação;


M

• participam da reação, diminuindo sua energia de ativação;


• não alteram o ∆H da reação.
A figura a seguir mostra que a velocidade de uma reação catalisada é aumentada
pela diminuição da energia de ativação dessa mesma reação.

Energia/kJ

sem catalisador

I
200

com catalisador
II
150

Reagentes
100
Produtos
80

Caminho da reação

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 18 29/05/2019 15:36


19 – Material do Professor 19

De acordo com a figura, a energia de ativação da reação sem catalisador é igual


a 100 kJ; já com o catalisador é igual a 50 kJ.

QUÍMICA 1A
Em uma reação catalisada, o catalisador não é consumido no término da reação,
ou seja, sua concentração sempre será constante no meio reacional. Isso significa
que o catalisador não sofre alteração química permanente, isto é, durante a reação,
ele pode sofrer alguma alteração, porém será reconstituído integralmente ao final
da reação. Toda reação catalisada ocorre em duas ou mais etapas.

Exemplo
Tem-se a seguinte reação:

A + B → AB (1a etapa)
AB + A → C + B (2a etapa)
B
2A → C (equação global)

Em uma equação genérica, 2 A → B, nota-se que o catalisador é a substância B,


pois esta participa na primeira reação como “reagente” e é regenerada na última
reação como produto. A espécie AB é um intermediário da reação. O catalisador e
o intermediário nunca estarão presentes na equação global.

O
BO O
Quanto às possíveis formas de classificar uma reação de catálise, há a catálise ho-

SC
M IV
mogênea, na qual o catalisador se encontra no mesmo estado físico dos reagentes, e
a catálise heterogênea, em que o catalisador se encontra em estado físico diferente

O S
dos reagentes.
D LU
O C
Exemplos
N X

Catálise homogênea:
SI O E

1 NO2(g)
SO2(g) 1 O2(g) → SO3(g) (Nesta reação, o catalisador é o NO2(g).)
2
EN S
E U

Catálise heterogênea:
D E

Fe(s)
N2(g) 1 3 H2(g) → 2 NH3(g) (Nesta reação, o catalisador é o Fe(s).)
A LD
EM IA

Observação
Algumas substâncias diminuem, ou até mesmo anulam, a ação do catalisador:
ST ER

são os venenos de catalisador ou inibidores.


SI AT

LEITURA COMPLEMENTAR
M

Catalisadores automotivos
SLAVOLJUB PANTELIC/SHUTTERSTOCK

Os catalisadores automotivos são


dispositivos acoplados aos motores
a combustão, com o intuito de di-
minuir os gases nocivos liberados
na atmosfera, como o CO, o N2O
e os hidrocarbonetos (gasolina ou
diesel que não sofreram combus-
tão). Eles são formados basicamen-
te por uma carcaça metálica que
possui em seu interior um subs-
trato cerâmico poroso revestido
de óxido de alumínio e metais ca-
talíticos ativos, como platina, palá-
dio, cério e ródio. O cério (Ce) tem
a propriedade de armazenar o O2
e liberá-lo na presença do CO e do
HC, convertendo-os em CO2 e H2O. Conversor catalítico automotivo.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 19 29/05/2019 15:36


20 20 – Material do Professor

CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES


QUÍMICA 1A

Uma vez que uma reação se processa por meio de choques moleculares, con-
clui-se facilmente que um aumento na concentração dos reagentes determina um
aumento na velocidade da reação, já que, aumentando a concentração, aumenta-se
o número de moléculas reagentes e, consequentemente, o número de choques
moleculares.
Um exemplo do cotidiano é quando fazemos um churrasco e precisamos “aba-
nar” o carvão. Esse procedimento é necessário para aumentar a concentração de
gás oxigênio que entra em contato com o carvão que está em combustão e, assim,
promover um aumento no número de colisões efetivas entre os participantes da
reação de queima do carvão.

PRESSÃO
Ao se falar sobre a influência da pressão na velocidade de uma reação, deve-se
pensar, somente, nos reagentes gasosos. À medida que se aumenta a pressão de
um gás, o seu volume diminui, aumenta o número de colisões efetivas e, portanto,
aumenta a velocidade da reação.
Note que aumentar a pressão corresponde a aumentar a concentração dos par-
ticipantes gasosos, o que também explica o aumento da velocidade da reação.

O
2 H2(g) 1 O2(g) → 2 H2O(g)

BO O
SC
M IV
Maior pressão parcial dos reagentes gasosos ⇒ maior velocidade da reação

O S
D LU
EXERCÍCIO RESOLVIDO
O C
2. UFRGS-RS – O carvão é um combustível constituído de uma mistura de compostos ricos
N X

em carbono. A situação em que a forma de apresentação do combustível, do comburente


SI O E

e a temperatura utilizada favorecerão a combustão do carbono com maior velocidade é


EN S

Combustível Comburente Temperatura (ºC)


E U

a) Carvão em pedaços Ar atmosférico 0


D E

b) Carvão pulverizado Ar atmosférico 30


A LD

c) Carvão em pedaços Oxigênio puro 20


EM IA

d) Carvão pulverizado Oxigênio puro 100


ST ER

e) Carvão em pedaços Oxigênio liquefeito 50


SI AT

Resolução
M

Os três fatores que irão influenciar a velocidade de combustão do carvão, represen-


tados na tabela, são: a superfície de contato, a concentração do comburente e a
temperatura. O carvão pulverizado (maior superfície de contato), com oxigênio puro
(maior concentração do comburente), a 100 °C (maior temperatura) apresentará maior
velocidade de combustão.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 20 29/05/2019 15:36


21 – Material do Professor 21

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1A
CINÉTICA
QUÍMICA II

Fatores que
afetam a
velocidade

Temperatura
Um aumento na temperatura causa um aumento no número de choques efetivos entre os reagentes.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
Superfície de contato
N X

Um aumento na superfície de contato entre os reagentes sólidos e a solução causa um aumento na velocidade de uma reação.
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Catalisador
EM IA

Diminui a energia de ativação de um sistema e, consequentemente, acelera a velocidade média reacional.


ST ER
SI AT
M

Concentração de reagentes
Um aumento da concentração dos reagentes aumenta o número de moléculas reagentes e, consequentemente, aumenta

o número de choques moleculares.

Pressão
Um aumento na pressão de um gás aumenta a sua concentração e, portanto, aumenta o número de colisões efetivas.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 21 29/05/2019 15:36


22 22 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1A

1. UFRGS-RS – De acordo com a lei de Hess, a variação Equação da reação: 2 A (g) → 4 B(g) + C(g)
de entalpia de uma reação depende apenas dos estados
inicial e final. Gráfico:
Considere as afirmações a seguir, sobre a lei de Hess.
I. A reação reversa de uma reação endotérmica é sem- Concentração
pre exotérmica. (mol ? L−1)
I
II. A reação de combustão de um açúcar produzindo
CO2 e água terá a mesma variação de entalpia, caso
ocorra em um calorímetro ou no organismo humano.
III. Um catalisador adequado propicia um caminho com II
menor diferença de entalpia entre reagente e pro-
dutos.
III
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?
Tempo (s)
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III. Considerando as informações apresentadas, é correto
afirmar:
d) Apenas a I e a II.
a) A curva I deve representar o consumo da substância
e) I, II e III.
A, na reação.

O
I. Correta. A reação reversa de uma reação endotérmica é sempre b) As curvas I e II correspondem à variação da concen-

BO O
SC
Endotérmica tração dos produtos.
exotérmica [A

M IV
B].
Exotérmica c) A curva III corresponde à formação de C, que está

O S
em menor proporção.
II. Correta. A reação de combustão de um açúcar, produzindo CO2 e
D LU
água, terá a mesma variação de entalpia, caso ocorra em um calorímetro
ou no organismo humano, ou seja, o valor será padronizado.
d) A correspondência correta entre curva e substância
é: I – B; II – A; III – C.
O C
III. Incorreta. Um catalisador adequado propicia um caminho alternativo e) Nenhuma curva representa a diminuição de concen-
N X

que acelera a reação, porém não altera o valor da variação de entalpia


tração para alguma substância.
SI O E

do processo.
a) Incorreto. A curva I deve representar a produção da substância B (pro-
duto que apresenta maior coeficiente na reação), pois sua concentração
EN S

aumenta com o passar do tempo e é maior do que II.


E U

2. Unisc-RS (adaptado) – A equação a seguir apresenta


D E

Concentração
a reação de decomposição da água oxigenada, também (mol ? L−1)
A LD

denominada peróxido de hidrogênio. I Aumento de


concentração
EM IA

2 H2O2(aq) KI→ 2 H2O(  ) + O2(g) + 196 kJ mol (I > II)


ST ER

II

Em relação a essa reação, explique qual é a função


SI AT

do iodeto de potássio e como ele afeta a velocidade


da reação.
M

Tempo (s)

O iodeto de potássio é o catalisador da reação, cuja função é aumentar


b) Correto. As curvas I e II correspondem à variação da concentração dos
produtos, pois suas concentrações aumentam com o tempo.
a velocidade da decomposição da água oxigenada pela diminuição da

Concentração
energia de ativação da reação. O iodeto de potássio é capaz de aumen- (mol ? L−1)
I Aumento de
concentração
tar a velocidade da reação pela formação de um complexo ativado que

altera o mecanismo da reação. II

Tempo (s)
3. UPF-RS C5-H17
A variação da concentração das substâncias envolvidas
em uma reação (reagentes e produtos) pode ser repre-
sentada em um gráfico do tipo concentração x tempo.
A seguir, estão representados a equação de uma rea-
ção química genérica e seu gráfico de concentração x
tempo para as substâncias A, B e C.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 22 29/05/2019 15:36


23 – Material do Professor 23

c) Incorreto. A curva III corresponde ao consumo de A, que é o reagente. Sobre a catálise, é correto afirmar que

QUÍMICA 1A
a) a reação representada na equação I é um exemplo
Concentração
(mol ? L−1)
do tipo de catálise denominada heterogênea.
b) um exemplo de autocatálise pode ser identificado
na equação da reação II.
c) enzimas são catalisadores biológicos pertencentes
Diminuição da concentração à classe dos lipídeos.
do reagente A d) os catalisadores devem estar no mesmo estado de
agregação que os demais reagentes.
III e) os catalisadores atuam diminuindo a energia de ati-
vação para a etapa lenta da reação.
Tempo (s)
a) Incorreto. A reação representada na equação I é um exemplo do tipo
d) Incorreto. A correspondência correta entre curva e substância é: de catálise denominada homogênea, pois os estados de agregação de
I – B; II – C; III – A. todos os componentes do sistema são iguais, ou seja, gasosos.
b) Incorreto. Um exemplo de autocatálise pode ser identificado na
equação da reação III, pois o monóxido de nitrogênio (NO) formado
Concentração
catalisa a reação.
(mol ? L−1)
B c) Incorreto. Enzimas são catalisadores biológicos pertencentes à classe
I
das proteínas.
d) Incorreto. Os catalisadores não precisam, necessariamente, estar no
mesmo estado de agregação que os demais reagentes.
e) Correto. Os catalisadores atuam diminuindo a energia de ativação
C
II para a etapa lenta do processo cinético.

O
BO O
5. IFBA – Para remover uma mancha de um prato de por-

SC
M IV
A
III celana, fez-se o seguinte: cobriu-se a mancha com meio
copo de água à temperatura ambiente, adicionaram-se

O S
Tempo (s)
algumas gotas de vinagre e deixou-se por uma noite.
D LU
e) Incorreto. A curva III representa uma diminuição da concentração
No dia seguinte, a mancha havia clareado levemente.
Usando apenas água e vinagre, qual alternativa a seguir
O C
para a substância A (reagente).
apresenta a(s) condição(ões) para que a remoção da
N X

Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciên-


mancha possa ocorrer em menor tempo?
SI O E

cias naturais e aplicá-los em diferentes contextos.


Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas a) Adicionar meio copo de água fria.
de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou b) Deixar a mancha em contato com um copo cheio de
EN S

biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemá- água e algumas gotas de vinagre.
E U

ticas ou linguagem simbólica.


c) Deixar o sistema em repouso por mais tempo.
D E

4. UPF-RS – Os catalisadores são espécies químicas que d) Colocar a mistura água e vinagre em contato com o
A LD

têm a propriedade de acelerar as reações químicas. A prato, mas lavá-lo rapidamente com excesso de água.
seguir, são fornecidos exemplos de reações catalisadas. e) Adicionar mais vinagre à mistura e aquecer o sis-
EM IA

I. Oxidação do dióxido de enxofre a trióxido de enxofre tema.


catalisada por dióxido de nitrogênio: a) Incorreta. O aumento de temperatura aumenta a velocidade da rea-
ST ER

ção, facilitando a remoção da mancha.


NO b) Incorreta. Ao diluir o vinagre, sua concentração será menor, portanto
2 SO2(g) + O2(g) 
2(g)
→ 2 SO3(g)
SI AT

menor será também a velocidade da reação.


c) Incorreta. A condição é que a remoção da mancha aconteça em
M

menor tempo.
II. Formação da amônia catalisada por ferro metálico:
d) Incorreta. Se mesmo tendo ficado toda a noite, segundo o enunciado,
não foi possível tirar a mancha, então misturar água com vinagre e retirar
Fe(s )
N2(g) + 3 H2(g) 
→ 2 NH3(g) em seguida tampouco irá resolver o problema.
e) Correta. Ao se acrescentar mais vinagre à mistura, estaremos concen-
trando o reagente e ainda aumentando a temperatura, ou seja, unindo
III. Oxidação do cobre metálico com ácido nítrico cata- dois fatores, a fim de aumentar a velocidade da reação, removendo de
lisada devido à presença do monóxido de nitrogênio forma mais rápida a mancha.
formado:
6. PUCCamp-SP (adaptado) – Para mostrar a diferença
3 Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu(NO3 )2(aq) + 2 NO(g) + 4 H2O(  ) da rapidez da reação entre ferro e ácido clorídrico, foi
utilizado o ferro em limalha e em barra. Pingando dez
gotas de ácido clorídrico 1,0 mol · L–1 em cada material
IV. Síntese do 2-feniletanol (apresenta aroma de rosas) de ferro, espera-se que a reação seja mais rápida em
a partir do aminoácido (L)-fenilalanina catalisada por qual tipo de ferro? Explique sua resposta.
enzimas (transaminase, descarboxilase e desidro-
genase): Já que a concentração de ácido será a mesma em ambos os casos, a

enzimas velocidade da reação será mais rápida quanto maior for a superfície de
CH2CHCOOH
CH2CH2OH
NH2 contato. No caso do ferro, será em forma de limalhas.

(L)-fenilalanina 2-fenil etanol

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 23 29/05/2019 15:36


24 24 – Material do Professor

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
QUÍMICA 1A

7. UFJF-MG – Muitos dos gases poluentes do ar apare- e)


cem na atmosfera através de atividades humanas. Os
mais comuns são CO, SO2, NO e NO2, na ordem de 100 600 ºC 200 ºC

Concentração
milhões de toneladas por ano, sendo que a quantidade
emitida desses gases ainda é pequena em relação à
quantidade de CO2 presente no ar. Considere o diagra-
ma de energia da reação entre NO2(g) e CO(g), produzindo
NO(g) e CO2(g) a uma temperatura de 200 °C.

Tempo

132 kJ/mol
8. UPE (adaptado) – Em uma seleção realizada por uma
indústria, para chegarem à etapa final, os candidatos
NO2 + CO
deveriam elaborar quatro afirmativas sobre o gráfico
Energia

358 kJ/mol
apresentado a seguir e acertar, pelo menos, três delas.

Energia

320 kJ
NO + CO2
E2
230 kJ

O
E1

BO O
Progresso da reação 158 kJ

SC
M IV
Com base no diagrama de energia apresentado, marque E3
a alternativa que melhor compara a variação da concen-

O S
106 kJ
tração de NO2(g) com o tempo quando a temperatura
variar de 200 para 600 °C, após atingir o equilíbrio. D LU Caminho da reação
O C
a)
N X
Concentração

Um dos candidatos construiu as seguintes afirmações:


SI O E

200 ºC
I. A reação pode ser catalisada, com formação do com-
600 ºC plexo ativado, quando se atinge a energia de 320 kJ.
EN S

II. O valor da quantidade de energia E3 determina a


E U

variação de entalpia (∆H) da reação, que é de –52 kJ.


D E

Tempo III. A reação é endotérmica, pois ocorre mediante au-


A LD

b) mento de energia no sistema.


IV. A energia denominada no gráfico de E2 é chamada
EM IA

600 ºC de energia de ativação que, para essa reação, é de


Concentração

182 kJ.
ST ER

Quanto à passagem para a etapa final da seleção, esse


SI AT

candidato foi aprovado ou reprovado? Justifique sua


resposta.
M

200 ºC

Tempo
c)
Concentração

600 ºC 200 ºC

Tempo
d)
Concentração

200 ºC

600 ºC

Tempo

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 24 29/05/2019 15:36


25 – Material do Professor 25

9. IFSP – Um técnico de laboratório químico precisa pre-

QUÍMICA 1A
parar algumas soluções aquosas, que são obtidas pelas
pastilhas da substância precursora no estado sólido. A
solubilização dessa substância consiste em um proces-
so endotérmico. Ele está atrasado e precisa otimizar o
tempo ao máximo, a fim de que essas soluções fiquem
prontas. Desse modo, assinale a alternativa que apre-
senta o que o técnico deve fazer para tornar o processo
de dissolução mais rápido.
a) Ele deve triturar as pastilhas e adicionar um volume
de água gelada para solubilizá-las.
b) Ele deve utilizar somente água quente para solubilizar 12. UFSC – Considere uma reação química na qual estão
a substância.
envolvidas três substâncias distintas, identificadas
c) Ele deve utilizar somente água gelada para solubilizar como X1, X2 e X3. A reação tem início no instante t1
a substância. e é dada por completa quando o tempo t3 é atingido.
d) Ele deve triturar as pastilhas e adicionar um volume O diagrama que representa a variação nas concentra-
de água quente para solubilizá-las. ções das substâncias envolvidas na reação é mostrado
a seguir.
e) A temperatura da água não vai influenciar no proces-
so de solubilização da substância, desde que esta
esteja triturada.
X2

10. Fac. Albert Einstein-SP – Um comprimido efervescen-

O
BO O
te, de 4,0 g de massa, contém bicarbonato de sódio,

SC
carbonato de sódio, ácido cítrico e ácido acetilsalicílico, X1

M IV
Concentração (mol/L)
todos sólidos brancos solúveis em água. Ao adicionar o

O S
comprimido à água, o ácido cítrico reage com o carbo-
D LU
nato e o bicarbonato de sódio, gerando gás carbônico.
Foram realizados quatro experimentos para estudar a
O C
cinética da reação envolvendo os reagentes presentes
N X

no comprimido efervescente, sendo que a condição de


SI O E

cada experimento encontra-se descrita a seguir.


Experimento 1: o comprimido inteiro foi dissolvido em
EN S

X3
200 mL de água a 25 °C.
E U

t1 t2 t3
Experimento 2: dois comprimidos inteiros foram dis-
D E

Tempo (s)
solvidos em 200 mL de água a 25 °C.
A LD

Experimento 3: o comprimido triturado (4,0 g) foi dis- Com base nos dados anteriores, é correto afirmar:
solvido em 200 mL de água a 25 °C.
EM IA

01) X1 e X2 são reagentes, ao passo que X3 é o produto


ST ER

Experimento 4: o comprimido inteiro foi dissolvido em da reação.


200 mL de água a 50 °C. 02) X3 é um catalisador para a reação.
SI AT

Em cada experimento, recolheu-se o gás carbônico 04) X1 é produto da reação.


produzido nas mesmas condições de temperatura e
M

08) Se fosse utilizado um catalisador para a reação, a


pressão, até se obter 100 mL de gás, registrando-se o
concentração de X1 diminuiria com o tempo.
tempo decorrido (t).
16) O uso de um catalisador reduziria a energia de
A alternativa que apresenta adequadamente a compa- ativação da reação entre X2 e X3, promovendo a
ração entre esses tempos é formação mais rápida de X1.

Dê a soma dos itens corretos.


a) t1 < t2 t1 5 t3 t1 > t4
b) t1 5 t2 t1 > t3 t1 < t43
c) t1 > t2 t1 > t3 t1 > t4
d) t1 > t2 t1 < t3 t1 5 t4

11. IFSP (adaptado) – Colocamos um pedaço de palha


de aço em cima de uma pia e, a seu lado, um prego
de mesma massa. Notamos que a palha de aço en-
ferruja com relativa rapidez enquanto o prego, nas
mesmas condições, enferruja mais lentamente. Os
dois materiais têm praticamente a mesma compo-
sição, mas enferrujam com velocidades diferentes.
Qual fator é responsável por influenciar a velocidade
dessa reação?

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 25 29/05/2019 15:36


26
QUÍMICA 1A 26 – Material do Professor

O
BO O
SC
M IV
13. UEPG-PR – Nos tubos de ensaio A, B, C e D, foram

O S
adicionados 2,0 g de zinco e 10 mL de ácido clorídrico
D LU
1,0 mol/L. A diferença entre os tubos é a granulometria
do zinco e a temperatura. Observou-se o desprendi-
O C
mento de gás nos quatro tubos. Com base no esquema
N X

a seguir, que representa o início do processo, assinale


SI O E

o que for correto.


EN S

14. UECE – Alguns medicamentos são apresentados na for-


E U

ma de comprimidos que, quando ingeridos, dissolvem-


D E

-se lentamente no líquido presente no tubo digestório,


A LD

garantindo um efeito prolongado no organismo. Con-


tudo, algumas pessoas, por conta própria, amassam o
comprimido antes de tomá-lo.
EM IA

Esse procedimento é inconveniente, pois reduz o efeito


ST ER

prolongado devido
SI AT

a) à diminuição da superfície de contato do comprimido,


A B C D provocando redução na velocidade da reação.
10 ºC 25 ºC 25 ºC 25 ºC
M

b) à diminuição da superfície de contato, favorecendo


a dissolução.
01) A velocidade da reação é maior no tubo B do que c) ao aumento da velocidade da reação em consequên-
no tubo A. cia do aumento da superfície de contato do com-
02) O tubo que apresenta a maior velocidade de reação primido.
é o D. d) à diminuição da frequência de colisões das partículas
04) A reação que ocorre é Zn(s) 1 2 HCd(aq) → do comprimido com as moléculas do líquido presente
no tubo digestório.
→ ZnCd2(aq) 1 H2(g).
08) O tubo C apresenta uma velocidade de reação maior 15. UFJF-MG – Um estudante resolveu fazer três experi-
que a do tubo B, porque a superfície de contato do mentos com comprimidos efervescentes, muito uti-
zinco é maior no tubo C. lizados no combate à azia, que liberam CO2 quando
16) A velocidade de reação do Zn nos tubos obedece à dissolvidos em água.
seguinte ordem: A < B < C < D.
Experimento 1: em três copos distintos, foi adicionada
Dê a soma dos itens corretos. a mesma quantidade de H2O, mas com temperaturas
diferentes (–6,25 e 100 °C). Em seguida, foi adicionado
um comprimido efervescente inteiro em cada copo.
Experimento 2: em dois copos distintos, foi adicionada
a mesma quantidade de H2O à temperatura ambiente.
Ao primeiro copo, foi adicionado um comprimido inteiro
e, ao segundo, um comprimido triturado.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 26 29/05/2019 15:36


27 – Material do Professor 27

Experimento 3: em três copos distintos, foram adi- d)

Massa de CO2

QUÍMICA 1A
cionados a mesma quantidade de H2O à temperatura
1 1
ambiente e , 1 e 1 comprimido não triturado,
2 2
respectivamente.
160 ºC
Com base nos parâmetros que influenciam a cinética 220 ºC
de uma reação química, o estudante deve observar que, 0 Tempo

a) no experimento 1, a temperatura da água não inter-


fere no processo de liberação de CO2. 17. PUC-SP (adaptado) – Considere uma reação genérica
em que os reagentes D e G transformam-se no produ-
b) no experimento 2, o aumento da superfície de con- to J. A cinética dessa reação pode ser estudada com
tato favorece a liberação de CO2. base no gráfico a seguir, que representa a entalpia de
c) no experimento 3, a massa de comprimido é inver- reagentes e produtos, bem como das espécies interme-
samente proporcional à quantidade de CO2 liberada. diárias formadas durante o processo. No gráfico, estão
representados os caminhos da reação na presença e
d) no experimento 1, a água gelada (–6 °C) favorece a
na ausência de catalisador.
dissolução do comprimido liberando mais CO2.
e) nos experimentos 2 e 3, a massa do comprimido e
a superfície de contato não interferem no processo
de liberação de CO2.
x

16. UERJ – No preparo de pães e bolos, é comum o em-

Energia

O
prego de fermentos químicos, que agem liberando gás

BO O
SC
y
carbônico, responsável pelo crescimento da massa.

M IV
Um dos principais compostos desses fermentos é o

O S
bicarbonato de sódio, que se decompõe sob a ação D+G

D LU
do calor, de acordo com a seguinte equação química:

2 NaHCO3(s) → Na2CO3(s) 1 H2O(g) 1 CO2(g)


J
z
O C
N X

Caminho da reação
Considere o preparo de dois bolos com as mesmas
SI O E

quantidades de ingredientes e sob as mesmas condi- Analisando o gráfico, explique o que x, y e z represen-
ções, diferindo apenas na temperatura do forno: um foi tam a respeito da reação D 1 G → J.
EN S

cozido a 160 °C e o outro a 220 °C. Em ambos, todo o


E U

fermento foi consumido.


D E

O gráfico que relaciona a massa de CO2 formada em


A LD

função do tempo de cozimento, em cada uma dessas


temperaturas de preparo, está apresentado em
EM IA

a)
Massa de CO2

ST ER
SI AT
M

160 ºC
220 ºC
0 Tempo

b)
Massa de CO2

160 ºC
220 ºC
0 Tempo

c)
Massa de CO2

160 ºC
220 ºC
0 Tempo

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 27 29/05/2019 15:36


28 28 – Material do Professor

ESTUDO PARA O ENEM


QUÍMICA 1A

18. Fuvest-SP C5-H17 uma vez que facilita a liberação de gás carbônico
Um antiácido comercial em pastilhas possui, em sua da solução, deslocando o equilíbrio para a formação
composição, entre outras substâncias, bicarbonato de dos reagentes.
sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico. Ao ser colo-
19. Espcex-SP/Aman-RJ C5-H17
cada em água, a pastilha dissolve-se completamente e
Uma amostra de açúcar exposta ao oxigênio do ar pode de-
libera gás carbônico, o que causa a efervescência. Para
morar muito tempo para reagir. Entretanto, em nosso orga-
entender a influência de alguns fatores sobre a velocida-
de de dissolução da pastilha, adicionou-se uma pastilha nismo, o açúcar é consumido em poucos segundos quando
a cada um dos quatro recipientes descritos na tabela, entra em contato com o oxigênio. Tal fato se deve à presença
medindo‐se o tempo até a sua dissolução completa. de enzimas que agem sobre as moléculas do açúcar, criando
estruturas que reagem mais facilmente com o oxigênio.
Tempo medido Usberco e Salvador. Química, vol. 2. FTD, 2009.

até a completa Com base no texto anterior, assinale a alternativa que


Solução dissolução da justifica corretamente a ação química dessas enzimas.
pastilha (em a) As enzimas atuam como inibidoras da reação, por
segundos) ocasionarem a diminuição da energia de ativação do
processo e, consequentemente, acelerarem a reação
1. Água mineral sem gás entre o açúcar e o oxigênio.
à temperatura ambiente 36 b) As enzimas atuam como inibidoras da reação, por
(25 °C). ocasionarem o aumento da energia de ativação do
processo e, consequentemente, acelerarem a reação

O
BO O
2. Água mineral com gás entre o açúcar e o oxigênio.

SC
M IV
à temperatura ambiente 35 c) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por
(25 °C). ocasionarem o aumento da energia de ativação do

O S
processo, fornecendo mais energia para a realização
3. Água mineral sem gás,
deixada em geladeira
D LU
53
da reação entre o açúcar e o oxigênio.
O C
d) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por
(4 °C). ocasionarem a diminuição da energia de ativação do
N X

processo, provendo rotas alternativas de reação me-


SI O E

4. Água mineral com gás,


nos energéticas, acelerando a reação entre o açúcar
deixada em geladeira 55
e o oxigênio.
(4 °C).
EN S

e) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por


E U

ocasionarem a diminuição da energia de ativação do


Para todos os experimentos, foi usada água mineral da processo ao inibirem a ação oxidante do oxigênio,
D E

mesma marca. Considere a água com gás como tendo desacelerando a reação entre o açúcar e o oxigênio.
A LD

gás carbônico dissolvido.


20. FGV-SP C5-H17
Com base nessas informações, é correto afirmar que
EM IA

Os automóveis são os principais poluidores dos centros


a) o uso de água com gás, ao invés de sem gás, diminuiu a urbanos. Para diminuir a poluição, a legislação obriga o
ST ER

velocidade de dissolução da pastilha em cerca de 50%, uso de catalisadores automotivos. Eles viabilizam rea-
uma vez que, como já possui gás carbônico, há o deslo- ções que transformam os gases de escapamento dos
SI AT

camento do equilíbrio para a formação dos reagentes.


motores, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono,
b) o uso de água com gás, ao invés de sem gás, au- em substâncias bem menos poluentes.
M

mentou a velocidade de dissolução da pastilha em


cerca de 33%, uma vez que o gás carbônico acidifica Os catalisadores _______ a energia de ativação da rea-
a água, aumentando a velocidade de consumo do ção no sentido da formação dos produtos, _______ a
carbonato de sódio. energia de ativação da reação no sentido dos reagentes
c) nem a mudança de temperatura nem a adição de gás e _______ no equilíbrio reacional.
carbônico na solução afetaram a velocidade da reação, No texto, as lacunas são preenchidas, correta e res-
uma vez que o sistema não se encontra em equilíbrio. pectivamente, por
d) o aumento da temperatura da água, de 4 °C para a) diminuem — aumentam — interferem
25 °C, levou a um aumento na velocidade da reação, b) diminuem — diminuem — não interferem
uma vez que aumentou a frequência e a energia de
colisão entre as moléculas envolvidas na reação. c) diminuem — aumentam — não interferem
e) o aumento da temperatura da água, de 4 °C para d) aumentam — diminuem — interferem
25 °C, levou a um aumento na velocidade da reação, e) aumentam — aumentam — interferem

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 28 29/05/2019 15:36


29 – Material do Professor 29

CINÉTICA QUÍMICA III –


47

QUÍMICA 1A
LEI DA VELOCIDADE

SCIENCE PHOTO LIBRARY D/C LATINSTOCK


• Lei das velocidades
(equação da velocidade, lei
de ação das massas, lei de
Guldberg-Waage)

HABILIDADES
• Enunciar o que é lei ciné-

O
BO O
tica, ordem de reação em

SC
M IV
relação a cada reagente e
ordem global de reação.

O S
Reação de Landolt, mais conhecida como relógio de iodo.
D LU
Uma solução de peróxido de hidrogênio é misturada com outra solução contendo
• Deduzir a lei cinética de
uma reação com base em
O C
dados experimentais.
iodeto de potássio, amido e tiossulfato de sódio (reação de Landolt). Após alguns se-
N X

• Calcular a constante de
SI O E

gundos, a mistura incolor de repente fica azul-escura. Esta é uma das várias reações
velocidade de uma reação
vagamente chamadas de relógio de iodo. Neste módulo, veremos como expressar e deduzir sua unidade.
numericamente a rapidez (velocidade) de reações como essa.
EN S
E U

Equação da velocidade (a lei das


D E
A LD

velocidades)
EM IA

Em função de tudo que já foi discutido nos módulos anteriores, sabe-se que a
ST ER

concentração dos reagentes é diretamente proporcional à velocidade das reações.


Contudo, numa reação envolvendo vários reagentes diferentes, cada um deles tem
SI AT

um comportamento distinto na velocidade da reação. Isso quer dizer que, apesar de


M

todos favorecerem a velocidade da reação, cada um contribui de forma particular,


específica.
Assim, determinou-se, experimentalmente, que a influência de cada reagente
depende de um fator, denominado ordem. Dessa forma, com base no conceito
de que a velocidade de uma reação é diretamente proporcional à concentração de
seus respectivos reagentes, pode-se estabelecer uma relação proporcional, como:

v ∞ concentração dos reagentes

Representando a concentração em quantidade de matéria de qualquer substância


por [ ]:

v ∞ [Reagentes]
v 5 k ? [Reagentes], em que k é uma constante de proporcionalidade (constante
cinética).

Para uma reação química genérica a A 1 b B → c C 1 d D, estabeleceu-se uma


representação proposta com base em experimentos realizados por dois noruegueses,
Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage, em 1867, que acabaram por enunciar uma
lei que relaciona as duas grandezas – velocidade e concentração –, a qual recebeu o
nome de lei da ação das massas ou lei da velocidade, com o seguinte enunciado:

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 29 29/05/2019 15:36


30 30 – Material do Professor

A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das con-


QUÍMICA 1A

centrações em quantidades de matérias dos reagentes, elevadas a potências


determinadas experimentalmente.

Para cada uma dessas potências experimentais, foi denominada ordem em re-
lação a uma substância. A soma das ordens de cada substância é definida como
ordem da reação. Assim, a lei da velocidade é expressa por:

v 5 k ? [A]a ? [B]b

Em que:
v 5 velocidade da reação
k 5 constante cinética da reação e dependente da temperatura
[A] 5 concentração em quantidade de matéria do reagente A
[B] 5 concentração em quantidade de matéria do reagente B
a 5 coeficiente do reagente A (agora expoente) – ordem da reação em relação a A
b 5 coeficiente do reagente B (agora expoente) – ordem da reação em relação a B
a 1 b 5 ordem da reação

Ordem da reação

O
BO O
SC
M IV
MECANISMOS DAS REAÇÕES

O S
Estão relacionados com o número de etapas em que uma reação química se
D LU
processa. As reações podem ser classificadas da seguinte maneira:
O C
Elementares
N X
SI O E

São as reações que ocorrem em apenas uma etapa.


Para a obtenção da lei da velocidade, as potências que elevam as concentrações
EN S

são obtidas diretamente dos coeficientes estequiométricos da reação, com exceção


E U

dos reagentes sólidos, que sempre apresentarão ordem 0 (zero), ou seja, significa
D E

que suas concentrações não afetam a velocidade do processo.


A LD

Exemplos
EM IA

NO2(g) 1 CO(g) → NO(g) 1 CO2(g) (reação elementar)


ST ER

Lei da velocidade: v 5 k ? [NO2]1 ? [CO]1


SI AT

Ordem da reação: 1 1 1 5 2
Isso significa que, se dobrarmos a concentração em quantidade de matéria,
M

apenas do NO2, por exemplo, a velocidade da reação também dobrará – ordem 1


em relação ao NO2.
Dada outra reação elementar:

2 NO(g) 1 1 H2(g) → N2O(g) 1 H2O(g)

A lei da velocidade para essa reação pode ser representada por:

v 5 k ? [NO]2 ? [H2]1

De acordo com tal lei, a concentração de NO é de segunda ordem ([NO]2) e a


de H2 é de primeira ordem ([H2]1). A ordem global da reação é de terceira ordem (2a
para o NO 1 1a para o H2).
Como a [NO] está elevada ao quadrado, se dobrarmos sua concentração,
mantendo a concentração do hidrogênio constante, a velocidade da reação qua-
druplicará. Como a [H 2] está elevada a um, se dobrarmos sua concentração,
mantendo a concentração do NO constante, a velocidade da reação dobrará.
Se as concentrações de NO e H2 dobrarem simultaneamente, a velocidade da
reação aumentará oito vezes.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 30 29/05/2019 15:36


31 – Material do Professor 31

Não elementares
São as reações que ocorrem em duas ou mais etapas.

QUÍMICA 1A
A velocidade da reação é determinada pela etapa mais lenta (a que possui maior
energia de ativação) do mecanismo. Como a etapa mais lenta limita a velocidade
total da reação, ela é chamada etapa determinante da velocidade (ou etapa limi-
tante da velocidade).

Exemplo
4 HBr(g) 1 O2(g) → 2 H2O(g) 1 2 Br2(g) (equação global)

Cujo mecanismo é:
HBr 1 O2 → HBrO2 (etapa lenta)
HBrO2 1 HBr → 2 HBrO (etapa rápida)
2 HBrO 1 2 HBr → 2 H2O 1 2 Br2 (etapa rápida)

A lei da velocidade da equação global é dada pela etapa mais lenta. Assim:

v 5 k ? [HBr] ? [O2]

Quanto à equação global e aos termos cinéticos, essa equação é de primeira

O
BO O
ordem em relação ao HBr e ao O2. A ordem global da reação é de segunda ordem.

SC
M IV
O S
EXERCÍCIO RESOLVIDO D LU
O C
1. Os dados seguintes referem-se à reação 3 A 1 B 1 C → v não se altera ∴ a 5 0
N X

→ A2B 1 AC, realizada a 25 °C.


SI O E

Velocidade
EN S

Experimentos 1 e 3:
[A] [B] [C] inicial
E U

(mol/L ? s) v5k? [
A] ? [B]0 ? [
C]
D E

constante constante
0,5 0,5 0,5 0,02
A LD

21 ? v 5 [2B]b ∴ b 5 1
0,5 0,5 1,0 0,02
EM IA

0,5 1,0 0,5 0,04


ST ER

1,0 0,5 0,5 0,08


Experimentos 1 e 4:
SI AT

Responda ao que se pede. B] ⋅ [C]


v 5 k ? [A]c ? [
  
a) Qual é a equação da velocidade dessa reação?
M

constantes

b) O processo é elementar? Justifique sua resposta. 22 ? v 5 [A]c ⇒ c 5 2


Resolução
∴ v 5 k ? [A]2 ? [B]
a) Experimentos 1 e 2:
b) Não, pois os coeficientes da lei da velocidade não
v 5 k ? [ A ] ⋅ [B] ? [C]a coincidem com os coeficientes estequiométricos.
 
 
constantes

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 31 29/05/2019 15:36


32 32 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1A

CINÉTICA
QUÍMICA III

Leis da velocidade

Elementares Não elementares

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
Para reações que se realizam em uma só etapa (reações elementa- Para as reações não elementares (ocorrem em várias etapas), a velo-
O C
N X

res), as potências que elevam as concentrações coincidem com os cidade da reação é determinada pela etapa mais lenta (a que possui
SI O E

coeficientes estequiométricos da reação, com exceção dos reagentes maior energia de ativação) do mecanismo. Como a etapa mais lenta
EN S

sólidos, que sempre apresentarão ordem 0 (zero).


E U

limita a velocidade total da reação, ela é chamada de etapa determi-


D E

nante da velocidade (ou etapa limitante da velocidade).


A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 32 29/05/2019 15:36


33 – Material do Professor 33

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1A
1. Sistema Dom Bosco – Para a reação de decomposição do N2O 5, verificou-se que
v 5 k ? [N2O5]. O que acontece com a velocidade quando:
a) duplicamos a concentração, em mol/L, de N2O5?
b) triplicamos a concentração, em mol/L, de N2O5?
Na expressão matemática v 5 k ? [N2O5], v é uma variável dependente da variável [N2O5] e k é uma constante

de proporcionalidade. Assim, v é diretamente proporcional a [N2O5].

a) Se [N2O5] duplica, então v duplica.

b) Se [N2O5] triplica, então v triplica.

2. UEM-PR – Uma reação química hipotética é representada pela seguinte equação:


A(g) 1 B(g) → C(g) 1 D(g) e ocorre em duas etapas:

O
A(g) → E(g) 1 D(g) (etapa lenta)

BO O
SC
M IV
E(g) 1 B(g) → C(g) (etapa rápida)

O S
A lei da velocidade da reação pode ser dada por
a) v
b) v
5 k
k
? [A].
[A] ? [B].
D LU
O C
5 ?
N X

c) v 5 k ? [C] ? [D].
SI O E

d) v 5 k ? [E] ? [B].
A lei da velocidade da reação é calculada por meio da etapa lenta, ou seja, v 5 k ? [A].
A(g) → E(g) 1 D(g)
EN S

v 5 k ? [R]x.
E U

v 5 k ? [A].
D E
A LD

3. UFRGS-RS C5-H17
Na reação
EM IA

NO2(g) 1 CO(g) → CO2(g) 1 NO(g)


ST ER

a lei cinética é de segunda ordem em relação ao dióxido de nitrogênio e de ordem


SI AT

zero em relação ao monóxido de carbono. Quando, simultaneamente, a concentração


de dióxido de nitrogênio for dobrada e a concentração de monóxido de carbono for
M

reduzida pela metade, então a velocidade da reação


a) será reduzida a um quarto do valor anterior.
b) será reduzida à metade do valor anterior.
c) não se alterará.
d) se duplicará.
e) aumentará por um fator de 4 vezes.

A lei cinética é de segunda ordem em relação ao dióxido de nitrogênio (expoente 2) e de ordem zero (expoente
0) em relação ao monóxido de carbono, então:
v 5 k ? [NO2]2 ? [CO]0
vinicial 5 k ? [NO2]2
Ao dobrar a concentração de dióxido de nitrogênio e reduzir a concentração de monóxido de carbono pela
metade, teremos:
0
1 
v 5 k ? (2 ? [NO2])2 ?  ⋅ [CO] 
2 
v 5 k ? 4 ? [NO2]2 ? 1
v 5 4 ? vinicial
Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes
contextos.
Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas
nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas
ou linguagem simbólica.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 33 29/05/2019 15:36


34 34 – Material do Professor

4. FEPAR-PR – Um dos grandes problemas ambientais nas últimas décadas tem sido a
QUÍMICA 1A

redução da camada de ozônio. Uma das reações que contribui para a destruição dessa
camada é expressa pela seguinte equação:
NO(g) 1 O3(g) → NO2(g) 1 O2(g)
Os dados a seguir foram coletados em laboratório, a 25 °C.

Velocidade
Experiência [NO]/mol ? L21 [O3]/mol ? L21
(mol ? L21 ? s21)
1 1 ? 10–6 3 ? 10–6 0,66 ? 10–4
2 1 ? 10–6 6 ? 10–6 1,32 ? 10–4
3 1 ? 10 –6
9 ? 10 –6
1,98 ? 10–4
4 2 ? 10–6 9 ? 10–6 3,96 ? 10–4
5 3 ? 10 –6
9 ? 10 –6
5,94 ? 10–4

Considere os dados e avalie as afirmativas em verdadeira V ou falsa F.


( ) A expressão da lei da velocidade é v 5 k ? [NO] ? [O3]2.
( ) A reação é de segunda ordem.
( ) O valor da constante da velocidade é 7,3 ? 1014.

O
BO O
( ) A velocidade fica inalterada se variarmos igualmente as concentrações de NO e O3.

SC
M IV
( ) Se o uso de um catalisador provocasse o aumento de velocidade da reação, isso

O S
seria consequência da diminuição da energia de ativação do sistema.

D LU
F –V – F – F –V
O C
(F) Dobrando a concentração de NO (experimentos 3 e 4), a velocidade da reação será dobrada, sendo de
primeira ordem em relação ao NO, e dobrando a velocidade de O3 (experimentos 1 e 2), a velocidade da rea-
N X

ção também será dobrada, sendo de primeira ordem em relação a O3, assim a lei que expressa a velocidade
SI O E

para essa experiência será: v 5 k ? [NO] ? [O3].


(V) A reação é de segunda ordem em relação à reação global (soma dos expoentes: 1 1 1).
EN S

(F) Teremos:
E U

v 5 k ? [NO] ? [O3]
(0,66 ? 10–4) 5 k ? (1 ? 10–6) ? (3 ? 10–6)
D E

(0,66 · 104 )
A LD

k5 ∴ k 5 2,2 ? 107
(1 · 10 –6 ) · ( 3 · 10 –6 )

(F) Se houver a mesma variação em ambos os reagentes, a velocidade irá variar proporcionalmente, pois é
EM IA

proporcional às duas concentrações.


ST ER

(V) O catalisador aumenta a velocidade de uma reação química, diminuindo a energia de ativação.
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 34 29/05/2019 15:36


35 – Material do Professor 35

5. UEM-PR – Os seguintes dados foram medidos para a reação do monóxido de nitro-

QUÍMICA 1A
gênio com hidrogênio.
2 NO(g) 1 2 H2(g) → N2(g) 1 2 H2O(g)

Experimento [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Vinicial (mol/L ? s)


1 0,10 0,10 1,23 ? 10–3
2 0,10 0,20 2,46 ? 10–3
3 0,20 0,10 4,92 ? 10–3
Considerando as observações experimentais e os conhecimentos sobre o assunto,
assinale o que for correto.
01) A lei da velocidade para a reação é v 5 k ? [NO]2 ? [H]2.
02) A velocidade da reação diminui com o tempo, pois as [NO] e [H2] diminuem, por-
tanto o número de colisões efetivas é menor.
04) A velocidade de formação de N2(g) é o dobro da velocidade de consumo de NO(g).
08) Quando a [NO] 5 [H2] 5 0,05 mol/L, a velocidade da reação é 0,615 ? 10–3 mol/L ? s.
16) A constante de velocidade da reação não pode ser determinada com base nos
experimentos 1, 2 e 3.
Dê a soma do(s) item(ns) correto(s).

O
BO O
02 (02)

SC
01) Incorreto. A lei da velocidade para a reação é v 5 k ? [NO]2 ? [H2]1.

M IV
O S
Experimento [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Velocidade inicial (mol/L ? s)

1
0,10
⇒ cte
0,10
D LU
⇒⋅2
1,23 ⋅ 10−3
⇒ ⋅ 21 ⇒ Expoente de [H2 ] :1
O C
2 0,10 0,20 2,46 ⋅ 10−3
N X
SI O E

Experimento [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Velocidade inicial (mol/L ? s)


EN S

0,10 0,10 1,23 ⋅ 10−3


1 ⇒⋅2 ⇒ cte ⇒ ⋅ 22 ⇒ Expoente de [NO] : 2
E U

3 0,20 0,10 4,92 ⋅ 10−3


D E
A LD

02) Correto. A velocidade da reação diminui com o tempo, pois os reagentes são consumidos (NO e H2) e,
portanto, o número de colisões efetivas é menor.
EM IA

04) Incorreto. A velocidade de formação de N2(g) é a metade da velocidade de consumo de NO(g).


ST ER

2 NO(g) + 2 H2(g) → N2(g) + 2 H2O(g)


v NO v H2 v N2 v H2O
SI AT

= = =
2 2 1 2
v NO v N2
M

=
2 1
1
v N2 = ⋅ v NO
2
08) Incorreto. Quando a [NO] 5 [H2] 5 0,05 mol/L, a velocidade da reação é 1,537 ? 10–4 mol/L ? s.

Experimento [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Velocidade inicial (mol/L ? s)


1 0,10 0,10 1,23 ? 10–3

v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [H2 ]1
1,23 ⋅ 10−3 = k ⋅ (0,10)2 ⋅ (0,10)1
1,23 ⋅ 10−3
k= = 1,23
(0,10)3

v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [H2 ]1
v = 1,23 ⋅ (0,05) ⋅ (0,05)
2 1

v = 1,23 ⋅ 0,000125
v = 0,0001537
v = 1,537 ⋅ 10−4 mol L ⋅ s.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 35 29/05/2019 15:36


36 36 – Material do Professor

16) Incorreto. A constante de velocidade da reação pode ser determi- 6. ITA-SP – Considere que a decomposição do N2O 5,
QUÍMICA 1A

nada com base nos experimentos 1, 2 ou 3. representada pela equação química global 2 N2O5 →
→ 4 NO2 1 O2, apresente lei de velocidade de primeira
Ve l o c i d a d e inicial
ordem. No instante inicial da reação, a concentração
Experimento [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) de N2O5 é de 0,10 mol ? L–1 e a velocidade de consumo
(mol/L ? s)
dessa espécie é de 0,022 mol ? L–1 ? min–1. Assinale a
1 0,10 0,10 1,23 ? 10–3
opção que apresenta o valor da constante de velocidade
2 0,10 0,20 2,46 ? 10–3 da reação global, em min–1.
3 0,20 0,10 4,92 ? 10–3 a) 0,0022
b) 0,011
v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [H2 ]1
1,23 ⋅ 10−3 = k ⋅ (0,10)2 ⋅ (0,10)1
c) 0,022
1,23 ⋅ 10−3 d) 0,11
k = = 1,23
(0,10)2 ⋅ (0,10)1 e) 0,22

v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [H2 ]1 2 N2O5 → 4 NO2 1 1 O2


2,46 ⋅ 10−3 = k ⋅ (0,10)2 ⋅ (0,20)1 v N2O5 v NO2 v O2
2,46 ⋅ 10−3 2 4 1
k= = 1,23
(0,10)2 ⋅ (0,20)1 v N2O5 v NO2 v O2
5 5 5 vreação
2 4 1
v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [H2 ]1
4,92 ⋅ 10−3 = k ⋅ (0,20)2 ⋅ (0,10)1 vconsumo de N2O5 5 0,022 mol ? L–1 ? min–1
4,92 ⋅ 10−3 v N2O5 0,022 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1
k = = 1,23 vreação 5

O
5
(0,20)2 ⋅ (0,10)1 2 2

BO O
SC
M IV
vreação 5 0,011 mol ? L–1 ? min–1

O S
Para uma ração de primeira ordem: v 5 k ? [R]1, então:
D LU v 5 k ? [N2O5]1
O C
0,011 mol ? min–1 5 k ? 0,10 mol ? L–1
N X

0,011 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1


k5
SI O E

0,10 mol ⋅ L–1

k 5 0,11 min–1
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 36 29/05/2019 15:36


37 – Material do Professor 37

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

QUÍMICA 1A
7. FASM-SP 8. IFSul-RS – Os veículos emitem óxidos de nitrogênio
Um estudo publicado pela revista Nature aponta que a que destroem a camada de ozônio. A reação em fase
quantidade de metano (CH4) liberada por alguns poços de gasosa ocorre em duas etapas:
gás de xisto (cuja composição química padrão apresenta, 1a etapa: O3 1 NO2 → O2 1 NO3 (lenta)
além de outros compostos, o óxido de ferro (III) e o óxido
de alumínio) seria cerca de quatro vezes maior que o pre- 2a etapa: NO2 1 NO3 → N2O5 (rápida)
visto, o que o tornaria uma fonte de energia emissora de A lei de velocidade para a reação é
gás de efeito estufa tão nociva quanto o carvão. A combus-
a) v 5 k ? [O3] ? [NO2] c) v 5 k ? [O2] ? [NO3]
tão completa do metano produz outro gás estufa, o CO2,
de acordo com a reação: b) v 5 k ? [NO2] ? [NO3] d) v 5 k ? [N2O5]

CH4(g) 1 2 O2(g) → CO2(g) 1 2 H2O(,) 9. UEM-PR – Assinale o que for correto.


Disponível em: <https://www.lqes.iqm.unicamp.br>. Adaptado. 01) Reações elementares são aquelas que ocorrem em
etapa única e a ordem deve ser igual à moleculari-
a) Escreva as fórmulas químicas dos óxidos presentes dade.
na composição do xisto, sabendo que nesses com-
postos a carga do ferro e do alumínio é 13. 02) A velocidade média de uma reação é o módulo da
velocidade de consumo em quantidade de matéria
b) Supondo que a reação de combustão completa do de um dos reagentes, ou da velocidade de formação
metano seja elementar, escreva a expressão da em quantidade de matéria de um dos produtos di-
lei de velocidade dessa reação. Explique o que irá vidido pelo respectivo coeficiente estequiométrico
acontecer com a velocidade se a concentração do da substância na equação da reação corretamente
metano for dobrada e a concentração do oxigênio

O
balanceada com os menores números inteiros pos-

BO O
permanecer constante. síveis.

SC
M IV
04) Um aumento de temperatura aumenta a velocidade

O S
de reações químicas endotérmicas e exotérmicas,

D LU embora, termodinamicamente, favoreça mais inten-


samente as reações endotérmicas.
O C
08) Em reações não elementares, a etapa rápida é a
N X

determinante da velocidade da reação.


SI O E

16) As ordens dos participantes da lei de velocidade


de uma reação são calculadas a partir de dados
experimentais.
EN S

Dê a soma dos itens corretos.


E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 37 29/05/2019 15:36


38 38 – Material do Professor

10. UEL-PR – O processo de remoção de enxofre em refinarias de petróleo é uma prática


QUÍMICA 1A

que vem sendo cada vez mais realizada com o intuito de diminuir as emissões de
dióxido de enxofre de veículos automotivos e o grau de envenenamento de catalisa-
dores utilizados. A dessulfurização é um processo catalítico amplamente empregado
para a remoção de compostos de enxofre, o qual consiste basicamente na inserção
de hidrogênio.
A reação química do composto etanotiol é mostrada a seguir.
C2H5SH(g) 1 H2(g) → C2H6(g) 1 H2S(g)
a) Suponha que a reação de dessulfurização seja realizada em laboratório, na presença
de concentrações diferentes de etanotiol e hidrogênio, conforme quadro a seguir.

[Etanotiol] [Hidrogênio] V(inicial)


Experiência
(mol/L) (mol/L) (mol/min)
1 2 1 4
2 2 2 8
3 3 3 8
4 6 6 16
Com base nos dados apresentados nessa tabela, determine a lei da velocidade e
a ordem da reação.

O
BO O
b) Considerando que a velocidade média da reação de dessulfurização, em certo

SC
M IV
intervalo de tempo, é de 10 mol/s em relação ao etanotiol, determine a velocidade
da reação em relação ao gás sulfídrico dada em g/s, no mesmo intervalo de tempo.

O S
D LU
Dados: H 5 1; C 5 12; S 5 32
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 38 29/05/2019 15:36


39 – Material do Professor 39

11. Unimontes-MG – A velocidade da reação genérica 2 A 1 B → C é dada por

QUÍMICA 1A
v1 5 k ? [A]2 ? [B]1. Em uma determinada situação, a concentração de A foi triplicada,
e a de B duplicada. O novo valor de velocidade (v2), em função de v1, será
a) igual a v1.
b) 18 vezes maior.
c) 2 vezes maior.
d) 18 vezes menor.

12. UFJF-MG – Na indústria química, uma das etapas de produção do ácido sulfúrico é
a formação do trióxido de enxofre por meio da reação de combustão do dióxido de
enxofre catalisada pelo dióxido de nitrogênio, conforme esquema a seguir.

Etapa 1 (lenta) : SO2(g) + NO2(g) → SO3(g) + NO(g)


1
Etapa 2 (rápida) : NO(g) + O2(g) → NO2(g)
2
1
Reação global : SO2(g) + O2(g)  SO3(g) ∆H = − 23,4 kcal
2
Sobre o processo descrito e com base no esquema anterior, responda ao que se pede.
a) O que acontece, quimicamente, com o dióxido de nitrogênio no processo de for-
mação do SO3?

O
BO O
b) Qual a diferença fundamental entre a reação catalisada e a não catalisada?

SC
M IV
c) A velocidade de uma reação global é dependente da velocidade da etapa lenta.
Escreva a expressão da lei de velocidade para a reação global de formação do

O S
trióxido de enxofre.
D LU
d) Após a reação de produção de SO3(g) atingir o equilíbrio, represente qualitativamente
no gráfico a variação da concentração do SO3 com o aumento da temperatura em
O C
um experimento no qual a pressão total dos gases seja mantida constante.
N X
SI O E
EN S
E U
[SO3 ]

D E
A LD
EM IA

Temperatura
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 39 29/05/2019 15:36


40 40 – Material do Professor

13. UEPG-PR – Considerando a seguinte reação genérica:


QUÍMICA 1A

3 Z 1 2Y → 4 X
As etapas do mecanismo dessa reação estão repre-
sentadas a seguir.
2 Z 1 Y → W (lenta)
Y 1 W → K (rápida)
K 1 Z → 4 X (rápida)
Assinale o for correto.
01) Se duplicar a concentração de Z, a velocidade qua-
druplicará.
02) Se duplicar a concentração de Y, a velocidade do-
brará.
04) A ordem da reação é 3.
08) Se triplicar simultaneamente as concentrações de
Z e Y, a velocidade da reação ficará 27 vezes maior.
16) A expressão da lei da velocidade da reação é a se-
guinte: v 5 k ? [Z] ? [Y].
Dê a soma dos itens corretos.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 40 29/05/2019 15:36


41 – Material do Professor 41

14. Mackenzie-SP – O estudo cinético de um processo químico foi realizado por meio de

QUÍMICA 1A
um experimento de laboratório, no qual foi analisada a velocidade desse determinado
processo em função das concentrações dos reagentes A e B2. Os resultados obtidos
nesse estudo encontram-se na tabela a seguir.

[A] [B2] Vinicial


Experimento
(mol ? L ) 21
(mol ? L ) 21
(mol ? L21 ? min21)
X 1 ? 10–2 1 ? 10–2 2 ? 10–4
Y 5 ? 10–3 1 ? 10–2 5 ? 10–5
Z 1 ? 10 –2
5 ? 10 –3
1 ? 10–4
Com base nos resultados obtidos, foram feitas as seguintes afirmativas:
I. As ordens de reação para os reagentes A e B2, respectivamente, são 2 e 1.
II. A equação cinética da velocidade para o processo pode ser representada pela
equação v 5 k ? [A]2 ? [B2].
III. A constante cinética da velocidade k tem valor igual a 200.
Considerando-se que todos os experimentos realizados tenham sido feitos sob mesma
condição de temperatura, podemos dizer que
a) nenhuma afirmativa está correta.
b) apenas a afirmativa I está correta.

O
BO O
c) apenas as afirmativas I e II estão corretas.

SC
M IV
d) apenas as afirmativas II e III estão corretas.

O S
e) todas as afirmativas estão corretas.

D LU
15. PUC-RJ – A reação química entre dois reagentes ocorre de tal forma que, ao se tripli-
O C
car a concentração do reagente A, mantendo-se fixa a concentração do reagente B,
observa-se o aumento de nove vezes na velocidade inicial de reação. Por outro lado, a
N X

variação da concentração do reagente B não acarreta mudança da velocidade inicial da


SI O E

reação. Assim, é correto afirmar que a equação geral da lei de velocidade da reação,
onde v é a velocidade inicial e k é a constante de velocidade, é
EN S

a) v 5 k d) v 5 k ? [reagente A]3
E U

b) v 5 k ? [reagente A] e) v 5 k ? [reagente A] ? [reagente B]


D E

c) v 5 k ? [reagente A]2
A LD

16. IFMG – Um estudante monta um experimento de química no qual, em um béquer de


EM IA

vidro, adiciona uma solução aquosa de hidróxido de cálcio e o indicador fenolftaleína.


Em seguida, com o auxílio de um canudo de plástico, sopra e borbulha continuamen-
ST ER

te a mistura até que a cor rosa do indicador desapareça e surja um sólido insolúvel.
Considerando a reação ocorrida nesse experimento, a equação de velocidade de
SI AT

formação dos produtos é


a) vp 5 [CaCO3] / [CO2]
M

b) vp 5 [Ca(OH)2] ? [CO2]
c) vp 5 [Ca(OH)2] / [CO2]2
d) vp 5 [Ca(OH)2]2 ? [H2O]
e) vp 5 [CaCO3] ? [H2O] / [Ca(OH)2] ? [CO2]

17. UEM-PR – Sobre os conceitos de cinética química, assinale o que for correto.
01) A reação 2 A 1 D → A2D é classificada como elementar se v 5 k ? [A]2 ? [D].
02) Se a velocidade da reação 2 A 1 2 D → E 1 G duplicar, ao duplicar [A], mantendo-
-se [D] constante, então a reação será de segunda ordem em relação à reação A.
04) Se a reação global CaO 1 CO2 → CaCO 3 possuir a etapa intermediária lenta
Ca(OH)2 → CaO 1 H2O, então a lei de velocidade será v 5 k ? [CaO]2 ? [CO2] ? [H2O].
08) Considerando que a reação N2 1 O2 → 2 NO é elementar, sua molecularidade é
igual a 2.
16) É possível aumentar o rendimento da reação N2(g) 1 3 H2(g) → 2 NH3(g) (∆H < 0),
combinando-se um aumento da temperatura e da pressão do sistema, pois esse
procedimento, feito com valores adequados de temperatura e pressão, afeta,
nesse caso, de forma favorável, o balanço entre a cinética e o equilíbrio químico
da reação.
Dê a soma dos itens corretos.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 41 29/05/2019 15:36


42
QUÍMICA 1A 42 – Material do Professor

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

ESTUDO PARA O ENEM


18. PUC-PR C5-H17 e) Se triplicarmos a concentração em quantidade de
Analisando as reações a seguir, as quais produzirão gás matéria do H2(g) e duplicarmos a concentração do
nitrogênio e água líquida, assinale a alternativa correta. NO(g), a velocidade da reação ficará 12 vezes maior.

Etapa 1) H2(g) 1 NO(g) → N2O(g) 1 H2O(,) (lenta) 19. UEFS-BA C5-H17


Etapa 2) H2(g) 1 N2O(g) → N2(g) 1 H2O(,) (rápida) 1 Etapa (lenta): 2 NO(g) 1 H2(g) → N2O(g) 1 H2O(g)
a

2a Etapa (rápida): N2O(g) 1 H2(g) → N2(g) 1 H2O(g)


a) A reação global é dada pela seguinte reação balan-
ceada: 2 H2(g) 1 2 NO(g) → 3 N2(g) 1 3 H2O(,) 1 N2O(g). O monóxido de nitrogênio ou óxido nítrico (NO) é um
dos principais poluentes do ar atmosférico. As emis-
b) Se mantivermos a concentração do H2(g) em quanti-
dade de matéria e duplicarmos a concentração em sões desse gás, considerando a origem antropogêni-
quantidade de matéria do NO(g), a velocidade da rea- ca, são resultados da queima, a altas temperaturas,
ção se duplicará. de combustíveis fósseis em indústrias e em veículos
automotores. Uma alternativa para reduzir a emissão
c) Colocando-se na reação um catalisador, este au- de NO para a atmosfera é a sua decomposição em
mentará a velocidade da reação e será consumido um conversor catalítico. Uma reação de decomposi-
durante a reação. ção do NO é quando este reage com gás hidrogênio,
d) A lei da velocidade é dada por: v 5 k ? [H2(g)] ? [NO(g)]. produzindo gás nitrogênio e vapor de água conforme

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 42 29/05/2019 15:36


43 – Material do Professor 43

as etapas em destaque. Ao realizar algumas vezes a reação do NO com H2, alterando

QUÍMICA 1A
a concentração de um ou de ambos os reagentes à temperatura constante, foram
obtidos os seguintes dados:

[NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Velocidade (mol/L ? h)


1 ? 10 –3
1 ? 10 –3
3 ? 10–5
1 ? 10–3 2 ? 10–3 6 ? 10–5
2 ? 10 –3
2 ? 10 –3
24 ? 10–5

Com base nessas informações, é correto afirmar:


a) O valor da constante k para a reação global é igual a 300.
b) A taxa de desenvolvimento da reação global depende de todas as etapas.
c) Ao se duplicar a concentração de H2 e reduzir à metade a concentração de NO, a
taxa de desenvolvimento não se altera.
d) Ao se duplicar a concentração de ambos os reagentes, NO e H2, a taxa de desen-
volvimento da reação torna-se quatro vezes maior.
e) Quando ambas as concentrações de NO e de H2 forem iguais a 3 ? 10–5 mol/L, a
taxa de desenvolvimento será igual a 81 ? 10 mol/L ? h.

20. Uniube-MG C5-H17

O
BO O
No estudo das velocidades das reações, conceitua-se a ordem de reação como a soma

SC
M IV
dos expoentes aos quais estão elevadas as concentrações na expressão de velocidade,
não sendo associada aos coeficientes da reação. Qualquer hipótese levantada sobre

O S
uma reação química em nível molecular deverá, obrigatoriamente, concordar com a
D LU
lei de velocidade, pois ela é proposta única e exclusivamente com base em dados
experimentais. Imagine que um grupo de estudantes queira determinar a ordem de
O C
reação para os reagentes da reação entre gás oxigênio e monóxido de nitrogênio,
N X

formando dióxido de nitrogênio, representada a seguir.


SI O E

O2(g) 1 2 NO(g)  2 NO2(g)


EN S

v 5 k ? [O2]a ? [NO]b
E U

Para a determinação dos valores de “a” e “b”, os alunos realizaram quatro experimen-
D E

tos, cujos dados são mostrados na tabela a seguir.


A LD

Concentrações dos
Velocidade
EM IA

Experimentos reagentes
(mol/L ? s)
ST ER

[O2] (mol/L) [NO] (mol/L)


1 2,2 ? 10–2 2,6 ? 10–2 6,4 ? 10–3
SI AT

2 4,4 ? 10–2 2,6 ? 10–2 12,8 ? 10–3


M

3 2,2 ? 10 –2
5,2 ? 10 –2
25,6 ? 10–3
4 6,6 ? 10–2 2,6 ? 10–2 19,2 ? 10–3

De acordo com as informações dadas e os conceitos sobre cinética química, a or-


dem de reação em relação ao O2, NO e a expressão da velocidade para a reação são,
respectivamente,
a) 1; 1 e v 5 k ? [O2] ? [NO] d) 1; 1 e v 5 k ? [O2]2 ? [NO]2
b) 2; 1 e v 5 k ? [O2]2 ? [NO] e) 1; 2 e v 5 k ? [O2] ? [NO]2
c) 2; 2 e v 5 k ? [O2]2 ? [NO]2

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 43 29/05/2019 15:36


44 44 – Material do Professor

48
EQUILÍBRIO QUÍMICO I –
QUÍMICA 1A

CARACTERÍSTICAS E
CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

• Equilíbrio químico
• Características e proprieda-
des do equilíbrio químico
• Constante de equilíbrio

HABILIDADES

O
• Conceituar equilíbrio

BO O
SC
químico.

M IV
• Interpretar um gráfico de

O S
concentração de reagentes
e de produtos em função
do tempo, para uma reação
D LU
O C
MARKUSGANN/123RF

que converge para o equilí-


N X

brio químico.
SI O E

• Esboçar um gráfico da
velocidade das reações
EN S

direta e inversa em
E U

função do tempo, para uma


D E

reação que converge para o


A LD

equilíbrio.
EM IA
ST ER

Balança de pratos.

Antes de surgirem as balanças digitais, utilizavam-se as balanças de prato. Para


SI AT

determinar o peso de um objeto, colocavam-se pesos padrões (de massa já conheci-


M

da) em um dos pratos da balança e o objeto de massa desconhecida no outro prato


e verificava-se qual era a massa do objeto quando a balança atingia o equilíbrio, isto
é, quando os dois pratos ficavam na mesma altura. Na química, também utilizamos
o conceito de equilíbrio, definido em termos das velocidades das reações.

Dinâmica e equilíbrio
Para estudar o equilíbrio químico, devemos, primeiramente, entender que nem
todas as reações químicas ocorrem em único sentido; muitas delas podem ocorrer
nos dois sentidos, sendo chamadas de reações reversíveis. Uma reação é dita re-
versível quando seus produtos podem, reagindo entre si, regenerar as substâncias
que lhes deram origem. O equilíbrio químico ocorre quando, em uma reversibilidade
do processo, as velocidades das reações direta e inversa são iguais. Uma vez atingi-
do o estado de equilíbrio, as concentrações de reagentes e produtos permanecem
constantes.
Consideremos a equação genérica a seguir.
v

A +B 
1

 C+D
v2

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 44 29/05/2019 15:36


45 – Material do Professor 45

Nessa equação, v 1 é a velocidade da reação di- EQUILÍBRIO QUÍMICO HETEROGÊNEO


reta, e v 2, a velocidade da reação inversa. É aquele em que, pelo menos, uma substância

QUÍMICA 1A
Como a velocidade de uma reação é diretamente encontra-se em uma fase ou em um estado físico di-
proporcional à quantidade de reagentes presentes ferente das outras substâncias.
no sistema, então, no início, v 1 é máxima, porque as
concentrações de A e B apresentam valores máxi- Exemplos
mos, enquanto v 2 é igual a zero, porque C e D ainda • A pressão de vapor de um líquido é descrita como
não foram formados. À medida que a reação ocorre, a pressão exercida por um vapor quando este
as quantidades de A e B diminuem, enquanto as está em um estado de equilíbrio dinâmico com
quantidades de C e D aumentam, resultando em seu líquido (líquido  vapor). Nesse caso, coe-
uma diminuição de v 1 e um aumento de v 2, até que xistem, no sistema, duas fases. Logo, trata-se de
as duas velocidades sejam iguais. No instante em um equilíbrio heterogêneo:
que v 1 e v 2 tornam-se iguais, dizemos que o sistema H2O(,)  H2O(g)
atinge o estado de equilíbrio.
• A decomposição térmica do calcário:
No estado de equilíbrio, se considerarmos o sis-
tema como um todo (em nível macroscópico), pode- CaCO 3(s)  CaO (s) 1 CO 2(g)
mos pensar que a reação “parou” de acontecer, já
que não se nota mais nenhuma mudança no sistema. OUTROS TIPOS DE EQUILÍBRIO QUÍMICO
Entretanto, a reação química continua a acontecer Podemos, ainda, classificar o equilíbrio químico em
nos dois sentidos (em nível microscópico), com a

O
molecular ou iônico. Equilíbrio molecular é aquele em

BO O
mesma velocidade e, por isso, podemos dizer que o

SC
que todas as substâncias participantes do sistema são

M IV
equilíbrio é dinâmico. Também podemos dizer que ionizadas pelos ácidos ou são moleculares; já o equilí-

O S
a reação é dinâmica. brio iônico é formado por pelo menos um íon.

possa ser atingido, é necessário que:


D LU
Experimentalmente, para que o estado de equilíbrio
Observação
O C
• o sistema se encontre num recipiente fechado; Um sistema em equilíbrio químico pode ser obtido
N X

por meio dos reagentes, dos produtos ou de ambos.


SI O E

• a temperatura permaneça constante.


Em uma reação na qual N2O4, um gás incolor, forma
um equilíbrio dinâmico com NO2, um gás marrom, por EXERCÍCIO RESOLVIDO
EN S
E U

exemplo, podemos representar tal equilíbrio grafica- 1. A reação de íons de ferro (III) com íons tiocianato pode
mente como: ser representada pela equação:
D E
A LD

Fe(3aq+ ) + SCN(−aq)  FeSCN(2aq+ )


EM IA

[] []
Nessa reação, a concentração dos íons varia segundo
ST ER

2,0 2,0
o gráfico a seguir, sendo a curva I correspondente ao
1,5 1,5 íon Fe(3aq+ ) .
SI AT

1,0 [N2O4] = 0,74 mol/L 1,0 [N2O4] = 0,74 mol/L 15 ∙ 10–3


M

0,5 0,5
[NO2] = 0,52 mol/L [NO2] = 0,52 mol/L
Concentração (mol/L)

0 0
Tempo Tempo
10 ∙ 10–3
A partir deste instante, as A partir deste instante, as I
concentrações passam a ser concentrações passam a ser
constantes. constantes.
II
5 ∙ 10–3

Nesse esquema, a seta (↑) é o tempo no qual o III


equilíbrio químico foi atingido.
O equilíbrio químico pode ser classificado em dois 0 200 400 600 800 1000
tipos principais: homogêneo e heterogêneo. Tempo (milissegundos)

EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÊNEO


Com relação a esse sistema, responda às questões
É aquele em que todas as substâncias que o cons-
seguintes.
tituem fazem parte da mesma fase ou do mesmo
a) Quais as curvas que representam as concentra-
estado físico. ções de SCN(−aq) e FeSCN(2aq+ ) ?
Exemplo b) Qual é o tempo em que o equilíbrio químico foi
Na síntese da amônia, N 2(g) 1 3 H 2(g) → 2 NH 3(g), atingido?
todas as substâncias presentes encontram-se no es- c) Qual a concentração de Fe(3aq+ ) no equilíbrio químico?
tado gasoso.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 45 29/05/2019 15:36


46 46 – Material do Professor

A constante de equilíbrio Kc é, portanto, a razão


Resolução das concentrações em quantidades de matéria dos
QUÍMICA 1A

a) A curva III representa a concentração de SCN(−aq) produtos da reação e das concentrações dos reagentes
(reagente), e a curva II, a de FeSCN(2aq+ ) (produto). da reação, no equilíbrio químico, todas elevadas a ex-
poentes que correspondem aos coeficientes da reação.
b) t 5 400 ms
Podemos simplificar a equação anterior da se-
c) A concentração de Fe(3aq+ ) no equilíbrio químico é guinte maneira:
de 8 ? 10–3 mol/L.
Kc =
[produtos]
15 ∙ 10 –3
[reagentes]
Observações
Concentração (mol/L)

10 ∙ 10–3 • A constante de equilíbrio Kc varia com a tempe-


I
8 ∙ 10–3 ratura.
II
• Quanto maior o valor de Kc, maior será o rendi-
5 ∙ 10–3
mento da reação direta, já que, no numerador,
III temos os produtos e, no denominador, os rea-
gentes. Quanto menor for o valor de Kc, maior
0 200 400 600 800 1000
será o rendimento da reação inversa. Portanto,
comparando os valores de Kc em duas tempera-
Tempo (milissegundos)

O
turas diferentes, podemos saber em qual delas a

BO O
SC
reação direta apresenta maior rendimento.

M IV
• Como o equilíbrio químico é estabelecido, origi-

O S
nalmente, pelas leis da cinética química, devemos
Constante de equilíbrio (Ke) D LU lembrar que a ordem de reação para componen-
O C
É um valor numérico que relaciona as espécies quí- tes sólidos vale 0 (zero) e, assim, eles não de-
N X

micas presentes num dado equilíbrio químico. Pode ser vem ser representados na equação da constante
SI O E

determinada por concentrações (Kc) ou por pressões de equilíbrio.


parciais (Kp). • O valor numérico de Kc depende de como é es-
EN S

crita a equação química.


E U

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO EM FUNÇÃO • A unidade de medida das constantes de equilí-


D E

brio é dependente da estrutura da equação da


DAS CONCENTRAÇÕES EM QUANTIDADE
A LD

própria constante, além da unidade utilizada nas


DE MATÉRIA (KC) substâncias participantes. Mesmo assim, exis-
EM IA

Dada uma reação reversível qualquer: tem situações nas quais algumas constantes não
ST ER

possuem unidade.

a A +bB 
1

 cC+cD
v
• O grau de equilíbrio (α), dado em porcenta-
SI AT

v2
gem, pode ser calculado por meio da equação:
número de mols que reagiu
M

e aplicando-se a lei da ação das massas, ou lei de α5 ? 100


número de mols inicial
Guldberg-Waage, temos:
• para a reação direta: v1 5 k1 ? [A]a ? [B]b Exemplos
• para a reação inversa: v2 5 k2 ? [C]c ? [D]d I. CaCO3(s)  CaO(s) 1 CO2(g) KcI = [CO2 ]

Como no equilíbrio v1 5 v2, temos:


[Zn2+ ]
k1 ? [A]a ? [B]b 5 k2 ? [C]c ? [D]d II. Zn(s) 1 Cu(2aq+ )  Zn(2aq+ ) 1 Cu(s) KcII =
[Cu2+ ]
k1 [C] ⋅ [D]
c d

= 1
k 2 [ A ]a ⋅ [B]b III. SO2(g) 1 Na2O(s)  Na2SO3(s) KcIII =
[ 2]
SO
k1 [HC]
2
A relação é constante, numa dada temperatura, IV. 1 H2(g) 1 1 C,2(g)  2 HC,(g) KcIV =
k2
[H2 ] ⋅ [C 2 ]
1 1

e denomina-se constante de equilíbrio em termos de


[HC]
4
concentração em quantidade de matéria (Kc):
V. 2 H2(g) 1 2 C,2(g)  4 HC,(g) Kc V =
[ 2 ] ⋅ [C 2 ]
2 2
H
[C] ⋅ [D]
c d

Kc =
[ A ] ⋅ [B]
a b VI. 2 NH3(g)  3 H2(g) 1 N2(g)

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 46 29/05/2019 15:36


47 – Material do Professor 47

[H2 ] ⋅ [N2 ]
3
CÁLCULO DA CONSTANTE DE
Kc =
EQUILÍBRIO (Kc) ENVOLVENDO

QUÍMICA 1A
[NH3 ] 2

[mol / L] ⋅ [mol / L]
3 ESTEQUIOMETRIA
Kc = Para determinar o valor de Kc por meio das concen-
[mol / L]2
trações dos reagentes e dos produtos, antes do equi-
Kc = [mol / L]2 líbrio ser atingido, é necessário determinar, também,
as concentrações dos reagentes e dos produtos no
VII. H2(g) 1 C,2(g)  2 HC, (g) equilíbrio químico. Veja, a seguir, um exemplo de equi-
líbrio químico envolvendo o cálculo estequiométrico.
[HC]
2

Kc =
[H2 ] ⋅ [C 2 ] Exemplo
Dois mols de hidrogênio são misturados com dois
[mol / L]
2

Kc = mols de iodo num recipiente de 10 litros, a 500 °C,


 mol  onde se estabelece o seguinte equilíbrio:
 L  ⋅ [mol / L]
H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
Kc = não tem unidade .
Se o valor da constante de equilíbrio (Kc) for 49, de-
Resumindo termine a concentração de HI no equilíbrio em mol/litro.
• Se a equação química for multiplicada por um
Resolução

O
dado número, o valor do Kc será elevado a esse

BO O
Determinando as concentrações dos reagentes

SC
fator.

M IV
• Se a equação for invertida, o valor do Kc’ dessa no início:

O S
2 mol
nova equação será dado por: [H2 ] = = 0,2 mol / L
D LU
1
10 L
O C
2 mol
Kc’ 5 [I2 ] = = 0,2 mol / L
N X

Kc 10 L
SI O E

• Se duas ou mais equações químicas forem soma- Assim, temos:


das para obter uma dada equação global, o Kc da
EN S

equação global será o produto das constantes de Substâncias H2 1 I2  2 HI


E U

equilíbrio das equações somadas. Início 0,2 mol/L 0,2 mol/L –


D E

Reagiu x x –
A LD

Exemplo Formou – – 2x
I. A 1 B  C KcI
EM IA

Eq. químico 0,2 – x 0,2 – x 2x


II. C 1 B  D KcII
ST ER

A12B D Kc 5 ? (Equação global) Sendo assim:


SI AT

Kc 5 KcI ? KcII [H2 ] ⋅ [I2 ]


Kc =
M

[HI]
2

EXERCÍCIO RESOLVIDO
49 =
[0,2 − x ] ⋅ [0,2 − x ]
2. A uma determinada temperatura, a reação 2 HI(g) 
[2x ]
2
 H2(g) 1 I2(g) admite as seguintes concentrações de
equilíbrio:
[0,2 − x ]
2

[H2] 5 1,0 ? 10–3 mol/L 49 =


[2x ]
2
[I2] 5 2,5 ? 10–2 mol/L
[HI] 5 2,2 ? 10–2 mol/L
7=
[0,2 − x ]
Qual é o valor da constante (Kc) dessa reação? [2x ]
Resolução 7 ⋅ ( 2x ) = 0,2 − x
2 HI(g)  H2(g) 1 I2(g) 14x – x 5 0,2
13x 5 0,2
[H2 ] ⋅ [I2 ]
Kc 5 0,2
[HI]
2
x = mol / L
13
[1,0 ⋅ 10 –3 ] ⋅ [2,5 ⋅ 10 –2 ] Portanto:
Kc 5
[2,2 ⋅ 10 –2 ]
2
[HI] 5 2 x
0,4
Kc 5 5,16 ? 10–4 [HI] = mol / L ≈ 0,03 mol/L
13

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 47 29/05/2019 15:37


48 48 – Material do Professor

EXERCÍCIO RESOLVIDO
QUÍMICA 1A

3. UFMG – Em um recipiente fechado, foram misturados,


inicialmente, 0,80 mol/L de A com 0,80 mol/L de B. Esses
A 1 B  C 1 D
dois compostos reagem lentamente, produzindo C e D, de Início 0,8 mol/L 0,8 mol/L 0 0
acordo com a reação: Reage 0,6 mol/L 0,6 mol/L – –
A(g) 1 B(g)  C(g) 1 D(g) Forma – – 0,6 mol/L 0,6 mol/L
Quando o equilíbrio é atingido, a concentração de C é me- Equilíbrio 0,2 mol/L 0,2 mol/L 0,6 mol/L 0,6 mol/L
dida, encontrando-se o valor 0,60 mol/L. Qual é o valor da
constante de equilíbrio Kc dessa reação? Kc 5
[C] ⋅ [D]
[ A ] ⋅ [B]
Resolução
[0,6 ] ⋅ [0,6 ]
Kc 5
Pelo enunciado do exercício, notamos que as quanti- [0,2] ⋅ [0,2]
dades não estão em equilíbrio. A melhor maneira para
resolver é construir o seguinte quadro: Kc 5 9

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 48 29/05/2019 15:37


49 – Material do Professor 49

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1A
EQUILÍBRIO
QUÍMICO I

A constante do equilíbrio químico é O grau de equilíbrio é representado


representada por Kc. por α e é dado em porcentagem.

O
BO O
SC
M IV
No instante em que v1 e v2 tornam-
-se iguais, podemos dizer que o

O S
D LU
sistema atinge o estado de equilí-
brio.
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E

Condições:
A LD

v1
– o sistema precisa estar em um recipiente fechado;
A1B 
 
 C1D
v2
EM IA

– a temperatura precisa permanecer constante.


ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 49 29/05/2019 15:37


50 50 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1A

1. Cefet-MG – Durante um experimento, um estudan- mH2 0,40 g


nH2 5 5 5 0,20 mol
te preencheu metade do volume de uma garrafa com MH2 2 g/mol
água e, em seguida, fechou o recipiente deixando-o mH2S 0,47 g
nH2S 5 5 ≈ 0,0138 mol
sobre a mesa. Nesse sistema, o equilíbrio será atingido MH2S 34 g/mol
quando a(o) nH2 0,20 mol
[H2] 5 5 5 0,20 mol/L
a) condensação se iniciar. V 1L
b) processo de evaporação for finalizado. nH2S 0,138 mol
[H2S] 5 5 5 0,0138 mol
c) quantidade de líquido for igual à de vapor. V 1L

d) velocidade da evaporação for igual à de condensação. [H2S]1


Kc 5
[H2 ]1
e) quantidade de vapor for o dobro da quantidade de
água. 0,0138
Kc 5 ≈ 0,069 5 6,9 ? 10–2
0,20
O equilíbrio será atingido quando a velocidade de evaporação se igualar
à velocidade de condensação. Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciên-
cias naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas
2. Mackenzie-SP – Considerando-se o equilíbrio químico de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou
equacionado por A(g) 1 2 B(g)  AB2(g), sob temperatura biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemá-
de 300 K, a alternativa que mostra a expressão correta ticas ou linguagem simbólica.
da constante de equilíbrio em termos de concentração,
em mols por litro, é
[AB2 ]

O
a)

BO O
[A] ⋅ [B]2

SC
M IV
[A] ⋅ [B]2 4. Mackenzie-SP – Sob condições adequadas de tem-
b) peratura e pressão, ocorre a formação do gás amônia.

O S
[AB2 ]
Assim, em um recipiente de capacidade igual a 10 L,
c)
[AB2 ]
[A] + [B]2
D LU foram colocados 5 mols de gás hidrogênio juntamente
com 2 mols de gás nitrogênio. Ao ser atingido o equi-
O C
líbrio químico, verificou-se que a concentração do gás
N X

[A] + [B]2 amônia produzido era de 0,3 mol/L. Dessa forma, o valor
d)
SI O E

[AB2 ] da constante de equilíbrio (Kc) é igual a


[AB2 ]2 a) 1,80 ? 10–4
e)
EN S

[A] ⋅ [B]2 b) 3,00 ? 10–2


E U

c) 6,00 ? 10–1
1 A(g) 1 2 B(g)   1 AB2(g)
D E

direta

 
inversa d) 3,60 ? 101
A LD

Padrão: equação direita e) 1,44 ? 104


1
 AB2(g) 
EM IA

Kc 5 1 2 2
 A(g)  ⋅ B(g)  [N2] 5 5 0,2 mol/L
10
ST ER

5
[NH3] 5 5 0,5 mol/L
10
SI AT

3. Cesmac-AL C5-H17
M

O sulfeto de hidrogênio, H2S, pode ser produzido pela 1 N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g)
degradação bacteriana de matéria orgânica em condi- Início 0,20 mol/L 0,50 mol/L 0
ções anaeróbicas. No corpo humano, o H2S também é
Durante –x –3x 12x
produzido pelas bactérias que se encontram na boca
e no trato gastrointestinal. Considere uma mistura de Equilíbrio (0,2 – x) mol/L (0,5 – 3x) mol/L 0,3 mol/L
gás hidrogênio, enxofre e sulfeto de hidrogênio em
2x 5 0,30 mol/L
um recipiente de 1L a 50 °C. Sabendo que quando o
x 5 0,15 mol/L
sistema atinge o equilíbrio
Substituindo o valor de x na tabela, teremos:
H2(g) 1 S(s)  H2S(g)
1 N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g)
as quantidades de gás hidrogênio e sulfeto de hidrogê-
nio são 0,40 g e 0,47 g, respectivamente, determine a Início 0,20 mol/L 0,50 mol/L 0
constante de equilíbrio, Kc, para a reação em estudo. Durante –0,15 mol/L –0,45 mol/L 10,30 mol/L

Dados: massas molares em g/mol: H 5 1; S 5 32 Equilíbrio 0,05 mol/L 0,05 mol/L 0,3 mol/L

a) 5,9 ? 10–5 [NH ] 3


2

Kc 5
b) 2,8 ? 10–4 [N ] ⋅ [H ]
2 2
3

c) 4,5 ? 10–3 ( 0,3)2


Kc 5 5 14 400 5 1,44 ? 104
d) 6,9 ? 10–2 ( 0,05 ) ⋅ ( 0,05 )3
e) 8,6 ? 10–1

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 50 29/05/2019 15:37


51 – Material do Professor 51

5. IME-RJ – 1 mol de ácido acético é adicionado a uma x² 5 5 ? (1,0 – x) ? (2,0 – x)

QUÍMICA 1A
solução de 1,0 mol de álcool etílico e 36 g de água. x² 5 5 ? (2,0 – 1,0x – 2,0x 1 x²)
Aguarda-se que o meio formado atinja o equilíbrio à 4x² – 15x 1 10 5 0
temperatura Teq, quando se verifica que a sua compo-
15 ± 152 – 4 ⋅ 4 ⋅ 10
sição contém 0,5 mol de éster e o restante de ácido x5
2⋅4
acético, etanol e H2O. Calcule quantos mols de éster
poderiam ser formados no equilíbrio, à mesma tempe- xI 5 2,883 mol e xII 5 0,867 mol.
ratura Teq, se 2,0 mols de etanol puro fossem misturados Descartamos xI porque possui um valor superior a 2,0 mols de etanol
e 1 mol do ácido, portanto o número de mols de etanoato de etila
a 1,0 mol de ácido acético num recipiente seco. formado é de 0,867 mol.
36
nH2O 5 5 2 mol
18
6. UEPA (adaptado) – O ácido oxálico é um ácido dicar-
Ácido
etanol 
etanoato
1 água boxílico tóxico presente em plantas, como espinafre
acético 1 de etila e azedinhas. Embora a ingestão de ácido oxálico puro
Início (mol/V) 1,0 1,0 0,0 2,0 seja fatal, seu teor na maioria das plantas comestíveis é
Durante (mol/v) –0,5 –0,5 10,5 10,5
muito baixo para apresentar um risco sério. É um bom
removedor de manchas e ferrugem, sendo usado em
Equilíbrio (mol/V) 0,5 0,5 0,5 2,5 várias preparações comerciais de limpeza. Além disso,
a grande maioria dos cálculos renais são constituídos
[etanoato de etila] ⋅ [ água] pelo oxalato de cálcio mono-hidratado, um sal de baixa
Keq 5
[ ácido acético] ⋅ [etanol] solubilidade derivado desse ácido. Levando em consi-
deração a reação a seguir,
0,5 ⋅ 2,5
Keq 5 55

O
0,5 ⋅ 0,5 C2H2O4(s) 1 H2O(,)  C2HO4– ( aq) 1 H3O(+aq) Kc 5 6 ? 10–2

BO O
SC
M IV
Agora, 2,0 mols de etanol puro são misturados a 1,0 mol de ácido acético qual o valor da Kc da reação inversa? Mostre os cálculos.
num recipiente seco; com isso, temos uma nova situação:

O S
Ácido
acético 1 D LU
etanol 
etanoato
de etila 1
água
O Kc da reação inversa será:
O C
Início (mol/V) 1,0 2,0 0,0 0,0
1 1
N X

Durante (mol/v) –x –x 1x 1x K’ 5 5 5 16,66


Kc 6 ⋅ 10 –2
SI O E

Equilíbrio (mol/V) (1,0 – x) (2,0 – x) x x

x ⋅ x
EN S

Keq 5
(1,0 – x ) ⋅ (2,0 – x )
E U

x2
D E

55
(1,0 – x ) ⋅ (2,0 – x )
A LD
EM IA

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
ST ER

7. Urca-CE – O valor da constante de equilíbrio, Kc, para


SI AT

a reação representada pela equação química:


M

H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g), a 400 °C, é 50.


Portanto, a constante de equilíbrio da reação inversa
será
a) 2 ? 10–2
b) 0,2
c) 5
d) 10
e) 50

8. Sistema Dom Bosco – Calcule a constante de equilíbrio


para o sistema a seguir, sabendo-se que, em um fras-
co de volume igual a 5 L, foram colocados para reagir
5 mols de CO(g) e 5 mols de H2O(g). O sistema atinge o
equilíbrio e verifica-se a coexistência de 3,325 mols de
CO2(g) e 3,325 mols de H2(g).

CO(g) 1 H2O(g)  CO2(g) 1 H2(g)

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 51 29/05/2019 15:37


52 52 – Material do Professor

9. ITA-SP – Considere as seguintes reações químicas e


QUÍMICA 1A

suas respectivas constantes de equilíbrio:


N2(g) 1 O2(g)  2 NO(g) K1
2 NO(g) 1 O2(g)  2 NO2(g) K2
1
NO2(g)  N 1 O2(g) K3
2 2(g)
Então, K3 é igual a

1
a)
(K1 ⋅ K2 )

1
b)
2 ⋅ (K1 ⋅ K 2 )

1 11. UDESC – As reações químicas dependem de colisões


c) eficazes que ocorrem entre as moléculas dos reagen-
4 ⋅ (K1 ⋅ K 2 )
tes. Quando se pensa em sistema fechado, é de se
1 esperar que as colisões ocorram entre as moléculas dos
 1  2
produtos em menor ou maior grau, até que se atinja o
d)  
 (K1 ⋅ K 2 )  equilíbrio químico. À temperatura ambiente, o NO2(g),
gás castanho-avermelhado, está sempre em equilíbrio

O
2
  com o seu dímero, o N2O4(g), gás incolor. Em um expe-

BO O
1

SC
e)  
 (K1 ⋅ K 2 )  rimento envolvendo a dissociação de N2O4(g) em NO2(g),

M IV
coletaram-se os seguintes dados: a amostra inicial de

O S
N2O4(g) utilizada foi de 92 g, em um dado momento, a
10. São Camilo-SP – Quando queimados para gerar ener-
D LU
gia, combustíveis fósseis liberam óxidos de enxofre
soma dos componentes N2O4(g) e NO2(g) foi de 1,10 mol.
O C
para a atmosfera, como o gás dióxido de enxofre (SO2). Com base nesses dados, pode-se dizer que a quanti-
N X

Em uma reação catalisada por monóxido de nitrogênio dade dissociada em mols de N2O4(g) é
SI O E

(NO), o dióxido de enxofre reage com o oxigênio atmos- a) 0,20


férico (O2), produzindo trióxido de enxofre (SO3) que,
b) 0,10
ao reagir com a água da chuva, forma o ácido sulfúrico
EN S

(H2SO4), causando danos ao meio ambiente. c) 0,40


E U

a) Escreva as equações balanceadas das reações de d) 0,60


D E

formação do trióxido de enxofre e do ácido sulfúrico. e) 0,80


A LD

b) Analise o gráfico que representa a reação de for-


mação do trióxido de enxofre, reproduzida em con- 12. PUC-RJ – O gráfico a seguir mostra o caminho da rea-
dições de laboratório. Considere que a variação de ção de conversão de um reagente (R) em um produto
EM IA

concentração dos componentes dessa reação seja (P), tendo r e p como coeficientes estequiométricos.
ST ER

em função do tempo. A cinética da reação é de primeira ordem.


SI AT

0,6
Concentração

0,5
M

P
Concentração (mol ∙ L–1)

II
0,4

I 0,3

0,2
R
III 0,1

0
Tempo
0 5 10 15 20
Tempo (segundos)
Indique quais curvas se referem à variação de concen-
tração dos gases SO2 e SO3. Justifique sua resposta. Com base nas informações do gráfico, é correto di-
zer que
a) a reação é completa.
b) o valor da constante de equilíbrio é 4.
c) o equilíbrio reacional é alcançado somente a partir
de 15 s.
d) a velocidade da reação é maior em 10 s do que
em 5 s.
e) a reação tem os coeficientes r e p iguais a 2 e 1,
respectivamente.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 52 29/05/2019 15:37


53 – Material do Professor 53

13. UFPA – O gráfico a seguir se refere ao comportamento c) igual à da primeira equação, pois ela é uma constan-

QUÍMICA 1A
da reação: te, o que está de acordo com um somatório.
A2 1 B2  2 AB d) a constante da primeira equação multiplicada por
ln 2, o que está de acordo com um somatório.
AB
Concentração

16. UEM-PR – A uma determinada temperatura, foram


colocados, em um recipiente fechado de capacidade
5 litros, 2 mols de N2(g) e 4 mols de H2(g). Após certo
tempo, verificou-se que o sistema havia entrado em
equilíbrio e que havia se formado 1,5 mol de NH3(g). Com
relação a esse experimento, assinale o que for correto.
01) A constante de equilíbrio Kc é aproximadamente
A2 e B2 0,34 (mol/L)–2.
02) Se dobrarmos os valores das quantidades iniciais
(em mols) dos gases N2(g) e H2(g), a constante de
t0 t1 t2 t3 t4 Tempo equilíbrio também dobrará de valor.
04) No equilíbrio, restou 1,75 mol de H2(g).
Pode-se afirmar que o equilíbrio dessa reação será al- 08) A concentração em quantidade de matéria do N2(g),
cançado quando o tempo for igual a no equilíbrio, é 0,25 mol/L.
a) t0 16) O grau de equilíbrio de reação em relação ao gás
b) t1 nitrogênio é 37,5%.
c) t2 Dê a soma dos itens corretos.

O
BO O
d) t3

SC
M IV
e) t4

O S
14. Unicid-SP (adaptado)
D LU
O metanol, CH3OH, é utilizado como solvente, anticonge-
O C
lante, material de partida para outros produtos químicos,
N X

e também na produção de biodiesel. Considere a seguinte


SI O E

reação:
CO(g) 1 2 H2(g)  CH3OH(g) 1 energia
EN S

Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br>. Adaptado.


E U

Escreva a expressão que representa a constante de


D E

equilíbrio (Kc) dessa reação e calcule o seu valor para


A LD

um sistema em que, nas condições de equilíbrio,


as concentrações de metanol, monóxido de carbo-
EM IA

no e hidrogênio sejam 0,145 mol ? L–1, 1 mol ? L–1 e


0,1 mol ? L–1, respectivamente.
ST ER
SI AT
M

15. Unicamp-SP – Uma equação química é uma equação


matemática no sentido de representar uma igualdade:
todos os átomos e suas quantidades que aparecem
nos reagentes também devem constar nos produtos.
Considerando uma equação química e sua correspon-
dente constante de equilíbrio, pode-se afirmar correta-
mente que, multiplicando-se todos os seus coeficientes
por 2, a constante de equilíbrio associada a essa nova
equação será
a) o dobro da constante da primeira equação química,
o que está de acordo com um produtório.
b) o quadrado da constante da primeira equação, o que
está de acordo com um produtório.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 53 29/05/2019 15:37


54 54 – Material do Professor

17. UEPG-PR – Amônia gasosa (NH3) foi obtida em um


QUÍMICA 1A

recipiente a 25 °C, onde se adicionaram 1,0 mol de N2(g)


e 3,0 mols de H2(g). Considerando a reação e a condição
de equilíbrio do sistema, assinale o que for correto.
01) A reação é representada pela equação:
N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g).
02) A constante de equilíbrio pode ser expressa como:
[NH3 ]3
Kc 5 .
[N2 ]2 ⋅ [H2 ]

04) Se no equilíbrio [NH3] 5 [N2] 5 [H2] 5 2,0 mol/L,


então Kc 5 0,25.
08) A formação de 0,1 mol de NH3 indica que, em con-
dições de estequiometria, reagiu 0,3 mol de N2.
Dê a soma dos itens corretos.

O
BO O
SC
M IV
ESTUDO PARA O ENEM

O S
18. Cefet-MG D LU C5-H17
[A] [B] [C] [D]
O C
O gráfico a seguir apresenta as variações das concen-
(mol/L) (mol/L) (mol/L) (mol/L)
N X

trações de três substâncias (A, B e C) durante uma


SI O E

reação química monitorada por 10 minutos. 1 1 0 0


A 25 °C, para 1 L de reagente, o equilíbrio foi atingido
EN S

Concentração
1 quando 0,5 mol do reagente B foi consumido. Assinale
E U

molar
o valor da constante de equilíbrio da reação.
D E

0,8
a) 3
A LD

C b) 4
0,6

A 1
EM IA

0,4 c)
4
ST ER

B
0,2 1
d)
3
SI AT

0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (min)
20. UFRGS-RS C7-H24
M

A seguir, estão mostradas duas reações em fase ga-


sosa, com suas respectivas constantes de equilíbrio.
A equação química que representa estequiometrica-
mente essa reação é CO(g) 1 H2O(g) → CO2(g) 1 H2(g) K 5 0,23
a) 2 A 1 B → 3 C. CH4(g) 1 H2O(g) → CO(g) 1 3 H2(g) K 5 0,20
b) 2 A → 3 C 1 B. Pode-se concluir que, nessas mesmas condições, a
c) 2 B → 2 C 1 A. constante de equilíbrio para a reação CH4(g) 1 2 H2O(g) →
→ CO2(g) 1 4 H2(g) é de
d) 3 B 1 C → 2 A.
e) 6 C 1 4 A → 2 B. a) 0,030
b) 0,046
19. PUC-MG C5-H17 c) 0,230
Considere o equilíbrio químico: A 1 2 B  C 1 2 D e d) 0,430
as seguintes concentrações iniciais: e) 1,150

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 54 29/05/2019 15:37


55 – Material do Professor 55

49

QUÍMICA 1A
EQUILÍBRIO QUÍMICO II – Kp
GLISIO/SHUTTERSTOCK ALBINA

• Equilíbrio químico em fase


gasosa
• Características e proprieda-
des do equilíbrio químico
• Constante de equilíbrio em
termos de pressão parcial

O
BO O
HABILIDADES

SC
M IV
• Entender o conceito e as

O S
características do equilíbrio
D LU químico.
• Trabalhar com o cálculo da
O C
constante de equilíbrio em
N X

termos de pressão parcial.


SI O E

• Interpretar o cálculo
matemático da constante
EN S

de equilíbrio.
E U
D E

Cilindros de gás GLP.


A LD

Em um botijão de gás, comumente utilizado em cozinhas, podemos encontrar


uma mistura de dois gases derivados do petróleo: o butano (C4H10) e o propano
EM IA

(C3H8). Essa mistura forma o que nós chamamos de GLP, ou, em outras palavras, o
ST ER

gás liquefeito de petróleo. Esses dois gases se encontram em equilíbrio gasoso e,


sendo assim, por meio de suas pressões parciais, conseguimos calcular a constante
SI AT

de equilíbrio desse sistema.


M

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO EM TERMOS DE PRESSÃO (Kp)


Quando os componentes do equilíbrio químico são substâncias gasosas, ou pelo
menos um dos componentes é um gás, além do Kc, podemos expressar a constante
de equilíbrio em termos de pressões parciais (Kp).
Assim, para a reação a A(g) 1 b B(g) → c C(g) 1 d D(g), a constante de equilíbrio
pode ser representada por:

Kc =
[C]c ⋅ [D]d → constante de equilíbrio em termos de concentração molar Kc.
[ A ]a ⋅ [B]b
ou
(pC ) ⋅ (pD )
c d

Kp = → constante de equilíbrio em termos de pressões parciais Kp.


(p A )a ⋅ (pB )b
Nesse caso, pA, pB, pC e pD são pressões parciais dos gases A, B, C e D, respecti-
vamente. Nota-se que a pressão total do sistema (P) é a soma de todas as pressões
parciais. Assim:

P 5 pA 1 pB 1 pC 1 pD

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 55 29/05/2019 15:37


56 56 – Material do Professor

O valor de Kp varia com a temperatura. R 5 constante dos gases (0,082 L ? atm ? mol–1 ? K–1);
O valor de Kp indica também o rendimento da rea- T 5 temperatura absoluta (K);
QUÍMICA 1A

ção química, ou seja, a maior pressão parcial do produ- ∆n 5 variação da quantidade de mols (quantidade
to do que a do reagente implica que há mais produto de mols de gases do produto – quantidade de mols de
do que reagente. gases do reagente).

Observação Exemplo
Para o equilíbrio em um sistema heterogêneo, o a) N2(g) 1 3 H2(g) → 2 NH3(g)
estado sólido, uma vez que apresenta concentração ∆n 5 2 (NH3) – 4 (1 N2 1 3 H2)
constante, não participa das expressões de Kp e Kc,
∆n 5 –2
o estado líquido participa apenas de Kc, e o estado
Então:
gasoso participa das duas expressões.
Kp 5 Kc ? (RT)–2
Exemplo
a) Na2CO3(s) → Na2O(s) 1 CO2(g) b) H2(g) 1 I2(g) → 2 HI(g)
∆n 5 2 (HI) – 2 (1 H2 1 1 I2)
Kc = [CO2 ] ∆n 5 0
Kp = pCO2 Então:
Kp 5 Kc ? (RT)0
b) Fe(s) 1 2 H(+aq) → Fe(2aq
+
) 1 H2(g)
Kp 5 Kc

O
BO O
[Fe2+ ] ⋅ [H2 ]

SC
M IV
Kc = Observação
[ H+ ]2 Quando a quantidade de mols de gases do reagente

O S
Kp = pH2
D LU for igual à quantidade de mols de gases do produto, o
valor de Kc será igual ao valor de Kp.
O C
c) Zn(s) 1 Cu(2aq ) → Zn( aq) 1 Cu(s)
+ 2+
N X

EXERCÍCIO RESOLVIDO
SI O E

Kc =
[Zn2+ ]
1. A uma determinada temperatura, a reação 2 CO2(g) →
[Cu2+ ] → O2(g) 1 2 CO(g) apresenta as seguintes pressões parciais
EN S

Kp 5 não é definido, pois não temos substâncias de equilíbrio: pCO 5 0,6 atm; pO 5 0,4 atm; pCO 5 1,0 atm
E U

2 2

no estado gasoso. Calcule o valor de Kp para essa reação.


D E

Resolução
A LD

Relação entre Kc e Kp
As constantes de equilíbrio Kc e Kp podem ser re- 2 CO2(g) → O2(g) 1 2 CO(g)
EM IA

lacionadas da seguinte forma:


(p ) ⋅ (p ) 2
ST ER

O2 CO
Kp 5
(p )
2
Kp 5 Kc ? (R ? T)∆n CO2
SI AT

Em que: ( 0,4 ) ⋅ (1,0 )2


Kp 5
M

Kp 5 valor numérico da constante de equilíbrio em ( 0,6 )2


termos de pressões parciais;
Kp 5 1,11 atm
Kc 5 valor numérico da constante de equilíbrio em
termos de concentrações em quantidade de matéria;

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 56 29/05/2019 15:37


57 – Material do Professor 57

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1A
EQUILÍBRIO
QUÍMICO II

Quando os componentes do equilí-


brio químico são substâncias gaso-
a A(g) + b B(g) → c C(g) + d D(g)
sas, ou pelo menos um dos com-
ponentes é um gás, além do Kc,
podemos expressar a constante de
equilíbrio em termos de pressões
parciais (Kp).

O
BO O
SC
M IV
(pC )c ⋅ (pD )d

O S
Kp =
(pA )a ⋅ (pB )b
D LU
O C
N X

Relação entre Kp e Kc
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Kp 5 Kc ? (R ? T)–∆n
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 57 29/05/2019 15:37


58 58 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1A

1. PUC-SP – A conversão do tetróxido de dinitrogênio 3. UDESC C7-H24


em dióxido de nitrogênio é representada pela seguinte A ideia de equilíbrio químico foi proposta pela primeira
equação: vez pelo químico francês Claude Louis Berthollet, em
N2O4 (g)  2 NO2(g) seu livro Essai de Estatique Chimique, em 1803. Basi-

   camente, diz-se que uma reação química está em equi-
Incolor Castanho
líbrio quando a proporção entre reagentes e produtos
Em um experimento, foram determinadas as constan- mantém-se constante ao longo do tempo.
tes de equilíbrio em função das pressões parciais (Kp)
Considerando o conceito de equilíbrio químico, assinale
dessa reação, conforme a tabela a seguir.
a alternativa correta.

Temperatura (K) Kp a) Para a reação em equilíbrio 2 SO2(g) 1 O2(g)  2 SO3(g) a


1 000 K, o valor da constante de equilíbrio é 0,215
300 1,0
quando pSO2 5 0,660 atm, pO2 5 0,390 atm e
400 48 pSO3 5 0,0840 atm.
500 1,7 ? 103 b) No equilíbrio químico entre íons cromato e dicromato
em meio aquoso, 2 CrO4–2( aq) 1 2 H(+aq)  Cr2O7–2( aq) 1
São feitas as seguintes afirmações sobre o sistema 1 H2O(), todos os participantes podem ser conside-
em questão. rados na escrita da expressão de Kp.
I. A 330 K, verifica-se que a pressão parcial do N2O4 é c) Considerando a equação química que descreve o pro-
igual à pressão parcial do NO2. cesso industrial para a síntese de amônia (processo

O
Haber-Bosch): N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g), é possível

BO O
II. Kp independe da temperatura.

SC
afirmar que a constante em termos das pressões

M IV
III. Mantida a temperatura de 330 K, ao diminuir o vo-
lume do balão em que os gases NO2 e N2O4 se en- (pNH3 )2

O S
contram em equilíbrio, obtém-se uma nova condição parciais é dada por Kp 5 .
pN2 ⋅ (pH2 )3
de equilíbrio com Kp < 10.
(pNO2 )2
D LU d) Os valores de Kp em meio aquoso não são alterados
O C
IV. A expressão de Kp é dada por Kp 5 . pela mudança de temperatura.
pN2O4
N X

a) Incorreta.
SI O E

(pSO3 )2 ( 0,0840 )2
Estão corretas somente as afirmações Kp 5 5 5 0,041
(pSO2 )2 ⋅ (pO2 ) ( 0,660 )2 ⋅ ( 0,390 )
a) I e III. b) Incorreta. Apenas os participantes no estado gasoso podem ser
EN S

b) II e IV. colocados na expressão de Kp.


E U

(pNH3 )2
c) III e IV. c) Correta. Kp 5
D E

pN2 ⋅ (pH2 )3
d) I, II e III.
A LD

e) II, III e IV. d) Incorreta. Os valores de Kp são alterados com a mudança de tem-
peratura.
I. Incorreta. A 300 K, Kp será dado pela seguinte expressão:
EM IA

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em


(pNO2 )2
Kp 5 situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
ST ER

(pN2O4 ) tífico-tecnológicas.
1,0 ? pN2O4 5 (pNO2 )2 Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
SI AT

pN2O4 5 (pNO2 )2 materiais, substâncias ou transformações químicas.


II. Correta. Kp depende da temperatura, conforme aponta a tabela for-
M

necida.
4. UEM-PR (adaptado) – Assinale o que for correto.
III. Incorreta. Com a diminuição do volume do sistema, haverá aumento
da pressão interna, mas, como a temperatura se mantém constante, 01) A expressão matemática que estabelece a relação
o valor de Kp não se altera. entre Kc e Kp do equilíbrio a seguir é Kp 5 Kc (RT)2.
(pNO2 )2
IV. Correta. Kp 5 N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g)
pN2O4
02) Considere a equação química a seguir, que repre-
2. PUC-RJ (adaptado) – O NO pode ser produzido, numa senta um equilíbrio presente no sangue. Sabe-se
certa temperatura, como indicado na equação termo- que, quando o teor de bicarbonato (HCO3– ) na urina
química a seguir: é maior, sua concentração no sangue fica menor.
4 NH3(g) 1 5 O2(g)  4 NO(g) 1 6 H2O(g) ∆H 5 –900 kJ CO2(g) 1 H2O()  H2CO3(aq)  H(+aq) 1 HCO3–( aq)
A expressão de Kp dessa reação é dada por:
Escreva a equação de constante de equilíbrio, em fun-
ção das pressões parciais. 1
Kp 5 .
pCO2
(pNO )4 ⋅ (pH2O )6
04) A constante de equilíbrio de uma reação não é al-
Kp 5
(pNH3 )4 ⋅ (pO2 )5 terada quando se altera a temperatura do sistema.
Dê a soma do(s) item(ns) correto(s).
02
01. Incorreto. A expressão matemática que estabelece a relação entre
Kc e Kp do equilíbrio a seguir é Kp 5 Kc ? (RT)2– .

N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g)

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 58 29/05/2019 15:37


59 – Material do Professor 59

[NH3 ]2 (pCO ) ⋅ (pCH4 )

QUÍMICA 1A
Kc 5 [I] b) Kp 5
[N2 ]1 ⋅ [H2 ]3
(pH2 )3 ⋅ (pH2O )
(pNH3 )
2

Kp 5 (pCO ) ⋅ (pH2 )
(p ) ⋅ (p )
1 3
N2 H2 c) Kp 5
(pCH4 ) ⋅ (pH2O )
n p p
p ?V 5 n ? R ?T ⇒ 5 ⇒[]5
V R ⋅ T R ⋅ T (pCO ) ⋅ (pCH4 )
d) Kp 5
p
 (pH2 ) ⋅ (pH2O )

[NH]3 = NH3 
RT
 (pCO ) ⋅ (pH2 )3
 e) Kp 5
pN2  (pCH4 ) ⋅ (pH2O )
[N2 ] =  Substituir em [I]
RT 
Como Kp é a razão das pressões parciais dos produtos pela pressão

pH  parcial dos reagentes, cada um elevado ao seu respectivo coeficiente
[H2 ] = 2 
RT  (pCO ) ⋅ (pH2 )3
 estequiométrico, então o Kp da reação acima será: Kp 5 .
(pCH4 ) ⋅ (pH2O )
2
 pNH3   1
2
    6. Sistema Dom Bosco – A equação química a seguir
 RT  (pNH3 )2  RT 
Kc 5 1 3 5 ? representa a dissociação do PC,5.
 pN2   pH2  (p 2 )1 ⋅ (pH2 )3  1 1  1 3
  ⋅   N     ⋅  
 RT   RT  Kp  RT   RT  PC,5(g)  PC,3(g) 1 C,2(g)
Kc 5 Kp ? (RT)² Assinale a alternativa que indica corretamente a expres-
Kp 5 Kc ? (RT)–2 são da constante de equilíbrio, em função das pressões

O
02. Correto. parciais.

BO O
SC
CO2(g) 1 H2O(,)  H2CO3(aq)  H(+aq) 1 HCO3–(aq) pPC 3 ⋅ pC 2

M IV
1 a) Kp 5
A expressão de Kp é dada por: Kp 5 . pPC5

O S
pCO2
pPC 3 + pC 2
de equilíbrio. D LU
04. Incorreto. A temperatura do sistema interfere no valor da constante
b) Kp 5
pPC5
O C
pPC5
N X

c) Kp 5
pPC 3 ⋅ pC 2
SI O E

5. Unitins-TO – Gás metano reage com água originando pPC5


monóxido de carbono e gás hidrogênio, conforme a d) Kp 5
pPC 3 + pPC 3
EN S

seguinte equação química:


E U

pPC5
CH4(g) 1 H2O(g)  CO(g) 1 3 H2(g) e) Kp 5
pPC 3
D E

A expressão que representa a constante de equilíbrio


A LD

A constante em termos das pressões parciais é dada pela relação en-


da reação é tre as pressões parciais dos produtos sobre as pressões parciais dos
reagentes.
(pCH4 ) ⋅ (pH2O )
EM IA

a) Kp 5 pPC 3 ⋅ pC 2
(pCO ) ⋅ (pH2 )3 Kp 5
ST ER

pPC5
SI AT

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
M

7. UFSJ-MG (adaptado) – A equação química a seguir 8. FDSBC-SP (adaptado) – O tetróxido de dinitrogênio


representa a dissociação do PC,5. (N2O4) e o dióxido de nitrogênio (NO2) estabelecem um
PC,5(g)  PC,3(g) 1 C,2(g) equilíbrio químico representado pela equação.

Escreva a expressão da constante de equilíbrio, em N2O4(g)  2 NO2(g)


função das pressões parciais. A tabela a seguir apresenta os valores da constante de
equilíbrio em função das pressões parciais (Kp) para
diversas temperaturas.

Temperatura (K) Kp (atm)


300 1,0
400 47
500 1,7 ? 103

Sobre o equilíbrio em questão, são feitas algumas afir-


mações.
I. Quanto maior a temperatura, maior a concentração
de dióxido de nitrogênio no sistema final.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 59 29/05/2019 15:37


60 60 – Material do Professor

II. Atingido o equilíbrio da reação a 300 K, a pressão 10. UEPG-PR (adaptado) – O bicarbonato de sódio sólido
QUÍMICA 1A

parcial do NO2 será sempre igual à pressão parcial é usado como fermento químico porque se decompõe
do N2O4. termicamente, formando gás carbônico, de acordo com
Assinale a alternativa correta. a reação representada pela equação química a seguir.
Sobre essa reação, escreva a expressão da constante
a) A afirmação I está correta. de equilíbrio, em função das pressões parciais, e verifi-
b) A afirmação II está correta. que se a seguinte afirmação é verdadeira: “se as pres-
c) As afirmações I e II estão corretas. sões parciais de CO2 e H2O forem, respectivamente, 0,5
d) Nenhuma afirmação está correta. e 0,5 atm, o valor da constante de equilíbrio, expressa
em termos de pressões parciais (Kp), será 1”.
9. UNESP – Leia a notícia publicada em janeiro de 2013. 2 NaHCO3(s)  Na2CO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(g) ∆H > 0
China volta a registrar níveis alarmantes de poluição
atmosférica
Névoa voltou a encobrir céu de cidades chinesas, como a
capital Pequim.
Governo chinês emitiu alerta à população para os próxi-
mos dias.
Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/01/
china-volta-registrar-niveis-perigosos-de-poluicao-atmosferica.
html>. Acesso em: 12 fev. 2019.

O carvão mineral é a principal fonte de poluição do ar

O
na China. Diariamente, o país queima milhões de tone-

BO O
ladas de carvão para produzir energia elétrica, aquecer

SC
M IV
casas e preparar alimentos. Além do carvão, o aumento
do número de carros movidos a gasolina tem papel

O S
significativo no agravamento da poluição atmosférica.
D LU
Entre as substâncias que poluem o ar da China, estão o
O C
SO2 e compostos relacionados. Considere as equações
N X

seguintes:
SI O E

(1) 2 SO2(g) 1 O2(g) → 2 SO3(g)


(2) SO3(g) 1 H2O(g) → H2SO4(g)
EN S
E U

Escreva a equação química que expressa a constante 11. UEA-AM (adaptado) – Considere o equilíbrio químico
de equilíbrio para a reação (1). Sabendo que uma usina
D E

que ocorre em um frasco fechado contendo água oxi-


de geração de energia elétrica movida a carvão liberou
A LD

genada à temperatura constante:


SO2 suficiente para formar 1 kg de SO3 e considerando
a reação (2), calcule a massa de H2SO4, em g, que se 1
H2O2(aq)  H2O() 1 O
EM IA

forma quando há vapor de água suficiente para reagir 2 2(g)


ST ER

completamente com a quantidade de SO3 liberada pela


usina. Escreva a constante Kp desse equilíbrio.
SI AT
M

12. FCM-MG – Em um balão de 1,0 litro, foram colocados


o gás A com 8 atm de pressão e o gás B com 12 atm.
Em uma dada temperatura, o equilíbrio homogêneo ga-
soso foi atingido quando a pressão do gás C era igual a
2 atm e a pressão de D ficou em 6,0 atm. A equação do
sistema químico em equilíbrio pode ser assim escrita:
A(g) 1 2 B(g)  C(g) 1 3 D(g)
O valor da constante de equilíbrio, Kp, na temperatura
da experiência, será
a) 11,25
b) 112,5
c) 1 125
d) 1,125

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 60 29/05/2019 15:37


61 – Material do Professor 61

13. Fuvest-SP – Coloca-se para reagir, em um recipiente b)

QUÍMICA 1A
isolado e de volume constante, 1 mol de gás hidrogênio
e 1 mol de vapor de iodo, ocorrendo a formação de HI(g),
conforme representado pela equação química:
H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
Atingido o equilíbrio químico, a uma dada temperatura
(mantida constante), as pressões parciais das substân- c)
cias envolvidas satisfazem a igualdade:

(pHI )
2

5 55
pH2 ⋅ pI2
a) Calcule a quantidade de matéria, em mol, de HI(g)
no equilíbrio.
d)
b) Expresse o valor da pressão parcial de hidrogênio
como função do valor da pressão total da mistura,
no equilíbrio.

15. FCM-PB – A amônia (NH3) é um produto bastante uti-

O
lizado na refrigeração em razão do elevado calor de

BO O
vaporização na agricultura, como fertilizante, e na com-

SC
M IV
posição de alguns produtos de limpeza. A produção
desse produto pode ser realizada por meio do processo

O S
de Haber-Bosch, que rendeu o prêmio Nobel de Quí-
D LU mica a seus idealizadores, Fritz Haber e Carl Bosch,
em 1918 e 1931, respectivamente. No processo, os
O C
gases nitrogênio (N2) e hidrogênio (H2) são combinados
N X

diretamente a uma temperatura de 500 ºC, utilizando


SI O E

o ferro como catalisador. No sistema em equilíbrio,


as pressões parciais de cada gás são: pN2 5 0,8 atm;
EN S

pH2 5 2,0 atm e pNH3 5 0,4 atm.


E U

Calcule as constantes Kp e Kc para esse equilíbrio, a


D E

27 ºC e marque a alternativa que contém os valores


A LD

corretos dessas constantes, respectivamente.


Dados: volume do recipiente 5 2 000 mL;
EM IA

R 5 0,082 atm ? L/K ? mol


ST ER

a) 4 e 2 420,6
b) 0,025 e 15,1
SI AT

c) 0,25 e 151,3
M

d) 40 e 24 206,4
e) 0,1 e 60,5

16. UEM-PR – Um mol de gás NO2 é introduzido em um


recipiente de 400 mL, inicialmente evacuado, obtendo-
-se uma pressão inicial p1 à temperatura constante de
300 K. Observa-se que a pressão do sistema diminui
com o tempo até uma pressão de equilíbrio igual a
0,6 p1, devido à reação de dimerização do NO2:
14. FCM-MG – Os seguintes desenhos representam o es- 2 NO2(g) → N2O4(g)
tado de equilíbrio para quatro sistemas químicos gaso-
sos diferentes do tipo A 1 B  AB em uma mesma Considere R igual a 0,08 atm ? L ? K–1 ? mol–1 e assinale
temperatura. o que for correto.
Indique o sistema que apresenta um maior valor para 01) A pressão inicial (p1) do sistema é igual a 120 atm.
a constante de equilíbrio na temperatura relacionada. 02) A pressão parcial de NO2(g) no equilíbrio é igual a
a) 12 atm.
04) A fração molar de N2O4(g) no equilíbrio é igual a 0,5.
08) A constante de equilíbrio Kp para a reação de dime-
rização do NO2(g) a 300 K é igual a 80.
16) A relação entre Kc e Kp para a reação de dimeriza-
ção de NO2(g) é dada pela expressão Kc 5 Kp ? (RT).

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 61 29/05/2019 15:37


62 62 – Material do Professor

Dê a soma dos itens corretos.


QUÍMICA 1A

17. UNCISAL – Considerando a reação não balanceada de


formação da amônia
N2(g) 1 H2(g)  NH3(g),

assinale a alternativa correta com respeito ao processo


Haber-Bosch, a reação de formação da amônia e o equi-
líbrio químico estabelecido entre reagentes e produtos.
a) A variação de temperatura não altera os valores das
constantes.

O
BO O
b) A relação entre Kp e Kc é (RT)–2, onde Kp e Kc são

SC
M IV
constantes relativas à pressão e à concentração.

O S
c) A formação da amônia a partir dos seus gases (hi-
drogênio e nitrogênio) não é viável economicamente.
D LU d) Após a formação da amônia no sistema, a concentra-
O C
ção de nitrogênio e/ou de hidrogênio cai para zero.
N X

e) O somatório dos coeficientes dos reagentes e do(s)


SI O E

produto(s) na reação balanceada é superior a 6.


EN S
E U

ESTUDO PARA O ENEM


D E
A LD

18. ITA-SP C7-H24 essa pressão diminuiu para 30 atm. Nessas condições,
Quantidades iguais de H2(g) e I2(g) foram colocadas em um a pressão parcial da amônia no equilíbrio, em atm, é
igual a
EM IA

frasco, com todo o sistema à temperatura T, resultando


na pressão total de 1 bar. Verificou-se a produção de a) 5 d) 20
ST ER

HI(g), cuja pressão parcial foi de 22,8 kPa. Assinale a al- b) 10 e) 30


ternativa que apresenta o valor que mais se aproxima do
SI AT

c) 15
valor correto da constante de equilíbrio dessa reação.
M

a) 0,295 20. UECE C7-H24


b) 0,350 O tetróxido de dinitrogênio gasoso, utilizado como pro-
c) 0,490 pelente de foguetes, dissocia-se em dióxido de nitro-
d) 0,590 gênio, um gás irritante para os pulmões, que diminui a
resistência a infecções respiratórias.
e) 0,700
Considerando que no equilíbrio, a 60 °C, a pressão par-
19. Cefet-MG C7-H24 cial do tetróxido de dinitrogênio é 1,4 atm e a pressão
O processo de obtenção da amônia é representado pela parcial do dióxido de nitrogênio é 1,8 atm, a constante
equação não balanceada seguinte: de equilíbrio Kp será, em termos aproximados,
H2(g) 1 N2(g)  NH3(g) a) 1,09 atm.
b) 1,67 atm.
Em um recipiente fechado, foram colocados 3 mols
de hidrogênio e 1 mol de nitrogênio, sendo que a c) 2,09 atm
pressão total inicial foi de 40 atm. Após o equilíbrio, d) 2,31 atm

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 62 29/05/2019 15:37


63 – Material do Professor 63

50
DESLOCAMENTO DE

QUÍMICA 1A
EQUILÍBRIO I – PRESSÃO E
CONCENTRAÇÃO
KURHAN/SHUTTERSTOCK

• Deslocamento de equilíbrio
• Favorecimento do equilíbrio
a partir das alterações de
pressão e concentração

O
HABILIDADES

BO O
SC
M IV
• Trabalhar com o desloca-
mento de equilíbrio para o

O S
favorecimento de reações
D LU diretas ou inversas.
O C
• Prever qualitativamente
N X

como se deve variar


SI O E

concentração e pressão
para aumentar a quanti-
EN S

dade de uma determinada


E U

substância.
D E

• Perceber que, no des-


Uma pessoa sorrindo.
A LD

locamento do equilíbrio
químico, não se cria
A hidroxiapatita (Ca5(PO4)3OH) é um dos componentes do esmalte dentário e nenhuma outra espécie
EM IA

pode sofrer desmineralização (perda de cálcio do dente) por causa de alguns hábitos química, ocorre apenas um
ST ER

alimentares, como a ingestão de alimentos ácidos, por exemplo. Como a hidroxiapa- rearranjo das quantidades
tita estabelece um equilíbrio químico na mucosa bucal, o aumento ou a diminuição de substâncias inicialmente
SI AT

de um reagente ou produto, nesse caso, o íon H1, pode causar um deslocamento presentes.
desse equilíbrio. Por isso, é sempre bom manter hábitos alimentares saudáveis
M

aliados a uma boa higiene bucal.

DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO QUÍMICO


Qualquer fator externo que altere as condições que mantêm o equilíbrio esta-
belecido gera, como consequência, um desequilíbrio da reação, fazendo com que
as velocidades v1 e v2 se tornem provisoriamente diferentes até se atingir um novo
equilíbrio, no qual as concentrações dos reagentes e produtos são modificadas em
relação aos valores originais.
Com o objetivo de explicar como esses fatores externos afetam o rendimento
da reação, faz-se uso do princípio de Le Chatelier, ou “princípio da fuga ante a
força”, enunciado em 1884, no qual Le Chatelier, tratando dos deslocamentos de
equilíbrio, afirmou que o equilíbrio químico é deslocado para a direção contrária da
qual a força é exercida:
“Quando uma perturbação externa é imposta a um sistema químico em
equilíbrio, esse equilíbrio irá se deslocar de forma a minimizar tal perturbação.”
Resumidamente, podemos dizer que deslocar o equilíbrio significa provocar uma
diferença nas velocidades das reações direta e inversa e, consequentemente, nos
valores das concentrações das substâncias, até que um novo estado de equilíbrio
seja atingido por causa da neutralização do fator externo de influência.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 63 29/05/2019 15:37


64 64 – Material do Professor

Se, no novo equilíbrio, a concentração dos produtos pois a concentração do sólido é constante e não de-
for maior que a concentração original, dizemos que hou- pende da quantidade. Para esse exemplo, as únicas
QUÍMICA 1A

ve deslocamento para a direita (sentido de formação substâncias que conseguem deslocar o equilíbrio são
dos produtos), já que v1 foi maior que v2: CO2(g) e CO(g).
v1
Reagentes v2
Produtos Observação
Tudo o que foi discutido para a concentração tam-
No entanto, se a concentração dos reagentes for
bém é válido para as pressões parciais em sistemas
maior que na situação anterior de equilíbrio, dizemos
gasosos.
que houve deslocamento para a esquerda (sentido de
formação dos reagentes), já que v2 foi maior que v1:
III. H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
v1
Reagentes Produtos
v2
Com o aumento na pressão parcial de H2 ou I2, o
Os fatores externos capazes de deslocar o equilíbrio equilíbrio desloca-se para a direita.
químico são: Com a diminuição da pressão parcial de H2 ou I2, o
• concentração dos reagentes e/ou dos produtos; equilíbrio desloca-se para a esquerda.
• pressão sobre o sistema;
• temperatura; Observações
• catalisador. a) A variação da concentração de reagentes e pro-
dutos desloca o equilíbrio, porém não varia o valor das
FATORES QUE DESLOCAM O EQUILÍBRIO

O
constantes de equilíbrio Kc e Kp. O único fator que

BO O
SC
QUÍMICO altera o valor das constantes é a temperatura.

M IV
Neste módulo, estudaremos melhor os dois primei- b) Efeito do íon comum: em um equilíbrio que

O S
ros fatores da lista anterior: a variação na concentração apresente íons, a adição de espécies químicas pode
D LU
dos reagentes e/ou dos produtos e a pressão externa influenciar, ou não, o equilíbrio do sistema. Se o íon
O C
exercida sobre o sistema. adicionado já está presente no equilíbrio (íon comum),
N X

deve-se considerar seu comportamento como na adi-


SI O E

Efeito da concentração ção de qualquer substância que já está presente no


A adição de reagentes ou de produtos da reação processo. Se a espécie adicionada não está presente
EN S

desloca o equilíbrio no sentido de consumi-los par- no sistema (íon não comum), ela pode reagir com al-
E U

cialmente (tendendo a minimizar o efeito da adição), gum íon presente no equilíbrio, e deve-se estudar o
D E

evoluindo, respetivamente, no sentido direto ou no efeito da diminuição da concentração dessa segunda


A LD

sentido inverso. substância. Agora, se a substância adicionada não rea-


A remoção de reagentes ou de produtos da reação gir com qualquer espécie presente no equilíbrio, seu
EM IA

desloca o equilíbrio no sentido de repô-los parcialmente acréscimo não modificará o sistema.


ST ER

(tendendo a minimizar o efeito produzido), evoluindo, H2O


respetivamente, no sentido inverso ou no sentido direto. H3CCOOH(aq) H3CCOO(–aq) 1 H(+aq)
SI AT

Exemplos Perceba o que pode acontecer se a essa reação


M

I. 2 CO(g) 1 O2(g)  2 CO2 houver uma:


• adição de HC,(aq): o ácido HC, ioniza-se, forman-
O aumento na concentração de CO ou de O2 pro- do o íon cátion H(+aq) . Isso provocará, portanto, o
voca um aumento em v1, fazendo com que v1 > v2;
aumento da concentração desse íon no sistema
portanto, o equilíbrio desloca-se para a direita.
e o deslocamento do equilíbrio para a esquerda.
A diminuição na concentração de CO ou de O2 pro-
O íon H(+aq) é comum ao sistema.
voca queda em v1, fazendo com que v1 < v2; portanto,
o equilíbrio desloca-se para a esquerda. • adição de NaOH (aq): a base NaOH dissocia-se,
O aumento na concentração de CO2 provoca um formando o íon ânion OH(–aq) , que reage com o
aumento em v2, fazendo com que v1 < v2; portanto, o cátion H(+aq) , provocando uma diminuição na con-
equilíbrio desloca-se para a esquerda. centração de H(+aq) . Dessa forma, o equilíbrio ficará
A diminuição na concentração de CO2 provoca que- deslocado para a direita, com o intuito de repor a
da em v2, fazendo com que v1 > v2; portanto, o equilíbrio quantidade removida desse íon. O íon OH(–aq) é o
desloca-se para a direita. íon não comum ao equilíbrio.

II. C(s) 1 CO2(g)  2 CO(g) EFEITO DO VOLUME E DA PRESSÃO


As variações de volume afetam significativamente
Para um equilíbrio em sistema heterogêneo, a adi- o estado de equilíbrio químico apenas quando um ou
ção de sólido (C(s)) não altera o estado de equilíbrio, mais reagentes ou produtos se encontram no estado

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 64 29/05/2019 15:37


65 – Material do Professor 65

gasoso e a reação ocorre em sistema fechado (sob • um aumento da pressão, nesse sistema, deslo-
temperatura constante). cará o equilíbrio químico no sentido dos produtos

QUÍMICA 1A
Os sólidos e os líquidos são praticamente incom- (menor volume gasoso);
pressíveis. Quando o volume de um sistema é alterado, • uma diminuição da pressão, nesse sistema, des-
este é acompanhado de uma variação de pressão da locará o equilíbrio químico no sentido dos reagen-
mistura gasosa: tes (maior volume gasoso).
• um aumento de pressão, por diminuição de volu- II. C(s) + CO2(g)  2 CO(g)
me (aumento de número de choques), favorecerá   
  
1V 2 V
o sentido da reação que conduz a uma diminui- Contração volumétrica Expansão volumétrica

ção do número total de moléculas gasosas de


forma a contrariar a perturbação; Nesse equilíbrio heterogêneo, a quantidade de gás,
• uma diminuição da pressão, por aumento de vo- no lado dos reagentes, é de apenas 1 volume (1 mol
lume (diminuição do número de choques), favore- de CO 2(g)), já que o carbono se encontra no estado
cerá o sentido da reação que aponta para o maior sólido (C(s)). Já no lado do produto, a quantidade é de
número total de moléculas gasosas, pois, dessa 2 volumes (2 mols de CO(g)). O aumento da pressão,
forma, opõe-se à alteração introduzida. nesse caso, deslocará o equilíbrio no lado dos reagen-
tes (menor volume).
Observação
O estado de equilíbrio de um sistema químico des- Observações
crito por uma equação química em que a soma dos a) A alteração da pressão de um sistema pode deslo-

O
coeficientes estequiométricos das espécies gasosas é car o equilíbrio, porém não altera o valor de Kc nem de Kp.

BO O
SC
igual nos reagentes e nos produtos não é afetado por b) A adição de um gás inerte no meio reacional pode

M IV
variações de pressão. aumentar a pressão do recipiente, porém não desloca

O S
o equilíbrio, pois as pressões parciais dos reagentes e
Exemplos D LU dos produtos mantêm-se.
c) Existem equilíbrios que não são afetados pela
O C
I. 3 H2(g) + N2(g)  2 NH3(g)
 
N X

4 V 2 V
pressão.
SI O E

Expansão volumétrica Contração volumétrica

Exemplos
Na reação de produção da amônia (NH3), processo
EN S

I. Não é observada a variação de volume:


Haber-Bosch, observamos que, no lado dos regentes,
E U

2 HI(g)  H2(g) + I2(g)


encontramos 3 mols de H2(g) (3 volumes) reagindo com  
D E

1 mol de N2(g) (1 volume), totalizando 4 volumes gaso- 2V 2V


A LD

sos. Já no lado dos produtos, encontramos apenas a II. Não encontramos reagentes nem produtos no es-
formação de 2 mols de amônia, dando um total de 2 tado gasoso:
EM IA

volumes gasosos. Assim: CH3COOH(,) 1 CH3CH2OH(,)  CH3COOC2H5(,) 1 H2O(,)


ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 65 29/05/2019 15:37


66 66 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1A

DESLOCAMENTO DE
EQUILÍBRIO I

Concentração Pressão

O
BO O
SC
M IV
O aumento da concentração provoca um aumento na velo- O aumento da pressão desloca o equilíbrio no sentido de

O S
D LU
cidade, fazendo com que a reação ocorra, em maior escala, menor volume gasoso (contração volumétrica).
O C
N X

no sentido oposto àquele que sofreu acréscimo.


SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT

A diminuição da concentração provoca


uma queda na velocidade da reação, fazen- A diminuição da pressão desloca o equi-
M

do com que a reação ocorra em maior es- líbrio no sentido de maior volume gasoso
cala no sentido de reproduzir a substância (expansão volumétrica).
que foi retirada.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 66 29/05/2019 15:37


67 – Material do Professor 67

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1A
1. Espcex-SP/Aman-RJ – Considere a seguinte reação c) A constante de equilíbrio, Kp, é representada pela
química em equilíbrio num sistema fechado a uma tem-
expressão matemática Kp 5
[Fe ] ⋅ [CO2 ] .
peratura constante: [FeO] ⋅ [CO]
1 H2O(g) 1 1 C(s) 1 31,4 kcal  1 CO(g) 1 1 H2(g)
d) A diminuição da concentração de CO2(g) no interior do
A respeito dessa reação, são feitas as seguintes afir- sistema em equilíbrio químico aumenta a velocidade
mações. da reação no sentido da direita até atingir um novo
I. A reação direta trata-se de um processo exotérmico. estado de equilíbrio.
II. O denominador da expressão da constante de equi- e) A variação da temperatura do sistema em equilíbrio
líbrio em termos de concentração molar (Kc) é igual químico mantém inalterado o valor da constante de
a [H2O] ? [C]. equilíbrio.
A diminuição da concentração de CO2(g) faz o equilíbrio equacionado
III. Se for adicionado mais monóxido de carbono (CO(g)) ser deslocado para a direita.
ao meio reacional, o equilíbrio será deslocado para
a esquerda, no sentido dos reagentes.
3. São Camilo-SP C7-H24
IV. O aumento na pressão total sobre esse sistema não
provoca deslocamento de equilíbrio. Um sistema clássico no estudo de equilíbrio químico é
constituído pelo par cromato/dicromato, pois o favore-
Das afirmações feitas, utilizando os dados anteriores,
cimento da reação direta ou inversa pode ser observa-
está(ão) correta(s)
do pela mudança de coloração. Esses íons coexistem
a) todas. em equilíbrio e é possível ressaltar uma cor ou outra
b) apenas a I e a II. dependendo da intervenção que se faça no sistema.

O
BO O
c) apenas a II e a IV.

SC
2 CrO2– + 2 H+  2 CrO2– + 2HO

M IV
 4
   7
2
d) apenas a III. Amarelo Laranja

O S
e) apenas a IV.

ocorre a absorção de 31,4 kcal pelos reagentes.


D LU
I. Incorreta. A reação direta trata-se de um processo endotérmico, pois
A predominância da cor amarela ocorre quando
a) se acrescenta HC, ou dilui a solução.
O C
II. Incorreta. O denominador da expressão da constante de equilíbrio, b) se acrescenta HC, ou evapora água.
N X

em termos de concentração molar (Kc), é igual a [H2O], somente.


c) se acrescenta NaC, ou dilui a solução.
SI O E

[CO] ⋅ [H2 ]
Kc 5 d) se acrescenta NaOH ou evapora água.
[H2O]
e) se adiciona NaOH ou dilui a solução.
EN S

III. Correta. Se for adicionado mais monóxido de carbono (CO(g)) ao


E U

meio reacional, o equilíbrio será deslocado para a esquerda, no sentido Adicionando hidróxido de sódio (NaOH) no equilíbrio mencionado no
dos reagentes. exercício, ocorrerá a formação do íon OH–, e este consumirá os íons H1
D E

presentes no equilíbrio, deslocando o equilíbrio para a esquerda, a fim


1 H2O(g) 1 1 C(s) 1 31,4 kcal  1 CO(g) 1 1 H2(g) de repor o H1 e, com isso, a predominância da cor amarela.
A LD


  
Aumento da
concentração Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
IV. Incorreta. O aumento na pressão total sobre esse sistema desloca o situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
EM IA

equilíbrio no sentido do menor número de mols de gás (menor volume), tífico-tecnológicas.


ou seja, para a esquerda: Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
ST ER

1 H2O(g) 1 1 C(s)  1 CO(g) + 1 H2(g) materiais, substâncias ou transformações químicas.


 
    
1 mol de gás 2 mol de gás
SI AT

1 mol : 2 mol
1 volume : 2 volumes
M

Elevação da pressão: 1 mol  2 mol


4. Fatec-SP
Experiência – Escrever uma mensagem secreta no la-
boratório
Materiais e reagentes necessários
2. Uninta-CE – Folha de papel
FeO(s) 1 CO(g)  Fe(s) 1 CO2(g) – Pincel fino
A reação representada pela equação química é uma – Difusor
das transformações mais importantes que ocorrem – Solução de fenolftaleína
nos altos-fornos de usinas siderúrgicas, na produção
de ferro-gusa. O princípio de Le Chatellier aplicado aos – Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L ou solução sa-
sistemas em equilíbrio homogêneo é também válido turada de hidróxido de cálcio
para os estudos dos sistemas heterogêneos.
Considerando-se as aplicações do princípio de Le Cha- Procedimento experimental
tellier ao equilíbrio químico representado, é correto Utilizando uma solução incolor de fenolftaleína, escreva
afirmar: com um pincel fino uma mensagem numa folha de papel.
a) A adição de FeO(s) ao sistema afeta o estado de equi- A mensagem permanecerá invisível. Para revelá-la, borrife
líbrio químico. a folha de papel com uma solução de hidróxido de sódio
b) A variação da pressão total do sistema causa altera- ou de cálcio, com o auxílio de um difusor. A mensagem
ção no equilíbrio químico. aparecerá magicamente com a cor vermelha.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 67 29/05/2019 15:37


68 68 – Material do Professor

Explicação Um aumento na concentração do gás carbônico causará


QUÍMICA 1A

A fenolftaleína é um indicador que fica vermelho na pre- um deslocamento para qual lado do equilíbrio químico?
sença de soluções básicas; nesse caso, uma solução de hi- Explique sua resposta.
dróxido de sódio ou de cálcio. Um aumento na concentração do gás carbônico causará um deslo-
camento do equilíbrio no sentido direto da reação, isto é, para o lado
Disponível em: <http://tinyurl.com/o2vav8v>. direito da equação (formação do produto), a fim de consumir o excesso
Acesso em: 15 ago. 2018. Adaptado. de reagente no sistema.

A fenolftaleína atua como um indicador ácido-base por CaCO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(,)  Ca(HCO3)2(aq)
ser um ácido fraco, que, em solução alcoólica, apresen- 
Aumento na
ta a cor das moléculas não dissociadas, HInd, diferente concentração

da cor dos respectivos íons, Ind–.

  H 1 Ind
HInd 1 –

Incolor Vermelho

A leitura da mensagem no experimento descrito é


possível porque a presença de íons OH– na solução de
fenolftaleína promove deslocamento do equilíbrio para a
a) direita, devido à diminuição do grau de ionização da 6. UFSJ-MG (adaptado) – A equação química a seguir
fenolftaleína. representa a dissociação do PC,5.
b) direita, devido ao aumento da concentração de íons PC,5(g)  PC,3(g) 1 C,2(g)
H 1.
c) direita, devido ao consumo de íons H 1 pelos íons O que se deve fazer para se deslocar o equilíbrio para
a direita?

O
OH– .

BO O
SC
d) esquerda, devido ao consumo de íons H1 pelos íons Para se deslocar o equilíbrio para a direita, deve-se diminuir a

M IV
OH– . pressão do sistema, já que se trata de uma reação com os com-

O S
ponentes no estado gasoso (pressão e volume são grandezas
e) esquerda, devido à diminuição do grau de ionização
inversamente proporcionais).
da fenolftaleína.
D LU
A adição de íons OH– consumirá os íons H1 (reação de neutralização)
PC,5(g)  PC,3(g) 1 C,2(g)
O C
presentes no equilíbrio, deslocando a reação para a direita, ou seja, no 1 mol 2 mol
N X

1 volume
sentido dos produtos. 2 volumes
SI O E

5. Espcex-SP/Aman-RJ (adaptado) – Os corais fixam-


-se sobre uma base de carbonato de cálcio (CaCO3),
produzido por eles mesmos. O carbonato de cálcio em
EN S

contato com a água do mar e com o gás carbônico dis-


E U

solvido pode estabelecer o seguinte equilíbrio químico


D E

para a formação do hidrogenocarbonato de cálcio:


A LD

CaCO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(,)  Ca(HCO3)2(aq)


EM IA

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
ST ER

7. UEPG-PR (adaptado) – O bicarbonato de sódio sólido


SI AT

é usado como fermento químico porque se decompõe


termicamente, formando gás carbônico, de acordo com
M

a reação representada pela equação química a seguir.


Sobre essa reação, assinale o que for correto.
v1
2 NaHCO3(s) Na2CO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(g) ∆H > 0
v2

01) A expressão para a constante de equilíbrio, expressa


em termos de concentração, é Kc 5 [CO2] ? [H2O].
02) A alteração de temperatura altera o valor de Kc.
04) O aumento de pressão desloca o equilíbrio para a
direita, isto é, no sentido de v1.
08) A adição de gás carbônico desloca o equilíbrio para
a direita, isto é, no sentido de v1.
Dê a soma dos itens corretos.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 68 29/05/2019 15:37


69 – Material do Professor 69

8. UCS-RS – O oxigênio presente no ar atmosférico, ao

QUÍMICA 1A
chegar aos pulmões, entra em contato com a hemoglo-
bina (Hem) do sangue, dando origem à oxiemoglobina
(HemO2), que é responsável pelo transporte de O2 até
as células de todo o organismo. O equilíbrio químico
que descreve esse processo pode ser representado
simplificadamente pela equação química a seguir.

Hem(aq) 1 O2(g)  HemO2(aq)

À medida que uma pessoa se desloca para locais de


____________ altitude, a quantidade e a pressão parcial
de O2 no ar vai ____________ e esse equilíbrio vai se des- 10. Faceres-SP (adaptado) – Dado o equilíbrio a seguir e
locando para a ____________ . Em função disso, a pessoa sabendo que a reação direta é exotérmica, responda
sente fadiga e tontura e pode até morrer em casos ao que se pede.
extremos. O corpo tenta reagir produzindo mais he-
N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g)
moglobina; esse processo, porém, é lento e somente
se conclui depois de várias semanas de “ambientação” Para obter maior rendimento do produto, NH3, pode-
da pessoa com a altitude. É interessante notar que os -se realizar
povos nativos de lugares muito altos, como o Hima-
a) aumento da pressão e diminuição na concentração
laia, desenvolveram, durante muitas gerações, taxas
de N2.
de hemoglobina mais elevadas que as dos habitantes à
beira-mar. Esse fenômeno proporciona uma boa vanta- b) diminuição na concentração de H 2 e aumento da
gem, por exemplo, aos jogadores de futebol da Bolívia, pressão.

O
c) aumento na concentração de NH3 e aumento da

BO O
em relação aos seus adversários estrangeiros, quando

SC
disputam uma partida na cidade de La Paz, a mais de pressão.

M IV
3 600 m de altitude. d) aumento da pressão e diminuição na concentração

O S
de NH3.
vamente, as lacunas anteriores. D LU
Assinale a alternativa que preenche correta e respecti-
e) diminuição da pressão e diminuição na concentração
de H2.
O C
a) maior – aumentando – esquerda
N X

b) maior – diminuindo – esquerda 11. Fuvest-SP – A hemoglobina (Hb) é a proteína respon-


SI O E

c) menor – diminuindo – esquerda sável pelo transporte de oxigênio. Nesse processo, ela
se transforma em oxi-hemoglobina (Hb(O2)n). Nos fetos,
d) menor – diminuindo – direita
há um tipo de hemoglobina diferente da do adulto, cha-
EN S

e) maior – aumentando – direita mada de hemoglobina fetal. O transporte de oxigênio


E U

pode ser representado pelo seguinte equilíbrio:


D E

9. UNESP (adaptado) – O metanol, CH3OH, é uma subs-


Hb 1 n O2  Hb(O2)n,
A LD

tância de grande importância para a indústria química,


como matéria-prima e como solvente. Esse álcool é em que Hb representa tanto a hemoglobina do adulto
obtido industrialmente pela reação entre os gases CO
EM IA

quanto a hemoglobina fetal.


e H2, conforme a equação:
ST ER

A figura mostra a porcentagem de saturação de Hb


CO(g) 1 2 H2(g)  CH3OH(g) ∆H 5 –103 kJ/mol por O2 em função da pressão parcial de oxigênio no
SI AT

sangue humano, em determinado pH e em determinada


Para realizar essa reação, os gases reagentes, mistura- temperatura.
dos na proporção estequiométrica e em presença de ca-
M

talisador (geralmente prata ou cobre), são comprimidos Hemoglobina fetal


a 306 atm e aquecidos a 300 °C. Nessas condições, o Hemoglobina do adulto
equilíbrio apresenta um rendimento de 60% no sentido
da formação de metanol. 100

Escreva a expressão da constante Kp desse equilíbrio


% de saturação de Hb por O2

80
e, com base no princípio de Le Chatelier, justifique a
importância da compressão desses gases para a pro-
60
dução de metanol.

40

20

0
0 20 40 60 80 100
pO (mmHg)
2

A porcentagem de saturação pode ser entendida como:


[Hb(O2 )n ]
% de saturação 5 ? 100
[Hb(O2 )n ] + [Hb ]

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 69 29/05/2019 15:37


70 70 – Material do Professor

Com base nessas informações, um estudante fez as 08) A adição de NH3 faz com que haja um aumento no
QUÍMICA 1A

seguintes afirmações. valor da constante de equilíbrio da reação, Kc.


I. Para uma pressão parcial de O2 de 30 mmHg, a he- 16) A remoção de NO provoca uma diminuição na con-
moglobina fetal transporta mais oxigênio do que a centração de NH3.
hemoglobina do adulto. Dê a soma dos itens corretos.
II. Considerando o equilíbrio de transporte de oxigênio,
no caso de um adulto viajar do litoral para um local
de grande altitude, a concentração de Hb em seu
sangue deverá aumentar, após certo tempo, para
que a concentração de Hb(O2)n seja mantida.
III. Nos adultos, a concentração de hemoglobina as-
sociada a oxigênio é menor no pulmão do que nos
tecidos.
Note e adote: pO2 (pulmão) > pO2 ( tecidos)
É correto apenas o que o estudante afirmou em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

O
BO O
12. Fuvest-SP – A Gruta do Lago Azul (MS), uma caverna

SC
M IV
composta por um lago e várias salas, em que se encon-
tram espeleotemas de origem carbonática (estalactites

O S
e estalagmites), é uma importante atração turística. O
D LU
número de visitantes, entretanto, é controlado, não
ultrapassando 300 por dia. Um estudante, ao tentar
O C
explicar tal restrição, levantou as seguintes hipóteses.
N X
SI O E

I. Os detritos deixados indevidamente pelos visitantes


se decompõem, liberando metano, que pode oxidar
os espeleotemas.
EN S

14. UEL-PR – Maratonistas percorrem distâncias de 40 km,


II. O aumento da concentração de gás carbônico que é
E U

mas dependem de uma boa oxigenação nos músculos.


liberado na respiração dos visitantes, e que interage Se isso não ocorre, o cansaço é extremo e pode causar
D E

com a água do ambiente, pode provocar a dissolução


desmaios. A utilização do oxigênio (O2) pelas células
A LD

progressiva dos espeleotemas.


ocorre, inicialmente, pela combinação do O2 com a he-
III. A concentração de oxigênio no ar diminui nos perío- moglobina do sangue (Hb), formando a oxiemoglobina
dos de visita, e essa diminuição seria compensada
EM IA

(HbO2), conforme o equilíbrio a seguir.


pela liberação de O2 pelos espeleotemas.
ST ER

Hb 1 O2  HbO2
O controle do número de visitantes, do ponto de vista
da Química, é explicado pela(s) afirmação(ões) HbO2 é o agente de transporte do O2 para as células
SI AT

a) I, apenas. dos músculos, já que o O 2 não se dissolve bem no


plasma sanguíneo.
M

b) II, apenas.
Sobre esse tema, responda aos itens a seguir.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas. a) Sabendo que o aumento da acidez no plasma san-
guíneo favorece a dissociação da HbO2, explique por
e) I, II e III. que, para um indivíduo que possui elevada atividade
respiratória (com grande produção de CO2), a quanti-
13. UEPG-PR – NH3, O2, NO e H2O encontram-se mistura- dade de O2 liberada nos tecidos é elevada.
dos em um meio reacional em equilíbrio, que pode ser b) O desempenho de um atleta em uma maratona reali-
expresso pela equação: zada em uma cidade com altos índices de monóxido
de carbono (CO) é prejudicado. Se a constante de
4 NH3(g) 1 5 O2(g)  4 NO(g) 1 6 H2O(g) equilíbrio da reação entre HbO2(aq) e CO(g) é 200 e a
pressão parcial de O2 é 10 vezes maior que a de CO(g),
Mantendo-se a temperatura e o volume constantes e determine quantas vezes a concentração de HbCO(aq)
considerando-se alterações que podem ocorrer nes- deve ser maior que a de HbO2(aq).
se equilíbrio e os possíveis efeitos, assinale o que for
correto.
01) A adição de NO não provoca mudança na quantidade
de H2O no meio reacional.
02) A adição de NO provoca um aumento na concen-
tração de O2.
04)A remoção de O2 provoca um aumento na concen-
tração de NH3.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 70 29/05/2019 15:37


71 – Material do Professor 71

Dê a soma dos proposições corretas.

QUÍMICA 1A
O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E

16. PUC-PR (adaptado)


O Princípio de Le Chatelier infere que, quando uma per-
EN S

turbação é imposta a um sistema químico em equilíbrio,


E U

este irá se deslocar de forma a minimizar tal perturbação.


Disponível em: <brasilescola.com/exercicios-quimica/exercicios-
D E

-sobre-principio-le-chatelier.htm>. Acesso em: fev. 2019.


A LD

15. IFSC – Quando queimamos um palito de fósforo ou uma O gráfico apresentado a seguir indica situações refe-
rentes à perturbação do equilíbrio químico indicado pela
EM IA

folha de papel, a reação ocorre completamente, ou seja,


até que um dos reagentes seja totalmente consumido. equação H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g).
ST ER

Em outras reações, no entanto, não ocorre o consumo


total de nenhum reagente, isso porque a reação pode Concentração
SI AT

acontecer nos dois sentidos:


M

Reagentes  Produtos H2

Com base no texto anterior, assinale a soma da(s)


proposição(ões) correta(s).
I2
01) A reação citada no primeiro período do texto indica
uma reação do tipo irreversível.
HI
02) No caso da equação química genérica apresentada,
se as velocidades da reação direta e inversa forem
t1 t2 Tempo
iguais, estabelece-se um equilíbrio químico.
04) Uma vez estabelecido o equilíbrio químico, não há Com base na equação química apresentada e na obser-
como alterar as velocidades das reações direta ou vação do gráfico, considerando também que a reação é
inversa.
endotérmica em favor da formação do ácido iodídrico,
08) A constante de equilíbrio de uma reação química é a dinâmica do equilíbrio favorecerá
calculada pela relação entre as concentrações de
produtos e reagentes no momento do equilíbrio, a) a formação de iodo quando houver adição de gás
elevadas aos seus respectivos coeficientes este- hidrogênio.
quiométricos. b) o aumento na quantidade das substâncias simples
16) Uma constante de equilíbrio alta indica que a reação quando ocorrer elevação da pressão total do sistema.
inversa prevalece sobre a direta. c) a formação de gás hidrogênio na reação direta a partir
32) O equilíbrio pode ser deslocado no sentido do con- de t1, em razão da adição de ácido iodídrico.
sumo dos produtos se aumentarmos a concentra- d) o consumo de iodo quando houver adição de gás
ção dos reagentes. hidrogênio.

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 71 29/05/2019 15:37


72 72 – Material do Professor

17. PUC-RJ – Cristais de cloreto de amônio são adicionados a) elas não se alteraram, pois as concentrações são
QUÍMICA 1A

a uma solução aquosa contendo as espécies presentes constantes.


no equilíbrio. b) há um aumento da concentração de H2PO4–.
Após a dissolução total do sal e o restabelecimento c) há diminuição da concentração de NH3.
de uma nova situação de equilíbrio, é correto afirmar, d) há um aumento da concentração de HPO2– 4 .
sobre as concentrações das espécies nesse novo equi-
e) há diminuição da concentração de NH+4 .
líbrio, que

ESTUDO PARA O ENEM


18. UFSJ-MG C7-H24 para a esquerda.
O esmalte dos dentes é constituído por hidroxiapatita, b) O ácido clorídrico reage com cloreto de sódio for-
substância que estabelece o seguinte equilíbrio químico mando um precipitado.
na mucosa bucal: c) A solubilidade do cloreto de sódio é aumentada pela
adição de HC,.
Ca5(PO4)3OH(s) 1 H2O(,)  5 Ca(2aq
+
) 1 3 PO4( aq) 1 OH( aq)
3– –

d) A adição do íon comum aumenta a solubilidade do


Pessoas que ingerem suco de limão, íons cálcio e saca- cloreto de sódio.
rose em demasia terão o equilíbrio citado anteriormente
deslocado, respectivamente, 20. UFRR C7-H24
a) para a direita, para a direita, inalterado. Em 1888, Henri Le Chatelier formulou o chamado Prin-
b) para a esquerda, para a direita, para a direita. cípio de Le Chatelier, que afirma: “se uma perturbação
externa for aplicada a um sistema em equilíbrio, o sis-

O
c) para a direita, para a esquerda, inalterado.

BO O
tema reagirá de tal modo a aliviar parcialmente essa

SC
d) para a esquerda, para a esquerda, para a esquerda.

M IV
perturbação”. Sobre essa afirmação, é correto afirmar:

O S
19. Unimontes-MG C7-H24 a) O aumento da pressão desloca a reação na direção
do lado com mais mols de gás.
D LU
Em um tubo de ensaio contendo solução aquosa sa-
turada de cloreto de sódio foi adicionada uma solução b) A remoção de um reagente desloca o equilíbrio para
O C
a formação do produto.
concentrada de ácido clorídrico, observando-se alguns
N X

cristais de NaC, que precipitam na solução. c) A adição de um produto desloca o equilíbrio para a
SI O E

formação do produto.
Dada a equação que representa o equilíbrio de solu- d) A remoção de um produto desloca o equilíbrio para
bilidade do cloreto de sódio, NaC,(s)  Na(+aq) 1 C –( aq) , a formação do reagente.
EN S

assinale a alternativa correta.


E U

e) A adição de um reagente desloca o equilíbrio para a


a) A adição do íon comum cloreto favorece o equilíbrio formação do produto.
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_P5.indd 72 29/05/2019 15:38


DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 5
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

BET_NOIRE/

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


ISTOCKPHOT
QUÍMICA 1B O

29/05/2019 15:52
6 74 – Material do Professor

51
DESLOCAMENTO DE
QUÍMICA 1B

EQUILÍBRIO II – TEMPERATURA
E CATALISADOR

CHARLES BRUTLAG/SHUTTERSTOCK
• Deslocamento de equilíbrio
• Favorecimento do equilíbrio
por meio das alterações de
temperatura e da adição de
catalisador

HABILIDADES

O
BO O
• Trabalhar com o desloca-

SC
M IV
mento de equilíbrio para o

O S
favorecimento de reações
diretas ou inversas.
• Identificar o Princípio de Le
D LU
O C
Chatelier como uma regra
N X

que permite prever a evolu-


SI O E

ção de um sistema químico


quando ocorre variação de
EN S

temperatura ou pressão, o
E U

que pode afetar o estado Trator puxando arado e tanque de amônia anidro.
de equilíbrio químico.
D E
A LD

• Verificar como a alteração O maior uso de amônia é em fertilizantes, que são aplicados no solo e ajudam a
da temperatura pode deslo- aumentar a produtividade de culturas, como milho, trigo e soja. Amônia líquida, solu-
EM IA

car o equilíbrio químico. ções de amônia/água e produtos químicos feitos de amônia, como sais de amônio e
ureia, são usados como fontes de nitrogênio solúvel. A ureia, que é feita de amônia
ST ER

• Verificar como a adição ou


retirada de catalisador atua e dióxido de carbono, também pode ser usada como suplemento alimentar para o
SI AT

sobre o equilíbrio. gado, auxiliando a rápida construção de proteínas pelos animais.


A síntese industrial da amônia, mais conhecida como processo Haber-Bosch
M

(nome dos seus idealizadores), tem sua produção maximizada pelo aumento da
temperatura e pelo uso do ferro como catalisador, isto é, o equilíbrio químico é
deslocado no sentido de formação dos produtos. Neste módulo, você estudará
esses outros dois fatores que também influenciam o deslocamento do equilíbrio:
temperatura e catalisador.

FATORES QUE DESLOCAM O EQUILÍBRIO QUÍMICO


Temperatura
A totalidade das reações químicas em equilíbrio é comprometida pela tempera-
tura e, na maior parte desses equilíbrios, o efeito da temperatura é bem expressivo.
Assim, os valores das constantes de equilíbrio são sempre fornecidos em uma
temperatura fixa, em geral a 25 °C.
Mais uma vez, o princípio de Le Chatelier pode ser usado para antecipar como
uma reação química em equilíbrio vai responder a uma variação de temperatura.
Para neutralizar a influência do aumento na temperatura, o equilíbrio químico
desloca-se no sentido endotérmico (sentido que absorve energia). Já uma diminui-
ção na temperatura retira energia do sistema, fazendo com que o equilíbrio seja
deslocado no sentido exotérmico (sentido que libera energia).

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 6 29/05/2019 15:52


75 – Material do Professor 7

Exemplo LEITURA COMPLEMENTAR

QUÍMICA 1B
reação direta, v1
N2(g) 1 3 H2(g) reação inversa, v2
2 NH3(g) ∆H 5 –26,2 kcal Fenômeno de branqueamento de corais
da Austrália foi o pior da história
Quando for apresentada uma equação termoquí-

1389049/SHUTTERSTOCK
mica, o ∆H sempre será referente à reação direta (v1).
Nesse exemplo, a reação direta é exotérmica
(∆H , 0), e a reação inversa (v2) é endotérmica.
• Um aumento na temperatura desloca o equilíbrio
para a esquerda (endotérmico).
• Uma diminuição na temperatura desloca o equi-
líbrio para a direita (exotérmico).

Nas modificações da posição de equilíbrio em razão


das variações de concentração ou pressão, o valor da
Branqueamento de uma Acropora sp.
constante de equilíbrio mantém-se, pois a temperatura,
grandeza que afeta o valor da constante de equilíbrio, Faltaram superlativos para descrever a pandemia
permanece constante. de branqueamento que afetou corais do mundo intei-
Quando um sistema químico em equilíbrio é per- ro no ano passado, adoecendo com especial gravidade
turbado por uma variação de temperatura, a evolução a Grande Barreira de Coral da Austrália, o maior con-
do equilíbrio é acompanhada, simultaneamente, pela junto de recifes do mundo.

O
alteração do valor de Kc da reação. Por exemplo, um O fenômeno foi descrito como uma catástrofe ambiental si-

BO O
SC
aumento na temperatura provoca aumento do valor de lenciosa e de grandes proporções. Um estudo publicado

M IV
Kc, para reações endotérmicas (∆H . 0), e diminuição, na quarta-feira (15/3/2017), no site do periódico Nature,

O S
para reações exotérmicas (∆H , 0). põe números nessa afirmação: 91% dos recifes australianos
D LU foram afetados em alguma medida pela síndrome.
O C
Uma equipe internacional de cientistas, liderada pelo
N X

australiano Terry Hughes, da Universidade James Cook,


SI O E

Reações
endotérmicas
fez um amplo inventário da tragédia. Usando imagens
Kc de avião e amostragens submarinas, eles analisaram
EN S

1 156 recifes distribuídos ao longo da Grande Barreira


E U

– uma área de mais de 340 mil quilômetros quadrados,


D E

mais ou menos equivalente ao território de Mato Grosso


A LD

O valor de Kc
aumenta com do Sul esticado ao longo de 2 300 quilômetros de costa.
o aumento da A contagem revelou que apenas 8,9% dos recifes anali-
EM IA

temperatura.
sados não sofreram branqueamento nenhum em 2015 e
ST ER

2016, anos em que a pandemia se instalou e atingiu seu


pico. O número de recifes que tiveram 60% ou mais de
SI AT

seus corais branqueados foi quatro vezes maior do que


M

nas pandemias anteriores.


T
O branqueamento ocorre quando algum estresse, nor-
malmente térmico, faz o coral expulsar as algas micros-
Reações cópicas que vivem em simbiose com ele. Essas algas,
exotérmicas chamadas zooxantelas, são a principal fonte de alimen-
Kc to do coral e lhe dão cor. Quando o mar esquenta de-
mais, elas vão embora. O coral passa fome e fica mais
suscetível a doenças. Em muitos casos, ele morre.
O valor de Kc O episódio é uma realização chocante do prognóstico
diminui com feito dez anos atrás pelo IPCC, o painel do clima da
o aumento da
ONU. Em seu quarto relatório de avaliação, o comitê
temperatura.
previa que o aquecimento global causaria “mortan-
dade disseminada de corais” na Austrália, “em 2020”.
Um relatório publicado nesta semana pelas ONGs Earth
Justice e Environmental Justice Australia afirma que
22% dos corais australianos morreram.
T Disponível em: ,http://conexaoplaneta.com.br/blog/feno-
meno-de-branqueamento-de-corais-da-australia-foi-o-pior-da-
Variação de Kc com a temperatura para reações endotérmicas e -historia/.. Acesso em: 3 out. 2018.
exotérmicas.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 7 29/05/2019 15:52


8 76 – Material do Professor

Catalisador EQUILÍBRIO QUÍMICO E OTIMIZAÇÃO DE


QUÍMICA 1B

O catalisador não desloca o equilíbrio, ele apenas REAÇÕES QUÍMICAS


diminui o tempo necessário para que o estado de equi- A implementação de um processo em nível indus-
líbrio seja atingido, porque aumenta a velocidade das trial implica um estudo pormenorizado dos fatores que
reações direta e inversa na mesma proporção, sem afetam o grau de conversão dos reagentes nos pro-
romper o equilíbrio químico nem modificar a compo- dutos da reação, de forma a maximizar a produção da
sição do sistema. substância pretendida.
Exemplo
Em 1904, Fritz Haber conseguiu produzir amoníaco
(NH3) à escala laboratorial, por combinação direta de
Reação direta nitrogénio, N2, e hidrogênio, H2.
N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g) ∆H , 0
Velocidade

Equilíbrio • Sendo uma reação exotérmica, a diminuição da


temperatura favorece a formação de amoníaco, au-
mentando a constante de equilíbrio da reação de
síntese, no entanto diminui a velocidade da reação.
• O uso de um catalisador de óxido de ferro permite
Reação inversa otimizar o processo à temperatura de 500 ºC.

O
• Uma vez que a formação de amoníaco se traduz

BO O
Tempo

SC
numa redução do número de moléculas gasosas,

M IV
Equilíbrio com
a reação é também favorecida por um aumento de

O S
pressão – o processo de Haber-Bosch ocorre geral-
catalisador

Equilíbrio sem
D LU mente para valores de pressão entre 2,0 ? 107 Pa
a 2,5 ? 107 Pa, pois pressões mais elevadas torna-
O C
catalisador
N X

riam o processo demasiado dispendioso.


SI O E
EN S
E U

EXERCÍCIO RESOLVIDO
D E

1. A figura a seguir representa um diagrama de energia para 64) O aumento de temperatura provoca a diminuição da
A LD

uma reação genérica A(g) 1 B(g)  C(g), a 25 °C e 1 atm. constante de equilíbrio da reação.
Energia (E)
Dê a soma dos números dos itens corretos.
EM IA

Resolução
ST ER

83 (01 1 02 1 16 1 64)
SI AT

01. Correto. Como a energia dos produtos é menor que


E2 a dos reagentes, a reação é exotérmica (∆H , 0).
M

E1
02. Correto. Como E1 é a menor energia de ativação,
A(g) + B(g) comparada com E2, então E1 corresponde à energia de
ativação da reação catalisada.
C(g)
04. Incorreto. O valor da variação da energia da reação
é dado por: ∆H 5 Hp – Hr.
Sentido da reação
08. Incorreto. Como se trata de uma reação exotérmica,
Analise as afirmações e assinale o que for correto. um aumento de temperatura favorece a reação endo-
01) A reação apresentada é exotérmica. térmica (formação de A e B).
02) E1 representa a energia de ativação da reação catali-
16. Correto. Um aumento da pressão deslocará o equi-
sada.
líbrio no sentido de menor volume gasoso, para a di-
04) E2 – E1 representa, efetivamente, a variação de energia reita, ocasionando uma diminuição na concentração
da reação. dos reagentes.
08) Um aumento da temperatura, no sistema em equilíbrio,
provoca um aumento na concentração de C(g). 32. Incorreto. Um aumento na concentração dos rea-
gentes (A) desloca o equilíbrio para o lado dos produtos
16) Um aumento da pressão sobre o sistema provoca uma
(C).
diminuição nas concentrações de A(g) e B(g).
32) Adicionando-se maior quantidade de A(g) ao sistema, a 64. Correto. Em reações exotérmicas, o aumento da
concentração de C(g) diminui. temperatura reacional provoca uma diminuição no Kc.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 8 29/05/2019 16:07


77 – Material do Professor 9

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1B
Deslocamento de
equilíbrio II

Catalisador
Temperatura

O
Aumento na temperatura: o equilíbrio químico deslo- Não desloca o equilíbrio químico, so-

BO O
SC
mente diminui o tempo necessário para

M IV
ca-se no sentido endotérmico (sentido que absorve
que o estado de equilíbrio seja atingido.

O S
energia).

D LU
O C
N X
SI O E
EN S

Diminuição na temperatura: o equilíbrio


E U

químico desloca-se no sentido exotérmi-


D E

co (sentido que libera energia).


A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 9 29/05/2019 15:52


10 78 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1B

1. UFU-MG – O gás amônia é um dos principais com- 2. Famerp-SP – Considere o equilíbrio químico represen-
ponentes de fertilizantes e pode ser produzido pela tado por:
reação química exotérmica entre o gás nitrogênio e o
gás hidrogênio. O gráfico a seguir indica as condições C(s) 1 CO2(g)  2 CO(g) ∆H 5 188 kJ/mol de CO(g)
ideais para a produção industrial da amônia.
O rendimento em CO(g) desse equilíbrio aumenta com
100 o aumento da _______, com a diminuição da _______ e
Porcentagem de amoníaco

200 ºC não se altera pela adição de _______.


As lacunas do texto são, correta e respectivamente,
80 preenchidas por
300 ºC
a) temperatura – pressão – catalisador
b) temperatura – pressão – CO2(g)
60
c) pressão – temperatura – catalisador
400 ºC
d) pressão – temperatura – CO2(g)
e) pressão – temperatura – C(s)
40
Pela reação, infere-se que o sentido direto é endotérmico e que há
500 ºC mais gás nos produtos do que nos reagentes, o que permite que ocor-
600 ºC ra um aumento do rendimento (deslocamento para a direita) quando
20 houver um aumento na temperatura e uma diminuição na pressão. Os
catalisadores não influenciam o deslocamento do equilíbrio químico.
700 ºC

O
BO O
3. FMJ-SP C7-H24

SC
M IV
0
200 400 600 800 1 000 Uma das etapas da produção de combustível nuclear

O S
envolve a obtenção do “sal verde” (UF4) pela reação
Pressão/atm representada por UO2(s) 1 4 HF(g)  UF4(s) 1 2 H2O(g);
Sobre a amônia e sua produção industrial, faça o que D LU ∆H 5 –43,2 kcal/mol de UF4.
O C
se pede. As condições que permitem o maior rendimento em
N X

a) Indique a geometria molecular da amônia. produtos desse equilíbrio químico são


SI O E

b) Escreva a equação balanceada de formação da amô- a) baixa temperatura, baixa pressão e baixa concen-
nia a partir do gás nitrogênio e do gás hidrogênio. tração de HF.
EN S

c) Indique, de acordo com o gráfico, duas condições b) alta temperatura, baixa pressão e baixa concentração
E U

ideais de produção industrial do gás amônia. de HF.


D E

a) Geometria molecular da amônia (NH3): piramidal. Essa geome- c) alta temperatura, baixa pressão e alta concentração
de HF.
A LD

tria ocorre por ser uma molécula tetratômica que possui par de
elétrons isolados no átomo central.
d) baixa temperatura, alta pressão e alta concentração
de HF.
EM IA

N
e) alta temperatura, alta pressão e alta concentração.
ST ER

H H Como a reação química é exotérmica, uma diminuição na temperatura


H faz com que o equilíbrio seja deslocado no sentido dos produtos, ou
SI AT

seja, favorecendo o rendimento deles.


O aumento da pressão em um sistema em equilíbrio – envolvendo
M

b) Equação balanceada de formação da amônia: 1 N2(g) 1 3 H2(g)  substâncias no estado gasoso – desloca o equilíbrio no sentido de con-
 2 NH3(g). tração de volume. Nos reagentes, temos quatro volumes de HF e, nos
c) Duas condições ideais de produção industrial do gás amônia, produtos, temos dois volumes de H2O, portanto a alta pressão favorece
de acordo com o gráfico: aumento de pressão e diminuição de o rendimento dos produtos.
temperatura. O aumento da concentração de reagentes, no caso HF, desloca o equi-
líbrio no sentido de favorecer o rendimento dos produtos.
100
C Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
200 º situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas.
80
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
Porcentagem de amoníaco

materiais, substâncias ou transformações químicas.


60
4. UPF-RS – O dióxido de nitrogênio é um gás de cor
castanha que se transforma parcialmente em tetróxido
40 de dinitrogênio, um gás incolor. O equilíbrio entre essas
C espécies pode ser representado pela equação:

50 ºC 2 NO2(g)  N2O4(g) ∆H , 0
20 600
700 ºC Com base nas informações apresentadas e conside-
rando as seguintes condições reacionais:
0
200 400 600 800 I. Aumento da pressão
Pressão/atm II. Aumento da temperatura

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 10 29/05/2019 15:52


79 – Material do Professor 11

III. Adição de N2O4(g) II. Incorreta. A variação de pressão não desloca o equilíbrio.

QUÍMICA 1B
IV. Adição de NO2(g) 1 CO(g) + 1NO2(g)  1 CO2(g) + 1NO(g)
   
2 volumes 2 volumes
Marque a alternativa que indica apenas as condições
2 volumes  2 volumes
que deslocam o equilíbrio para a direita.
III. Correta. A adição de CO2 desloca no sentido dos reagentes.
a) I, II e III CO(g) 1 NO2(g)  CO2(g) 1 NO(g)
b) I e IV 
Aumento de
concentração
c) III e IV
d) I e II 6. UFRGS-RS (adaptado) – Observe a figura a seguir, so-
e) II, III e IV bre o perfil de energia de uma reação em fase gasosa.
I. Correta. Com o aumento da pressão, o equilíbrio será deslocado

Energia
para a direita, no sentido da diminuição de volume.
2 NO2(g)  1 N2O4(g)
2 volumes  1 volume
C(g) + 2 D(g)
P↑ ∙ V↓ 5 k ⇒ deslocamento para a direita (diminuição de volume)
II. Incorreta. Com o aumento da temperatura, o equilíbrio será des-
locado no sentido da reação endotérmica, ou seja, para a esquerda.
Exotérmica (∆H , 0): favorecida pela diminuição da temperatura.
Endotérmica (∆H . 0): favorecida pela elevação da temperatura.
III. Incorreta. Com a adição de N2O4(g), o equilíbrio será deslocado no
sentido de seu consumo, ou seja, para a esquerda.
A(g) + B(g)
2 NO2(g)  N2O4(g)

O

 

BO O
SC
Aumento de

M IV
concentração
Avanço da reação
IV. Correta. Com a adição de NO2(g), o equilíbrio será deslocado no

O S
sentido de seu consumo, ou seja, para a direita. Considere as seguintes afirmações a respeito dessa
2 NO2(g)  N2O4(g)

Aumento de
D LU reação.
I. A posição de equilíbrio é deslocada a favor dos pro-
O C
concentração
dutos, sob aumento de temperatura.
N X

II. A posição de equilíbrio é deslocada a favor dos rea-


SI O E

gentes, sob aumento de pressão.


5. UFRGS-RS – Considere os dados termodinâmicos da
III. A velocidade da reação inversa aumenta com a tem-
reação na tabela a seguir.
EN S

peratura.
E U

CO(g) 1 NO2(g)  CO2(g) 1 NO(g)


Quais estão corretas?
D E

Substância CO NO2 CO2 NO


A LD

I. Correta. A posição de equilíbrio é deslocada a favor dos produtos, sob


aumento de temperatura, pois trata-se de uma reação endotérmica.
∆Hf (kJ ∙ mol–1) –110,5 33,2 –393,5 90,3
EM IA

Energia

Com base nesses dados, considere as seguintes afir-


ST ER

mações sobre o deslocamento do equilíbrio químico


dessa reação. C(g) + 2 D(g)
SI AT

H(produtos)
I. O aumento da temperatura desloca no sentido dos
M

produtos.
II. O aumento da pressão desloca no sentido dos pro- H(produtos) > H(reagentes)
dutos. (reação endotérmica)
III. A adição de CO2 desloca no sentido dos reagentes.
A(g) + B(g) H(reagentes)
Assinale a alternativas correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta. Avanço da reação
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta. II. Correta. A posição de equilíbrio é deslocada a favor dos reagentes,
sob aumento de pressão.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas. 1 A (g) + 1B(g)  1 C(g) + 2 D(g) (deslocamento no sentido do menor
   
I. Incorreta. O aumento da temperatura desloca no sentido dos rea- 2 volumes 3 volumes

gentes (reação endotérmica). volume)


1 CO(g) 1 1NO2(g)  1 CO2(g) 1 1NO(g) III. Correta. A velocidade das reações inversa e direta aumenta com a
 
  
 
 
  
 
–110,5 kJ + 33,2 kJ –393,5 kJ + 90,3 kJ elevação da temperatura, então tomamos como correta a afirmação:
∆H 5 Hprodutos – Hreagentes a velocidade da reação inversa aumenta com a temperatura.

∆H 5 [–393,5 1 90,3] – [–110,5 1 33,2]


∆H 5 –225,9 kJ
Exotérmica (sentido dos produtos): favorecida pela diminuição da
temperatura.
Endotérmica (sentido dos reagentes): favorecida pela elevação da
temperatura.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 11 29/05/2019 15:52


12 80 – Material do Professor

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
QUÍMICA 1B

7. UNESP (adaptado) – O estireno, matéria-prima in- bônico, sob baixa temperatura, em que se estabelece
dispensável para a produção do poliestireno, é obtido o seguinte equilíbrio químico:
industrialmente pela desidrogenação catalítica do etil-
2 H2O(,) 1 CO2(g)  H3O+(aq) 1 HCO3–(aq)
benzeno, que se dá por meio do seguinte equilíbrio
químico: Considerando o equilíbrio químico indicado, um dos fa-
tores que não influenciam na eructação após a ingestão
etilbenzeno estireno de refrigerantes é a(o)
catalisador
a) elevação da temperatura no interior do estômago.
(g) (g)
+ H2(g) ΔH = 121 kJ/mol
b) acréscimo da concentração de íons hidrônio por cau-
sa do suco gástrico.
Analisando-se a equação de obtenção do estireno e
considerando o princípio de Le Chatelier, o aumento da c) presença do ácido clorídrico, que funciona como ca-
temperatura favorece, ou não, a formação de estireno? talisador para a reação inversa.
d) aumento do volume no interior do estômago em
comparação com o refrigerante envasado.
e) diminuição da pressão no interior do estômago em
comparação com o refrigerante envasado.

10. Unisc-RS – Considere a reação a seguir:


1 N2(g) 1 1 O2(g)  2 NO(g) ∆H 5 143,2 kcal

O
BO O
O único fator que provoca seu deslocamento para a

SC
direita é

M IV
a) a adição do gás NO.

O S
D LU b) o aumento de pressão sobre o sistema.
c) a retirada de N2 gasoso do sistema.
O C
d) a diminuição da pressão do sistema.
N X

e) o aumento da temperatura sobre o sistema.


SI O E

8. UEFS-BA
11. Unicentro-PR – Leia o texto a seguir.
(aq) 1 6 H2O(,) ∆H . zero
Co(H2O)62+(aq) 1 4 C –(aq)  CoC2–
EN S

 4  A integridade da casca dos ovos tem grande influência


E U

Rosa Azul
na qualidade deles, sendo um dos fatores que mais tem
A dissolução do cloreto de cobalto (II), CoC 2(s), em
D E

preocupado os produtores. A espessura da casca pode va-


ácido clorídrico, HC(aq), leva à formação do sistema em
A LD

riar devido a vários fatores, entre eles a hereditariedade,


equilíbrio químico representado pela equação química já que algumas famílias ou linhagens de aves produzem
reversível. À temperatura ambiente, a coexistência de
EM IA

ovos com casca mais grossa que outras. Essas diferenças


íons Co(H2O)26+(aq) , de cor rosa, com íons CoC2–
4 ( aq) , de cor entre aves, com relação à qualidade da casca, são definidas
ST ER

azul, confere à solução uma coloração violeta. Entre- pela capacidade das aves de utilizar o cálcio; outro fator
tanto, considerando o princípio de Le Chatelier, quando é o clima, já que altas temperaturas reduzem a espessu-
SI AT

o equilíbrio químico é perturbado por fatores, como ra da casca, e os níveis de cálcio ou bicarbonato de sódio
M

adição ou remoção de um reagente ou produto, ou do sangue são reduzidos como resultado dos movimentos
variação da temperatura ou da pressão, ele se desloca respiratórios mais acelerados, visto que as aves procuram,
até que um novo estado de equilíbrio seja estabelecido. dessa forma, controlar a temperatura corporal.
Com base na análise das informações e da equação LISBOA, J. C. F. Química – ser protagonista. São Paulo: Edições
química, que representa o sistema em equilíbrio, é SM, 2010. p.371.
correto concluir: O constituinte principal do ovo da galinha é o carbonato
a) A reação química que ocorre no sentido direto, da de cálcio (CaCO3) dado pelo equilíbrio a seguir.
esquerda para a direita, é exotérmica.
CaCO3(s)  CaO(s) 1 CO2(g)
b) A adição de íons cloreto no sistema em equilíbrio
aumenta a concentração de íon Co(H2O)26+(aq) . Com base no texto e nos conhecimentos sobre equilí-
c) A retirada de moléculas de água do sistema em equi- brio químico, considere as afirmativas a seguir.
líbrio aumenta a intensidade da cor rosa. I. A expressão para calcular a constante de equi-
d) O aquecimento do sistema em equilíbrio favorece a líbrio em relação às concentrações molares é
formação do íon que torna a solução azul.
[CaO] ⋅ [CO2 ]
e) O aumento da pressão sobre o sistema em equilíbrio Kc 5 .
CaCO3
químico favorece a formação de íons cloreto.
II. Adicionando-se um catalisador, o equilíbrio será des-
9. UPE – É comum ocorrer a eructação, mais conheci- locado para a direita.
da por arroto, após a ingestão de refrigerante. A água III. Aumentando-se a pressão sobre o sistema em equi-
gaseificada é um componente importante dos refrige- líbrio, este será deslocado no sentido que produzirá
rantes. Ela é produzida pela mistura de água e gás car- mais CaCO3(s).

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 12 29/05/2019 15:52


81 – Material do Professor 13

IV. Aumentando-se a concentração de CO 2(g), haverá 15. UECE – Considere a reação seguinte no equilíbrio:

QUÍMICA 1B
aumento na concentração do CaCO3(s).
HCO3–(aq) 1 H+(aq)  CO2(g) 1 H2O(,)
Assinale a alternativa correta.
Para aumentar a produção de água, com a temperatura
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. constante, deve-se
b) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
a) acrescentar CO2.
c) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
b) retirar parte do HCO3–(aq) .
d) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) acrescentar um catalisador.
e) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) acrescentar um pouco de HC.
12. Acafe-SC – Dado o equilíbrio químico a seguir e com
base nos conceitos químicos, é correto afirmar, exceto: 16. Sistema Dom Bosco – A reação exotérmica entre o
monóxido de carbono e o hidrogênio pode ser usada
2 NO2(g) 1 7 H2(g)  2 NH3(g) 1 4 H2O(g) ∆H . 0 para sintetizar industrialmente o metanol. O processo
a) A presença de um catalisador altera a constante de ocorre a 250 °C e a uma pressão entre 50 e 100 atm.
equilíbrio. CO(g) 1 2 H2(g)  CH3OH(g)
b) Adicionando H2, o equilíbrio é deslocado para a direita.
Explique por que, se ocorrer um aumento de pressão
c) Diminuindo a pressão do sistema, o equilíbrio é des-
por diminuição de volume, ocorrerá um aumento do
locado para a esquerda.
rendimento da reação de síntese do metanol.
d) Diminuindo a temperatura do sistema, o equilíbrio é
deslocado para a esquerda.

O
13. FGV-RJ – Os automóveis são os principais poluidores

BO O
SC
dos centros urbanos. Para diminuir a poluição, a legis-

M IV
lação obriga o uso de catalisadores automotivos. Eles

O S
viabilizam reações que transformam os gases de esca-

D LU
pamento dos motores, óxidos de nitrogênio e monóxido
de carbono, em substâncias bem menos poluentes.
O C
Os catalisadores _______ a energia de ativação da rea-
N X

ção no sentido da formação dos produtos, _______ a


SI O E

energia de ativação da reação no sentido dos reagentes


e _______ no equilíbrio reacional.
EN S

No texto, as lacunas são preenchidas, correta e res-


E U

pectivamente, por
D E

a) diminuem — aumentam — interferem


A LD

b) diminuem — diminuem — não interferem


c) diminuem — aumentam — não interferem
EM IA

d) aumentam — diminuem — interferem


ST ER

e) aumentam — aumentam — interferem


SI AT

14. Cesmac-AL – Os catalisadores automotivos têm como


função garantir que alguns gases provenientes da com-
M

bustão do combustível, como o monóxido de carbono


(CO), óxido nítrico (NO) e óxido nitroso (N2O), não sejam
liberados na atmosfera. A reação de decomposição do
N2O está descrita a seguir:
1
N2O(g)  N2(g) 1 O2(g) ∆H0 5 –68 kJ
2
Com relação à reação citada anteriormente, três afir-
mações foram feitas:
1) O aumento da temperatura desloca o equilíbrio no
sentido dos reagentes. 17. UFPR (adaptado) – Recentemente, a produção foto-
2) A reação anterior é endotérmica. catalítica de hidrogênio vem atraindo atenção devido
ao processo que gera um combustível limpo, o qual é
3) Diminuindo a concentração de N2O, o equilíbrio é
deslocado no sentido dos reagentes. utilizado em células a combustível. O processo baseia-
-se na separação da água nos seus componentes, con-
Assinale a alternativa correta. forme equilíbrio inserido no esquema, utilizando luz
a) Apenas a afirmação 2 está correta. solar e um fotocatalisador (por exemplo NaTaO3 : La). O
b) Apenas as afirmações 1 e 2 estão corretas. processo é extremamente endotérmico, necessitando
1,23 eV para ocorrer. Num experimento, o processo foi
c) Apenas as afirmações1 e 3 estão corretas.
realizado num sistema fechado, como esquematizado
d) Todas as afirmações estão corretas. a seguir. Considerando essas informações, identifique
e) Apenas a afirmação 1 está correta. as afirmativas a seguir como verdadeiras V ou falsas F.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 13 29/05/2019 15:52


14
QUÍMICA 1B 82 – Material do Professor

2 H20(,)  2 H2(g) 1 O2(g)

H2

Catalisador

( ) A quantidade de fotocatalisador limita a conversão.


( ) O aumento da temperatura favorece a conversão.

O
BO O
( ) A diminuição do volume do sistema favorece a conversão.

SC
M IV
( ) É condição necessária para a produção de hidrogênio que o fotocatalisador absorva
energia solar superior a 1,23 eV.

O S
D LU ESTUDO PARA O ENEM
O C
N X

18. U E R J C5-H17
SI O E

O craqueamento é uma reação química empregada industrialmente para a obtenção


de moléculas mais leves por meio de moléculas mais pesadas. Considere a equação
EN S

termoquímica a seguir, que representa o processo utilizado em uma unidade industrial


E U

para o craqueamento de hexano.


D E

H3C – CH2 – CH2 – CH2 – CH3(g)  H3C – CH2 – CH2 – CH3(g) 1 H2C 5 CH2(g) ∆H . 0
A LD

Em um experimento para avaliar a eficiência desse processo, a reação química foi


EM IA

iniciada sob temperatura T1 e pressão P1. Após seis horas, a temperatura foi elevada
ST ER

para T2, mantendo-se a pressão em P1. Finalmente, após 12 horas, a pressão foi elevada
para P2, e a temperatura foi mantida em T2.
SI AT

A variação da concentração de hexano no meio reacional ao longo do experimento


está representada em
M

a)
Concentração de hexano
(mol ∙ L–1)

6 12 Tempo (h)

b)
Concentração de hexano
(mol ∙ L–1)

6 12 Tempo (h)

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 14 29/05/2019 15:52


83 – Material do Professor 15

c)

QUÍMICA 1B
Concentração de hexano
(mol ∙ L–1)

6 12 Tempo (h)

d)
Concentração de hexano
(mol ∙ L–1)

6 12 Tempo (h)

19. Unifor-CE C7-H24

O
BO O
O processo conhecido como Haber-Bosch de produção de amônia envolve a seguinte

SC
M IV
reação reversível, a uma dada T e P sem uso de catalisador:

O S
N2(g) 1 3 H2(g)  2 NH3(g) ∆Hf 5 –286 kJ

D LU
Deseja-se alterar o equilíbrio de maneira a beneficiar a produção de amônia. Pode-se
realizar essa modificação no processo pelo(a)
O C
N X

a) aumento da temperatura e redução da pressão.


SI O E

b) aumento da temperatura e aumento da pressão.


c) redução da temperatura e redução da pressão.
EN S

d) redução da temperatura e aumento da pressão.


E U

e) redução da temperatura e adição de catalisador.


D E

20. UEMG C7-H24


A LD

Zuenir Ventura, em sua crônica “Bonito por natureza”, coloca o seguinte texto sobre
a Gruta do Lago Azul.
EM IA

O passeio vale todos os sacrifícios, se é que se pode falar assim. Porque o espetáculo de
ST ER

descida é quase alucinógeno: é um milagre que aquelas estalactites da finura de agulha que
descem do teto da gruta possam se sustentar como se fossem gotas interrompidas.
SI AT

VENTURA, 2012. p.127.


M

A equação química que mostra a formação das estalactites está representada a seguir:
Ca(2aq ) 1 2 HCO3(aq)  CaCO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(,)
+ –

É correto afirmar que a formação das estalactites é favorecida na seguinte condição:


a) Evaporação constante da água.
b) Diminuição da concentração de íons Ca2+.
c) Retirada de íons de bicarbonato.
d) Abaixamento da temperatura no interior da caverna.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 15 29/05/2019 15:52


16 84 – Material do Professor

52 EQUILÍBRIO IÔNICO – LEI DA


QUÍMICA 1B

DILUIÇÃO DE OSTWALD

TOTAJLA/SHUTTERSTOCK
• Equilíbrio químico em
solução aquosa
• Equilíbrio iônico de ácidos
– Constante de acidez – Ka
• Equilíbrio iônico de bases
– Constante de basicida-
de – Kb

O
BO O
SC
• Diluição de ácidos fracos

M IV
O S
HABILIDADES
• Trabalhar com ácidos e ba-
ses em soluções aquosas.
D LU
O C
N X

• Dominar o conceito de
SI O E

constante de ionização e
perceber sua relação com a
força do ácido.
EN S
E U

• Calcular a constante de
ionização de um ácido por
D E

meio de sua concentra-


A LD

A acidez dos latossolos torna-os pobres em nutrientes, o que dificulta a agricultura.


ção e grau de ionização,
utilizando-se, preferencial- Os solos do cerrado caracterizam-se pela predominância de latossolos, um tipo
EM IA

mente, da expressão da lei de solo avermelhado com alto teor de acidez por causa da hidrólise de íons de ferro.
ST ER

da diluição de Ostwald. O deslocamento do equilíbrio, nesse tipo de solo, pode acontecer pela adição de
• Compreender o funcio- cal (processo de calagem), que diminuirá a concentração de íons H+ do solo. Neste
SI AT

namento dos indicadores módulo, estudaremos os fatores que afetam esse tipo de equilíbrio (que contém íons).
químicos pelos efeitos do
M

íon comum e do íon não EQUILÍBRIO QUÍMICO EM SOLUÇÕES AQUOSAS


comum. Equilíbrio iônico é definido como o estudo dos equilíbrios químicos que envolvem
• Dominar o conceito de soluções aquosas eletrolíticas, ou seja, presença de íons em solução.
fazer cálculos envolvendo a Considere o eletrólito AB em solução aquosa:
constante de ionização de
uma base. AB(aq)  A +(aq) 1 B(–aq)
Sua ionização, se AB for molecular, ou sua dissociação, se AB for iônico, também
são fenômenos reversíveis que atingirão, após determinado tempo, o equilíbrio
químico. Esse equilíbrio será agora chamado de equilíbrio iônico, uma vez que os
produtos não são propriamente substâncias, mas sim íons.
É importante ressaltar que, no caso de soluções saturadas sem corpo de fundo
de bases fortes ou de sais solúveis, não podemos falar em equilíbrio iônico, uma
vez que a reação inversa não se processa.

Exemplos
HCN(aq)  H+(aq) + CN−(aq)

NH4OH(aq)  NH+4(aq) + OH(−aq)

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 16 29/05/2019 15:52


85 – Material do Professor 17

Considere a ionização do ácido acético:


Ácidos T (oC) Ka Força

QUÍMICA 1B
H3CCOOH  H3CCOO –
1H + HC, 25 107 Forte
(aq) (aq)
HBr 25 109 Forte
A exemplo de equilíbrios anteriores, é possível es- HF 25 6,7 ? 10 –4
Moderado
crever sua constante de equilíbrio da seguinte forma: HCN 18 4,8 ? 10 –10
Fraco
H CCOO– ⋅ H+ HIO 25 2,0 ? 10–10 Fraco
Kc 5 3
H3CCOOH
O valor numérico de Ka é uma medida quantitativa
Essa constante de equilíbrio, Kc, recebe agora o
da força do ácido.
nome particular de constante de ionização, ou cons-
Tal como os ácidos, as bases também podem ser
tante de dissociação iônica, e é representada por Ki,
fortes ou fracas, conforme se dissociam ou ionizam
Ka (no caso de ácidos).
total ou parcialmente em água. Para a ionização da
base genérica B, representada pela equação química
Exemplo
NH 4OH (aq)  NH+4(aq) + OH(−aq) (base – Kb ou Ki),
HCN (aq)  H +
(aq) + CN

(aq) (ácido – Ka ou Ki)
a expressão da constante de basicidade, Kb, será:

Ka =
[H+ ] ⋅ [CN− ] [NH+4 ] ⋅ [OH− ]
Kb =
[HCN] [NH4OH]

O
BO O
SC
M IV
Observações • Um ácido ou uma base são considerados fracos
• Ki varia com a temperatura. quando se verifica que Ka ,, 1 ou Kb ,, 1,

O S
D LU
• Quando a ionização de um eletrólito apresentar
várias etapas, teremos, para cada etapa, uma
respectivamente.
• Os termos forte e fraco não estão associados à
O C
constante de ionização: reatividade química do ácido ou da base, mas ape-
N X

nas à extensão da sua ionização ou dissociação.


SI O E

H3PO4(aq)  H+(aq) + H2PO−4(aq) Ka1 5 7,4 ? 10–3 Por exemplo, um ácido fraco também pode ter
efeito corrosivo se a sua concentração for elevada,
EN S

H2PO−4(aq)  H+(aq) + HPO24−(aq) Ka2 5 6,2 ? 10–8 pois, nessas circunstâncias, o pH da solução pode
E U

ser suficientemente baixo.


D E

HPO24−(aq)  H+(aq) + PO34−(aq) Ka3 5 1,7 ? 10–12 • As soluções de ácidos fracos têm valores de pH
A LD

mais elevados do que os das soluções de ácidos


Observe que a primeira constante de ionização do fortes de igual concentração.
EM IA

ácido fosfórico é muito maior que a segunda, que, por


ST ER

sua vez, é maior que a terceira, indicando que a primei- LEI DA DILUIÇÃO DE OSTWALD
ra ionização de um eletrólito ocorre mais intensamente O grau de ionização de um eletrólito, α, é definido
SI AT

do que as subsequentes. como a relação entre o número de mols que estão


ionizados na solução e o número total de mols dissol-
M

Ka1 .. Ka2 . Ka3 vidos. Portanto, para cada mol inicialmente dissolvido,
α representa a parte que se ionizou. De maneira geral,
• A constante de ionização (Ki) é diretamente pro- temos:
porcional ao grau de ionização (α) de um com- número de mol ionizado
posto. Dessa forma, valores altos de Ki indicam α=
número de mol dissolvido
eletrólitos fortes, que são, portanto, muito disso-
ciados ou ionizados, e valores baixos indicam que Considere o equilíbrio AB  A+ 1 B–. Por meio da
o eletrólito é fraco. concentração em quantidade de matéria (mol/L) e do
• Para ácidos, convenciona-se avaliar equilíbrios iôni- grau de ionização (α), podemos relacionar Ki e α e anali-
cos apenas para aqueles classificados como fracos sar o comportamento do sistema até o equilíbrio iônico.
(α , 5%). Eventualmente, avaliam-se equilíbrios iô-
nicos para os ácidos moderados (5% , α , 50%). AB  A+ 1 B–
Os fortes são excluídos da análise, pois, apesar de
serem encontrados em equilíbrio, são tão deslo- Início M 0 0
cados para a direita que fatores externos pouco Reage M?α – –
influenciam em suas características.
Forma – M?α M?α
Na tabela seguinte, temos os valores de Ka para Equilíbrio M–M?α M?α M?α
alguns ácidos.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 17 29/05/2019 15:52


18 86 – Material do Professor

Sendo assim: Adição NaCN


QUÍMICA 1B

Ki =
[ A ] ⋅ [B ] ∴ Ki = (M ⋅ α) ⋅ (M ⋅ α)
+ –

[ AB] (M – M ⋅ α)

M2 ⋅ α2
Ki =
M ⋅ (1 – α) HCN  H1 1 ↑ CN–

NaCN → Na1 1 CN–


M ⋅ α2
Ki =
1– α

Essa fórmula representa a lei da diluição de Ostwald Portanto, o grau de ionização de um eletrólito di-
e permite concluir que, quanto mais diluída uma solu- minui pela adição, na solução, de outro eletrólito que
ção iônica, ou seja, quanto menor a concentração de tenha um íon igual a um dos íons do primeiro eletrólito.
um eletrólito, maior será seu grau de ionização. Essa
conclusão também significa que o grau de ionização Efeito do íon não comum
É importante lembrar-se de que há íons que, apesar
aumenta à medida que se dilui a solução, fato que
de não serem comuns aos do equilíbrio iônico, também
promove um deslocamento do equilíbrio iônico para
podem deslocá-lo. Tomemos, por exemplo, a dissocia-
a direita.
ção de NH4OH:
Para eletrólitos fracos, nos quais os valores de α são

O
BO O
muito pequenos (com α → zero), podemos considerar NH4OH(aq)  NH+4(aq) + OH(−aq)

SC
M IV
(1 – α) como sendo praticamente 1, o que simplifica a
equação de Ostwald para:

O S
Se a essa solução se adiciona um ácido qualquer,

Ki 5 M ? α² D LU está sendo realizada a adição do íon H+ que irá reagir


com os íons OH– da base, produzindo água.
O C
Como haverá consumo de íons OH–, sua concentra-
N X

Efeito do íon comum ção irá diminuir e, assim, o equilíbrio será deslocado
SI O E

Conforme discutido brevemente no módulo sobre para a direita, aumentando a dissociação da base (no
deslocamento de equilíbrio pelo efeito da concentra- sentido de produzir o OH– consumido).
EN S

ção, o efeito do íon comum é o nome que se dá à


E U

aplicação do princípio de Le Chatelier (deslocamento do Adição


D E

HA
equilíbrio) para equilíbrios iônicos. Esse efeito acontece
A LD

quando, em um sistema iônico em equilíbrio, é introdu-


zida uma substância 100% ionizável que apresente, na
EM IA

mesma solução, um íon (cátion ou ânion) igual ao íon


ST ER

(cátion ou ânion) presente no equilíbrio e na solução. A


presença desse “íon comum” eleva sua concentração NH4OH  NH41 + ↓ OH–
SI AT

no sistema em equilíbrio, deslocando o equilíbrio no HA → H1 1 A–


M

sentido oposto ao da adição do íon.


Formam água
Exemplo
Considere o equilíbrio que se estabelece quando
HCN é colocado em água:
Ação dos indicadores ácido-base
Indicadores ácido-base são substâncias orgânicas,
HCN  H1 1 CN–
geralmente ácidas ou bases fracas, que mudam de cor,
Considere também que se adicione à solução em conforme a acidez ou basicidade do meio. Isso quer
equilíbrio outra solução de cianeto de sódio (NaCN). dizer que, quando estão na forma íntegra (por exem-
Como NaCN é um sal iônico muito solúvel, sua disso- plo, os ácidos na forma molecular), apresentam uma
ciação é total. cor característica e, quando se ionizam, seus íons (o
ânion, no caso dos ácidos) demonstram outra cor. Essa
NaCN → Na1 1 CN– mudança de cor é decorrência direta do deslocamento
do equilíbrio químico.
O íon CN–, oriundo do cianeto de sódio, é comum Utilizando, por exemplo, o indicador ácido-base ge-
ao equilíbrio do ácido; sua concentração, portanto, au- nérico HIn, temos:
mentará e provocará o deslocamento do equilíbrio para
  H(aq) + In(aq)
HIn + –
a esquerda, no sentido de formar HCN, diminuindo, 
Amarela
consequentemente, a ionização do ácido. Vermelha

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 18 29/05/2019 15:52


87 – Material do Professor 19

Se adicionarmos, ao equilíbrio anterior, um ácido EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


qualquer, haverá um aumento na concentração de íons

QUÍMICA 1B
1. Prepara-se uma solução de HNO2 e, após atingido
H+, o que provocará um deslocamento para a esquerda o equilíbrio iônico, verifica-se que as concentrações
(efeito do íon comum), tornando a solução amarela. das espécies envolvidas são: [H+] 5 6,5 ? 10–3 mol/L;
No entanto, se adicionarmos uma base, haverá uma [ NO2– ] 5 6,5 ? 10–3 mol/L e [HNO2] 5 0,1 mol/L. Monte
diminuição dos íons H+ (que são consumidos pelo OH– a equação e calcule o valor de Ka.
da base, formando água) e, portanto, o equilíbrio se Resolução
deslocará para a direita, tornando a solução vermelha.
HNO2(aq)  H+(aq) 1 NO2–(aq)

[H+ ] ⋅ [NO2– ]
Ka =
[HNO2 ]
Adição de
um ácido
Ka =
[6,5 ⋅ 10−3 ] ⋅ [6,5 ⋅ 10−3 ]
HA qualquer
(solução fica
[0,1]
amarela).
Ka 5 4,225 ? 10–4
HIn  ↑ H1 + In–
Amarela Vermelha 2. Um ácido monoprótico possui uma constante de io-
HA → H1 1 A– nização (Ki) igual a 10–7 em uma dada temperatura.
Determine o grau de ionização (α) desse ácido em
uma solução de 0,1 mol/L.
Resolução

O
BO O
Como esse ácido é muito fraco (baixo valor de Ki),

SC
M IV
Adição de temos que:
uma base

O S
BOH qualquer Ki 5 M ? α2
D LU
(solução fica
vermelha).
10−7 = 0,1 ⋅ α2
O C
HIn  ↓ H1 + In– 10−7
α2 =
N X

Amarela Vermelha 0,1


SI O E

BOH → B1 1 OH–
10−7
α2 =
0,1
EN S

α 5 10–3 (0,1%)
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 19 29/05/2019 15:52


20 88 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1B

Equilíbrio iônico

Ácido Base

Equilíbrio iônico Fraco NH4OH(aq)  NH+4(aq) + OH(−aq)

O
BO O
SC
M IV
O S
Ka =
[H+ ] ⋅ [CN− ] D LU
Lei de diluição de
Ostwald Kb =
[NH+4 ] ⋅ [OH− ]
[NH4OH]
O C
[HCN]
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Ki = M ⋅ α2
EM IA
ST ER
SI AT
M

quantidade de mols ionizados


α=
quantidade inicial de mols dissolvidos

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 20 29/05/2019 15:53


89 – Material do Professor 21

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1B
1. UnB-DF – Em 2013, comemoram-se 110 anos do rece- Considerando os dados apresentados, é correto afir-
bimento do prêmio Nobel por Svante Arrhenius, cien- mar que
tista que investigou as propriedades condutoras das a) grupos ligados ao anel aromático não influenciam o
dissoluções eletrolíticas. Em sua teoria ácido-base, o caráter ácido.
cientista baseou-se no fato de substâncias ácidas, tais
b) a base conjugada mais fraca, entre os fenóis, será a
como H2SO4, CH3COOH, HC e HCO4, ionizarem-se
gerada pela ionização da substância III.
em solução aquosa e fornecerem íons hidrogênio (H+).
De modo semelhante, as bases, como o NaOH e o c) a substância com maior caráter ácido, de todas as
KOH, também se dissociam em solução aquosa e pro- representadas, é a VI.
duzem ânions hidroxila (OH–). d) a substância I tem menor caráter ácido do que a
substância II.
Considerando essas informações, julgue o item a seguir.
e) o grupo nitro ligado ao anel aromático diminui o ca-
Quanto maior o valor da constante de ionização ácida ráter ácido dos fenóis.
de uma espécie, maior sua taxa de ionização em meio
a) Incorreto. Grupos ligados ao anel aromático influenciam o caráter
aquoso e, portanto, mais forte o caráter ácido dessa ácido.
espécie.
b) Incorreto. A base conjugada mais fraca, entre os fenóis, será a gerada
a) Correto. pela ionização da substância V, pois, quanto mais forte for o ácido (maior
valor de Ka; 1,0 ? 10–4), mais fraca será a base conjugada.
b) Incorreto.
CH CH CH CH
Correto. O valor da constante de ionização ácida é diretamente propor-
O2N C C OH + H2O  O2N C C O− + H3O+
Base Ácido
CH C CH C

O
cional à concentração iônica, o que indica que quanto maior o valor da

BO O
NO2 NO2

SC
Ácido Base

M IV
constante de ionização para um ácido, maior sua ionização e maior a
c) Incorreto. A substância com maior caráter ácido, de todas as repre-

O S
sentadas, é a II, pois apresenta o maior valor de constante de ionização
força desse ácido. ácida (Ka 5 3,8 ? 10–4).
D LU d) Correto. A substância I tem menor caráter ácido do que a substân-
cia II, pois o valor de sua constante de ionização ácida (Ka) é menor,
O C
comparativamente.
N X

6,3 ⋅ 10 –5 , 3,8 ⋅ 10 –4
SI O E

 
K a de I K a de II

e) Incorreto. O grupo nitro ligado ao anel aromático aumenta o caráter


ácido dos fenóis.
EN S

 
E U

1,0 ⋅ 10 –4 > 7,2 ⋅ 10 –8 > 1,3 ⋅ 10 –10 


      
 
D E

V IV III

2. UPF-RS – A seguir, estão representadas algumas


A LD

substâncias químicas e seus respectivos valores para 3. UFRGS-RS C7-H24


a constante de ionização ácida (Ka), a 25 °C.
EM IA

A tabela a seguir relaciona as constantes de acidez de


alguns ácidos fracos.
ST ER

Estrutura da substância Ka
Ácido Constante
SI AT

I
M

COOH
6,3 ? 10–5 HCN 4,9 ? 10–10

HCOOH 1,8 ? 10–4


II O2N COOH
3,8 ? 10–4 CH3 COOH 1,8 ? 10–5

III OH A respeito das soluções aquosas dos sais sódicos dos


1,3 ? 10–10 ácidos fracos, sob condições de concentrações idên-
ticas, pode-se afirmar que a ordem crescente de pH é
a) cianeto , formiato , acetato.
IV O2N OH
7,2 ? 10–8 b) cianeto , acetato , formiato.
c) formiato , acetato , cianeto.
O2N OH
d) formiato , cianeto , acetato.
V 1,0 ? 10–4 e) acetato , formiato , cianeto.
NO2 [HCOOH] [CH3COOH]
[HCN]
Supondo: 5 5 5R
[CN– ] [HCOO– ] [CH3COO– ]
VI H3C OH
6,5 ? 10–11
HCN  H+ 1 CN– Ka 5 4,9 ? 10–10

[H +
] ⋅ [CN ] –
[HCN]
Ka 5 ⇒ [H+] 5 4,9 ? 10–10 ?
[HCN] [CN– ]

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 21 29/05/2019 15:53


22 90 – Material do Professor

c) Apenas a III.
QUÍMICA 1B

[H+] 5 4,9 ? 10–10 ? R


HCOOH  H 1 HCOO + –
Ka 5 1,8 ? 10 –4 d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
[H+
] ⋅ [HCOO ]

[HCOOH]
Ka 5 ⇒ [H+] 5 1,8 ? 10–4 ? I. Correta. O grau de ionização de um ácido fraco, como o ácido
[HCOOH] [HCOO– ]
acético, aumenta com o aumento da diluição.
[H ] 5 1,8 ? 10 ? R
+ –4
[H+] 5 α ? M
CH3COOH  H+ 1 CH3COO– Ka 5 1,8 ? 10–5 [H+] 5 ↑α ? M
↓
Diluição
[H+ ] ⋅ [CH3COO– ] [CH3COOH]
Ka 5 ⇒ [H+] 5 1,8 ? 10–5 ? II. Incorreta. A maior concentração de um ácido forte acarreta
[CH3COOH] [CH3COO– ] menor grau de ionização e menor constante de ionização.
[H+] 5 1,8 ? 10–5 ? R [H+] 5 α ? M
1,8 ? 10–4 ? R > 1,8 ? 10–5 ?R > 4,9 ? 10–10 ? R [H+] 5 ↓ α ? ↑
M
Aumento de concentração
Quanto maior a concentração de cátions H+, menor o valor do pH em
uma solução aquosa dos respectivos sais sódicos. α2 ⋅ M
Kionização 5
Conclusão: formiato (HCOO ) , acetato (CH3COO ) , cianeto (CN ).
– – – (1 – α)
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em Supondo α 5 10–2:
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
(10 –2 )2 ⋅ M 10 –4 ? M
tífico-tecnológicas. Kionização 5 5
(1 – 0,01) 0,99
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracte-
rizar materiais, substâncias ou transformações químicas. Supondo α 5 10–3:
4. UPF-RS – Para os ácidos listados a seguir, foram pre- (10 –3 )2 ⋅ M 10 –6
Kionização’ 5 5 ?M
paradas soluções aquosas de mesmo volume e con- (1 – 0,001) 0,999
centração.

O
Kionização’ , Kionização

BO O
I. Ácido cloroso (HCO2); Ka 5 1,1 ? 10–2

SC
III. Correta. A segunda constante de ionização de um ácido poli-

M IV
II. Ácido fluorídrico (HF); Ka 5 6,7 ? 10–4 prótico é sempre menor que a primeira constante.

O S
III. Ácido hipocloroso (HCO); Ka 5 3,2 ? 10–8
IV. Ácido cianídrico (HCN); Ka 5 4,0 ? 10–10 D LU 6. Acafe-SC – Para responder à questão, considere as fór-
mulas estruturais e suas respectivas constantes de ba-
O C
Considerando as constantes de ionização (Ka), a con- sicidade de quatro aminas cíclicas fornecidas a seguir.
centração do íon H3O+ é
N X
SI O E

a) menor na solução do ácido I.


b) maior na solução do ácido I. N N
H
EN S

c) igual nas soluções dos ácidos III e IV. Piridina Pirrolidina


E U

d) igual nas soluções dos ácidos I, II, III e IV.


D E

e) maior na solução do ácido IV. N N


A LD

H H
Quanto maior a constante de ionização mais forte o ácido. Piperidina Pirrol
EM IA

5. UFRGS-RS – Considere as seguintes afirmações sobre Dados: piridina: Kb 5 1,8 ? 10–9, pirrolidina: Kb 5 1,9 ? 10–3,
o comportamento de ácidos em solução aquosa. piperidina: Kb 5 1,3 ? 10–3 e pirrol: Kb , 10–10
ST ER

I. O grau de ionização de um ácido fraco, como o ácido Assinale a alternativa que contém a ordem crescente de
acético, aumenta com o aumento da diluição.
SI AT

basicidade das aminas cíclicas citadas anteriormente.


II. A maior concentração de um ácido forte acarreta
a) pirrolidina , piperidina , piridina , pirrol
M

maior grau de ionização e maior constante de io-


nização. b) pirrol . piridina . piperidina . pirrolidina
III. A segunda constante de ionização de um ácido po- c) pirrolidina . piperidina . piridina . pirrol
liprótico é sempre menor que a primeira constante. d) pirrol , piridina , piperidina , pirrolidina
Quais afirmativas estão corretas? Com base nos valores das constantes básicas, vem:
a) Apenas a I. pirrol (Kb , 10 –10 ) , piridina (Kb 5 1,8 ? 10 –9 ) , piperidina
(Kb 5 1,3 ? 10–3) , pirrolidina (Kb 5 1,9 ? 10–3)
b) Apenas a II.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UFRGS-RS – O ácido fluorídrico, solução aquosa do III. Forma fluoreto de sódio insolúvel, quando reage com
fl uoreto de hidrogênio (HF) com uma constante de hidróxido de sódio.
acidez de 6,6 ? 10–4, tem, entre suas propriedades, a
capacidade de atacar o vidro, razão pela qual deve ser Quais afirmativas estão corretas?
armazenado em recipientes plásticos. a) Apenas a I.
Considere as afirmações a seguir, a respeito do ácido b) Apenas a II.
fluorídrico.
c) Apenas a III.
I. É um ácido forte, pois ataca até vidro.
d) Apenas I e II.
II. Apresenta, quando em solução aquosa, no equilíbrio,
concentração de íons fluoreto muito inferior à de HF. e) I, II e III.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 22 29/05/2019 15:53


91 – Material do Professor 23

8. UERN – Considere a concentração de uma solução de 10. UNIFESP – Indicadores ácido-base são ácidos orgâni-

QUÍMICA 1B
ácido acético (CH3COOH) igual a 0,6 mol/L e seu grau cos fracos ou bases orgânicas fracas, cujas dissocia-
de ionização igual a 3% em temperatura ambiente. É ções em água geram íons que conferem à solução cores
correto afirmar: diferentes da conferida pela molécula não dissociada.
a) A [H1] é igual a 0,18. Considere os equilíbrios de dissociação de dois indica-
b) A [H1] é proveniente de duas etapas. dores representados genericamente por HInd e IndOH.
c) O valor da [CH3COO–] é três vezes maior que a [H1]. Indicador 1
d) A constante de ionização é de, aproximadamente,
5,5 ? 10–4. HInd(aq)  H+(aq) 1 Ind(–aq)

   
Amarelo Azul

9. UFJF-MG – O ácido acetil salicílico (AAS) e o salicilato


de metila são fármacos muito consumidos no mundo. Indicador 2
O primeiro possui ação analgésica, antitérmica, anti- IndOH(aq)  Ind+(aq) 1 OH(–aq)
coagulante, entre outras, enquanto o segundo possui   
Vermelho Incolor
ação analgésica. Esses dois princípios ativos podem
ser preparados facilmente em laboratório através de a) Qual desses indicadores é o ácido fraco e qual é a
uma reação conhecida como esterificação de Fisher. base fraca? Justifique sua resposta.
O OH O OCH3
b) Que cor deve apresentar uma solução aquosa de
ácido clorídrico diluído quando a ela for adicionado
o indicador 1? Por que essa solução de ácido clorí-
O O OH drico se mantém incolor quando a ela é adicionado
o indicador 2 em vez do indicador 1?
CH3

O
BO O
SC
M IV
Ácido acetilsalicílico Salicilato de metila

O S
a) Escreva a reação química de esterificação em meio
D LU
ácido do ácido 2-hidroxibenzoico com metanol. Qual
dos dois fármacos citados anteriormente foi produ-
O C
zido nessa síntese?
N X

b) Escreva a reação de hidrólise em meio ácido do AAS.


SI O E

c) Indique uma forma na qual o equilíbrio pode ser des-


locado para aumentar o rendimento da síntese do
EN S

produto formado no item a.


E U

d) Escreva a reação de dissociação do AAS em água.


D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

11. Fac. Albert Einstein-SP (adaptado) – Uma solução pre-


parada por meio da dissolução de ácido acético em água
destilada até completar o volume de um litro apresenta
[H+] 5 10–3 mol/L. A quantidade de matéria de ácido acé-
tico inicialmente dissolvida é aproximadamente igual a
Dados: Ka do CH3COOH 5 2,0 ? 10–5 mol ? L–1
a) 1 ? 10–6 mol.
b) 1 ? 10–3 mol.
c) 5 ? 10–2 mol.
d) 1 ? 10–2 mol.

12. FMJ-SP – Considere o esquema de um sistema utili-


zado para demonstrar a condutividade elétrica de solu-
ções e a tabela que apresenta três soluções aquosas,
de mesma concentração, testadas nesse sistema.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 23 29/05/2019 15:53


24 92 – Material do Professor

Lâmpada
QUÍMICA 1B

Bateria

Eletrodos

Solução aquosa

13. UFPR
Molécula-chave da vida é “vista” por radiotelescópio
Constante ácida
Soluções Por meio de observações feitas pelo Alma, o maior ra-
a 25 ºC (Ka) diotelescópio do mundo, dois grupos internacionais de
cientistas detectaram mais uma vez, no espaço, molécu-
1 HCO2 1,1 ? 10–2
las pré-bióticas – um dos ingredientes necessários para a

O
existência de vida. Dessa vez, os astrônomos observaram
2

BO O
CH3COOH 1,8 ? 10–5

SC
a presença do composto isocianato de metila em imensas

M IV
nuvens de poeira. O isocianato de metila tem estrutura
3 C6H5OH 1,3 ? 10–10

O S
semelhante à unidade fundamental das proteínas. O iso-

D LU
O circuito elétrico desse sistema se fecha quando os
cianato de metila pode ser considerado derivado do ácido
isociânico, de fórmula HNCO.
O C
eletrodos são imersos numa solução contendo íons Disponível em: ,http://ciencia.estadao.com.br>.
N X

livres, um material condutor. A lâmpada brilha com in- Acesso em: fev. 2018. Adaptado.
SI O E

tensidade proporcional à passagem de corrente elétrica


e à concentração de íons livres na solução. O ácido isociânico (HNCO) é um isômero do ácido
ciânico (HOCN). Ambos são considerados ácidos fra-
EN S

a) Qual solução foi testada quando a lâmpada cos e possuem o mesmo valor de constante ácida
E U

apresentou menor intensidade luminosa? Justifique Ka 5 3,2 ? 10–4.


sua resposta.
D E

a) Escreva a equação balanceada da reação de neutra-


b) O equilíbrio químico envolvido na ionização do com-
A LD

lização do ácido isociânico por hidróxido de potássio


posto presente na solução de número 2 pode ser
(KOH), incluindo os estados físicos das espécies.
representado pela equação:
EM IA

b) Escreva a equação balanceada de equilíbrio da reação


CH3COOH(aq)  H+(aq) 1 CH3COO(–aq) de ionização do ácido isociânico em água, incluindo
ST ER

os estados físicos das espécies.


Considerando que uma amostra desse ácido foi diluída c) Considere uma solução aquosa 1 mol ? L–1 de ácido
SI AT

com água até se obter uma solução com concentração isociânico. Monte um esquema indicando as con-
de íons H+ igual a 10–4 mol ? L–1 a 25 °C, determine o centrações das espécies na situação imediata, após
M

valor da concentração, em mol ? L –1, do ânion e do dissolução do ácido e na situação de equilíbrio áci-
ácido nessa solução. Apresente os cálculos efetuados. do-base conjugada.
d) Calcule a concentração de íons H3O1 na condição
de equilíbrio estabelecido do item anterior. Mostre
os cálculos.
Dados: 3,2 5 1,8

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 24 29/05/2019 15:53


93 – Material do Professor 25

QUÍMICA 1B
O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E

14. UNESP – O ácido etanoico, popularmente chamado de


ácido acético, é um ácido fraco e um dos componentes
EN S

do vinagre, sendo o responsável por seu sabor azedo.


E U

Dada a constante de ionização, Ka, igual a 1,8 ? 10–5,


D E

assinale a alternativa que apresenta a concentração,


A LD

em mol ? L–1, de H+ em uma solução desse ácido de


concentração 2,0 ? 10–2 mol ? L–1.
EM IA

a) 0,00060 mol ? L–1


b) 0,000018 mol ? L–1
ST ER

c) 1,8 mol ? L–1


SI AT

d) 3,6 mol ? L–1


e) 0,000060 mol ? L–1
M

16. UPF-RS – No quadro, são mostradas diferentes solu-


15. UNIFESP – Certo produto utilizado como “tira-ferru- ções aquosas e seus respectivos valores de Ka, cons-
gem” contém solução aquosa de ácido oxálico, H2C2O4, tante de ionização ácida.
a 2% (m/V). O ácido oxálico é um ácido diprótico e, em
suas soluções aquosas, ocorrem duas reações de dis-
sociação simultâneas, representadas pelas seguintes I. Ácido nitroso (HNO2(aq)) Ka 5 5,0 ? 10–4
equações químicas.
II. Ácido hipocloroso (HCO(aq)) Ka 5 3,2 ? 10–8
Primeira dissociação: H2C2O4(aq)  HC2O4– (aq) 1 H+(aq)
Ka1 5 5,9 ? 10–2 III. Ácido hipobromoso (HBrO(aq)) Ka 5 6,0 ? 10–9
Segunda dissociação: HC2O –
4 ( aq)  C2O2–
4 ( aq) 1
H+
(aq)
IV. Ácido carbônico (H2CO3(aq)) Ka 5 4,4 ? 10–7
Ka2 5 6,4 ? 10 –5

Equilíbrio global: H2C2O4(aq)  C2O2–


4 ( aq) 1 2 H( aq) ; Ka 5 ?
+
V. Ácido bromídrico (HBr) Ka . 1

a) Expresse a concentração de ácido oxálico no produto Analisando os valores de Ka e considerando a concen-


em g/L e em mol/L. tração em quantidade de matéria igual a 1 mol ? L–1
b) Escreva a expressão da constante Ka do equilíbrio para as soluções listadas, assinale a alternativa correta.
global e calcule seu valor numérico a partir das cons-
a) A solução aquosa de ácido hipobromoso (HBrO(aq))
tantes Ka1 e Ka2.
apresenta caráter ácido menos acentuado do que a
Dados: H 5 1; C 5 12; O 5 16 solução aquosa de ácido bromídrico (HBr(aq)).

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 25 29/05/2019 15:53


26 94 – Material do Professor

b) A solução aquosa de ácido hipocloroso (HCO(aq)) b) Considerando R 5 0,082 atm ? L ? mol–1 ? K–1, cal-
QUÍMICA 1B

apresenta caráter ácido menos acentuado do que cule o volume de gás nitrogênio produzido quando
a solução aquosa de ácido hipobromoso (HBrO(aq)). 10 mols de CNO– são eliminados de um efluente, a
c) A solução aquosa de ácido carbônico (H2CO3(aq)) apre- 1 atm e a uma temperatura de 300 K.
senta caráter ácido mais acentuado do que a solução
aquosa de ácido nitroso (HNO2(aq)).
d) O ácido carbônico (H2CO3(aq)), entre as soluções lista-
das, apresenta maior grau de ionização e, portanto,
maior valor de pH.
e) Dentre as soluções listadas, a solução aquosa de
ácido bromídrico (HBr(aq)) é a que tem menor grau
de ionização e é a melhor condutora de eletricidade.

17. FASM-SP – Em indústrias de galvanização, os efluentes


são comumente contaminados com íons metálicos pro-
venientes das cubas eletrolíticas. Esses íons podem ser
eliminados dos efluentes por precipitação, formando
hidróxidos metálicos insolúveis.
A equação a seguir representa a precipitação de íons
Cu2+:

2 [Cu (CN)3 ](aq) 1 7 CO(–aq) 1 H2O(,)  2 Cu(OH)2(s) 1


2–

O
1 6 CNO(–aq) 1 7 C –(aq)

BO O
SC
M IV
Os íons fulminato (CNO–) produzidos na reação podem

O S
ser eliminados do efluente por adição de íons hipoclo-
rito, conforme a equação a seguir:
D LU
2 CNO(–aq) + 3 CO(–aq) + H2O() →
O C
N X

→ N2(g) 1 3 C –(aq) + 2 HCO3–(aq)


SI O E

a) De acordo com o princípio de Le Chatelier, a adição


de um ácido ao efluente favorecerá ou prejudicará a
EN S

precipitação dos íons Cu2+? Justifique sua resposta.


E U
D E
A LD

ESTUDO PARA O ENEM


EM IA

18. PUC-RS C7-H24


Valor da
Equilíbrio
ST ER

A equação a seguir representa o equilíbrio de ionização


constante
da amônia, contida em uma solução amoniacal para Substância em solução
de
SI AT

limpeza: aquosa
equilíbrio
NH3(g) 1 H2O(,)  NH+4(aq) 1 OH(–aq)
M

C6H5OH 1 H2O 
Esse meio reacional fica de cor rosa ao adicionarem-se Fenol 1,3 ? 10–10
gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Para voltar  C 6H 5O – 1 H 3O 1
a ficar incolor, é adequado adicionar
C 5H 5N 1 H 2O 
a) uma solução de ácido clorídrico. Piridina 1,7 ? 10–9
 C5H5NH1 1 OH–
b) água.
c) gás amônia. CH3NH2 1 H2O 
Metilamina 4,4 ? 10–4
d) uma solução de bicarbonato de amônio.  CH3NH+3 1 OH–
e) uma solução de cloreto de sódio.
Hidrogenofosfato HPO2–
4 1 H 2O 
2,8 ? 10–2
19. Enem C7-H24 de potássio  H2PO4– 1 OH–
Após seu desgaste completo, os pneus podem ser
queimados para a geração de energia. Entre os gases Hidrogenossulfato HSO4– 1 H2O 
3,1 ? 10–2
de potássio
4 1 H 3O
 SO2–
gerados na combustão completa da borracha vulcani- 1

zada, alguns são poluentes e provocam chuva ácida.


Para evitar que escapem para a atmosfera, esses ga-
Entre as substâncias listadas no quadro, aquela capaz de
ses podem ser borbulhados em uma solução aquosa
contendo uma substância adequada. remover com maior eficiência os gases poluentes é o(a)
a) fenol.
Considere as informações das substâncias listadas no
quadro. b) piridina.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 26 29/05/2019 15:53


95 – Material do Professor 27

c) metilamina. II. HCO3–(aq)  H+(aq) 1 CO2– K1 5 3,0 ? 10–11

QUÍMICA 1B
3( aq)
d) hidrogenofosfato de potássio.
e) hidrogenosulfato de potássio. III. CaCO3(s)  Ca(2aq ) 1 CO3(aq) K2 5 6,0 ? 10–9
+ 2–

20. Enem C7-H24


IV. CO2(g) 1 H2O(,)  H+(aq) 1 HCO3–(aq) K3 5 2,5 ? 10–7
Vários ácidos são utilizados em indústrias que descar-
tam seus efluentes nos corpos d’água, como rios e Com base nos valores das constantes de equilíbrio das
lagos, podendo afetar o equilíbrio ambiental. Para neu- reações II, III e IV, a 25 ºC, qual é o valor numérico da
constante de equilíbrio da reação I?
tralizar a acidez, o sal carbonato de cálcio pode ser adi-
cionado ao efluente, em quantidades apropriadas, pois a) 4,5 ? 10–26
produz bicarbonato, que neutraliza a água. As equações b) 5,0 ? 10–5
envolvidas no processo são apresentadas: c) 0,8 ? 10–9
d) 0,2 ? 105
I. CaCO3(s) 1 CO2(g) 1 H2O(,)  Ca(2aq
+
) 1 2 HCO3(aq)

e) 2,2 ? 1026

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 27 29/05/2019 15:53


28 96 – Material do Professor

53 EQUILÍBRIO IÔNICO
QUÍMICA 1B

DA ÁGUA – PH E POH

BYRDYAK/123RF.COM
• Equilíbrio iônico da água
• Classificação ácido-base
de soluções aquosas
• Potencial hidrogeniôni-
co – pH
• Potencial hidroxiliônico

O
– pOH

BO O
SC
• Escalas de pH e pOH

M IV
O S
HABILIDADES
• Trabalhar com equilíbrio D LU
O C
iônico da água.
N X

• Interpretar o valor do
SI O E

pH (ou do pOH) de uma


solução aquosa.
EN S

• Perceber que, em uma


E U

amostra de água pura,


D E

além das moléculas de


A LD

água, há presença, ainda


que em baixa concentra-
ção, de íons H+ e OH–.
EM IA

• Classificar as soluções
ST ER

como ácidas ou básicas,


em função dos valores de
SI AT

pH e pOH.
M

• Calcular o pH aproximado
de uma solução por meio Fonte de água limpa.
de testes com indicadores
ácido-base. A água está presente no nosso cotidiano, desde o momento que acordamos até
• Resolver problemas a hora de dormir. Utilizamos a água para higiene pessoal, no preparo dos alimen-
numéricos envolvendo tos, na medicina, farmacologia, nos processos de fotossíntese etc. A água é um
logaritmo e os conceitos bem tão precioso que, nos últimos anos, presenciamos uma série de problemas
de pH e/ou pOH. envolvendo períodos de estiagem em todo o Brasil. Neste módulo, você estudará
como o equilíbrio presente na água pode ser útil para o entendimento de diversos
processos que nos cercam.

EQUILÍBRIO IÔNICO DA ÁGUA


A água é um eletrólito extremamente fraco, que se ioniza segundo a equação:

H2O 1 H2O  H3O1 1 OH–

Esse processo é conhecido como autoionização da água ou autoprotólise.


Nele, as moléculas de água dividem-se em íon hidrogênio (H1) e íon hidróxido (OH–).

H2O  H1 1 OH–

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 28 29/05/2019 15:53


97 – Material do Professor 29

Temperatura (°C) Kw (mol ? L–1)2

QUÍMICA 1B
H
0 °C 0,12 ? 10–14
[2] O
10 °C 0,30 ? 10–14
[1] A ionização dissocia
H 25 °C 1,00 ? 10–14
as moléculas de água
para formar um íon hidroxila 30 °C 1,50 ? 10–14
[OH–] (alcalino) e um íon
hidrogênio [H+] (ácido). 100 °C 51 ? 10–14

Perceba que o produto iônico da água aumenta com


H [1] a elevação da temperatura, indicando que sua ionização
[2]
O
é um processo endotérmico (princípio de Le Chatelier).
H
Sendo assim, é possível definir soluções ácidas, bási-
cas ou neutras em função do seguinte critério:
Esquema de como ocorre a ionização da água.
• Soluções ácidas: [H1] . [OH–]
• Soluções neutras: [H1] 5 [OH–]
• Soluções básicas: [H1] , [OH–]
Como toda ionização, a água também atinge um
equilíbrio, chamado de equilíbrio iônico da água (Ki), Veja os seguintes exemplos para soluções a uma
que pode ser representado da seguinte maneira: temperatura de 25 °C (Kw 5 1 ? 10–14).
[H+ ] · [OH− ]

O
• Soluções neutras

BO O
Ki =
[H O]

SC
M IV
2
[H1] 5 [OH–] 5 1 ? 10–7 mol/L

O S
Contudo, sabe-se que, em uma solução, a con-
centração da água é constante. Em 1 L (1 000 mL)D LU Kw = [H+ ] · [OH− ]
O C
de água, por exemplo, temos uma massa de 1 000 g
N X

(d 5 1 g/mL) e uma concentração de 55,55 mol/L. 1 ? 10–14 5 x ? x


SI O E

1 mol H2O –––––– 18 g x2 5 1 ? 10–14


EN S

x –––––– 1 000 g
E U

x 2 = 1 ⋅ 10−14
D E

x 5 55,55 mols ∴ [H2O] 5 55,55 mol/L


x 5 1 ? 10–3 mol/L [ [H1] 5 1 ? 10–7 mol/L e
A LD

Como a ionização da água é muito baixa, sua con- [OH–] 5 1 ? 10–7 mol/L
EM IA

centração, após a ionização, fica praticamente inalte-


ST ER

rada, por isso ela é considerada constante. Portanto:


• Soluções ácidas
[H+ ] · [OH− ]
SI AT

Ki = [H1] . 1 ? 10–7 mol/L


[H2O

]
M

Constante
• Soluções básicas
Ki ⋅ [H2O] = [H

+
] ⋅ [OH ]–
[OH–] . 1 ? 10–7 mol/L
O produto dessas
duas constantes se
constitui em uma
nova constante
denominada produto EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
iônico da água,
representado por 1. Um estudante de laboratório aqueceu um béquer
Kw (w em inglês:
water).
contendo água destilada até uma temperatura maior
que 25 °C. Ele sabe que, para a temperatura observa-
Kw 5 [H1] ? [OH–] da, o valor de Kw é 1,6 ? 10–13. Qual é a concentração
de íons [H1] e de íons [OH–] nessa solução?
O produto iônico da água, Kw, tem um valor de Resolução
1 ? 10–14 a uma temperatura de 25 °C. Assim, como
Kw 5 [H1] ? [OH–]
discutido em todas as oportunidades anteriores que
envolviam a constante de equilíbrio, o valor de Kw, por 16 ? 10–14 5 x ? x
se tratar de uma constante de equilíbrio, aumenta com
x2 5 16 ? 10–14
o aumento da temperatura, ou seja, a concentração de
íons H1 e OH– aumenta com o aumento da temperatu- x2 = 16 ⋅ 10−14
ra, conforme mostrado a seguir.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 29 29/05/2019 15:53


30 98 – Material do Professor

x 5 4 ? 10–7 mol/L Atenção!


QUÍMICA 1B

Como a letra p indica potencial e, por definição,


Portanto:
–log, temos que:
[H1] 5 [OH–] 5 4 ? 10–7 mol/L pKa 5 –log Ka
pKb 5 –log Kb
2. UCS-RS – Com base nos dados da tabela, podemos
afirmar que as soluções pKw 5 –log Kw
E assim por diante.

Soluções [H1] (25 ºC)


Veja os seguintes exemplos envolvendo cálculos
I. Sangue 4 ? 10–8 de pH e pOH em soluções a 25 °C (Kw 5 1 ? 10–14).

II. Suco de laranja 1 ? 10–3 Soluções neutras


Sabe-se que, em soluções neutras, a [H1] 5 [OH–] 5
III. Suco de tomate 8 ? 10–5
5 1 ? 10–7mol/L, portanto:
IV. Urina 1 ? 10–6 pH 5 –log [H1] 5 –log (1 ? 10–7) 5 7
pOH 5 –log [OH–] 5 –log (1 ? 10–7) 5 7
V. Lágrima 4 ? 10–8
Em soluções neutras, a 25 °C, o pH e o pOH têm
VI. Clara de ovo 1 ? 10–8 o valor 7.

O
VII. Vinagre 1 ? 10–3 Soluções ácidas

BO O
SC
Sabe-se que, nas soluções ácidas, a [H1] . [OH–].

M IV
a) I, II e III são ácidas. Por exemplo: determine o valor do pH e pOH,

O S
a 25 oC, de uma solução em que [H1] 5 2 ? 10–3 mol/L
b) I, IV e VII são ácidas.
c) I, V e VII são básicas. D LU (dados: log 2 5 0,3 e log 5 5 0,7).
O C
d) II, III e VI são ácidas. Kw 5 1 ? 10–14
N X

e) II, III e VII são ácidas. Kw 5 [H1] ? [OH–]


SI O E

Resolução
1 ? 10–14 5 2 ? 10–3 ? [OH–]
[OH–] 5 5 ? 10–12 mol/L
EN S

Em soluções ácidas, a [H1] . 1 ? 10–7mol/L e, em so-


E U

luções básicas, a [H1] , 1 ? 10–7 mol/L. Sendo assim:


pH 5 –log [H1]
D E

Sangue: básico pH 5 –log 2 ? 10–3


A LD

pH 5 –(log 2 1 log 10–3)


Suco de laranja: ácido
pH 5 –(0,3 – 3)
EM IA

Suco de tomate: ácido pH 5 2,7


ST ER

Urina: ácido
pOH 5 –log [OH–]
SI AT

Lagrima: básico pOH 5 –log 5 ? 10–12


M

pOH 5 –(log 5 1 log 10–12)


Clara de ovo: básico
pOH 5 –(0,7 – 12)
Vinagre: ácido pOH 5 11,3
Nesse exemplo, o valor de pH é 2,7, e o valor de
pOH é 11,3.

ESCALA DE PH E POH Soluções básicas


Com o objetivo de facilitar a medição da acidez de Sabe-se que, nas soluções básicas, a [H1] , [OH–].
um meio e evitar o trabalho com potências negativas, Por exemplo, em uma solução a 25 oC e com a
como [H1] 5 10–7 mol/L, Peter L. Sørensen propôs uma [H ] 5 1 ? 10–9 mol/L, determine o pH e o pOH.
1

nova escala para as medidas de acidez e basicidade das Se [H1] 5 1 ? 10–9 mol/L, a [OH–] vai ser de
soluções, utilizando o logaritmo segundo as definições: 1 ? 10–5 mol/L
pH 5 –log [H1] 5 –log (1 ? 10–9) 5 9
pH 5 – log [H1] pOH 5 – log [OH–] pOH 5 –log [OH–] 5 –log (1 ? 10–5) 5 5
Nesse exemplo, o valor de pH é 9, e o valor de
A letra p, minúscula, indica –log ou colog. Dessa pOH é 5.
forma:
• pH é o potencial hidrogeniônico da solução; Em função das discussões feitas anteriormente,
• pOH é o potencial hidroxiliônico da solução. conclui-se que:

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 30 29/05/2019 15:53


99 – Material do Professor 31

Observação
Como a escala de pH é logarítmica, cada unidade

QUÍMICA 1B
14 14
“x” de pH que aumenta faz a solução sofrer diluição
Solução básica Solução ácida de 10x.

pH Solução neutra Solução neutra


• Mistura de soluções
7 pOH 7
Determine o pH de uma solução que foi preparada
Solução básica
pela adição de 200 mL de uma solução de HNO3, de
Solução ácida
concentração 0,1 mol/L, com 200 mL de uma solução
de NaOH, de concentração 0,2 mol/L.
0 0
Dado: log 5 5 0,7

Resolução
Ao analisar com atenção o esquema apresentado e
Ao misturar as soluções, temos uma reação de
os exemplos de soluções a 25 °C, notamos que:
neutralização:
pH 1 pOH 5 14 HNO3 1 NaOH → NaNO3 1 H2O
Primeiramente, vamos determinar a quantidade de
matéria, em mol, do HNO3 e NaOH na solução inicial.
Determinação do pH e pOH em problemas

O
BO O
envolvendo misturas e diluição de soluções Para o HNO3:

SC
M IV
Em muitas situações, precisaremos determinar o
1 L –––––– 0,1 mol

O S
valor do pH e o pOH da solução final após uma diluição
ou uma mistura de soluções. D LU 0,2 L –––––– x
O C
• Diluição de uma solução x 5 0,02 mol de HNO3
N X
SI O E

Certa solução de ácido clorídrico possui pH 5 1.


Com base nessa solução, determine o volume de água Para o NaOH:
EN S

adicionada a um litro dessa solução, para produzir outra 1 L –––––– 0,2 mol
E U

solução de pH 5 4.
0,2 L –––––– y
D E
A LD

y 5 0,04 mol de NaOH


A B
Como a proporção estequiométrica é de 1:1, o
EM IA

HNO3 será o reagente limitante, e o NaOH, o reagente


ST ER

1 → em excesso. De acordo com a quantidade de mols des-


H 2O HC<
HC<
SI AT

sas substâncias, no início, sobrará 0,02 mol de NaOH,


pH 5 1 V pH 5 4 sem reagir, em 400 mL de solução. Sendo assim:
M

V51L
0,02 mol
[NaOH] = 0,4 L
= 0,05 mol / L

Resolução Portanto, a [OH–] 5 5 ? 10–2 mol/L


Nessa situação, temos:
Dessa forma:
Solução A : [H1] 5 1 ? 10–1 mol/L
pOH 5 –log [OH–]
Solução B : [H1] 5 1 ? 10–4 mol/L
pOH 5 –log 5 ? 10–2
Volume da solução B: VB 5 1 1 V
pOH 5 – (log 5 1 log 10–2)
Sendo assim:
pOH 5 – (0,7 – 2)
Ma ? Va 5 MB ? VB
pOH 5 1,3
1 ? 10–1 ? 1 5 1 ? 10–4 ? VB
VB 5 1 000 L pH 1 pOH 5 14
pH 1 1,3 5 14
Portanto, o volume de água adicionado a 1 L de
solução de HC de pH 5 1 é de 999 L (1 000 – 1). pH 5 12,7

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 31 29/05/2019 15:53


32 100 – Material do Professor

EXERCÍCIO RESOLVIDO
QUÍMICA 1B

3. Calcule o pOH de uma solução 0,001 mol/L do ácido HA, pH 5 –log [H1]
sabendo que este se encontra 20% ionizado.
pH 5 –log 2 ? 10–4
Dado: log 2 5 0,3
Resolução pH 5 –(log 2 1 log 10–4)

HA(aq)  H(+aq) 1 A (−aq) pH 5 –(0,3 – 4 )

Se o ácido está 20% ionizado, seu grau de ionização pH 5 3,7


é 0,2.

[H1] 5 M ? α
pH 1 pOH 5 14
[H1] 5 0,001 ? 0,2
3,7 1 pOH 5 14
[H1] 5 2 ? 10-4 mol/L
pOH 5 10,3

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 32 29/05/2019 15:53


101 – Material do Professor 33

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 1B
EQUILÍBRIO IÔNICO
DA ÁGUA

H2O  H+ + OH– pH pOH

O
BO O
SC
Kw 5 [H+] ? [OH–] pH = –log [H+] pOH = –log [OH–]

M IV
O S
D LU
O C
14 14 14 14
N X
SI O E

Kw 5 1 ? 10 –14
a 25°C
Solução Solução
básica básica Solução Solução
ácida ácida
EN S

pH pH7 Solução
7 Solução
neutra neutra
pOH pOH
7 Solução
7 Solução
neutra neutra
E U

Soluções neutras
D E

Solução Solução
ácida ácida Solução Solução
básica básica
[H+] = [OH–]
A LD

0 0 0 0
EM IA
ST ER

Soluções básicas
SI AT

[H+] , [OH–]
M

Soluções ácidas
[H+] . [OH–]

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 33 29/05/2019 15:53


34 102 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 1B

1. UFVJM-MG – Em química, uma das definições de aci- e) volatilização do ácido sulfúrico após contato com o
dez de um líquido é referente à concentração de íons novo efluente introduzido no rio.
de hidrogênio nesse líquido, em moles por litro. Essa A presença de ácido sulfúrico na água do rio provoca redução de pH,
concentração é descrita como [H1]. Quanto maior a tornando o meio aquático inapropriado para a sobrevivência das espé-
cies. A adição do hidróxido de sódio (NaOH) e do carbonato de sódio
concentração de íons de hidrogênio, mais ácida será (Na2CO3) no leito do rio promove uma neutralização do ácido sulfúrico
a solução. (H2SO4), causando uma redução de acidez, inicialmente existente nas
Essa acidez é expressa pelo pH, que é definido águas do rio. A partir daí, a vida aquática volta a ser viável.
como: pH 5 –log [H1]. 2 NaOH 1 H2SO4 → 2 H2O 1 Na2SO4
Na2CO3 1 H2SO4 → H2O 1 CO2 1 Na2SO4
Com base no exposto, assinale a alternativa que con-
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
tém a informação correta acerca do pH.
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
a) O pH é sempre um valor negativo. tífico-tecnológicas.
b) Uma menor acidez na solução implica maior pH. Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
materiais, substâncias ou transformações químicas.
c) Se pH 5 0, então não há concentração de íons na
solução. 4. IFSul-RS – O potencial hidrogeniônico, mais conhecido
d) O logaritmo do pH mede a concentração de íons como pH, consiste num índice que indica a acidez, neu-
hidrogênio. tralidade ou alcalinidade de um meio qualquer. Os valores
de pH variam de 0 a 14. As hortênsias são flores que se
O pH, potencial hidrogeniônico, é um índice que indica acidez, neutra-
colorem obedecendo ao pH do solo. É como se o pH fosse
lidade ou alcalinidade de um meio qualquer. Quanto maior o valor do
pH de uma substância, menor a concentração de íons H1 e maior a o estilista desse tipo de flor. Em solos onde a acidez é
concentração de íons OH–. elevada, as hortênsias adquirem a coloração azul, agora,

O
BO O
nos solos alcalinos, elas ficam rosa.

SC
M IV
Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/
2. UEG-GO (adaptado) – Uma solução de hidróxido de quimica/o-ph-solo-coloracao-das-plantas.htm>.

O S
potássio foi preparada pela dissolução de 0,056 g de Acesso em: fev. 2019.

tura homogênea. D LU
KOH em água destilada, obtendo-se 100 mL dessa mis-
Considerando as informações anteriores, em um solo
com concentração de íons OH– de 10–12 mol ? L–1, o pH
O C
Dado: M(KOH) 5 56 g ? mol –1
desse solo e a cor das hortênsias nele plantadas serão
N X
SI O E

De acordo com as informações apresentadas, calcule a) 2, 0 e cor rosa. c) 12,0 e cor rosa.
o valor do pH. b) 2,0 e cor azul. d) 12,0 e cor azul.
EN S

m 0,056 pH 1 pOH 5 14
M 5 MM ⋅ V 5 56 ⋅ 0,1 5 0,01 mol ? L–1
E U

[OH–] 5 10–12 mol ? L–1


pOH 5 12
D E

[OH–] 5 10–2 mol ? L–1


pH 5 14 – 12
A LD

pH 5 2
pOH 5 2 Como o pH é ácido, a cor da hortênsia será azul.
EM IA
ST ER

pH 5 12 5. Unicid-SP – De um estudo das propriedades físico-


-químicas de águas coletadas em 36 fontes naturais de
SI AT

3. Enem C7-H24 água mineral, situadas nos estados do Rio de Janeiro,


Nos anos 1990, verificou-se que o rio Potomac, situado São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, foram
M

no estado norte-americano de Maryland, tinha, em parte selecionadas as seguintes informações:


de seu curso, águas extremamente ácidas por receber um
efluente de uma mina de carvão desativada, o qual conti- Resíduos
nha ácido sulfúrico (H2SO4). Essa água, embora límpida, Compo-
após eva-
era desprovida de vida. Alguns quilômetros adiante, ins- pH a sição
poração
talou-se uma fábrica de papel e celulose que emprega hi- 25 °C aniônica
dróxido de sódio (NaOH) e carbonato de sódio (Na2CO3) a 180 °C
(mg/L)
em seus processos. Em pouco tempo, observou-se que, a (mg/L)
partir do momento em que a fábrica lançava seus rejeitos Água 1 4,1 16,9 29,9
no rio, a vida aquática voltava a florescer.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. Rio de Janeiro: Livros Água 2 5,4 27,9 52,0
Técnicos e Científicos, 2012. Adaptado.
Água 3 6,0 33,9 32,0
A explicação para o retorno da vida aquática nesse rio é a
Água 4 7,2 59,9 88,0
a) diluição das águas do rio pelo novo efluente lançado nele.
b) precipitação do íon sulfato na presença do efluente M. A. P. Rebelo e N. C. Araujo. Rev Ass Med Brasil, 1999.
da nova fábrica. Adaptado.
c) biodegradação do ácido sulfúrico em contato com o a) Com base nos dados da tabela, qual a água de maior
novo efluente descartado. acidez? Estabeleça uma relação que mostre o quanto
d) diminuição da acidez das águas do rio pelo efluente a água de maior acidez é mais ácida que a água de
da fábrica de papel e celulose. menor acidez.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 34 29/05/2019 15:53


103 – Material do Professor 35

b) Em qual dessas águas é esperada maior condutividade elétrica a 25 °C? Justifique

QUÍMICA 1B
sua resposta.
a) A água com maior acidez, ou seja, que Relação de acidez entre elas:
apresenta o menor pH, é a água 1.
10 –4,1
Água mais ácida: 5 10–4,1 + 7,2 5 103,1 [ 1 000 vezes mais ácida.
10 –7,2
pH 5 4,1
b) Na água 4, pois é a solução de maior compo-
[H1] 5 10–4,1 sição aniônica.
Água menos ácida:
pH 5 7,2
[H1] 5 10–7,2

6. Espcex-SP/Aman-RJ – A uma solução aquosa de 100 mL de ácido clorídrico (HC),


de concentração 1 mol ? L–1, foram adicionados 400 mL de uma solução aquosa de
hidróxido de sódio (NaOH), de concentração 0,75 mol ? L–1.
Considerando que:
• a solução básica foi parcialmente neutralizada pela solução do ácido;
• o ácido clorídrico é um ácido forte (α 5 100%);
• o hidróxido de sódio é uma base forte (α 5 100%).
O pH da mistura resultante dessa reação de neutralização é
Dado: log 4 5 0,60

O
BO O
a) 13,6 c) 9,8 e) 4,3

SC
M IV
b) 11,4 d) 7,5

O S
HC< 1 NaOH → NaC< 1 H2O

D LU
Quantidade em mol de cada reagente (dado que 100 mL 5 0,1 L e 400 mL 5 0,4 L)
HC< 5 1 mol/L ? 0.1 L 5 0,1 mol
O C
NaOH 5 0,75 mol/L ? 0,4 L 5 0,3 mol
N X

Como a proporção estequiométrica da reação é de 1:1, o reagente limitante é o HC<. Com o excesso de
SI O E

NaOH (0,2 mol) e o volume final da solução (0,5 L), calcula-se a concentração molar da base:

0,2 mol
[NaOH] 5 5 0,4 mol/L 5 4 ? 10–1 mol/L pOH 5 – (0,60 – 1)
EN S

0,5 L
pOH 5 10,4
E U

pOH 5 –log [OH–]


D E

pH 1 pOH 5 14
pOH 5 –log (4 ? 10–1)
A LD

pH 5 14 – 0,4
pOH 5 – (log 5 1 log 10 ) –1
pH 5 13,6
EM IA
ST ER

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
SI AT

7. Fuvest-SP – Dependendo do pH do solo, os nutrientes nele existentes podem sofrer


transformações químicas que dificultam sua absorção pelas plantas. O quadro mostra
M

algumas dessas transformações, em função do pH do solo.

Elementos pH do solo
presentes
nos 4 5 6 7 8 9 10 11
nutrientes
Formação de fosfatos de Formação de fosfatos de cálcio,
Fósforo ferro e alumínio, pouco pouco solúveis em água
solúveis em água
Formação de carbonatos,
Magnésio
pouco solúveis em água
Redução dos íons
Nitrogênio
nitrato a íons amônio
Formação de hidróxidos pouco solúveis
Zinco
em água

Para que o solo possa fornecer todos os elementos citados na tabela, o seu pH deve
estar entre

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 35 29/05/2019 15:53


36 104 – Material do Professor

a) 4 e 6 c) 6 e 7 e) 8,5 e 11 9. UNESP – Considere a tabela a seguir, que apresenta


QUÍMICA 1B

b) 4 e 8 d) 6 e 11 indicadores ácido-base e seus respectivos intervalos


de pH de viragem de cor.
8. UFTM-MG – Os papéis indicadores universais são
constituídos por misturas de diversos indicadores ácido-
Intervalo
-base que apresentam viragens de cor em diferentes Mudança
Indicador de pH de
faixas de pH. Esses papéis permitem uma avaliação do de cor
pH apresentado por uma solução aquosa. Os resultados viragem
dos testes de pH realizados com duas águas minerais,
1. Púrpura de
A e B, a 25 °C, estão indicados por setas no papel 1,2 – 2,8 vermelho – amarelo
indicador universal, representado a seguir. m-cresol
2. Vermelho de
4,4 – 6,2 vermelho – alaranjado
BYRDYAK/123RF.COM

metila
3. Tornassol 5,0 – 8,0 vermelho – azul

4. Timolftaleína 9,3 – 10,5 incolor – azul

5. Azul de épsilon 11,6 – 13,0 alaranjado – violeta

Para distinguir uma solução aquosa 0,0001 mol/L de


HNO3 (ácido forte) de outra solução aquosa do mesmo
Água mineral A Água mineral B

O
ácido 0,1 mol/L, usando somente um desses indicado-

BO O
res, deve-se escolher o indicador

SC
M IV
Considerando que Kw 5 1,0 ? 10–14 a 25 °C, responda
ao que se pede. a) 1 c) 3 e) 5

O S
b) 2 d) 4
sua resposta. D LU
a) Qual das duas águas minerais é alcalina? Justifique
10. FASM-SP – O azul de bromotimol é um indicador de pH
O C
b) Qual a variação na concentração de íons de uma que possui uma variação de cor específica de acordo
N X

água mineral para outra? Justifi que sua resposta com a concentração de íons H1 da solução analisada.
SI O E

com cálculos.
O intervalo de pH em que ocorre a mudança de cor
desse indicador é 6,0 – 7,6.
EN S
E U
D E
A LD

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
EM IA

Em um tubo de ensaio, foram colocados 20 mL de


ST ER

água com gás, cuja concentração de H1 era igual a


10–5 mol ? L–1, e algumas gotas de azul de bromotimol.
SI AT

Em seguida, o tubo foi aquecido até que todo o gás


presente na água fosse eliminado, verificando-se uma
M

alteração na cor do indicador.


a) Qual o gás presente na água com gás? Como varia
a cor da solução durante o aquecimento até a elimi-
nação total desse gás?
b) Quantas vezes varia a concentração de H1 desde o
início do aquecimento até o início da mudança de cor
do indicador? Apresente os cálculos.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 36 29/05/2019 15:53


105 – Material do Professor 37

12. PUC-RS – Analise a tabela incompleta a seguir sobre

QUÍMICA 1B
valores típicos de pH e concentração de íons H1 e OH–
em alguns líquidos.

[H1] [OH–]
Líquido pH
(mol/L) (mol/L)
Água da chuva 5,7

Água do mar 1,0 ? 10–6

Café 1,0 ? 10–5

Leite 6,5 3,2 ? 10–8

Sangue humano 7,4

Suco de maçã 3,2 ? 10–4

Pela análise da tabela, é correto afirmar:


11. USF-SP – O ácido cianídrico (HCN) é um ácido fraco, a) A água da chuva é mais ácida do que a água do mar,
porém seus vapores são bastante tóxicos. Considere e o leite é menos ácido do que o café.

O
uma solução aquosa com concentração de 0,2 mol/L

BO O
b) Entre os líquidos apresentados, o mais ácido é a água

SC
desse ácido e que possua ionização de 1% de suas da chuva, e o mais alcalino é o leite.

M IV
moléculas em meio aquoso. Com base nas informações c) O café tem pH 5, sendo menos ácido do que o san-

O S
apresentadas, determine gue humano.

b) o valor do pH dessa solução.


D LU
a) o valor da constante de acidez (Ka) do ácido cianídrico; d) O leite é mais ácido do que a água da chuva, e o café
é mais ácido do que o suco de maçã.
O C
Dado: log 2 5 0,3 e) A soma dos pHs da água da chuva e da água do mar é
N X

inferior à soma dos pHs do café e do sangue humano.


SI O E

13. UFG-GO – Quando um ácido neutraliza uma base, o


EN S

composto formado é um sal. Soluções de sais podem


E U

ser neutras, ácidas ou básicas dependendo das pro-


priedades dos cátions e dos ânions presentes em sua
D E

estrutura química.
A LD

Após o preparo de uma solução 5 ? 10–2 mol/L de NaNO2,


pode-se afirmar que o pH é aproximadamente igual a
EM IA

Dados: Ka 5 5 ? 10–4 (para HNO2); Kw 5 1,0 ? 10–14 a 25°C


ST ER

a) 2 c) 6 e) 10
SI AT

b) 4 d) 8
M

14. Ibmec-RJ – De acordo com a tabela a seguir, à tem-


peratura de 25º, indique as substâncias que possuem
caráter ácido.

Líquido (H1) (OH–)


Leite 1,0 ? 10–7 1,0 ? 10–7

Água do mar 1,0 ? 10–8 1,0 ? 10–6

Coca-Cola 1,0 ? 10–3 1,0 ? 10–11

Café 1,0 ? 10–5 1,0 ? 10–9

Lágrima 1,0 ? 10–7 1,0 ? 10–7

a) Leite e lágrima
b) Lágrima
c) Água do mar e leite
d) Café e Coca-Cola
e) Coca-Cola e leite

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 37 29/05/2019 15:53


38 106 – Material do Professor

15. UFPR – Muitas pessoas têm como hobby manter aquá-


QUÍMICA 1B

rios plantados que retratam paisagens aquáticas de rios


e lagos. Existem equipamentos e suprimentos espe-
cíficos para esses aquários, sendo os mais comuns:
lâmpadas que simulam o espectro solar, suprimento
(borbulhador) de gás carbônico e termostatos. Na figura
a seguir, está esquematizado um aquário desse tipo.

Iluminação

16. UEL-PR – O fenômeno chamado Smog Fotoquímico


é catalisado por luz solar e é reconhecido como um
Termostato conjunto de reações químicas que ocorrem nas at-
mosferas das regiões metropolitanas. Os reagentes
originais mais importantes nas ocorrências do Smog
Fotoquímico são o óxido nítrico (Nox), os hidrocarbo-
CO2
netos e os compostos orgânicos voláteis (COVs), que
Plantas
são poluentes emitidos no ar, provenientes da queima
aquáticas
incompleta dos motores de combustão interna e de
outras fontes. A reação desses compostos na presença
de luz solar é apresentada a seguir.

O
BO O
COVs 1 Nox 1 O2 1 luz solar →

SC
M IV
O equilíbrio que envolve o gás carbônico em água está
descrito a seguir: → mistura de O3, HNO3, compostos orgânicos

O S
D LU
CO2(g) 1 H2O(<)  HCO3– ( aq) 1 H(+aq)  CO2–
3 ( aq) 1 2 H( aq)
+
Como se observa, um dos produtos da reação do Smog
Fotoquímico é o HNO3, que pode contribuir para a for-
O C
mação de chuva ácida. O uso de catalisadores metálicos
N X

a) Nos períodos noturnos, quando as lâmpadas são colocados no sistema de exaustão de veículos movidos
SI O E

desligadas, se o borbulhamento de gás carbônico é a gasolina, antes do tubo de escape, contribui para
mantido, o que ocorre com o pH do aquário? Explique a redução da emissão de Nox. Com base no texto e
sua resposta. levando em conta que o HNO3 é o produto formado,
EN S

b) Em condições adequadas de luz e suprimento de gás considere as afirmativas a seguir.


E U

carbônico, caso a temperatura se eleve em alguns I. Se uma amostra de 100,00 mL de chuva ácida possui
°C, ocorrerá variação do pH? Se ocorrer, qual será
D E

pH 4,00, o volume de solução de NaOH 0,01 mol/L


a alteração?
A LD

para consumir o ácido é de 1,00 mL.


II. A reação 2 Nox → N2 1 x O2 catalisada por Rh (ródio
metálico), que ocorre no sistema de exaustão de
EM IA

veículos, é um tipo de reação catalítica heterogênea.


ST ER

III. A precipitação de chuvas ácidas é capaz de dissolver


o alumínio na forma de A<(OH)3 retido em sedimen-
SI AT

tos e rochas.
IV. A precipitação de chuvas ácidas em solos contendo
M

CaCO3 aumenta o pH do solo.


Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.

17. Acafe-SC – Uma determinada solução aquosa apre-


senta [H1] 5 3 ? 10–7 mol/L sob temperatura de 60°C.
Dados: Kw 5 9 ? 10 –14 sob temperatura de 60 ºC;
log 3 5 0,48
Logo, é correto afirmar, exceto:
a) A solução aquosa apresenta pH 5 6,52.
b) A solução aquosa apresenta pOH 5 7,48.
c) A solução aquosa apresenta [OH–] 5 10–6,52 mol/L.
d) Nas condições abordadas, é válida a seguinte rela-
ção: pH 1 pOH , 14.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 38 29/05/2019 15:53


107 – Material do Professor 39

ESTUDO PARA O ENEM

QUÍMICA 1B
18. Enem C7-H24 A indústria que descarta um efluente com caracterís-
Um pesquisador percebe que o rótulo de um dos vidros ticas básicas é a
em que guarda um concentrado de enzimas digestivas a) primeira.
está ilegível. Ele não sabe qual enzima o vidro contém, b) segunda.
mas desconfia de que seja uma protease gástrica, que
c) terceira.
age no estômago digerindo proteínas. Sabendo que a
digestão no estômago é ácida e no intestino é básica, d) quarta.
ele monta cinco tubos de ensaio com alimentos dife- e) quinta.
rentes, adiciona o concentrado de enzimas em soluções
com pH determinado e aguarda para ver se a enzima 20. UEMG C7-H24
age em algum deles. O tubo de ensaio em que a enzima O potencial hidrogeniônico (pH) é uma medida de aci-
deve agir para indicar que a hipótese do pesquisador dez presente nos mais diversos sistemas químicos,
está correta é aquele que contém sejam eles orgânicos ou não. A figura a seguir mostra
a) cubo de batata em solução com pH 5 9. alguns valores de pH encontrados em quatro partes do
b) pedaço de carne em solução com pH 5 5. corpo humano, a 25 °C.
c) clara de ovo cozida em solução com pH 5 9.
d) porção de macarrão em solução com pH 5 5.
e) bolinha de manteiga em solução com pH 5 9.
Boca
19. Enem C7-H24 pH 5 6,7

O
BO O
Cinco indústrias de ramos diferentes foram instaladas

SC
M IV
ao longo do curso de um rio. O descarte dos efluen-
tes dessas indústrias acarreta impacto na qualidade

O S
de suas águas. O pH foi determinado em diferentes

sentados no quadro.
D LU
pontos desse rio, a 25 ºC, e os resultados são apre- Estômago
pH 5 2,0
O C
N X

Intestino
Pâncreas
SI O E

Pontos de coleta Valor do pH delgado


pH 5 8,0
pH 5 6,7
Antes da primeira indústria 5,5
EN S

Entre a primeira e a segunda


E U

5,5
indústria Com base nos sistemas dados (boca, estômago, pân-
D E

Entre a segunda e a terceira creas e intestino delgado) e nas informações forneci-


A LD

7,5 das, é correto afirmar:


indústria
a) A acidez no estômago é decorrente da produção do
Entre a terceira e a quarta
EM IA

7,0 ácido sulfúrico.


indústria
ST ER

b) A boca é tão alcalina quanto o intestino delgado.


Entre a quarta e a quinta c) No intestino delgado, a concentração de íons hidro-
7,0
SI AT

indústria gênio é igual a 6,7 mol/L.


Após a quinta indústria 6,5 d) O estômago é cerca de um milhão (10 6) de vezes
M

mais ácido que o pâncreas.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 39 29/05/2019 15:53


40 108 – Material do Professor

54
QUÍMICA 1B

HIDRÓLISE SALINA

ANTONIO_DIAZ/STOCKPHOTO
• Hidrólise salina
• Constante de hidrólise

HABILIDADES
• Compreender como e por
que um determinado íon
sofre hidrólise.

O
BO O
SC
• Reconhecer quais são os

M IV
sais que não hidrolisam.

O S
• Equacionar os processos
de hidrólise. D LU
O C
• Prever se uma solução
N X

salina será ácida, básica


SI O E

ou neutra.
• Calcular as concentrações
EN S

das várias espécies em


E U

uma solução salina.


D E

Medicamento antiácido efervescente.


A LD

Quando ingerimos um antiácido, para combater a acidez estomacal, o sal pre-


EM IA

sente no comprimido (bicarbonato de sódio, por exemplo) promove a hidrólise da


ST ER

água e faz com que íons hidroxila sejam produzidos. A reação desses sais que, em
água, modificam a concentração de H1 e OH– e alteram o pH do meio, é chamada
SI AT

de hidrólise salina.
M

HIDRÓLISE SALINA
Por definição, hidrólise salina é a reação entre um sal e a água, produzindo
um ácido e uma base correspondentes, ou seja, é o inverso de uma reação de
neutralização.

Sal 1 H2O  ácido 1 base

Vale lembrar que:


• ácidos e bases fortes encontram-se predominantemente na forma iônica (io-
nizados ou dissociados);
• o sal tem que estar dissociado para sofrer hidrólise;
• a água é um composto que ioniza muito pouco, prevalecendo sua fórmula
molecular.
Veja, a seguir, os tipos de hidrólise de alguns sais.

• Um sal formado por uma base fraca e um ácido forte (NH4C<)

NH4C<(s) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 HC

Nessa equação de hidrólise, temos:

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 40 29/05/2019 15:53


109 – Material do Professor 41

• NH4C em água dissocia-se, liberando NH+4 e C–; • H2O encontra-se na forma molecular.
Nesse caso, o meio pode fi car ácido, básico ou

QUÍMICA 1B
• H2O encontra-se na forma molecular;
neutro.
• NH4OH é uma base fraca, prevalecendo na forma • O meio será ácido se a ionização do ácido for
não dissociada; maior que a da base (Ka . Kb).
• HC é um ácido forte, prevalecendo na forma io- • O meio será básico se a ionização do ácido for
nizada (H1 e C–). menor que a da base (Ka , Kb).
Com base em tais informações, conseguimos mon- • O meio será neutro se a ionização do ácido apresen-
tar a seguinte equação iônica: tar a mesma intensidade que a da base (Ka 5 Kb).

• Sal formado por uma base forte e um ácido


NH+4( aq) 1 C−(aq) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 H(+aq) 1 C−(aq)
forte (NaC<)
Como o íon cloreto (C–) aparece dos dois lados da
NaC(s) 1 H2O()  NaOH(aq) 1 HC(aq)
equação, ele é denominado de íon espectador, não
participando da equação global. Sendo assim, temos:
Nessa equação de hidrólise, temos:
• NaC< em água dissocia-se, liberando Na1 e C–;
NH+4( aq) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 H(+aq)
• H2O encontra-se na forma molecular;
• NaOH é uma base forte, prevalecendo na forma
Como podemos notar, nos produtos, há a formação
dissociada (Na1 e OH–);
do íon H1, resultando em uma solução de natureza
• HC é um ácido forte, prevalecendo na forma io-

O
ácida (pH , 7).

BO O
nizada. (H1 e C–).

SC
M IV
• Hidrólise de um sal formado por uma base Com base nessas informações, montamos a se-

O S
forte e um ácido fraco (NaC<O) guinte equação iônica:
D LU
NaCO(s) 1 H2O()  NaOH(aq) 1 HCO(aq) Na(+aq) 1 C−(aq) 1 H2O()  Na(+aq) 1 OH(−aq) 1 H(+aq) 1
O C
N X

1 C−(aq)
SI O E

Nessa equação de hidrólise, temos:


• NaCO em água dissocia-se, liberando Na 1 Nessa situação, temos dois íons espectadores, o
e CO– ;
EN S

Na1 e o C<–. Quando eliminados da equação iônica,


E U

• H2O encontra-se na forma molecular; temos:


D E

• NaOH é uma base forte, prevalecendo na forma


A LD

dissociada (Na1 e OH–); H2O()  OH(−aq) 1 H(+aq)

• HCO é um ácido fraco, prevalecendo na forma


EM IA

Como a concentração de H1 é igual à de OH–, a


não ionizada. solução é neutra (pH 5 7). Nesse caso, falamos que o
ST ER

sal não sofreu hidrólise.


SI AT

Com base nessas informações, conseguimos mon-


tar a seguinte equação iônica: EXERCÍCIO RESOLVIDO
M

1. UEA-AM – Na apresentação de um projeto de quí-


Na(+aq) 1 CO(−aq) 1 H2O()  Na(+aq) 1 OH(−aq) 1 HCO( aq) mica sobre reatividade de produtos caseiros, vinagre e
bicarbonato de sódio (NaHCO3) foram misturados em
Como o íon Na1 aparece dos dois lados da equação, uma garrafa plástica; em seguida, uma bexiga vazia foi
ele é denominado de íon espectador, não participando acoplada à boca da garrafa. A imagem apresenta o mo-
mento final do experimento.
da equação global. Sendo assim, temos:

CO(−aq) 1 H2O()  OH(−aq) 1 HCO( aq)

Como podemos notar, nos produtos, há a formação


do íon OH–, resultando em uma solução de natureza
alcalina (pH > 7).

• Hidrólise de um sal formado por uma base


fraca e um ácido fraco (NH4CN)

NH4CN(s) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 HCN(aq)

Nessa equação de hidrólise, temos:


• NH4CN em água dissocia-se, liberando NH+4 1 CN–;

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 41 29/05/2019 15:54


42 110 – Material do Professor

Como o Na1 é o íon espectador, ele é eliminado da


O pH de soluções aquosas de vinagre e o pH de soluções
equação iônica, sendo assim:
QUÍMICA 1B

aquosas de bicarbonato de sódio são, respectivamente,


a) menor que 7,0 e maior que 7,0. CN(−aq) 1 H2O()  OH(−aq) 1 HCN(aq)
b) maior que 7,0 e maior que 7,0.
c) maior que 7,0 e menor que 7,0.
d) 7,0 e maior que 7,0.
Kh =
[OH− ] ⋅ [HCN]
e) menor que 7,0 e 7,0. [CN− ]
Resolução Temos, ainda, a possibilidade de escrever a constan-
te de hidrólise desse tipo de sal em função de Kw e Ka.
Como o vinagre (solução de ácido acético) é ácido,
o pH será menor do que 7; já a solução aquosa do Essa relação é dada pela razão entre Kw e Ka (espécie
bicarbonato de sódio (NaHCO3) possui pH > 7. Quan- fraca), e, assim, podemos generalizar por:
do esse sal sofrer hidrólise, formará OH–, de acordo
com a seguinte equação: Kw
Kh =
K fraco
HCO –
3 1 H2O → H2CO3 1 OH–

Kw
Kh =
Ka
Constante de hidrólise (Kh)
Como vimos anteriormente, toda hidrólise salina é Em que:

O
BO O
estabelecida por meio de um equilíbrio químico. Para Kh: constante de hidrólise

SC
M IV
esse equilíbrio, existem dois conceitos fundamentais: o Kw: produto iônico da água (a 25 °C, Kw 5 1 · 10–14)

O S
grau de hidrólise (αh) e a constante de hidrólise (Kh). Ka: constante de ionização do ácido
D LU
O grau de hidrólise indica a porcentagem do íon
que sofreu hidrólise e é definida da seguinte maneira:
• Hidrólise de um sal formado por um ácido
O C
forte e uma base fraca (NH4C<)
N X

número de íons hidrolisados


αh =
SI O E

número total de íons dissolvidos NH4C(s) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 HC(aq)


O valor do grau de hidrólise varia de 0 a 1, que, em
EN S

Montando a equação iônica:


porcentagem, indica 0% a 100%, respectivamente.
E U

Geralmente, a quantidade de sal que sofre hidrólise é


D E

NH+4( aq) 1 C−(aq) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 H(+aq) 1 C−(aq)


muito baixa, apresentando um valor de αh muito pró-
A LD

ximo de 0.
Para o entendimento e a compreensão da constante [NH4OH] ⋅ [H+ ]
EM IA

Kh =
de hidrólise (Kh), leia as seguintes considerações. [NH+4 ]
ST ER

• A [H2O] no meio reacional é praticamente cons-


tante (possui um valor de 55,55 mol/L), então Escrevendo a equação de Kh em função de Kw e
SI AT

não participa da expressão de equilíbrio químico. Kb temos:


Kw
Kh =
M

• Para montar a expressão de Kh, devemos consi- K fraco


derar apenas a equação iônica.
• Os íons espectadores não participam da expres- Kw
são de Kh. Kh =
Kb
• Como a porcentagem de sal hidrolisado geralmen-
te é muito baixa (αh ≈ 0), a concentração do íon Em que:
hidrolisado é praticamente igual à concentração Kh: constante de hidrólise
molar do sal dissolvido na água. Kw: produto iônico da água (a 25 °C, Kw 5 1 ? 10–14)
Para exemplificar tais considerações e demonstrar Kb: constante de ionização da base
a expressão da constante de hidrólise (Kh), veja os
seguintes exemplos. • Hidrólise de um sal formado por um ácido
fraco e uma base fraca (NH4CN)
• Hidrólise de um sal formado por um ácido
fraco e uma base forte (NaCN) NH4CN(s) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 HCN(aq)

NaCN(s) 1 H2O()  NaOH(aq) 1 HCN(aq) Quando o sal advém da reação de um ácido fraco e
de uma base fraca, o meio pode se tornar levemente
Montando a equação iônica: ácido ou levemente básico, dependendo do valor de
Ka e Kb (constante de ionização do ácido e base, res-
Na(+aq) 1 CN(−aq) 1 H2O()  Na(+aq) 1 OH(−aq) 1 HCN(aq) pectivamente).

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 42 29/05/2019 15:54


111 – Material do Professor 43

O pH ficará definido pela análise das seguintes in-


Kh =
[NH4OH] ⋅ [HCN]
formações, fornecidas pelos exercícios:

QUÍMICA 1B
[NH+4 ] ⋅ [CN− ]
Ka > Kb → meio levemente básico
Escrevendo a equação de Kh em função de Kw, Ka
Kb > Ka → meio levemente ácido
e Kb temos:
Para a produção da equação iônica, devemos ob- Kw
Kh =
servar as seguintes condições. K fraco
• O sal NH 4CN encontra-se dissociado em NH+4
e CN–; Kw
• A água encontra-se predominantemente na forma Kh =
Ka · Kb
não ionizada, e sua concentração é praticamente
constante; • Hidrólise de um sal formado por um ácido
• Tanto o NH4OH quanto o HCN, sendo eletrólitos forte e uma base forte (NaC<)
fracos, encontram-se na forma não ionizada. Quando o sal é formado por um ácido forte e uma
Sendo assim: base forte, como o NaC, não acontece hidrólise, ou
seja, não há um valor para Kh. Nessa situação, o pH
NH(+aq) 1 CN(−aq) 1 H O  NH OH 1 HCN sempre será 7 (a 25 °C).
2 () 4 (aq) (aq)

O
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

BO O
SC
M IV
2. UFTM-MG – Em soluções aquosas de acetato de sódio, 3. Uma solução aquosa de 0,4 mol/L de NH4C foi prepara-
o íon acetato sofre hidrólise: da a 25 °C. Sabe-se que a constante de hidrólise (Kh) para

O S
CH3COO(–aq) 1 H2O()  CH3COOH(aq) 1 OH(–aq) esse sal nessa temperatura vale 1 ? 10–9. Com relação a
D LU
O hidróxido de magnésio é pouco solúvel em água:
essa solução, responda ao que se pede.
O C
Dado: log 2 5 0,3
Mg(OH)2(s)  Mg(2aq+ ) 1 2 OH(–aq)
N X

Considere as seguintes afirmações. a) Faça a equação iônica da hidrólise do NH4C e deter-


SI O E

mine a expressão da constante de hidrólise.


I. Solução aquosa de acetato de sódio tem pH acima
de 7,0. b) Calcule o valor do pH dessa solução nessa mesma
EN S

temperatura.
II. Quando são adicionadas gotas de ácido clorídrico na
E U

solução de acetato de sódio, o equilíbrio da equação Resolução


D E

de hidrólise é deslocado para o lado da formação


a) NH+4(aq) 1 H2O(ℓ)  NH4OH(aq) 1 H+(aq)
A LD

dos íons acetato.


III. Quando se adiciona solução de nitrato de magnésio
na solução de acetato de sódio, o equilíbrio da equa- [NH4OH] ⋅ [H+ ]
EM IA

Kh =
ção de hidrólise é deslocado para o lado da formação [NH+4 ]
ST ER

do ácido acético.
Está correto o que se afirma em
b) Kh =
[NH4OH] ⋅ [H+ ]
SI AT

a) I, II e III. d) II e III, apenas. [NH+4 ]


b) I e II, apenas. e) III, apenas.
M

x⋅x
1 ? 10–95
c) I e III, apenas. 0,4
Resolução
x2 5 4 ? 10–10
I. Correto. Solução aquosa de acetato de sódio tem pH x 2 = 4 ⋅ 10−10
acima de 7,0, pois o meio fica básico.
x 5 2 ?10–5 mol/L
II. Incorreto. Quando são adicionadas gotas de ácido
clorídrico na solução de acetato de sódio, o equilíbrio [H1] 5 2 · 10–5 mol/L
da equação de hidrólise é deslocado para a direita em
razão do consumo dos ânions OH–.

III. Correto. Quando se adiciona solução de nitrato de pH 5 –log [H1]


magnésio na solução de acetato de sódio, a solução fica
ácida, e o equilíbrio da equação de hidrólise é deslocado pH 5 –log 2 · 10–5
para o lado da formação do ácido acético em razão do
consumo de OH–: pH 5 – (log 2 1 log 10–5)

Mg21 1 2 NO3– 1 2 H2O  Mg(OH)2 1 2 H1 1 2 NO3– pH 5 – (0,3 – 5)

Mg21 1 2 H2O  Mg(OH)2 1 2 H+ pH 5 4,7



Meio ácido

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 43 29/05/2019 15:54


44 112 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1B

HIDRÓLISE SALINA

Hidrólise de um sal Hidrólise de um sal formado por um ácido


formado por um ácido Sal formado por uma base
forte e uma base fraca (NH4C<). forte e um ácido forte.
fraco e uma base forte
(NaCN).

[OH ] ⋅ [HCN]

[NH4OH] ⋅ [H+ ] H2O(<)  OH(−aq) 1 H(+aq)

O
Kh = Kh =

BO O
[CN ]
[NH+4 ]

SC
Não há hidrólise.

M IV
O S
D LU
O C
N X

pH 5 7
pH . 7 pH , 7
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Hidrólise de um sal formado


por uma base fraca e um
EM IA

ácido fraco (NH4CN).


ST ER
SI AT
M

Kh =
[NH OH] ⋅ [HCN]
4

[NH ] ⋅ [CN ]
+
4

Ka . Kb → meio levemente básico

Kb . Ka → meio levemente ácido

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 44 29/05/2019 15:54


113 – Material do Professor 45

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1B
1. Unicamp-SP – A calda bordalesa é uma das formulações
O
mais antigas e mais eficazes que se conhece. Ela foi desco-
berta na França, no final do século XIX, quase por acaso,
por um agricultor que aplicava água de cal nos cachos de
uva para evitar que fossem roubados. A cal promovia uma N N
mudança na aparência e no sabor das uvas. O agricultor Mg
logo percebeu que as plantas assim tratadas estavam livres N N
de antracnose. Estudando-se o caso, descobriu-se que o
efeito estava associado ao fato de a água de cal ter sido
preparada em tachos de cobre. Atualmente, para preparar O O
a calda bordalesa, coloca-se o sulfato de cobre em um
O
pano de algodão que é mergulhado em um vasilhame 2 O O
plástico com água morna. Paralelamente, coloca-se cal
em um balde e adiciona-se água aos poucos. Após qua- Clorofila a
tro horas, adiciona-se aos poucos, e mexendo sempre, a
solução de sulfato de cobre à água de cal. O
Gervásio Paulus, André Muller e Luiz Barcellos. Agroecologia apli-
cada: práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica.
Porto Alegre: EMATER-RS, 2000. p. 86. Adaptado. NH N
Na formulação da calda bordalesa fornecida pela EMATER,
recomenda-se um teste para verificar se a calda ficou

O
N NH

BO O
ácida: coloca-se uma faca de aço carbono na solução

SC
M IV
por três minutos. Se a lâmina da faca adquirir uma colo-
ração marrom ao ser retirada da calda, deve-se adicionar

O S
O O
mais cal à mistura. Se não ficar marrom, a calda está
pronta para o uso. D LU 2 O O
O
O C
De acordo com esse teste, conclui-se que a cal deve
Feofitina a
N X

promover
SI O E

a) uma diminuição do pH, e o sulfato de cobre II, por


a) De que maneira o bicarbonato de sódio age para
sua vez, um aumento do pH da água devido à reação
SO2– evitar a perda da cor verde dos brócolis?
1 H2O  HSO4– 1 OH–.
EN S

4
b) Por que não tampar a panela produz o mesmo efeito
E U

b) um aumento do pH, e o sulfato de cobre II, por sua


da adição de bicarbonato?
vez, uma diminuição do pH da água devido à reação
D E

Cu2+ 1 H2O  Cu(OH)+ 1 H+. c) Escreva a equação química balanceada da reação


A LD

envolvida pelo bicarbonato de sódio que explica a


c) uma diminuição do pH, e o sulfato de cobre II, por
resposta do item a.
sua vez, um aumento do pH da água devido à reação
EM IA

Cu2+ 1 H2O  Cu(OH)+ 1 H+.


a) O bicarbonato de sódio sofre hidrólise básica, consequentemente,
d) um aumento do pH, e o sulfato de cobre II, por sua
ST ER

vez, uma diminuição do pH da água devido à reação


SO2– 1 H2O  HSO4– 1 OH–. os compostos ácidos são neutralizados.
SI AT

A presença de cal deixa a solução básica (CaO 1 H2O  Ca(OH)2) e,


M

b) Com a panela destampada, os compostos voláteis ácidos presentes


consequentemente, ocorre aumento do pH.
Pela hidrólise do sulfato de cobre (CuSO4), vem:
no vegetal desprendem-se e são eliminados para o ambiente, con-
Cu21 1 SO2– 1 H2O  H1 1 SO2– 1 Cu2+ (OH)–
4 4

Cu 1 H2O  H
21
 1 Cu(OH)
+ 1 Cu(OH)+

Meio ácido sequentemente, não ocorre reação com a clorofila. Dessa forma, a

feofitina não é produzida.

c) Na+ 1 HCO3–  H2O 1 CO2 1 Na+ 1 OH–

HCO3– 1 H2O  H2O 1 CO2 1 OH




Meio básico
2. UFPR – É comum as pessoas observarem que, ao co-
zinhar brócolis em água e com a panela tampada, o
vegetal perde a cor verde e adquire uma cor amarelada.
Isso ocorre porque compostos voláteis ácidos presen-
tes no vegetal se desprendem pela ação da temperatura
de cozimento e reagem com a clorofila, pigmento ver-
de, produzindo feofitina, que é um pigmento amarelo.
Para manter a cor verde dos brócolis, recomenda-se
não tampar a panela ou adicionar bicarbonato de sódio
(NaHCO3).

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 45 29/05/2019 15:55


46 114 – Material do Professor

3. Enem C7-H24 3 HMnO4 1 Fe(OH)3  Fe(MnO4)3 1 3 H2O


QUÍMICA 1B

Alguns profissionais burlam a fiscalização quando adi- 3 · 120 g de ácido –––––– 10 g de base
cionam quantidades controladas de solução aquosa de 300 g de ácido –––––– x
hidróxido de sódio a tambores de leite de validade ven- X 5 89,16 g de base
cida. Assim que o teor de acidez, em termos de ácido
lático, encontra-se na faixa permitida pela legislação, o 3 HMnO4  3 H2O
leite adulterado passa a ser comercializado. A reação 3 · 120 g –––––– 3 mol
entre o hidróxido de sódio e o ácido lático pode ser 300 g –––––– y
representada pela equação química: y 5 2,5 mol
CH3CH(OH)COOH(aq) 1 NaOH(aq)  c) Incorreta. O sal resultante Fe(MnO4)3 é um sal ácido, pois é resultado
da reação entre um ácido forte e uma base fraca.
 CH3CH(OH)COONa(aq) 1 H2O(<) d) Correta. A reação fica corretamente balanceada com os coeficientes:
3:1:1:3.
A consequência dessa adulteração é o(a)
e) Incorreta. De acordo com o texto, o hidróxido de ferro III age em
a) aumento do pH do leite. conjunto com outras substâncias para o tratamento de anemias.
b) diluição significativa do leite.
5. IFSC – O tratamento da água de uma piscina ocor-
c) precipitação do lactato de sódio.
re em várias etapas que envolvem processos físicos
d) diminuição da concentração de sais. e químicos. As substâncias relacionadas na tabela a
e) aumento da concentração dos íons H1. seguir são utilizadas para ajuste de pH, alcalinidade e
A consequência dessa adulteração é o aumento do pH do leite em razão desinfecção da água.
da adição de uma base (NaOH).
CH3CH(OH)COOH(aq) 1 NaOH(aq) → CH3CH (OH) COONa(s) 1 H2O(<)
   Substância pH em solução

O
BO O
Formação de sal ( acetato de sódio)
Adição de

SC
HC 1

M IV
hidróxido de sódio

Hidrólise do sal (lactato de sódio):


NaHCO3 10

O S
CH3CH(OH) COO(–aq) 1 Na(+aq) 1 H 2 O (<) → Na(+aq) 1 OH(–aq) 1

1 CH3CH(OH) COOH( aq)
   D LU Meio básico Ca(CO)2
O3
8
7
O C
Ácido fraco
N X

CH3CH(OH) COO(–aq) 1 H2O(<) → OH(–aq) 1 CH3CH(OH) COOH( aq)


    Sobre essas substâncias e suas funções no trata-
SI O E

Meio básico Ácido fraco


mento da água da piscina, assinale a soma da(s)
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em proposição(ões) correta(s).
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
EN S

tífico-tecnológicas. 01) O HC é um ácido e tem a função de elevar o pH


E U

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar da água.


materiais, substâncias ou transformações químicas.
D E

02) Entre as substâncias apresentadas na tabela, três


delas são alcalinas e uma é ácida.
A LD

4. PUC-PR
04) O NaHCO3, por apresentar um caráter básico, é
O ácido permangânico é um composto instável, de cor responsável pelo controle da alcalinidade da água.
EM IA

branca, extremamente corrosivo, o qual oxida em soluções


08) Quando adicionado à água da piscina, o HC neu-
ST ER

aquosas. Já o hidróxido de ferro III é uma base insolúvel em traliza as substâncias alcalinas presentes.
água que, em conjunto com outras substâncias, pode servir,
16) O hipoclorito de cálcio é responsável pelo forneci-
SI AT

por exemplo, em medicina para ajudar a tratar anemias. mento de cloro para desinfecção e, por apresentar
Disponível em: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br>. um caráter ácido, reduz o pH da água.
M

Acesso em: abr. 2109. 32) A substância simples mostrada na tabela é um po-
No que diz respeito aos ácidos e bases, assinale a al- deroso agente desinfectante utilizado não só em
piscinas, mas também em purificadores de água.
ternativa correta.
44 (04108132)
Dados: massas atômicas em (g/mol): H 5 1; O 5 16;
Mn 5 55; Fe 5 56
01. Incorreta. O HC< é um ácido e tem a função de diminuir o pH da água.
a) O Nox do manganês no sal possui valor igual a 6.
b) Quando utilizados 300 g do ácido, são consumidos 02. Incorreta. Entre as substâncias apresentadas na tabela, duas são
95 g da base e 5,54 mols de água, respectivamente.
c) O sal resultante dessa reação possui caráter neutro alcalinas (pH > 7), uma é ácida (pH , 7) e uma é neutra (pH 5 7).
em solução, visto que provém de um ácido forte e
uma base forte.
Substância pH em solução Caráter
d) A proporção da quantidade de mol da reação balan-
ceada para o ácido, base, sal e água é, respectiva- HC< 1 ácido
mente, 3:1:1:3. NaHCO3 10 básico
e) O hidróxido de ferro III atua de maneira efetiva no Ca(C<O)2 8 básico
tratamento da anemia, não necessitando de outras
O3 7 neutro
substâncias para o referido tratamento.

+1 +7 –8

a) Incorreta. HMnO4
b) Incorreta.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 46 29/05/2019 15:55


115 – Material do Professor 47

04. Correta. O NaHCO3, por apresentar um caráter básico, é responsável 6. FCM-MG – Medicamentos homeopáticos baseiam-

QUÍMICA 1B
-se no princípio Hipocrático similia similibus curantur,
pelo controle da alcalinidade da água. ou seja, semelhante cura semelhante, ao passo que,
na medicina tradicional, a cura é baseada no princípio
Na+ 1 HCO3– 1 H2O  H2O 1 CO2 1 Na+ 1 OH– Hipocrático contraria contrariis, com medicamentos
contrários.
HCO3–  CO2 1 OH

– Com base nessas informações, indique o medicamento
Meio básico
que não é utilizado segundo o princípio homeopático
(semelhante à doença):
08. Correta. Quando adicionado à água da piscina, o HC neutraliza as
a) Bicarbonato de sódio (sal derivado de ácido fraco e
substâncias alcalinas (básicas) presentes. base forte), usado no tratamento de azia estomacal.
b) Coffea cruda (café), cujo princípio ativo cafeína é um
estimulante do sistema nervoso central, usado no
16. Incorreta. O hipoclorito de cálcio (Ca(CO) 2) é responsável por
tratamento de insônia.
desinfectar e aumentar o pH da água.
c) Silícea (mineral contendo SiO2, conhecido como ci-
mento), usado no tratamento de deficiência cons-
titucional.
Ca21 1 2 C<O– 1 2 H2O  Ca21 1 2
OH

 1 2 HC<O d) Carbo vegetalis (carvão vegetal com capacidade
Meio básico

de absorver odores), usado para problemas de


32. Correta. O ozônio (O3) mostrado na tabela é um poderoso agente hálito fétido.
O bicarbonato de sódio (sal derivado de ácido fraco e base forte), usado
desinfectante utilizado não só em piscinas, mas também em purifica- no tratamento de azia estomacal, não é utilizado segundo o princípio

O
homeopático, pois esse sal tem caráter básico e neutraliza a acidez

BO O
SC
estomacal, ou seja, tem-se básico x ácido (princípios contrários).
dores de água.

M IV
Na1 1 HCO3– 1 H2O  H2O 1 CO2 1 Na1 1 OH–

O S
HCO3–  CO2 1 OH–

D LU

Meio básico
O C
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
N X
SI O E

7. UFJF-MG – Um caminhão [...], com 17,6 metros cúbicos A higienização de ambientes e de alimentos é uma das
de ácido sulfúrico, colidiu com outro caminhão, [...], pro- maneiras de prevenção à saúde porque reduz a prolife-
vocando o vazamento de todo o ácido. O produto percor- ração de micro-organismos patogênicos. Um dos pro-
EN S

dutos utilizados nessa higienização é a água sanitária,


E U

reu o sistema de drenagem e atingiu o córrego Piçarrão. O


ácido ficou contido em uma pequena parte do córrego, [...], solução aquosa bactericida, constituída por hipoclorito
D E

o que possibilitou aos técnicos a neutralização do produto. de sódio, NaC<(aq), obtida, industrialmente, por meio da
A LD

Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/noticen- reação entre o gás cloro, C<2(g), e o hidróxido de sódio,
tro/2008/05/30_vazamento.pdf>. Acesso em: 26 out. 2016. NaOH(aq), que, além do hipoclorito de sódio, produz,
EM IA

também, cloreto de sódio e água. A dissolução do hi-


Para minimizar os problemas ambientais causados poclorito de sódio sólido, em água, leva à formação de
ST ER

pelo acidente descrito anteriormente, indique qual uma solução com pH maior do que 7,0.
dos sais a seguir pode ser utilizado para neutralizar
SI AT

o ácido sulfúrico. Com base nessas informações e na hidrólise de íons


em solução aquosa,
a) Cloreto de sódio
M

b) Cloreto de amônio a) escreva a equação química, devidamente balancea-


da, que representa a reação de obtenção da água
c) Carbonato de cálcio sanitária;
d) Sulfato de magnésio b) apresente um argumento que justifique o pH maior
e) Brometo de potássio do que 7,0 da solução aquosa do hipoclorito de sódio.

8. EBM-SP – Ações comunitárias têm como objetivo me-


lhorar as condições de vida da população e, para serem
efetivas, devem, inicialmente, identificar as necessida-
des ou carências da comunidade, mobilizar recursos
e formular estratégias de ação para a resolução dos
problemas. Instituições de ensino superior, na área da
saúde, por exemplo, têm criado ações para estimular
a prática profissional e proporcionar o exercício da so-
lidariedade, como as Clínicas da Saúde, que oferecem
atendimento gratuito à população, nas áreas de nutri-
ção, enfermagem, medicina, odontologia entre outras.
Além disso, fiscalização e cobrança da implantação de
sistemas de saneamento básico, que incluem o tra-
tamento de água e de esgotos, em todos os bairros
de uma cidade, é uma das maneiras de prevenção de
doenças e manutenção da saúde da população.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 47 29/05/2019 15:55


48
QUÍMICA 1B 116 – Material do Professor

9. Fac. Albert Einstein-SP – A metilamina e a etilamina são duas substâncias gasosas


à temperatura ambiente que apresentam forte odor, geralmente caracterizado como
de peixe podre.
Uma empresa pretende evitar a dispersão desses gases e, para isso, adaptou um
sistema de borbulhamento do gás residual do processamento de carne de peixe em
uma solução aquosa.
Um soluto adequado para neutralizar o odor da metilamina e da etilamina é
a) amônia.
b) nitrato de potássio.

O
BO O
c) hidróxido de sódio.

SC
M IV
d) ácido sulfúrico.

O S
10. PUC-SP
Dados: D LU
O C
Constante de ionização (Ka) do H2CO3 5 4 ? 10–7
N X
SI O E

Constante de ionização (Kb) do NH3 5 2 ? 10–5


Constante de ionização (Kw) do H2O 5 1 ? 10–14
EN S

Os indicadores ácido-base são substâncias cuja cor se altera em uma faixa específica
E U

de pH. A tabela a seguir apresenta a faixa de viragem (mudança de cor) de alguns


D E

indicadores ácido-base.
A LD

Cor em pH Intervalo Cor em pH


EM IA

Indicador abaixo da aproximado de pH acima da


ST ER

viragem de mudança de cor viragem


Violeta de metila Amarelo 0,0 – 1,6 Azul-púrpura
SI AT

Alaranjado de
Vermelho 3,1 – 4,4 Amarelo
M

metila
Azul de
Amarelo 6,0 – 7,6 Azul
bromotimol
Fenolftaleína Incolor 8,2 – 10,0 Rosa-carmim
Amarelo de
Amarelo 10,3 – 12,0 Vermelho
alizarina R

Com base na análise dessa tabela, um técnico executou um procedimento para dis-
tinguir algumas soluções.
Para diferenciar uma solução de HC< de concentração 1,0 mol · L–1 de uma solução
de HC< de concentração 0,01 mol · L–1, ele utilizou o indicador X. Para diferenciar uma
solução de bicarbonato de sódio (NaHCO3) de concentração 0,01 mol · L–1 de uma
solução de cloreto de amônio (NaHC<) de concentração 0,01 mol · L–1, ele utilizou o
indicador Y. Para diferenciar uma solução de amoníaco (NH3) de concentração
1,0 ? 10–3 mol ? L–1 de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) de concentração
0,1 mol · L–1, ele utilizou o indicador Z.
A alternativa que apresenta os indicadores X, Y e Z adequados para cada um dos
procedimentos propostos pelo técnico é

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 48 29/05/2019 15:55


117 – Material do Professor 49

12. UEL-PR – A vida em grandes metrópoles apresenta atri-


X Y Z

QUÍMICA 1B
butos que consideramos sinônimos de progresso, como
Violeta de Azul de Amarelo de facilidades de acesso aos bens de consumo, oportunidades
a) de trabalho, lazer, serviços, educação, saúde etc. Por outro
metila bromotimol alizarina R
lado, em algumas delas, devido à grandiosidade dessas
Violeta de Azul de
b) Fenolftaleína cidades e aos milhões de cidadãos que ali moram, existem
metila bromotimol muito mais problemas do que benefícios. Seus habitan-
Alaranjado de Azul de tes sabem como são complicados o trânsito, a segurança
c) Fenolftaleína pública, a poluição, os problemas ambientais, a habitação
metila bromotimol
etc. Sem dúvida, são desafios que exigem muito esforço
Alaranjado de Violeta de Amarelo de não só dos governantes, mas também de todas as pes-
d)
metila metila alizarina R soas que vivem nesses lugares. Essas cidades convivem
ao mesmo tempo com a ordem e o caos, com a pobreza e
a riqueza, com a beleza e a feiura. A tendência das coisas
11. UERJ – Hortênsias são flores cujas cores variam de
de se desordenarem espontaneamente é uma característica
acordo com o pH do solo, conforme indica a tabela.
fundamental da natureza. Para que ocorra a organização, é
necessária alguma ação que restabeleça a ordem. É o que
Faixa de pH do solo Coloração acontece nas grandes cidades: despoluir um rio, melho-
rar a condição de vida dos seus habitantes e diminuir a
Menor que 7 azul
violência, por exemplo, são tarefas que exigem muito tra-
Igual a 7 vermelha balho e não acontecem espontaneamente. Se não houver
Maior que 7 rosa qualquer ação nesse sentido, a tendência é que prevaleça

O
a desorganização. Em nosso cotidiano, percebemos que

BO O
SC
Considere os seguintes aditivos utilizados na planta- é mais fácil deixarmos as coisas desorganizadas do que

M IV
ção de hortênsias em um solo neutro: NaHCO3, CaO, em ordem. A ordem tem seu preço. Portanto, percebemos

O S
A<2(SO4)3 e KNO3. que há um embate constante na manutenção da vida e do

D LU
a) Indique a cor das flores produzidas quando se adicio-
universo contra a desordem. A luta contra a desorganização
é travada a cada momento por nós. Por exemplo, desde
O C
na KNO3 a esse solo e a fórmula química do aditivo o momento da nossa concepção, a partir da fecundação
N X

que deve ser acrescentado, em quantidade adequa- do óvulo pelo espermatozoide, nosso organismo vai se
SI O E

da, para produzir hortênsias azuis. desenvolvendo e ficando mais complexo. Partimos de uma
b) Entre os aditivos, nomeie o óxido e apresente a equa- única célula e chegamos à fase adulta com trilhões delas,
ção química completa e balanceada da sua reação especializadas para determinadas funções. Entretanto, com
EN S

com a água.
E U

o passar dos anos, envelhecemos e nosso corpo não con-


segue mais funcionar adequadamente, ocorre uma falha
D E

fatal e morremos. O que se observa na natureza é que a


A LD

manutenção da ordem é fruto da ação das forças funda-


mentais, que, ao interagirem com a matéria, permitem que
EM IA

esta se organize. Desde a formação do nosso planeta, há


cerca de 5 bilhões de anos, a vida somente conseguiu se
ST ER

desenvolver à custa de transformar a energia recebida pelo


Sol em uma forma útil, ou seja, capaz de manter a organi-
SI AT

zação. Para tal, pagamos um preço alto: grande parte dessa


M

energia é perdida, principalmente na forma de calor. Dessa


forma, para que existamos, pagamos o preço de aumentar a
desorganização do nosso planeta. Quando o Sol não puder
mais fornecer essa energia, dentro de mais 5 bilhões de
anos, não existirá mais vida na Terra. Com certeza a espécie
humana já terá sido extinta muito antes disso.
OLIVEIRA, A. O caos e a ordem. Ciência Hoje. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/
o-caos-ea- ordem>. Acesso em: 10 abr. 2015. Adaptado.

O processo de despoluição de um rio, embora trabalho-


so, é importante para restabelecer a ordem de pureza.
A medida de pH da água de um rio é um parâmetro
importante para avaliar a acidez ou a alcalinidade da
água. Cita-se, por exemplo, que descartes aquosos de
efluentes em corpos d’água devem apresentar pH entre
5 e 9, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
procedimentos químicos capazes de corrigir o pH de
um corpo d’água.
Dados: Fe31 sofre hidrólise em água;
Ka do HNO2 5 5,1 ? 10–4; Kb do NH3 5 1,8 ? 10–5

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 49 29/05/2019 15:55


50 118 – Material do Professor

a) Se um corpo d’água possui pH 2, a elevação desse

DARIUZPA/ STOCKPHOTO
QUÍMICA 1B

valor pode ser feita pela adição de NaC< na água.


b) Se um corpo d’água possui pH 4, a elevação desse
valor pode ser feita pela adição de KC< na água.
c) Se um corpo d’água possui pH 6, a elevação desse
valor pode ser feita pela adição de FeC<3 na água.
d) Se um corpo d’água possui pH 7, a redução desse
valor pode ser feita pela adição de NH 4C< na água.
e) Se um corpo d’água possui pH 8, a redução desse
valor pode ser feita pela adição de NaNO2 na água.
Disponível em: <https://dronecuiaba.wordpress.com/tag/drone/
13. Mackenzie-SP – Um aluno preparou três soluções page/5/>. Acesso em: 25 out. 2017.
aquosas, a 25 °C, de acordo com a figura a seguir.
A alta produtividade da soja descrita na proprieda-
de do Sr. Norberto está relacionada à utilização de
cultivares, à correção do pH do solo e à adição de
fertilizantes. A acidez excessiva do solo é tipicamente
KNO3 NaCN NH4Br “corrigida”, utilizando-se substâncias alcalinas, como
1 1 1 calcário, que é composto majoritariamente por car-
H2O H2O H2O
bonato de cálcio (CaCO 3).
a) Equacione a reação de hidrólise do íon carbonato
na presença de água, demonstrando sua caracte-

O
BO O
Conhecedor dos conceitos de hidrólise salina, o aluno rística alcalina.

SC
M IV
fez as seguintes afirmações. b) Um fertilizante contendo nitrogênio, fósforo e potás-
sio (NPK) 4-30-10 indica que há, em sua composição,

O S
I. A solução de nitrato de potássio apresenta caráter
4,00% de N (14,0 g/mol), 30,0% de P2O5 (142 g/mol)
neutro.
D LU
II. O cianeto de sódio sofre ionização em água, produ-
e 10,0% de K2O (94,2 g/mol), em massa. Ainda que
pentóxido de fósforo e óxido de potássio não sejam
O C
zindo uma solução básica. os constituintes reais do fertilizante, essa é a forma
N X

III. Ao verificar o pH da solução de brometo de amônio, de representação usual. Considere o fertilizante (NPK)
SI O E

a 25 °C, conclui-se que Kb . Ka. 4-30-10 do exemplo, a ser aplicado em uma quantida-
de de 300 kg/ha no preparo do solo para o plantio no
IV. NH+4( aq) 1 H2O()  NH4OH(aq) 1 H(+aq) representa
EN S

terreno do Sr. Norberto, que possui área de 15,0 ha.


Calcule a massa total de fertilizante que deverá ser
E U

a hidrólise do cátion amônio.


utilizada no terreno, conforme dados do enunciado.
Estão corretas somente as afirmações
D E

c) Com base no resultado do item anterior, calcule,


A LD

a) I e II. explicitando as etapas do cálculo, a massa total de


b) I, II e III. nitrogênio e de potássio (39,1 g/mol) presente no
EM IA

fertilizante aplicado sobre o terreno.


c) I e IV.
ST ER

d) II e III.
e) I, II e IV.
SI AT

14. UFSC
M

O cultivo de grãos no Brasil tem contribuído significati-


vamente no cenário econômico. Em meio a diversas cri-
ses financeiras, o agronegócio tem sido responsável pelo
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo
trimestre deste ano. Segundo a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), a safra 2016/2017 de grãos deve
atingir a marca de 231,99 milhões de toneladas, consti-
tuindo um aumento significativo em relação aos 190 mi-
lhões de toneladas da safra passada.
O Sr. Norberto possui uma propriedade no interior do es-
tado destinada ao cultivo de grãos, em especial soja. Com
o aumento da produção, faz-se necessário ampliar a es-
trutura de armazenagem dos grãos. Para tanto, pretende
construir três novos silos de armazenamento, cada um
com capacidade de 2 000 toneladas. Em função da den-
sidade dessa espécie de grão, das condições de armaze-
namento, do controle de umidade e de outros fatores, o
armazenamento de 2 000 toneladas requer um espaço cujo
volume é de 3 140 m3.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 50 29/05/2019 15:55


119 – Material do Professor 51

QUÍMICA 1B
15. PUC-PR – O sulfato de potássio e o permanganato de
potássio são duas importantes substâncias. O sulfa-
to de potássio é utilizado na agricultura como um dos
constituintes dos fertilizantes, pois ajuda na adubação
das culturas que estão com carência de potássio, ao
passo que o permanganato de potássio é utilizado no
tratamento da catapora, pois ajuda a secar os ferimen-
tos causados pela doença. A reação a seguir mostra
uma maneira de produzir o sulfato de potássio a partir
do permanganato de potássio. Considerando as infor-
mações apresentadas e a análise da reação não balan-
ceada, assinale a alternativa correta.
Dados: massas atômicas em (g/mol): H 5 1, O 5 16,
S 5 32, K 5 39, Mn 5 55
KMnO4(aq) 1 H2SO4(aq) 1 H2O2(aq) →

O
BO O
→K2SO4(aq) 1 H2O(<) 1 MnSO4(aq) 1 O2(g)

SC
M IV
a) O permanganato de potássio ajuda na cura da cata-

O S
pora, pois é um importante agente redutor.
D LU
b) Todo o oxigênio produzido provém do ácido sulfúrico
O C
e do permanganato de potássio.
N X

c) Considerando a reação balanceada, seriam necessá-


SI O E

rios 44,8 L de permanganato de potássio nas CNTP


para produzir aproximadamente 30 ? 10 23 íons de
gás oxigênio.
EN S

d) O sulfato de potássio é utilizado na agricultura para


E U

ajudar na correção do pH do solo, pois é um sal de


D E

caráter básico.
A LD

e) Na reação balanceada, a soma dos menores coefi-


cientes inteiros é de 26.
EM IA

16. UEM-PR (adaptado) – Nas estações de tratamento


ST ER

de água (ETAs), as águas naturais coletadas de rios e


aquíferos apresentam-se, geralmente, turvas, em razão
SI AT

das pequenas partículas em suspensão. Para solucio-


nar esse problema, as águas passam por processos
M

físico-químicos de tratamento, como a floculação/coa-


gulação, que visa eliminar a turbidez com a adição de
A<2(SO4)3 (sulfato de alumínio). Esse sal dissolvido na
água garante o arraste das partículas suspensas quan-
do o A<31 precipita na forma de A<(OH)3. Entretanto, 17. PUC-PR – Os efeitos tóxicos do dióxido de carbono
para garantir que não reste concentração substancial
exigem a sua remoção contínua de espaços fechados. A
de A<31 residual, fato que pode acarretar prejuízos à
reação entre hidróxido de lítio e de dióxido de carbono
saúde humana, as ETAs podem assegurar a precipitação
é usada para remover o gás de naves espaciais e submari-
de praticamente todo o A<31 por meio da elevação do
nos. O filtro utilizado nesses equipamentos é basicamente
pH da água. Sobre essas afirmações, assinale o que
for correto. composto de hidróxido de lítio. O ar seria direcionado para
o filtro através de ventiladores; ao entrar em contato com
01) Para a precipitação do A<31 residual, utilizam-se o hidróxido de lítio presente nos filtros, ocorre a reação
substâncias de caráter básico.
com o dióxido de carbono existente no ar. A reação global
[H+ ] é exotérmica, formando carbonato de lítio sólido e água
02) Em pH neutro: 5 1.
[OH– ] no estado gasoso.
Disponível em: <http://www.abq.org.br/cbq/2014/traba-
04) Para pH 8,0, a concentração de [OH–] correspon- lhos/14/4463-18723.html>. Acesso em: fev. 2019.
dente é 1,0 ? 10–8 mol/L.
Analisando o texto e a reação não balanceada, assinale
08) A hidrólise salina do sulfato de alumínio gera solu-
ção de pH inferior a 7. a alternativa correta.

Dê a soma dos itens corretos CO2(g) 1 LiOH(s)  Li2CO3(s) 1 H2O(v)

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 51 29/05/2019 15:55


52 120 – Material do Professor

a) A reação entre o gás carbônico e o hidróxido de lítio c) É impossível a reação de hidrólise entre o hidróxido
QUÍMICA 1B

forma um sal com pOH , 7. de lítio e o ácido carbônico, reagentes responsáveis


b) A constante de hidrólise desse sal é dada pela se- pela produção de carbonato de lítio.
d) A constante de hidrólise para o referido sal pode ser
[OH– ] ⋅ [H2CO2–3 ]
dada por: Kh 5 Kw.
guinte relação: Kh 5 .
[CO2–
3 ] ⋅ [H2 ]
O
e) A reação anterior é exotérmica, ou seja, torna o am-
biente muito frio.

ESTUDO PARA O ENEM


18. Enem C7-H24 Qual solução deve ser usada para extração do lapachol
A água consumida na maioria das cidades brasileiras é da serragem do ipê com maior eficiência?
obtida pelo tratamento da água de mananciais. A parte a) Solução de Na2CO3 para formar um sal de lapachol.
inicial do tratamento consiste no peneiramento e na se- b) Solução-tampão ácido acético/acetato de sódio
dimentação de partículas maiores. Na etapa seguinte, (pH 5 4,5).
dissolvem-se na água carbonato de sódio e, em seguida,
c) Solução de NaC<, a fim de aumentar a força iônica
sulfato de alumínio. O resultado é a precipitação de hi-
do meio.
dróxido de alumínio, que é pouco solúvel em água, o qual
leva consigo as partículas poluentes menores. Posterior- d) Solução de Na2SO4 para formar um par iônico com
mente, a água passa por um processo de desinfecção e, lapachol.
finalmente, é disponibilizada para o consumo. e) Solução de HC<, a fim de extraí-lo por meio de reação
ácido-base.
No processo descrito, a precipitação de hidróxido de

O
alumínio é viabilizada porque

BO O
20. Enem C7-H24

SC
M IV
a) a dissolução do alumínio resfria a solução. Em um experimento, colocou-se água até a metade da
b) o excesso de sódio impossibilita sua solubilização. capacidade de um frasco de vidro e, em seguida, adi-

O S
cionaram-se três gotas de solução alcoólica de fenolf-
D LU
c) a oxidação provocada pelo sulfato produz hidroxilas.
d) as partículas contaminantes menores atraem essa
taleína. Adicionou-se bicarbonato de sódio comercial,
em pequenas quantidades, até que a solução se tornas-
O C
substância.
se rosa. Dentro do frasco, acendeu-se um palito de fós-
N X

e) o equilíbrio químico do carbonato em água torna o foro, o qual foi apagado assim que a cabeça terminou
SI O E

meio alcalino.
de queimar. Imediatamente, o frasco foi tampado. Em
seguida, agitou-se o frasco tampado e observou-se o
19. Enem C7-H24
EN S

desaparecimento da cor rosa.


E U

Diversos produtos naturais podem ser obtidos de plantas


MATEUS. A. L. Química na cabeça.
por processo de extração. O lapachol é da classe das
D E

Belo Horizonte: UFMG, 2001. Adaptado.


naftoquinonas. Sua estrutura apresenta uma hidroxila
A LD

enólica (pKa 5 6,0) que permite que esse composto seja A explicação para o desaparecimento da cor rosa é que,
isolado da serragem dos ipês por extração com solução com a combustão do palito de fósforo, ocorreu o(a)
EM IA

adequada, seguida de filtração simples. Considere que a) formação de óxidos de caráter ácido.
pKa 5 –log Ka, em que Ka é a constante ácida da reação
ST ER

b) evaporação do indicador fenolftaleína.


de ionização do lapachol.
c) vaporização de parte da água do frasco.
SI AT

O
d) vaporização dos gases de caráter alcalino.
e) aumento do pH da solução no interior do frasco.
M

OH

O
Lapachol

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 52 29/05/2019 15:55


121 – Material do Professor 53

55
PRODUTO DE SOLUBILIDADE

QUÍMICA 1B
(PS, KS OU KPS)

245188/SHUTTERSTOCK
• Equilíbrio heterogêneo
• Solubilidade

HABILIDADES
• Trabalhar com sistemas
pouco solúveis.

O
• Calcular o Kps dos

BO O
SC
sistemas.

M IV
• Avaliar a solubilidade das

O S
substâncias.
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Biodiversidade de um recife de corais.


EM IA

Os recifes de corais são formados pelo excesso de carbonato de cálcio, provenien-


ST ER

te da decomposição de diversos organismos, no fundo de rios e lagos. O carbonato


de cálcio acumula-se, pois sua concentração nas águas supera a sua constante de
SI AT

solubilidade, que nada mais é do que a máxima quantidade de soluto que pode ser
dissolvida numa dada quantidade de solvente em dada temperatura. Nessa situação,
M

estabelece-se um equilíbrio dinâmico entre o carbonato de cálcio em solução e seu


precipitado.

CONSTANTE DO PRODUTO DE
SOLUBILIDADE
Suponha uma solução saturada do eletrólito
A2B3, pouco solúvel em água, em presença de
seu precipitado. O equilíbrio dinâmico dessa
situação pode ser representado por: A31
(aq)
B2–
(aq)

A2B3(s)  2 A (3aq
+
) 1 3 B(aq)
2−

A expressão para a constante de equilíbrio A2B3(s)


é dada por:
K 5 [A31]2 ⋅ [B2–]3

Como o A2B3 está no estado físico sólido, ele não participa da expressão desse
equilíbrio, já que apresenta concentração constante. Essa constante de equilíbrio
K é chamada de produto de solubilidade (PS), sendo simbolizada por Kps ou Ks.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 53 29/05/2019 15:55


54 122 – Material do Professor

O produto de solubilidade é o produto das concen- EXERCÍCIO RESOLVIDO


trações molares dos íons existentes em uma solução
QUÍMICA 1B

1. A solubilidade do Pb(IO3)2 é 4 ? 10–5 mol/L a 25 ºC. Qual


saturada, em que cada concentração é elevada a um é o Kps desse sal?
expoente igual ao respectivo coefi ciente do íon na
Resolução
equação de dissociação.
Exemplos Pb(IO3)2(s)  Pb(2aq+ ) 1 2 IO3−(aq)
1) AgC (s)  Ag+(aq) 1 C –(aq)
4 ? 10–5 mol/L 4 ? 10–5 mol/L 8 ? 10–5 mol/L
Kps 5 [Ag 1] ? [C –]
Kps 5 [Pb21] ? [ IO3− ]2
2) Fe 2CO 3(s)  2 Fe 3+
(aq) 1 3 CO 2–
3( aq) Kps 5 (4 ? 10–5) ? (8 ? 10–5)2
Kps 5 2,56 ? 10–13
Kps 5 [Fe ] ? [ CO ]
31 2 2– 3
3

3) CaCO 3(s)  Ca(2aq


+
) 1 CO3(aq)
2–
EFEITO DO ÍON COMUM E SOLUBILIDADE
Consideremos uma solução saturada de AgC em
Kps 5 [Ca21] ? [CO2–
3 ]
equilíbrio dinâmico com seu respectivo precipitado.
A expressão do Kps só é utilizada para soluções
saturadas de eletrólitos pouco solúveis (considerados
muitas vezes como insolúveis). Como o Kps é uma
constante de equilíbrio, esta varia com a temperatura.

O
BO O
Quanto mais solúvel for o eletrólito, maior o valor do

SC
Ag(aq)
1
C(aq)

M IV
Kps; quanto menos solúvel for o eletrólito, menor a

O S
concentração dos íons em solução e menor o valor do
Kps, desde que as substâncias comparadas apresen-
tem a mesma proporção entre íons.
D LU
O C
AgC(s)
N X

Exemplo
SI O E

BaCO3(s)  Ba(2aq Kps 5 2 ? 10–9 AgC(s)  Ag+(aq) 1 C –(aq) Kps 5 1,2 ? 10–10 (a 25 ºC)
) 1 CO3(aq)
+ 2–
EN S

CaCO3(s)  Ca(aq)
2+
1 CO2– Kps 5 5 ? 10–9 O que ocorrerá com esse sistema em equilíbrio se
E U

3( aq)
for adicionado NaC?
D E

Como as reações apresentam a mesma proporção Ao adicionar NaC nessa solução (NaC(s)  Na+(aq) 1
A LD

em íons (1:1), o CaCO3 é mais solúvel que o BaCO3, 1 C –(aq) ), a concentração de C – na solução (íon co-
porque tem maior valor de Kps. mum) irá aumentar, fazendo com que o equilíbrio se
EM IA

Quando as substâncias comparadas têm proporção desloque para a esquerda, aumentando a quantidade
ST ER

em íons diferentes, devemos, pelo valor de Kps, de- de precipitado e, consequentemente, diminuindo a
terminar a solubilidade de cada uma separadamente, solubilidade do AgC. Nota-se que a adição de um íon
SI AT

para, depois, verificarmos a mais solúvel. comum desloca o equilíbrio no sentido de formação do
precipitado, não alterando o valor do Kps. Portanto, o
M

Exemplo
aumento da concentração de íons cloretos (C–) em so-
Ag2CrO4(s)  2 Ag+(aq) 1 CrO2–
(aq) Kps 5 4 ? 10–2 lução irá provocar uma diminuição de íons prata (Ag1):
  
    4
 
 = [ Ag ] ↓ ⋅ [C ] ↑
Kps
x mol/L 2x mol/L x mol/L + –

Kps 5 [Ag ] ? [CrO ]


1 2 2–
4
Cons tan te

4 ? 10–2 5 [2x]2 ? [x] Observação


4 ? 10–2 5 4 ? x3 Se, ao equilíbrio anterior, for adicionado AgC(s), não
x 5 0,215 mol/L ocorrerá deslocamento, pois as concentrações dos íons
Portanto, a solubilidade do Ag2CrO4 é 0,215 mol/L. não serão alteradas, visto que tal quantidade de sol-
vente já atingiu a capacidade máxima de solubilização
BaSO4(s)  Ba(2aq
+
1 SO2–
4( aq) Kps 5 1 ? 10–10 desse soluto.
 ) 
x mol/L x mol/L x mol/L Por meio de um valor estabelecido do Kps de um
Kps 5 [Ba21] ? [SO2– dado composto, é possível caracterizar as soluções
4 ]
1 ? 10–10 5 x ? x em insaturadas, saturadas ou supersaturadas. Suponha
x2 5 1 ? 10–10 que o valor do Kps de um certo composto iônico AB2
x 5 1 ? 10–5 é 2 ? 10–12, e que sua dissociação pode ser represen-
tada por:
Portanto, a solubilidade do BaSO4 é 1 ? 10–5 mol/L.
AB2(s)  A (2aq+ ) 1 2 B(–aq)
Com base nesses cálculos, concluímos que o
Ag2CrO4 é mais solúvel do que o BaSO4. Kps 5 [A2+] ? [B–]2

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 54 29/05/2019 15:55


123 – Material do Professor 55

Se, em uma dada solução: 3) [A21] ? [B–] . Kps, a solução será supersaturada.

QUÍMICA 1B
1) [A21] ? [B–]2 , Kps, a solução será insaturada. Como as soluções supersaturadas são extremamente
2) [A21] ? [B–]2 5 Kps, a solução será saturada. instáveis, pode ocorrer formação do precipitado.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
2. UFRN – Uma das formas de se analisar e tratar uma a) Explique, com base nos valores de Kps, qual sal pre-
amostra de água contaminada com metais tóxicos como cipitará primeiro ao se adicionar o sulfeto de sódio à
Cd(II) e Hg(II) é acrescentar à amostra sulfeto de sódio em amostra de água contaminada.
solução aquosa (Na2S(aq)), uma vez que os sulfetos desses b) Suponha que a concentração de Cd21 na amostra é
metais podem se precipitar e serem facilmente removidos de 4,4 ? 10–8. Calcule o valor da concentração de S2–
por filtração. na qual se inicia a precipitação de CdS(s).
Considerando os dados a seguir. Resolução

Constantes do produto de a) 1,6 ? 10–54 < 1,0 ? 10–28.


Sal solubilidade
Conclui-se que o HgS precipitará primeiro, pois seu Kps
Kps (mol/L)2 a 25 °C
é menor do que o do CdS.
CdS 1,0 ? 10–28 b) [Cd21] 5 4,4 ? 10–8 mol/L

HgS 1,6 ? 10–54 Kps 5 [Cd21] ? [S2–]

O
1,0 ? 10–28 5 4,4 ? 10–8 ? [S2–]

BO O
SC
M IV
CdS(s)  Cd(2aq
+
) 1 S(aq)
2–
Kps 5 [Cd21] ? [S2–] [S2–] 5 2,27 ? 10–21 mol/L

O S
LEITURA COMPLEMENTAR
D LU
O C
N X

O CASO CELOBAR® para ressaltar o tubo digestivo em exames de imagem. Ao


SI O E

É grave o caso envolvendo o medicamento Celobar, fabri- que parece, porém, a droga continha, além do sulfato de
cado pelo laboratório Enila, que teria provocado a morte bário, carbonato e sulfeto de bário, que são sais solúveis
EN S

e altamente tóxicos para mamíferos. O carbonato de bário


E U

de pelo menos 21 pessoas. Pelo que se apurou até agora, o


mais plausível é que o laboratório tenha tentado produzir, é usado na fórmula de certos raticidas.
D E
A LD

por conta própria, o sulfato de bário, a matéria-prima do BaCO3(s)  Ba (2aq+ )1 CO2–


3(aq ) Kps 5 8,1 ? 10–9 mol ? L–1
fármaco, mesmo sem competências técnicas para fazê-lo. BaSO4(s)  Ba (2aq+ ) 1 SO2– Kps 5 1,1 ? 10–10 mol ? L–1
4 ( aq)
EM IA

O Celobar é um contraste radiológico à base de sulfato


ST ER

de bário. Esse sal é pouco absorvido pelo organismo hu- TUBINO, M.; SIMONI, J. A. Refletindo sobre o Caso Celobar®.
mano, o que torna relativamente segura sua utilização Química Nova, v. 30, n. 2. p. 505-506, 2007.
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 55 29/05/2019 15:55


56 124 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1B

Produto de
solubilidade

Quando as substâncias Quando os compostos


A2B3(s)  2 A (3aq
+
) 1 3 B(aq)
2−
comparadas comparados têm
apresentam a mesma proporção em íons
proporção entre íons, diferentes, devemos
podemos comparar a converter o valor de
Kps 5 [A3+]2 ? [B2–]3 solubilidade pelo valor Kps em solubilidade,
do Kps. individualmente, para
depois verificarmos o

O
mais solúvel.

BO O
SC
M IV
O S
BaCO3(s)  Ba2(aq) + CO3(aq) ; Kps = 2 ⋅ 10
+ 2− −9

D LU
CaCO3(s)  Ca2(aq
+
) + CO3(aq) ; Kps = 5 ⋅ 10
2− −9
O C
N X
SI O E
EN S
E U

O sal CaCO3 é o mais solúvel.


D E
A LD
EM IA
ST ER

Ag2CrO4(s)  2 Ag+(aq) + CrO24−(aq) ; Kps = 4 ⋅ 10−2


SI AT

Kps = [ Ag+ ] ⋅ [CrO24− ]


2
M

4x 3 = 4 ⋅ 10−2
x = 1 ⋅ 10−4 mol/L
BaSO4(s)  Ba(2aq) + SO4(aq) ; Kps = 1 ⋅ 10
+ 2− −10

Kps = [Ba2+ ] ⋅ [SO24− ]


x 2 = 1 ⋅ 10−10
x = 1 ⋅ 10−5 mol/L

O sal Ag2CrO4 é o mais solúvel.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 56 29/05/2019 15:55


125 – Material do Professor 57

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1B
1. UEFS-BA – O principal constituinte do esmalte dos a) Qual é a concentração de íons hidroxilas, em mol/L,
dentes é a hidroxiapatita, Ca5OH(PO4)3(s), que é pratica- para uma solução aquosa saturada de hidróxido de
mente insolúvel em água, mas, por estar em contato alumínio?
com a saliva, ocorre o seguinte equilíbrio de dissociação b) Explique, por meio de reações químicas, o porquê
de seus íons: de a utilização do bicarbonato de sódio gerar gases
quando este é empregado no tratamento de redução
Ca5OH(PO4)3(s)  5 Ca(2aq ) 1 OH (aq) 1 3 PO4 (aq)
+ – 3–
do excesso de ácido clorídrico (HC) no estômago.
Sobre a equação de equilíbrio, assinale verdadeiro V
a) Para uma solução aquosa saturada de hidróxido de alumínio, e por
ou falso F nas afirmativas a seguir.
( ) Ao consumir bebidas e/ou alimentos ácidos, a meio do valor do Kps apresentado, temos:
deterioração dos dentes é favorecida devido à
fragilização do esmalte dos dentes, pois ocorre 3+ 1 3
A(OH)3  A OH Kps 5 1,0 ? 10–33

 
deslocamento do equilíbrio no sentido da disso- X 3⋅ X

ciação da hidroxiapatita. Kps 5 [A31] ? [OH–]3 ⇒ para uma solução saturada


( ) Águas que contêm íons fluoreto, quando ingeri-
das, decrescem o pH da saliva, fazendo com que Kps 5 X ? (3 ? X)3
o equilíbrio se desloque no sentido da dissociação
da hidroxiapatita e, com isso, favorece a formação 1,0 ? 10–33 5 27 ? X4
de cáries.
1,0 · 10 –33
( ) Se for adicionado hidróxido de magnésio ao creme X5 4

dental, o equilíbrio será deslocado no sentido da 27

O
formação da hidroxiapatita, ajudando a tornar os X 5 4 0,037 · 10 –33

BO O
dentes mais resistentes.

SC
M IV
( ) A hidroxiapatita é um sal ácido que tende a se dis- X 5 4 0,0037 · 10 –32

O S
solver em meio básico, produzindo íons fosfato,

D LU
que contribuem para diminuir o pH do meio.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima
X5
4
0,0037 ? 10–8
 
0,247
O C
para baixo, é a X 5 0,247 ? 10–8 mol/L
N X

a) V – F – V – F
SI O E

[OH–] 5 3 ? X
b) V – V – F – F
c) V – F – F – V [OH–] 5 3 ? 0,247 ? 10–8 mol/L
EN S

d) F – F – V – V
E U

[OH–] 5 0,741 ? 10–8 mol/L


e) F – V – V – F
D E
A LD

[OH–] 5 7,41 ? 10–9 mol/L


Verdadeiro. Ao consumir bebidas e/ou alimentos ácidos, o equilíbrio
descrito no texto é deslocado para a direita.
b) A utilização do bicarbonato de sódio pode gerar gás carbônico (CO2).
EM IA

Ca5OH(PO4)3(s)  5 Ca2(aq
+
) 1 OH(–aq) 1 3 PO3–
4(aq)

(É consumido por H+ )
ST ER

OH–  diminui HC 1 NaHCO3 → NaC 1 H2CO3


Falso. Os íons fluoreto interagem com a hidroxiapatita (Ca5OH(PO4)3),
SI AT

formando fluoroapatita (Ca5F(PO4)3), que é um mineral mais resistente. H2CO3 → H2O 1 CO2 ↑
Verdadeiro. Se for adicionado hidróxido de magnésio ao creme dental,
o equilíbrio será deslocado para a esquerda.
M

Acréscimo de Mg(OH)2:
Ca5OH(PO4)3(s)  5 Ca2(aq
+ OH–aq) 1 3 PO3–
) 1 ( 4(aq)
Aumento da
concentração

Falso. O pH do meio tende a ficar básico.


5 Ca21 1 OH– 1 3 PO3–
4 1 9 H2O  5 Ca
21
1 10  1 3 H3PO4
OH
 

Meio básico

3. UFJF-MG C7-H24
2. USF-SP – O hidróxido de alumínio (A(OH)3) é uma base
fraca e pode ser utilizado como antiácido estomacal. A hidroxiapatita de fórmula molecular Ca10(PO4)6(OH)2(s)
Sua utilização vem se tornando mais constante em vir- é um dos principais componentes do tecido ósseo. As
tude de não trazer efeitos colaterais, como a formação bactérias acumuladas nesse tecido produzem ácido
de gases, bastante comum quando da utilização do lático, que vai reagir com a hidroxiapatita, provocando
bicarbonato de sódio (NaHCO3). desmineralização do tecido de acordo com a equação.
Dados: Ca10(PO4)6(OH)2(s) 1 8 H+(aq)  10 Ca(2aq
+
) 1 6 HPO4 (aq) 1
2–

– Kps do A(OH)3 a 25 ºC 5 1,0 ? 10–33 1 2 H2O()


– Considere que: 4 0,0037 5 0,247 Com relação a esse processo, é correto afirmar:
Com base nas informações apresentadas, resolva o a) A higiene bucal com soro fi siológico (solução de
que se pede. NaC) provoca a desmineralização.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 57 29/05/2019 15:56


58 126 – Material do Professor

b) O consumo diário de refrigerantes de cola, de acidez Dê a soma das alternativas corretas.


QUÍMICA 1B

elevada, inibe a dissolução da hidroxiapatita.


c) O aumento do pH (pH . 7) aumenta a quantidade de 11 (01 1 02 1 08)
íons OH–, aumentando os danos nesse tecido ósseo. 01. Correta. A solubilidade molar do PbS é de 1 ? 10–15 mol/L.
d) Ao evitar o consumo de alimentos ácidos, a desmi- Pbs  Pb21 1 S2– Kps 5 1 ? 10–30
neralização é evitada, auxiliando a conservação da
Kps 5 [Pb ] ? [S ]
21 2–
saúde dentária.
1 ? 10–30 5 S ? S
e) O uso diário de uma solução de vinagre em água para
bochechar é recomendado para preservar a estrutura S2 5 1 ? 10–30
química da hidroxiapatita nesse processo.
S 5 1 ⋅ 10 –30 ⇒ S 5 1 ? 10–15 mol/L
Alimentos ácidos aumentam a concentração de cátions H1. O equi- 02. Correta. Em 1 L de solução saturada de PbS, tem-se 2,39 ? 10–13 g
líbrio representado no texto desloca para a direita e ocorre a desmi-
neralização. de PbS dissolvido.
Ca10(PO4)6(OH)2(s) 1 8 H(+aq)  10 Ca(2aq
+
) 1 6 HPO4( aq) 1 2 H2O()
2–
PbS 5 207 1 32 5 239

Aumenta

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em MPbS 5 239 g/mol


situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções
científico-tecnológicas. 1 ⋅ 10 –15 ⋅ mol
SPbS 5
L
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracte-
rizar materiais, substâncias ou transformações químicas. 1 ⋅ 10 –15 ⋅ 239 g
SPbS 5
L

SPbS 5 2,39 ? 10–13 g/L


4. IME-RJ – Admitindo que a solubilidade da azida de

O
04. Incorreta. A concentração de íons Pb21, em uma solução saturada

BO O
chumbo Pb(N3)2 em água seja 29,1 g/L, pode-se dizer

SC
de PbS com corpo de fundo, diminuirá, se for adicionado H2S, devido

M IV
que o produto de solubilidade (Kps) para esse com-
posto é ao efeito do íon comum.

O S
Dados: N 5 14 g/mol; Pb 5 207 g/mol
a) 4,0 ? 10–3
D LU H2S → 2 H1 1 S

2–

Íon comum
O C
PbS  Pb21 1 S
 (deslocamento para a esquerda)
2–
b) 1,0 ? 10–4
N X

Aumenta

c) 2,0 10–4
SI O E

? 08. Correta. Em 1 mL de solução saturada de PbS, tem-se 6 ? 105 íons


d) 1,0 ? 10–3 Pb21.
e) 3,0 ? 10–4
EN S

1 ⋅ 10 –15 mol
SPb2+ 5
E U

L
CPb(N3 )2 29,1 g ⋅ L–1
[Pb(N3)2] 5 5 5 0,1 mol/L
D E

MPb(N3 )2 291 g ⋅ mol–1 1 L 5 1 000 mL 5 103 mL


A LD

SPb2+ 5 1· 10
–15
mol 1 ⋅ 10 –15 ⋅ 10 –3 mol
5
1 Pb(N3)2 → 1 Pb21 1 2 N3– 103 mL mL
EM IA

x x 2x 1 mol 5 6 ? 1023
ST ER

0,1 mol/L 0,1 mol/L 2 ? 0,1 mol/L 1 ⋅ 10 –15 ⋅ 10 –3 ⋅ 6 ⋅ 1023 íons


SPb2+ 5
mL
SI AT

Kps 5 [Pb21] ? [ N3– ]2 6 ⋅ 105 íons


SPb2+ 5
mL
M

Kps 5 (0,1) ? (2 ? 0,1)2


Kps 5 10–1 ? 4 ? 10–1 ? 10–1 16. Incorreta. Em uma solução saturada de PbS, a concentração de íons

Kps 5 4,0 ? 10–3 chumbo é igual à de íons sulfeto.


PbS  Pb21 1 S2– Kps 5 1 ? 10–30
[Pb ] 5 [S ] 5 S
21 2–

5. UEM-PR – O sulfeto de chumbo (II) (PbS) tem produto


de solubilidade (Kps) de 1 ? 10–30 a 25 ºC. Considerando
a dissolução de PbS em água, a 25 ºC, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
Considere a constante de Avogadro como 6 ? 1023. 6. UECE – O sulfeto de cádmio é um sólido amarelo e
01) A solubilidade molar do PbS é de 1 ? 10–15 mol/L. semicondutor, cuja condutividade aumenta quando se
incide luz sobre o material. É utilizado como pigmento
02) Em 1 L de solução saturada de PbS, tem-se para a fabricação de tintas e a construção de fotoresis-
2,39 ? 10–13 g de PbS dissolvido. tores (em detectores de luz). Considerando o Kps do
04) A concentração de íons Pb21, em uma solução sa- sulfeto de cádmio a 18 ºC igual a 4 ? 10–30 (conforme
turada de PbS com corpo de fundo, aumentará, se tabela), a solubilidade do sulfeto de cádmio àquela tem-
for adicionado H2S, devido ao efeito do íon comum. peratura, com α (alfa) 5 100%, será
08) Em 1 mL de solução saturada de PbS, tem-se a) 2,89 ? 10–13 g/L.
6 ? 105 íons Pb21.
b) 3,75 ? 10–13 g/L.
16) Em uma solução saturada de PbS, a concentração
de íons chumbo é duas vezes maior do que a de c) 1,83 ? 10–13 g/L.
íons sulfeto. d) 3,89 ? 10–13 g/L.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 58 29/05/2019 15:56


127 – Material do Professor 59

Kps 5 4 ? 10–30; α 5 100% [CdS] 5 2 ? 10–15 mol/L

QUÍMICA 1B
CdS(s)  Cd2(aq
+ 1 S2– Cd 5 112,4; S 5 32; CdS 5 144,4 g/mol
 ) (aq)
y y y
Concentração (CdS) 5 2 ? 10–15 ? 144,4 5 288,8 ? 10–15 g/L
Kps 5 [Cd21] ? [S2–] Concentração (CdS) 5 2,888 ? 10–13 g/L ≈ 2,89 ? 10–13 g/L
4 ? 10–30 5 y ? y
y2 5 4 ? 10–30

y5 4 ⋅ 10−30 5 2 ? 10–15

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Acafe-SC – O hidróxido de alumínio pode ser usado em
medicamentos para o combate de acidez estomacal,
pois este reage com o ácido clorídrico presente no es-
tômago em uma reação de neutralização.
A alternativa que contém a [OH–], em mol/L, de uma
solução aquosa saturada de hidróxido de alumínio, sob
temperatura de 25 ºC, é
Dados: constante do produto de solubilidade do hidró-
xido de alumínio a 25 ºC: 1,0 ? 10–33

1 000
a) 3 ? 10–9 ? 4 mol/L.

O
27

BO O
SC
M IV
1 000
b) 10–9 ? 4 mol/L.

O S
27

c) 10–9 ? 4
1 000
mol/L.
D LU
O C
3
N X
SI O E

1 000
d) 3 ? 10–9 ? 4 mol/L.
3
EN S

8. UEM-PR – Assinale o que for correto.


E U

01) Considere que, a 25 ºC, temos uma solução aquosa


D E

de um ácido monoprótico com concentração 0,04


A LD

mol/litro, cujo grau de ionização é de 30%. A essa


temperatura, o valor da constante de ionização é
aproximadamente de 5,14 ? 10–2.
EM IA

02) O pH de uma solução de H 2S 1,0 mol/litro é


ST ER

aproximadamente 3. Dados: constante da primeira


ionização 5 10–6 e constante da segunda ionização
SI AT

5 10–16.

4 necessária para
04) A concentração mínima de íons SO2–
M

precipitar BaSO4(s) de uma solução 10–2 mol/litro de


Ba(NO3)2(aq) é 8 ? 10–8 mol/litro. Dados: Kps do BaSO4 5
5 2 ? 10–10.
08) Considerando que o Kps do CaCO3 , a 25 ºC, em
água, é 5 ? 10–9, a solubilidade do CaCO3 em uma
solução aquosa 0,5 mol/litro de CaC2, a 25 ºC, é
10–8 mol/litro.
16) Quando misturamos 500 mL de uma solução de
CaC2 0,2 mol/litro com 500 mL de uma solução de
Na2SO4 0,2 mol/litro, precipitam aproximadamente 9. Acafe-SC – Com base nos conceitos sobre solubilidade,
11,7 gramas de Ca2SO4. Dados: Kps do Ca2SO4 5 analise as afirmações a seguir.
5 2 ? 10–4; 2 5 1,4; O 5 16; S 5 32; Ca 5 40 I. Nitrato de prata e cromato de potássio podem ser
considerados sais solúveis em água.
Dê a soma dos itens corretos
II. Não haverá precipitação de sulfato de bário em uma
mistura de 250 mL de solução 4 ? 10–4 mol/L de sul-
fato de sódio com 250 mL de solução 4 ? 10–5 mol/L
de cloreto de bário.
III. Cloreto de sódio, cloreto de cálcio e cloreto de prata
são sais solúveis em água.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 59 29/05/2019 15:56


60 128 – Material do Professor

IV. Uma solução saturada de hidróxido de alumínio pos-


QUÍMICA 1B

sui maior pH que uma solução saturada de hidróxido


de ferro III.
Dados: para resolução dessa questão, considere a tem-
peratura de 25 ºC. Constante do produto de solubilidade
(Ks) do hidróxido de alumínio, hidróxido de ferro III e
sulfato de bário, respectivamente: 1,3 ? 10–33, 4 ? 10–38
e 1 ? 10–10.
Todas as afirmações corretas estão em
a) II, III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) I e III.
11. Fatec-SP
10. UEPG-PR – A solubilidade do cromato de prata Experiência – Escrever uma mensagem secreta no la-
(Ag2CrO4) em água, a 18 ºC, é 5 ? 10–7 mol/L. Assim, boratório
assinale o que for correto.
Materiais e reagentes necessários
Dados: O 5 16 g/mol; Cr 5 52 g/mol; Ag 5 108 g/mol
– Folha de papel
01) O produto de solubilidade (Kps) do cromato de pra-
ta, a 18 ºC, é 5 ? 10–19 mol3/L3. – Pincel fino
– Difusor

O
02) Quanto menor o valor de Kps de uma substância,

BO O
mais solúvel ela é. – Solução de fenolftaleína

SC
M IV
04) Em uma solução aquosa contendo 5 ? 10–7 mol/L de – Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L ou solução satura-

O S
CrO2–4 e 2 ? 10 mol/L de Ag1, ocorre a formação de
–6
da de hidróxido de cálcio
precipitado de Ag2CrO4.
D LU
08) A expressão do produto de solubilidade é
Procedimento experimental
Utilizando uma solução incolor de fenolftaleína, escreva com
O C
Kps 5 [ Ag+2 ] ? [CrO2–
4 ].
um pincel fino uma mensagem numa folha de papel.
N X

16) A solubilidade do cromato de prata, a 18 ºC, em


SI O E

g/L, é 1,66 ? 10–4. A mensagem permanecerá invisível.


Dê a soma dos itens corretos. Para revelá-la, borrife na folha de papel uma solução de hi-
EN S

dróxido de sódio ou de cálcio, com o auxílio de um difusor.


E U

A mensagem aparecerá magicamente na cor vermelha.


D E

Explicação
A LD

A fenolftaleína é um indicador que fica vermelho na presença


de soluções básicas, nesse caso, uma solução de hidróxido de
EM IA

sódio ou de cálcio.
ST ER

Disponível em: <http://tinyurl.com/o2vav8v> Acesso em:


31 ago. 2015. Adaptado.
SI AT

Para obtermos 100 mL de uma solução aquosa saturada


de hidróxido de cálcio, Ca(OH)2, para o experimento,
M

devemos levar em consideração a solubilidade desse


composto.
Sabendo que o produto de solubilidade do hidróxido de
cálcio é 5,5 ? 10–6, a 25 ºC, a solubilidade dessa base,
em mol/L, é, aproximadamente,
Dados: C a ( O H ) 2(s)  Ca(2aq
+
) 1 2 OH(–aq)
Kps 5 [Ca ] ? [OH ]
21 – 2

a) 1 ? 10–2
b) 1 ? 10–6
c) 2 ? 10–6
d) 5 ? 10–4
e) 5 ? 10–6

12. UFJF-MG – O esmalte do dente é constituído de um


material muito pouco solúvel em água e cujo principal
constituinte é a hidroxiapatita (Ca5(PO4)3OH). Na pre-
sença de água, a hidroxiapatita estabelece o seguinte
equilíbrio químico:
Ca5(PO4)3OH(s)  5 Ca(2aq
+
) 1 OH(aq) 1 3 PO4 (aq)
– 3–

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 60 29/05/2019 15:56


129 – Material do Professor 61

a) A deterioração dos dentes é agravada com a doença 13. UFSM-RS

QUÍMICA 1B
bulimia, que faz com que o HC existente no estô- O sulfato de bário é um sal de grande importância na in-
mago seja eliminado juntamente com o vômito. De dústria farmacêutica. Ele é utilizado como contraste em
acordo com o equilíbrio citado anteriormente, como
radiografias do sistema digestório, permitindo que o in-
a bulimia agrava a deterioração dos dentes?
testino apareça no exame radiográfico, visto que esse sal
b) Na placa bacteriana, as bactérias metabolizam o absorve os raios-x.
açúcar, transformando-o em ácidos orgânicos, que
contribuem para a formação de cáries. Entre os prin- PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano.
cipais ácidos formados na placa estão os ácidos: acé- vol. 2. São Paulo: Moderna, 2009. p. 438. Adaptado.
tico (Ka 5 1,58 ? 10–5) e lático (Ka 5 1,58 ? 10–4). Qual O sulfato de bário é industrialmente produzido por meio
desses ácidos é o mais fraco? da reação a seguir, sendo o ácido adicionado em exces-
c) O pH normal da boca é 7,0. A diminuição do pH na so para garantir a conversão total para o sal não tóxico
boca pode ser causada diretamente pelo consumo (sulfato de bário).
de frutas ácidas e bebidas, podendo chegar a um
pH 6,0 em poucos minutos. Calcule as concentra- BaCO3(s) 1 H2SO4()  BaSO4(s) 1 H2O() 1 CO2(g)
ções de íons hidrogênio antes e depois da ingestão Para a produção do sal, foram misturados, no reator,
de frutas ácidas e bebidas.
2 mols de carbonato de bário e 5 mols de ácido sulfú-
d) Antigamente, o processo de obturação dos dentes rico. Sabe-se que o produto de solubilidade dos sais é
era conhecido como amálgama. Se o amálgama 8 ? 10–8 (BaCO3) e 1 ? 10–10 (BaSO4).
(Sn8Hg) fizer contato com uma coroa de ouro de um
dente vizinho, uma reação de óxido-redução, na pre- Afirma-se, então:
sença de oxigênio, pode ocorrer. I. O sulfato de bário é menos solúvel que o carbonato
Sn(2aq
+
) 1 Hg(s) 1 16 e  Sn8Hg(s)

E0 5 – 0,13 V de bário.

O
BO O
4 O2(g) 1 16 H+(aq) 1 16 e–  8 H2O() E0 5 1 1,23 V II. O volume de CO 2 liberado na produção do sal,

SC
nas condições normais de pressão e temperatura

M IV
Qual é o agente oxidante e o agente redutor desse (CNTP), é igual a 22,4 L.

O S
processo? III. A massa de ácido sulfúrico em excesso, na produção
D LU do sal, é de 294 g.
O C
Está(ão) correta(s)
N X

a) apenas a afirmativa I.
SI O E

b) apenas a afirmativa II.


c) apenas as afirmativas I e II.
EN S

d) apenas as afirmativas I e III.


E U

e) apenas as afirmativas II e III.


D E
A LD

14. UEM-PR – A hidroxiapatita é um componente do es-


malte dos dentes que se apresenta insolúvel na saliva.
Com base no equilíbrio químico a seguir apresentado e
EM IA

considerando que o pH da saliva é de aproximadamente


ST ER

7,0, assinale o que for correto.

Ca5(PO4)3(s) 1 n H2O  5 Ca(2aq


+
) 1 3 PO4 (aq) 1 OH(aq)
SI AT

3– –

01) Vinagre e limão podem fazer com que diminua a


M

concentração de hidroxiapatita do esmalte dos


dentes.
02) O produto de solubilidade da hidroxiapatita é repre-
sentado por: Kps 5 [Ca21]5 ? [PO3–
4
] ? [OH–].
04) Alimentos com pH . 7 favorecem a solubilização
da hidroxiapatita.
08) Por efeito do íon comum, alimentos com altas con-
centrações de cálcio favorecem o deslocamento do
equilíbrio para a direita.
16) As concentrações íons OH– e H3O1 na saliva são
praticamente iguais.
Dê a soma dos itens corretos.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 61 29/05/2019 15:56


62 130 – Material do Professor

08) A solubilidade do BaSO4 em uma solução de K2SO4,


QUÍMICA 1B

de concentração 0,001 mol/L, é 100 vezes menor do


que a solubilidade desse mesmo sal em água pura.
16) A solubilidade de um sal a 100 °C é sempre maior
do que a solubilidade desse mesmo sal a 25 °C.
Dê a soma dos itens corretos.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E

15. UFU-MG – Para verificar se em uma amostra de água


existem traços de íon cloreto, um estudante, no labo-
EN S

ratório de química, decidiu adicionar, lenta e continua-


E U

mente, nitrato de prata, AgNO3, 0,01 mol/L. Sabe-se


que o produto de solubilidade do AgC é 2 ? 10–10. Teo-
D E

ricamente, o estudante previu que haveria


A LD

a) precipitação do cloreto de prata se a concentração


do íon cloreto fosse maior ou igual a 2 ? 10–8 mol/L.
EM IA

b) efervescência, com liberação de gás carbônico, se


ST ER

a concentração do íon cloreto fosse menor ou igual


a 2 ? 10–10 mol/L.
SI AT

c) liberação de odor característico, se o nitrato, ao reagir


com o cloreto de concentração 10–2 mol/L, liberasse
M

o gás amônia.
d) mudança de cor da solução, indicando a presença
de íon cloreto com concentração igual a 0,01 mol/L.

16. UEM-PR – Com base nas informações da tabela a se-


guir e nos conhecimentos sobre solubilidade, assinale
o que for correto.

Sal Kps (25°C)


17. UFG-GO – A figura a seguir apresenta quatro tubos de
BaSO4 1,0 ? 10–10 ensaio contendo diferentes soluções e informações
Mg(OH)2 4,0 ? 10–12 sobre as constantes do produto de solubilidade.

01) Em uma solução saturada de BaSO 4 a 25°C, a


concentração de íons bário é de 1,0 ? 10–5.
02) Entre os dois compostos, o Mg(OH)2 é o que apre- 1 2 3 4
senta a menor solubilidade em água, a 25°C.
04) Na evaporação de um litro de uma solução aquo-
sa, que contém 0,001 g de BaSO 4 e 0,001 g de Mg(OH)2(aq) AgNO3(aq) NaI(aq)
AgC(aq)
Mg(OH) 2, o primeiro composto a precipitar é o Kps 5 2 ? 10–10 Kps 5 8 ? 10–12 solúvel solúvel
BaSO4.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 62 29/05/2019 15:56


131 – Material do Professor 63

Dados: Kps para o AgI 5 8 ? 10–17

QUÍMICA 1B
2 5 1,42 3
2 5 1,26
Considerando o exposto,
a) determine qual das substâncias presentes nos
tubos 1 e 2 possui menor solubilidade. Justifique
sua resposta utilizando o cálculo da solubilidade, em
mol ? L–1;
b) determine se haverá formação de precipitado após
a mistura de alíquotas das soluções presentes
nos tubos 3 e 4. Considere que, após a mistura,
as concentrações dos íons Ag1 e I– sejam iguais a
1,0 ? 10–4 mol ? L–1.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E

ESTUDO PARA O ENEM


EN S

18. Unifor-CE C7-H24 com 90 metros de largura e 50 metros de profundidade, e


E U

A precipitação química é um dos métodos utilizados funciona como muitos dos recursos hidrotermais do par-
D E

para tratamento de efluentes da indústria galvânica, que. A água subterrânea profunda é aquecida pelo mag-
A LD

tendo como vantagens o baixo custo e a disposição ma e sobe à superfície sem ter depósitos minerais como
de agentes alcalinizantes como a cal. Em um proces- obstáculos. À medida que atinge o topo, a água se resfria
so de precipitação, a elevação do pH a valores acima
EM IA

e afunda, sendo substituída por água mais quente, vinda


de 9,0 promove a precipitação de metais na forma de do fundo, em um ciclo contínuo. A água quente também
ST ER

hidróxidos e, posteriormente, sua separação. Conside- dissolve parte da sílica, SiO2(s), presente nos riolitos, rochas
rando uma solução cuja concentração de íons Fe21 seja ígneas vulcânicas, sobre o solo, criando uma solução que
SI AT

5,58 mg/L e a concentração de íons Zn21 seja 6,54 g/L, forma um depósito rochoso sedimentar e silicoso na área
podemos afirmar que a concentração de hidroxila ne-
ao redor da fonte. Os pigmentos iridescentes são causados
M

cessária para que ocorra unicamente a precipitação do


por micróbios — cianobactérias — que se desenvolvem
Zn(OH)2 deverá ser
nessas águas quentes. Movendo-se da extremidade mais
Dados: fria da fonte ao longo do gradiente de temperatura, a cia-
nobactéria Calothrix vive em temperaturas não inferiores a
Zn(OH)2 Kps 5 9 ? 10–17
30 °C, também pode viver fora da água e produz o pigmento
Fe(OH)2 Kps 5 4 ? 10–16 marrom, que emoldura a fonte. A Phormidium, por outro
Fe 5 55,8; Zn 5 65,4 lado, vive entre 45 °C e 60 °C e cria o pigmento laranja,
ao passo que a Synechococcus suporta temperaturas de até
a) maior que 3,0 ? 10–8 mol/L e menor que 2 ? 10–6 mol/L. 72 °C seu pigmento é verde-amarelo.
b) menor que 3,0 ? 10–8 mol/L e maior que A GRANDE... 2013. p. 62-63.
4 ? 10–16 mol/L.
c) maior que 9,0 ? 10–17 mol/L e menor que Considerando-se as informações do texto sobre A Gran-
2 ? 10–6 mol/L. de Fonte Prismática de Yellowstone, a terceira maior
fonte de água hidrotermal do planeta, é correto afirmar:
d) menor que 3,0 ? 10–8 mol/L e maior que
4 ? 10–16 mol/L. a) A água da Grande Fonte Prismática de Yellowstone
e) maior que 9,0 ? 10–17 mol/L e menor que é própria para beber.
4 ? 10–16 mol/L. b) A pressão de vapor da solução aquosa de sílica a
100 °C é maior que a da água pura nessa temperatura.
19. Uneb-BA C7-H24 c) A presença de sílica, SiO2(aq), na água hidrotermal
A Grande Fonte Prismática descarrega uma média de de Yellowstone, produz abaixamento do ponto de
2 548 litros de água por minuto, é a maior de Yellowstone, ebulição da água, à pressão local.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 63 29/05/2019 15:56


64 132 – Material do Professor

d) O ciclo contínuo de substituição da água fria por água Algumas pessoas recomendam consumir espinafre por
QUÍMICA 1B

quente ocorre de acordo com a variação da densida- conter alto teor de Fe (II), mas por conter também ele-
de em função da temperatura da água. vada quantidade de oxalato. Também aconselham que
e) O depósito de rocha sedimentar silicosa na área ao a feijoada, rica em Fe (II), seja consumida juntamente
redor da fonte vai se formando à medida que o coe- com suco de laranja, rico em vitamina C. Em relação
ficiente de solubilidade de SiO2(aq) na água aumenta às recomendações para se consumir espinafre com o
com o aumento da temperatura. suco de laranja, nessas condições, é correto afirmar:

20. UFRN C7-H24 a) O espinafre é uma boa fonte de Fe (II) biodisponível,


uma vez que se forma oxalato de Fe (II) muito solúvel,
O ferro é encontrado, nos alimentos, no estado de oxi-
o que facilita sua absorção pelo organismo.
dação 31, ou seja, como Fe (III), mas, para que possa
ser absorvido pelo organismo, deve apresentar-se no b) O espinafre não é uma boa fonte de Fe (II) biodispo-
estado de oxidação 21, ou seja, como Fe (II). nível, uma vez que se forma oxalato de Fe (II) pouco
solúvel, o que dificulta sua absorção pelo organismo.
Contribuem para a transformação do Fe (III) em Fe (II)
substâncias redutoras presentes no suco gástrico. Por c) O complexo formado pela vitamina C com o Fe (II)
sua vez, outras substâncias podem facilitar ou dificultar apresenta elevado valor de Kps, o que dificulta sua
a biodisponibilidade do Fe (II) para sua absorção pelo absorção.
organismo. Em presença da vitamina C, o Fe (II) forma d) O complexo formado pela vitamina C com o Fe (II)
complexos solúveis, enquanto, com o oxalato, forma apresenta baixo valor de Kps, o que facilita sua ab-
um composto cujo valor de Kps é muito baixo. sorção.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 64 29/05/2019 15:56


133 – Material do Professor 65

56

QUÍMICA 1B
SOLUÇÃO-TAMPÃO
DONFIORE/SHUTTERSTOCK

• Solução-tampão
• Ácidos-base de Brönsted-
-Lowry

HABILIDADES
• Reconhecer um sistema
tampão e desenvolver

O
BO O
uma noção qualitativa de

SC
M IV
seu funcionamento.

O S
• Calcular o pH de soluções
D LU tampão, utilizando a
equação de Henderson-
O C
-Hasselbach.
N X

• Aplicar os conceitos
SI O E

de ácido e de base de
Brönsted-Lowry.
EN S
E U
D E
A LD

Glóbulos vermelhos fluindo em uma artéria.

O conceito de tampão é utilizado nas diversas áreas do conhecimento. Na bio-


EM IA

química, por exemplo, os tampões são utilizados em virtude de as propriedades dos


ST ER

sistemas biológicos serem sensíveis às mudanças de pH; já na química industrial, o


controle correto do pH é de suma importância nos processos eletroquímicos.
SI AT

No sangue, temos um dos mais importantes sistemas tamponantes (ácido carbô-


M

nico/bicarbonato), o qual permite a manutenção das trocas gasosas sem que ocorra
grande variação de seu pH, que apresenta valor em torno de 7,4.

SOLUÇÃO-TAMPÃO
Os tampões são soluções que resistem à alteração do pH quando ácidos ou bases
são adicionados a elas ou quando produzem uma diluição na solução. O conceito
original de ação tamponante surgiu de estudos bioquímicos e da necessidade do
controle do pH em reações biológicas, como, por exemplo, em estudos com enzimas
que têm sua atividade catalítica muito sensível a variações de pH. Nesse contexto,
em 1900, Fernbach e Hubert, em seus estudos com a enzima amilase, descobriram
que uma solução de ácido fosfórico parcialmente neutralizado agia como uma pro-
teção contra mudanças abruptas na acidez e alcalinidade.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 65 29/05/2019 15:56


66 134 – Material do Professor

Como preparar uma solução-tampão? LEITURA COMPLEMENTAR


QUÍMICA 1B

Uma solução-tampão pode ser formada por um áci-


Acidose e alcalose
do fraco e por um sal formado pela reação entre esse
ácido e uma base forte (sal de base forte), ou então O pH dos fluidos corporais deve permanecer dentro de
por uma base fraca e por um sal formado pela reação limites próximos. A morte pode resultar de aumento ou
dessa base com um ácido forte (sal de ácido forte). diminuição relativamente pequeno de pH. A razão para
nossa sensibilidade ao pH depende das enzimas que
Cálculo do pH de uma solução-tampão catalisam as reações químicas do corpo. Sua atividade
Considere uma solução-tampão constituída por um cai rapidamente quando o pH muda. Uma vez que as
ácido fraco (HA) e um sal (BA) derivado desse ácido. enzimas desempenham papel tão crucial, sua inativação
pode ser fatal.
HA  H+(aq) 1 A (–aq) Os tampões do plasma sanguíneo são as primeiras de-
H2O
fesas do corpo contra as mudanças do pH interno. Seu
BA → B+(aq) 1 A (–aq)
papel é manter o pH sanguíneo dentro dos limites 7,35
a 7,45. Se o pH do sangue de uma pessoa cai abaixo de
Deduzindo a expressão da constante do equilíbrio
7,35, diz-se que ela está com acidose, ou baixo pH san-
para o ácido fraco, temos:
guíneo. A acidose causa desorientação, coma e morte. Se
Ka =
[H+ ] ⋅ [ A – ] o pH sobe além de 7,45, diz-se que ela está com alcalose,
[HA ] ou baixo pH sanguíneo. A alcalose pode causar respira-
[A – ] ção fraca e irregular, cãibras musculares e convulsões.

O
Ka = [H1] ?

BO O
[HA ] Para diagnosticar a condição ácido-base de um paciente,

SC
M IV
uma amostra de sangue arterial é retirada para realizar
Como o ácido é fraco, sua concentração pratica-

O S
medidas de pH, de pressão parcial de CO2 e pressão
mente não varia durante a ionização, e a quantidade
D LU
de íon A2 produzida é muito pequena. Por outro lado,
total de CO2(H2CO3).
Disponível em: <https://www.mundovestibular.com.br/
O C
o sal dissocia-se totalmente, produzindo quase todo articles/961/1/ACIDOSE-E-ALCALOSE/Paacutegina1.html>.
N X

Acesso em: 14 out. 2018.


íon A2 presente na solução.
SI O E

[HA] ∼ [ÁCIDO] e [A2] ∼ [SAL]


TEORIA ÁCIDO-BASE DE BRÖNSTED-
EN S
E U

Portanto, a expressão da constante de equilíbrio -LOWRY


D E

ficará: Além da teoria clássica de ácidos e bases comu-


A LD

mente utilizada (Arrhenius), temos a teoria moderna de


[sal] Brönsted-Lowry. Esta pode ser chamada, também, de
EM IA

Ka = [H 1] ? teoria protônica, uma vez que envolve a transferência


[ácido]
ST ER

de íons H+. A teoria de Brönsted-Lowry foi proposta


de forma independente, em 1923, por dois químicos, o
SI AT

Aplicando logaritmo aos dois membros da equação, dinamarquês Johannes Nicolaus Brönsted (1879-1947)
temos: e o inglês Thomas Martin Lowry (1874-1936).
M

 [sal] 
log Ka = log [H1] 1 log   A teoria clássica de Arrhenius, que é extremamen-
 [ ácido]  te útil, fica limitada a soluções aquosas. A teoria de
Brönsted-Lowry, entretanto, apresenta como vantagem
 [sal] 
2 log [H1] = 2 log Ka 1 log   a possibilidade de ser mais abrangente, não ficando limitada
 [ ácido]  apenas à água como solvente. Ela se baseia na transferên-
cia do próton de hidrogênio (H1) como o responsável pelo
 [sal]  caráter ácido-básico, sendo, portanto, uma teoria que pode
pH = pKa 1 log  
 [ ácido]  ser adaptada a qualquer solvente prótico.
Temos, portanto, as seguintes definições para áci-
dos e bases.
A equação anterior é conhecida como Equação de
Henderson-Hasselbach. Ácido: toda espécie química que tem a tendência
Para uma solução-tampão de base fraca e um sal de doar prótons H 1.
derivado dessa base, temos:
Base: toda espécie química que tem a tendência
de receber prótons H 1.
 [sal] 
pOH = pKb 1 log  
 [base]  Tendo em vista a definição anterior, fica claro que
as espécies químicas se comportam como pares con-

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 66 29/05/2019 15:56


135 – Material do Professor 67

jugados, isto é, ambos coexistem na forma de par con- de ceder ou captar prótons, dependendo do compor-
jugado ácido-base, em que a base recebe o próton tamento ácido-base da partícula com a qual reage. A

QUÍMICA 1B
doado pelo ácido. água é um exemplo de uma espécie anfótera.
Veja os casos a seguir.
Exemplo
Par conjugado ácido-base Temos a seguinte equação:
HC
 1H2O  H3O+ 1 C–
H+ ácido 2 H+ base 2

  Base
NH3(aq) + H2O(,) NH +
4(aq)
+ OH −
(aq)
Ácido Base Ácido
base 1 ácido 1
O HC doa um íon H1 para a água, atuando como
Par conjugado ácido-base ácido, e a água, por ter recebido o referido íon, atua
como base. Na reação inversa, o íon H3O1 doa um
As duas espécies que na reação química estão próton para o íon cloreto C2, resultando no H3O1 como
relacionadas pela perda e pelo ganho de um próton ácido e C2 como base. Na reação, temos os seguintes
constituem um par conjugado ácido-base. No caso do pares conjugados: HC/C2 e H2O/H3O1.
exemplo anterior, os pares conjugados ácido-base en-
volvidos são: Observação
NH+4 /NH3 e H2O/OH2 Temos mais uma teoria ácido-base além dessas
duas: a teoria de Lewis. Para esse físico-químico,
Notamos que, na representação do par conjuga- ácido é toda espécie química capaz de aceitar um par

O
do ácido-base (HA/A2), surge, primeiramente, a forma de elétrons, enquanto base é toda espécie química

BO O
SC
ácida HA e, depois, a forma básica A2, que resulta da capaz de doar um par de elétrons. Essa teoria é a mais

M IV
primeira por perda de um próton. abrangente de todas e é capaz de explicar o caráter

O S
Uma espécie química anfótera é uma espécie que, ácido ou básico de todas as substâncias químicas co-
segundo a teoria de Brönsted-Lowry, tanto pode fun-
cionar como ácido ou como base, por ter a capacidade
D LU nhecidas, além de ser a teoria utilizada nos compostos
de coordenação.
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 67 29/05/2019 15:56


68 136 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 1B

SOLUÇÃO-TAMPÃO

É a solução que impede uma grande va- Cálculo do pH utilizando a equação Teoria ácido-base de
de Henderson-Hasselbach Brönsted-Lowry
riação de pH de uma solução, quando se

adiciona ácido ou base a essa solução.

O
BO O
SC
Ácido: toda espécie química que tem a
[sal]

M IV
pH = pKa + log
[base]

O S
tendência de doar prótons H+.
[sal]
D LU
pOH = pKb + log
[base] Base: toda espécie química que tem a
O C
N X

tendência de receber prótons H+.


SI O E
EN S
E U

Pares conjugados de:


HC + H2O  H3O+ + C2
D E
A LD
EM IA

HC/C2 e H2O/H3O1
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 68 29/05/2019 15:56


137 – Material do Professor 69

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 1B
1. FCMSJF-MG – Os tampões são substâncias que, em não protonada é aquela que tem maior capacidade de
soluções aquosas, resistem às variações do pH quando, atravessar as membranas celulares durante o proces-
às mesmas, são adicionadas quantidades relativamente so de absorção. A equação de Henderson-Hasselbach
pequenas de ácido (H1) ou base (OH2). No sangue, por adaptada para bases fracas é representada a seguir.
causa da ação dos tampões, o pH é mantido dentro
de limites muito estreitos (7,36 a 7,42), impedindo a log10
[protonada]
= pKa 2 pH
acidose e a alcalose sanguínea. O principal tampão do [não protonada]
sangue está representado a seguir:
CO2(g) 1 H2O()  H+(aq) 1 HCO3– (aq) Nessa equação, pKa é a constante de dissociação do
princípio ativo.
Sobre o sistema tampão mencionado, é possível afirmar:
a) O uso de diuréticos em excesso pode abaixar o pH Considerando-se essa equação, um medicamento
do sangue, pois causa uma perda de H2O no sangue. caracterizado como base fraca, com pKa de 4,5, tem
maior absorção
b) A prática de exercícios físicos aumenta a taxa de
respiração, provocando grande liberação de CO2 na a) no estômago, com pH de 1,5.
expiração, o que contribui para a redução da acidez. b) na bexiga, com pH de 2,5.
c) A acidose metabólica é uma acidez excessiva do c) no túbulo coletor do néfron, com pH de 3,5.
sangue caracterizada por uma concentração anor-
malmente alta de íon HCO3– (aq) no sangue. d) na pele, com pH de 4,5.
d) A alcalose metabólica é uma situação em que o san- e) no duodeno, com pH de 6,5.
gue é alcalino devido a uma concentração demasiado A equação de Henderson-Hasselbach é válida com melhor aproximação

O
entre pH 4 e pH 10, em razão das simplificações feitas.

BO O
elevada de íon H+(aq) no sangue.

SC
Nas alternativas, o valor que melhor se encaixa é pH = 6,5 (duodeno).

M IV
Uma compensação natural da acidose metabólica pelo corpo é o aumento
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
da taxa de respiração, fazendo com que mais CO2 seja expirado.

O S
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-

D LU
2. ITA-SP – A saliva humana pode ser considerada uma so- tífico-tecnológicas.
lução-tampão. Cite quais espécies químicas inorgânicas Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
materiais, substâncias ou transformações químicas.
O C
compõem esse tampão e explique como elas atuam.
4. UEM-PR – Analise as afirmativas corretas, consideran-
N X

A saliva humana pode ser considerada uma solução-tampão, pois o do a molécula do ácido cítrico representada a seguir:
SI O E

pH permanece praticamente constante, ou seja, apresenta pequena HO O


EN S

O O
E U

variação entre 6,9 e 7,0.


D E

HO OH
A LD

Os principais tampões inorgânicos são formados por HCO3– /H2CO3 e


OH

HPO2–
4 /H2PO4 , que evitam grandes variações de pH, podendo causar

EM IA

01) O ácido cítrico possui quatro átomos de hidrogênio


ST ER

problemas bucais. dissociáveis em meio aquoso.


02) O citrato de sódio pode ser obtido por meio da neu-
SI AT

tralização de ácido cítrico com hidróxido de sódio.


Para o excesso de acidez (H1):
04) Sendo o ácido cítrico um ácido fraco, é possível
M

encontrar espécies de ácido cítrico não dissociadas


H1 1 HCO3–  H2CO3  H2O 1 CO2 em meio aquoso.
08) A concentração de ácido cítrico em solução aquosa
4  H2PO4
H1 1 HPO2– pode ser determinada por meio de titulação, usan-

do-se KC como titulante.


Para o excesso de basicidade (OH2): 16) Uma solução-tampão pode ser preparada pela mis-
tura de ácido cítrico com citrato de sódio.
OH2 1 H2CO3  HCO3– 1 H2O Dê a soma das alternativas corretas.

22 (02 1 04 1 16)
OH2 1 H2PO4–  H2O 1 HPO2–
4
01. Incorreta. O ácido cítrico possui três átomos de hidrogênio dis-
sociáveis em meio aquoso.

HO O
O C O
3. UFG-GO C7-H24
Alguns princípios ativos de medicamentos são bases C C C
fracas e, para serem absorvidos pelo organismo huma- HO CH CH OH
no, obedecem, como um dos parâmetros, à equação
OH
de Henderson-Hasselbach. Essa equação determina a
razão molar entre forma protonada e não protonada do CH3 CH3
princípio ativo, dependendo do pH do meio. A forma

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 69 29/05/2019 15:56


70 138 – Material do Professor

02. Correta. O citrato de sódio pode ser obtido por meio da neutra- 6. Acafe-SC – Considere as fórmulas estruturais e suas
QUÍMICA 1B

lização de ácido cítrico com hidróxido de sódio.


respectivas constantes de basicidade de quatro aminas
O
HO
C
O
O O
NaO
C
O
O
cíclicas fornecidas a seguir.
C C C C C C
HO CH CH OH + 3 NaOH 3 H2O + NaO CH CH ONa
OH OH
CH3 CH3 CH3 CH3

04. Correta. Sendo o ácido cítrico um ácido fraco, é possível encon-


N N
trar espécies de ácido cítrico não dissociadas em meio aquoso, pois H
nem todas as moléculas sofrem ionização.
Piridina Pirrolidina
08. Incorreta. A concentração de ácido cítrico em solução aquosa
pode ser determinada por meio de titulação, usando-se KOH como
titulante.
16. Correta. Uma solução-tampão pode ser preparada pela mistura
de ácido cítrico com citrato de sódio, ou seja, a solução-tampão pode N N
H H
ser obtida pelo ácido fraco e seu respectivo sal.
Piperidina Pirrol

5. UPE Dados: piridina: Kb = 1,8 ? 1029; pirrolidina: Kb = 1,9 ? 1023;


Um estudo interessante acerca do impacto da chuva piperidina: Kb = 1,3 ? 1023; pirrol: Kb < 10210.
ácida sobre lagos da região das Montanhas Adirondack, Considerando o caráter ácido-base das espécies quí-
área de Nova York, revelou que lagos sobre áreas ricas em micas citadas anteriormente, podem ser classificadas
calcário são menos suscetíveis à acidificação. O carbona- como base de Brönsted-Löwry
to de cálcio presente no solo dessas regiões reage com os
a) apenas piridina e pirrol.
íons hidrônio presentes na água, provenientes em grande

O
parte da chuva ácida, levando à formação de um sistema b) apenas piperidina, pirrolidina e pirrol.

BO O
SC
HCO3– /H2CO3/CO2. c) piridina, piperidina, pirrolidina e pirrol.

M IV
Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarConceito. d) apenas piridina.

O S
php?idConceito=27>. Acesso em: mar. 2019. Adaptado.

D LU
Três afirmações são feitas a respeito do fenômeno ci-
Uma base, no conceito de Brönsted-Löwry, é capaz de receber um
próton (H1), pois apresenta um par de elétrons disponível para fazer uma
ligação coordenada (dativa). Todos os compostos (piridina, piperidina, pir-
O C
tado no texto. rolidina e pirrol) apresentam um par de elétrons disponível no nitrogênio.
N X

I. O carbonato de cálcio diminui a acidez da chuva ácida


SI O E

por ser um sal insolúvel em água.


II. O solo também pode atuar como um tampão e re-
sistir às mudanças em pH, mas essa capacidade
EN S

N
tamponante depende dos seus constituintes. H
E U

N
III. Uma reação química existente nesse processo é
D E

representada por: CaCO 3(s) 1 H3O+(aq)  Ca(2aq+ ) 1


A LD

HCO3– (aq) 1 H2O().


Quanto ao referido impacto da chuva ácida, está correto
EM IA

N
apenas o que se afirma em N
I. Incorreto. O carbonato de cálcio diminui a acidez H
H
ST ER

a) I. da água da chuva em função da reação dos íons car-


b) II. bonato com íons hidrônio da água.
SI AT

II. Correto. O sistema bicarbonato (HCO3– ) / ácido


c) III. carbônico (H2CO3) constitui um tampão.
d) I e II.
M

III. Correto. A equação mostra o efeito de redução


e) II e III. da acidez da água pela reação dos íons carbonato
com hidrônio.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. UEPA – As informações destacadas a seguir foram E ainda estão presentes acidulantes utilizados para real-
retiradas do rótulo de um refrigerante “zero açúcar”. çar o sabor e para inibir o desenvolvimento de micro-
Ingredientes: -organismos. Os acidulantes, comumente usados pela
indústria alimentícia, são os ácidos cítrico (C6H8O7) e
Água gaseificada, extrato de noz e cola, cafeína, aroma fosfórico (H3PO4). Para regular a acidez do meio, usa-se
natural, corante, caramelo IV, acidulante ácido fosfórico, o citrato de sódio (C6H7O7Na) e, para substituir o açúcar,
edulcorantes artificiais: ciclamato de sódio (24 mg), aces- usam-se o aspartame (C14H18N2O5) e o ciclamato de sódio
sulfame de potássio 5 mg, e aspartame 12 mg, por 100 mL, (NaC6H12SNO3).
conservador, benzoato de sódio, regulador de acidez, ci- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
trato de sódio. Prazo de validade/lote: vide marcação. Aut.
CCI/RJ Ind. Brasileira I. Com a retirada de CO2(aq), o sistema sai de equilíbrio
e é deslocado para o lado esquerdo, formando mais
A água gaseificada apresenta o seguinte equilíbrio reagentes.
químico: II. Com a diminuição da quantidade de CO2(aq), há con-
sumo do íon hidrônio (H3O+(aq) ), o que implica uma
CO2(aq) 1 2 H2O()  HCO3– (aq) 1 H3O+(aq)
elevação no valor do pH do líquido.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 70 29/05/2019 15:56


139 – Material do Professor 71

III. O valor de pH do líquido geralmente permanece em

QUÍMICA 1B
torno de 3,0. Isso significa que a concentração do
íon hidrônio (H3O1) no liquido é 0,003 mol/L.
IV. O valor do pH do refrigerante, após ser aberto, man-
tém-se em 3, em razão da formação de um tampão
entre um ácido fraco (ácido cítrico) e seu sal derivado
(citrato de sódio).
V. As soluções-tampões (formadas por ácido fraco/base
conjugada) têm a propriedade de resistir a mudanças
de pH quando pequenas quantidades de ácidos ou 9. PUC-RJ – CO2(g) dissolvido em água, H2CO3 no meio
bases lhes são adicionadas.
aquoso, e HCO3– no meio aquoso encontram-se em
Estão corretas apenas as alternativas
equilíbrio, de acordo com as representações a seguir:
a) I, II, III e IV.
I. CO2(aq) 1 H2O()  H2CO3(aq)
b) I, II, III e V.
II. H2CO3(aq) 1 H2O()  HCO3– (aq) 1 H3O+(aq)
c) I, III, IV e V. H3O+(aq)
III. HCO3– (aq) 1 H2O()  CO2–
3 ( aq) 1
d) I, II, IV e V.
Sobre esse comportamento, é correto afirmar:
e) II, III, IV e V.
a) H2CO3 é base de Arrhenius na equação II.
8. UERJ – Soluções-tampão são sistemas nos quais ocor- b) A expressão da constante de equilíbrio de ionização
rem variações desprezíveis de pH, quando recebem a
adição de pequenas quantidades de ácidos ou de bases. do H2CO3 (equação II) é K =
([H3O+ ]2 · [CO2–
3 ])
.
[H2CO3 ]

O
Considere esses compostos para o preparo de uma

BO O
SC
solução-tampão: c) Em ambos os equilíbrios de que participa (II e III), o

M IV
HCO3– é base de Brönsted-Lowry.
2 HC

O S
d) O pH do meio onde o CO2 foi dissolvido é menor
2 NaC
2 NH4C
D LU do que 7.
e) Os equilíbrios são heterogêneos.
O C
N X

2 NaOH 10. UFPR – Em muitos experimentos químicos em solu-


SI O E

2 NH4OH ção, em que são necessárias condições controladas,


torna-se imprescindível o uso de soluções-tampão. Na
a) Indique, entre os compostos disponíveis, os dois medicina e na biologia, o conceito de solução-tampão
EN S

escolhidos para o preparo da solução-tampão. também é muito importante, pois os fluidos biológicos
E U

b) Considere, agora, a adição de uma solução aquosa (animais ou vegetais) são, em geral, meios aquosos
D E

de Ca(OH)2, completamente dissociada, na concen- tamponados. O sangue é um dos sistemas tampão


A LD

tração de 0,005 mol ? L21, a 25 ºC, à solução-tampão mais importantes e é esse sistema que permite a ma-
preparada. Calcule o pH inicial da solução de Ca(OH)2 nutenção das trocas gasosas.
e apresente a equação química que demonstra não
EM IA

a) Explique o que é um sistema tampão.


haver aumento do pH da solução-tampão com a adi-
b) Para simular condições próximas às do fisiológico,
ST ER

ção da solução de Ca(OH)2.


precisa-se preparar uma solução tamponada de pH
7,2. Qual a condição necessária para se preparar esse
SI AT

sistema utilizando hidrogenofosfato de sódio e diidro-


genofosfato de sódio?
M

Dados: pKa: NaH2PO4 = 7,2; Na2HPO4 = 12,7

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 71 29/05/2019 15:56


72
QUÍMICA 1B 140 – Material do Professor

O
BO O
SC
M IV
11. UFJF-MG – De acordo com as teorias de Arrhenius,

O S
Brönsted-Lowry e Lewis, diferentes substâncias po-

D LU
dem ser reconhecidas como ácidos ou bases. Assinale
a alternativa que apresenta substâncias classificadas
O C
como ácidos de acordo com as teorias de Arrhenius,
N X

Brönsted-Lowry e Lewis, respectivamente.


SI O E

a) HC, H2SO4, NH3


b) NH3, HC, HCN
EN S

c) H2SO4, CN2, NH+4


E U

d) NaOH, CH3COO2, SO2– 4


D E

e) H2SO4, HC, NH+4


A LD

12. Sistema Dom Bosco – Determine o pH de uma solução


formada pela mistura de 5,4 g de ácido cianídrico, cuja
EM IA

fórmula é HCN (Ka = 7,0 ? 10210), com 1,30 g de cianeto


ST ER

de potássio, cuja fórmula é KCN.


Dado: log 7 = 0,85
SI AT
M

13. UERN – A solução-tampão é geralmente uma mistu-


ra de um ácido fraco com o sal desse ácido, ou uma
base fraca com o sal dessa base. Essa solução tem
por finalidade evitar que ocorram variações muito gran-
des no pH ou no pOH de uma solução. A eficácia da
solução-tampão pode ser vista no sangue, em que,
mesmo com a adição de ácido ou de base em pequenas
quantidades ao plasma sanguíneo, praticamente não
há alteração no pH.
pH do sangue
6,85 7,40 7,95
7,35 7,45

Acidose Alcalose

Venoso Arterial

Morte celular
Disponível em: <www.brasilescola.com/quimica/solucaotampao-
nosantue-humano>.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 72 29/05/2019 15:56


141 – Material do Professor 73

Um litro de solução contém 1,24 g de ácido carbônico

QUÍMICA 1B
e 16,8 g de bicarbonato de sódio. Sabendo-se que
Ka = 2 ? 1027, determine o pOH dessa solução-tampão.
Dado: log 2 = 0,3
a) 7,7
b) 7,4
c) 6,6
d) 6,3

14. UECE – Johanes Nicolaus Brönsted (1879-1947), físico-


-químico dinamarquês, e Thomas Martin Lowry (1874-
1936), físico-químico britânico, trabalhando independen-
temente, lançaram uma teoria que ampliou o conceito
ácido-básico de Arrhenius Svant (1859-1927). Equacione
a reação que ocorre entre a amônia e a água e assinale
a opção que apresenta um par conjugado ácido-base,
de acordo com a teoria de Brönsted-Lowry.
a) H2O() e NH3(aq)
b) NH3(aq) e OH(–aq)
c) H2O() e NH+4 (aq)
d) NH3(aq) e NH+4 (aq)

O
BO O
SC
M IV
15. UEMA – Um sistema tampão mantém um pH quase
constante, porque neutraliza pequenas quantidades de

O S
ácido ou base adicionadas à solução.
D LU
No nosso corpo, o pH é mantido em torno de 7,4 por
O C
vários pares de tampões que impedem a acidose (pH
16. FMC-RJ – Em um projeto biológico sobre crescimento
N X

sanguíneo abaixo de 7,35) como também a alcalose (pH


de certos micro-organismos que necessitam, para a sua
SI O E

acima de 7,45), pois a morte pode resultar de aumento


ou de diminuição relativamente pequena de pH. sobrevivência, de um meio onde o pH deve ser igual a
8,54, decidiu-se utilizar um tampão NH3/NH4NO3.
EN S

Os principais sistemas tampão do sangue consistem


Considerando que Ka(NH+4 ) = 5,7 ? 10210, a relação molar
E U

de ácido carbônico (H2CO3) e íon hidrogenocarbonato


(HCO3– ), que atuam conforme o seguinte esquema: de NH3 para NH4NO3 do tampão será
D E
A LD

Pulmões CO2(g) Dado: log de 5,7 = 0,76


a) 20,70
Plasma
EM IA

sanguíneo
CO2(aq) b) 20,63
ST ER

+ H2O − H2O c) 0,20


H2CO3(aq) d) 0,35
SI AT

e) 0,63
H+ + HCO3−
M

17. FEI-SP – Dadas as substâncias NaC, H2O, NH4C,


Na2SO4, CH3COONa, KBr, KOH, NH3, NaOH, HBr, HC,
H2SO4 e CH3COOH, indique com quais delas pode-se
formar
OH− H+
a) uma solução-tampão de pH ácido;
a) Com base no esquema, explique, por meio de reação
química, o que ocorre com a concentração de CO2 b) uma solução-tampão de pH básico.
ao serem adicionados íons H1 no sangue.
b) As concentrações dos principais sistemas tamponan-
tes do sangue devem estar em equilíbrio, para que
o pH do sangue fique dentro dos limites normais.
Explique, por meio de reação química, o que ocorre
no equilíbrio quando uma base entra no sangue.

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 73 29/05/2019 15:56


74 142 – Material do Professor

ESTUDO PARA O ENEM


QUÍMICA 1B

18. Unimontes-MG C7-H24 d) HCN e H3O1


Um experimento deve ser conduzido sem que haja va- e) NH3 e H2SO4
riações bruscas de pH. Para isso, o operador deverá
preparar um meio tamponado em pH igual a 5 para 20. FGV-SP C7-H24
conduzir seu experimento e dispor de acetato de sódio O faturamento da indústria farmacêutica no Brasil vem
e ácido acético (Ka = 1,8 ? 1025). A reação de equilíbrio aumentando nos últimos anos e mantém forte potencial
é representada pela equação: de crescimento. A população utiliza medicamentos pre-
ventivos de doenças, como a vitamina C, anti-inflamató-
H3COOH  H3COO2 1 H1
rios de última geração, como a nimesulida, e medicação de
Considerando desprezível a quantidade de ácido que uso continuado, como o propranolol.
ioniza, a razão molar de ácido acético (H3COOH) e ace- Disponível em: <http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDe-
tato (H3COO2) necessária para preparar esse tampão Cases/Documents/ACHE.pdf> e <http://qnint.sbq.org.br/qni/
é de, aproximadamente, visualizarConceito.php?idConceito=14>. Acesso em: mar. 2019.

Dado: log 1,8 = 0,25 Nas reações, apresentam-se as reações de hidrólise


a) 1,80 com os reagentes da vitamina C (I), da nimesulida (II)
e do propranolol (III).
b) 0,27
c) 0,56 I. OH OH

O O
d) 5,00 HOH2C C O + H2O HOH2C C O + H3O+
H H
OH OH OH OH

19. Mackenzie-SP C7-H24

O
BO O

II. O O O O

SC
Em 1920, o cientista dinamarquês Johannes N. Brönsted S S

M IV
HN CH3 :N CH3
e o inglês Thomas M. Lowry propuseram, indepen- + H2O
+ H3O+
O O

O S
dentemente, uma nova definição de ácido e de base

D LU
diferente do conceito até então utilizado de Arrhenius.
Segundo esses cientistas, ácido é uma espécie química NO2 NO2
O C
(molécula ou íon) capaz de doar próton (H1) em uma +
CH3 H CH3
III.
N X

reação. Já a base é uma espécie química (molécula ou


O N CH3 O N CH3
SI O E

íon) capaz de receber próton (H1) em uma reação. A OH H + H2O OH H + OH−


seguir, está representada uma reação com a presença
de ácidos e bases de acordo com a teoria ácido-base
EN S

de Brönsted-Lowry.
E U

H3C – NH2 1 H3CCOOH  H3C – NH+3 1 H3CCOO– De acordo com o conceito de ácidos-bases de
   
D E

Base Base Brönsted-Lowry, a água nas equações I, II e III é clas-


A LD

Ácido Ácido

De acordo com essas informações, assinale a alternati- sificada, respectivamente, como


va que possui, respectivamente, um ácido e uma base a) base, ácido e base.
EM IA

de Brönsted-Lowry. b) base, ácido e ácido.


ST ER

a) OH2 e NaOH c) base, base e ácido.


b) H3O1 e C2 d) ácido, ácido e base.
SI AT

c) OH2 e NH+4 e) ácido, base e ácido.


M

DB_PV_2019_QUI1B_P5.indd 74 29/05/2019 15:56


TINSTOCK
TION/LA
CE FAC
SCIEN
O
BO O
SC
M IV
O S

QUÍMICA 2A
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CIÊNCIAS
CIÊNCIAS DA
DA NATUREZA
NATUREZA EE SUAS
SUAS TECNOLOGIAS
TECNOLOGIAS

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 73 29/05/2019 16:38


74 144 – Material do Professor

23
QUÍMICA 2A

ELETRÓLISE ÍGNEA

PHOTOGRAPHEE.EU. SHUTTERSTOCK

• Processo da eletrólise
• Eletrólise ígnea

HABILIDADES
• Entender que o funcio-
namento de uma cuba
eletrolítica envolve um

O
BO O
processo de oxirredução Conjunto de panelas e

SC
M IV
não espontâneo. frigideiras de aço inoxidável.

O S
• Compreender que uma Eletrólise do grego: (elektron, “eletricidade”, e lysis,“decomposição”) é o ramo
cuba eletrolítica transforma
parte da energia elétrica
D LU da eletroquímica que estuda as reações de oxirredução provocadas pela corrente
O C
elétrica, fenômeno este inverso àquele que ocorre na pilha. Trata-se, portanto, de
que recebe em energia
N X

química. um processo não espontâneo. Esse processo é fundamental para o setor industrial,
SI O E

pois permite a obtenção de metais de suma importância, como o alumínio.


• Identificar cátodo, ânodo,
O alumínio, utilizado na composição de panelas, frigideiras, entre outros utensílios,
polo positivo e polo negati-
EN S

vo na eletrólise. é produzido por meio da eletrólise ígnea da bauxita; ele contém muitas características
E U

vantajosas, como sua resistência ao fogo e uma boa condução de calor, que fazem
• Escrever as equações das
com que esses utensílios de cozinha sejam preferidos por muitos.
D E

semirreações catódica e
A LD

anódica em uma reação


oxirredução de eletrólise. PROCESSO DE ELETRÓLISE
EM IA

O processo de eletrólise ocorre em um sistema composto por um circuito


elétrico, formado por um gerador elétrico, que fornece energia, e por um reci-
ST ER

piente denominado célula (ou cuba) eletrolítica. A eletrólise é uma transformação


SI AT

basicamente contrária à da pilha: enquanto a transformação química da pilha é


espontânea (∆E0 . 0), a da eletrólise é não espontânea (∆E0 , 0) e provocada por
M

corrente elétrica contínua. Esse processo é caracterizado pela descarga dos íons.
Os cátions migram em direção ao cátodo (polo 2) para sofrer redução, enquanto
os ânions migram em direção ao ânodo (polo 1) para sofrer oxidação.
semirreação anódica: B2 → B0 1 e2
semirreação catódica: A1 1 e2 → A0
Reação global: B2 1 A1 → B0 1 A0

Gerador de corrente contínua

Eletrodo Eletrodo
inerte inerte
1 2
Ânodo B– A+ Cátodo

Cuba eletrolítica

AB (eletrólito)

Esquema geral de uma eletrólise.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 74 29/05/2019 16:38


145 – Material do Professor 75

Para que ocorra o processo de eletrólise, é necessário que haja íons livres no
sistema, o que pode ocorrer de duas maneiras:

QUÍMICA 2A
• pela fusão de uma substância iônica;
• pela dissociação e/ou ionização de substâncias em solução aquosa.
Os eletrodos podem ser inertes, ou seja, não participam das reações de oxirre-
dução, funcionando apenas como meio condutor de corrente elétrica (geralmente
utilizam-se eletrodos de grafite ou platina), ou eletrodos ativos, os quais participam
do processo.

ELETRÓLISE ÍGNEA
Eletrólise ígnea é um processo que depende de altas temperaturas para a maioria
das substâncias.
Para ocorrer a eletrólise ígnea, é necessário que o eletrólito seja fundido, ou seja,
passe para o estado líquido, pois, assim, os íons têm livre movimento e podem se
deslocar até os eletrodos, nos quais se descarregam.

• Eletrólise ígnea do cloreto de sódio (NaCø)


NaC(s) 
850 °C
→ NaC()

Dissociação iônica: 2 NaC(s) 


850 °C
→ 2 Na1() 1 2C()
2

O
BO O
SC
Cátodo (2): 2 Na1() 1 2 e2 redução
 → 2 Na(s) Ered 5 22,71 V

M IV
O S
Ânodo (1): 2 C()
2 oxidação
 → C2(g) 1 2 e– Ered 5 21,36 V
D LU
O C
Reação global: 2 NaC(s) → 2 Na(s) 1 C2(g) ∆Ered 5 24,07 V
N X
SI O E

Gerador
EN S

e–
Eletrodos e–
E U

2 1
de carvão
D E
A LD
EM IA

Ânodo
ST ER

Cátodo Na+
Na0 Cø– Cuba
SI AT

eletrolítica
M

Íons em movimento: Na+, Cø– Gás cloro (C2)


Eletrólise ígnea do NaCø

O fato de a diferença de potencial ser negativa para o processo global carac-


teriza-a como processo não espontâneo. Portanto, para se efetuar a eletrólise
ígnea do cloreto de sódio, é necessário que o gerador forneça uma ddp maior
do que 4,07 V, não podendo ser muito maior, para que não ocorra a produção de
correntes elétricas muito intensas, que causariam grande dissipação de energia
em forma de calor, efeito Joule.

• Eletrólise ígnea do sulfeto de alumínio (A<2S3)

Dissociação iônica: A2S3() → 2A3( +) 1 3 S(2–)


Cátodo (2): 2 A3( +) 1 6 e2 redução
 → 2 A(s)
Ânodo (1): 3 S(2–) 
oxidação
→ 3 S(s) 1 6 e
2

Global: A2S3() → 2 A(s) 1 3 S(s)

Então, obtemos alumínio metálico no cátodo e enxofre no ânodo.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 75 29/05/2019 16:38


76 146 – Material do Professor

EXERCÍCIO RESOLVIDO
QUÍMICA 2A

1. UFMG – Um método industrial utilizado para preparar só- b) A bauxita é um minério de fórmula A 2O 3 ? n H 2O e
dio metálico é a eletrólise de cloreto de sódio puro fundido. é utilizada para a obtenção de alumínio, por meio
Com relação à preparação de sódio metálico, é incorreto de uma eletrólise ígnea com eletrodos de grafite.
afirmar que Represente a equação catódica dessa eletrólise.
a) a formação de sódio metálico ocorre no eletrodo Resolução
negativo.
b) a eletrólise é uma reação espontânea. a. A corrente elétrica utilizada em eletrólise deve ser
contínua. Na iluminação domiciliar, utiliza-se a corrente
c) a quantidade, em mol, de cloro (C2) formada é me-
alternada.
nor que a de sódio metálico.
d) a quantidade de sódio metálico obtido é proporcional
→ 4 A ( ) 1 6 O( )
3+ 2–
b. 2 A2O3(s) 

à carga elétrica utilizada.
Resolução
Cátodo (2): 4 A3( +) 1 12 e2 redução
 → 4 A()
Toda eletrólise é caracterizada por ser um processo
não espontâneo. Ânodo (1): 6 O(2–) 
oxidação
→ 12 e2 1 3 O2(g)
2. FEI-SP – Responda às perguntas a seguir.
a) Por que a corrente elétrica usada na iluminação domi- Global: 2 A2O3(s) → 4 A() 1 3 O2(g)
ciliar não pode ser utilizada diretamente para realizar
uma eletrólise (ígnea ou aquosa) de uma substância?

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 76 29/05/2019 16:38


147 – Material do Professor 77

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 2A
ELETRÓLISE

O
BO O
SC
Definição: Eletrólise ígnea: processo de oxir-

M IV
processo não espontâneo de oxirredução que redução que ocorre na ausência de

O S
água a altas temperaturas com com-
D LU
ocorre com a passagem de corrente elétrica.
postos iônicos.
O C
N X
SI O E
EN S

Polos – Eletrodos
E U
D E
A LD
EM IA

Polo negativo – Cátodo


Polo positivo – Ânodo
ST ER
SI AT
M

semirreação de semirreação de
oxidação do ânion redução do cátion

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 77 29/05/2019 16:38


78 148 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 2A

1. Unemat-MT – Diferentes marcas de telefones celula- 4. Mackenzie-SP – De acordo com os conceitos de ele-
res buscam ganhar novos clientes, anunciando que a troquímica, é correto afirmar:
bateria de seus aparelhos é mais eficiente que a dos a) A ponte salina é responsável pela condução de elé-
concorrentes, por manter o telefone celular ligado por trons durante o funcionamento de uma pilha.
mais tempo. Quando descarregada, a bateria do celular b) Na pilha representada por Zn(s)/ Zn(2aq+ ) // Cu(2aq+ ) /Cu(s), o
é conectada a uma rede elétrica para que sua carga
seja restabelecida. metal zinco representa o cátodo da pilha.
Esse processo é um exemplo de c) O resultado positivo da ddp de uma pilha, por exem-
plo, +1,10 V, indica a sua não espontaneidade, pois
a) pilha. essa pilha está absorvendo energia do meio.
b) célula galvânica. d) Na eletrólise, o ânodo é o polo positivo, onde ocorre
c) célula eletrolítica. o processo de oxidação.
d) célula de oxidação. e) A eletrólise ígnea só ocorre quando os compostos
e) célula energética. iônicos estiverem em meio aquoso.
As células voltaicas são fundamentadas nas reações de oxirredução Na pilha, o ânodo é o polo negativo e sofre oxidação, diminuindo sua
espontâneas. Contrariamente, a eletrólise é um processo inverso ao da massa e enviando elétrons por um fio externo para o cátodo, que é o
pilha, ou seja, utiliza a energia elétrica para forçar a ocorrência de uma polo positivo e sofre redução, aumentando sua massa. Porém a ponte
reação química não espontânea pela neutralização da carga de íons e salina permite a migração dos íons entre as soluções dos eletrodos,
pela obtenção de substâncias de interesse comercial. para que as soluções permaneçam em equilíbrio e o funcionamento
da pilha seja prolongado. A pilha transforma uma reação química em
O recipiente em que se realiza a eletrólise recebe o nome de célula energia elétrica, um processo espontâneo.
eletrolítica ou cuba eletrolítica.

O
A eletrólise utiliza um gerador e é o inverso da pilha, ou seja, transfor-

BO O
ma energia elétrica em energia química em que uma reação química

SC
2. Urca-RJ – Um dos métodos para obtenção do magné- não espontânea ocorre pela passagem da corrente elétrica. O ânodo

M IV
sio metálico é através da eletrólise do MgC2 fundido. é o polo positivo e sofre oxidação, e o cátodo é o polo negativo e

O S
Nesse processo, escreva a semirreação que ocorre no sofre redução.
cátodo.
D LU
O cátodo é polo (2) que atrai os cátions, que nele sofrem redução, 5. UERJ – Em um experimento pioneiro, a cientista Marie
O C
Curie isolou a forma metálica do elemento químico rá-
dio por meio da eletrólise ígnea, com eletrodos inertes
N X

recebendo elétrons provenientes do gerador.


do cloreto de rádio. Nomeie o tipo de ligação interatô-
SI O E

mica presente no cloreto de rádio e escreva a equação


M21 1 2 e2 → Mg0 química que representa a eletrólise desse elemento.
EN S

Cloreto de rádio: RaC2 ⇒ ligação iônica


E U


 →
D E

RaC2(s) Ra(2+) 1 2 C –()


A LD

C7-H24
redução
3. Enem Cátodo (–): Ra() 1 2 e–  → Ra
2+
(s)

A obtenção do alumínio dá-se pela bauxita (A2O3 ? 3 H2O),


EM IA

que é purificada e eletrolisada numa temperatura de Ânodo (1): 2 C –() → C2(g) 1 2 e


ST ER

oxidação –

1 000 °C. Na célula eletrolítica, o ânodo é formado por
barras de grafita ou carvão, que são consumidas no ∆
Reação global: RaC2(s)  → Ra(s) 1 C2(g)
SI AT

processo de eletrólise, com formação de gás carbônico,


e o cátodo é uma caixa de aço coberta de grafita.
M

A etapa de obtenção do alumínio ocorre no


a) ânodo, com formação de gás carbônico.
b) cátodo, com redução do carvão na caixa de aço.
c) cátodo, com oxidação do alumínio na caixa de aço.
d) ânodo, com depósito de alumínio nas barras de grafita.
e) cátodo, com fluxo de elétrons das barras de grafita
para a caixa de aço. 6. PUCCamp-SP – Cloreto de sódio, um composto iôni-
co, é o principal componente do sal de cozinha, sendo
A etapa de obtenção do alumínio ocorre no cátodo, com fluxo de elé- retirado da água do mar. Já o sódio metálico não existe
trons das barras de grafita (ânodo) para a caixa de aço (cátodo). na natureza e, para obtê-lo, pode-se realizar a eletrólise
2 A2O3(s) ∆
 → 4 A3(+) 1 6 O(2–) ígnea do cloreto de sódio. Sabendo que o elemento só-
dio pertence ao grupo 1 da Tabela Periódica, quando se
Cátodo (–): 4 A3(+) 1 12 e– 
redução
→ 4 A() realiza a eletrólise ígnea para a obtenção do sódio me-
oxidação
 → tálico, o número de oxidação desse elemento varia de
Ânodo (+): 6 O(2–) 12 e– 1 3 O2(g)
Na eletrólise ígnea, ocorre a seguinte reação:
a) 0 para –1
→ 2 Na() 1 2 C ()
+ –
2 NaC(s) ∆

Global: 2 A2O3(s) ∆
 → 4 A() 1 3 O2(g) b) –1 para 0
Cátodo: 2 Na(+) + 2 e– → 2 Na(s)
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em c) –1 para +1 Ânodo: 2 C– → 2 e– 1 C
( ) (g)
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien- d) 0 para +1
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar
e) +1 para 0 Reação global: 2 Na  C(s) 
+1

→ 2 Na
 (s) 1 C(g)
0
materiais, substâncias ou transformações químicas. Assim, o Nox do sódio passa de +1 para 0.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 78 29/05/2019 16:38


149 – Material do Professor 79

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

QUÍMICA 2A
7. Unimontes-MG – O magnésio metálico é obtido co- Estão corretas apenas as afirmativas
mercialmente através de um processo eletrolítico, uti- a) I, II e III. d) I, II e IV.
lizando apenas cloreto de magnésio fundido (MgC2).
Uma corrente externa é fornecida para que se estabe- b) I, III e IV. e) II e IV.
leça a oxidação em um eletrodo e a redução em outro, c) I e III.
como mostra o esquema geral a seguir:
10. UEPG-PR – Sobre a eletrólise, assinale o que for correto.
Fonte de corrente 01) Na eletrólise, as reações de redução ocorrem no
Fluxo de ânodo.
elétrons 1 2
02) Na eletrólise, o cátodo é o polo negativo (2), e o
ânodo, o polo positivo (1).
Ânodo Cátodo 04) Corresponde à reação de oxirredução provocada
pela corrente elétrica.
08) Na eletrólise, são denominados de eletrodos iner-
tes aqueles que permanecem inalterados durante
o processo.
Cátions
Dê a soma dos itens corretos.
Oxidação

Redução

O
BO O
SC
Ânions

M IV
O S
Sobre esse processo, pode-se afirmar:
D LU
a) O processo é espontâneo, pois gera magnésio me-
O C
tálico por meio de MgC2.
N X

b) A redução dos íons cloreto (C2) ocorre no ânodo


SI O E

(polo positivo).
c) A reação anódica é representada por Mg21 1 2 e2 → Mg.
EN S

d) Os produtos dessa eletrólise são magnésio metálico


E U

e gás cloro (C2).


D E

8. Acafe-SC – Sobre a eletrólise é correto afirmar, exceto:


A LD

a) O sódio metálico e o hidróxido de sódio podem ser


produzidos diretamente pela eletrólise aquosa do
EM IA

cloreto de sódio.
ST ER

b) A aparelhagem da eletrólise é chamada de cuba (ou


cela) eletrolítica.
SI AT

c) O gás cloro pode ser obtido diretamente tanto na


eletrólise ígnea do cloreto de sódio fundido, como
M

diretamente na eletrólise de uma solução aquosa de


cloreto de sódio.
d) O metal alumínio pode ser obtido pela eletrólise íg-
nea da bauxita (A2O3) fundida.

9. PUC-PR (adaptado) – Um dos metais mais importantes


no mundo, dada sua versatilidade, é o alumínio. Pode ser
usado desde a fabricação de panelas até painéis coleto- 11. UFU-MG – A eletrólise é um processo que separa, na cela
res de energia solar. Apresenta propriedades peculiares: eletrolítica, os elementos químicos de uma substância,
maleável, leve (densidade abaixo de 0,5 g/cm3) e muito pelo uso da eletricidade. Esse processo é um fenômeno
resistente à corrosão. O alumínio pode ser obtido por físico-químico de reação de oxirredução não espontânea.
meio da eletrólise da alumina (óxido de alumínio), que é Uma importante aplicação industrial da eletrólise é a ob-
obtido pela bauxita. tenção de sódio metálico, com eletrodos inertes, a partir
de cloreto de sódio fundido. A respeito desse processo
Em relação à eletrólise, é correto afirmar:
industrial, é correto afirmar que, além da obtenção do
I. É uma reação espontânea de oxidorredução, produ- sódio metálico, também se observa a formação
zida por meio de corrente elétrica.
a) de hidróxido de sódio fundido, basificando o meio, e
II. Pela eletrólise ígnea do óxido de alumínio, é possível de moléculas de gás cloro e de gás hidrogênio, respec-
obter, além de alumínio metálico, oxigênio gasoso. tivamente, no ânodo e no cátodo da cela eletrolítica.
III. A redução ocorre no polo positivo denominado cátodo. b) tanto de moléculas de gás cloro como de gás hidro-
IV. A oxidação ocorre no polo positivo denominado gênio, respectivamente, no ânodo e no cátodo da
ânodo. cela eletrolítica.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 79 29/05/2019 16:38


80 150 – Material do Professor

c) de moléculas de gás cloro no ânodo da cela eletrolítica. 13. Acafe-SC – Metalurgia é como pode ser denominado o
QUÍMICA 2A

d) de moléculas de gás hidrogênio no cátodo da cela processo que produz um metal a partir de seu minério.
eletrolítica. Na metalurgia do alumínio (processo Hall-Héroult), o
alumínio pode ser produzido pela eletrólise ígnea da
12. UFJF-MG – O alumínio metálico pode ser produzido a bauxita (que contém óxido de alumínio) com eletrodos
partir do mineral bauxita (mistura de óxidos de alumí- de grafite. Reações:
nio, ferro e silício). Trata-se de um processo de produção
2 A2O3(s) → 4 A  (3+) 1 6 O(2–< )
caro, pois exige muita energia elétrica. A última etapa
do processo envolve a eletrólise de uma mistura de 4 A  (3+) 1 12 e– → 4 A()
alumina (A<2O3) e criolita (Na3AøF6), na temperatura
de 1 000 °C. As paredes do recipiente que ficam em
6 O(2–<) → 12 e– 1 3 O2(g)
contato com a mistura funcionam como cátodo, e os
cilindros constituídos de grafite, mergulhados na mis- 3 O2(g) 1 3 C(s) → 3 CO2(g)
tura, funcionam como ânodo.
Considere as informações e os conceitos químicos e
Dados:
analise as afirmações a seguir.
A3+ 1 3 e– → A() ɛ0 5 –1,66 V I. A produção do alumínio ocorre no ânodo.
O2(g) 1 4 e– → 2 O(2–) ɛ0 5 11,23 V II. O gás oxigênio é produzido no cátodo que reage
com o grafite do eletrodo, formando gás carbônico.
Responda ao que se pede.
III. À medida que a eletrólise acontece, ocorre a dimi-
a) Explicite qual semirreação ocorre no ânodo e qual nuição da massa do eletrodo de grafite.
ocorre no cátodo.
Assinale a alternativa correta.
b) Escreva a equação equilibrada que representa a

O
BO O
reação global e calcule a variação de potencial do a) Apenas a afirmação III está correta.

SC
M IV
processo. b) Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
c) O processo é espontâneo? Justifique sua resposta.

O S
c) Apenas as afirmações I e III estão corretas.

D LU d) Apenas as afirmações II e IIII estão corretas.


O C
14. UNESP
N X
SI O E

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS


EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

Nas salinas, o cloreto de sódio é obtido pela evaporação


da água do mar em uma série de tanques. No primeiro
tanque, ocorre o aumento da concentração de sais na
água, cristalizando-se sais de cálcio. Em outro tanque,
ocorre a cristalização de 90% do cloreto de sódio presente
na água. O líquido sobrenadante desse tanque, conhecido
como salmoura amarga, é drenado para outro tanque. É
nessa salmoura que se encontra a maior concentração de
íons Mg(aq)
2+
, razão pela qual ela é utilizada como ponto de
partida para a produção de magnésio metálico.
A obtenção de magnésio metálico a partir da salmou-
ra amarga envolve uma série de etapas: os íons Mg2+
presentes nessa salmoura são precipitados sob a forma
de hidróxido de magnésio por adição de íons OH–. Por
aquecimento, esse hidróxido transforma-se em óxido
de magnésio que, por sua vez, reage com ácido clorídri-
co, formando cloreto de magnésio que, após cristaliza-
do e fundido, é submetido à eletrólise ígnea, produzindo
magnésio metálico no cátodo e cloro gasoso no ânodo.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 80 29/05/2019 16:38


151 – Material do Professor 81

Dê o nome do processo de separação de misturas em- vidos, existe uma grande oportunidade para a penetração

QUÍMICA 2A
pregado para obter o cloreto de sódio nas salinas e infor- desses veículos no mercado de automóveis.
me qual é a propriedade específica dos materiais na qual
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/clima/energia/
se baseia esse processo. Escreva a equação da reação
veiculos-eletricos>. Acesso em: 2 out. 2014.
que ocorre na primeira etapa da obtenção de magnésio
metálico a partir da salmoura amarga e a equação que Alguns desses carros elétricos utilizam as baterias de
representa a reação global que ocorre na última etapa, lítio, que possuem ânodos de lítio metálico. Por essa
ou seja, na eletrólise ígnea do cloreto de magnésio. e outras razões, a produção de lítio mundial está em
alta. Uma das etapas de obtenção de lítio metálico é
a eletrólise de cloreto de lítio. Sobre a obtenção de
lítio metálico, a partir da eletrólise de cloreto de lítio,
assinale a alternativa que corresponde à equação global.
a) 2 K1() 1 C1() → 2 KC(s)
b) 2 K1() 1 2 C2() → 2 K(s) 1 C22(g)
c) K1() 1 2 C2() → 2 K(s) 1 C2(g)
d) 2 K1() 1 2 C22() → 2 K(s) 1 C2(g)
e) 2 KC(s) → 2 K1() 1 2 C22(g)

16. ITA-SP – Duas placas de platina são conectadas a um


potenciostato e imersas em um béquer contendo uma
solução aquosa de sulfato de cobre. Entre essas duas
placas, ocorre a passagem de corrente elétrica. Após

O
BO O
certo tempo, foi verificado que a cor azul, inicialmen-

SC
te presente na solução, desapareceu e que houve a

M IV
liberação de um gás em uma das placas de platina. A

O S
solução, agora totalmente incolor, contém
D LU a) hidróxido de cobre.
b) sulfato de platina.
d) ácido sulfúrico.
e) apenas água.
O C
N X

c) hidróxido de platina.
SI O E

17. UCS-RS – Centenas de milhares de toneladas de mag-


nésio metálico são produzidas anualmente, em grande
EN S

parte para a fabricação de ligas leves. De fato, a maior


E U

parte do alumínio utilizado hoje em dia contém 5% em


D E

massa de magnésio para melhorar suas propriedades


A LD

mecânicas e torná-lo mais resistente à corrosão. É inte-


ressante observar que os minerais que contêm magné-
sio não são as principais fontes desse elemento. A maior
EM IA

parte do magnésio é obtida a partir da água do mar, na


ST ER

qual os íons Mg2+ estão presentes em uma concentração


de 0,05 mol/L. Para obter o magnésio metálico, os íons
SI AT

Mg2+ da água do mar são inicialmente precipitados sob


a forma de hidróxido de magnésio, com uma solução de
M

hidróxido de cálcio. O hidróxido de magnésio é removi-


do desse meio por filtração, sendo finalmente tratado
com excesso de uma solução de ácido clorídrico. Após
a evaporação do solvente, o sal anidro obtido é fundido
e submetido ao processo de eletrólise ígnea.
Considerando as informações do texto anterior, assinale
a alternativa correta.
a) A filtração é um processo físico que serve para se-
parar misturas homogêneas de um sólido disperso
15. IFSC (adaptado) – O veículo elétrico é aquele que em um líquido ou um gás.
utiliza, pelo menos, um motor elétrico como forma de b) A massa de Mg2+ presente em 500 mL de água do
tração para o transporte de pessoas, objetos e cargas. mar é de 2,025 g.
Compreende os trólebus que recebem energia de uma c) A eletrólise ígnea do sal anidro produz, além do mag-
rede aérea, veículos elétricos a bateria que se abastecem nésio metálico, um gás extremamente tóxico e de
na rede elétrica quando estacionados e veículos elétricos odor irritante.
híbridos que possuem mais de uma fonte de energia d) O hidróxido de magnésio é uma monobase fraca,
para proporcionar tração. Nestes, a energia é gerada a muito solúvel em água.
bordo por meio de combustíveis convencionais ou de
e) O processo de eletrólise é um fenômeno físico, em
células a combustível que utilizam hidrogênio. que um ou mais elementos sofrem variações nos
Embora a venda e a utilização de carros elétricos e híbridos seus números de oxidação no transcorrer de uma
ainda sejam pequenas, mesmo em países mais desenvol- reação química.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 81 29/05/2019 16:38


82 152 – Material do Professor

ESTUDO PARA O ENEM


QUÍMICA 2A

18. Enem C7-H24 Considerando os processos de eletrólise e as substân-


O alumínio é um metal bastante versátil, pois, por meio cias químicas relacionadas anteriormente, analise as
dele, é possível confeccionar materiais amplamente uti- afirmativas e assinale a correta.
lizados pela sociedade. A obtenção do alumínio ocorre a Dados: O 5 16; Na = 23; C 5 35,5
partir da bauxita, que é purificada, dissolvida em criolita
fundida (Na3AF6) e eletrolisada a cerca de 1 000 °C. Há a) Para o preparo de 1 L de uma solução de NaCO(aq)
liberação do gás dióxido de carbono (CO2), formado pela com concentração em quantidade de matéria de
reação de um dos produtos da eletrólise com o material 0,6 mol ? L–1, devem ser dissolvidos 4,466 g do soluto.
presente nos eletrodos. O ânodo é formado por barras b) No processo de eletrólise do NaC(), ocorre redução
de grafita submergidas na mistura fundida. O cátodo é no compartimento do cátodo, sendo este ligado ao
uma caixa de ferro coberta de grafita. A reação global polo negativo.
do processo é: c) Eletrólise é um processo de oxirredução espontâneo
no qual ocorre conversão de energia química em
2 A2O3() 1 3 C(s) → 4 A() 1 3 CO2(g) energia elétrica.
Na etapa de obtenção do alumínio líquido, as reações d) A substância química NaC(s) conduz a corrente elé-
que ocorrem no cátodo e no ânodo são trica, mesmo no estado sólido, pois apresenta íons
em sua estrutura cristalina.
e) A decomposição do cloreto de sódio é um processo
a) cátodo: A3+ 1 3 e– → A espontâneo e sua reação pode ser descrita como:
2 NaC () → 2 Na () 1 C 2(g), sendo o potencial da
 2 O2– → O + 4 e – célula negativo.

O
BO O
ânodo  2

SC
M IV
 C + O2 → CO2 20. UEL-PR C7-H24
 A vida em grandes metrópoles apresenta atributos que

O S
consideramos sinônimos de progresso, como facilidades
 2 O2– → O + 4 e –

b) cátodo 
2 D LU de acesso aos bens de consumo, oportunidades de tra-
O C
balho, lazer, serviços, educação, saúde etc. Por outro lado,
 C + O → CO2 em algumas delas, devido à grandiosidade dessas cidades
N X

2

SI O E

e aos milhões de cidadãos que ali moram, existem muito


ânodo: A3+ 1 3 e– → A
mais problemas do que benefícios. Seus habitantes sabem
como são complicados o trânsito, a segurança pública, a
EN S

 A3+ + 3 e – → A poluição, os problemas ambientais, a habitação etc. Sem


c) cátodo 
E U

dúvida, são desafios que exigem muito esforço não só dos


 2 O → O2 + 4 e
2– –
D E

governantes, mas também de todas as pessoas que vivem


A LD

ânodo: C 1 O2 → CO2 nesses lugares. Essas cidades convivem ao mesmo tempo


com a ordem e o caos, com a pobreza e a riqueza, com a
beleza e a feiura. A tendência das coisas de se desordena-
EM IA


d) cátodo  A + 3 e → A
3+ –
rem espontaneamente é uma característica fundamental
ST ER

 da natureza. Para que ocorra a organização, é necessária


 C + O2 → CO2
alguma ação que restabeleça a ordem. É o que acontece
SI AT

ânodo: 2 O2– + O2 + 4 e – nas grandes cidades: despoluir um rio, melhorar a con-


dição de vida dos seus habitantes e diminuir a violência,
M

por exemplo, são tarefas que exigem muito trabalho e não


e) cátodo: 2 O2– → O2 + 4 e – acontecem espontaneamente. Se não houver qualquer
ação nesse sentido, a tendência é que prevaleça a desorga-
 A 3+ + 3 e – → A nização. Em nosso cotidiano, percebemos que é mais fácil
ânodo  deixarmos as coisas desorganizadas do que em ordem. A
 C + O2 → CO2 ordem tem seu preço. Portanto, percebemos que há um
embate constante na manutenção da vida e do Univer-
19. UPF-RS C7-H24 so contra a desordem. A luta contra a desorganização é
travada a cada momento por nós. Por exemplo, desde o
O uso de cloro na desinfecção de águas foi iniciado com
a aplicação do hipoclorito de sódio NaCO(aq) , o qual, momento da nossa concepção, a partir da fecundação do
primeiramente, era empregado somente em casos de óvulo pelo espermatozoide, nosso organismo vai se de-
epidemias. A partir de 1902, a cloração foi adotada de senvolvendo e ficando mais complexo. Partimos de uma
maneira contínua na Bélgica, e, a partir de 1909, passou única célula e chegamos à fase adulta com trilhões delas,
a ser utilizado o gás cloro (C2(g)), armazenado em cilin- especializadas para determinadas funções. Entretanto,
dros revestidos com chumbo. O gás cloro (C2(g)) pode com o passar dos anos, envelhecemos e nosso corpo não
ser obtido por dois processos de eletrólise: eletrólise consegue mais funcionar adequadamente, ocorre uma fa-
da água do mar ou de uma salmoura e eletrólise ígnea lha fatal e morremos. O que se observa na natureza é que
de cloreto de sódio fundido. a manutenção da ordem é fruto da ação das forças funda-
Ered
0 mentais, que, ao interagirem com a matéria, permitem que
Na(+) 1 e– → Na() 5 22,71 V
esta se organize. Desde a formação do nosso planeta, há
C2(g) 1 2 e– → 2 C –( aq) Ered
0 5 21,36 V cerca de 5 bilhões de anos, a vida somente conseguiu se

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 82 29/05/2019 16:38


153 – Material do Professor 83

desenvolver às custas de transformar a energia recebida Sobre reações químicas em pilhas e em processos de

QUÍMICA 2A
pelo Sol em uma forma útil, ou seja, capaz de manter a or- eletrólise de soluções aquosas e de compostos fundi-
ganização. Para tal, pagamos um preço alto: grande parte dos, assinale a alternativa correta.
dessa energia é perdida, principalmente na forma de calor.
a) Em um processo de eletrólise, os elétrons fluem do
Dessa forma, para que existamos, pagamos o preço de au-
cátodo para o ânodo em um processo espontâneo.
mentar a desorganização do nosso planeta. Quando o Sol
não puder mais fornecer essa energia, dentro de mais 5 bi- b) Em um processo de eletrólise, a energia elétrica é
lhões de anos, não existirá mais vida na Terra. Com certeza, convertida em energia química por meio de um pro-
a espécie humana já terá sido extinta muito antes disso. cesso não espontâneo.
c) Em uma pilha galvânica, a energia elétrica é conver-
OLIVEIRA, A. O caos e a ordem. Ciência hoje. Disponível em: <http:// tida em energia química por meio de um processo
cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/o-caos-ea- ordem>.
não espontâneo.
Acesso em: 5 mar. 2019. Adaptado.
Em sintonia com o que é mencionado no texto, também d) Em uma pilha galvânica, a reação espontânea apre-
sob a perspectiva da termodinâmica, deve-se realizar senta um valor negativo de ∆E0, com geração de
trabalho não espontâneo para combater a desordem. energia sob a forma de trabalho.
Sistemas químicos que exploram reações químicas de e) Em uma pilha galvânica, há um processo não espon-
oxidação e redução podem realizar trabalhos espontâ- tâneo, no qual o cátodo é o polo negativo e o ânodo
neos ou não espontâneos. é o polo positivo.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 83 29/05/2019 16:38


84 154 – Material do Professor

24
QUÍMICA 2A

ELETRÓLISE AQUOSA

3DSCULPTOR/SHUTTERSTOCK
• Processo da eletrólise
• Eletrólise aquosa
• Preferência de descarga
de cátions e ânions

HABILIDADES

O
• Compreender como

BO O
SC
ocorre a eletrólise em

M IV
meio aquoso.

O S
• Diferenciar uma ele-
trólise aquosa de uma
eletrólise ígnea.
D LU
O C
N X

• Reconhecer o íon que


SI O E

se descarrega primeira-
mente em cada sistema
montado, cátion ou ânion.
EN S
E U

• Escrever as semirreações
e a reação global da ele-
D E

trólise em meio aquoso.


A LD

Lançamento do Challenger em sua primeira missão.


EM IA

Como o hidrogênio é altamente inflamável, especialmente quando misturado


com oxigênio puro, ele é usado como combustível em foguetes. Normalmente,
ST ER

há uma combinação de hidrogênio líquido com oxigênio líquido para formar uma
SI AT

mistura explosiva.
Infelizmente, em 1986, o U.S. Space Shuttle Challenger explodiu quando uma
M

chama, acidentalmente, acendeu o hidrogênio líquido em um tanque de combustível


externo. Isso novamente mostrou que o gás pode ser perigoso e pode causar um
desastre em algumas situações.

PROCESSO DE ELETRÓLISE AQUOSA


A eletrólise aquosa difere-se da ígnea pela presença da água, entretanto as rea-
ções que ocorrerão no cátodo e no ânodo continuarão sendo as mesmas.
O processo de eletrólise aquosa consiste em uma reação química provocada
pela passagem da corrente elétrica em uma solução aquosa de um eletrólito. A di-
ferença da eletrólise aquosa para a ígnea é que, nesse caso, há competições entre
diferentes cátions (H1, proveniente da autoionização da água, e cátion, proveniente
do eletrólito) e ânions (OH2, proveniente da autoionização da água, e ânion, prove-
niente do eletrólito).
Os íons H1 vão competir com os cátions do eletrólito para sofrerem descarga
no cátodo, polo (2), e os íons OH2 vão competir com os ânions do eletrólito para
sofrerem descarga no ânodo, polo (1).
Observação
A palavra descarga refere-se à perda de carga elétrica pelos íons e, consequen-
temente, à sua transformação em uma espécie eletricamente neutra.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 84 29/05/2019 16:38


155 – Material do Professor 85

ORDEM DE DESCARGA DOS ÍONS APLICAÇÃO DA ELETRÓLISE


Uma das aplicações da eletrólise é na galvano-

QUÍMICA 2A
Fila de reatividade de íons cátions
plastia ou eletrodeposição. Essa técnica consiste
Metais alcalinos < metais alcalinoterrosos < A 31 em revestir superfícies metálicas com outros metais,
< H 1 < demais metais fazendo uso da eletrólise aquosa do sal desse metal
Aumenta a tendência em sofrer descarga (redução) específico, e é utilizada

CADIFOR/DREAMSTIME.COM
no revestimento de anéis,
brinquedos, rodas de car-
Fila de reatividade de íons cátions ros, motos e bicicletas
etc. O metal a ser reves-
F2 < ânions oxigenados < OH2 < ânions orgânicos tido deve estar ligado no
< ânions não oxigenados cátodo e, no ânodo, deve
Aumenta a tendência em sofrer descarga (oxidação) haver uma placa metálica
do metal a ser depositado, A eletrodeposição tem a função de
além da solução aquosa do proteger as peças, aumentando a
sal desse metal. durabilidade delas.
No cátodo
Metais: M(Xaq+ ) 1 x e2 → M(s), exceto o Hg()
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Ácidos: 2 H+(aq) 1 2 e2 → H2(g)
1. UFES – Tem-se uma solução aquosa de sulfato de
Água: H2O() 1 2 e2 → H2(g) 1 2 OH(–aq) sódio 1,0 mol/L. À medida que se vai processando a

O
BO O
No ânodo eletrólise,

SC
M IV
Halogênios: 2 X (–aq) → 2 e2 1 X2(g) a) a solução vai se diluindo.

O S
1 b) a solução vai se concentrando.
Bases: 2 OH(–aq) → 2 e2 1 H2O() 1 O2(g)
1 2
Água: H2O() → 2 e2 1 O2(g) 1 2 H+(aq)
D LU c) não haverá alteração na concentração da solução.
d) haverá depósito de sódio num dos eletrodos.
O C
2 e) haverá formação de ácido sulfúrico.
N X

EXEMPLOS DE ELETRÓLISE AQUOSA


SI O E

Resolução
• Eletrólise aquosa do NaC< Na2SO4(aq) → 2 Na+(aq) 1 SO4(aq)
EN S

2 NaC(aq) → 2 Na +
1 2 C – 1
H2O() → H2(g) 1
E U

(aq) (aq) O
2 2(g)
2 H2O() → 2 H+(aq) 1 2 OH(–aq)
D E

Como haverá a eletrólise da água, a solução vai fican-


A LD

Cátodo (2): 2 H+(aq) 1 2 e2 → H2(g) do cada vez mais concentrada.


2. Fuvest-SP – Para pratear eletroliticamente um objeto
Ânodo (1): 2 C –(aq) → C2(g) 1 2 e2
EM IA

de cobre e controlar a massa de prata depositada no


ST ER

objeto, foi montada a aparelhagem a seguir.


2 NaC(aq) 1 2 H2O() → 2 Na+(aq) 1 2 OH(–aq) 1 H2(g) 1 C2(g)
SI AT

Entre o íon H1 e Na1, o íon hidrogênio (H1) apre-


senta maior reatividade; entre os íons C2 e OH2, o íon
M

III
cloreto (C2) apresenta maior reatividade. Lembre-se
de que o ânion será oxidado no ânodo, enquanto o
cátion será reduzido no cátodo.
Observação
No final dessa eletrólise, o meio apresenta-se bási- II
co em razão da presença de íons hidroxilas OH2. I
Solução aquosa
• Eletrólise aquosa do Na2SO4 de sal de prata
Na2SO4(aq) → 2 Na+(aq) 1 SO4(aq) I, II e III são, respectivamente,
2 H2O() → 2 H +
1 2 OH – a) objeto de cobre, chapa de platina e amperímetro.
(aq) (aq)
b) chapa de prata, objeto de cobre e voltímetro.
Cátodo (2): 2 H+(aq) 1 2 e2 → H2(g) c) objeto de cobre, chapa de cobre e voltímetro.
1 d) objeto de cobre, chapa de prata e amperímetro.
Ânodo (1): 2 OH(–aq) → H2O() 1 O 1 2 e2
2 2(g) e) chapa de prata, objeto de cobre e amperímetro.
1 Resolução
H2O() → H2(g) 1 O
2 2(g) No polo negativo (II), haverá redução de cátions Ag1
e deposição de prata metálica sobre o cobre. No
Observação
polo positivo (I), haverá oxidação da prata metálica. O
Nesse caso, houve a eletrólise da água, e o sulfato amperímetro é usado para regular a corrente elétrica.
de sódio serviu apenas como eletrólito.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 85 29/05/2019 16:38


86 156 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 2A

Eletrólise

Definição:
Eletrólise aquosa: ocorre na pre-
processo não espontâneo de oxirredução que

O
sença de água com a dissolução

BO O
SC
de ácidos ou sais inorgânicos.

M IV
ocorre com a passagem de corrente elétrica.

O S
D LU
O C
N X

Polos – Eletrodos
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Polo positivo – Ânodo Polo negativo – Cátodo


EM IA
ST ER
SI AT

Semirreação de
M

Semirreação de redução do cá-


oxidação do ânion, com competição entre os íons tion. Haverá competição entre os
íons H1 e os cátions em solução.

OH– e os ânions

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 86 29/05/2019 16:38


157 – Material do Professor 87

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 2A
1. Unicastelo-SP 08) No cátodo, ocorre a redução do cobre segundo a
reação Cu(2aq+ ) 1 2 e2 → Cu(s).
Composição química (mg/L) 16) O processo que forma o cobre puro é também co-
Bicarbonato 62,49 Fluoreto 0,05 nhecido como refino eletrolítico.

Cálcio 7,792 Magnésio 0,340 Dê a soma dos itens corretos.

Carbonato 3,91 Potássio 1,485 28 (04 1 08 1 16)

Cloreto 0,09 Sódio 16,090


01. Incorreto.
Estrôncio 0,342 Sulfato 0,18
Características físico-químicas Polo negativo (A): Cu2(aq
+ redução
) 1 2 e Cu(s)
2 →

pH a 25 °C 8,66 02. Incorreto. À medida que o processo eletrolítico avança, a massa do


Temperatura da água na fonte 27,8 °C
cátodo aumenta em razão do depósito de cobre metálico.
Condutividade elétrica a 25 °C 108,4 μS/cm
Resíduo de evaporação a Cátodo: Cu2(aq
redução

)1 2 e Cu(s)
+
78,53 mg/L →
2

180 °C, calculado

Na eletrólise dessa água mineral natural,

O
BO O
a) a água passa do estado líquido para o estado gasoso.

SC
M IV
b) obtém-se gás oxigênio em volume maior que o do

O S
gás hidrogênio.
3. Enem C7-H24
D LU
c) a produção de energia independe do tempo de reação.
d) ocorre a formação de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio
A eletrólise é um processo não espontâneo de gran-
de importância para a indústria química. Uma de suas
O C
e dióxido de carbono. aplicações é a obtenção do gás cloro e do hidróxido de
N X

e) a reação do cátodo altera o pH da solução. sódio por uma solução aquosa de cloreto de sódio. Nes-
SI O E

A água mineral possui os cátions cálcio, estrôncio, magnésio, potássio se procedimento, utiliza-se uma célula eletroquímica,
e sódio. Na prioridade de descarga em uma eletrólise em solução como ilustrado a seguir.
EN S

aquosa, esses cátions têm menor facilidade de descarga que o cátion


H1 da água. Assim, o H1 da água sofre redução no eletrodo negativo
E U

(cátodo) e produz gás hidrogênio, H2, enquanto o ânion cloreto sofre e2 e2


oxidação no eletrodo positivo (ânodo), produzindo gás cloro, C2, porém
D E

e2
o meio fica básico, alterando, assim, o pH. e2
A LD

Bateria
Ionização da água: 2 H2O → 2 H1 1 2 OH2
Descarga do cátion: 2 H1 1 2 e2 → H2
Produto secundário
EM IA

Descarga do ânion: 2 C2 → C2 1 2 e2 C2(g)


ST ER

Solução aquosa
2. UEM-PR – Após a redução do Cu2S(s) em um processo de NaC
metalúrgico chamado ustulação, o cobre apresenta impu-
SI AT

rezas e é purificado em um processo de eletrólise com Cátodo de carbono


Ânodo de
eletrodos ativos, utilizando-se uma solução aquosa de
M

carbono Dreno para


sulfato de cobre II, um eletrodo de cobre puro e um outro solução
formado pelo cobre impuro, obtido na ustulação, de acor- Diafragma aquosa
do com o esquema a seguir. Assinale o que for correto. de amianto alcalina

No processo eletrolítico ilustrado, o produto secundário


obtido é o
a) vapor de água.
b) oxigênio molecular.
Eletrodo A c) hipoclorito de sódio.
Eletrodo B d) hidrogênio molecular.
CuSO4(aq) e) cloreto de hidrogênio.
Eletrólise de uma solução aquosa de NaC:
Ânodo (1): 2 C2 → C2(g) 1 2 e2
Cátodo (2): 2 H2O() 1 2 e2 → H2(g) 1 2 OH(–aq)

01) O eletrodo A é formado pelo cobre com impurezas. Global: 2 H2O() 1 2 C2 → C2(g) 1 H2(g) 1 2 OH(–aq)
Produto secundário: H2(g)
02) À medida que o processo eletrolítico avança, o
cátodo diminui a sua massa. Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
04) No ânodo, ocorre a oxidação do cobre segundo a tífico-tecnológicas.
reação Cu(s) → Cu(2aq+ ) 1 2 e2. Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para carac-
terizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 87 29/05/2019 16:38


88 158 – Material do Professor

4. ITA-SP – É incorreto afi rmar que, à temperatura de metálico a uma determinada peça, colocando-a como cátodo (polo nega-
QUÍMICA 2A

25 °C, o potencial de um eletrodo de cobre construído


pela imersão de uma placa de cobre em solução aquosa tivo) em um circuito de eletrólise (em razão da eletrodeposição).
1 mol ? L21 de cloreto de cobre
a) diminui, se for acrescentada amônia à solução ele-
trolítica.
b) diminui, se a concentração do cloreto de cobre na
solução eletrolítica for diminuída.
c) duplica, se a área da placa de cobre imersa na solu-
ção eletrolítica for duplicada.
d) permanece inalterado, se for adicionado nitrato de
potássio à solução eletrolítica tal que sua concentra-
ção nessa solução seja 1 mol ? L−1.
e) aumenta, se a concentração de íons de cobre for
aumentada na solução eletrolítica.
O potencial de um eletrodo não depende da área imersa na solução
eletrolítica.

5. UEM-PR – Assinale o que for correto.


01) A eletrólise é um processo espontâneo em que o
cátion doa elétrons e o ânion recebe elétrons.
02) Para efetuar o processo de eletrólise, é necessário

O
que haja íons livres no sistema, o que pode ser

BO O
SC
conseguido pela fusão de uma substância iônica

M IV
ou pela dissociação de certas substâncias em meio

O S
aquoso.

D LU
04) Na ordem de descarga de cátions, o íon H+ possui
prioridade sobre os metais alcalinos e alcalinos ter-
O C
rosos, já que estes últimos possuem potencial de 6. UEG-GO – A galvanização é um processo que permite
N X

oxidação positivo.
dar um revestimento metálico a determinada peça. A se-
SI O E

08) A eletrólise pode ser usada para produzir metais guir, é mostrado um aparato experimental, montado para
com grande pureza, na ordem de 99,9%. possibilitar o revestimento de uma chave com níquel.
16) A galvanização é uma técnica que consiste em dar
EN S

revestimento metálico a uma determinada peça,


E U

colocando-a como cátodo (polo negativo) em um Fonte de


D E

circuito de eletrólise. corrente


A LD

contínua
Dê a soma dos itens corretos.
Barra de níquel
EM IA

Chave

30 (02 1 04 1 08 1 16)
ST ER

01. Incorreto. A eletrólise é um processo não espontâneo (∆E < 0), no


Solução de NiSO4(aq)
SI AT

qual ocorre redução dos cátions e oxidação dos ânions.


M

No processo de revestimento da chave com níquel,


02. Correto. Para efetuar o processo de eletrólise, é necessário que haja
ocorrerá, majoritariamente, uma reação de X, repre-
sentada por uma semirreação Y. Nesse caso, o par X,
íons livres no sistema, o que pode ser conseguido pela fusão de uma subs- Y pode ser representado por
a) redução, Ni1 1 1 e2 → Ni(s).
tância iônica ou pela dissociação de certas substâncias em meio aquoso.
b) redução, Ni(s) → Ni21 1 2 e2.
c) oxidação, Ni21 1 2e2 → Ni(s).
04. Correto. Na ordem de descarga de cátions, o íon H1 (potencial de oxi-
d) oxidação, Ni(s) → Ni21 1 2 e2.
dação igual a zero) possui prioridade sobre os metais alcalinos e alcalinos e) redução, Ni21 1 2 e2 → Ni(s).

Galvanoplastia é uma técnica industrial que utiliza a eletrólise em meio


terrosos, já que estes últimos possuem potencial de oxidação positivo.
aquoso para cobrir uma determinada peça metálica com outro metal.
O objetivo é obter uma ou mais das vantagens a seguir:
08. Correto. A eletrólise pode ser usada para produzir metais com grande • Adquirir resistência à corrosão;
• Adquirir proteção contra a oxidação;
pureza, na ordem de 99,9%. • Apresentar maior durabilidade;
• Aumentar a resistência da peça.
16. Correto. A galvanização é uma técnica que consiste em dar revestimento Neste caso, o objeto de metal é posicionado no cátodo onde ocorre
a redução, logo esse objeto metálico é recoberto com o metal pre-
sente na solução.
Ni21 1 2 e2 → Ni(s)

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 88 29/05/2019 16:38


159 – Material do Professor 89

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

QUÍMICA 2A
7. Mackenzie-SP – O fluoreto de sódio é um sal inorgâ- 10. UEPG-PR – A figura a seguir representa a eletrólise da
nico derivado do fluoreto de hidrogênio, usado na pre- água. Sobre o sistema apresentado, assinale o que for
venção de cáries, na fabricação de defensivos agríco- correto, considerando que as semirreações que ocor-
las e pastas de dentes. Nessa última aplicação, esse rem nos eletrodos são:
sal inibe a desmineralização dos dentes, prevenindo,
4 OH(–aq) → 2 H2O() 1 O2(g) 1 4 e2
por isso, as cáries. Em condições e cuidados adequa-
dos para tal, foram realizadas as eletrólises ígnea e 4 H3O+(aq) 1 4 e2 → 4 H2O() 1 2 H2(g)
aquosa dessa substância, resultando em uma série
de informações, as quais constam da tabela a seguir:
A B
Eletrólise Eletrólise
ígnea aquosa
Descarga no ânodo íon F2 íon OH2
Substância gás flúor vapor de água Água
produzida no ânodo
Eletrodos
Descarga no cátodo íon Na1 íon H1
Substância sódio metálico gás hidrogênio Bateria
produzida no cátodo
01) O gás A é o gás hidrogênio.

O
BO O
De acordo com seus conhecimentos eletroquímicos, 02) O eletrodo que libera o gás A é o cátodo da reação.

SC
M IV
pode-se afirmar que, na tabela preenchida com infor-
mações dos processos eletrolíticos, 04) O eletrodo que libera o gás B é o polo positivo da

O S
eletrólise.
a) não há informações incorretas.
D LU
b) todas as informações estão incorretas.
08) Na eletrólise, o processo químico não espontâneo
ocorre devido a uma fonte de energia elétrica.
O C
c) há apenas uma informação incorreta. 16) O gás B é água no estado gasoso.
N X

d) há duas informações incorretas.


Dê a soma dos itens corretos.
SI O E

e) há três informações incorretas.


EN S

8. FMP-SP – A galvanoplastia é uma técnica que permite


E U

dar um revestimento metálico a uma peça, colocando


tal metal como polo negativo de um circuito de eletróli-
D E

se. Esse processo tem como principal objetivo proteger


A LD

a peça metálica contra a corrosão. Vários metais são


usados nesse processo, como o níquel, o cromo, a
EM IA

prata e o ouro. O ouro, por ser um metal menos reativo,


permanece intacto por muito tempo.
ST ER

Deseja-se dourar um anel de alumínio e, portanto, os


polos são mergulhados em uma solução de nitrato de
SI AT

ouro III [Au(NO3)3]. Ao final do processo da eletrólise,


as substâncias formadas no cátodo e no ânodo são,
M

respectivamente,
a) H2 e NO3–
b) N2 e Au
c) Au e O2
d) Au e NO2
e) O2 e H2

9. ITA-SP – Duas placas de platina são conectadas a um


potenciostato e imersas em um béquer contendo uma
solução aquosa de sulfato de cobre. Entre essas duas
placas, ocorre a passagem de corrente elétrica. Após
certo tempo, foi verificado que a cor azul, inicialmen-
te presente na solução, desapareceu e que houve a
liberação de um gás em uma das placas de platina. A
solução, agora totalmente incolor, contém
a) hidróxido de cobre.
b) sulfato de platina.
c) hidróxido de platina.
d) ácido sulfúrico.
e) apenas água.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 89 29/05/2019 16:38


90 160 – Material do Professor

12. Fuvest-SP – Em uma aula de laboratório de Química,


QUÍMICA 2A

a professora propôs a realização da eletrólise da água.

Gerador de
corrente
Solução
contínua
aquosa de
Na2SO4

Após a montagem de uma aparelhagem como a da


figura anterior, e antes de iniciar a eletrólise, a profes-
sora perguntou a seus alunos qual dos dois gases, ge-
rados no processo, eles esperavam recolher em maior
volume. Um dos alunos respondeu: “O gás oxigênio
deve ocupar maior volume, pois seus átomos têm oito
prótons e oito elétrons (além dos nêutrons) e, portanto,
são maiores que os átomos de hidrogênio, que, em sua
maioria, têm apenas um próton e um elétron”.

O
Observou-se, porém, que, decorridos alguns minutos, o

BO O
SC
volume de hidrogênio recolhido era o dobro do volume

M IV
de oxigênio (e essa proporção se manteve no decorrer da

O S
eletrólise), de acordo com a seguinte equação química:

D LU 2 H2O() → 2 H2(g) 1 O2(g)


 
2 volumes 1 volume
O C
a) Considerando que a observação experimental não
N X

corresponde à expectativa do aluno, explique por


SI O E

que a resposta dada por ele está incorreta.


b) Posteriormente, o aluno perguntou à professora se
EN S

a eletrólise da água ocorreria caso a solução aquosa


11. Ibmec-RJ – Um experimento de eletrólise foi apresen-
E U

de Na2SO4 fosse substituída por outra. Em vez de


tado por um estudante na feira de ciências da escola.
responder diretamente, a professora sugeriu que o es-
D E

O esquema foi apresentado como a figura a seguir. tudante repetisse o experimento, porém substituindo
A LD

a solução aquosa de Na2SO4 por uma solução aquosa


de sacarose (C12H22O11). O que o aluno observou ao
Os números 1 e 2
realizar o novo experimento sugerido pela professora?
EM IA

indicam eletrodos
Explique sua resposta.
ST ER

de grafite
SI AT

Bateria
M

1 2
Solução aquosa de NaC

O estudante listou três observações que realizou em


sua experiência:
I. Houve liberação de gás cloro no eletrodo 1.
II. Formou-se uma coloração rosada na solução próxi-
ma ao eletrodo 2 quando se adicionaram gotas de
fenolftaleína.
III. Ocorreu uma reação de redução do cloro no eletrodo
Assinale a alternativa que indica as observações corre-
tas quanto à experiência.
a) I e III estão corretas.
b) II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
e) III está correta.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 90 29/05/2019 16:38


161 – Material do Professor 91

13. Fatec-SP – Para a cromação de um anel de aço, um

QUÍMICA 2A
estudante montou o circuito eletrolítico representado na
figura a seguir, utilizando uma fonte de corrente contínua.

C2 C2

C2 Cr31
C2 Cr31

C2 C2

Peça de platina Anel de aço


Solução aquosa de CrC3

Durante o funcionamento do circuito, é correto afirmar


que ocorre

O
BO O
a) liberação de gás cloro no ânodo e depósito de cromo

SC
M IV
metálico no cátodo. 15. FGV-SP – Em um experimento em laboratório de Quí-

O S
b) liberação de gás cloro no cátodo e depósito de cromo mica, montou-se uma célula eletrolítica, de acordo com
metálico no ânodo.
D LU
c) liberação de gás oxigênio no ânodo e depósito de
o esquema a seguir.
O C
platina metálica no cátodo.
N X

d) liberação de gás hidrogênio no ânodo e corrosão da


SI O E

platina metálica no cátodo. Pilha


e) liberação de gás hidrogênio no cátodo e corrosão do
aço metálico no ânodo.
EN S
E U

14. UEPG-PR – A figura a seguir apresenta uma cela eletro-


D E

lítica, contendo uma solução aquosa 0,10 mol/L de NaC


A LD

e uma fonte externa. Sobre o sistema apresentado,


assinale o que for correto.
EM IA
ST ER
SI AT

Foram usados como eletrodo dois bastões de grafite,


uma solução aquosa 1,0 mol ? L21 de CuSO4 em meio
M
Grafite

Ferro

ácido, a 20 ºC, e uma pilha.


Alguns minutos após o início do experimento, foi obser-
vada a formação de um sólido de coloração amarronzada
sobre a superfície do eletrodo de polo negativo e a forma-
ção de bolhas na superfície do eletrodo de polo positivo.
NaC 0,1 mol/L

01) O cátodo é o eletrodo de grafi te e o ânodo é o


eletrodo de ferro.
02) Uma semirreação catódica possível é: Pilha

2 H2O() 1 2 e → H2(g) 1 2 OH(–aq) .


2

04) O pH do meio reacional vai diminuir devido à for-


mação de HC.
08) No eletrodo de grafite, ocorre um processo de redu-
ção.
16) No eletrodo de ferro, pode-se observar a reação:
Fe(s) → Fe(2aq+ ) 1 2 e2.
Dê a soma dos itens corretos.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 91 29/05/2019 16:38


92 162 – Material do Professor

Com base nos potenciais de redução, a 20 ºC, é correto


QUÍMICA 2A

afirmar que se forma cobre no


Cu(2aq+ ) 1 2 e2 → Cu(s) 10,34 V
2 H+(aq) 1 2 e2 → H2(g) 0,00 V
O2(g) 1 4 H+(aq) 1 4 e2 → H2O() 11,23 V

a) cátodo; no ânodo, forma-se O 2.


b) cátodo; no ânodo, forma-se H2O.
c) ânodo; no cátodo, forma-se H 2.
d) ânodo; no cátodo, forma-se O 2.
e) ânodo; no cátodo, forma-se H2O.

16. UFU-MG

Fluxo de elétrons

A<
Bateria Cátodo (2)
Ânodo (1)
Anel de alumínio

O
Placa de ouro (Au) (A<) que se quer

BO O
SC
revestir de ouro
H2O

M IV
Au31

O S
Au31
NO3 Au
31 Au
31
D LU
O C
Au31 NO3
N X

Solução de nitrato de ouro III


SI O E

[Au(NO3)3]
EN S

A figura ilustra a aparelhagem utilizada para o reves-


E U

timento de um anel de alumínio com ouro, processo


conhecido como galvanoplastia. Em muitas indústrias,
D E

17. ITA-SP – Considere uma célula eletrolítica na forma


são utilizados banhos com soluções de cianeto de só-
A LD

de um tubo em H, preenchido com solução aquosa de


dio ou de potássio e, em outros tanques, soluções de
NaNO3 e tendo eletrodos inertes mergulhados em cada
ácido clorídrico para remoção de tintas, incrustações
ramo vertical do tubo e conectados a uma fonte externa.
EM IA

e ferrugens da superfície metálica.


Num determinado instante, injeta-se uma solução aquo-
ST ER

Sobre esse processo, faça o que se pede. sa de CuCrO4 verde na parte central do ramo horizontal
a) Escreva as equações das semirreações que ocorrem do tubo. Após algum tempo de eletrólise, observa-se
SI AT

no ânodo e no cátodo. uma mancha azul e uma amarela, separadas (em escala),
de acordo com o esquema da figura a seguir.
b) Indique qual processo eletroquímico ocorre no ânodo
M

e no cátodo.
c) Apresente um problema ambiental ou de segurança Fonte
no trabalho que resulta do uso dos sais de cianeto
pelas indústrias de galvanoplastia.
Ee CuCrO4 (verde) Ed

Azul Amarelo

Com base nas informações do enunciado e da figura,


assinale a opção incorreta.
a) O eletrodo Ee corresponde ao ânodo.
b) Há liberação de gás no Ed.
c) Há liberação de H2 no Ee.
d) O íon cromato tem velocidade de migração maior
que o íon cobre.
e) O pH da solução em torno do Ed diminui.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 92 29/05/2019 16:38


163 – Material do Professor 93

ESTUDO PARA O ENEM

QUÍMICA 2A
18. Mackenzie-SP C7-H24 Considerando a obtenção de chumbo metálico pelo sulfa-
Um dos modos de se produzirem gás hidrogênio e gás to de chumbo II na pasta residual, pelo processo hidrome-
oxigênio em laboratório é promover a eletrólise (de- talúrgico, as etapas 1, 2 e 3 objetivam, respectivamente,
composição pela ação da corrente elétrica) da água, na a) a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida
presença de sulfato de sódio ou ácido sulfúrico. Nesse e solubilização; a redução do Pb21 em Pb0.
processo, usando para tal um recipiente fechado, mi- b) a lixiviação ácida e dessulfuração; a lixiviação básica
gram para o cátodo (polo negativo) e para o ânodo (polo e solubilização; a redução do Pb41 em Pb0.
positivo), respectivamente, H2 e O2. Considerando-se
c) a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida
que as quantidades de ambos os gases são totalmen- e solubilização; a redução do Pb0 em Pb21.
te recolhidas em recipientes adequados, sob mesmas
condições de temperatura e pressão, é correto afirmar: d) a lixiviação ácida e dessulfuração; a lixiviação básica
e solubilização; a redução do Pb21 em Pb0.
Dados: massas molares (g ? mol21): H 5 1 e O 5 16 e) a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida
a) O volume de H2(g) formado, nesse processo, é maior e solubilização; a redução do Pb41 em Pb0.
do que o volume de O2(g).
b) Serão formados 2 mols de gases para cada mol de 20. UFRN C7-H24
água decomposto. A purificação do cobre é essencial para sua aplicação
c) As massas de ambos os gases formados são iguais em fios condutores de corrente elétrica. Como esse
no final do processo. metal contém impurezas de ferro, zinco, ouro e pla-
tina, é preciso realizar um processo de purificação na
d) O volume de H2(g) formado é o quádruplo do volume
de O2(g) formado. indústria para obtê-lo com mais de 99% de pureza. Para

O
isso, é necessário colocá-lo no ânodo de uma cuba com

BO O
e) A massa de O2(g) formado é o quádruplo da massa

SC
solução aquosa de sulfato de cobre e aplicar corrente

M IV
de H2(g) formado. elétrica de forma a depositá-lo no cátodo, fazendo-o

O S
atingir essa pureza. Apesar de ser um método lento e
19. Enem C7-H24
D LU
Após o desmonte da bateria automotiva, é obtida uma
pasta residual de 6 kg, em que 19%, em massa, é dióxi-
de consumir grande quantidade de energia, os custos
de produção são compensados pelos subprodutos do
O C
processo, que são metais, como ouro, platina e prata.
do de chumbo (IV), 60%, sulfato de chumbo (II) e 21%,
N X

O método de purificação do cobre é conhecido como


chumbo metálico. O processo pirometalúrgico é o mais
SI O E

a) pilha galvânica, sendo que, no ânodo, ocorre a oxi-


comum na obtenção do chumbo metálico, porém, devi-
dação do cobre metálico, e o metal que se deposita
do à alta concentração de sulfato de chumbo (II), ocorre no cátodo é resultado da redução dos íons Cu21 da
EN S

grande produção de dióxido de enxofre (SO2), causador solução aquosa.


E U

de problemas ambientais. Para eliminar a produção de


b) eletrólise, sendo que, no ânodo, ocorre a oxidação
D E

dióxido de enxofre, utiliza-se o processo hidrometalúrgi- do cobre metálico, e o metal que se deposita no
A LD

co, constituído de três etapas, no qual o sulfato de chum- cátodo é resultado da redução dos íons Cu21 da so-
bo (II) reage com carbonato de sódio a 1,0 mol/L a 45 °C, lução aquosa.
obtendo-se um sal insolúvel (etapa 1), que, tratado com
EM IA

c) eletrólise, sendo que, no ânodo, ocorre a redução do


ácido nítrico, produz um sal de chumbo solúvel (etapa 2) cobre metálico, e o metal que se deposita no cátodo é
ST ER

e, por eletrólise, obtém-se o chumbo metálico com alto resultado da oxidação dos íons Cu21 da solução aquosa.
grau de pureza (etapa 3). d) pilha galvânica, sendo que, no ânodo, ocorre a redu-
SI AT

ARAÚJO, R. V. V. et al. Reciclagem de chumbo de bateria automotiva: ção do cobre metálico, e o metal que se deposita
estudo de caso. Disponível em: <www.iqsc.usp.br>. Acesso em: 17 no cátodo é resultado da oxidação dos íons Cu21 da
M

abr. 2010. Adaptado. solução aquosa.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 93 29/05/2019 16:38


94 164 – Material do Professor

25
QUÍMICA 2A

ELETRÓLISE QUANTITATIVA

COPRID/SHUTTERSTOCK
• Carga elétrica
• Corrente elétrica
• Lei de Faraday

HABILIDADES
• Trabalhar com o aspecto
quantitativo da eletrólise

O
BO O
com base na lei de Faraday.

SC
M IV
• Relacionar a carga que flui

O S
por um circuito com a mas-
sa da espécie que sofreu
uma oxirredução.
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E

Diversas peças que passaram por um processo de cromação.


A LD

Michael Faraday (1791-1867) destacou-se por descobertas na eletricidade, na


EM IA

eletroquímica e no magnetismo. Em 1834, ele conseguiu estabelecer experimen-


ST ER

talmente uma relação matemática entre o número de elétrons transferidos e a


quantidade de matéria da espécie oxidada ou reduzida. Essa relação matemática
SI AT

nos permite saber qual é a relação entre corrente elétrica e tempo, que deve ser
aplicada em uma célula eletrolítica para descobrirmos a massa de cromo depositada
M

em peças metálicas, por exemplo.

Carga elétrica (Q)


Para expressar a quantidade de carga de um corpo, usamos a unidade de medida
coulomb, unidade do sistema Internacional (SI).
Em 1909, Robert Andreus Millikan (1868-1953) determinou que a carga elétrica de
um elétron fosse igual a –1,6 ? 10–19 C. Neste módulo, estamos interessados apenas
no módulo da carga elétrica que atravessa o circuito elétrico.

Corrente elétrica (i)


A corrente elétrica é definida como carga elétrica que atravessa uma secção
transversal de um circuito pela unidade de tempo em segundos. A unidade utilizada
para expressar a corrente elétrica é o ampère (A), unidade do sistema internacional
(SI), que também pode ser expressa como C/s.

i 5 Q ou Q 5 i ? t
t

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 94 29/05/2019 16:39


165 – Material do Professor 95

Constante de Faraday 1 F –––––– 108 g de Ag


0,01 F –––––– m g de Ag

QUÍMICA 2A
A constante de Faraday é definida como a quan- m 5 1,08 g de Ag
tidade de carga transportada por 1 mol de elétrons.
Portanto, a massa de substância produzida em um ele- 2) Com o desejo de depositar cobre em uma chave
trodo é proporcional à carga elétrica que circula na cela de sua casa, um químico fez a eletrólise do CuSO4 uti-
eletrolítica e à massa molar dessa substância. lizando uma quantidade de carga de 9 650 C. Qual é a
1F 5 1,6 ? 10–19 ? 6,02214 ? 1023 5 96 485 C/mol massa de Cu depositada sobre a chave pelo químico?
Esse valor, em muitos casos, é aproximado para Dados: massa molar: Cu 5 64 g/mol
96 500 C/mol.
Exemplos Cu2+ 1 2 e– → Cu
1) Para se pratear um anel, foi utilizada uma carga 2 mol de e– –––––– 1 mol de Cu
de 0,01 F. Qual é a massa de prata depositada? 1 mol de e– –––––– 64 g de Cu
Dados: massa molar: Ag 5 108 g/mol
Ag1 1 1 e– → Ag 2 ? 96 500 C –––––– 64 g de Cu
1 mol de e– –––––– 1 mol de Ag 9 650 C –––––– m g de Cu
1 mol de e– –––––– 108 g de Ag m 5 3,2 g de Cu

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

O
BO O
1. UFES – A quantidade de metal depositado pela passa- Adote: 1 F (carga de 1 mol de elétrons) 5 96 500 C; massa

SC
gem de 0,4 Faraday por meio de uma solução de um sal

M IV
atômica da prata 5 108 u
de zinco é igual a

O S
Resolução
Dado: Zn 5 65 g/mol
a) 13 g. D LU Transformando o tempo em segundos:
O C
b) 43 g.
t 5 7 ? 60 5 420 segundos
N X

c) 74 g.
SI O E

d) 26 g. Cálculo da quantidade de carga:


e) 3,6 g.
EN S

Q5i?t
Resolução
E U

Q 5 2,30 ? 420
D E

Zn2+ 1 2 e– → Zn(s)
A LD

Q 5 966 C
2 mol de e– –––––– 1,0 mol de Zn
Ag+ 1 e– → Ag0
EM IA

1,0 F –––––– 65 g Zn
ST ER

Observando a equação de redução dos íons prata, ve-


0,4 F –––––– m rificamos que:
SI AT

m 5 13,0 g Zn
1 mol de e– 1 mol de Ag
M

2. E. E. Mauá-SP – No processo de eletrodeposição de prata


(Ag0) sobre uma peça metálica imersa em solução aquosa de 96 500 C 108 g de Ag
nitrato de prata (AgNO3), circulou corrente com intensidade
966 C x
de 2,30 A (1 A 5 1 C/s) durante 7 minutos.
Determine a massa de Ag0 depositada sobre a peça. x 5 1,08 g de Ag

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 95 29/05/2019 16:39


96 166 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 2A

LEI DE FARADAY
Q5i·t

Q5 carga elétrica (C) i5 corrente elétrica (A) t5 tempo (s)

O
BO O
SC
M IV
O S
i⋅ t ⋅M
1 e– transporta 1,6 ? 10–19 C D LU Massa oxidada ou reduzida 5
x ⋅ 96 500
O C
N X
SI O E
EN S
E U

1 mol de e– transporta M 5 massa molar da espécie


D E

96 500 C e 1 F
A LD

x5 carga elétrica do íon


EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 96 29/05/2019 16:39


167 – Material do Professor 97

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 2A
1. UNESP – Em um experimento, um estudante realizou, De acordo com essas informações, é correto afirmar
nas Condições Ambiente de Temperatura e Pressão que a carga iônica do elemento químico Z é igual a
(CATP), a eletrólise de uma solução aquosa de ácido a) 11 c) 13 e) 15
sulfúrico, utilizando uma fonte de corrente elétrica
contínua de 0,200 A durante 965 s. Sabendo que a b) 12 d) 14
constante de Faraday é 96 500 C/mol e que o volume Em uma eletrólise em série, a carga é igual nas duas cubas eletrolí-
molar de gás nas CATP é 25 000 mL/mol, o volume de ticas, então:
H2(g) desprendido durante essa eletrólise foi igual a Ni21 1 2 e– → Ni0
a) 30,0 mL. Q 5 i ? t 2 ? 96 500 C –––––– 58 g de Ni
b) 45,0 mL. Q 5 0,200 A ? 965 s 5 0,200 ? 965 C Q –––––– 14,5 g
c) 10,0 mL. 2 H+ 1 2 e– → 1 H Q 5 48 250 C
( aq) 2(g)
d) 25,0 mL.
2 ? 96 500 C –––––– 25 000 mL de H2 MX+ 1 x e– → M0
e) 50,0 mL.
0, 200 ? 965 C –––––– VH2 x ? 96 500 C –––––– 207 g de Z
48 250 C –––––– 28,875 g de Z
VH2 5 0,200 · 965 C · 25 000 mL 5 25 mL
2 · 96 500 C x54
Carga 5 1 4
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracte-

O
BO O
rizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
2. PUC-PR (adaptado) – Supondo que um smartphone

SC
M IV
apresente um consumo de 50 mA de energia e funcione
por um período de 3 860 segundos, qual é a massa de 4. Espcex-SP – No ano de 2014, os alunos da Espcex rea-

O S
íon de lítio que participou das reações eletroquímicas lizaram um experimento de eletrólise durante uma aula
envolvidas?
D LU prática no laboratório de Química. Nesse experimento, foi
montado um banho eletrolítico, cujo objetivo era o depó-
O C
Dado: constante de Faraday 5 96 500 C ? mol–1 sito de cobre metálico sobre um clipe de papel, usando
N X

i 5 50 mA; t 5 3 680 s; MLi 5 7 g/mol no banho eletrolítico uma solução aquosa 1 mol ? L–1 de
SI O E

sulfato de cobre II. Nesse sistema de eletrólise, por meio


de uma fonte externa, foi aplicada uma corrente constante
Q5i?t
de 100 mA durante 5 minutos.
EN S
E U

Q 5 50 ? 10–3 ? 3 860 5 193 C Após esse tempo, a massa aproximada de cobre depo-
sitada sobre a superfície do clipe foi de
D E
A LD

Li → Li+ 1 1 e– Dados: massa molar: Cu 5 64 g/mol;


1 Faraday 5 96 500 C
1 mol de Li+ –––––– 1 mol de e–
EM IA

a) 2,401 g. c) 0,987 g. e) 0,010 g.


ST ER

7 g de Li+ –––––– 1 ? 96 500 C b) 1,245 g. d) 0,095 g.


Q5i?t
SI AT

x –––––– 193 C Q 5 100 ? 10–3 A ? 5 ? 60 s 5 30 C


Cu2+ 1 2 e– → Cu0
M

x 5 1,4 ? 10–2 g 2 ? 96 500 C –––––– 64 g


30 c –––––– mCu
mCu 5 0,0099841 g ≈ 0,010 g

5. UEM-PR – Assinale o que for correto.


01) Eletrólise é uma reação química que ocorre espon-
taneamente e que gera corrente elétrica.
02) Segundo a lei de Faraday, para a eletrólise, o gráfico
da massa de substância produzida em um eletrodo,
como função da carga que circula na cela eletrolíti-
3. Mackenzie-SP C7-H24
ca, deve ser uma reta.
Utilizando eletrodos inertes, foram submetidas a uma
04) Em uma eletrólise, ocorre reação de redução no
eletrólise aquosa em série duas soluções aquosas ânodo e reação de oxidação no cátodo.
de nitrato, uma de níquel (II) e outra de um metal Z,
cuja carga catiônica é desconhecida. Após 1 hora, 08) Sabendo-se que a semirreação que ocorre em um
20 minutos e 25 segundos, utilizando uma corrente de dos eletrodos de uma eletrólise é Ni(2aq+ ) 1 2 e– →
→ Ni(0s) , a uma corrente de 193 A na cela eletrolítica,
10 A, foram obtidos 14,500 g de níquel (II) e 25,875 g
e que 1 mol de elétrons tem uma carga elétrica de
do metal Z.
96 500 C, pode-se afirmar que será produzido 1 mol
Dados: massas molares (g/mol): Ni 5 58 e Z 5 207; de Ni0 em menos de 10 minutos.
1 Faraday 5 96 500 C 16) É possível obter gás oxigênio e gás hidrogênio pela
eletrólise da água.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 97 29/05/2019 16:39


98 168 – Material do Professor

Dê a soma dos itens corretos. 6. IME-RJ – Uma empresa de galvanoplastia produz pe-
QUÍMICA 2A

ças especiais recobertas com zinco. Sabendo que cada


18 (02 1 16) peça recebe 7 g de Zn, que é utilizada uma corrente
01. Incorreto. A eletrólise não ocorre espontaneamente, pois necessita elétrica de 0,7 A e que a massa molar do zinco é igual
de um gerador de corrente elétrica. a 65 g/mol, qual é o tempo necessário para o recobri-
02. Correto. Segundo a primeira lei de Faraday: "a massa de um compos- mento dessa peça especial?
to eletrolisado é diretamente proporcional à quantidade de eletricidade
que passa pelo sistema". Dado: constante de Faraday: 1 F 5 96 500 C ? mol–1
04. Incorreto. Em uma eletrólise, ocorre reação de oxidação no ânodo a) 4 h e 45 min
e reação de redução no cátodo.
b) 6 h e 30 min
08. Incorreto.
i 5 193 A
c) 8 h e 15 min
T 5 10 min 5 10 ? 60 s d) 10 h e 30 min
Q 5 i ? t ⇒ Q 5 193 A ? 10 ? 60 s 5 193 ? 10 ? 60 C e) 12 h e 45 min

1 Ni(2aq+ ) 1 2 e– → 1 Ni(0aq) Zn2+ 1 2 e– → Zn


2 ? 96 500 C 65 g de Zn
2 ? 96 500 C 1 mol de Ni0
Q 7 g de Zn
193 ? 10 ? 60 C nNi0 Q 5 20 784,615 C

nNi0 5 193 · 10 · 60 C · 1 mol i 5 0,7 A


2 · 96 500 C
Q5i?t
nNi0 5 0,6 mol 20 784,615 5 0,7 ? t

O
BO O
16. Correto. É possível obter gás oxigênio e gás hidrogênio pela ele- t 5 29 692,307 s

SC
trólise da água.

M IV
t 5 8,247863 h
1 t 5 8 h e 14,87 min ≈ 8 h e 15 min

O S
Ânodo (1): H2O(<) → O2(g) 1 2 e– 1 2 H(+aq) (meio ácido)
2

D LU
Cátodo (–): 2 H2O(<) 1 2 e– → H2(g) 1 2 OH(–aq) (meio básico)
O C
N X

3 H2O(<) → H2(g) 1 1 O2(g) 1 2 H(+aq) + 2 OH(–aq)


  
SI O E

2 2 H2O ( )

1
H2O(<) → H2(g) 1
célula global
O
EN S

2 2(g)
E U
D E
A LD

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EM IA

7. Espcex-SP (adaptado) – Algumas peças de motocicle-


ST ER

tas, bicicletas e automóveis são cromadas. Uma peça


automotiva recebeu um “banho de cromo”, cujo proces-
SI AT

so denominado cromagem consiste na deposição de


uma camada de cromo metálico sobre a superfície da
M

peça. Sabe-se que a cuba eletrolítica empregada nesse


processo (conforme a figura a seguir) é composta pela
peça automotiva ligada ao cátodo (polo negativo), por
um eletrodo inerte ligado ao ânodo e por uma solução
aquosa de 1 mol ? L–1 de CrC3.
1 2
e2
Eletrodo
inerte Bateria
Peça
Solução aquosa de
automotiva a
cloreto de crômio
ser cromada

Supondo que a solução esteja completamente dissocia-


da e que o processo eletrolítico durou 96,5 min sob uma
corrente de 2 A, calcule a massa de cromo depositada
nessa peça.
Dados: massas atômicas: C 5 35,5 u; Cr 5 52 u
1 Faraday 5 96 500 C/mol de e–

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 98 29/05/2019 16:39


169 – Material do Professor 99

8. Unicamp-SP – A galvanoplastia consiste em revestir

QUÍMICA 2A
um metal por outro, a fim de protegê-lo contra a corro-
são ou melhorar sua aparência. O estanho, por exem-
plo, é utilizado como revestimento do aço empregado
em embalagens de alimentos. Na galvanoplastia, a es-
pessura da camada pode ser controlada com a corrente
elétrica e o tempo empregado. A figura a seguir é uma
representação esquemática desse processo.

2 1

Sn2+ Estanho
SO2–
Aço

4
Sn 2+

SO2–
4
11. Acafe-SC – Metalurgia é como pode ser denominado o
processo que produz um metal por meio de seu miné-
rio. Na metalurgia do alumínio (processo Hall-Héroult),

O
Solução aquosa de SnSO4

BO O
o alumínio pode ser produzido pela eletrólise ígnea da

SC
M IV
bauxita (que contém óxido de alumínio) com eletrodos
Considerando a aplicação de uma corrente constante
de grafite.

O S
com intensidade igual a 9,65 ? 10–3 A, a massa depo-

D LU
sitada de estanho após 1 min. e 40 s será de, aproxi-
madamente,
Reações:
2 A2O3(s) → 4 A3( +) 1 6 O(2–)
O C
Dados: 1 mol de elétrons corresponde a uma carga de
N X

4 A 3( +) 1 12 e– → 4 A()


96 500 C; Sn: 119 g ? mol–1.
SI O E

a) 0,6 mg e ocorre, no processo, a transformação de 6 O(2–) → 12 e– 1 3 O2(g)


energia química em energia elétrica. 3 O2(g) 1 3 C(s) → 3 CO2(g)
EN S

b) 0,6 mg e ocorre, no processo, a transformação de


E U

energia elétrica em energia química. Q 5 i ? t; 1 F 5 96 500 C; C 5 12 g/mol; O 5 16 g/mol;


A 5 27 g/mol
D E

c) 1,2 mg e ocorre, no processo, a transformação de


A LD

energia elétrica em energia química. Considere as informações e os conceitos químicos e


d) 1,2 mg e ocorre, no processo, a transformação de analise as afirmações a seguir.
energia química em energia elétrica.
EM IA

I. A produção do alumínio ocorre no ânodo.


ST ER

II. O gás oxigênio é produzido no cátodo que reage


9. ITA-SP – Deseja-se depositar uma camada de 0,85 g com o grafite do eletrodo, formando gás carbônico.
de níquel metálico no cátodo de uma célula eletrolítica,
SI AT

mediante a passagem de uma corrente elétrica de 5 A III. À medida que a eletrólise acontece, ocorre a dimi-
por meio de uma solução aquosa de nitrato de níquel. nuição da massa do eletrodo de grafite.
M

Assinale a opção que apresenta o tempo necessário IV. Na eletrólise ígnea do óxido de alumínio, após 965
para essa deposição, em minutos. segundos com corrente elétrica (i) igual a 10 A, há
produção de 0,9 g de alumínio.
a) 4,3 c) 5,9 e) 17,0
b) 4,7 d) 9,3 Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmação III está correta.
10. UERN (adaptado) – Para cromar uma chave, foi ne- b) As afirmações I, II e III estão corretas.
cessário montar uma célula eletrolítica contendo uma
c) Apenas as afirmações III e IV estão corretas.
solução aquosa de íon de cromo (Cr21) e passar pela
célula uma corrente elétrica de 15,2 A. Qual o tempo d) Apenas as afirmações II e IV estão corretas.
gasto, em minutos, para que seja depositada na chave
uma camada de cromo de massa igual a 0,52 g? 12. UECE (adaptado) – Duas células galvânicas ligadas
em série contêm, respectivamente, íons Cu21 e Au31.
Dados: massa atômica do Cr 5 52 g/mol; 1 F 5 96 500 C No cátodo da primeira, são depositados 0,0686 g de
cobre. Qual a massa de ouro que será depositada, ao
mesmo tempo, no cátodo da outra célula, em gramas?

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 99 29/05/2019 16:39


100
QUÍMICA 2A 170 – Material do Professor

Parâmetro Medida
Carga 168 C
Massa do eletrodo de Zn inicial (antes da
2,5000 g
realização da eletrólise)
Massa do eletrodo de Zn final (após a
2,5550 g
realização da eletrólise)

Escreva a equação química balanceada da semirreação


13. UCS-RS – Em uma célula eletrolítica, contendo uma
solução aquosa de um sal de rutênio, flui uma corrente que ocorre no cátodo e calcule, utilizando os dados
elétrica de 0,44 A durante 25 min. Sabendo que, nesse experimentais contidos na tabela, o valor da constante
intervalo de tempo, foram depositados 0,345 g de ru- de Avogadro obtida.
tênio metálico sobre o cátodo dessa célula eletrolítica, Dados: massa molar, em g ? mol–1: Zn 5 65,4; carga do
é correto afirmar que a carga do íon rutênio é elétron, em C ? elétron–1: 1,6 ? 10–19
Dado: F 5 96 500 C ∙ mol–1
a) 11. c) 31. e) 51.
b) 21. d) 41.

14. UNESP – O valor da Constante de Avogadro é deter-

O
minado experimentalmente, sendo que os melhores

BO O
SC
valores resultam da medição de difração de raios X

M IV
de distâncias reticulares em metais e em sais. O

O S
valor obtido mais recentemente e recomendado é
6,02214 ? 10 23 mol –1.
D LU
Um modo alternativo de se determinar a constante de
O C
Avogadro é utilizar experimentos de eletrólise. Essa
N X

determinação se baseia no princípio enunciado por Mi-


SI O E

chael Faraday (1791-1867), segundo o qual a quantida-


de de produto formado (ou reagente consumido) pela
eletrólise é diretamente proporcional à carga que flui
EN S

pela célula eletrolítica.


E U

Observe o esquema que representa uma célula ele-


trolítica composta de dois eletrodos de zinco metálico
D E

imersos em uma solução 0,10 mol/L de sulfato de


A LD

zinco (ZnSO4). Os eletrodos de zinco estão conectados


a um circuito alimentado por uma fonte de energia
EM IA

(CC), com corrente contínua, em série com um ampe-


ST ER

rímetro (Amp) e com um resistor (R) com resistência


ôhmica variável.
SI AT

e–
M

1 CC – – Amp
1

Ânodo Cátodo
1 –

Zn2+
SO2–
4

SO2–
4
Zn2+

Após a realização da eletrólise aquosa, o eletrodo de


zinco que atuou como cátodo no experimento foi leva-
do para secagem em uma estufa e, posteriormente,
pesado em uma balança analítica. Os resultados dos
parâmetros medidos estão apresentados na tabela
a seguir.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 100 29/05/2019 16:39


171 – Material do Professor 101

15. Fac. Pequeno Príncipe-PR Arranjo 2

QUÍMICA 2A
Eletrólise é uma reação não espontânea provocada pelo
fornecimento de energia elétrica proveniente de um ge- 1 2 60 mA
rador (pilhas). A eletrólise possui muitas aplicações na F A
indústria química, na produção de metais, como sódio,
magnésio, potássio, alumínio etc., e na produção de não
metais, como cloro e flúor e, ainda, em substâncias como
o hidróxido de sódio (soda cáustica), o peróxido de hidro-
gênio (água oxigenada) e a deposição de finas películas
de metais sobre peças metálicas ou plásticas. Essa técnica
de deposição em metais é conhecida como galvanização.
Algumas de suas técnicas mais comuns são as deposições
de cromo (cromagem), níquel (niquelagem), prata (pratea-
ção), ouro (dourar), usadas em grades, calotas de carros,
emblemas, peças de geladeira, joias, aparelhos de som. A
galvanização é utilizada também na purificação ou no re-
fino eletrolítico de muitos metais, como cobre e chumbo, e
no processo de anodização, que nada mais é do que uma
oxidação forçada da superfície de um metal para que seja
mais resistente à corrosão.
Disponível em: <http://www.soq.com.br/>.

O
Acesso em: 13 mar. 2019. Adaptado.

BO O
SC
Temos como exemplo a eletrólise em série, com

M IV
três cubas eletrolíticas, contendo respectivamente

O S
as seguintes soluções químicas: na primeira cuba, a) Considere que a fonte foi mantida ligada, nos arranjos

D LU
sulfato de cobre; na segunda cuba, cloreto de alumí-
nio; e na terceira cuba, clorato de prata. Analisando
1 e 2, por um mesmo período. Em qual dos arranjos
o estudante observará maior massa nos eletrodos
O C
o texto, assinale a alternativa que mostra a massa em que ocorre deposição? Justifique sua resposta.
N X

total dos metais, em gramas, depositados nessas b) Em outro experimento, o estudante utilizou apenas
SI O E

três cubas eletrolíticas, ligadas em série, quando uma célula eletroquímica, contendo dois eletrodos
submetidas a uma corrente de 6 A, durante um tem- cilíndricos de cobre, de 12,7 g cada um, e uma cor-
po de 0,672 horas. rente constante de 60 mA. Considerando que os
EN S

eletrodos estão 50% submersos, por quanto tempo


E U

Dados: A 5 27 u; Cu 5 63,5 u; Ag 5 108 u; o estudante pode deixar a célula ligada antes que
D E

1 F 5 96 500 C toda a parte submersa do eletrodo que sofre corro-


A LD

a) 22,368 c) 28,4 e) 30,15 são seja consumida?


b) 27,3 d) 29,1 Note e adote:
EM IA

16. Fuvest-SP – Um estudante realizou um experimento Considere as três células eletroquímicas como resisto-
ST ER

para verificar a influência do arranjo de células eletro- res com resistências iguais.
químicas em um circuito elétrico. Para isso, preparou
SI AT

Massa molar do cobre: 63,5 g/mol


três células idênticas, cada uma contendo solução
de sulfato de cobre (II) e dois eletrodos de cobre, 1 A 5 1 C/s
M

de modo que houvesse corrosão em um eletrodo e Carga elétrica de 1 mol de elétrons: 96 500 C
deposição de cobre em outro. Em seguida, montou,
sucessivamente, dois circuitos diferentes, conforme
os arranjos 1 e 2 ilustrados a seguir. O estudante uti-
lizou uma fonte de tensão (F) e um amperímetro (A),
o qual mediu uma corrente constante de 60 mA em
ambos os casos.

Arranjo 1

1 2 60 mA

A
F

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 101 29/05/2019 16:39


102
QUÍMICA 172 – Material do Professor

17. IME-RJ – Realiza-se a eletrólise de uma solução aquosa


diluída de ácido sulfúrico com eletrodos inertes durante
10 minutos. Determine a corrente elétrica média aplicada,
sabendo-se que foram produzidos no cátodo 300 mL de
hidrogênio, coletados a uma pressão total de 0,54 atm
sobre a água, à temperatura de 300 K.
Dados: pressão de vapor da água a 300 K 5 0,060 atm;
constante de Faraday: 1 F 5 96 500 C ? mol–1; constante
universal dos gases perfeitos:
R 5 0,08 atm ? L ? K–1 ? mol–1
a) 2,20 A
b) 1,93 A
c) 1,08 A
d) 0,97 A
e) 0,48 A

O
BO O
ESTUDO PARA O ENEM

SC
M IV
18. UEPA C7-H24 Cerca de metade desse cloro é utilizada na fabrica-

O S
ção de compostos orgânicos halogenados, enquanto o
D LU
Um artesão de joias utiliza resíduos de peças de ouro
para fazer novos modelos. O procedimento empregado restante é empregado como alvejante na indústria de
papel e de tecidos. O volume de C2, medido nas CNTP,
O C
pelo artesão é um processo eletrolítico para recupera-
quando uma corrente elétrica de intensidade igual a
N X

ção desse tipo de metal.


10 ampères atravessa uma cuba eletrolítica contendo
SI O E

Supondo que esse artesão, trabalhando com resíduos cloreto de sódio fundido durante 965 segundos é de
de peças de ouro, solubilizados em solventes adequa-
Dado: F 5 96 500 C/mol
EN S

dos, formando uma solução contendo íons Au31, utili-


E U

zou uma cuba eletrolítica na qual aplicou uma corrente a) 0,71 L.


elétrica de 10 A por 482,5 minutos, obtendo como re-
D E

b) 1,12 L.
sultado ouro purificado.
A LD

c) 2,24 L.
Dados: Au 5 197 g/mol;
d) 3,55 L.
Constante de Faraday 5 96 500 C/mol
EM IA

e) 4,48 L.
ST ER

O resultado obtido foi


a) 0,197 gramas de Au. 20. Unifor-CE C7-H24
SI AT

b) 1,97 gramas de Au. Para galvanizar uma chapa metálica com níquel, deve-se
c) 3,28 gramas de Au. partir de um cloreto de níquel II (por exemplo) por ele-
M

trólise em água. Para que seja depositada uma massa


d) 197 gramas de Au.
de níquel equivalente a 1,96 g de níquel metálico sobre
e) 591 gramas de Au. a chapa, o valor da corrente elétrica a ser usada, supon-
do que o processo dure aproximadamente 100 s, é de
19. UCS-RS C7-H24
Halogênios são muito reativos e, por esse motivo, não Dados: constante de Faraday 5 96 500 C; massa molar:
são encontrados na natureza na forma de substâncias Ni 5 58,7 g/mol
simples. Entretanto, os mesmos podem ser obtidos a) 64,4 A.
industrialmente por um processo conhecido como ele- b) 64,4 V.
trólise ígnea. No caso do cloro, esse processo é reali-
c) 6,44 A.
zado em uma cuba eletrolítica com o cloreto de sódio
fundido. Aproximadamente 12 milhões de toneladas de d) 7,44 V.
C2 são produzidas anualmente nos Estados Unidos. e) 640 A.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_P5.indd 102 29/05/2019 16:39


TINSTOCK
TION/LA
CE FAC
SCIEN
O
BO O
SC
M IV
O S

QUÍMICA 2B
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CIÊNCIAS
CIÊNCIAS DA
DA NATUREZA
NATUREZA EE SUAS
SUAS TECNOLOGIAS
TECNOLOGIAS

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 75 29/05/2019 16:38


8
76 174 – Material do Professor

26
RADIOATIVIDADE I – LEIS DA
QUÍMICA 2B

RADIOATIVIDADE E
PARTÍCULAS

PETERI/SHUTTERSTOCK
• Histórico da radioatividade
• Partículas radioativas
• Leis da radioatividade
• Séries radioativas
• Transmutação natural e
artificial

O
BO O
SC
HABILIDADES

M IV
• Identificar os diferentes

O S
tipos de radiações: alfa,
beta e gama. D LU
O C
• Reconhecer onde utilizar
N X

os diferentes tipos de
SI O E

radiação.
Usina nuclear para geração de energia limpa.
EN S

Quando se fala em radioatividade, o primeiro pensamento das pessoas é nos


E U

desastres provocados por esse fenômeno, como as bombas atômicas, o acidente


D E

de Chernobyl, entre outros exemplos. O fato é que a radioatividade também pode


A LD

ser utilizada em favor da sociedade, por exemplo, na radioterapia ou na geração de


energia limpa.
EM IA
ST ER

Histórico da radioatividade
SI AT

No final do século XIX, várias descobertas levaram a um maior entendimen-


to a respeito da estrutura do átomo, fazendo com que se intensificassem estu-
M

dos sobre fenômenos relacionados ao núcleo atômico. Em 1895, o físico alemão


Wilhelm Röntgen observou raios X pela primeira vez, percebendo que eles tornavam
fluorescentes certos materiais.
Em 1896, Antoine-Henri Becquerel observou que o sulfato duplo de potássio e
uranila di-hidratado (K2UO2(SO4)2 ? 2 H2O) emitiam raios, os quais podiam realizar
impressões em chapas fotográficas, mesmo estando envoltas em papel preto, e
chamou-os de raios de Becquerel. Mais tarde, o casal Pierre e Marie Curie verificou
que todos os sais de urânio apresentavam a mesma propriedade de emissão de
raios, dando início ao estudo da radioatividade.

Propriedades da radioatividade
Radioatividade é o fenômeno que alguns elementos apresentam por terem seus
núcleos atômicos instáveis. Essa instabilidade atômica ocorre em razão da alta repul-
são que existe entre os prótons dentro do núcleo, e tal fenômeno ocorre naturalmente
a partir do elemento polônio (84Po). Para diminuir essa instabilidade atômica, esses
átomos emitem radiações, em forma de partículas ou ondas eletromagnéticas, e
transformam-se em elementos com núcleos estáveis, ou seja, menores. Portanto,
a emissão de radiação é um fenômeno nuclear.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 76 29/05/2019 16:38


175 – Material do Professor 77

Em 1898, Ernest Rutherford identificou as radiações alfa (α) e beta (β), desco-
brindo sua natureza elétrica. Em 1900, Paul Ulrich Villard identificou um terceiro tipo

QUÍMICA 2B
de radiação, destituída de carga elétrica, a radiação gama (γ).

Tela fluorescente onde aparecem


manchas luminosas

α γ β

2 1 Placas
2 1 eletricamente
2 1 carregadas

Bloco de
chumbo

O
(isolante da

BO O
radiação)

SC
M IV
O S
D LU
Amostra
radioativa
O C
N X

Quando aplicada uma diferença de potencial, as radiações α são desviadas para


SI O E

o campo negativo por apresentarem carga elétrica positiva. As radiações β sofrem


desvio para o campo positivo, pois têm carga elétrica negativa. Já as radiações γ
EN S

não sofrem desvio de trajetória, pois são destituídas de carga elétrica.


E U
D E

Observação
A LD

Emissões radioativas não são afetadas por variações de pressão, temperatura


ou estado físico.
EM IA
ST ER

Principais emissões radioativas


SI AT

Massa Carga Velocidade Poder de


M

Radiação Símbolo Constituição


(u) relativa média penetração
5% a 10% da
α 4
+2 α 2 p+ e 2 n0 4 12 Baixo (pele, papel)
velocidade da luz
Moderado
90% da
β 0
–1 β Elétron 0 –1 (roupas grossas e
velocidade da luz
madeiras)
Onda
Elevado (concreto
γ 0
0 γ eletromagnética de 0 0 Velocidade da luz
ou chumbo)
alta energia

Observação
As partículas –10β são ejetadas do núcleo. Sua formação se dá pela decomposição
de um nêutron, formando um próton, um elétron e um neutrino: 01n → 11p 1 –10β 1 00 ν.

Leis da radioatividade
Ao observarem as transformações sofridas pelos átomos ao emitirem radiações,
F. Soddy, K. Fajans e Russel enunciaram as leis da radioatividade.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 77 29/05/2019 16:38


78 176 – Material do Professor

PRIMEIRA LEI (SODDY) SÉRIE DO ACTÍNIO (AC)


QUÍMICA 2B

Ao emitir uma partícula +24 α , o átomo tem o número Acreditava-se que esta série se iniciava com o ele-
atômico diminuído em duas unidades e o número de mento actínio (Ac), mas ela se inicia com o urânio-235.
massa diminuído em quatro unidades. emissões
sucessivas de α e β
emite
235
U 207
Pb
A
Z X 4
+2 α 1 A– 4
Z– 2 Y 92 82

Exemplo Número de massa

92 U → +2 α 1 Th
235 4 231
90 238

236
SEGUNDA LEI (SODDY, FAJANS, RUSSEL) U
234
Quando um núcleo emite radiação –10β , o número 7,1 · 108 anos
232
atômico aumenta uma unidade e o número de massa Th Pa
1 dia
não se altera. 230
3,2 · 10 anos
4

228 21,2 anos


Exemplos Ac
Th

família do urânio
emite 226

Decaimento na
A
Z X 0
–1 β1 A
Z+1 Y 18,9 dias
224 21 min
emite
Fr Ra
210
83 Bi 0
–1 β 1 210
84 Po 222
11,2 dias
220
Rn

Séries radioativas 218

O
3,2 s
216

BO O
Soddy, ao trabalhar com os elementos radioativos, Po

SC
Convenções

M IV
214
percebeu que eles emitiam partículas α e β, originan- 2 · 10–3 s

O S
do elementos intermediários diferentes, mas que o 212 Bi 2,1 min

α
Pb Po

D LU

o
produto final era sempre um isótopo estável de chum-


210 36 min

is
Em
bo. Essa transformação de um elemento em outro é 5 · 10–3 s
O C
208
chamada de reação de transmutação, podendo ser Tl
N X

Pb
206 4,7 min
transmutações naturais ou transmutações artifi- Emissão β
SI O E

204
ciais (obtidas pelo bombardeamento do núcleo de um 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 Número
átomo por partículas β, α, nêutron etc., para obtenção Hg Tl Pb Bi Po At Rn Fr Ra Ac Th Pa U atômico
EN S

de núcleos menores).
E U
D E

SÉRIE DO URÂNIO (U) SÉRIE DO TÓRIO (TH)


A LD

emissões emissões
sucessivas de α e β 230
Th sucessivas de α e β 208
Pb
EM IA

238
92 U 206
82 Pb 90 82
ST ER

Número de massa Número de massa


SI AT

238 U 238
4,6 · 109 anos
236
M

236
Th Pa
234 U 234
24,5 dias 6,7 h Th
232 232
2,7 · 105 anos 1,4 · 1010 anos
230 230
Th Ac 6,1 h
8,3 · 104 anos
228 228
Ra Th
Ra
família do urânio
família do urânio

Decaimento na
Decaimento na

226 226 6,7 anos


1,9 anos
1.590 anos Ra
224 224
Rn 3,6 dias
222 222
3,8 dias Fr
220 220
Po 54,5 s
218 218
3 min Po
216 216
Pb Bi 19,7 min Convenções Convenções
214 214 0,1 s
26,8 min Po
1,5 · 10–4 s Bi 1 h
212 18,2 min 212 Pb
1,3 min
α

10,6 h Po
5 dias
o

o

210

Tl Po 210 10–6 s
is

is

Pb Bi
Em

Em

208 22,3 anos Tl


208
140 dias 3,1 min Pb
206 206
Pb Emissão β Emissão β
204 204
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 Número 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 Número
Hg Tl Pb Bi Po At Rn Fr Ra Ac Th Pa U atômico Hg Tl Pb Bi Po At Rn Fr Ra Ac Th Pa U atômico

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 78 29/05/2019 16:39


177 – Material do Professor 79

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

QUÍMICA 2B
1. FEI-SP – Um átomo X, de número atômico 92 e número 2. Relógios cujos ponteiros brilham no escuro contêm ge-
de massa 238, emite uma partícula alfa, transformando-se ralmente uma substância fosforescente misturada com um
num átomo Y, o qual emite uma partícula beta, produzindo composto de trítio ( 31H ). A emissão radioativa desse nuclí-
um átomo Z. Então, deo produz o isótopo hélio-3 (isto é, hélio com número de
a) os átomos Y e X são isótopos. massa 3) e libera energia que faz a substância fosforescer,
emitindo a luz que vemos.
b) os átomos X e Z são isótonos.
c) os átomos X e Y são isóbaros. Com base nessas informações, responda ao que se pede.
d) o átomo Z possui 143 nêutrons. a) Que partícula é emitida pelo trítio?
e) o átomo Y possui 92 prótons. b) Escreva a equação dessa emissão radioativa.
Resolução Resolução
238
92 X → 4
+2 α 1 234
90 Y → β
0
–1 1 Z
234
91 a) β (beta)

Número de nêutrons do elemento Z: b) 31H → –10β 1 42He

A5Z1n

234 5 91 1 n

n 5 143

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 79 29/05/2019 16:39


80 178 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 2B

Radioatividade I

Ocorre com isótopos radioativos que emitem


partículas ou ondas eletromagnéticas.

O
Partículas Ondas eletromagnéticas

BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X

1a Lei: descreve a emissão 2a Lei: descreve a emissão


radiação gama
SI O E

de partículas alfa. de partículas beta.


EN S
E U
D E
A LD

4
+2 α β
0
–1

0g
EM IA
ST ER
SI AT
M

Diminui em quatro unidades


Não altera a massa do isótopo.
a massa do isótopo.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 80 29/05/2019 16:39


179 – Material do Professor 81

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 2B
1. Unitins-TO – Os raios beta foram identificados como 4. PUC-SP – No dia 13 de setembro desse ano, comple-
1 taram-se 30 anos do acidente com o Césio-137.
partículas de massa relativa e de carga elétrica
1 840

ESTADÃO CONTEÚDO/ESTADÃO
CONTEÚDO/AE/CÓDIG
–1, com poder de penetração cerca de 100 vezes maior
que os raios alfa. Com base no enunciado, pode-se dizer
que os raios beta são constituídos de
a) elétrons.
b) prótons.
c) nêutrons.
d) átomos de hidrogênio.
e) dêuterons.
A radiação beta, raios beta ou partículas beta são partículas negativas
iguais aos elétrons.

Observe a equação a seguir:


137
55 Cs → X 1 137
56 Ba
2. FGV-SP (adaptado)
O X pode ser corretamente substituído por
O uso do radioisótopo rutênio-106 (106Ru) vem sendo es-
tudado por médicos da Universidade Federal de São Paulo a) partícula α.

O
BO O
no tratamento de câncer oftalmológico. Esse radioisótopo b) partícula β.

SC
emite radiação que inibe o crescimento das células tumo-

M IV
c) radiação γ.
rais. O produto de decaimento radiativo do rutênio-106 é

O S
o ródio-106 (106Rh). d) raios X.

D LU
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n2/08.pdf>.
Acesso em: mar. 2019. Adaptado.
Cs → X 1 137
137
55 56 Ba

Emissão da partícula β
0
O C
–1
137
Cs → –10β 1 137
56 Ba
N X

Apresente a equação e a partícula emitida no decai- 55


SI O E

mento do rutênio-106.

Consultando os números de prótons na Tabela Periódica, temos:


EN S

5. EBMSP-BA – Movimentos como “Outubro Rosa” es-


E U

timulam a associação entre empresas e profissionais


106
Ru → 106
45 Ru
1 –10β
44
de saúde com o objetivo de alertar a população sobre
D E

a prevenção e o tratamento do câncer de mama, cau-


A LD

β : beta menos
0
–1
sa mais frequente de morte por câncer em mulheres.
Um dos tratamentos do câncer utiliza radioisótopos
EM IA

que emitem radiações de alta energia, como a gama,


0 γ,
y eficientes na destruição de células cancerosas que
0
ST ER

são mais susceptíveis à radiação, por se reproduzirem


C7-H24 rapidamente. Entretanto, é impossível evitar danos às
SI AT

3. Enem
células saudáveis durante a terapia, o que ocasiona efei-
O avanço científico e tecnológico da física nuclear per- tos colaterais, como fadiga, náusea, perda de cabelos,
M

mitiu conhecer, com maiores detalhes, o decaimento entre outros. A fonte de radiação é projetada para o
radioativo dos núcleos atômicos instáveis, desenvol- uso das radiações gama, já que as radiações alfa, 42 α ,
vendo-se algumas aplicações para a radiação de grande e beta, −10β , são menos penetrantes nos tecidos e nas
penetração no corpo humano, utilizada, por exemplo, células. Um dos radionuclídeos usados na radioterapia
no tratamento do câncer. é o cobalto, 60 27 Co .

A aplicação citada no texto refere-se a qual tipo de Com base nas informações e nos conhecimentos sobre
radiação? radioatividade,
a) Beta a) apresente um argumento que justifique o maior po-
b) Alfa der penetrante das radiações gama em relação às
c) Gama radiações alfa e beta;
d) Raios X b) represente, por meio de uma equação nuclear, o de-
caimento radioativo do cobalto 60 com a emissão de
e) Ultravioleta uma partícula beta, indicando o símbolo, o número
A aplicação citada no texto refere-se à radiação gama (γ).
atômico e o número de massa do elemento químico
obtido após a emissão da partícula.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien- a) Os raios gama, 00 γ , por não possuírem massa nem carga elétrica,
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracte-
rizar materiais, substâncias ou transformações químicas. diferentemente das radiações alfa ( 42 α) e beta (–10β ), conseguem atra-

vessar os materiais com maior facilidade e velocidade.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 81 29/05/2019 16:39


82 180 – Material do Professor

b) A equação nuclear que representa o decaimento radioativo do IV. A desintegração de 22688 Ra a 83 Bi envolve a emissão
214
QUÍMICA 2B

consecutiva de três partículas alfa (α) e duas betas (β).


cobalto 60 é: Das afirmativas apresentadas, estão corretas apenas
a) I e II.
60
27 Co → 60
28 Ni 1 –10β
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
I. Incorreta. O poder de penetração da radiação alfa (α) é menor do
que o da radiação gama (γ).
II. Correta. A perda de uma partícula beta (β) por um átomo ocasiona
a formação de um átomo de número atômico maior.
A
Z X → –10β 1 A
(Z+1)
Y ⇒ A 5 0 1 A; Z 5 – 1 1 (Z 1 1)
III. Correta. A emissão de radiação gama por meio do núcleo de
6. Espcex-SP – Considere as seguintes afirmativas. um átomo não altera o número atômico nem o número de massa
desse átomo.
I. O poder de penetração da radiação alfa (α) é maior A
X → AZ X 1 γ
que o da radiação gama (γ). Z

IV. Incorreta. A desintegração de 22688 Ra a 83 Bi envolve a emissão


214
II. A perda de uma partícula beta (β) por um átomo
consecutiva de três partículas alfa (α) e uma beta (β).
ocasiona a formação de um átomo de número atô-
mico maior.
226
88 Ra → 214
83 Bi 1 x ? ( 42 α ) 1 y ? ( –10β )
226 5 214 1 x ? 4 1 y ? 0 ⇒ x 5 3
III. A emissão de radiação gama por meio do núcleo

O
BO O
de um átomo não altera o número atômico nem o 88 5 83 1 x ? 2 – y

SC
M IV
número de massa desse átomo. 88 5 83 1 2 ? 3 – y ⇒ y 5 1

O S
EXERCÍCIOS PROPOSTOS D LU
O C
7. UFGD-MS – Quando um átomo do elemento radioativo 9. UFSCar-SP
N X

R emite uma partícula β, dá origem ao xenônio, confor- A radioterapia é um método capaz de destruir células
SI O E

me representado a seguir. tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Os


isótopos radioativos dos elementos cobalto, césio, irídio e
R→β+
131 A
Xe
EN S

53 54 outros são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios,


E U

sementes ou placas e geram radiações, habitualmente do


Analise as seguintes afirmações sobre essa reação tipo gama, de diferentes energias, dependendo do ele-
D E

nuclear.
mento radioativo empregado. A reação nuclear envolven-
A LD

I. A partícula β é constituída por apenas um elétron. do isótopos de cobalto é representada na equação:


II. O elemento R é o bromo.
EM IA

60
27 Co → –10 β 1 X
III. O número de massa A do xenônio é 131.
ST ER

Disponível em: <www.inca.gov.br>. Acesso em: mar. 2019.


Está correto o que se afirma Adaptado.
SI AT

a) apenas em I. Na equação, o número atômico do elemento X é


b) apenas em II.
M

a) 26
c) apenas em I e III.
b) 27
d) apenas em II e III.
c) 28
e) em I, II e III.
d) 59
8. Fameca-SP (adaptado) – Na equação nuclear referen- e) 60
te ao decaimento do 99 42 Mo , nuclídeo “pai”
, para o 99Tc,
nuclídeo “filho”, há liberação de qual tipo de partícula? 10. UEM-PR – Com relação à emissão de partículas α ou
Justifique sua resposta. β e à emissão de radiação γ por radionuclídeos e suas
respectivas capacidades de penetração em tecidos bio-
lógicos, assinale o que for correto.
01) Partículas β correspondem a íons de hélio bi-
positivos.
02) Partículas α correspondem a elétrons com alta ve-
locidade.
04) Supondo que um radionuclídeo emita apenas uma
partícula β, seu número de massa permanece cons-
tante, e seu número atômico aumenta de uma uni-
dade.
08) Partículas α, em comparação com as β, têm menor
poder de penetração, visto que apresentam massa

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 82 29/05/2019 16:39


181 – Material do Professor 83

e carga elétrica maiores, o que favorece a interação 12. USF-SP – O tecnécio ( 9843Tc ) é um elemento artificial de

QUÍMICA 2B
com a matéria. alto índice de radioatividade. Suas principais aplicações
16) A radiação γ, em comparação com as partículas β, estão voltadas principalmente para a produção de ligas
tem menor poder de penetração, uma vez que não metálicas e, em medicina nuclear, para a fabricação de
possui carga elétrica. radiofármacos. Com relação à distribuição eletrônica
Dê a soma dos itens corretos. desse elemento e suas emissões radioativas, responda
ao que se pede.
a) Qual a sua distribuição eletrônica por subníveis de
energia?
b) Qual a fórmula dos compostos iônicos formados en-
tre o tecnécio catiônico (12) com oxigênio (Z 5 8)
e cloro (Z 5 17)?
c) Qual o valor do número de massa e do número atô-
mico do átomo formado quando o tecnécio sofre três
decaimentos alfa e um decaimento beta?

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U

13. PUCCamp-SP – O isótopo do elemento césio, de


número de massa 137, sofre decaimento segundo a
D E

equação:
A LD

137
55 Cs → X 1 –10β
EM IA

11. UFSM-RS – O isótopo 60 do cobalto e o isótopo 131 do O número atômico do isótopo que X representa é igual a
ST ER

iodo são utilizados na medicina para o tratamento de cé-


a) 54
lulas cancerosas. O decaimento radiativo desses radioi-
SI AT

sótopos pode ser representado, respectivamente, por: b) 56


c) 57
M

60
27 Co → 60
28 Ni + X d) 136
I → 131 e) 138
54 Xe + Y
131
53

14. Unicid-SP – A figura a seguir mostra os três tipos de


Assinale se as afirmações a seguir são verdadeiras V radiação resultantes da desintegração de elementos
ou falsas F. radioativos naturais.
( ) As partículas X e Y emitidas durante os decaimen-
tos não apresentam carga.
Invólucro O sistema fica
( ) O isótopo 131 do iodo emite radiação gama. de chumbo β dentro de um
( ) No decaimento radiativo do cobalto, o nuclídeo 111 recipiente a
γ
“pai” e o nuclídeo “filho” apresentam o mesmo vácuo.
número de massa. 222
α
A sequência correta é
Tela
a) V – F – F. fluorescente
Material Placas carregadas
b) F – F – V. radioativo eletricamente

c) V – V – F.
d) F – V – V. a) Quais dessas radiações, alfa, beta ou gama, podem
ser chamadas de partículas? Justifique sua resposta,
e) F – V – F. caracterizando tais radiações quanto à carga elétrica.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 83 29/05/2019 16:39


84 182 – Material do Professor

b) O fósforo-32 é uma espécie radioativa utilizada no 08) O período de semidesintegração é o tempo neces-
QUÍMICA 2B

tratamento radioterápico de alguns tipos de câncer. sário para que todos os átomos radioativos exis-
Na desintegração radioativa desse radioisótopo, for- tentes em uma certa amostra se transmutem em
ma-se enxofre-32. Escreva uma equação que repre- átomos estáveis.
sente esse processo. 16) A radioatividade consiste na emissão de partículas
e radiações eletromagnéticas por núcleos atômicos
instáveis.
Dê a soma dos itens corretos.

15. Mackenzie-SP – Recentemente, a União Internacional


de Química Pura e Aplicada (IUPAC) nomeou dois novos
elementos químicos: o fleróvio (F,) e o livermório (Lv).
O livermório foi obtido a partir de uma reação de fusão
nuclear do elemento cúrio com o cálcio, de acordo com
a equação a seguir.

O
BO O
SC
248
Cm 1 48
Ca → 292
Lv 1 4x

M IV
96 20 116

O S
Por sua vez, o livermório sofre decaimento. Em 47 milis-

D LU
segundos, forma-se o fleróvio, como mostra a equação
de decaimento a seguir.
O C
N X

292
116 Lv → 288
114 F, 1 y
SI O E

Assim, x e y, presentes nas equações anteriores, re-


presentam, respectivamente,
EN S
E U

a) pósitrons e o elemento hélio.


b) elétrons e partícula beta.
D E
A LD

c) prótons e radiação gama.


d) deutério e nêutron. 17. Unirio-RJ – O elemento radioativo natural 232 90Th, após
EM IA

e) nêutrons e partícula alfa. uma série de emissões alfa e beta, isto é, por decai-
mento radioativo, converte-se em um isótopo não ra-
ST ER

16. UEM-PR – Com relação aos conceitos associados à 82 Pb. O número


dioativo, estável, do elemento chumbo, 208
radioatividade, assinale o que for correto. de partículas alfa e beta, emitido após o processo, é,
SI AT

01) Quando um átomo emite radiação γ e/ou partículas respectivamente, de


α e/ou partículas β, diz-se que ele sofre decaimento
M

a) 5 e 2
radioativo.
b) 5 e 5
02) Quando um núcleo atômico emite uma partícula α,
c) 6 e 4
ele perde um próton e um nêutron.
d) 6 e 5
04) A radiação gama é uma onda eletromagnética
transversal. e) 6 e 6

ESTUDO PARA O ENEM


18. FGV-SP C7-H24 fornos mesmo em ambiente de intenso calor, como
Deverá entrar em funcionamento em 2017, em Ipe- ocorre no interior dos altos fornos da Companhia Si-
ró, no interior de São Paulo, o Reator Multipropósito derúrgica Paulista (COSIPA).
Brasileiro (RMB), que será destinado à produção de A produção de combustível para os reatores nucleares
radioisótopos para radiofármacos e à produção de de fissão envolve o processo de transformação do com-
fontes radioativas usadas pelo Brasil em larga escala, posto sólido UO2 ao composto gasoso UF6 por meio
nas áreas industrial e de pesquisas. Um exemplo da das etapas:
aplicação tecnológica de radioisótopos são sensores
contendo fonte de amerício-241, obtido como produto I. UO2(s) 1 4 HF(g) → UF4(s) 1 2 H2O(g)
de fissão. Ele decai para o radioisótopo neptúnio-237
e emite um feixe de radiação. Fontes de amerício-241
II. UF4(s) 1 F2(g) → UF6(g)
são usadas como indicadores de nível em tanques e

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 84 29/05/2019 16:39


183 – Material do Professor 85

No decaimento do amerício-241 a neptúnio-237, há A radioatividade é a capacidade que os átomos de de-

QUÍMICA 2B
emissão de terminados elementos químicos apresentam de emitir
a) nêutron. espontaneamente energia sob a forma de partículas
b) próton. ou de radiação eletromagnéticas. Em uma reação nu-
clear, há
c) partícula alfa.
d) radiação beta. a) participação somente de elétrons da última camada
do átomo.
e) pósitron.
b) dependência de pressão e temperatura na velocidade
19. UEMA C7-H24 do processo.
Leia o texto que se refere ao acidente, causado por c) identificação da estabilidade do núcleo atômico por
uma reação nuclear que caracteriza o fenômeno da meio do número de prótons.
radioatividade. d) decomposição radioativa de núcleos e formação de
Um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde novos núcleos mais estáveis.
(OMS) concluiu que o acidente nuclear na usina japonesa e) modificação e formação de substâncias, ocorrendo
de Fukushima, causado por um tsunami em 2011, oferece apenas um reagrupamento de átomos.
apenas riscos baixos para a população em geral, tanto no
Japão quanto nos países vizinhos. No entanto, para quem 20. Uniube-MG C7-H24
vivia em regiões muito próximas à usina, o risco estimado
Em uma reação nuclear, o elemento Urânio ( 235 92 U) foi
para alguns tipos de câncer é maior. Nas áreas que real-
bombardeado com uma partícula de nêutron, formando
mente foram contaminadas, o risco é alto, mas ele já reduz
56 Ba ), um outro elemento genérico
o elemento Bário (133
drasticamente mesmo em outros pontos do município de
“X” e ainda emitindo três nêutrons. Com base nessas

O
Fukushima. O relatório da OMS destaca a necessidade de

BO O
informações, os números de massa, prótons e nêutrons

SC
monitoramento de saúde em longo prazo para quem tem

M IV
do átomo “X” serão, respectivamente,
alto risco, assim como a provisão de controle médico e ser-

O S
viços de apoio, completou Maria Neira, diretora de saúde a) 100; 36; 64
D LU
pública e meio ambiente da OMS. A organização destacou
ainda que é preciso oferecer suporte psicossocial às popu-
b) 102; 56; 46
O C
c) 136; 92; 44
lações afetadas pelo acidente.
N X

d) 235; 92; 143


Disponível em:<http://www.g1.globo.com>.
SI O E

Acesso em: mar. 2019. e) 237; 148; 89


EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 85 29/05/2019 16:39


8
86 184 – Material do Professor

27 RADIOATIVIDADE II –
QUÍMICA 2B

FENÔMENOS RADIOATIVOS

STEVEN_MOL/SHUTTERSTOCK
• Transmutação artificial
• Fissão nuclear
• Reator nuclear
• Bomba atômica
• Lixo nuclear
• Fusão nuclear

O
BO O
SC
M IV
HABILIDADES

O S
• Entender o fenômeno de
transmutação artificial.
• Diferenciar fissão nuclear
D LU
O C
de fusão nuclear, sabendo
N X

como cada uma ocorre.


SI O E

• Reconhecer a utilização
dos diferentes tipos de
EN S

Explosões na superfície do Sol são resultados das fusões nucleares.


fenômenos radioativos.
E U

• Equacionar as reações de
Um dos grandes temas de estudo da comunidade cientifica é a obtenção de ener-
D E

fissão e fusão nuclear. gia limpa e renovável. Nesse campo, surge a radioatividade como uma ferramenta
A LD

com grande potencial. Com as reações nucleares de transmutação artificial, fusão e


fissão nuclear, foi possível imaginar uma fonte de energia alternativa ao combustível
EM IA

fóssil. No entanto, com os perigos e o não esclarecimento de todos os processos


que envolvem esse tipo de energia, não é possível, ainda, utilizarmos tal tecnologia
ST ER

em sua totalidade.
SI AT

Transmutação artificial
M

Esse fenômeno ocorre quando, por meio do bombardeamento por uma partícula,
um elemento químico é transformado em outro, mantendo a conservação de massa
e carga elétrica nuclear.
Em 1919, Ernest Rutherford introduziu uma amostra de polônio, emissor de
partículas alfa, as quais bombardearam núcleos de nitrogênio, transformando-os
em núcleos de oxigênio.
14
7 N + 42 α → 178 O + 11p

Em 1932, James Chadwick provou a existência do nêutron, com o bombardea-


mento de partículas alfa no elemento berílio.
9
4 Be + 42 α → 126 C + 10 n

Outras reações de transmutação:


27
13 A 1 10 n → 27
12 Mg 1 11p
9
4 Be 1 11p → 63 Li 1 42 α
14
7 N 1 β →
0
–1
14
6 C 1 00 γ (radiação gama)

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 86 29/05/2019 16:39


185 – Material do Professor 87

Fissão nuclear

QUÍMICA 2B
Alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, vários grupos de pesquisadores
tentavam obter novos elementos químicos, com número atômico maior que o do
urânio, que era o elemento com maior número atômico até o momento. Essa ten-
tativa era feita com o bombardeamento de átomos de urânio por nêutrons.
Os alemães Otto Hahn e Fritz Strassman anunciaram a presença de bário, lan-
tânio e criptônio em uma amostra de urânio bombardeada com nêutrons. Como
esses átomos encontrados apresentavam massas menores do que a do urânio, eles
concluíram que os nêutrons estavam quebrando os átomos de urânio em átomos
menores. A esse processo, deram o nome de fissão nuclear.
Por definição, fissão nuclear é o fenômeno no qual um núcleo grande é trans-
formado em núcleos menores, com a liberação de grande quantidade de energia. A
fissão nuclear explica a geração de energia em usinas nucleares e o funcionamento
das bombas atômicas.

94
Kr
36 1
0 n
1
0 n 1
0 n
235
92 U
139
56 Ba
139
Ba

O
56
90
Rb

BO O
37
1
n

SC
0
1
n

M IV
0 1
0 n
1
n

O S
0
235
U
235
92 U 1
0 n
92

94
36 Kr
1D LU
n
144
55 Cs
O C
0
90
Sr
N X

38
235
92 U
1
n
SI O E

0
1
0 n
142
Xe 1
n
54 0 1
0 n
EN S
E U
D E

BOMBA ATÔMICA
A LD

As bombas atômicas utilizadas no final da Segunda Guerra Mundial tiveram seu


funcionamento baseado na fissão nuclear. A bomba atômica chamada Little Boy,
EM IA

lançada sobre Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945, provocou a morte imediata de


92 U enriquecido.
aproximadamente 100 mil pessoas. Ela era composta por 7,0 kg de 235
ST ER

No dia 9 de agosto de 1945, foi lançada sobre a cidade de Nagasaki uma bomba de
plutônio, que causou a morte imediata de 20 mil pessoas.
SI AT
M
EVERETT HISTORICAL/SHUTTERSTOCK

Ruínas de Nagasaki,
no Japão, após o
bombardeio com uma
bomba de plutônio.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 87 29/05/2019 16:39


88 186 – Material do Professor

REATORES NUCLEARES
QUÍMICA 2B

Reator nuclear é um dispositivo criado por Enrico Fermi e sua equipe em 1942,
com a finalidade de controlar o processo de fissão nuclear. A energia liberada durante
a fissão nuclear é usada para transformar a água líquida em vapor, que faz girar uma
turbina, gerando energia elétrica. Esse vapor de água, em seguida, passa por um
trocador de calor, onde é resfriado por uma fonte de água externa, geralmente um
rio, represa etc., voltando ao processo na forma de água líquida.

O reator de água pressurizada

Estrutura de armazenamento

Pressurizador
Vaporizador
Gerador

Turbina

O
BO O
SC
Reator

M IV
Condensador

O S
D LU
As usinas nucleares possuem como vantagem a menor poluição, principalmente
O C
da atmosfera, quando comparadas com a energia oriunda da queima de combustível
N X
SI O E

fóssil. Sua grande desvantagem, entretanto, é a geração do lixo nuclear. Esse lixo
contém materiais altamente radioativos que precisam de um descarte apropriado,
isto é, precisam ficar isolados por centenas de anos até se transformarem em ele-
EN S

mentos de núcleos estáveis.


E U
D E

Fusão nuclear
A LD

Toda a energia que chega à Terra é proveniente do Sol. E como o Sol produz
EM IA

essa energia?
A energia proveniente do Sol é oriunda de reações termonucleares, denominadas
ST ER

de fusão nuclear. O Sol fornece energia suficiente para que ocorra a junção de dois
átomos pequenos para a formação de um átomo maior, com consequente liberação
SI AT

de uma grande quantidade de energia. Uma das reações que ocorrem no Sol é:
M

1H → 
1H +  2 He + 0n + energia
2 3 4 1

Deutério Trítio Hélio

Nêutron

Trítio

1 Energia
1

1 1
Deutério 1
Hélio

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 88 29/05/2019 16:39


187 – Material do Professor 89

A energia proveniente da fusão nuclear é bem maior EXERCÍCIO RESOLVIDO


do que a fissão nuclear, além de não gerar uma quanti-

QUÍMICA 2B
1. Ufla-MG – Fissão nuclear é a divisão de um núcleo
dade tão grande de lixo nuclear. Então, por que não é uti- atômico pesado e instável que ocorre, por exemplo, por
lizada a fusão nuclear para obtenção de energia elétrica? bombardeamento desse núcleo com nêutrons, liberando
O grande problema é a necessidade de uma gran- energia. A alternativa que representa corretamente uma
de quantidade de energia (altíssimas temperaturas) equação de fissão nuclear é
para iniciar o processo e a falta de materiais metálicos
a)
235
U 1 01 n → 144
Cs 1
90
Rb 1 3 01 n
para a construção do recipiente onde ocorrerá a fusão 92 55 37

que suporte essas temperaturas. Outro problema é b) 235


92 U 1 01 n → 235
56 Ba 1 235
36 Kr
a necessidade do rápido armazenamento da energia
produzida durante a fusão. c) 235
92 U 1 01 n → 238
92 U 1 3 01 n

d)
235
92 U 1 01 n → 140
56 Cs 1 93
36 Rb 1 3 01 n
LEITURA COMPLEMENTAR
Resolução
Como funciona uma bomba de hidrogênio?
O processo físico da bomba de hidrogênio, também co- A fissão é caracterizada pelo bombardeamento de
um átomo grande por nêutrons e, consequentemen-
nhecida como bomba H, envolve muito mais energia do te, pelo seu rompimento em núcleos menores com
que o da bomba atômica. Se, para conseguir acionar a liberação de nêutrons e energia.
bomba atômica, são necessários explosivos, para acio-
nar a bomba de hidrogênio, simplesmente, é necessária A fissão nuclear obedece às leis da radioatividade,
ou seja, a massa e a carga elétrica mantêm-se cons-

O
uma bomba atômica com potencial equivalente às que

BO O
tantes após a fissão.

SC
foram lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima

M IV
e Nagasaki. 235
92 U 1 01 n → 140
56 Cs 1 93
36 Rb 1 3 01 n

O S
A bomba H é feita por meio da fusão de isótopos (átomos
D LU
com o mesmo número de prótons e elétrons, mas número
235 1 1 5 140 1 93 1 3 · 1

92 1 0 5 56 1 36 1 3 · 0
O C
diferente de nêutrons) do hidrogênio. São eles o deutério,
N X

que tem um nêutron a mais no núcleo, e o trítio, que pos- 2. UFRGS-RS – Assinale a alternativa que preenche cor-
SI O E

sui dois nêutrons. Em vez de dividi-los, usa-se a energia retamente a lacuna do parágrafo a seguir.
para unir dois átomos e formar um átomo mais pesado, O Sol é a grande fonte de energia para toda a vida na
EN S

o hélio, que tem dois prótons e dois elétrons. Terra. Durante muito tempo, a origem da energia irradiada
E U

pelo Sol foi um mistério para a humanidade. Hoje, as


Os detalhes da fabricação da bomba de hidrogênio são, modernas teorias de evolução das estrelas nos dizem
D E

obviamente, um segredo, mas sabe-se que a montagem que a energia irradiada pelo Sol provém de processos de
A LD

da bomba de hidrogênio ocorre dentro de uma bomba _______ que ocorrem no seu interior, envolvendo núcleos
de urânio ou plutônio. de elementos leves.
EM IA

Em questão de poder explosivo, as bombas H são muito a) espalhamento


ST ER

mais potentes quando comparadas às bombas atômicas. b) fusão nuclear


Para se ter uma ideia, a bomba jogada em Nagasaki c) fissão nuclear
SI AT

tinha um poder de destruição de 27 quilotons (equiva- d) fotossíntese


e) combustão
M

lente a 27 mil toneladas de dinamite), enquanto a maior


bomba de hidrogênio já testada, a Czar, pela Rússia, Resolução
tinha 50 megatons (equivalente a 50 milhões de tonela-
Na superfície do Sol, ocorre o processo de fusão nu-
das de dinamite) – são 2 300 vezes mais poder de fogo. clear, sendo o próprio Sol o responsável por fornecer
Disponível em: <https://www.noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-no- a energia necessária para a ocorrência da fusão de
ticias/redacao/2016/01/07/como-funciona-uma-bomba-de-hidrogenio. dois isótopos de hidrogênio.
htm>. Acesso em: mar. 2019. Adaptado.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 89 29/05/2019 16:39


90 188 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 2B

RADIOATIVIDADE II

Isótopo radioativo = núcleo instável

Energia nuclear

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
Usina nuclear
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

Fissão nuclear
Fusão nuclear
EM IA
ST ER
SI AT

Definição: átomo grande é quebrado em dois Definição: dois átomos de massas menores
M

átomos menores. juntam-se para formar um átomo de massa maior.

Exemplo: bomba atômica Exemplo: bomba de hidrogênio

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 90 29/05/2019 16:39


189 – Material do Professor 91

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 2B
1. Unicamp-SP – Um filme de ficção muito recente desta- 01. Incorreto. O número atômico do elemento X é 54.
ca o isótopo 32He , muito abundante na Lua, como uma
solução para a produção de energia limpa na Terra. Uma 02. Correto. A equação 2 representa o decaimento radioativo do U-235.
das transformações que esse elemento pode sofrer, e
que justificaria seu uso como combustível, está esque-
04. Correto. O número de nêutrons do elemento X é 85.
maticamente representada na reação a seguir, em que
o 32He aparece como reagente.
08. Correto. A equação 1 representa uma fissão nuclear, pois há a que-

bra do núcleo do átomo de urânio em dois núcleos atômicos menores.

1 1 1

De acordo com esse esquema, pode-se concluir que


essa transformação, que liberaria muita energia, é uma
a) fissão nuclear, e, no esquema, as esferas mais es-
curas representam os nêutrons e as mais claras,
os prótons.
3. UPF-RS C7-H24

O
b) fusão nuclear, e, no esquema, as esferas mais es-

BO O
No último dia 9 de agosto, o Japão lembrou os 74 anos

SC
curas representam os nêutrons e as mais claras,

M IV
os prótons. do bombardeio de Nagasaki. Uma fusão nuclear con-
siste na união de dois núcleos atômicos, com grande

O S
c) fusão nuclear, e, no esquema, as esferas mais es-
liberação de energia. A seguir, apresentam-se represen-
curas representam os prótons e as mais claras, os
nêutrons. D LU tações de duas equações de fusão nuclear.
O C
d) fissão nuclear, e, no esquema, as esferas mais es-
a 1 21H → 42He 1 energia
N X

curas são os prótons e as mais claras, os nêutrons.


SI O E

A reação de fusão nuclear do 32He pode ser representada por:


2
1H 1 31H → 42He 1 b 1 energia
2 He + 2 He → 2 He + 2 1p ; na qual 1
3 3 4 1 1
p representa o próton.
EN S

Assinale a alternativa que informa corretamente o que


E U

representam a e b, respectivamente.
2. UEPG-PR – Sobre as equações a seguir, assinale o a) Partícula alfa e nêutron
D E

que for correto.


A LD

b) Núcleo de deutério e nêutron


c) Núcleo de hidrogênio e próton
92 U + 0 n → Sr + AZ X + 3 10 n
EM IA

1. 235 1 94
38 d) Núcleo de deutério e neutrino
ST ER

e) Nêutron e fóton
92 U → 2 α +
2. 235 Th
4 231
90

01) O número atômico do elemento X (equação 1)


SI AT


x
a + 21H → 42He + energia 
é 141. y

 x
M

02) A equação 2 representa o decaimento radioativo x + 2= 4 ⇒x =2  y a = 21H ou 21D ( deutério ou hidrogênio pesado )
do urânio-235 com a emissão de partículas alfa. 
y + 1= 2 ⇒ y = 1 
04) O número de nêutrons do elemento X (equação 
1) é 85. 
1H + 1H → 2 He + w b + energia 
2 3 4 t
08) A equação 1 representa uma reação de fi ssão 
nuclear. 2 + 3 = 4 + t ⇒ t =1  wt b = 10 n (nêutron)

Dê a soma dos itens corretos. 1 + 1= 2 + w ⇒ w = 0 

14 (02 + 04 + 08)
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para,
em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar interven-
1. 235
92 U + 10 n → 94
38 Sr + A
Z X + 3 10 n (fissão nuclear) ções científico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para
caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
235 1 1 5 94 1 A 1 3 · 1 → A 5 139 (número de massa de X)

92 1 0 5 38 1 Z 1 3 · 0 → Z 5 54 (número atômico de X)

X 5 139 2 54 5 85 (número de nêutrons) 4. Mackenzie-SP – A respeito dos processos de fissão e


fusão nuclear, assinale a alternativa correta.
2. 235
92 U → 42 α + 231
90Th (decaimento radioativo do U-235) a) A fusão nuclear é o processo de junção de núcleos
atômicos menores formando núcleos atômicos maio-
res, absorvendo uma grande quantidade de energia.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 91 29/05/2019 16:39


92 190 – Material do Professor

b) A fissão nuclear é o processo utilizado na produção destrutivo equivalente a 27 mil toneladas de TNT. Cerca de
QUÍMICA 2B

de energia nas usinas atômicas, com baixo impacto 70 mil pessoas morreram.
ambiental, sendo considerada uma energia limpa e

EVERETT HISTORICAL/ SHUTTERSTOCK


sem riscos.
c) No Sol, ocorre o processo de fissão nuclear, liberan-
do uma grande quantidade de energia.
d) A equação 01 n + 235
92 U → 56 Ba + 36 Kr + 3 0 n representa
140 93 1

uma reação de fissão nuclear.


e) O processo de fusão nuclear foi primeiramente
dominado pelos americanos para a construção das
bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.

a) Incorreta. A fusão nuclear é o processo de junção de núcleos atômicos


menores formando núcleos atômicos maiores, liberando uma grande
quantidade de energia.
b) Incorreta. A fissão nuclear é o processo utilizado na produção de ener-
gia elétrica nas usinas termonucleares, com médio impacto ambiental
desde que não ocorram acidentes, sendo considerada uma energia
limpa, porém com riscos.
c) Incorreta. No Sol, ocorrem processos de fusão nuclear, liberando
uma grande quantidade de energia.
d) Correta. A equação: 01 n + 235
92 U → 56 Ba + 36 Kr + 3 0 n representa uma
140 93 1
Nuvem em formato de cogumelo, típica de explosões nucleares, após a
reação de fissão nuclear na qual uma reação em cadeia é observada. queda da bomba em Nagasaki.
e) Incorreta. O processo de fissão nuclear foi primeiramente dominado

O
pelos americanos para a construção das bombas atômicas de Hiroshima

BO O
Pouco depois de a bomba atômica ser lançada sobre o Ja-

SC
e Nagasaki.
pão, cientistas inventaram outra arma, ainda mais podero-

M IV
sa: a bomba de hidrogênio. Em 1957, a bomba H explodia

O S
no atol de Bikini, no Oceano Pacífico. Tinha um poder de
5. UFG-GO – Em junho de 2013, autoridades japonesas
D LU
relataram a presença de níveis de trítio acima dos li-
destruição cinco vezes maior do que todas as bombas con-
vencionais detonadas durante a Segunda Guerra Mundial.
O C
mites tolerados nas águas subterrâneas acumuladas Prevendo a corrida armamentista, Albert Einstein declarou
N X

próximo à central nuclear de Fukushima. O trítio, assim


SI O E

em 1945: “O poder incontrolado do átomo mudou tudo,


como o deutério, é um isótopo do hidrogênio e emite
exceto nossa forma de pensar e, por isso, caminhamos
partículas beta (β).
para uma catástrofe sem paralelo”.
EN S

Ante o exposto, Disponível em: <http://www.sitedecuriosidades.com/curiosida-


E U

a) escreva a equação química que representa a fusão de/as-bombas-atomicas-lancadas-sobre-o-japao.html>; <http://


D E

nuclear entre um átomo de deutério e um átomo de www.nippo.com.br/4.hiroshima/>; <https://pt.wikipedia.


org/wiki/Bombardeamentos_de_Hiroshima_e_Nagasaki>.
A LD

trítio com liberação de um nêutron (n);


Acesso em: mar. 2019.
b) identifique o isótopo do elemento químico formado
após o elemento trítio emitir uma partícula beta. Em relação à temática e às informações apresentadas
EM IA

a) Equação química que representa a fusão nuclear entre um


no texto, assinale a alternativa correta.
ST ER

a) A fissão nuclear do urânio-235 se dá por um processo


átomo de deutério e um átomo de trítio com liberação de um de reação em cadeia, com a liberação de uma grande
SI AT

quantidade de energia.
nêutron: 1H + 
1H → 
2 He + 0 n b) Um átomo de urânio-235 decai para plutônio-239 pela
2 3 4 1
M


Deutério Trítio Hélio
emissão de uma partícula alfa.
1H →
3
b) Trítio emitindo uma partícula beta: 
0
–1 β+ 2 He
3

c) A energia gerada na explosão de uma bomba atômica
Trítio Isótopo do hélio origina-se por meio de um processo de fusão nuclear.
d) A bomba de hidrogênio é uma aplicação bélica que
visa causar destruição com base na enorme energia
e no grande fluxo de nêutrons liberados nas reações
de fissão nuclear.
e) As partículas beta possuem maior poder de penetra-
ção em tecidos biológicos que as radiações gama.
6. UCS-RS
A primeira explosão de uma bomba atômica na história a) Correta. A fissão nuclear ocorre quando o núcleo é bombardeado
por um nêutron que, após a colisão, libera uma grande quantidade
da humanidade aconteceu no dia 6 de agosto de 1945. Ela de energia e, nesse processo, novos nêutrons são liberados, provo-
continha 50 kg de urânio-235, com potencial destrutivo cando uma reação em cadeia.
equivalente a 15 mil toneladas de TNT e foi lançada sobre b) Incorreta. Ocorre emissão de duas partículas beta, conforme rea-
o centro da cidade de Hiroshima, às 8h15min da manhã, ção a seguir: 238
92 U + 0 n → –1β + 93 Np → –1β + 94 Pu
1 0 239 0 239

horário local, causando a morte de mais de 140 mil pes- c) Incorreta. A energia gerada na explosão de uma bomba atômica
origina-se por meio de um processo de fissão nuclear.
soas. Nagasaki foi atingida três dias depois. Inicialmente,
d) Incorreta. Na bomba de hidrogênio, os nêutrons são disparados
o plano do exército americano era jogar a bomba sobre contra os núcleos de átomos de urânio ou plutônio, numa reação
Kokura. Mas o tempo nublado impediu que o piloto vi- em cadeia.
sualizasse a cidade, e decidiu-se pela segunda opção. A e) Incorreta. A radiação gama possui o maior poder de penetração
bomba, agora de plutônio-239, apresentava um potencial entre as radiações alfa, beta e gama.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 92 29/05/2019 16:39


191 – Material do Professor 93

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

QUÍMICA 2B
7. PUC-RJ – Num processo de fissão nuclear, um nêutron
colidiu com o núcleo de um isótopo do urânio levando à do radioisótopo 232
90Th
, emite partículas alfa (α) e beta
formação de dois núcleos menores e à liberação de nêu- (β) e termina com o isótopo 208 82 Pb . Escreva a reação
trons que produziram reações em cadeia com descarga nuclear citada no enunciado, devidamente balanceada.
de grande quantidade de energia. Uma das possíveis
reações nucleares nesse processo é representada por:
235
92 U + 01 n → 90
35 Br + X + 3 0 n
1

O produto X, formado na fissão nuclear indicada ante-


riormente, é um isótopo do elemento químico
a) tório.
b) xenônio.
c) chumbo.
d) lantânio.
e) radônio.

8. UNESP – O isótopo radioativo Sr-90 não existe na na-


tureza, sua formação ocorre principalmente em virtude
da desintegração do Br-90 resultante do processo de

O
fissão do urânio e do plutônio em reatores nucleares

BO O
SC
ou em explosões de bombas atômicas. Observe a série

M IV
radioativa, a partir do Br-90, até a formação do Sr-90:

O S
90
35 Br → 90
36 Kr → 90
37
D LU
Rb → 90
38 Sr
O C
A análise dos dados exibidos nessa série permite
N X

concluir que, nesse processo de desintegração, são


SI O E

emitidas
a) partículas alfa.
EN S

b) partículas alfa e beta.


E U

c) apenas radiações gama.


D E

d) partículas alfa e nêutrons.


A LD

e) partículas beta. 11. Enem – A energia nuclear é uma alternativa aos com-
bustíveis fósseis que, se não gerenciada de forma
EM IA

9. PUCCamp-SP correta, pode causar impactos ambientais graves. O


ST ER

A fusão nuclear é um processo em que dois núcleos se princípio da geração dessa energia pode se basear na
combinam para formar um único núcleo, mais pesado. reação de fissão controlada do urânio por bombardeio
de nêutrons, como ilustrado.
SI AT

Um exemplo importante de reações de fusão é o processo


de produção de energia no sol e o das bombas termonu- 235
U 1 n → 95Sr 1 139
Xe 1 2n 1 energia
M

cleares (bomba de hidrogênio). Podemos dizer que a fusão


Um grande risco decorre da geração do chamado lixo
nuclear é a base de nossas vidas, uma vez que a energia atômico, que exige condições muito rígidas de trata-
solar, produzida por esse processo, é indispensável para a mento e armazenamento para evitar vazamentos para
manutenção da vida na Terra. o meio ambiente.
Reação de fusão nuclear: 2 H 1 3 H → 4 He 1 n
Esse lixo é prejudicial, pois
Disponível em: <http://portal.if.usp.br>.
Acesso em: mar. 2019. Adaptado. a) favorece a proliferação de micro-organismos termófilos.
b) produz nêutrons livres que ionizam o ar, tornando-o
Representam isótopos, na reação de fusão nuclear
condutor.
apresentada, apenas
c) libera gases que alteram a composição da atmosfera
a) 2H e 4He. terrestre.
b) 3H e 4He. d) acentua o efeito estufa decorrente do calor produzido
c) 2H e n. na fissão.
d) 2H e 3H. e) emite radiação capaz de provocar danos à saúde dos
e) 4He e n. seres vivos.

10. UFU-MG – A tecnologia nuclear possui diversas apli- 12. UEPG-PR – Com relação aos processos de fusão e
cações, das quais se destacam a esterilização de ali- fissão nuclear, assinale o que for correto.
mentos, a determinação da idade das rochas, entre 01) Fusão nuclear consiste na junção de núcleos pe-
outras. O tório (Th) é um dos elementos utilizados na quenos, formando núcleos maiores e liberando uma
tecnologia nuclear cuja transmutação natural, a partir grande quantidade de energia.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 93 29/05/2019 16:39


94 192 – Material do Professor

02) Fissão nuclear é o processo de quebra de núcleos II. Todas as reações de fusão nuclear representadas
QUÍMICA 2B

grandes em núcleos menores, liberando grande são endotérmicas.


quantidade de energia. III. No conjunto das equações apresentadas, nota-se a
04) A fusão nuclear exige grande quantidade de energia presença de 3 isótopos do hidrogênio e 2 do hélio.
para ocorrer.
É correto o que se afirma somente em
08) O processo de fissão nuclear é aproveitado pelo
homem para a geração de energia elétrica por meio a) II.
da energia nuclear em usinas termonucleares. b) II e III.
16) O processo de fusão nuclear acontece naturalmente c) III.
no sol, onde a temperatura é suficientemente alta d) I.
para que ocorra a fusão dos átomos de hidrogênio,
formando átomos mais pesados. e) I e III.
Dê a soma dos itens corretos. 14. Famerp-SP – O elemento artificial cúrio (Cm) foi sinteti-
zado pela primeira vez em 1944, por Glenn T. Seaborg e
colaboradores, na Universidade de Berkeley, Califórnia,
EUA. Tal síntese ocorreu em um acelerador de partícu-
las (cíclotron) pelo bombardeamento do nuclídeo 239Pu
com partículas alfa, produzindo o nuclídeo 242Cm e um
nêutron. O cúrio-242 é um emissor de partículas alfa.
a) Dê o número de prótons e o número de nêutrons
dos nuclídeos do plutônio e do cúrio citados no texto.
b) Escreva as equações nucleares que representam a

O
obtenção do cúrio-242 e a emissão de partículas alfa

BO O
por esse isótopo.

SC
M IV
Dados: 244
Pu ; 247
Cm

O S
94 96

D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER

13. UNESP
A energia emitida pelo Sol é o resultado de diferentes fu-
SI AT

sões nucleares que ocorrem nesse astro. Algumas reações


nucleares que ocorrem no Sol são:
M

1
1 H + 21 H → 23 He + energia
2
1 H + 21 H → 23 He + 01 n + energia
2
1 H + 31 H → 42 He + 01 n + energia
3
H + 31 H → 42 He + 2 01 n + energia 15. CPS-SP – Assinale a alternativa correta.
1
a) Na fusão nuclear, o núcleo atômico divide-se em
duas ou mais partículas.
Estima-se que, a cada segundo, 657 milhões de toneladas b) Na fissão do urânio, temos a formação de dois novos
de hidrogênio estejam produzindo 653 milhões de tone- elementos químicos.
ladas de hélio. Supõe-se que a diferença, 4 milhões de c) As usinas hidrelétricas usam a fissão nuclear para a
toneladas, equivalha à energia liberada e enviada para o obtenção de energia elétrica.
espaço. d) As reações nucleares só ocorrem quando provocadas
Angélica Ambrogi et al. Unidades modulares de química, 1987. por meio de técnicas específicas.
Adaptado. e) O bombardeamento de átomos de urânio por um
próton leva à liberação de dois prótons.
Sobre a situação apresentada no texto, foram feitas
três afirmações. 16. UERJ – A reação nuclear entre o 242Pu e um isótopo
I. A quantidade de energia enviada para o espaço a do elemento químico com maior energia de ionização
cada segundo, equivalente a aproximadamente 4 localizado no segundo período da tabela de classifica-
milhões de toneladas de hidrogênio, pode ser esti- ção periódica produz o isótopo 260Rf e quatro partículas
mada pela equação de Einstein, E = mc2. subatômicas idênticas.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 94 29/05/2019 16:39


193 – Material do Professor 95

Apresente a equação dessa reação nuclear e indique 17. FAM-SP – Em agosto de 2015, o mundo relembrou os

QUÍMICA 2B
o número de elétrons do ruterfórdio (Rf) no estado 70 anos desde o bombardeio nuclear nas cidades de
fundamental. Hiroshima e Nagasaki. Hoje, porém, a energia nuclear
tem aplicações pacíficas, como a geração de energia
a partir da fissão do urânio-235. Uma das reações que
ocorre nesse processo é representada pela equação
a seguir.

235
U1n→ 141
Ba 1 X 1 3 n

Nessa equação nuclear, X representa o isótopo


a) selênio-80 c) bromo-92 e) criptônio-92
b) bromo-80 d) criptônio-88

ESTUDO PARA O ENEM


18. Enem C7-H24 Dados: Th (Z 5 90); Pa (Z 5 91); U (Z 5 92)
A bomba reduz nêutrons e neutrinos, e abana-se com o a) 234
U.
leque da reação em cadeia.
b) 233
Pu.
ANDRADE C. D. Poesia completa e prosa.
c) 234
Pa.

O
Rio de Janeiro. Aguilar, 1973. Fragmento.

BO O
d) 233
U.

SC
Nesse fragmento de poema, o autor refere-se à bom-

M IV
ba atômica de urânio. Essa reação é dita “em cadeia” e) 234
Pu.

O S
porque na
D LU
a) fissão do 235U ocorre liberação de grande quantidade
de calor, que dá continuidade à reação.
20. Fatec-SP C7-H24
Lise Meitner, nascida na Áustria, em 1878, e doutora em
O C
Física pela Universidade de Viena, começou a trabalhar em
b) fissão de 235U ocorre liberação de energia, que vai
N X

1906, com um campo novo e recente da época: a radioquí-


desintegrando o isótopo 238U, enriquecendo-o em
SI O E

mica. Meitner fez trabalhos significativos sobre os elemen-


mais 235U.
tos radioativos (descobriu o protactínio, Pa, elemento 91),
c) fissão do 235U ocorre liberação de nêutrons, que bom-
porém sua maior contribuição à ciência do século XX foi a
EN S

bardeia outros núcleos.


explicação do processo de fissão nuclear. A fissão nuclear é
E U

d) fusão do 235U com 238U ocorre formação de neutrino,


de extrema importância para o desenvolvimento de usinas
que bombardeia outros núcleos radioativos.
D E

nucleares e bombas atômicas, pois libera grandes quan-


A LD

e) fusão do 235U com 238U ocorre formação de outros tidades de energia. Nesse processo, um núcleo de U-235
elementos radioativos mais pesados, que desenca-
deiam novos processos de fusão. (número atômico 92) é bombardeado por um nêutron, for-
EM IA

mando dois núcleos menores, sendo um deles o Ba-141


ST ER

19. UNESP C7-H24 (número atômico 56) e três nêutrons.


No que diz respeito aos ciclos de combustíveis nucleares Embora Meitner não tenha recebido o prêmio Nobel, um
SI AT

empregados nos reatores, a expressão “fértil” refere-se ao de seus colaboradores disse:“Lise Meitner deve ser honra-
material que produz um nuclídeo físsil após captura de da como a principal mulher cientista deste século”.
M

nêutron, sendo que a expressão“físsil”se refere ao material KOTZ, J.; TREICHEL, P. Química e reações químicas.
cuja captura de nêutron é seguida de fissão nuclear. Rio de Janeiro. Editora LTC, 1998. Adaptado.
José Ribeiro da Costa. Curso de introdução ao estudo FRANCO, Dalton. Química, cotidiano e transformações.
dos ciclos de combustível, 1972. Adaptado. São Paulo. Editora FTD, 2015. Adaptado.
Assim, o nuclídeo Th-232 é considerado fértil, pois O número atômico do outro núcleo formado na fissão
produz nuclídeo físsil, pela sequência de reações nu- nuclear mencionada no texto é
cleares:
a) 34
232
Th 1 1n → 233
Th → 233
Pa 1 β– b) 35
233
Pa → nuclídeo físsil 1 β c) 36
O nuclídeo físsil formado nessa sequência de reações d) 37
éo e) 38

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 95 29/05/2019 16:39


8
96 194 – Material do Professor

28 RADIOATIVIDADE III –
QUÍMICA 2B

CINÉTICA DE DESINTEGRAÇÃO

GOLFX/SHUTTERSTOCK
• Cinética de desintegração
• Tempo de meia-vida
• Curva de decaimento

HABILIDADES
• Entender o conceito de

O
BO O
cinética de desintegração.

SC
M IV
• Calcular a massa final e/ou
inicial de diversos materiais

O S
pelo tempo de meia-vida.
• Calcular a idade de fósseis D LU
O C
pelo tempo de meia-vida.
N X
SI O E
EN S
E U
D E

Fóssil de um dinossauro.
A LD

A cinética de desintegração é muito utilizada no nosso cotidiano para a datação de


EM IA

fósseis com carbono-14, por exemplo. Para descobrir o tempo de vida de um fóssil,
é utilizada a relação entre carbono-14 e carbono-12. Isso é possível porque, quando
ST ER

um ser vivo morre, o carbono 14 começa a decair radioativamente, diminuindo sua


SI AT

massa com o passar do tempo. Conhecer o tempo de meia-vida, ou o período de


semidesintegração dos isótopos radioativos, é de extrema importância, pois é esse
M

período que vai determinar qual é sua aplicação.

Cinética de desintegração
É o estudo da velocidade com que determinadas amostras emitem radiações,
variando de um nuclídeo para outro e dependendo do respectivo número de átomos
radioativos.

PERÍODO DE SEMIDESINTEGRAÇÃO OU TEMPO DE MEIA-VIDA


(P OU T1/2)
É o tempo necessário para que metade dos núcleos radioativos se disintegre,
ou seja, para que sua massa se reduza à metade.

P P P
m0 m0 m0 m0
(massa inicial) 2 4 8

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 96 29/05/2019 16:39


195 – Material do Professor 97

O gráfico a seguir mostra a curva de decaimento do m0


elemento 210Bi. Analisando o gráfico, observamos que = 2x e T = x ⋅ P

QUÍMICA 2B
mf
o tempo necessário para que ocorra a desintegração
da metade da massa inicial de Bi é de cinco dias, ou Observação
seja, este é o tempo de meia-vida do 210Bi. O tempo de meia-vida não depende da quantidade
Curva de decaimento do elemento 210
Bi de amostra inicial nem da temperatura e da pressão.
Curva de decaimento do elemento 210Bi
100% A tabela a seguir mostra o tempo de meia-vida de
alguns elementos.

Radioisótopo Meia-vida

Radioatividade emitida
Carbono-15 2,4 s

1/2 50% Xenônio-135 9h

Fósforo-32 32 dias

Enxofre-35 87 dias
1/4 25%
Cobalto-60 5,26 anos
1/8 12,5%
1/16 6,25% Estrôncio-90 28,1 anos

O
BO O
0 5 10 15 20 Tempo (dias)

SC
Césio-137 30,17 anos

M IV
Rádio-226 1,6 ? 103 anos

O S
A relação matemática que permite relacionar massa
D LU
inicial (m0), massa final (mf), tempo de meia-vida (P ou Plutônio-239 2,44 ? 104 anos
O C
t1/2), período de desintegração (T) e número de meia-
Urânio-235 4,5 ? 109 anos
N X

-vida (x) é:
SI O E

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
EN S
E U

1. FEI-SP – Ao estudar a desintegração radioativa de um 2. PUCCamp-SP – Um ambiente foi contaminado com fós-
D E

elemento, obteve-se uma meia-vida de 4 h. Se a massa foro radioativo, 15


32 . A meia-vida desse radioisótopo é de 14
P
A LD

inicial do elemento é 40 g, depois de 12 h, teremos (em dias. A radioatividade por ele emitida deve cair a 12,5% de
gramas) seu valor original após
EM IA

a) 10 a) 7 dias.
b) 5 b) 14 dias.
ST ER

c) 8 c) 42 dias.
SI AT

d) 16 d) 51 dias.
e) 20 e) 125 dias.
M

Resolução Resolução
T5x?P m0
= 2x
12 5 x ? 4 mf
x53 100
= 2x
m0 12,5
= 2x
mf x53
40 T5x?P
= 23
mf T 5 3 ? 14
mf = 5,0 g T 5 42 dias

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 97 29/05/2019 16:39


98 196 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 2B

Cinética de desintegração

Tempo de meia-vida

m0

O
= 2x e T = x ⋅ P

BO O
mf

SC
M IV
O S
D LU
O C
N X

massa inicial massa final período de quantidade de tempo de


m0: mf: T: x: P:
SI O E

desintegração meia-vida meia--vida


EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 98 29/05/2019 16:39


197 – Material do Professor 99

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 2B
1. UFPA – Um hospital tem em seu estoque um medica- 4. Espcex-SP
mento à base de cromo-51 cuja atividade radioativa inicial À medida que ocorre a emissão de partículas do núcleo
era de 40 mCi. Sabendo que o cromo-51 tem tempo de um elemento radioativo, ele está se desintegrando. A
com meia-vida de 27,7 dias e que o medicamento está velocidade de desintegrações por unidade de tempo é de-
estocado há 80 dias, decorrido esse tempo, a atividade nominada velocidade de desintegração radioativa, que é
desse medicamento, em mCi, será de aproximadamente proporcional ao número de núcleos radioativos. O tempo
a) 1,25 d) 10 decorrido para que o número de núcleos radioativos se re-
b) 2,5 e) 20 duza à metade é denominado meia-vida.
c) 5,0 USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. 12. ed. v. 2.
Após 80 dias, o medicamento sofrerá decaimento de, aproximadamen- Reformulado – São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
te, três vezes. Dessa forma, teremos:
Utilizado em exames de tomografi a, o radioisótopo
1°- decaimento 2°- decaimento 3°- decaimento
40 mCi 20 mCi 10 mCi 5 mCi flúor-18 (18F) possui meia-vida de uma hora e trinta mi-
nutos (1h30min). Considerando-se uma massa inicial
2. IFGO (adaptado) – Considerando que uma espécie ra- de 20 g desse radioisótopo, o tempo decorrido para
dioativa tem meia-vida média de 30 anos, qual o tempo, que essa massa de radioisótopo flúor-18 fique reduzida
em anos, necessário para que uma determinada massa a 1,25 g é de
desse material radioativo seja reduzida a menos de 5%
da massa inicial? a) 21 horas. d) 6 horas.
b) 16 horas. e) 1 hora.
Meia-vida é o tempo necessário para que a massa radioativa inicial se
c) 9 horas.

O
t1/2 t1/2 t1/2 t1/2

BO O
reduza à metade. A questão informa que a meia-vida de uma espécie 20 g 10 g 5g 2,5 g 1,25 g

SC
t 5 4 ? t1/2

M IV
radioativa é de 30 anos. t 5 4 ? 1,5 h 5 6 horas

O S
D LU
Como se deseja determinar o tempo necessário para que a massa ra-
5. UEPG-PR – O tempo de meia-vida do radioisótopo 137 55 Cs
é de 30 anos. Sobre o radioisótopo, assinale o que for
O C
correto.
N X

dioativa caia para menos de 5%, então:


01) Uma amostra de 100 g do radioisótopo vai levar 90
SI O E

30 anos 30 anos 30 anos 30 anos


anos para diminuir para 12,5 g.
100% 50% 25% 12,5% 6,25%
02) A emissão de uma partícula alfa do radioisótopo vai
EN S

produzir o radioisótopo 13353 X.


30 anos
E U

3,125% 04) A emissão de uma partícula beta do radioisótopo


vai produzir o radioisótopo 137 56Y .
D E

Tempo total: 5 ? 30 5 150 anos


A LD

08) A emissão de radiação pelo radioisótopo 137 55 Cs não


altera o seu número de elétrons.
C7-H24 16) O radioisótopo 13755 Cs é instável porque possui um
EM IA

3. FPS-PE
número elevado de prótons no seu núcleo.
O tálio-201, na forma de cloreto de tálio, é um radioisótopo
ST ER

usado em medicina nuclear para diagnosticar doenças Dê a soma dos itens corretos.
coronárias e para a detecção de tumores. Sabendo que
SI AT

31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)
o tempo de meia-vida desse isótopo é, aproximadamen-
te, três dias, que fração da concentração inicial de tálio
M

01. Correto. Uma amostra de 100 g do radioisótopo vai levar 90 anos


permanece após 21 dias?
1 1
a) d) para diminuir para 12,5 g.
8 64
30 anos m 30 anos m 30 anos m
1 1 m
b) e) 2 4 8
16 128
1 100 g
30 anos
50 g
30 anos
25 g
30 anos
12,5 g
c)
32
02. Correto. A emissão de uma partícula alfa do radioisótopo vai produzir
meia-vida meia-vida meia-vida meia-vida
3 dias 3 dias 3 dias 3 dias
100% 50%
 25%
 12,5%
 o radioisótopo 133
X.
1 1 53
1
2 4 8 137
55 Cs → α + X (137 = 4 + a; 55 = 2 + Z)
4
1
A
Z
meia-vida meia-vida meia-vida meia-vida
3 dias 3 dias 3 dias 3 dias
6,25%

   3,125%
  1,5625%
  0,78125%

137
55 Cs → 41α + 133
53 X
1 1 1 1
16 32 64 128

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em


04. Correto. A emissão de uma partícula beta do radioisótopo vai pro-
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracte- duzir o radioisótopo 137
56Y.

rizar materiais, substâncias ou transformações químicas. 137


55 Cs → –10β + AZY (137 = 0 + A; 55 = –1+ Z)
137
55 Cs → –10β + 137
56Y

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 99 29/05/2019 16:39


100 198 – Material do Professor

08. Correto. A emissão de radiação pelo radioisótopo 137


Cs não altera o
94 Pu → 92 U + 2 α representa a emissão
II. A equação 238 234 4
QUÍMICA 2B

55

que ocorre nesse isótopo.


seu número de elétrons, pois este é um processo nuclear.
III. A quantidade de nêutrons existentes no núcleo do
plutônio-238 é de 144.
16. Correto. O radioisótopo 137
55 Cs é considerado instável, pois, quanto
Considerando-se os conhecimentos adquiridos a res-
peito do tema e das afirmações supracitadas, é correto
maior o número de prótons no núcleo, maior a quantidade de nêutrons afirmar:
a) Não há nenhuma afirmação verdadeira.
necessária para mantê-lo estável.
b) São verdadeiras apenas as afirmações I e II.
c) São verdadeiras apenas as afirmações I e III.
d) São verdadeiras apenas as afirmações II e III.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.

I. Correta. Ao partir-se de 1 kg (1 000 g) de plutônio-238, após 176 anos,


restarão 250 g desse isótopo.
88 anos 88 anos
1 000 g 500 g 250 g
Tempo 5 88 anos 1 88 anos 5 176 anos

94 Pu →
II. Correta. A equação 238 U + 42 a representa a emissão alfa que
234
92
ocorre nesse isótopo.
6. Mackenzie-SP – O isótopo 238 do plutônio ( 238 94 Pu), cujo

O
emissão alfa
238
Pu 234
U + 2α
4

BO O
94 92 

SC
tempo de meia-vida é de aproximadamente 88 anos, é Partícula alfa

M IV
caracterizado por sua grande capacidade de emissão de
III. Correta. A quantidade de nêutrons existentes no núcleo do plutô-

O S
partículas do tipo alfa. Entretanto, não é capaz de emitir nio-238 é de 144.

D LU
partículas do tipo beta e radiação gama. A respeito desse
radioisótopo, são realizadas as seguintes afirmações:
238 (A)
94 (Z) }
Pu A – Z = n
O C
I. Ao partir-se de 1 kg de plutônio-238, após 176 anos, 238 – 94 = 144 nêutrons
N X

restarão 250 g desse isótopo.


SI O E
EN S

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
E U
D E

7. Fuvest-SP – O ano de 2017 marca o trigésimo aniver- a) 16


A LD

sário de um grave acidente de contaminação radioativa, 14


Massa (gramas)

ocorrido em Goiânia, em 1987. Na ocasião, uma fonte 12


radioativa, utilizada em um equipamento de radiotera- 10
EM IA

pia, foi retirada do prédio abandonado de um hospital 8


ST ER

6
e, posteriormente, aberta no ferro-velho para onde fora 4
levada. O brilho azulado do pó de césio-137 fascinou o 2
SI AT

dono do ferro-velho, que compartilhou porções do ma- 0


0 8 16 24 32
terial altamente radioativo com sua família e amigos, o
M

Tempo (dias)
que teve consequências trágicas. O tempo necessário
para que metade da quantidade de césio-137 existente
em uma fonte se transforme no elemento não radioa- b) 16
14
tivo bário-137 é trinta anos.
Massa (gramas)

12
Em relação a 1987, a fração de césio-137, em %, que 10
8
existirá na fonte radioativa 120 anos após o acidente,
6
será, aproximadamente, 4
a) 3,1 2
0
b) 6,3 0 8 16 24 32
Tempo (dias)
c) 12,5
d) 25,0 c) 16
14
e) 50,0
Massa (gramas)

12
10
8. UFG-GO – No acidente ocorrido na usina nuclear de 8
6
Fukushima, no Japão, houve a liberação do iodo radioa-
4
tivo 131 nas águas do Oceano Pacífico. Sabendo que 2
a meia-vida do isótopo do iodo radioativo 131 é de oito 0
dias, o gráfico que representa a curva de decaimento 0 8 16 24 32
Tempo (dias)
para uma amostra de 16 gramas do isótopo 131 53 I é

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 100 29/05/2019 16:40


199 – Material do Professor 101

d) 16 01) A radiação que atinge o ponto 1 é a radiação b

QUÍMICA 2B
14 (beta), que são elétrons emitidos por um núcleo
de um átomo instável.

Massa (gramas)
12
10
02) A radiação g (gama) é composta por ondas eletro-
8
6
magnéticas que não sofrem desvios pelo campo
4
elétrico e, por isso, atingem o detector no ponto 2.
2 04) A massa de 100 g de urânio-234 leva 490 000 anos
0 para se reduzir a 25 g.
0 8 16 24 32
Tempo (dias)
08) A radiação a (alfa) é composta de núcleos do átomo
de hélio (2 prótons e 2 nêutrons).
e) 16
14 16) O decaimento radioativo do urânio-234, através da
emissão de uma partícula a (alfa), produz átomos
Massa (gramas)

12
10 de tório-230 (Z = 90).
8
6 Dê a soma dos itens corretos.
4
2
0
0 8 16 24 32
Tempo (dias)

9. ITA-SP – Considere as seguintes proposições.

O
BO O
I. Massa crítica representa a massa mínima de um

SC
nuclídeo físsil, em determinado volume, necessária

M IV
para manter uma reação em cadeia.

O S
II. Reações nucleares em cadeia referem-se a proces-
sos nos quais elétrons liberados na fissão produzem
nova fissão em, no mínimo, um outro núcleo.
D LU
O C
N X

III. Os núcleos de 226Ra podem sofrer decaimentos ra-


SI O E

dioativos consecutivos até atingirem a massa de 206


(chumbo), adquirindo estabilidade.
EN S

Das proposições anteriores, está(ão) correta(s)


E U

a) apenas a I.
D E

b) apenas a II.
A LD

c) apenas a III.
EM IA

d) apenas a I e a II.
e) apenas a I e a III.
ST ER
SI AT

10. UEPG-PR – A natureza das radiações emitidas pela de-


sintegração espontânea do urânio-234 é representada
M

na figura a seguir. A radiação emitida pelo urânio-234


é direcionada pela abertura do bloco de chumbo e
passa entre duas placas eletricamente carregadas, o
feixe divide-se em três outros feixes que atingem o
detector nos pontos 1, 2 e 3. O tempo de meia-vida
do urânio-234 é 245 000 anos. Sobre a radioatividade,
assinale o que for correto.
1 2 3
Detector

1 2
11. FMP-SP – O berquélio é um elemento químico cujo
isótopo do 247Bk de maior longa vida tem meia-vida
de 1 379 anos. O decaimento radioativo desse isótopo
envolve emissões de partículas a e b sucessivamente
até chegar ao chumbo, isótopo estável 207Pb.
O número de partículas emitidas e o tempo decorrido
234
92 U 3
para que certa quantidade inicial se reduza de são,
4
Bloco de chumbo respectivamente,

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 101 29/05/2019 16:40


102 200 – Material do Professor

Dados: Pb (Z = 82); Bk (Z = 97) o nuclídeo utilizado na produção de 241Am e a meia-vida


QUÍMICA 2B

a) 10 a, 4 b e 1 034 anos. do radioisótopo do 241Am são, respectivamente,


b) 10 a, 5 b e 2 758 anos. a) 237U e 162 anos.
c) 4 a, 8 b e 1 034 anos. b) 246Bk e 324 anos.
d) 5 a, 10 b e 2 758 anos. c) 238
U e 162 anos.
e) 5 a, 6 b e 690 anos.
d) 246
Bk e 432 anos.

12. FASM-RS – Numa sequência de desintegração ra- e) 238U e 432 anos.


dioativa que se inicia com o 218
84
Po, cuja meia-vida é
de 3 minutos, a emissão de uma partícula alfa gera o 14. UFSC
radioisótopo X, que, por sua vez, emite uma partícula Após novo vazamento, a radiação em Fukushima atinge
beta, produzindo Y. nível crítico. Os níveis de radiação nas proximidades da
a) Partindo de 40 g de polônio-218, qual é a massa, em usina nuclear de Fukushima, no Japão, estão 18 vezes mais
gramas, restante após 12 minutos de desintegração? altos do que se supunha inicialmente, alertaram autorida-
Apresente os cálculos. des locais. Em setembro de 2013, o operador responsável
b) Identifique os radioisótopos X e Y, indicando suas pela planta informou que uma quantidade ainda não iden-
respectivas massas atômicas. tificada de água radioativa vazou de um tanque de arma-
zenamento. Leituras mais recentes realizadas perto do lo-
cal indicam que o nível de radiação chegou a um patamar
crítico, a ponto de se tornar letal com menos de quatro
horas de exposição.

O
BO O
SC
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/

M IV
noticias/2013/09/130831_fukushima_niveis_radiacao_18_vezes_

O S
lgb>. Acesso em: mar. 2019. Adaptado.

D LU A usina nuclear de Fukushima, no Japão, sofreu di-


versas avarias estruturais após ser atingida por um
O C
terremoto seguido de tsunami em março de 2011.
N X

Recentemente, técnicos detectaram o vazamento de


SI O E

diversas toneladas de água radioativa para o Oceano


Pacífico, em local próximo à usina. A água radioativa
está contaminada, principalmente, com isótopos de
EN S

estrôncio, iodo e césio, como o césio-137. O 137


55 Cs é
E U

um isótopo radioativo com tempo de meia-vida de


D E

cerca de 30,2 anos, cujo principal produto de decai-


A LD

mento radioativo é o 137


56 Ba, em uma reação que en-
volve a emissão de uma partícula 210b. Considerando
EM IA

o texto e as informações fornecidas anteriormente,


é correto afirmar:
ST ER

01) O decaimento radioativo do césio-137 ocorre com


a perda de um elétron da camada de valência.
SI AT

02) As partículas 210b, emitidas no decaimento radioati-


M

55 Cs, não possuem carga elétrica e não pos-


vo do 137
suem massa, e podem atravessar completamente
o corpo humano.
04) O átomo de 137
55 Cs é isóbaro do 137
56 Ba.

08) Os efeitos nocivos decorrentes da exposição ao cé-


13. UniCesumar-PR – O radioisótopo 241Am é um emissor sio-137 são consequência da emissão de partículas
alfa utilizado em alguns dispositivos detectores de fu- 55 Cs
a, que surgem pelo decaimento radioativo do 137
maça. A radiação b ioniza as moléculas de ar presentes formando 137
56 Ba .
na câmara de detecção e uma corrente elétrica é gerada 16) Após 15,1 anos, apenas um quarto dos átomos de
e medida. A presença de fumaça altera a corrente medi-
55 Cs ainda permanecerá detectável na água prove-
137
da, devido ao material particulado, e o alarme é aciona-
niente da usina.
do. Uma das maneiras de produzir o 241Am em reatores
nucleares consiste em duas transformações radioativas 55 Cs possui 55 prótons e 82 nêutrons.
32) Cada átomo de 137
a partir de um determinado nuclídeo: a incorporação de
Dê a soma dos itens corretos.
uma partícula com a emissão de um nêutron e, pos-
teriormente, a emissão de uma partícula b. Um dos
problemas desses detectores é o seu descarte, pois a
atividade radioativa do dispositivo permanece por um
longo período. A projeção indica que após 1 296 anos
a atividade radioativa de uma amostra de 241Am é de
12,5% da original. Com base nas informações do texto,

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 102 29/05/2019 16:40


201 – Material do Professor 103

QUÍMICA 2B
O
BO O
SC
M IV
15. Unimontes-MG – O amerício-241, isótopo emissor de

O S
partícula alfa (a), é usado em detectores de fumaça e

D LU
tem meia-vida de 432 anos. O produto de decaimento
do amerício-241 e a porcentagem aproximada desse
O C
isótopo original que ainda restará depois de 1 000 anos
N X

são, respectivamente, iguais a


SI O E

a) urânio-237 e 25%.
b) netúnio-237 e 50%.
EN S

c) urânio-239 e 12,5%. 17. FMP-SP


E U

d) netúnio-237 e 25%. Para se determinar a idade de um fóssil, costuma-se usar


D E

carbono-14, com meia-vida de 5 730 anos, que emite ra-


A LD

16. UERJ – O berquélio (Bk) é um elemento químico artifi- diação perdendo dois nêutrons. O C-14, assim como o
cial que sofre decaimento radioativo. No gráfico, indica- C-12, é absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese, e
-se o comportamento de uma amostra do radioisótopo
EM IA

os animais, ao se alimentarem das plantas, fazem com que


249
Bk ao longo do tempo.
ST ER

o C-14 entre na cadeia alimentar.


Massa (mg)

A proporção entre o carbono-12 e o carbono-14 nos seres


SI AT

20 vivos permanece constante durante toda sua vida, porém,


com a morte, não ocorre mais absorção do 14C, diminuindo
M

15 sua concentração no organismo devido ao seu decaimento


radioativo.
10 Disponível em: <https://www.mundopre-historico.blogspot.com.
br/2011/07/como-se-descobre-idade-dos-fosseis.html>.
5 Acesso em: jul. 2016. Adaptado.

O aparelho que detecta a massa atômica exata de


0
150 300 450 600 750 900 1 050 1 200 cada elemento químico encontrado no fóssil é o es-
Tempo (dia) pectrômetro de massa. Considere que, por meio de
um caixote de fragmentos de arqueologia fóssil, foram
Sabe-se que a reação de transmutação nuclear entre utilizados, no início do experimento, 320 g do carbo-
o 249Bk e o 48Ca produz um novo radioisótopo e três no-14. Ao final do experimento, verificou-se que foram
nêutrons. reduzidos de 310 g.
Apresente a equação nuclear dessa reação. Determi- A idade estimada desse fóssil e a reação de decaimen-
ne, ainda, o tempo de meia-vida, em dias, do 249Bk e to radioativo do 14C correspondem, respectivamente, a
escreva a fórmula química do hidróxido de berquélio II. a) 28 650 anos; 146C → 2 01n 1 126C
Dados: Ca (Z = 20); Bk (Z = 97); Uus (Z = 117) b) 28 650 anos; 146C 1 2 01n → 166C
c) 5 730 anos; 146C → 2 01n 1 148O
d) 5 730 anos; 146C → 2 01n 1 148C
e) 5 730 anos; 146C 1 2 01n → 148O

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 103 29/05/2019 16:40


104 202 – Material do Professor

ESTUDO PARA O ENEM


QUÍMICA 2B

18. UEG-GO C7-H24 Em 2016, em relação à quantidade de Sr-90 liberada no


No dia 13 setembro de 2017, fez 30 anos do acidente acidente, a quantidade de Sr-90 que se transformou em
Y-90 foi, aproximadamente, de
radiológico césio-137, em Goiânia-GO. Sabe-se que a 1
1
meia-vida desse isótopo radioativo é de aproximada- a) d)
8 4
mente 30 anos. Então, em 2077, a massa que restará,
em relação à massa inicial da época do acidente, será 1 1
b) e)
6 2
1 1
a) d) 1
2 16 c)
5
1 1
b) e)
4 24 20. Enem C7-H24
1 A técnica do carbono-14 permite a datação de fósseis
c) pela medição dos valores de emissão beta desse isótopo
8
presente no fóssil. Para um ser em vida, o máximo são 15
19. Fatec-SP C7-H24 emissões beta/min ? g. Após a morte, a quantidade de 14C
Um dos piores acidentes nucleares de todos os tempos se reduz pela metade a cada 5 730 anos.
completa 30 anos em 2016. Na madrugada do dia 25 de
Disponível em: <http://www.noticias.terra.com.br>.
abril, o reator número 4 da Estação Nuclear de Chernobyl Acesso em: nov. 2013. Adaptado.
explodiu, liberando uma grande quantidade de Sr-90 no
meio ambiente que persiste até hoje em locais próximos ao Considere que um fragmento fóssil de massa igual
a 30 g foi encontrado em um sítio arqueológico, e a

O
acidente. Isso se deve ao período de meia-vida do Sr-90,

BO O
que é de aproximadamente 28 anos. medição de radiação apresentou 6 750 emissões beta

SC
M IV
por hora. A idade desse fóssil, em anos, é
O Sr-90 é um beta emissor, ou seja, emite uma partícu-

O S
la beta, transformando-se em Y-90. A contaminação pelo a) 450

D LU
Y-90 representa um sério risco à saúde humana, pois esse
elemento substitui com facilidade o cálcio dos ossos, difi-
b) 1 433
c) 11 460
O C
cultando a sua eliminação pelo corpo humano.
N X

d) 17 190
Disponível em: <http://www.tinyurl.com/jzljzwc>.
SI O E

Acesso em: ago. 2016. Adaptado. e) 27 000


EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_P5.indd 104 29/05/2019 16:40


3RF
HO TOH /12
E NG
Q3 KH
O
BO O
SC
M IV
O S

QUÍMICA 3A
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 103 29/05/2019 17:09


104 204 – Material do Professor

23 REAÇÕES DE ESTERIFICAÇÃO
QUÍMICA 3A

E HIDRÓLISE

ACCEPTPHOTO/SHUTTERSTOCK
• Reação de esterificação
• Reação de hidrólise

HABILIDADES
• Entender os princípios
das reações de esterifi-
cação (seus reagentes e

O
BO O
produtos).

SC
M IV
• Entender os princípios das

O S
reações de hidrólise (seus
reagentes e produtos)
• Diferenciar hidrólise ácida
D LU
O C
de hidrólise básica.
N X
SI O E

• Compreender o equilíbrio
existente entra as reações
de esterificação e as de
EN S

hidrólise.
E U

• Aplicar as reações de es-


D E

terificação para a obtenção


A LD

de triglicerídeos.
EM IA
ST ER

Algumas reações de esterificação produzem ésteres que imitam o sabor e o aroma de frutas.
SI AT
M

As reações orgânicas têm sido um dos campos de maiores investimentos da


pesquisa, já que, por meio de tais reações, conseguimos sintetizar produtos que
até então a natureza sintetizava. Os ésteres, obtidos por uma reação de esterifica-
ção entre ácidos carboxílicos e álcoois, são exemplo disso. Eles possuem diversas
aplicabilidades, tais como solventes, vernizes, resinas, plastificantes, polímeros,
essências e fragrâncias. Os ésteres de cadeia maior constituem os óleos e gordu-
ras (triglicerídeos). A reação inversa à esterificação recebe o nome de hidrólise, e
esta pode ser ácida ou básica.

Reações de esterificação
A reação de esterificação foi descoberta por Fischer e Speier e ficou conhecida
como esterificação de Fischer. Quando as reações de esterificação e hidrólise
ocorrem em sistema fechado, acontece a formação de um equilíbrio dinâmico. Esse
equilíbrio é atingido mais rapidamente com a presença do ácido sulfúrico, H2SO4, que
é utilizado como catalisador desse equilíbrio. A reação de esterificação caracteriza-se
pela eliminação do grupo hidroxila (—OH) do ácido carboxílico e do hidrogênio do
álcool, para consequente formação da água e do éster.
Observe o mecanismo geral da esterificação de Fischer.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 104 29/05/2019 17:09


205 – Material do Professor 105

Uma reação de esterificação importante é a que


O OH+ OH R2
ocorre entre um ácido graxo com o glicerol (glicerina)

QUÍMICA 3A
H+ R2
HO R1 OH+
R1 OH R1 OH para obtenção de triglicerídeos, que são os princi-
OH
pais constituintes dos óleos e das gorduras vegetais
−H+
e animais.
O OH+ OH R2 OH R2
R2 R2 R1 O R1 O H O H O
R1 O −H+ R1 O −H2O
OH2+ H+ OH
H C OH H O C R1 H C O C R1
O
H C OH O
+ H C O C R2
Resumidamente: H C OH H O C R2
O
H O
H C O C R3
O O Glicerol H O C R3
esterificação H
R1 + HO R2 R1 + H2O (Triálcool) Ácidos graxos
Gordura ou óleo
hidrólise
OH O R2 (triacilgliceróis)
esterificação
Ácido carboxílico + Álcool Éster + Água
hidrólise

Exemplos
Reações de hidrólise
Os ésteres podem reagir com água formando dife-

O
O rentes produtos (reação reversa à esterificação). Se for

BO O
O

SC
H 3C CH3
+ utilizado excesso de água, o equilíbrio será deslocado

M IV
H3C + H 2O
OH H O
O para a direita, ou seja, no sentido da formação dos

O S
Ácido etanoico Água
Etanol CH3
Etanoato de etila
produtos.
D LU Dependendo do meio reacional, a hidrólise pode
O C
ser classificada em ácida ou básica. A hidrólise ácida
N X

O O
resulta em um ácido carboxílico e álcool, enquanto
SI O E

CH3 C OH + HO CH3 CH3 C O CH3 + H2O


Ácido etanoico Metanol Etanoato de metila
a básica resulta em um sal de ácido carboxílico e
álcool. Veremos, nos módulos seguintes, que os sais
EN S

de ácido carboxílico resultantes da hidrólise básica


E U

O CH O
são os sabões.
D E

CH3 C OH + CH3 CH CH3 CH3 C O CH(CH3)2 + H2O


A LD

Ácido etanoico Propan-2-ol Etanoato de isopropila

O O
EM IA

O O HC,
C + H2O C + CH3OH
ST ER

C OH + HO CH2 CH3 C O CH2 CH3 + H2O CH3 OCH3 CH3 OH

Ácido benzoico Etanol Benzoato de etila


Acetato de metila Ácido acético
SI AT
M

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Unifenas-MG – Os ésteres têm odor agradável e, junta- 2. UFPR – Ésteres são substâncias responsáveis pelos aro-
mente com outros compostos, são responsáveis pelo sabor e mas e sabores de diversas frutas. Eles são facilmente hidro-
pela fragrância das frutas e das flores. A reação que resulta na lisados na presença de ácido inorgânico, resultando em dois
formação do éster formiato de isopropila tem como reagentes produtos: um que contém um grupo carboxila e outro que
contém um grupo hidroxila. No caso das lactonas, que são
a) álcool propílico e ácido metanoico.
ésteres cíclicos, essa hidrólise resulta num único composto
b) álcool propílico e ácido acético. bi-funcionalizado, oriundo da abertura do anel. No esquema a
c) álcool propan-2-ol e ácido acético. seguir, é mostrada uma lactona que sofre hidrólise e resulta
d) álcool propan-2-ol e ácido metanoico.
num produto bi-funcionalizado de fórmula molecular C5H10O3.
e) álcool isopropanol e ácido etanoico.
O
Resolução
O
OH Ácido
O O + H2O Produto bi-funcionalizado
+ CH3 + H2O (C5H10O3)
H C CH CH3 H C
OH O CH CH3
Lactona
CH3

O
DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 105 29/05/2019 17:09
C + HO
106 206 – Material do Professor

a) Desenhe a estrutura química em grafia bastão do b) Funções presentes no produto: álcool e ácido car-
QUÍMICA 3A

produto da reação. boxílico


b) Quais são os nomes das funções presentes no pro-
O
duto? Ácido
c) Forneça o nome do produto segundo as regras da carboxílico
Álcool
IUPAC.
HO OH
Resolução
O c) Nome do produto segundo as regras da IUPAC: ácido
5-hidroxipentanoico.

a) HO OH

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 106 29/05/2019 17:10


207 – Material do Professor 107

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 3A
REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO
E HIDRÓLISE

O
BO O
SC
M IV
Obtenção de
Esterificação Hidrólise ácida Hidrólise básica

O S
triglicerídeos
D LU
O C
N X
SI O E

Ácido carboxílico + Álcool → Éster + Água → Ácido carboxí- Éster + Água → Sal de ácido Glicerol + Ácido graxo
EN S
E U

Éster + Água lico + Álcool carboxílico + Álcool


D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 107 29/05/2019 17:10


108 208 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 3A

1. UFJF-MG – Cerca de 50% da gordura do coco é composta


pelo ácido láurico, principal ácido graxo de cadeia média,
que, no corpo humano, reage com o propano-1,2,3-triol,
produzindo monolaurina, um monoglicerídeo de ação
antibacteriana, antiviral e antiprotozoária.
O

CH3(CH2)9CH2 O OH

OH

Monolaurina

Analise a estrutura da monolaurina e assinale a alter- 3. UCS-RS C7-H24


nativa que apresenta o tipo de reação necessária para
A utilização de feromônios é uma estratégia fundamen-
a sua formação.
tal para a sobrevivência da maioria dos insetos. Entre os
a) Oxidação d) Eliminação representantes dessa classe, as abelhas constituem talvez
b) Desidratação e) Esterificação um dos mais fascinantes exemplos de como esses men-
c) Adição sageiros químicos podem ser utilizados não só para co-
A monolaurina é formada por uma reação de esterificação entre um
municação, mas também para moldar o comportamento
ácido carboxílico e um álcool, formando, além do éster, uma molécula dos indivíduos e controlar as atividades da colmeia. Os

O
de água. feromônios de alarme, por exemplo, são usados quando

BO O
SC
as abelhas se sentem em perigo, especialmente por amea-

M IV
O
CH3(CH2)9CH2 + HO OH ças em movimento. O mecanismo de alarme acontece em

O S
OH OH duas etapas. Primeiramente, as glândulas mandibulares
Ácido láurico Propano-1,2,3-triol
D LU liberam uma quantidade de feromônios que alertam o res-
tante da colmeia; quando a abelha ataca, as glândulas do
O C
O
CH3(CH2)9CH2 + H2O ferrão liberam uma quantidade ainda maior de feromônio,
N X

O OH que incita o restante da colmeia a atacar a mesma região.


SI O E

OH Entre as substâncias orgânicas presentes na mistura que


Monolaurina
constitui o feromônio de alerta estão o etanoato de butila
2. PUC-RJ – A esterificação representada consiste na rea-
EN S

e o butan-1-ol, entre outros.


ção entre um ácido carboxílico em um álcool, catalisada
E U

Disponível em: <http://aspiracoesquimicas.net/2014/08/feromo-


por um ácido inorgânico, produzindo uma substância or-
nios-e-a-quimica-das-abelhas.html/>. Acesso em:
D E

gânica e água. O produto orgânico dessa reação (X) é um 20 ago. 2015. Adaptado.
A LD

flavorizante que possui aroma característico de morango.


Em relação às substâncias orgânicas mencionadas an-
O
EM IA

H+ teriormente, assinale a alternativa correta.


+ OH X + H2O
ST ER

a) O etanoato de butila é um isômero funcional do


OH
butan-1-ol.
A B
SI AT

b) O etanoato de butila pode ser obtido por meio da


Sobre essa reação e as substâncias que a compõem, reação de esterificação entre o butan-1-ol e o ácido
M

faça o que se pede. etanoico, catalisada por ácido sulfúrico concentrado.


a) Represente a estrutura química do produto orgânico c) O butan-1-ol é um monoálcool de cadeia carbônica
X utilizando notação em bastão. aberta, ramificada e heterogênea.
b) Represente a estrutura química de um isômero de d) O etanoato de butila é um éster que apresenta dois
função do reagente B utilizando notação em bastão. isômeros ópticos ativos.
c) Dê a nomenclatura do reagente B, segundo as regras
e) O produto principal da reação de oxidação do
da IUPAC.
butan-1-ol com permanganato de potássio, na pre-
O O sença de ácido sulfúrico, é a butan-2-ona.
H+
+ OH + HO O etanoato de butila pode ser obtido por meio da reação de esterifica-
a) OH O
2
ção entre o butan-1-ol e o ácido etanoico, catalisada por ácido sulfúrico
concentrado, de acordo com a seguinte equação.
A B
Composto X O
O H+
b) Éteres são possíveis isômeros de função de B (álcool). + H3C OH
H 3C
OH H3C O CH3 + H2O

Ácido etanoico Butan-1-ol Etanoato de butila


O
O
O Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
c) Reagente B: 2-metil-propan-1-ol ou 2-metil-1-propanol situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracteri-
zar materiais, substâncias ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 108 29/05/2019 17:10


209 – Material do Professor 109

4. UFPR – O salicilato de metila é um produto natural am- b) A equação química para a obtenção do etanoato de isobutila é:

QUÍMICA 3A
plamente utilizado como analgésico tópico para alívio de C2H4O2 + C4H9OH → CH3COOC4H9.
dores musculares, contusões etc. Esse composto tam-
bém pode ser obtido por via sintética pela reação entre o O
ácido salicílico e o metanol, conforme o esquema a seguir. CH3 C + HO CH2 CH CH3
OH
Álcool CH3
O O

OH MeOH, H+ OMe
O
Aquecimento
OH OH CH3 C
O CH2 CH CH3
Ácido salicílico Salicilato de metila CH3

A reação esquematizada é classificada como uma


reação de
a) esterificação. d) pirólise.
b) hidrólise. e) desidratação. 6. UECE – Os flavorizantes são produzidos em grande
c) redução. quantidade em substituição às substâncias naturais.
Por exemplo, a produção da essência de abacaxi, usada
A esterificação ocorre quando um ácido carboxílico (ácido salicílico)
em preparados para bolos, é obtida através da reação
reage com um álcool (metanol) produzindo um éster (salicilato de de esterificação realizada com aquecimento intenso e

O
BO O
metila) e água. sob refluxo. Atente aos compostos I e II apresentados

SC
a seguir.

M IV
5. UERJ – Muitos produtos, como balas e chicletes, contêm

O S
O O
no rótulo a informação de que possuem flavorizantes,
D LU
substâncias que imitam sabor e odor de frutas. O eta-
noato de isobutila, flavorizante de morango, é uma delas.
+ C2H5OH
Δ

O
+ H2O
O C
OH H2SO4
N X

a) Escreva a fórmula estrutural do etanoato de isobutila I II


e indique a função química a que pertence.
SI O E

b) Sabendo-se que o etanoato de isobutila pode ser Os nomes dos compostos orgânicos I e II são, res-
obtido pela reação entre o ácido etanoico e um ál- pectivamente,
EN S

cool, escreva a equação química correspondente à a) etoxietano e butanoato de etila.


E U

sua obtenção.
b) ácido butanoico e pentanoato de etila.
D E

a) A fórmula estrutura do etanoato de isobutila é: c) ácido butanoico e butanoato de etila.


A LD

O d) butanal e hexano-4-ona.
CH3
EM IA

CH3 C
O CH2 CH A nomenclatura dos compostos I e II são, respectivamente: ácido
butanoico e butanoato de etila.
ST ER

CH3
Esse composto pertence à função química éster.
SI AT
M

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. FCM-MG (adaptado) – No livro Tio Tungstênio, de Oliver
Sacks, lê-se “Tínhamos uma pereira no quintal, e minha
mãe fazia um néctar de pera bem consistente, no qual
o aroma da fruta parecia mais intenso. Mas li que o aro-
ma de pera também pode ser produzido artificialmente
(como nas balas de pera), sem usar as frutas. Bastava
começar com um dos álcoois – etila, metila, amila ou
outro – e destilá-lo com ácido acético para formar o éster
correspondente. Surpreendi-me quando soube que algo 8. FMP-RS
tão simples como o acetato de etila podia ser responsá-
vel pelo complexo e delicioso aroma das peras”. A acne comum, que chamamos de espinhas, é causada por
infecções das glândulas sebáceas. As bactérias Propioni-
Escreva a fórmula da substância responsável pelo aro-
bacterium acnes normalmente habitam a nossa pele, mas,
ma de pera e os reagentes que a produziram.
quando a produção do sebo aumenta na adolescência, elas
se multiplicam mais rápido. Ao crescerem em número,
seus subprodutos de metabolismo, a lesão celular que cau-
sam e pedaços de bactérias mortas acabam causando uma
inflamação e possibilitando a infecção por outras bactérias,
como a Staphylococcus aureus.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 109 29/05/2019 17:10


110 210 – Material do Professor

O nome da Propionibacterium acnes vem da sua capacida-


QUÍMICA 3A

de de produzir um ácido carboxílico, o ácido propanoico


(também chamado de propiônico), como subproduto de
seu metabolismo. Não se conhece o papel desse ácido, se
houver, na patologia da acne.
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Propionibacte-
rium_acnes>. Acesso em: 8 jul. 2013. Adaptado.

Suponha que um adolescente que sofre de acne re-


solve passar etanol no rosto e que esse álcool reagirá
com o ácido propanoico produzido pelas bactérias.
Sobre essa reação de condensação, considere as afir-
mativas a seguir.
I. Um dos produtos da reação terá uma ligação éster. 11. UFGD-MS – Geralmente, o cheiro agradável das fru-
tas é atribuído à presença de ésteres. Estes, quando
II. Na reação, haverá formação de água. produzidos em laboratório, são utilizados pela indústria
III. O produto maior terá cinco carbonos. alimentícia como flavorizantes artificiais. Um exemplo
é a reação esquematizada a seguir, que mostra a pre-
IV. A reação formará propanoato de etila.
paração do flavorizante de maçã.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas. d) I, II e III, apenas. O H+ Éster utilizado como
+ + H 2O

O
flavorizante de maçã
b) I e III, apenas. e) I, II, III e IV. HO

BO O
SC
OH
c) II e III, apenas.

M IV
O S
9. UECE – Ao reagir ácido carboxílico com álcool, obtém-se Marque a alternativa que apresenta a estrutura do éster
D LU
éster. As essências artificiais de flores e frutas são éste-
res que apresentam valores baixos de massa molecular.
obtido na reação anterior.
O C
Assinale a opção que representa a obtenção do butanoato O
N X

de etila, essência artificial de morango.


SI O E

a) CH3–(CH2)3–COOH + C2H5OH →
→ CH3–(CH2)3–COOCH2–CH3 + H2O a) O
EN S

b) CH3–(CH2)2–COH + C2H5OH →
E U

O
→ CH3–(CH2)2–COCH2–CH3 + H2O
D E
A LD

c) CH3–(CH2)2–COOH2 + C2H5OH →
→ CH3–(CH2)2–COOCH2–CH3 + H2O b) O
EM IA

d) CH3–(CH2)2–COOH + C2H5OH →
ST ER

→ CH3–(CH2)2–COOCH2–CH3 + H2O O
SI AT

10. UERJ – Ao abrir uma embalagem de chocolate, pode-se


perceber seu aroma. Esse fato é explicado pela presen- c) O
M

ça de mais de duzentos tipos de compostos voláteis em


sua composição. As fórmulas A, B e C apresentadas a
seguir são exemplos desses compostos. O

A B C

d) O
OH O O

O
H OH

a) Escreva o nome do composto A e a fórmula estrutural e) O


do isômero plano funcional do composto B.
b) Utilizando fórmulas estruturais, escreva, também,
a equação química completa da reação do etanol
com o composto C. Em seguida, nomeie o composto 12. UNIFESP – Alimentos funcionais são alimentos que,
orgânico formado nessa reação. além de suprir as necessidades diárias de carboidratos,
proteínas, vitaminas, lipídios e minerais, contêm subs-
tâncias que ajudam a prevenir doenças e a melhorar
o metabolismo e o sistema imunológico. O quadro a
seguir apresenta dois compostos funcionais investiga-
dos pela ciência.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 110 29/05/2019 17:10


211 – Material do Professor 111

Alimentos Componentes ativos Propriedades

QUÍMICA 3A
OH
HO

O
HO OH
O Ação antioxidante,
Sálvia, uva, soja, O
HO OH antisséptica e
maçã O OH
O O vasoconstritora
HO O
O OH OH
HO OH O
OH
Ácido tânico (tanino)

HO R Ômega-3 (ácido alfa-linolênico)


Sardinha, Redução do
salmão, atum, O colesterol e ação
truta HO anti-inflamatória

O
Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br>. Adaptado.

BO O
SC
M IV
a) Em relação à molécula de tanino, qual é o grupo funcional que une os anéis aromá-
ticos ao anel não aromático e qual é o grupo funcional que confere características

O S
ácidas a esse composto?
D LU
b) Escreva a equação química da reação entre o ácido alfa-linolênico e o metanol.
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

13. UniNassau-SE
ST ER

Em geral, os ésteres – principalmente os de baixa massa molar – apresentam aromas agradáveis,


estando presentes em frutas e flores. A figura a seguir apresenta alguns exemplos de ésteres e
SI AT

seus respectivos aromas.


M

Nome Fórmula estrutural Aroma


O
Etanoato de etila Maçã
O

O
Etanoato de octila Laranja
O

O
Butanoato de etila Abacaxi
O

O
Etanoato de 3-metil-butila Banana
O

Esses compostos possuem uma importante aplicação na indústria como flavorizantes, ou


seja, substâncias que, quando adicionadas em pequena quantidade aos alimentos, confe-
rem-lhes características degustativas e olfativas.
COSTA, T. S. et al. Confirmando a esterificação de Fischer por meio de aromas.
Química nova na escola, n. 19. p. 36-8, maio 2004.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 111 29/05/2019 17:10


112 212 – Material do Professor

Os ésteres podem ser obtidos em laboratório, por meio Clorantraniliprole


QUÍMICA 3A

de reações de esterificação. Os reagentes necessários Br


para a produção do éster com o aroma de maçã são C,
N
a) etanol e etanal.
N
b) ácido etanoico e etanol.
c) metoxietano e metanol. N
H
d) ácido etanoico e metanol. O N O
e) ácido metanoico e propanol. H 3C CH3
N
14. Fuvest-SP – Pequenas mudanças na estrutura molecu-
H
lar das substâncias podem produzir grandes mudanças
em seu odor. São apresentadas as fórmulas estruturais
de dois compostos utilizados para preparar aromatizan- C,
tes empregados na indústria de alimentos. Acetocloro

O O CH3

C, O
N CH3
HO OH
CH3CH2 CH3

Álcool isoamílico Álcool butírico

O
Esses compostos podem sofrer as seguintes trans-

BO O
Acifluorfema

SC
formações.

M IV
O
I. O álcool isoamílico pode ser transformado em um

O S
C OH
éster que apresenta odor de banana. Esse éster
D LU
pode ser hidrolisado com uma solução aquosa de
ácido sulfúrico, liberando odor de vinagre.
O C
F3C O NO2
II. O ácido butírico tem odor de manteiga rançosa. Po-
N X

rém, ao reagir com etanol, transforma-se em um


SI O E

composto que apresenta odor de abacaxi. C,

a) Escreva a fórmula estrutural do composto com odor a) Apenas os herbicidas acetocloro e acifluorfema apre-
EN S

de banana e a do composto com odor de abacaxi. sentam anéis aromáticos.


E U

b) Escreva a equação química que representa a transfor- b) Os herbicidas clorantraniliprole e o acifluorfema são
D E

mação em que houve liberação de odor de vinagre. quirais.


A LD

c) A função amida está presente apenas no clorantrani-


liprole.
EM IA

d) O clorantraniliprole e o acifl uorfema apresentam


função éter.
ST ER

e) O acifluorfema apresenta um grupo ácido e pode


sofrer reação de esterificação, gerando um éster.
SI AT

16. UNESP – A fórmula representa a estrutura do mirista-


M

to de isopropila, substância amplamente empregada


na preparação de cosméticos, como cremes, loções,
desodorantes e óleos para banho.
O

O
Miristrato de isopropila

Essa substância é obtida pela reação entre ácido mirís-


tico de alta pureza e álcool isopropílico.
Escreva o nome da função orgânica à qual pertence o
miristato de isopropila e as fórmulas estruturais do ácido
mirístico e do álcool isopropílico. Em seguida, utilizando
essas fórmulas, escreva a equação, completa e balancea-
da, da reação pela qual é obtido o miristato de isopropila.
15. Cesmac-AL – Os pesticidas são muito utilizados na agri-
cultura e são planejados para controlar as pragas com
efeitos mínimos sobre as pessoas e o meio ambiente.
Os pesticidas, em geral, são classificados como inseti-
cidas, herbicidas, fungicidas e outros. As estruturas de
três herbicidas são apresentadas a seguir. A respeito
desses compostos, podemos afirmar:

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 112 29/05/2019 17:10


213 – Material do Professor 113

QUÍMICA 3A
CH3
H+ O
+ H2O
OH

Analisando a reação, bem como seus reagentes e pro-


dutos, é incorreto afirmar:

a) A nomenclatura oficial para o salicilato de metila é


2-hidroxibenzoato de metila.
17. UDESC – O salicilato de metila é uma substância pre-
sente em muitos óleos essenciais, por exemplo, no de b) A obtenção do salicilato de metila ocorre pela reação
de esterificação com liberação de uma molécula de
gaultéria (Gaultheria procumbens). O salicilato é utiliza-
água.
do como aromatizante e analgésico, também podendo
ser obtido, em laboratório, pela reação a seguir. c) As moléculas do salicilato de metila são polares e
podem realizar ligações de hidrogênio entre si.
O d) Os reagentes da reação são ácido 2-hidroxibenzoico
H+ e metanol, sendo empregado também um ácido
OH + H CH3 como catalisador.
O
e) Para deslocar o equilíbrio da reação no sentido dos
OH
produtos, pode-se usar em excesso um dos reagentes.

O
BO O
SC
ESTUDO PARA O ENEM

M IV
O S
18. IFMT C7-H24 O ácido carboxílico presente em maior quantidade na
D LU
Os ésteres são muito usados pelas indústrias alimentí-
amostra analisada é o
O C
cias de cosméticos e de produtos de higiene pessoal e a) butanoico.
N X

limpeza. Eles são encontrados na natureza, nas frutas b) octanoico.


SI O E

e nas flores, na forma de líquidos voláteis com os seus


c) decanoico.
cheiros característicos. O etanoato de octila, por exemplo,
apresenta aroma de laranja. Considerando que os ésteres d) dodecanoico.
EN S

são formados por meio de reações que ocorrem entre um e) hexanoico.


E U

ácido carboxílico e um álcool, com eliminação de água,


denominadas de reações de esterificação, os compostos
D E

20. Unifor-CE C7-H24


responsáveis pela formação do etanoato de octila são
A LD

Os ésteres são compostos orgânicos que apresentam


a) ácido etanoico e etanol.
o grupo funcional R’COOR’’, sendo empregados como
EM IA

b) ácido pentanoico e etanol. aditivos de alimentos e conferindo sabor e aromas ar-


c) ácido etanoico e o octanol.
ST ER

tificiais aos produtos industrializados, ao imitar o sabor


d) ácido etanoico e heptanol. de frutas em sucos, chicletes e balas. Os compostos
SI AT

e) ácido butanoico e butanol. orgânicos que podem reagir para produzir o seguinte
éster, por meio de uma reação de esterificação, são,
C5-H17
M

19. UFPR respectivamente,


Um dos parâmetros que caracteriza a qualidade de
O
manteigas industriais é o teor de ácidos carboxílicos
presentes, o qual pode ser determinado de maneira
indireta, pela reação desses ácidos com etanol, levando
aos ésteres correspondentes. Uma amostra de mantei- H3C O CH3
ga foi submetida a essa análise, e a porcentagem dos
ésteres produzidos foi quantificada, estando o resultado
ilustrado no diagrama a seguir. Éster que apresenta aroma de abacaxi

Composição de ésteres formados a) ácido benzoico e etanol.


b) ácido butanoico e etanol.
C12H24O2
c) ácido etanoico e butanol.
C10H20O2 d) ácido metanoico e butanol.
C8H16O2 e) ácido etanoico e etanol.
C6H12O2

C14H28O2

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 113 29/05/2019 17:10


114 214 – Material do Professor

24 REAÇÕES DE SAPONIFICAÇÃO
QUÍMICA 3A

E TRANSESTERIFICAÇÃO

• Reação de transesterifi-
JIM BARBER/SHUTTERSTOCK

cação
• Reação de saponificação

HABILIDADES
• Compreender os reagentes
e os produtos de uma rea-

O
BO O
ção de transesterificação.

SC
M IV
• Compreender os reagentes

STABLE/SHUTTERSTOCK
O S
e os produtos de uma
reação de saponificação.
• Diferenciar quando irá
D LU
O C
ocorrer uma reação de
N X

transesterificação e
SI O E

quando irá ocorrer uma


saponificação.
EN S

• Entender as propriedades
E U

do sabão.
D E
A LD
EM IA

O biodiesel é produzido por sementes oleaginosas. Já o sabão é produzido pelo óleo vegetal na presença de
ST ER

bases fortes.
SI AT

Após a Revolução Industrial, o homem precisou de uma grande demanda de


energia, o que fez surgir a necessidade de obtenção de novas fontes de energia
M

para a substituição do petróleo. No Brasil, na década de 1970, visando à diminuição


do uso da gasolina como principal combustível automotivo, o etanol começou a ser
misturado a esse combustível fóssil. Anos depois, já nos anos 2000, com o avanço
nas pesquisas sobre fontes limpas de energia, o Brasil começou a comercializar o
biodiesel, obtido por meio da reação de transesterificação alcalina. Outra reação
de extrema importância é a saponificação, realizada comumente em casa para a
síntese do sabão. O interessante dessa reação praticada em casa é que o sabão é
produzido pelo óleo vegetal já utilizado, ou seja, ele está sendo reaproveitado em
vez de poluir o meio ambiente.

Reações de transesterificação
A reação de transesterificação possibilita a obtenção de um éster por meio de
outro éster, conforme o esquema a seguir.

O O
R C + R’’ OH R C + R’ OH
O R’ O R’’
R, R’ e R’’ podem ser uma infinidade de grupos químicos

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 114 29/05/2019 17:10


215 – Material do Professor 115

Essa reação química permite a transformação de óleos ou gorduras, de origem


vegetal ou animal, com álcoois de cadeia curta em biodiesel, sendo a principal rota

QUÍMICA 3A
de obtenção utilizada industrialmente, em nosso país e no mundo, a transesterifi-
cação de triacilglicerídeos.
A transesterificação pode ocorrer tanto em meio ácido como em meio básico. No
entanto, a catálise alcalina (com hidróxido de sódio, ou potássio, ou o correspondente
alcóxido) é muito mais rápida que a ácida.

O TRANSESTERIFICAÇÃO
− +
R C O CH2
O O HO CH2
− +
R C O CH2 + 3 HO CH2 CH3 3R C O CH2 CH3 + HO CH
O
BIODIESEL HO CH2
R C O CH2
TRI-ACIL-GLICEROL

Reações de saponificação

O
BO O
A hidrólise de um éster pode ocorrer na presença de base forte, como o NaOH(aq),

SC
M IV
formando álcool e sal do ácido carboxílico correspondente, reação denominada

O S
saponificação. A quebra de moléculas de triglicerídeos por meio do tratamento
D LU
com soluções alcalinas concentradas e a quente resulta na liberação do glicerol e
na formação de sais de ácidos graxos, que são os sabões.
O C
N X
SI O E

O O
EN S

R1 C O CH2 HO CH2 R1 C O Na+


O O
E U

R2 C O CH + 3 NaOH H2O HO CH + R2 C O Na+


D E

O Soda cáustica Δ O
A LD

R3 C O CH2 HO CH2 R3 C O Na+


Glicerol Sabão
EM IA

Glicerídeo (éster graxo)


ST ER
SI AT

Exemplo
M

O
− +
C15H31 C O CH2 HO CH2
O O
+ − H2O − +
C15H31 C O CH + 3 Na OH 3 C15H31 C O Na + HO CH
Δ
O Hidróxido de Palmitato de sódio
sódio
C15H31 C O CH2 HO CH2
SABÃO
Glicerol
Tripalmitato de
glicerila

Os sabões formados com os metais Na e K são solúveis, ao contrário dos sabões


formados pelos metais Ca e Mg.
O subproduto da formação do sabão é a glicerina (glicerol), bastante aproveitada
na fabricação de cosméticos, como sabonetes e cremes, e na indústria alimentícia.

AÇÃO DE SABÕES E DETERGENTES


Os sabões são moléculas com caráter anfótero, ou seja, conseguem interagir
tanto com gorduras, pela cadeia apolar, quanto com água, por meio da parte iônica.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 115 29/05/2019 17:10


116 216 – Material do Professor

O
QUÍMICA 3A

H3C C –+
CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 ONa
CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2

ba)
idrófo Parte p
e a p olar (h gordura. Interag
olar (hid
rófila)
Part om a e com
age c a água
Inter .

Observações
a) Os sabões diminuem a tensão superficial da água, de modo que esta possa
interagir melhor com os materiais, por isso são chamados de tensoativos, ou seja,
abaixam a tensão superficial de um líquido.
b) Os sabões concentram as partículas de óleo ou gordura em micelas,
que se mantêm dispersas na água, por isso são chamados de emulsificantes
ou surfactantes.

O
c) Micela é uma gotícula microscópica de gordura envolvida por moléculas de

BO O
SC
sabão, orientadas com a cadeia apolar para dentro e a cadeia polar para fora, de tal

M IV
forma que haja interação com as moléculas de água.

O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U

Óleo
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT

Água
M

d) Os detergentes diferem-se dos sabões na parte estrutural das moléculas, uma


vez que os sabões são formados por sais de ácidos graxos, enquanto os detergentes
são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa.

O−Na+

Sabão


SO3Na+

Detergente

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 116 29/05/2019 17:10


217 – Material do Professor 117

EXERCÍCIO RESOLVIDO

QUÍMICA 3A
1. Fuvest-SP – Os componentes principais dos óleos vegetais são os triglicerídeos, que
possuem a seguinte fórmula genérica:
O

H 2C O C R

HC O C R’

H 2C O C R’’

Nessa fórmula, os grupos R, R’ e R” representam longas cadeias de carbono, com ou sem


duplas-ligações. Por meio de óleos vegetais, podemos preparar sabão ou biodiesel, por
hidrólise alcalina ou transesterificação, respectivamente. Para preparar sabão, tratam-se
os triglicerídeos com hidróxido de sódio aquoso e, para preparar biodiesel, com metanol
ou etanol.

O
a) Escreva a equação química que representa a transformação de triglicerídeos

BO O
SC
em sabão.

M IV
b) Escreva uma equação química que representa a transformação de triglicerídeos

O S
em biodiesel.
Resolução D LU
O C
a)
N X
SI O E

H 2C O C R Na OH
O
EN S
E U

HC O C R’ + Na OH
D E

O
A LD

H 2C O C R’’ Na OH
EM IA

H 2C OH
ST ER

O O O

HC OH + R C + R’ C + R’’ C
SI AT

ONa ONa ONa


M

H2C OH
Glicerina Sabão Sabão Sabão

b)

O
H2C O C R H3C OH H2C OH
O O
HC O C R + H3C OH 3 H3C O C R + HC OH
O “Biodiesel”

H2C O C R H3C OH H2C OH


Glicerídeo Metanol Glicerina

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 117 29/05/2019 17:11


118 218 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 3A

Reação de transesterificação
e saponificaçao

Transesterificação Saponificação

O
BO O
Éster 1 1 Ácool 1 → Biodiesel Hidrólise alcalina de ácido graxo

SC
M IV
O S
→ Éster 2 1 Álcool 2
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U

Triglicerídeo 1 Álcool → Triglicerídeo 1 Base forte →


D E
A LD

→ Biodiesel 1 Glicerina → Sabão 1 Glicerol


EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 118 29/05/2019 17:11


219 – Material do Professor 119

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 3A
1. Unifor-CE – Os ácidos graxos podem ser usados para a produção de sabão por meio
de uma reação conhecida como saponificação. Considerando a estrutura química de
um ácido graxo, pode-se afirmar exceto que

H3C OH Ácido graxo

a) a reação com a base hidróxido de sódio forma um sal.


b) a cadeia saturada não apresenta dupla-ligação.
c) apresenta cadeia polar e grupo carboxila apolar.
d) a ocorrência de dupla-ligação gera isômeros geométricos.
e) apresenta grupos hidrofóbico e hidrofílico.
O ácido graxo, em questão, apresenta cadeia apolar e grupo carboxila polar.
Grupo
carboxila
polar
Cadeia carbônica apolar
O

O
BO O
H3C OH

SC
M IV
O S
Ácido graxo

D LU
O C
2. PUC-RJ – Na transesterificação representada a seguir, 1 mol da substância I reage
com 1 mol de etanol na presença de um catalisador (cat), gerando 1 mol do produto
N X

III e 1 mol do produto IV.


SI O E

O
cat
EN S

+ Etanol III + IV
E U

O Álcool
II
I
D E
A LD

Considerando-se os reagentes, o produto III e o produto IV (que pertence à função


orgânica álcool), responda ao que se pede.
EM IA

a) Represente a estrutura do produto III, utilizando notação em bastão.


ST ER

b) Dê o nome do produto IV, segundo as regras de nomenclatura da IUPAC.


c) Escreva a fórmula molecular da substância I.
SI AT

a) Estrutura do produto III em bastão:


M

O O
cat
+ OH + OH
O II O IV
I III

b) O nome do produto IV: metanol (ou álcool metílico)

c) Fórmula molecular da substância I: C8H8O2

3. UFS-SE C7-H24
Aquecendo uma mistura de gordura com solução de soda cáustica, ocorre saponificação,
na qual se formam, como produtos,
a) sais de ácidos graxos e proteínas.
b) ácidos graxos e etanol.
c) ácidos graxos e propanol.
d) proteínas e glicerol.
e) sais de ácidos graxos e glicerol.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 119 29/05/2019 17:11


120 220 – Material do Professor

Aquecendo-se gordura, em presença de uma base, realiza-se uma reação O sabão possui em sua molécula uma cadeia orgânica apolar e uma
QUÍMICA 3A

química que produz sabão. Essa reação de hidrólise básica de um triéster extremidade polar. A cadeia apolar mistura-se com a gordura por meio
de ácidos graxos e glicerol é chamada de saponificação. de interações de Van der Waals, já a parte polar da cadeia interage com
a água por ligações de hidrogênio, formando um sistema água-sabão-
O -gordura, chamado de micela, que permite que a água remova a gordura.
H2C O C
C17H15
O O 5. Unievangélica-GO ( adaptado) – O biodiesel é um
HC O C + 3 NaOH(aq) 3 C17H35C + CH2 CH CH2 combustível renovável, obtido por meio de óleos e gor-
duras. Pesquisadores de universidades e institutos têm
C17H15 O−Na+ OH OH OH estudado fontes de biodiesel, como o óleo de fritura,
O o lixo e até o esgoto, com o objetivo de desenvolver
Sabão Glicerol
H2C O C tecnologias mais simples e baratas. O biodiesel é obtido
C17H35 por uma reação de transesterificação. Represente de
forma simplificada a equação química para a obtenção
Triesterato de glicerina do biodiesel.
(gordura animal)

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em O O


situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
tífico-tecnológicas. R1 C O CH2 R1 C O C2H5
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar O cat
O
materiais, substâncias ou transformações químicas. + 3 C2H5OH + C3H8O3
R2 C O CH R2 C O C2H5
O O

R3 C O CH2 R3 C O C2H5

O
4. UEG-GO – A remoção de gordura em utensílios do-

BO O
mésticos é feita por ação mecânica, entretanto a ação

SC
Triacilglicerol Etanol Biodiesel Glicerol

M IV
dos sabões facilita o processo de remoção de sujeiras
gordurosas. Um exemplo de uma molécula de sabão

O S
é o dodecanoato de sódio, cuja estrutura química está 6. PUC-RJ – Aquecer uma gordura na presença de uma
mostrada a seguir. D LU base consiste em um método tradicional de obtenção
de sabão (sal de ácido graxo), chamado de saponificação.
O C
O−Na+
N X

Entre as opções, a estrutura que representa um sabão é


SI O E

a) KNO3
O
EN S

O papel do sabão no processo de limpeza ocorre de- b) SO3H


E U

vido à
D E

a) interação de Van der Waals da parte apolar e à ligação c) CH3 – (CH2)16 – COO–Na1
de hidrogênio da parte polar de sua molécula, respec-
A LD

tivamente, com a gordura e a água. d) CH3 – (CH2)16 – COOH


b) redução do pH do meio, possibilitando a solubilização e) CH3 – (CH2)12 – NH2
EM IA

da gordura na água.
ST ER

c) diminuição da densidade da água, facilitando a precipi- Um sabão é um sal derivado de um ácido graxo de cadeia longa (maior
tação das moléculas de gordura, que serão removidas do que 10 carbonos) e de uma base forte (NaOH). A fórmula que melhor
SI AT

se encaixa nessa descrição é: CH3 – (CH2)16 – COO–Na1.


por centrifugação.
d) tensão superficial da água que é elevada e que pos-
M

sibilita a formação de espuma que remove a sujeira.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Unicamp-SP – Recentemente, encontrou-se um ver- de diesel de petróleo, denominada B2. Em janeiro de
dadeiro fatberg, um iceberg de gordura com cerca de 2013, essa obrigatoriedade passou para 5% (B5). Esse
15 toneladas, nas tubulações de esgoto de uma região biocombustível é substituto do óleo diesel, que é um
de Londres. Esse fatberg, resultado do descarte inade- combustível fóssil, obtido da destilação fracionada do
quado de gorduras e óleo usados em frituras, poderia petróleo. O procedimento normalmente utilizado para
ser reaproveitado na produção de obtenção do biocombustível é através da transesterifi-
a) sabão, por hidrólise em meio salino. cação catalítica entre um óleo vegetal e álcool de cadeia
b) biodiesel, por transesterificação em meio básico. curta, sendo obtidos ésteres graxos, como pode ser
representado pela equação química a seguir.
c) sabão, por transesterificação em meio salino.
d) biodiesel, por hidrólise em meio básico. O
H2C O C C17H35
8. UEPB (adaptado) – Uma das alternativas viáveis ao O H2C OH
O
Brasil para o uso de fontes renováveis de energia e
HC O C C17H35 + CH3OH HC OH + C17H35 C OCH3
com menor impacto ambiental é o biodiesel. No Brasil, O
foi instituída a Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005, que
H2C O C C17H35 H2C OH
obriga, desde 2008, em todo o território nacional, o uso
de uma mistura em volume de 2% de biodiesel e 98%

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 120 29/05/2019 17:11


221 – Material do Professor 121

O
H2C O C C17H35
O H2C OH

QUÍMICA 3A
O
HC O C C17H35 + CH3OH HC OH + C17H35 C OCH3
O
H2C O C C17H35 H2C OH

Considerando que a produção de biodiesel pela transes-


terificação deve ser conduzida por meio de uma reação
que obedeça à lei das proporções definidas, isto é, que
sejam obedecidas as relações molares entre os reagen-
tes e produtos, quais são os coeficientes estequiomé-
tricos da equação apresentada no texto?

9. Unifor-CE – Se fôssemos usar somente água para re-


mover certos tipos de sujeira, por exemplo, manchas de
óleos ou gorduras, certamente a limpeza não seria tão
eficiente. No entanto, os sabões e detergentes apre-
sentam melhor eficiência na limpeza porque possuem

O
substâncias cujas estruturas apresentam

BO O
SC
a) grupos apolares que se ligam à sujeira (óleo), facili-

M IV
tando sua remoção.

O S
b) grupos polares que se ligam à sujeira (óleo), facilitan-
do sua remoção. D LU
c) grupos polares capazes de reagirem com a água e
O C
apolares que se ligam à sujeira, facilitando sua re-
N X

moção.
SI O E

d) grupos apolares capazes de reagirem com a água e


polares que se ligam à sujeira (óleo), facilitando sua 11. FCM-MG – Sabões são sais de ácidos graxos, como o
EN S

remoção.
estearato de sódio – C17H35COONa –, ao passo que deter-
E U

e) grupos iônicos, nas extremidades, capazes de reagi- gentes são sais de sódio de álcoois sulfatados de longa
rem com a água e a sujeira, facilitando sua remoção.
D E

cadeia, como o lauril sulfato de sódio – C11H23CH2OSO3Na.


A LD

A água dura, que contém cátions cálcio e magnésio,


10. UEM-PR – Assinale a(s) alternativa(s) que apresenta(m)
reage com o sabão, formando sabões insolúveis. Entre-
uma correta descrição de membranas plasmáticas ce-
tanto, forma sais solúveis com os detergentes.
EM IA

lulares e de sabões ou detergentes.


01) A constituição química da membrana plasmática Analisando essas informações e utilizando seus conhe-
ST ER

é glicoproteica, ou seja, é formada de glicídios e cimentos, não podemos afirmar:


proteínas.
SI AT

a) Detergentes e sabões contêm uma parte polar (hi-


02) Sabão é um sal de ácido graxo de cadeia carbônica drófila) e uma parte apolar (hidrofóbica).
curta, sendo o ácido graxo proveniente de óleos ou
M

b) Em água dura, há necessidade de mais sabão para se


gorduras.
produzir espuma do que em água de menor dureza.
04) O subproduto da reação de saponificação de ácidos
graxos é a glicerina, que, se mantida no sabão, tem c) Estearato de sódio é um sabão proveniente da sa-
ação umectante da pele. ponificação de um óleo, ou seja, de um ácido graxo
insaturado.
08) A membrana plasmática celular é similar ao sabão
em solução aquosa, pois ambos têm uma região d) Lauril sulfato de sódio pode ser preparado a partir
hidrofílica, que possui boa interação com a água, e de um álcool de 12 carbonos com ácido sulfúrico,
uma região hidrofóbica, que possui boa interação seguido de uma neutralização com hidróxido de sódio.
com óleos e gorduras.
16) A formação de micelas de detergentes dissolvidos 12. UEM-PR – O biodiesel é um combustível substituto de
em água, com gotículas de óleos ou gorduras, é combustíveis fósseis, obtido por meio da modificação
chamada emulsificação. estrutural de óleos e gorduras (triacilgliceróis). Sua pro-
dução é promissora, do ponto de vista ambiental, pois os
Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s).
óleos e as gorduras são considerados fontes renováveis
de matéria-prima, uma vez que são encontrados em
plantas e animais. O outro reagente principal da obten-
ção do biodiesel pode ser o etanol, combustível cuja
produção é muito eficiente no Brasil e que também é
extraído de fonte renovável, a cana-de-açúcar. Utilizando
o texto e o esquema dado na sequência, que representa
genericamente a reação química de obtenção do biodie-
sel, assinale o que for correto.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 121 29/05/2019 17:11


122 222 – Material do Professor

13. Unievangélica-GO – O óleo de cozinha utilizado em fri-


O
QUÍMICA 3A

+
cat turas, se lançado nos rios e lagos, pode ser catastrófico
R C HO R’’
O R’
ao ambiente, levando à morte da fauna aquática. Uma
alternativa para solucionar esse problema ecológico é
(A) (B) reciclar óleo de cozinha na obtenção caseira de sabão.

O
Na fabricação doméstica de sabão, um dos reagentes
cat
R C
empregados é o
+ HO R’
O R’’ a) hidróxido de sódio.
(C) (D) b) cloreto de sódio.
c) acetado de sódio.
01) O reagente B representa o etanol se R’’ for d) sulfato de sódio.
( –– CH2–– CH3), ou seja, uma cadeia constituída de
dois carbonos unidos por uma ligação sigma. 14. UFU-MG – Óleos de frituras podem ser utilizados para
02) A reação química esquematizada pode ser chamada produção de biodieseis que são resultado de reações de
de transesterificação. transesterificação – processo de obtenção de um éster
04) Se o reagente A for o palmitato de metila e o rea- por meio de outro éster com álcool e em presença de
gente B for o etanol, o produto C será chamado catalisadores. Por meio dessas reações, é possível obter
palmitato de etila. a glicerina, que possui alto valor agregado.
08) Em condições ambiente, a diferença física entre Sobre essas reações, faça o que se pede.
óleos (geralmente líquidos) e gorduras (geralmente a) Explique a função do catalisador na reação de tran-
sólidas) está justificada pela quantidade de insatura- sesterificação.

O
ções presentes em suas estruturas. Assim, quanto

BO O
maior o número de insaturações na cadeia, maior a b) Apresente duas vantagens ambientais da produção

SC
dos biodieseis.

M IV
tendência de a espécie ser uma gordura.
16) Se o reagente B for substituído por NaOH, o produto c) Escreva genericamente uma equação de transes-

O S
C será um sabão. terificação de um éster com álcool na presença de
Dê a soma dos itens corretos. D LU catalisador ácido.
O C
d) Apresente uma possível utilização da glicerina que
N X

possa ser relacionada às suas propriedades químicas.


SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 122 29/05/2019 17:11


223 – Material do Professor 123

15. UNCISAL b) Considere que a fórmula estrutural do triglicerídeo

QUÍMICA 3A
Quando se utilizam sabões/detergentes biodegradáveis contido no óleo de soja é a mostrada a seguir.
em processos de lavagem industrial ou doméstico, estes H O
podem chegar aos lagos e rios através do sistema de es-
goto. Nesse caso, os resíduos são degradados pela ação H C O C C17H31
de micro-organismos que produzem enzimas capazes
O
de deteriorar moléculas de cadeias carbônicas lineares.
Porém, essas enzimas não reconhecem moléculas de ca-
H C O C C17H31
deias ramificadas.
SPIRO, T.G. e STIGLIANI, W.M. Química ambiental. São Paulo: O
Pearson, 2009. Adaptado.
H C O C C17H31
Considerando os benefícios ao ambiente, qual composto
pode ser classificado como biodegradável?
H

a) O Escreva a fórmula estrutural do biodiesel formado.


c) Se, na primeira etapa desse procedimento, a solução
O−
de KOH em etanol fosse substituída por um excesso
de solução de KOH em água, que produtos se forma-
riam? Responda, completando o esquema a seguir,
b) SO3− com as fórmulas estruturais dos dois compostos que
se formariam e balanceando a equação química.

O
H O

BO O
SC
c)

M IV
O H
O H C O C C17H31
10

O S
O
D LU +
O C
H C O C C17H31 KOH(aq)
O
N X

d) O
N+
SI O E

O−
H C O C C17H31
EN S

O
E U

H
e)
O OH
D E

OH
A LD

16. Fuvest-SP – A preparação de um biodiesel, em uma aula


EM IA

experimental, foi feita utilizando-se etanol, KOH e óleo


ST ER

de soja, que é constituído principalmente por triglicerí- +


deos. A reação que ocorre nessa preparação de biodiesel
SI AT

é chamada transesterificação, em que um éster reage


com um álcool, obtendo-se outro éster. Na reação feita
M

nessa aula, o KOH foi utilizado como catalisador.


O procedimento foi o seguinte.
1a etapa: adicionou-se 1,5 g de KOH a
Dado: solubilidade do KOH em etanol a
35 mL de etanol, agitando-se continua- 25 ºC 5 40 g em 100 mL
mente a mistura.
2 a etapa: em um erlenmeyer, foram
colocados 100 mL de óleo de soja,
aquecendo-se em banho-maria, a uma
temperatura de 45 ºC. Adicionou-se a
esse óleo de soja a solução de catalisa-
dor, agitando-se por mais 20 minutos.
3a etapa: transferiu-se a mistura for-
mada para um funil de separação e
esperou-se a separação das fases, con-
forme representado na figura ao lado.
a) Toda a quantidade de KOH, empregada no procedi-
mento descrito, dissolveu-se no volume de etanol
empregado na primeira etapa? Explique sua resposta
mostrando os cálculos.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 123 29/05/2019 17:11


124 224 – Material do Professor

H3CCH2(C5O)OCH2CH3 1 NaOH →
QUÍMICA 3A

→ H3CCH2(C5O)ONa 1 CH3CH2OH

Com base na relação apresentada e a respeito das


propriedades químicas dos detergentes e sabões e
das características das ligações químicas, assinale a
alternativa correta.
a) O propanoato de sódio, H3CCH2(C5O)ONa, em solu-
ção, apresenta um ânion com caráter anfifílico. Isso
ocorre porque ele possui uma região negativamente
carregada, isto é, fortemente polar, e outra de cará-
ter alifático, ou seja, mais apolar.
b) A substância H3CCH2(C5O)OCH2CH3 é uma cetona.
c) Sabões e detergentes são substâncias anfipróticas
e, por isso, apresentam o respectivo caráter emul-
sificante.
17. UCB-RJ – Os sabões e detergentes são espécies quí- d) O acetato de sódio, H3C(C5O)ONa, é uma substân-
micas presentes nos lares, nas empresas e na indús- cia molecular que possui, na respectiva carbonila,
tria. Essas substâncias têm características especiais C5O, ligações sigma e pi.
que fazem com que sejam úteis em ação tensoativa e) A substância H3CCH2(C5O)ONa é um alquilbenze-
e emulsificante. nossulfonato.

O
BO O
SC
M IV
ESTUDO PARA O ENEM

O S
18. IFBA D LU C7-H24
19. Enem C7-H24
O C
Os tensoativos são compostos capazes de interagir com
A indústria têxtil e algumas startups têm preparado in-
N X

substâncias polares e apolares. A parte iônica dos ten-


venções para facilitar a vida e têm investido na nano-
SI O E

soativos interage com substâncias polares, e a parte


tecnologia. Já inventaram de tudo… o tecido que não lipofílica interage com as apolares. A estrutura orgânica
amassa e resiste à sujeira, a camisa que não cheira mal de um tensoativo pode ser representada por:
EN S

mesmo depois de um longo e suarento dia de trabalho


E U

(tecido de algodão recoberto com nanopartículas de pra- O Fórmula


ta, que matam os micróbios e combatem o cheiro de CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 C estrutural do
D E

tensoativo
suor) etc. A camisa que não mancha (não importa o que
A LD

H3C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 O


você derrame sobre ela – água, refrigerante, ou mes-
mo ketchup –, o produto simplesmente rola para longe
EM IA

da roupa), inventada pelo estudante de São Francisco Represen-


tação
ST ER

(EUA) Aamir Patel, é feita de um material com milhares esquemática


de milhões de partículas de sílica ligadas às fibras a um
SI AT

nível microscópico. Geralmente, esse tipo de camisa


é feito com nanotecnologia hidrofóbica. Isso significa Ao adicionar um tensoativo sobre a água, suas molécu-
las formam um arranjo ordenado.
M

que não importa o que você espirre nela, ela nunca vai
ficar manchada. Esse arranjo é representado esquematicamente por
O processo de limpeza dessa camisa ocorre devido à a)
interação da fibra do tecido com as moléculas do sabão.
Esse tipo de limpeza resulta da ação química desses
produtos, dado que suas moléculas possuem
a) uma parte com carga, que se liga à sujeira, cujas Nível
moléculas são polares; e uma parte apolar, que se da água
liga à água, cuja molécula é apolar.
b) uma parte apolar, que se liga à sujeira, cujas molécu-
las são apolares; e uma parte com carga, que se liga
à água, cuja molécula é polar. b)
c) uma parte apolar, que se liga à sujeira, cujas molécu-
las são polares; e uma parte com carga, que se liga
à água, cuja molécula é apolar.
Nível
d) uma parte com carga, que se liga à sujeira, cujas da água
moléculas são apolares; e uma parte apolar, que se
liga à água, cuja molécula é polar.
e) baixa interação, já que a camisa possui propriedade
hidrofóbica, ou seja, nunca será possível lavá-la.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 124 29/05/2019 17:11


225 – Material do Professor 125

c) 20. Enem C7-H24

QUÍMICA 3A
Um dos métodos de produção de biodiesel envolve a
transesterificação do óleo de soja utilizando metanol em
meio básico (NaOH ou KOH), que precisa ser realizada
Nível
na ausência de água. A figura mostra o esquema rea-
da água
cional da produção de biodiesel, em que R representa
as diferentes cadeias hidrocarbônicas dos ésteres de
ácidos graxos.

O O
d) O
R1 O O R3 base
+ 3 H3COH +
O R2 calor R1 OCH3

Nível O
da água O O
+ + + HO OH
R2 OCH3 R3 OCH3 OH

A ausência de água no meio reacional faz-se necessária


para
e)
a) manter o meio reacional no estado sólido.
b) manter a elevada concentração do meio reacional.

O
c) manter constante o volume de óleo no meio reacional.

BO O
Nível

SC
d) evitar a diminuição da temperatura da mistura rea-

M IV
da água
cional.

O S
e) evitar a hidrólise dos ésteres no meio reacional e a
D LU formação de sabão.
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 125 29/05/2019 17:11


126 226 – Material do Professor

25
QUÍMICA 3A

POLÍMEROS DE ADIÇÃO

TRETER/SHUTTERSTOCK
• Polímeros
• Reação de polimerização
por adição
• Tipos de polímeros de
adição
• Vulcanização da borracha

O
BO O
SC
HABILIDADES

M IV
• Reconhecer alguns dos

O S
polímeros de adição mais
importantes – como PVC,
polipropileno, poliestireno,
D LU
O C
teflon e PVA –, assim
N X

como algumas de suas


SI O E

aplicações.
• Reconhecer a estrutura quí-
EN S

mica da borracha e saber


E U

qual a diferença entre ela, Botões escolares.


D E

a guta-percha e a ebonite.
A LD

• Compreender o porquê de
a vulcanização melhorar as O plástico produzido por meio da caseína e do formaldeído tem o nome de
EM IA

propriedades da borracha. galalite, tendo sido, durante muitos anos, um substituto sintético (de preço muito
ST ER

mais baixo) para produtos feitos originalmente de marfim, carapaça de tartaruga,


osso etc. O processo de polimerização que deu origem à galalite foi descoberto na
SI AT

Alemanha, nos finais do século XIX, chegando a ser produzida em grande escala em
países como a França. Foi substituída por plásticos derivados do petróleo a partir
M

de meados do século XX. Para essa substituição, a galalite pode ser pigmentada,
durante a sua fabricação, de forma a imitar esses materiais.

Polímeros
O termo polímero significa muitas partes e é aplicado a materiais constituí-
dos por moléculas grandes, com até centenas de milhares de átomos. Essas
moléculas são formadas por repetição de unidades menores, os monômeros.
Estes, por reações de polimerização, ligam-se covalentemente uns aos outros,
formando os polímeros.

A +
 +
A … → [−A − A − A − A −]
+ A +
A 
 
Monômeros Polímero

nA → (A)n

O número de unidades de monômero repetidas na cadeia de uma macromolécula


é chamado grau de polimerização.
As macromoléculas dos polímeros apresentam massa molecular que vão de
1 000 u a 15 000 u, podendo atingir, nos altos-polímeros, valores da ordem de 106 u.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 126 29/05/2019 17:11


227 – Material do Professor 127

POLÍMEROS DE ADIÇÃO
A reação de adição ocorre com a soma sucessiva

QUÍMICA 3A
de monômeros para gerar o polímero. Os monômeros
capazes de sofrer reação de adição devem apresentar 2
ao menos uma dupla-ligação entre carbonos, ocorrendo
durante a reação a ruptura da ligação p como mostrado PEAD
a seguir.
H H H H H H H H

C C C C C C C C
H H H H H H H H H H
H H
cat.
n C C C C
P, Δ • Polietileno de cadeia ramificada
H H
H H n É um polímero formado por moléculas menores
e ramificadas, onde não há tanta interação entre
as cadeias, fazendo com que o polímero obtenha
uma estrutura menos compacta, daí o nome de
As reações de polimerização sofrem influência de polímero de baixa densidade (PEBD ou LDPE –
temperatura, pressão e catalisador. low desinty polyethylene). É utilizado, por exem-
A seguir, são mostrados alguns polímeros de adição plo, na fabricação de sacos de lixos e sacolas de
e suas utilidades.

O
supermercados.

BO O
SC
M IV
Polietileno

PADU_FOTO/SHUTTERSTOCK
O S
É obtido por meio do monômero etileno (eteno). É
D LU
um dos polímeros mais usados em razão de seu baixo
custo. A seguir, é mostrada a reação de polimerização
O C
para a formação do polietileno.
N X

Embora seja um material versátil, apresenta uma


SI O E

estrutura muito simples, sendo a mais simples de todas


as dos polímeros comerciais.
EN S

É obtido a partir do monômero etileno (eteno). A


E U

seguir, é mostrada a reação de polimerização para a


D E

formação do polietileno. Sacolas plásticas.


A LD
EM IA

H H
H H CH CH2 CH2 CH2 CH CH2
ST ER

cat.
n C C C C
SI AT

P, Δ CH2 CH CH2 CH CH2 CH2 CH


H H
H H
M

Etileno n
Polietileno CH2 CH CH2 CH2 CH2

CH2 CH2 CH2 CH2 CH2


A letra n varia de 2 000 u a 50 000 u.
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
O polietileno pode ser de cadeia reta ou ramificada.

• Polietileno de cadeia reta (PEAD ou HDPE) Policloreto de vinila (PVC)


É um polímero rígido e de alta densidade em É obtido por meio do monômero cloro eteno. A
razão do alto grau de interação de suas molé- seguir, é mostrada a reação de polimerização para a
culas. Esse tipo de polímero é usado em vários formação do policloreto de vinila (PVC).
materiais, como garrafas, recipientes diversos,
tubos, brinquedos, sacolas de supermercados
e outros objetos. Apresenta alta resistência à H H
umidade e ao ataque de substâncias químicas H H

como solventes em geral. Normalmente, na em- cat.


n C C C C
balagem, aparece o seu símbolo de reciclagem, P, Δ
H C
que é o número 2, no interior de um triângulo, H C
Cloro eteno n
formado por setas, e aparece também sua sigla, Policloreto de vinila
PEAD ou HDPE (high density polyethylene).

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 127 29/05/2019 17:11


128 228 – Material do Professor

Apresenta resistência química e térmica em ra- nha e frigideiras, órgãos artificiais, antenas parabólicas,
zão do elevado teor de cloro. Pode ser misturado a válvulas, torneiras etc.
QUÍMICA 3A

plastificantes (PVC flexível) ou não (PVC rígido). O


PVC flexível é usado na confecção de calças plásticas
para bebês, toalhas de mesa, cortinas de chuveiro,

KKULIKOV/SHUTTERSTOCK
bolsas e roupas de couro artificial, brinquedos e es-
tofamentos de automóveis. O PVC rígido é utilizado
na fabricação de dutos e tubos rígidos para água e
esgoto.

KOOSEN/SHUTTERSTOCK
Frigideira.

Outras propriedades úteis do PTFE são a alta resis-


tência à flexão, mesmo em baixas temperaturas, alta

O
resistência elétrica e rigidez dielétrica, resistência à

BO O
SC
água (em razão da alta eletronegatividade do flúor) e

M IV
baixo coeficiente de atrito.

O S
Normalmente, na embalagem, aparece o seu sím-
D LU bolo de reciclagem, que é o número 7, indicando outros,
O C
no interior de um triângulo formado por setas.
N X

Tubos de PVC.
SI O E

Normalmente, na embalagem, aparece o seu sím-


bolo de reciclagem, que é o número 3, no interior de
EN S

um triângulo, formado por setas.


7
E U
D E
A LD

OUTROS
EM IA

3
ST ER

Poliestireno (PS)
PVC
SI AT

É obtido por meio do monômero vinilbenzeno. A


M

seguir, é mostrada a reação de polimerização para a


formação do poliestireno (PS).
Politetrafluoretileno (PTFE)
É obtido por meio do monômero tetrafluoreteno.
A seguir, é mostrada a reação de polimerização para a
formação do politetrafluoretileno (PTFE). H H2
HC CH2 C C

cat.
F F
F F n
P, Δ
cat.
n C C C C n
P, Δ
F F
F F n Vinilbenzeno Poliestireno
Tetrafluoreteno
Politetrafluoretileno

Poliestireno é um plástico versátil usado para fazer


O PTFE é comumente conhecido como teflon e uma ampla variedade de produtos de consumo. Como
oferece notáveis propriedades antiaderentes em apli- um plástico duro e sólido, é frequentemente usado em
cações de utensílios de cozinha, como panelas de cozi- produtos que exigem clareza, como embalagem de

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 128 29/05/2019 17:11


229 – Material do Professor 129

alimentos e utensílios de laboratório. Quando combi- A seguir, são mostrados alguns polímeros diênicos.
nado com vários corantes, aditivos ou outros plásticos,

QUÍMICA 3A
o poliestireno é usado para fabricar eletrodomésticos, • Poli-isopreno
eletrônicos, peças de automóveis, brinquedos, panelas, Formado por meio do isopreno, esse polímero
equipamentos de jardinagem e muito mais. possui a fómula do látex (borracha natural).
DISPICTURE/SHUTTERSTOCK

CH3 H CH3 H
H H
n C C CH C C C CH C
H H
H H n
Isopreno Poli-isopreno

• Polibutadieno ou buna
É a borracha sintética mais importante, no en-
tanto, para adquirir esse valor, ela precisa sofrer
vulcanização e copolimerização, assuntos que
veremos mais adiante.

O
BO O
SC
H H

M IV
H H
n C CH CH C C CH CH C

O S
H H
H H n
D LU Polibutadieno
O C
N X
SI O E

Copos plásticos (poliestireno). • Neopreno


Utilizado na fabricação de trajes térmicos de mer-
O poliestireno também é feito de um material de
EN S

gulhos e mangueiras para combustível.


E U

espuma, chamado poliestireno expandido (EPS) ou


poliestireno extrudado (XPS), que é valorizado por
D E

H H
A LD

suas propriedades de isolamento e amortecimento. H C, P, T


n C C H C C
O poliestireno de espuma pode ter mais de 95% de H C C
catalisador C C
H H
EM IA

ar e é amplamente usado para fazer isolamento de H H C, H n


residências e eletrodomésticos, embalagens proteto-
ST ER

Cloropreno Policloropreno
ras leves, pranchas de surf, sistemas de estabilização
SI AT

de vias e estradas e muito mais. O estireno também


ocorre naturalmente em alimentos, como morangos, Existem outros tipos de borrachas sintéticas for-
M

canela, café e carne bovina. madas pela união de dois diferentes tipos de monô-
Normalmente, na embalagem, aparece o seu sím- meros. A esse tipo de polímeros, damos o nome de
bolo de reciclagem, que é o número 6, no interior de copolímeros.
um triângulo, formado por setas. A borracha sintética mais importante se dá pela
copolimerização dos monômeros buta-1,3-dieno e
estireno, tendo o sódio metálico (Na) como cata-
lisador. Esse copolímero é chamado de Buna – S,
GRS (government rubber styrene) ou SBR (styrene
6 butadiene rubber).

PS H H H H H H H
H H H
n C C + n C C C C C C C C C C
H H H H
H H H H n
Borracha sintética Estireno 1,4-butadieno
Buna-S

A borracha é conhecida como um elastômero, ou


seja, são polímeros que apresentam alta elasticida-
de, podendo sofrer grandes deformações antes de se Essa borracha é resistente ao atrito, sendo, portan-
romperem. to, utilizada na fabricação de pneus.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 129 29/05/2019 17:11


130 230 – Material do Professor

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
QUÍMICA 3A

1. FVG-SP – Na tabela, são apresentadas algumas carac- Resolução


terísticas de quatro importantes polímeros.
Polipropileno: monômero é o propeno Y.

Estrutura Poliestireno: monômero é o estireno Z.


Polímero Usos
química Polietileno: monômero é o eteno ou etileno X.

2. Mackenzie-SP – A molécula que apresenta estrutura


Isolante elétrico, adequada para que ocorra polimerização por adição for-
fabricação de copos, mando macromoléculas é
X CH2 CH2 n sacos plásticos,
embalagens de a) HC CH2
garrafas

CH2 CH2 Fibras, fabricação de


Y cordas e de assentos
b) H3C — CH2 — CH3
CH3
n de cadeiras

Embalagens
CH2 CH descartáveis de c) CH3

O
BO O
alimentos, fabricação

SC
M IV
Z
de pratos, matéria-

O S
n
-prima para fabricação
D LU
do isopor
O C
CH2 CH Acessórios de d) H2C CH3
N X

W tubulações, filmes
SI O E

C, n para embalagens
EN S
E U

Polipropileno, poliestireno e polietileno são, respecti- e) CH4


D E

vamente, os polímeros
A LD

a) X, Y e Z.
b) X, Z e W. Resolução
EM IA

c) Y, W e Z.
ST ER

Para que ocorra polimerização por adição, é necessária


d) Y, Z e X. a presença de dupla-ligação no monômero, que está
SI AT

e) Z, Y e X. evidente somente na molécula do estireno.


M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 130 29/05/2019 17:12


231 – Material do Professor 131

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 3A
POLÍMEROS

Natural Sintético Reação de polimerização

O
Proteínas, ácidos nucleicos, Polietileno, polipropileno,
Condensação

BO O
Adição

SC
M IV
celulose borracha

O S
D LU Monômeros com
dupla-ligação
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 131 29/05/2019 17:12


132 232 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 3A

1. Famerp-SP – A tabela apresenta as reações de polime- (poliestireno expandido). Esse polímero é obtido na poli-
rização para obtenção de três importantes polímeros, merização por adição do estireno (vinilbenzeno). A cadeia
seus principais usos e seus símbolos de reciclagem. carbônica desse monômero é classificada como sendo
a) normal, insaturada, homogênea e aromática.
n CH2 CH2
Sacolas plásticas e b) ramificada, insaturada, homogênea e aromática.
4 c) ramificada, saturada, homogênea e aromática.
CH2 CH2 garrafas plásticas
n d) ramificada, insaturada, heterogênea e aromática.
n CH2 CH e) normal, saturada, heterogênea e alifática.
Copos plásticos e O monômero do poliestireno (PS) possui cadeia ramificada, insatu-
CH3 rada, homogênea e aromática.
para-choques de 5
CH2 CH2
automóveis H H
CH3 n
n HC CH2 C C

n HC CH2

n
Embalagens e, na Monômero Poliestireno

H H2 forma expandida, 6

O
C C

BO O
isopor Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em

SC
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções

M IV
científico-tecnológicas.

O S
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para carac-
n
terizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
D LU 4. UFPR – A poliacrilamida é um polímero orgânico que
O C
Os polímeros mencionados referem-se aos polímeros possui diversas aplicações, do tratamento de esgoto
N X

poliestireno, polietileno e polipropileno, não necessa- à produção de papel e cosméticos. Esse polímero é
SI O E

riamente na ordem da tabela. Os polímeros polietileno obtido por meio da acrilamida, uma amida cristalina,
e polipropileno apresentam, respectivamente, os sím- incolor, inodora, biodegradável, solúvel em água, etanol
bolos de reciclagem e acetona. O esquema mostra uma das possíveis meto-
EN S

dologias de síntese da acrilamida, que envolve a reação


E U

a) 4 e 6 c) 5 e 4 e) 6 e 5
b) 4 e 5 d) 5 e 6 de uma determinada substância orgânica X com a água.
D E
A LD

O polietileno é formado pela polimerização aditiva de moléculas de eteno, O


indicado com o símbolo de reciclagem 4. Já o polipropileno é formado
pela polimerização aditiva de moléculas de propeno, e seu número é 5. NH2
O
EM IA

2. Unicamp-SP (adaptado) – Mais de 2 000 plantas O


X + H2O
ST ER

produzem látex, por meio do qual se produz a bor- NH2 O


NH2
racha natural. A Hevea brasiliensis (seringueira) é a
Acrilamida
mais importante fonte comercial desse látex. O látex
SI AT

NH2
da Hevea brasiliensis consiste em um polímero do
Poliacrilamida
M

cis-1,4-isopreno, fórmula C 5H 8, com uma massa mo-


lecular média de 1 310 kDa (quilodaltons).
Assinale a alternativa que representa corretamente a
De acordo com essas informações, a seringueira produz
substância X.
um polímero que tem, em média, quantos monômeros
por molécula? O
a) d)
Dados: massas atômicas em Dalton: H 5 1 e C 5 12
OH NH2
C5H8 5 5 ? 12 + 8 ? 1 5 68
O
b)
massa total do polímero 1310 ⋅ 103
5 5 19,26 ? 103 ≈ 19 000 monômeros e) O
massa do monômero 68 H
N
c) N H

A seguir, temos um esquema representando a formação da acrilami-


da por meio da hidratação da acrilonitrila.

3. PUC-PR C7-H24 O

O poliestireno (PS) é um polímero muito utilizado na H2C CH C N + H2O H2C CH C


fabricação de recipientes de plásticos, tais como: copos
Acrilonitrila Acrilamida
e pratos descartáveis, pentes, equipamentos de labo- NH2
ratório, partes internas de geladeiras, além do isopor

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 132 29/05/2019 17:12


233 – Material do Professor 133

5. UEM-PR – A respeito dos polímeros etilênicos, assinale 08. Incorreta. O polipropileno pode ser produzido por meio do propileno

QUÍMICA 3A
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) O polietileno é produzido por meio do monômero ou propeno por uma reação de adição.
acetileno por uma reação de substituição.
16. Correta. O teflon é produzido por meio do tetrafluoretileno, em uma
02) Os polímeros de adição apresentam todas as ca-
deias poliméricas com mesmo valor de massa mo-
reação de adição.
lecular.
04) No poliestireno, o anel aromático faz parte da cadeia
F F
principal do polímero. F F
08) O polipropileno pode ser produzido por meio dos P, T
n C C C C
monômeros propileno ou 1,3-dimetilbutadieno, em
uma reação de condensação. F F F F
16) O teflon é produzido por meio do tetrafluoretileno, n
em uma reação de adição.
Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s).
6. UEFS-BA – Considere a reação de obtenção do PVA.
16
H H
H H
01. Incorreta. O polietileno é produzido por meio do monômero eteno ou
n C C C C
CH3
etileno por uma reação de adição. H O C CH3
H O

O
C
O

BO O
02. Incorreta. Os polímeros de adição não apresentam todas as cadeias

SC
M IV
O n
poliméricas com mesmo valor de massa molecular, por causa da intro-

O S
Acetato de vinila Acetato de polivinila

dução de novos átomos. D LU Sobre essa reação, é correto afirmar que


O C
a) o polímero possui cadeia carbônica insaturada.
N X

04. Incorreta. No poliestireno, o anel aromático não faz parte da cadeia


b) o monômero é um ácido carboxílico.
SI O E

principal do polímero. c) é uma reação de polimerização por adição.


d) o PVA apresenta a função orgânica cetona.
EN S

P, T
E U

HC CH2 C CH e) a massa molar do monômero é 83 g/mol.


D E

C C O poliacetato de vinila é um polímero sintético, mais conhecido pela


A LD

HC CH sigla PVA, resultado de uma polimerização de adição (são aqueles for-


HC CH
n mados por meio da quebra de ligações dos alcenos, ou seja, duplas-
-ligações, por reações de adição).
EM IA

HC CH HC CH
CH
ST ER

CH n
Fenil-eteno ou estireno Poliestireno
SI AT

PS
M

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. Unemat-MT – Há quem considere que, após a Re- 8. UFSC
volução Industrial, surgiu a revolução dos plásticos,
ou polímeros sintéticos, que são utilizados desde Funcionárias passam mal após inalar
a fabricação do copinho de tomar café até compo- poli(metilmetacrilato)
nentes dos carros de corrida da Fórmula 1. Apesar
Em agosto de 2016, funcionárias da equipe de limpeza
de sua leveza e facilidade para serem moldados em
qualquer formato, os plásticos resultam em peças de uma empresa de Maceió precisaram de atendimento
rígidas e muito duráveis. médico após limpar o chão do almoxarifado sem equi-
Sobre os plásticos, assinale a alternativa correta. pamentos de proteção individual. No local, dois vidros
contendo poli(metilmetacrilato) haviam caído no chão
a) São polímeros sintéticos formados por monômeros.
e quebrado, liberando o líquido para o ambiente. Essa
b) São polímeros sintéticos formados exclusivamente substância química é tóxica e tem causado danos irrepa-
pelo látex.
ráveis quando utilizada em procedimentos estéticos. O
c) Não são considerados contaminantes ambientais. poli(metilmetacrilato) – PMMA – também é conhecido
d) Na sociedade moderna, é possível viver sem qual- como “acrílico” – pode ser obtido por meio da polime-
quer material feito de plástico. rização, sob pressão, da molécula representada como I
e) O Poli (tereftalato de etileno) – PET – não é um exem- no esquema a seguir, na presença de catalisador e sob
plo de plástico. aquecimento:

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 133 29/05/2019 17:12


134 234 – Material do Professor

látex, é um polímero de isopreno, conforme ilustrado


QUÍMICA 3A

H CH3
H CH3 na reação a seguir.
n C C cat. C C
H C O CH3 P, Δ H C O CH2 H2C
O O CH3 n n
I PMMA
Disponível em: <http://g1.globo.com/al/alagoas/noti- Isopreno n
cia/2016/08/funcionarias-do-pam-salgadinho-passam-mal-ao-
-inalar-produto-toxico.html>. Acesso em: 14 ago. 2016. Adaptado.
Com relação à estrutura do isopreno e à da borracha
Sobre o assunto, é correto afirmar: natural, analise as proposições.
01) O PMMA é um polímero de condensação. I. A molécula de isopreno apresenta quatro carbonos
com a configuração sp.
02) A molécula I apresenta a função orgânica éter.
II. As duplas-ligações do polímero formado apresentam
04) A molécula I apresenta isomeria geométrica.
configuração Z.
08) A molécula I é o monômero do PMMA.
III. A borracha natural realiza ligações de hidrogênio
16) A nomenclatura IUPAC de I é 2-metilprop-2-enoato entre suas cadeias.
de metila.
IV. Segundo a nomenclatura oficial, a molécula de iso-
32) O catalisador, a pressão e o aquecimento influen- preno é denominada 3-metil-1,3-buteno.
ciam a velocidade da reação de formação do PMMA.
Assinale a alternativa correta.
64) O PMMA apresenta o radical metil ligado a um áto-
mo de carbono insaturado. a) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.

O
Dê a soma dos itens corretos.

BO O
SC
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

M IV
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

O S
e) Somente a afirmativa II é verdadeira.
D LU 10. ITA-SP – Escreva as equações químicas que represen-
O C
tam as reações de polimerização ou copolimerização
N X

dos monômeros a seguir, apresentando as fórmulas


SI O E

estruturais de reagentes e produtos.


a) Eteno
EN S

b) 2-propeno-nitrila
E U

c) 2-metil-propenoato de metila
D E

d) Etenil-benzeno (vinil-benzeno)
A LD

e) 1,3-butadieno com etenil-benzeno (vinil-benzeno)


EM IA
ST ER
SI AT
M

9. UDESC– A história da borracha natural teve início no


século XVI, quando os exploradores espanhóis obser-
varam os índios sul-americanos brincando com bolas
feitas de um material extraído de uma árvore local,
popularmente conhecida como seringueira. Do ponto
de vista estrutural, sabe-se que essa borracha, chamada

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 134 19/06/2019 14:46


235 – Material do Professor 135

11. Centro Universitário São Camilo-SP – Diversos equi- Sobre os polímeros sintéticos e polímeros naturais,

QUÍMICA 3A
pamentos médicos são feitos à base de PVC, um dos avalie as afirmativas a seguir e assinale a correta.
polímeros que apresenta maior resistência aos diversos a) Polietileno, poliestireno e policloreto de vinila são
métodos de esterilização. A reação de polimerização do exemplos de polímeros naturais.
PVC é mostrada a seguir.
b) O monômero utilizado na formação de um polímero
sintético de adição precisa ter pelo menos uma du-
H H pla-ligação entre carbonos.
H H
c) As proteínas possuem como monômeros os ami-
Catalisador C C noácidos e são exemplos de polímeros sintéticos.
n C C
d) Os polímeros sintéticos deterioram-se em poucos
H C, H C, dias ou semanas.
Cloreto de vinila PVC n
14. UNIFESP – O volume de glicerina (propanotriol, fórmula
A classificação do PVC, quanto à reação de polimeriza- molecular C3H8O3) produzido como resíduo na obtenção
ção, e o isômero de um composto formado pela estru- de biodiesel excede em muito a necessidade atual do
tura do cloreto de vinila em que o átomo de hidrogênio, mercado brasileiro. Por isso, o destino atual da maior
indicado pela seta à esquerda da figura, foi substituído parte da glicerina excedente ainda é a queima em for-
por um átomo de cloro, são, respectivamente, nalhas, utilizada como fonte de energia. Uma possibili-
dade mais nobre de uso da glicerina envolve sua trans-
a) copolímero e cis. formação em propeno e eteno, através de processos
b) polímero de adição e trans. ainda em fase de pesquisa. O propeno e o eteno são
c) polímero de condensação e cis. insumos básicos na indústria de polímeros, atualmente
provenientes do petróleo e essenciais na obtenção de

O
d) polímero de condensação e trans.

BO O
produtos, como o polietileno e o polipropileno.

SC
e) polímero de adição e cis.

M IV
a) Escreva a equação química balanceada da combus-

O S
tão completa de um mol de glicerina.
12. FMJ-SP – Os monômeros buta-1,3-dieno e 2-cloro-bu-
D LU
ta-1,3-dieno são muito utilizados na fabricação de borra-
chas sintéticas, sendo este último também conhecido
b) Sabendo que o polietileno é produzido pela reação
de adição de um número n de moléculas de eteno,
O C
como cloropreno, uma substância resistente a mudanças escreva a equação genérica de formação do polímero
N X

de temperatura, à ação do ozônio e ao clima adverso. polietileno por meio de eteno, utilizando fórmulas
estruturais de reagente e produto.
SI O E

a) Escreva as fórmulas estruturais dos monômeros


mencionados.
EN S

b) Por meio do monômero 2-cloro-buta-1,3-dieno, é


E U

obtido o poli-2-cloro-but-2-eno, conhecido comer-


cialmente como neopreno, um elastômero sintético.
D E

Escreva a reação de obtenção do neopreno por meio


A LD

do cloropreno e indique o tipo de isomeria espacial


que ocorre nesse elastômero.
EM IA
ST ER
SI AT
M

15. UPE
A picanha é um tipo de corte de carne bovina tipicamente
brasileiro. Uma porção de 100 g de picanha contém 38% de
proteínas, 35% de gordura saturada e 17% de colesterol. A
seguir, é indicado um procedimento para a preparação de um
hambúrguer de picanha. Peça para moer 800 g dessa carne,
com 80 g da capa de gordura. Divida a carne em quatro partes
13. PUC-SP – Pesquisadores da Embrapa (Empresa Bra- e molde hambúrgueres com 10 cm de diâmetro. Em segui-
sileira de Agropecuária) estudam há muito tempo os da, coloque em uma assadeira forrada com papel-manteiga,
bioplásticos, nome dado pelos próprios pesquisadores. cubra com filme de PVC e leve à geladeira por duas horas.
Esses bioplásticos, também conhecidos como biopolí- Aqueça bem uma frigideira de teflon e unte-a com óleo. De-
meros, são obtidos da polpa e de cascas de frutas ou pois, coloque a carne e tempere a parte superior com sal e
legumes. A vantagem desses bioplásticos seria diminuir pimenta. Doure por seis minutos. Vire e tempere novamente.
o impacto ambiental provocado pelos plásticos sinté- Doure por mais cinco minutos e cubra com fatias de queijo.
ticos, porém não se sabe ainda se os bioplásticos não Disponível em: <http://m.folha.uol.com.br/comida/>.
atrairiam animais enquanto estocados. Acesso em: mar. 2019. Adaptado.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 135 29/05/2019 17:12


136 236 – Material do Professor

Observando a estrutura de alguns polímeros listados


QUÍMICA 3A

a seguir,

C H H
H O
CF2 CF2 n C C N C C
H OH
H H R
n
I II III

HO HO HO
O O H OH H OH H OH
H H H
O O OH H OH H OH H 17. Unifor-CE – Os polímeros são compostos naturais ou
n OH O O OH
H OH H OH n H OH artificiais formados por macromoléculas que, por sua
IV V vez, são constituídas por unidades estruturais repeti-
tivas, denominadas monômeros. Quando um políme-
ro é formado por uniões sucessivas de um mesmo
assinale a alternativa que corresponde aos polímeros monômero, temos uma reação de polimerização de
utilizados na preparação desse hambúrguer de picanha. adição. Um polímero formado por várias moléculas de
a) I e II um monômero é ilustrado a seguir.
b) III e IV
c) II e III H H H H
CH C C C C C C C C C CH
d) III e V H2 H2 H2 H2 H2

O
BO O
e) IV e V

SC
M IV
16. UEM-PR (adaptado) – Assinale a(s) alternativa(s)

O S
correta(s) a respeito de reações envolvendo produção n
e modificação de polímeros.
01) Nas reações de formação de polímeros de adição,
D LU
O C
Com base na fórmula anterior, a alternativa que contém
como o PVC, há a geração de uma grande quanti-
N X

o monômero utilizado no preparo desse polímero é


dade de subprodutos, que devem ser separados do
SI O E

produto final. a) CH2CH3


02) Um polímero de adição fabricado por mais de um
EN S

monômero recebe o nome de copolímero.


E U

04) O processo de vulcanização diminui o número de


duplas-ligações na borracha natural, gerando liga-
D E

ções cruzadas entre diferentes cadeias do polímero


A LD

através de pontes de enxofre.


Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s). b) CH3
EM IA
ST ER
SI AT
M

c) CHCH2CH

d) CHCH2CH

e) CH

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 136 29/05/2019 17:12


237 – Material do Professor 137

ESTUDO PARA O ENEM

QUÍMICA 3A
18. UNCISAL C7-H24 produtos. O polietileno de alta densidade (PEAD), o
O isopreno é um monômero que constitui o polímero da polietileno tereftalato (PET), o polipropileno (PP) e o
borracha natural, poli-isopreno. A borracha natural é obti- policloreto de vinila (PVC) são as principais resinas ter-
da por coagulação do látex, principalmente de árvores do moplásticas. Nas empresas transformadoras, essas resinas
gênero Hevea brasiliensis (seringueira). De acordo com darão origem a autopeças, componentes para computa-
as estruturas do isopreno e do poli-isopreno represen- dores e para a indústria aeroespacial e eletroeletrônica, a
tadas a seguir, assinale a alternativa correta. garrafas, calçados, brinquedos, isolantes térmicos e acústi-
cos... Enfim, a tantos itens que fica difícil imaginar o mun-
do, hoje, sem o plástico, tantas e tão diversas são as suas
aplicações.
Disponível em: <http://atividadesdeciencias.blogspot.com.br>.
Acesso em: 16 jun. 2014.
Isopreno
As substâncias, em destaque, são exemplos de
CH3 CH3 CH3 a) amidos.
HC C HC C HC C b) celulose.
c) proteínas.
CH2 H2C CH2 H 2C CH2 H2C
n d) ácidos nucleicos.
Poli-isopreno e) polímeros sintéticos.

O
BO O
SC
20. Fatec-SP C7-H24

M IV
a) O processo de vulcanização consiste no aquecimen-
to da borracha em presença de enxofre, tornando-a Em 1859, surgiram experimentos para a construção de

O S
mais resistente a atritos. uma bateria para acumular energia elétrica, as baterias de
D LU
b) A nomenclatura correta do isopreno é 2-metileno-1,3-
-butadieno.
chumbo, que, passando por melhorias ao longo dos tem-
pos, tornaram-se um grande sucesso comercial, especial-
O C
mente na indústria de automóveis.
N X

c) O isopreno é um composto de ocorrência natural,


Essas baterias são construídas com ácido sulfúrico e amál-
SI O E

encontrado na seringueira.
d) O poli-isopreno é um polímero de condensação. gamas de chumbo e de óxido de chumbo IV, em caixas
confeccionadas com o polímero polipropileno.
EN S

e) A fórmula molecular do isopreno é C5H9.


Disponível em: <http://tinyurl.com/n6byxmf>.
E U

Acesso em: 10 abr. 2015. Adaptado.


19. UEMA C7-H24
D E

Um dos principais ramos industriais da química é o seg- O monômero usado na produção desse polímero é o
A LD

mento petroquímico. Pelo eteno, obtido da nafta derivada a) etino.


do petróleo ou diretamente do gás natural, a petroquímica
b) eteno.
EM IA

dá origem a uma série de matérias-primas que permitem


c) etano.
ST ER

ao homem fabricar novos materiais, substituindo com


vantagens a madeira, peles de animais e outros produtos d) propeno.
SI AT

naturais. O plástico e as fibras sintéticas são dois desses e) propano.


M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 137 29/05/2019 17:12


DB_PV_2019_QUI3_M23a25_AGRUPADO.indd 138
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

29/05/2019 17:12
3RF
HO TOH /12
E NG
Q3 KH
O
BO O
SC
M IV
O S

QUÍMICA 3B
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 105 29/05/2019 17:14


106 240 – Material do Professor

26 POLÍMEROS DE
QUÍMICA 3B

CONDENSAÇÃO

WWW.BILIONPHOTOS.COM/SHUTTERSTOCK
• Polímeros
• Reação de polimerização
por condensação
• Tipos de polímeros de
condensação

HABILIDADES

O
BO O
SC
• Entender a formação de

M IV
polímeros por condensação.

O S
• Diferenciar os polímeros
pelas suas funções orgâni-
cas (poliamidas, polifenois,
D LU
O C
poliéster e policarbonatos).
N X
SI O E

• Classificar os polímeros
de acordo com sua relação
com o calor (termoplásticos
EN S

e termofixos).
E U
D E
A LD

Mochila escolar.

Uma pessoa em média gasta cerca de 20% de sua vida na escola. Isso é muito
EM IA

tempo, considerando que começamos a ir para a escola aos 5 ou 6 anos e continua-


ST ER

mos até os 20 anos. Mas outros buscam mais estudos e continuam indo à escola
SI AT

por muito mais tempo.


Dada a quantidade de tempo que passamos na escola, é correto investir em uma
M

mochila que facilite nossa carga – literal e figurativamente.


Como estudante, não seria sensato ter uma mochila com tamanho inadequado, o
que nos causaria mais estresse toda vez que tivéssemos que arrumar nossos itens
escolares. Também não é seguro usar uma mochila que não seja confortável, porque
a tensão nas costas e nos ombros pode aumentar com o tempo. Por essa razão, é
importante escolher as melhores mochilas para a escola, independentemente do
estágio em que estamos na nossa educação.

Polímeros de condensação
É uma reação química na qual o polímero é formado, e uma pequena molécula
de subproduto com menor peso molecular é liberada, por exemplo, H2O ou HC. O
subproduto eliminado é conhecido como condensado. A reação pode ocorrer entre
dois monômeros similares ou diferentes. É também chamado de polimerização por
crescimento em etapas, mas existem algumas exceções que reagem como poli-
merização por condensação, porém seguem o padrão de crescimento em cadeia.
2A2B2A2B2A2
Eles podem reagir com qualquer número de moléculas até que sejam grandes o
suficiente para serem chamados de polímeros.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 106 29/05/2019 17:14


241 – Material do Professor 107

Exemplo

QUÍMICA 3B
O O
n C CH2 CH2 CH2 CH2 C +
HO OH n HO CH2 CH2 OH

Ácido hexanodioico Etanodiol

Polimerização de condensação

O O
n C CH2 CH2 CH2 CH2 C + 2n H2O
O O CH2 CH2 O
Poliester Água

A seguir, são mostrados alguns polímeros de condensação, bem como suas aplicações.

POLIAMIDAS
A formação das poliamidas ocorre entre um diácido carboxílico e uma diamina.

O
BO O
SC
Kevlar

M IV
É considerada uma aramida, isto é, uma poliamida aromática. Esse polímero se

O S
caracteriza por apresentar alta resistência ao calor e à tração. Essa propriedade se
D LU
deve às interações entre as cadeias poliméricas formadoras do kevlar, portanto sua
O C
aplicação se dá na fabricação de coletes à prova de bala, roupas protetoras contra
N X

calor e chamas.
SI O E

O
OH H
EN S

NH2
+ O N
E U

Catalisador
O
H2N –H2O O
D E

OH NH n
A LD

1,4-fenileno-diamina Ácido tereftálico Kevlar


EM IA
TOA55/123RF.COM

ST ER
SI AT
M

Bombeiro vestido com roupa antichamas.

Náilon 66
A formação do náilon 66 se dá pela reação entre o ácido adípico e hexametile-
nodiamina; essa reação ocorre a 270 °C e 10 atm de pressão. A estrutura do náilon
66 é semelhante à da seda, no entanto ela é mais resistente à tração e ao atrito.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 107 29/05/2019 17:14


108 242 – Material do Professor

Sua aplicação se dá na fabricação de fibras têxteis, Os PETs são identificados pelo número 1 dentro de
engrenagens, pulseiras de relógio, linhas de pesca. um formato triangular.
QUÍMICA 3B

O O
C (CH2)4 C + H N (CH2)6 N H
HO OH
H H

O
Ácido adípico (hexanodioico)
6 carbonos

O O
1,6-hexanodiamina

O
1
C (CH2)4 C C (CH2)4 C + (n − 1) H2O
... N (CH2)6 N ...

H
Náilon 66
H n PET
Dácron ou terilene
Dácron, marca registrada de uma fibra de poliéster;
NORMANA KARIA/SHUTTERSTOCK

é um polímero de condensação obtido por etilenogli-


col e ácido tereftálico. Suas propriedades incluem alta
resistência à tração, alta resistência ao estiramento,
tanto úmida quanto seca, e boa resistência à degrada-
ção por branqueamento químico e abrasão. É usado na
construção civil em massas para reparos, laminados,
esquis, linhas de pesca, fibras têxteis, fitas de vídeo,
fabricação de garrafas plásticas para refrigerante (gar-

O
BO O
rafas PET, polietilenoteraftalato). Misturado ao algodão,

SC
M IV
o poliéster forma o tecido conhecido como tergal. Na

O S
Barraca para acampar feita de náilon.
medicina, é utilizado na fabricação de válvulas cardíacas
POLIÉSTER D LU e como protetor para facilitar a regeneração de tecidos
que sofreram queimaduras (não causa alergias).
O C
Poliésteres como PET (polietileno tereftalato) são
N X

polímeros de condensação. A formação de um poliés-


SI O E

ter segue o mesmo procedimento da síntese de um n HOCH2CH2OH + n HOOC COOH

éster simples. A única diferença é que tanto o álcool Etilenoglicol Ácido tereftálico
EN S

como as unidades monoméricas ácidas têm, cada uma,


E U

dois grupos funcionais – um em cada extremidade da


CO COOCH2CH2O + n H2O
D E

molécula. Nesse polímero, todas as outras unidades n


A LD

de repetição são idênticas. Tereftalato de polietileno


Temos os poliésteres que compõem as mais va-
EM IA

riadas peças do vestuário feminino: vestidos, saias,


calças, blusas, casacos etc.
ST ER

PIOSFIVE/SHUTTERSTOCK
O O
SI AT

n + n HO (CH2)2 OH
HO OH
M

O O
+ (2n − 1) H2O
H O O (CH2)2 OH
n
SUKRITAL/STOCKPHOTO

Garrafas PET.

POLICARBONATOS
O policarbonato, ou especificamente policarbonato
de bisfenol A, é um plástico transparente usado para
fazer janelas inquebráveis, lentes de óculos leves e
coisas do tipo.
Os PCs são identificados pelo número 7 dentro de
Blusas femininas de poliéster. um formato triangular.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 108 29/05/2019 17:14


243 – Material do Professor 109

tam, de uma forma ou de outra, um polímero associado a


eles. A facilidade de moldagem de polímeros em diferen-

QUÍMICA 3B
7 tes formas e seu custo relativamente baixo de produção
têm sido a principal razão para seu uso universal. Como
tal, a baquelite (PF) é um dos polímeros comercialmente
fabricados que conhecemos em nossas vidas diárias. Em
PC relação à sua aplicação, uma vez que esse composto tem
baixa condutividade elétrica e alta resistência ao calor, ele
Lexan pode ser usado na fabricação de interruptores elétricos,
Lexan é um tipo de policarbonato (PC). É incrivel- peças de máquinas de sistemas elétricos, telefones, ca-
mente resistente a impactos; também é leve, quando bos de panelas, bolas de bilhar e suporte para câmeras. É
comparado ao vidro. Ele é usado em uma variedade de um polímero termofixo, e a baquelite tem alta resistência,
aplicações em que os materiais precisam ser fortes e o que basicamente retém sua forma mesmo depois de
virtualmente inquebráveis. É um material termoplástico moldagem extensiva.
amorfo, com uma faixa de temperatura de uso contí-
nuo de até 129 °C. É moldável e vem com uma alta

MACROVECTOR/123RF.COM
resistência, fazendo com que seja o plástico industrial
ideal para qualquer coisa, incluindo recipientes de ali-
mentos, componentes de avião, fabricação de automó-
veis, construção, para-brisas de carro de golfe, janelas
e portas de segurança, vidros de janelas, materiais

O
BO O
impressos e muito mais.

SC
M IV
A reação de formação é mostrada a seguir.

O S
HO
CH3
C OH +
O
C D LU O
C O
O C
CH3 C, C, O
N X

Fosgênio
Bisfenol A
SI O E

Carbonato de difenilo
PAUL VINTEN/SHUTTERSTOCK

EN S
E U

Interruptores elétricos.
D E
A LD

A sua formação se dá pela reação do formol e do


metanal, como mostrado a seguir.
EM IA

OH OH
ST ER

OH
H2O
H H CH2 H H
+ + CH2
SI AT

O
n
Fenol Metanal Polifenol (baquelite)
M

Carro de golfe.
SILICONES
POLIFENOL O elemento característico dos silicones é o silício
Trata-se do polioxibenzimetilenglicolanidrido, ou (Si), pertencente ao grupo 14 ou IVA, mesma famí-
seja, é a combinação do fenol com o formaldeído (aldeí- lia do elemento carbono, portanto esses elementos
do fórmico), formando um polímero chamado polifenol. possuem propriedades semelhantes. Os silicones são
O polifenol é identificado pelo número 7 dentro de compostos quimicamente inertes, inodoros, insípidos e
um formato triangular. incolores, resistentes à decomposição por calor, água
ou agentes oxidantes, além de serem bons isolantes
elétricos. Eles são formados por longas cadeias de
silício e oxigênio intercalados.
7 CH3 CH3 CH3
2n C, Si C, + 2n H2O(,) O Si O Si + 4n HC,

OUTROS CH3 CH3 CH3 n

Baquelite A aplicação dos polímeros fluidos depende do tama-


Não podemos negar a presença de polímeros em nos- nho de suas cadeias poliméricas, uma vez que essa carac-
sas vidas. Estamos cercados por objetos que apresen- terística implica propriedades diferentes do silicone. São

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 109 29/05/2019 17:15


110 244 – Material do Professor

usados em lubrificação de moldes, vedação de janelas,


chupetas, bicos de mamadeira, cosméticos e em próte-
QUÍMICA 3B

ses para cirurgia plástica. As borrachas de silicone são


usadas em equipamentos industriais e em autopeças. 7
BRANISLAVP/DREAMSTIME.COM

OUTROS
Polímeros x calor
Os polímeros sofrem ação do calor e, dependendo
de como eles reagem, podem ser classificados em
termoplásticos e termofixos.
Termoplásticos: podem ser moldados com a ação
do calor. Quando aquecidos, esses polímeros de ca-
deias lineares têm suas interações intermoleculares
rompidas e, com isso, “amolecem”, podendo ser mol-
dados, e, quando resfriados, “endurecem”. Exemplo
desse tipo de polímero é o PET.
Prótese de silicone utilizada em cirurgia plástica.
Termofixos: por possuírem cadeias poliméricas
O silicone é identificado pelo número 7 dentro de grandes e cruzadas, quando aquecidos, esses políme-

O
BO O
um formato triangular. ros não sofrem “amolecimento”, mas, se o aquecimen-

SC
M IV
to persistir, eles sofrem decomposição. Exemplo desse

O S
tipo de polímero é a baquelite.
D LU
O C
EXERCÍCIO RESOLVIDO
N X

Unicamp-SP – Um maiô produzido com material poliméri- Justifique sua resposta.


SI O E

co foi utilizado pela maioria dos competidores de natação


Resolução
em Beijing. Afirma-se que ele oferece uma série de vanta-
gens para o desempenho dos nadadores: redução de atrito,
EN S

a)
flutuabilidade, baixa absorção de água, ajuste da simetria
E U

corporal e melhoria de circulação sanguínea, entre outras.


D E

O tecido do maiô é um misto de náilon e elastano, este H O


A LD

último, um copolímero de poliuretano e polietilenoglicol.


O C N R N C O R’
a) A cadeia do poliuretano a que se refere o texto está
EM IA

parcialmente representada a seguir. Preencha os n


quadrados com símbolos atômicos, selecionados O H
ST ER

entre os seguintes: H, F, U, C, N, O, Sn.


SI AT

H b) Não. Os tecidos de náilon são poliamidas. Um polí-


mero que poderia ser formado pelo ácido lático seria
M

O R O R’ um poliéster.
n
H H O H O

b) O náilon, que também forma o tecido do maiô,


O C C O C C
pode ser obtido por reações entre diaminas e áci-
dos dicarboxílicos, sendo a mais comum a reação
de hexametilenodiamina e ácido adípico. De acor- CH3 CH3
n
do com essas informações, seria possível utilizar o
ácido lático para se preparar algum tipo de náilon?

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 110 29/05/2019 17:15


245 – Material do Professor 111

ROTEIRO DE AULA

QUÍMICA 3B
POLÍMEROS DE
CONDENSAÇÃO

Poliamida Poliéster
Polifenol Silicone

O
BO O
SC
M IV
O S
Exemplo: Cadeia com
Apresenta ligação Monômeros: álcool e
peptídica. D LU
ácido carboxílico baquelite silício e oxigênio
O C
N X

intercalados
SI O E
EN S
E U

Exemplo: Exemplo:
D E
A LD

náilon 66 dracon
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 111 29/05/2019 17:15


112 246 – Material do Professor

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
QUÍMICA 3B

1. Fac. Direito São Bernardo do Campo-SP – Os teci- a) A produção do PET exige a utilização de dois mo-
dos de roupas esportivas estão cada vez mais leves, nômeros, o etano-1,2-diol (etilenoglicol) e o ácido
resistentes, com tramas que permitem que o suor eva- benzeno-1,4-dioico (ácido tereftálico).
pore e a pele “respire”, melhorando o conforto térmico b) A sacarose é um polímero natural, assim como a ce-
dos atletas e, consequentemente, a sua performance. lulose e o amido, que tem como monômero a glicose.
Esses tecidos são desenvolvidos, em geral, de fibras c) As proteínas são poliamidas classificadas como po-
poliméricas contendo grupos amida, as poliamidas. límeros sintéticos, pois são sintetizadas pelo corpo
Esses polímeros são obtidos pela reação de condensa- humano por meio de aminoácidos.
ção entre monômeros que contêm dois grupos reativos,
d) O polietileno e o poli(tereftalato de etileno) são clas-
permitindo a formação de uma longa cadeia polimérica. sificados como polímeros de adição, porque as mo-
Para a produção de uma poliamida, é necessário que léculas dos seus monômeros vão se adicionando.
os monômeros apresentem as funções e) As macromoléculas do polietileno mantêm-se unidas
a) álcool e amina. por interações intermoleculares de ligações entre os
hidrogênios de uma cadeia e os carbonos da outra
b) ácido carboxílico e amina. cadeia carbônica.
c) ácido carboxílico e nitrocomposto.
a) Correto. A produção do PET exige a utilização de dois monômeros,
d) álcool e nitrocomposto. o etano-1,2-diol (etilenoglicol) e o ácido benzeno-1,4-dioico (ácido te-
reftálico).
A poliamida (polímero pertencente à classe funcional amida) é obtida
por meio da condensação do monômero que contém a função ácido H H O O H H O O
carboxílico com o monômero que contém a função amina.
HO C C OH HO C C OH O C C O C C + n H2O

O
H H H H n

BO O
2. Unioeste-PR (adaptado) – O Dacron é um polímero
® Etilenoglicol Ácido tereftálico Poli(tereftalato de etileno)

SC
que pode ser obtido pela reação de um ácido dicar-

M IV
boxílico e um triol, cujo resultado é uma fibra com a b) Incorreto. A sacarose é um dissacarídio.

O S
estrutura representada a seguir. Sobre o Dacron®, que c) Incorreto. As proteínas são consideradas polímeros naturais.

D LU
tem parte de sua estrutura representada a seguir, indi-
que os reagentes utilizados para a síntese e a função
d) Incorreto. O poli(tereftalato de etileno) é classificado como um polí-
mero de condensação.
O C
orgânica presente. e) Incorreto. As macromoléculas do polietileno (não polares) mantêm-se
N X

unidas por interações intermoleculares do tipo dipolo-induzido.


SI O E

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em


situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
OOC COO CH2CH2 OOC COO CH2CH2
tífico-tecnológicas.
EN S

Habilidade: Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplican-


E U

do conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.


D E

4. UDESC – A sigla PET está presente em diversas em-


A LD

Os reagentes utilizados para a síntese do Dracon® são: ácido ben- balagens plásticas e deriva do nome científico dado a
esse plástico: poli(tereftalato de etileno). O PET pode
zenodioico e etanodiol. O Dracon® apresenta a função éster, logo ser obtido por meio da reação química direta entre o
EM IA

ácido tereftálico e o etilenoglicol.


ST ER

é um poliéster.
O OH
SI AT

n + n HO
3. UEFS-BA C7-H27 OH
M

HO O
COOH OH
Alta temperatura −H2O
O OH

O O

HO OH
O
COOH OH
O
n

Ácido Tereftálico Glicose


Assinale a alternativa correta em relação à reação anterior.

Polímeros são macromoléculas de origem natural ou a) O etileno glicol é um composto apolar e apresenta
sintética com amplo espectro de utilização e podem ser interações fracas entre suas moléculas.
classificados de acordo com o grupo funcional caracte- b) As cadeias de polímeros formadas são capazes de
rístico pela reação que os origina, no caso dos políme- realizar ligações de hidrogênio entre si.
ros sintéticos, bem como por suas propriedades físicas. c) O ácido empregado na reação apresenta duas carbo-
Sabendo-se que PET, ou PETE, é a sigla para o poliés- xilas, nas quais o carbono apresenta hibridização sp.
ter poli (tereftalato de etileno) e com base no conhe- d) A reação de formação desse polímero é conhecida
cimento sobre polímeros e nas fórmulas estruturais como reação de esterificação, também chamada de
representadas, é correto afirmar: polimerização de condensação.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 112 29/05/2019 17:15


247 – Material do Professor 113

e) A nomenclatura oficial (IUPAC) para o etileno glicol 6. IBMEC-RJ – Polímeros são moléculas de grande massa

QUÍMICA 3B
é 1,2-butanodiol. molecular que vêm sendo cada vez mais utilizados em
Os polímeros de condensação, também conhecidos como polímeros de substituição a materiais tradicionais, como vidro, ma-
eliminação, são formados pela reação entre monômeros (que podem ser deira, aço, algodão e na fabricação dos mais diversos
iguais ou diferentes), com a eliminação de moléculas pequenas. Nesse produtos. Com relação a esses compostos, analise as
caso, forma-se uma nova função éster, ou seja, essa reação pode ser
chamada de reação de esterificação por ser uma reação entre um ácido proposições a seguir e coloque verdadeiro V ou falso F.
carboxílico e um álcool, produzindo éster e água. I. ( ) Nas reações de polimerização por condensação,
além da formação de macromoléculas, ocorre libe-
5. PUC-RS (adaptado) – A utilidade dos polímeros para o ração de moléculas menores, como água e metanol.
ser humano parece não ter fim. Nossa espécie encon-
II. ( ) O poliestireno é um polímero obtido por adição,
trou inúmeras aplicações para os polímeros sintéticos, sendo muito utilizado na fabricação de pratos, xícaras
mas os polímeros naturais também não ficam atrás: e como isolante térmico.
não só nós, como também outros seres vivos se valem
deles para uma infinidade de usos. Kevlar é um polímero III. ( ) Celuloses são polímeros formados com base na
glicose.
de condensação com alta resistência ao calor e à tração,
sendo empregado na confecção de esquis e coletes à Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
prova de balas. Com base no exposto, qual a estrutura reta.
do Kevlar (A) e a função orgânica que compõe a estru- a) F – V – V
tura desse polímero?
b) V – V – V
OH OH
H2N NH2 c) F – V – F
O O + A d) V – F – V
e) F – F – F

O
Ácido p-benzenodioico Benzenodiamina

BO O
I. Verdadeiro. Nas reações de polimerização por condensação,

SC
M IV
Amida além da formação de macromoléculas, ocorre liberação de mo-
O O léculas menores, como água e metanol.

O S
II. Verdadeiro. O poliestireno é um polímero obtido por adição,
HO NH D LU NH2
sendo muito utilizado na fabricação de pratos, xícaras etc., e como
isolante térmico.
O C
III. Verdadeiro. Celuloses são polímeros formados com base na
N X

glicose.
Kevlar
SI O E

O Kevlar possui a função amida.


EN S
E U

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
D E
A LD

7. Fac. Direito São Bernardo do Campo-SP (adaptado) II. O etilenoglicol é um dos monômeros que participam
Pesquisadores na Espanha e na Inglaterra descobriram que da reação para formação de um polímero de adição.
EM IA

as larvas da traça-grande-da-cera (Galleria mellonella) de- III. O etilenoglicol possui dois carbonos secundários.
gradam o polietileno, que responde por 40% dos plásticos. IV. A reação entre polietileno e etilenoglicol forma o po-
ST ER

A equipe pôs 100 lagartas-da-cera numa sacola de com- límero de condensação poli (tereftalato de etileno).
pras comercial de polietileno por 12 horas, e as criaturas
SI AT

Assinale a afirmativa correta.


consumiram e degradaram em torno de 92 miligramas, ou
quase 3% da embalagem. Para atestar que a mera masti- a) Apenas a afirmativa I é verdadeira
M

gação das larvas não era a causa da quebra do polietileno, b) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
os pesquisadores trituraram algumas lagartas numa pasta c) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e a aplicaram em filmes plásticos. Catorze horas depois, os d) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.
filmes haviam perdido 13% de suas massas, presumivel-
mente dissociadas por enzimas do estômago das larvas. 8. Unifor-CE – Polímeros são macromoléculas construídas
Ao inspecionar os filmes degradados, a equipe encontrou por meio de muitas unidades pequenas que se repe-
traços de etilenoglicol, produto da dissociação de polietile- tem, chamadas monômeras ou meros. Um dos polí-
no e sinal de uma verdadeira biodegradação. meros de larga aplicação é o náilon 66, que apresenta
Scientific American, Brasil, 176. ed., setembro 2017. alta resistência e é facilmente moldável. A reação de
obtenção do náilon 66 é mostrada a seguir.
Em relação aos compostos polietileno e etilenoglicol,
representados nas fórmulas a seguir, foram feitas as O
seguintes afirmações. OH
C + NH2
C H2N
OH
H H O Hexametilenodiamina
OH Ácido adípico
C C HO
H H n O H

... C C N ...
Polietileno Etilenoglicol
N
O H n
I. O polietileno é um polímero sintético de adição, cujo
monômero é o eteno. Náilon 66

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 113 29/05/2019 17:15


114 248 – Material do Professor

De acordo com a reação, a função orgânica que é for- 01) A reação de despolimerização do PET pode ser
QUÍMICA 3B

mada pela reação de polimerização é caracterizada como uma hidrólise básica de éster.
a) amida. d) aldeído. 02) O PET é um tipo de poliéster formado pelo processo
de polimerização por adição.
b) amina. e) carbonila.
04) O PET pode ser obtido pela reação de esterificação
c) éster.
do ácido tereftálico com etilenoglicol em meio ácido.
9. UFSM-RS 08) O ácido tereftálico pode ser repolimerizado, sendo
que a reação do TPA com p-diaminobenzeno origina
Não é de hoje que os polímeros fazem parte de nossa vida;
um polímero da classe das poliamidas.
progressos obtidos pelos químicos permitiram avanços im-
portantes em diversas áreas. Os avanços científicos e tecno- Dê a soma dos itens corretos.
lógicos têm possibilitado a produção de novos materiais mais
resistentes ao ataque químico e ao impacto. O Kevlar tem
sido utilizado na produção industrial de coletes à prova de
balas, além de apresentar característica de isolante térmico.
A obtenção desse polímero ocorre por meio da reação
a seguir.
HO O H H
C N O O
catalisadores C C H
n +n N N + 2n H2O
H
C N

O
n
HO O H H

BO O
SC
PERUZZO, Francisco M.; CANTO, Eduardo L. Química na

M IV
abordagem do cotidiano. vol. 3. São Paulo: Moderna,

O S
2009. p.374. Adaptado.
Com base nos dados, é correto afirmar que o polímero
é obtido por uma reação de D LU
O C
a) condensação e ocorre entre um ácido carboxílico e
N X

uma amina secundária.


SI O E

b) desidratação, e os grupos funcionais ligados ao anel


benzênico ocupam a posição orto e meta.
EN S

c) adição, e o polímero resultante é caracterizado por


E U

uma poliamina alifática.


d) condensação, e o polímero resultante é caracterizado
D E

por uma poliamida aromática.


A LD

e) polimerização, e um dos reagentes é o ácido ben-


zoico. 11. UPE – Uma indústria produz uma resina utilizada para
EM IA

a fabricação de cabos para panelas. Essa matéria-prima


é obtida pela condensação do
ST ER

10. UEM-PR – O tereftalato de polietileno, ou PET, é um plás-


tico polimérico amplamente utilizado em embalagens. a) etileno.
SI AT

A demanda por esses plásticos tem crescido de forma b) fenol com o metanal.
significativa nos últimos anos, o que tem ocasionado
c) isopreno (2-metil 1,3-butadieno).
M

grande impacto ambiental. Uma maneira de minimizar


os efeitos da poluição causada pelo PET é o processo d) éster metílico do ácido tereftálico com o etilenoglicol.
de reciclagem, sendo a reciclagem química uma boa e) ácido adípico (ác. hexanodioico) com a hexametile-
alternativa. Um exemplo é o processo de hidrólise do nodiamina (hexan-1,6-diamina).
PET, no qual ele é despolimerizado em seus monômeros,
sendo o de maior importância o ácido tereftálico (TPA), 12. Unicamp-SP – O policarbonato representado na figura
o qual pode ser repolimerizado. Considerando a reação a seguir é um polímero utilizado na fabricação de CDs
de despolimerização do PET, assinale o que for correto. e DVDs. O policarbonato, no entanto, foi banido da
fabricação de mamadeiras, chupetas e vários utensílios
O O domésticos, pela possibilidade de o bisfenol-A, um de
O C C O CH2CH2 + H2O seus precursores, ser liberado e ingerido. De acordo
com a literatura científica, o bisfenol-A é suspeito de
n vários malefícios para a saúde do ser humano.
PET
O CH3 O CH3 O CH3 O
O C O C O C O C O C O C O C O
Base CH3 CH3 CH3

O O
a) Em contato com alguns produtos de limpeza e no
HO C C OH + HOCH2CH2OH aquecimento em micro-ondas, o policarbonato pode
liberar unidades de bisfenol-A que contaminam os
alimentos. Sabendo-se que um fenol tem uma hidro-
Ácido tereftálico Etileno glicol xila ligada ao anel benzênico, escreva a estrutura da

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 114 29/05/2019 17:15


249 – Material do Professor 115

molécula do bisfenol-A que poderia ser liberada de- do ácido 6-aminoexanoico. O poliestireno é produzido

QUÍMICA 3B
vido à limpeza ou ao aquecimento do policarbonato. através de uma reação de adição do monômero estireno
b) Represente a fórmula estrutural do fragmento do (vinilbenzeno). Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a
polímero da figura anterior, que justifica o uso do respeito dessas reações e dos polímeros formados.
termo “policarbonato” para esse polímero. 01) O náilon-66 é uma poliamina, e o poliestireno tem
o benzeno em sua cadeia principal.
02) Por meio da estrutura química, pode-se concluir
que os náilons têm pouca afinidade pela água (são
hidrofóbicos), mas que o poliestireno é hidrofílico.
04) O poliestireno e o náilon-6 são homopolímeros, en-
quanto o náilon-66 é um copolímero de condensação.
08) Uma unidade repetitiva (um mero) do poliestireno
apresenta oito átomos de carbono, enquanto um
mero náilon-6 apresenta seis átomos de carbono.
16) A reação de formação do náilon-66 é chamada de rea-
ção de condensação e tem como subproduto a água.
Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s).

O
BO O
13. Espcex-SP/Aman-RJ – O polímero Kevlar® (poliparafe-

SC
M IV
nileno de tereftalamida), usado em materiais de proteção
balística, foi descoberto pela química sueca Stephanie

O S
Kwolek, na tentativa de desenvolver um novo polímero
D LU
para uso em pneus. Apresenta elevada resistência tér-
mica e mecânica por suas cadeias estabelecerem uma
O C
rede polimérica, por meio de interações intermolecu-
N X

lares fortes. Pode ser sintetizado pela reação entre as


SI O E

substâncias 1,4-fenileno-diamina (1,4-diaminobenzeno) e


ácido tereftálico (ácido 1,4-benzenodicarboxílico), como
EN S

mostra a equação da reação a seguir.


E U

OH O
D E

NH2 H
A LD

+ O catalisador

O – H2O N
H2N
O
EM IA

OH NH
n
ST ER

1,4-fenileno-diamina Ácido tereftálico Kevlar

Com relação a essa reação e às estruturas apresenta-


SI AT

das, são feitas as seguintes afirmativas.


M

I. A hibridização de todos os carbonos nas estruturas


dos reagentes é do tipo sp2.
II. A reação de obtenção do poliparafenileno de terefta-
lamida é classificada como de substituição, por adi-
cionar uma molécula de água à estrutura do polímero.
III. O Kevlar é uma substância iônica de alta massa
molecular.
IV. A fórmula molecular da substância 1,4-fenileno-
diamina é C6H8N2.
V. As interações intermoleculares que mantêm as ca- 15. EBM-SP
luz solar
deias do Kevlar unidas, formando redes poliméri-
6 CO2(g) 1 6 H2O() clorofila C6H12O6(s) 1 6 CO2(g)
cas, são do tipo ligações de hidrogênio (pontes de
hidrogênio). OH
Estão corretas apenas as afirmativas
a) II e V. d) III, IV e V. O
HO
b) III e IV. e) I, II e IV.
c) I, IV e V. HO
OH
14. UEM-PR – O náilon-66 é produzido pela reação entre o
ácido adípico (ácido hexanodioico) e a hexametilenodia- OH
mina (1,6- diaminoexano). O náilon-6 é produzido a partir Glicose

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 115 29/05/2019 17:15


116 250 – Material do Professor

Os organismos fotossintéticos removem parte do dióxido de carbono da atmosfera, o


QUÍMICA 3B

que diminui a concentração de gases de efeito estufa emitidos por atividades antrópicas
e, pela absorção de energia solar, produzem glicose, de acordo com a reação química
representada de maneira simplificada pela equação química. Moléculas de glicose, re-
presentadas pela estrutura química, combinam-se para formar a celulose – constituinte
da parede celular dos vegetais – e o amido – armazenado em diferentes órgãos vegetais.
Considerando-se as informações e os conhecimentos das Ciências da Natureza, é
correto afirmar:
a) A glicose é um carboidrato de caráter básico que apresenta o grupo funcional das
cetonas na sua estrutura química.
b) O volume de CO(g) retirado da atmosfera pela absorção de 500 g do gás na fotossín-
tese é de 200 L, medidos nas CNTP.
c) A energia liberada no processo de fotossíntese é utilizada para o desenvolvimento
dos seres vivos de uma cadeia alimentar.
d) O amido e a celulose são polímeros naturais obtidos pela reação de condensação
entre moléculas de glicose com eliminação de água.
e) A ingestão de celulose, presente nas folhas verdes, é importante para a obtenção
das moléculas de glicose utilizadas pelas células do organismo humano.

16. Fuvest-SP – O glicerol pode ser polimerizado em uma reação de condensação ca-
talisada por ácido sulfúrico, com eliminação de moléculas de água, conforme se
representa a seguir.

O
BO O
SC
OH OH OH

M IV
+ glicerol + glicerol
HO OH HO O OH trímero polímero
−H2O −H2O

O S
D LU
a) Considerando a estrutura do monômero, pode-se prever que o polímero deverá ser
formado por cadeias ramificadas. Desenhe a fórmula estrutural de um segmento
O C
do polímero, mostrando quatro moléculas do monômero ligadas e formando uma
N X

cadeia ramificada.
SI O E

Para investigar a influência da concentração do catalisador sobre o grau de polimeriza-


ção do glicerol (isto é, a porcentagem de moléculas de glicerol que reagiram), foram
efetuados dois ensaios:
EN S

(agitação e aquecimento
E U

durante 4h)
Ensaio 1: 25 g de glicerol 1 0,5% (em mol) de H2SO4 polímero 1
D E

(agitação e aquecimento
A LD

durante 4h)
Ensaio 2: 25 g de glicerol 1 3% (em mol) de H2SO4 polímero 2
Ao final desses ensaios, os polímeros 1 e 2 foram analisados separadamente. As
EM IA

amostras de cada um deles foram misturadas com diferentes solventes, observando-


-se em que extensão ocorria a dissolução parcial de cada amostra. A tabela a seguir
ST ER

mostra os resultados dessas análises.


SI AT

Solubilidade (% em massa)
Amostra
M

Hexano (solvente apolar) Etanol (solvente polar)


Polímero 1 3 13
Polímero 2 2 3

b) Qual dos polímeros formados deve apresentar menor grau de polimerização? Ex-
plique sua resposta, fazendo referência à solubilidade das amostras em etanol.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 116 29/05/2019 17:15


251 – Material do Professor 117

Assinale a alternativa que apresenta dois monômeros

QUÍMICA 3B
que podem ser utilizados diretamente na síntese do
polietilenotereftalato.
a) O O
HO CH2 CH2 OH C C
HO OH

b) O O
HO CH2 CH2 OH C C
H3C CH3

c) O O
O O
C C C C
HO OH H H

17. PUC-SP – O polietilenotereftalato (PET) é um polímero


d) O O O O
de larga aplicação em tecidos e recipientes para bebidas
gaseificadas. A seguir, temos uma possível represen- C C C C
tação para a sua estrutura. H3C CH3 HO OH

e) O O
C C HO CH2 CH2 OH

O
BO O
HO OH

SC
M IV
O S
ESTUDO PARA O ENEM
18. UPE C7-H24
D LU 19. Enem C7-H24
O C
Impressoras 3D vêm revolucionando por causa da sua ver-
N X

O náilon é um polímero (uma poliamida) obtido pela


satilidade. Um exemplo é a produção de exoesqueleto à
SI O E

reação do ácido adípico com a hexametilenodiamina,


base de polímeros, que podem substituir o gesso, como como indicado no esquema reacional.
mostrado na figura a seguir.
O O O O
EN S
E U
DENIZ KARAZAHIN/CORTEX

HO 4 OH + H2N 4 NH2 4 N 4 N + nH O
2
H H
D E

n
Ácido hexanodioico 1,6-diamino-hexano
A LD

(ácido adípico) (hexametilenodiamina) Náilon 6,6

Na época da invenção desse composto, foi proposta


EM IA

uma nomenclatura comercial, com base no número de


átomos de carbono do diácido carboxílico, seguido do
ST ER

número de carbonos da diamina.


De acordo com as informações do texto, o nome co-
SI AT

mercial de uma poliamida resultante da reação do ácido


butanodioico com o 1,2-diamino-etano é
M

a) náilon 4,3 c) náilon 3,4 e) náilon 2,6


Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/
peca-impressa-em-3d-substitui-gesso-usado-em-fraturas>. b) náilon 6,2 d) náilon 4,2
Adaptado.
20. Enem C7-H24
O náilon é um material muito interessante para esse O poli(ácido lático) ou PLA é um material de interes-
tipo de impressão, uma vez que produz peças flexíveis se tecnológico por ser um polímero biodegradável e
e muito resistentes. Um tipo de estrutura polimérica bioabsorvível. O ácido lático, um metabólito comum no
desse material é representado por organismo humano, é a matéria-prima para produção
a) H H d) O O do PLA, de acordo com a equação química simplificada.
C C C (CH2)4 C N (CH2)6 HN CH3 CH3 O CH3
n
H
H H n OH OH
polimerização
O
HO HO O
n
b) e) H2 O O O O CH3 O
H C C
O H2 Ácido d/l-lático 100 ≤ n ≤ 10 000
C C O
H H n Que tipo de polímero de condensação é formado nessa
reação?
c) H C, a) Poliéster d) Poliuretana
C C b) Polivinila e) Policarbonato
H H n c) Poliamida

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 117 29/05/2019 17:15


118 252 – Material do Professor

27
QUÍMICA 3B

BIOMOLÉCULAS I – LIPÍDIOS

CHASSENET/123RF.COM
• Biomoléculas
• Ácido graxo
• Glicerídios
• Óleos
• Gorduras
• Cerídeos

O
BO O
SC
M IV
HABILIDADES

O S
• Definir o que são lipídios
pela sua reação de
formação. D LU
O C
• Identificar os tipos de
N X

lipídios.
SI O E

• Diferenciar óleos de
gorduras por meio de suas
EN S

estruturas e propriedades.
E U

• Entender a formação dos


D E

cerídeos e suas diferentes


A LD

aplicações.
Os lipídios simples podem ser classificados em óleos e gorduras.
EM IA

Os lipídios estão presentes em quase todos os alimentos que comemos, tanto


ST ER

de origem animal como de origem vegetal. Esses compostos são essenciais ao


ser humano, pois desempenham papéis importantes em nosso organismo desde
SI AT

a função energética até a produção de hormônios. Neste módulo, serão estudados


M

os lipídios simples, com uma atenção especial aos glicerídeos (óleos e gorduras).

Lipídios
Não há uma definição exata para lipídios, mas existe um consenso que limita a
definição de lipídios a ácidos graxos e seus derivados. Essas substâncias apresen-
tam baixa solubilidade em água e alta solubilidade em solventes orgânicos, como
o hexano e o clorofórmio.
Os lipídios podem ser classificados de acordo com o esquema a seguir; porém,
neste módulo, abordaremos somente os lipídios simples.

 
 Óleos
 Glicerídios 
Simples   Gorduras  Fosfatídios
Compostos 

 Cerídeos (ceras)  Cerebrósidos

Os lipídios nos alimentos referem-se aos triésteres de ácidos graxos e glicerol,


chamados de triglicerídios, e são substâncias de alto teor calórico.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 118 19/06/2019 10:19


253 – Material do Professor 119

TRIGLICERÍDIOS (TRIACILGLICEROL)
Os triglicerídios são formados por reação de esterificação, como já estudado em

QUÍMICA 3B
módulos anteriores.

H O
O
H O C R1 H C O C R1
H
H C OH O
+ O
H C OH H C O C R2
H O C R2
H C OH O
H O H C O C R3

Glicerol H O C R3 H
(Triálcool)
Ácidos graxos Gordura ou óleo
(Triacilgliceróis)

Os triglecerídios podem se apresentar na forma de óleos ou gorduras. O que


determina essa característica é o grau de saturação dos ácidos graxos: ácidos graxos
saturados apresentam altas temperaturas de fusão, identificando-se, portanto, como
sólidos (gordura), enquanto os ácidos graxos insaturados identificam-se como óleos,

O
pois apresentam baixa temperatura de fusão.

BO O
SC
Gorduras: são sólidos formados por ácidos graxos saturados e de origem animal.

M IV
Os alimentos de origem animal, fontes de lipídios, são carnes vermelhas, peixes,

O S
ovos, leite e manteiga.

O
H D LU H H H H H H H H
O C
N X

C C C C C C C C C C H
SI O E

O
H H H H H H H H H
H
EN S

Óleos: são liquidos formados por ácidos graxos insaturados e de origem vegetal.
E U

Os alimentos de origem vegetal, fontes de lipídios, são coco, abacate, azeite de oliva
D E

e oleaginosas, como castanhas, nozes, amêndoas e gergelim.


A LD

H H H H H H H
O H
EM IA

H
C C C C C C C C
C
ST ER

O C
H H H H H H
H
H
SI AT

• Transformação de óleo em gordura


M

Compreende-se facilmente a transformação industrial de óleo em gordura pela


simples adição de H2 (hidrogenação).
Ni
Óleo comestível + H2 Gorduras (margarinas)
150°C ⋅
A margarina é, por exemplo, um produto obtido por hidrogenação de óleos vegetais.
A hidrogenação modifica as propriedades físicas e químicas do material. As
gorduras hidrogenadas demoram mais tempo para se tornar rançosas do que as
não hidrogenadas. A rancidez deve-se à presença de ácidos e aldeídos voláteis, de
mau odor, obtidos pela reação do oxigênio do ar com carbonos próximos das du-
plas-ligações na cadeia carbônica. A hidrogenação reduz o número de insaturações
na cadeia carbônica, o que retarda o desenvolvimento do ranço.
Para se determinar o grau de insaturação do ácido graxo, faz-se uso do teste de
iodo. O iodo (solução de cor castanha) é adicionado às duplas-ligações e, conse-
quentemente, há uma perda na coloração castanha da solução.
I I

C C + I2 C C

Halogenação

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 119 29/05/2019 17:15


120 254 – Material do Professor

CERÍDEOS (CERAS) LEITURA COMPLEMENTAR


QUÍMICA 3B

As ceras são formadas pela reação de ésteres de


Qual a diferença entre o colesterol “bom” e o
ácidos graxos saturados e álcoois de cadeia longa.
“ruim”?
O O colesterol é um lipídio da família dos esteroides e
H31C15 C + OH CH2 C30H61 possui a fórmula molecular C27H46O. Esse lipídio é uma
molécula complexa, pois, além da hidroxila, apresenta
OH
quatro anéis de carbono ligados entre si.
Ácido palmítico Álcool mericílico

O
H
H31C15 C + H2O
H
OH CH2 C30H61
H H
Palmitato de mericila (cera de abelha) HO
SHAIITH/SHUTTERSTOCK

O colesterol, por ser um lipídio, é uma molécula pre-


dominantemente apolar, já que o grupamento hidroxila
não é suficiente para torná-lo solúvel em água. Por causa

O
disso, o nosso organismo precisa de uma “armadilha”

BO O
SC
para transportar o colesterol, formando, assim, comple-

M IV
xos lipoproteicos (diferentes combinações de gorduras

O S
e proteínas). A partir daí, temos dois tipos de colesterol:
D LU LDL: vem da sigla em inglês Low Density Lipoprotein,
O C
que significa proteína de baixa densidade. Esse tipo de
N X

colesterol tem como característica apresentar uma maior


SI O E

quantidade de gordura do que de proteína, sendo leva-


do das células até os tecidos. É considerado o colesterol
EN S

ruim, pois possui excesso de gordura.


E U

As ceras das abelhas ficam retidas no favo. HDL: vem da sigla em inglês High Density Lipoprotein,
D E

que significa proteína de alta densidade. Esse tipo de


A LD

A cera também é um composto não polar, ou seja,


colesterol tem como característica apresentar uma maior
não se mistura à água. Por causa disso, ela é utilizada
quantidade de proteína do que de gordura, sendo le-
EM IA

como impermeabilizante nas folhas de vegetais, a fim


vado dos tecidos até o fígado (onde será excretado). É
ST ER

de evitar uma perda excessiva de água ou mesmo o


considerado o colesterol bom, pois retira o excesso de
seu encharcamento, e nas penas de aves aquáticas.
gordura para ser excretado.
SI AT
KASEM CHOOSRICHOM/123RF.COM

Caso os níveis de LDL estejam acima dos indicados pela


M

Organização Mundial de Saúde (OMS), aumenta-se a


chance do colesterol ser acumulado nas paredes das ar-
térias, obstruindo a passagem sanguínea e provocando
uma doença chamada aterosclerose.
TUSSIK13/123RF.COM

O excesso de gordura impede o fluxo sanguíneo.


A água escorre das folhas por causa da cera.
Guia didático sobre o colesterol. Disponível em: <http://research.ccead.
Nos ouvidos humanos, a cera possui a função de puc-rio.br/sites/reas/wp-content/uploads/sites/15/2017/10/guiaDi-
datico_colesterol.pdf>. Acesso em: jan. 2019. Adaptado.
protegê-los contra infecções e micro-organismos.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 120 29/05/2019 17:16


255 – Material do Professor 121

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

QUÍMICA 3B
1. FEI-SP – Com relação ao óleo de oliva, afirma-se: 2. O triglicerídio presente na dieta humana é digerido no
I. É uma mistura de substâncias pertencentes ao gru- trato gastrintestinal pelas enzimas digestivas e produz
po _________________________________. a) aminoácidos.
II. Para transformá-lo em gordura, devemos submetê- b) glicose.
-lo a uma reação de ____________________________ c) ácido graxo e glicerol.
As respostas corretas para os itens I e II são d) sacarose.
a) das proteínas e oxidação. e) glicerídeo.
b) dos lipídios e hidrogenação.
Resolução
c) dos carboidratos e hidratação.
d) dos ésteres e cloração. A hidrólise de triglicerídios produz ácido graxo e glicerol.
e) dos hidrocarbonetos e polimerização.
Resolução

Os óleos caracterizam-se por serem misturas de lipí-


dios e, para torná-los gorduras, basta submetê-los à
hidrogenação catalítica.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 121 29/05/2019 17:16


122 256 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 3B

LIPÍDIOS SIMPLES

Glicerídios Cerídeos

O
BO O
SC
M IV
Formados pela reação de

O S
Triglicerídios ácidos graxos saturados e álcoois de cadeias longas.

D LU
O C
N X
SI O E

Formados pela reação de


glicerol e ácido graxo.
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

Óleos Gorduras
ST ER
SI AT
M

A cadeia carbônica A cadeia carbônica


do ácido graxo é do ácido graxo é
insaturada. saturada.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 122 29/05/2019 17:16


257 – Material do Professor 123

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 3B
1. FMIT-MG – Confundem-se frequentemente óleos com — Oh, amada, cadê? Hummm... Bem, se ela realmente
gorduras. Qual é a diferença entre eles? for uma margarina, concordo que não possua colesterol.
a) Os óleos apresentam água de hidratação. Mas... O que me garante a ausência de gordura trans
no seu produto?
b) O peso molecular dos óleos é maior que o das gor-
duras. A vendedora olhou para a cliente, olhou-a de novo
c) Predominantemente, os óleos apresentam cadeias e disse:
insaturadas. — A senhora não deseja conhecer a nossa maionese?
d) Predominantemente, os óleos apresentam cadeias Analisando-se a situação descrita anteriormente, é cor-
saturadas. reto afirmar:
e) Somente os óleos possuem glicerol. a) A dúvida da consumidora residia no fato de que um
Do ponto de vista químico, verifica-se que os óleos são formados, prin- produto alimentício derivado de óleo vegetal deve
cipalmente, por ésteres de ácidos insaturados, enquanto as gorduras possuir gorduras trans.
são formadas por ésteres de ácidos saturados.
b) A concordância da consumidora na isenção de co-
2. UECE (adaptado) – Em nossa alimentação, é comum lesterol no produto deve-se ao fato de que essa
ingerirmos alimentos fritos em gorduras e óleos de substância está ausente na matéria-prima usada na
origem animal e vegetal, tais como: banha, óleo de produção de margarina.
milho, óleo de caroço de algodão etc. Atente ao que se c) A garantia da presença de gorduras trans na mar-
diz a respeito de gorduras e óleos a seguir, assinalando garina é o teste positivo com uma solução de iodo,
verdadeiro V ou falso F, e justifique suas respostas. no qual ocorre a mudança de coloração, de violeta
( ) Possuem, em suas estruturas, a mistura de pa- para marrom.

O
rafina e glicerina. d) Uma percepção sensorial acurada torna uma pes-

BO O
SC
( ) São constituídos por hidrocarbonetos não satu- soa capaz de distinguir substâncias que possuam

M IV
rados. ligações C=C do tipo trans, e, provavelmente, essa

O S
qualidade deveria ser pouco desenvolvida na cliente.
( ) Pertencem à família dos glicídios.
D LU
( ) São ésteres de ácidos carboxílicos de número de
carbonos variável e glicerina.
e) A opção dada pela vendedora para conhecimento
do outro produto descartaria a possibilidade de a
O C
cliente questionar sobre a presença de colesterol na
( ) Em geral, são ésteres de ácidos graxos com os
N X

maionese, pois essa é “0% colesterol”.


mais variados álcoois.
SI O E

As margarinas são essencialmente óleos de origem vegetal, parcial-


mente hidrogenados. Nesse caso, não há presença de colesterol. A
Falso. Os óleos e gorduras são constituídos de triglicerídios, que são
maionese é um alimento rico em colesterol contido na gema de ovos
EN S

(matéria-prima da maionese).
E U

ésteres da glicerina com ácidos graxos. Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
D E

tífico-tecnológicas.
Falso. São constituídos por hidrocarbonetos saturados.
A LD

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar


materiais, substâncias ou transformações químicas.
Falso. Os glicídios são carboidratos (ou sacarídios ou açúcares).
EM IA

4. IFSul-RS – Os triglicerídios são compostos orgânicos


presentes na composição de óleos e gorduras vegetais.
ST ER

Verdadeiro. Os ácidos graxos, que originam os triglicerídios, são ácidos


A reação que permite a obtenção de triglicerídios é
denominada
SI AT

carboxílicos, com cadeia carbônica de 4 a 36 átomos de carbono e com


a) esterificação.
M

uma ou mais duplas-ligações. Esses ácidos reagem com a glicerina para b) desidratação.
c) saponificação.
formar os óleos e gorduras. d) neutralização.

Verdadeiro. São ésteres de ácidos graxos com diversos álcoois. Os óleos e gorduras são constituídos de triglicerídios, que são ésteres
da glicerina (reações de esterificação), com ácidos graxos, que são
ácidos carboxílicos, contendo uma cadeia carbônica de 4 a 36 átomos
de carbono com uma ou mais duplas-ligações.

H O
H C O C R
HO CH2 O
O
3R C + HO CH H C O C R + 3 H2O
OH O
3. UPE C7-H24 HO CH2
H C O C R
O diálogo apresentado a seguir ocorreu em um super-
H
mercado quando uma cliente se aproximou de uma
demonstradora de produtos alimentícios. Ácido graxo Glicerol Triglicerídio Água

— Senhora, por favor. A senhora não deseja experimen-


tar a nossa margarina? É uma margarina sem gordura
trans e sem colesterol!

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 123 29/05/2019 17:16


124 258 – Material do Professor

5. Unicamp-SP Substituindo a equação 1 na 2, temos:


QUÍMICA 3B

O abacateiro é originário do México e da América Cen-


tral, sendo uma das plantas mais produtivas por unidade 9,1 · (54,4 – 1,02 · y) + 7,4 · y = 412 kJ
de área de cultivo. Nas diferentes variedades encontradas
no Brasil, os frutos têm composição bem variada. A tabela a y = 44,12 kJ/g de carboidratos
seguir mostra alguns atributos dos frutos de duas diferentes
espécies (informações relativas a 100 g de polpa). A ener- Substituindo o valor de y na equação 1, temos:
gia a que se refere a tabela, popularmente conhecida como
x = 54,4 – 1,02 · y
conteúdo (valor) energético, corresponde à energia de me-
tabolismo dos ingredientes presentes na polpa do abacate.
x = 54,4 – 1,02 · 44,12

Atributo Avocado Guatemala x = 9,4 kJ/g de lipídios

Proteínas/g 1,1 1,8 b) O produto desejado é o sabão. Para sua obtenção, é necessário fazer
Lipídios/g 10,2 7,4
reagir com o NaOH o lipídio, o qual é representado pelo triéster a seguir.
Carboidratos/g 8,9 7,3
Energia/kJ 544 412 H O
H C O C R
O R O R O
Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 32, n.H2. p. 274-280, 2012.
N Adaptado. H C O C R
N N
H H O
a) Levando em conta a tabela, R calcule
O os
R valores de

O
energias associadas a carboidratos e a lipídios, em H C O C R

BO O
SC
kJ por grama, considerando que as energias corres- H

M IV
pondentes a proteínas e a carboidratos são aproxi-
madamente iguais. Apresente seus cálculos.

O S
Reação de saponificação:
b) Uma antiga receita de sabão de abacate pro-
põe, entre outros ingredientes e procedimentos, D LU O
O C
o aquecimento da polpa da fruta na presença
de soda cáustica (NaOH). Levando em conta as H2C O C R
N X

O H 2C OH
informações dadas, escolha um dos componentes
SI O E

O
Δ
presentes no abacate que leve à formação do produ- HC O C R + 3 NaOH HC OH + 3 R C
Soda O– Na+
to desejado e escreva a equação química correspon- O cáustica Sabão
H 2C OH
EN S

dente, empregando a estrutura química apropriada.


Glicerol
E U

Estruturas químicas dos componentes do abacate: H2C O C R


Lipídio
D E

H O
A LD

H C O C R
O R O R O
H
EM IA

N H C O C R
N N
H H O
ST ER

R O R
H C O C R
H
SI AT
M

CH2OH
6. UEA-AM – Uma das formas de obtenção do óleo de
CH2OH
O H
amendoim em laboratório segue o seguinte proce-
H O H H
H dimento.
OH H OH H
O O O Etapa 1: colocar os grãos de amendoim (sem pele) em
H OH H OH um almofariz, acrescentar álcool e triturar bem. Nessa
etapa, o óleo contido no amendoim dissolve-se no álcool.
Etapa 2: filtrar a mistura contida no almofariz e recolher
a) Avocado
o líquido filtrado.
Etapa 3: destilar o líquido filtrado, obtendo-se o óleo
1,1 · x + 10,2 · y + 8,9 · x = 544 kJ
de amendoim e recuperando-se o álcool.
10 · x + 10, 2 · y = 544 kJ O óleo de amendoim é uma mistura natural constituída
principalmente por
x = 54,4 – 1,02 · y (Equação 1) a) aminoácidos.
b) sais minerais.
Guatemala c) lipídios.
d) proteínas.
1,8 · x + 7,4 · y + 7,3 · x = 412 kJ e) açúcares.
Os óleos são ácidos graxos insaturados que podem ser provenientes de
9,1 · x + 7,4 · y = 412 kJ (Equação 2) sementes oleaginosas, como é o caso do amendoim. Portanto, o óleo
de amendoim é composto principalmente por lipídios.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 124 29/05/2019 17:16


259 – Material do Professor 125

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

QUÍMICA 3B
7. UECE – As gorduras trans devem ser substituídas em
nossa alimentação. São consideradas ácidos graxos
artificiais mortais e geralmente são provenientes de
alguns produtos, tais como: óleos parcialmente hidro-
genados, biscoitos, bolos confeitados e salgados. Essas
gorduras são maléficas porque são responsáveis pelo
aumento do colesterol “ruim” LDL, e também reduzem
o “bom” colesterol HDL, causando mortes por doenças
cardíacas.

H
H

H H
HO
Colesterol

Com respeito a essas informações, assinale a afirma-


ção correta.

O
BO O
a) As gorduras trans são um tipo especial de gordura

SC
que contém ácidos graxos saturados na configuração

M IV
9. Unimontes-MG – Óleos vegetais e gorduras animais
trans. ou vegetais são misturas constituídas principalmente

O S
b) Na hidrogenação parcial, tem-se a redução do teor de por triacilgliceróis. Estes, quando hidrolisados totalmen-
D LU
insaturações das ligações carbono-carbono.
c) Colesterol é um fenol policíclico de cadeia longa.
te, resultam em moléculas de ácidos graxos livres (AGL)
e glicerol. A composição dos óleos ou gorduras é, em
O C
geral, expressa em porcentagem de AGL.
N X

d) Ácido graxo é um ácido carboxílico (COH) de cadeia


SI O E

alifática. A estrutura química a seguir é de uma molécula de


triacilglicerol.
8. UEM-PR – Tendo em vista que o consumo excessivo de
EN S

alimentos gordurosos é prejudicial à saúde, um vestibu- H2 H2 H2


E U

lando, quando foi ao mercado, leu a seguinte inscrição C C C O


H3C C C CH2 H2 H2 H H2 H2
no rótulo de uma determinada margarina: “Fabricada
D E

H2 H2 O C C C C C
com óleos vegetais hidrogenados”. Sobre esse assunto, H2 H2 O HC C C C C CH3
A LD

C C O H2 H2 H H2
é correto afirmar: H3C C CH2 O
H2
01) São chamados de ácidos graxos de cadeia saturada O
EM IA

aqueles que apresentarem dupla-ligação entre um


Em relação ao triacilglicerol (estrutura anterior), é cor-
ST ER

ou mais pares de carbonos da cadeia, sendo con-


siderados um óleo. reto afirmar que a sua hidrólise completa resulta em
SI AT

02) Uma dieta saudável deve conter certa quantidade a) uma molécula de AGL, com insaturação no carbono 6.
de gorduras e óleos, pois são necessários para o b) uma molécula de AGL saturada com 6 carbonos.
M

organismo absorver as vitaminas lipossolúveis (A,


D, E, K). c) duas moléculas de glicerol, CH2OHCH2OHCH2OH.
04) Glicerídeos são constituídos por moléculas do álcool d) uma molécula de AGL saturada com 8 carbonos.
glicerol, ligadas a uma, duas, ou três moléculas de
ácidos graxos. 10. UEM-PR – A respeito de gorduras, óleos vegetais,
08) Óleos e gorduras são glicerídeos e diferem quanto biodiesel, ácidos graxos e sabões, assinale a(s)
à temperatura de fusão: óleos são líquidos à tem- alternativa(s) correta(s).
peratura ambiente e gorduras são sólidas. 01) As gorduras trans são produzidas por um processo
16) Por meio de uma reação química, por adição de hi- de oxidação catalítica.
drogênio às moléculas de óleos vegetais, obtêm-se 02) Sabões podem ser produzidos por meio de uma rea-
produtos de consistência pastosa à temperatura ção ácido-base entre uma base forte e um ácido graxo.
ambiente. 04) As gorduras de origem animal são constituídas
Dê a soma dos itens corretos. essencialmente de ácidos graxos saturados, e os
óleos vegetais apresentam cadeias saturadas, mo-
noinsaturadas e poli-insaturadas.
08) Óleos vegetais poli-insaturados são sólidos e, pelo
processo de hidrogenação, tornam-se líquidos, em
temperatura ambiente.
16) Por meio de uma reação de transesterificação, é
possível produzir biodiesel. Para isso, um óleo ve-
getal reage na presença de um álcool de cadeia
curta e de um catalisador.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 125 29/05/2019 17:16


126 260 – Material do Professor

Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s). I. As gorduras, à temperatura ambiente, podem ser


QUÍMICA 3B

sólidas ou líquidas, sendo constituídas apenas por


ésteres de ácidos graxos insaturados.
II. O fato de a gordura ser uma substância de reserva
torna-se ainda mais evidente em animais que vivem
em situações ambientais extremas, como é o caso
dos ursos que são obesos para poderem enfrentar
longos períodos de hibernação.
III. A ação de limpeza de um sabão sobre a gordura das
mãos deve-se à alta polaridade do grupo carboxilato,
que o torna solúvel em água, e à baixa polaridade
da cadeia carbônica, que o torna solúvel na gordura.
Das proposições anteriores,
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

12. Unitau-SP – Um estudo realizado com ratos sugere


que as crianças que comem quantidades excessivas
de alimentos gordurosos não só se tornarão obesas,

O
BO O
mas também desenvolverão problemas cognitivos e

SC
M IV
psiquiátricos quando crescerem. Isso ocorre porque
dietas ricas em gordura esgotam os níveis de uma

O S
proteína-chave, denominada Reelin e composta por
D LU 3 641 aminoácidos, conhecida por ajudar as sinapses no
cérebro a funcionarem adequadamente. Consequente-
O C
mente, o esgotamento de Reelin leva a uma queda em
N X

várias formas de funções cognitivas, tais como percep-


SI O E

ção, atenção, memória e linguagem.


a) Conceitue gordura, do ponto de vista químico.
EN S

b) Esquematize uma reação química de síntese de uma


E U

11. UCS-RS gordura de reserva energética dos organismos.


Trinta por cento da população mundial está acima do peso.
D E

c) As gorduras e os óleos são alimentos importantes


A humanidade está perdendo a guerra contra a gordu-
A LD

para nosso organismo e, no estômago e no intes-


ra. Mas, e se existisse uma solução quase milagrosa para tino, são quebrados em moléculas menores, para
conter a onda de obesidade? Talvez exista. É o que reve- absorção. Explique como é realizado esse processo
EM IA

la o resultado de uma experiência realizada por cientistas de quebra no nosso organismo.


ST ER

americanos, que criaram uma bactéria capaz de impedir o


ganho de peso. É uma versão mutante da Escherichia coli,
SI AT

uma bactéria que faz parte da nossa flora intestinal.


Pesquisadores colocaram um gene a mais nesse micro-
M

-organismo e, graças a isso, ela passou a sintetizar


N-acilfosfatidiletanolamina. Esse hormônio é normalmen-
te produzido pelo corpo humano e tem uma função sim-
ples: informar ao cérebro que a pessoa comeu o suficiente.
Um grupo de ratos recebeu a “superbactéria”, misturada
com água, podendo comer o quanto quisessem, à vontade.
Mas, depois de oito semanas, os níveis de obesidade dimi-
nuíram. Os ratos não engordaram, pelo contrário, haviam
perdido peso. Tudo porque a bactéria mutante instalou-se
no organismo deles e começou a produzir o tal hormônio,
reduzindo a vontade de comer em excesso. Depois que os
ratos pararam de receber a bactéria modificada, o efeito
durou mais quatro semanas e não houve efeitos colaterais.
Agora, os pesquisadores querem testar a descoberta em
seres humanos. Se ela funcionar, será possível criar uma
bebida probiótica contendo a tal bactéria mutante – que as
pessoas beberiam para emagrecer.
Bactéria transgênica impede a obesidade.
Superinteressante, 339. ed., nov. 2014. p. 10. Adaptado.

Em relação às gorduras, considere as afirmativas


a seguir.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 126 29/05/2019 17:16


261 – Material do Professor 127

13. UECE – O termo lipídio engloba substâncias gordu- são constituídos de moléculas de baixa polaridade,

QUÍMICA 3B
rosas existentes nos reinos animal e vegetal. Alguns dissolvendo-se preferencialmente em .
exemplos bastante comuns são os óleos e as gorduras Por isso, são perdidos na remoção das placas, o que
vegetais e animais, como óleo de soja, óleo de girassol, poderia levar, por exemplo, à perda do .
azeite de oliva, manteiga, margarina, que têm gran-
Caroteno
de importância na alimentação e na constituição das
células vivas. Na temperatura ambiente, os óleos são
líquidos e as gorduras são sólidas, porque
a) as duplas-ligações das gorduras dificultam a intera-
ção entre as moléculas.
b) as cadeias carbônicas, nos óleos, são insaturadas e,
Ácido pantotênico
nas gorduras, são saturadas.
c) o fato de as cadeias carbônicas das moléculas das H OH
gorduras serem insaturadas facilita a interação entre H
N OH
elas. HO
d) há facilidade de interação entre as moléculas dos óleos,
favorecendo o aumento da temperatura de fusão. O O

14. UFG-GO – Na digestão, os alimentos são modificados Assinale a alternativa que preenche corretamente as
quimicamente pelo organismo, transformando-se em lacunas anteriores.
moléculas que reagem no interior das células para que
a) massa e volume molares – carboidratos – caroteno
a energia seja liberada. A seguir, a equação química
não balanceada representa oxidação completa de um b) polaridade e densidade – hidrocarbonetos – ácido

O
pantotênico

BO O
mol da substância tributirina, também conhecida como

SC
c) temperatura de fusão – água – caroteno

M IV
butirina, presente em certos alimentos.
d) massa e volume molares – proteínas – ácido pan-

O S
C15H26O6 + O2 → CO2 + H2O ∆H = –8 120 kJ/mol
totênico
D LU
A butirina está presente na manteiga e é utilizada na
produção de margarina. Classifique a butirina bioquimi-
e) polaridade e densidade – lipídios – caroteno
O C
camente e explique a produção de margarina. 16. USF-SP – Os lipídios desempenham inúmeras funções,
N X

como composição das membranas celulares, forneci-


SI O E

mento de energia, isolamento térmico, entre outras.


Também podem acarretar, quando em excesso, danos
EN S

ao organismo. Tais biomoléculas possuem inúmeras


E U

subclassificações, dentre as quais temos os plasma-


logênios, cuja estrutura é apresentada a seguir. Essa
D E

subclassificação representa a metade dos fosfolipídios


A LD

do coração.
C17H35
EM IA
ST ER

O O
SI AT

O−
O O
M

H33C16 P
O
O

H3N+
Plasmalogênio

a) Explique, com base na estrutura molecular apresen-


15. PUC-RS – A carne de panela é um prato muito aprecia- tada, o porquê de os fosfolipídios serem substân-
do da culinária tradicional, mas, em geral, é bastante cias anfifílicas e o motivo dessa característica ser
gorduroso, o que o torna inconveniente para muitas extremamente importante para a composição das
pessoas. Para obter uma carne de panela saborosa membranas celulares.
e com pouca gordura, uma possibilidade é cozinhá-la
b) Indique a conformação cis/trans da instauração entre
normalmente, com bastante molho, e deixá-la esfriar;
átomos de carbono e que tipo de isômero geométri-
depois, levar à geladeira. Devido à sua ________, a co é o principal responsável por doenças cardiovas-
gordura forma placas sólidas por cima do molho, po- culares nesse tipo de substância.
dendo ser facilmente removida. Depois, é só aquecer
novamente e tem-se uma carne de panela saborosa e
pouco gorda. Esse método é bom para retirar a gordura
e o colesterol (sempre presente na gordura animal),
mas há uma desvantagem. É que muitos nutrientes

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 127 29/05/2019 17:16


128 262 – Material do Professor

17. Unitau-SP – A criolipólise, técnica não invasiva, cria-


QUÍMICA 3B

da na Universidade de Harvard, consiste no congela-


mento controlado de células de gorduras, adipócitos,
e tem sido apontada como o tratamento mais mo-
derno para combater a gordura localizada. A gordura
cristalizada e os adipócitos são destruídos pelo sis-
tema linfático e, posteriormente, eliminados. A técni-
ca foi aperfeiçoada pela utilização de LED vermelho.
Enquanto o tecido adiposo é resfriado à temperatura
de 5 ºC a –10 ºC, a ponteira do equipamento emite
luz LED vermelha, que promove a reorganização do
tecido e a síntese de colágeno, diminuindo, assim, a
flacidez e melhorando a textura da pele.
Considerando-se a técnica de criolipólise, combinada
com LED vermelha e associada aos conhecimentos das
Ciências da Natureza, é correto afirmar:
a) O congelamento da gordura localizada tem o pro-
pósito de retirá-la porque a densidade do material
diminui com a temperatura.
b) As gorduras localizadas são triacilgliceróis insatura-
dos de temperatura de fusão maior que a tempera-
tura de fusão dos óleos vegetais.

O
BO O
SC
c) O colágeno é um lipídio resultante de reação química

M IV
entre cadeias de gorduras.

O S
d) A temperatura de fusão das gorduras localizadas está
D LU abaixo de 0 ºC.
e) As gorduras são solúveis em solventes não polares,
O C
como hexano e benzeno.
N X
SI O E

ESTUDO PARA O ENEM


EN S
E U

18. PUC-RS C7-H24 esvazia, fazendo com que você se sinta saciado. O princi-
D E

Segundo a SABESP, apenas um litro de restos de óleo pal sítio de digestão de lipídios é o intestino delgado, que
A LD

vegetal originado da fritura de alimentos, ao ser jogado contém uma lipase pancreática. A reação que representa a
na pia, é capaz de poluir cerca de 20 000 litros de água ação da lipase é indicada na equação:
dos rios. Isso gera a formação de filme flutuante, dificul-
EM IA

O
tando a troca gasosa e a oxigenação e, por conseguinte,
ST ER

impedindo a respiração e a fotossíntese.


CH2 O C R
Por outro lado, a reação entre óleo de fritura e álcool pode
SI AT

gerar o biodiesel, que, adicionado ao diesel de petróleo, O


diminui o impacto ambiental desse combustível. Além
M

lipase
disso, como subproduto, ocorre a formação de glicerina, CH O C R + 2 H2O
que pode ser usada na produção de resinas alquídicas,
aplicadas na fabricação de vernizes, tintas e colas. O

Pela análise dessas informações, é correto afirmar que


CH2 O C R
a) o diesel de petróleo consiste em um ácido graxo.
Triacilglicerol
b) a reação entre um óleo comestível e um álcool ori-
gina ésteres.
CH2 OH
c) o óleo vegetal é constituído de substâncias orgânicas
polares.
O O
d) a reação de formação do biodiesel tem por objetivo
lipase
gerar ácidos graxos combustíveis. CH O C R + 2R C OH
e) o óleo comestível é um conjunto de ácidos graxos
que, ao ser aquecido no processo de fritura de ali-
mentos, produz o biodiesel.
CH2 OH
19. Fameca-SP C7-H24 Monoacilglicerol
Você ingere cerca de 100 g de lipídios por dia, a maior par-
David A. Ucko. Química para ciências da saúde, 1992. Adaptado.
te na forma de triacilgliceróis. Eles passam praticamente
inalterados pela boca e pelo estômago. Sua presença no A reação direta, no sentido de formação do monoacil-
estômago, porém, diminui a velocidade com que ele se glicerol, e a reação inversa, no sentido de formação

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 128 29/05/2019 17:16


263 – Material do Professor 129

do triacilglicerol, são importantes reações orgânicas de ATP (trifosfato de adenosina) são os carboidratos. Em

QUÍMICA 3B
classificadas, respectivamente, como média, um ser humano adulto tem uma reserva energéti-
a) esterificação e hidrólise. ca na forma de carboidratos que dura um dia. Já a reserva
de lipídios pode durar um mês. O armazenamento de
b) hidrólise e adição nucleofílica.
lipídios é vantajoso sobre o de carboidratos pelo fato de
c) transesterificação e adição nucleofílica. os primeiros terem a característica de serem
d) hidrólise e esterificação.
a) isolantes elétricos.
e) adição nucleofílica e esterificação.
b) pouco biodegradáveis.
20. UFPR C7-H24 c) saturados de hidrogênios.
As moléculas mais utilizadas pela maioria das células d) majoritariamente hidrofóbicos.
para os processos de conversão de energia e produção e) componentes das membranas.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 129 29/05/2019 17:16


130 264 – Material do Professor

28 BIOMOLÉCULAS II –
QUÍMICA 3B

CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS

ELENA SCHWEITZER/SHUTTERSTOCK
• Carboidratos
• Proteínas
• Aminoácidos
• Ligação peptídica

HABILIDADES

O
• Definir carboidratos, com

BO O
SC
foco nas aldoses e cetoses.

M IV
• Classificar os tipos de

O S
carboidratos.
• Definir proteínas, com foco D LU
O C
nos aminoácidos.
N X

• Entender como se formam


SI O E

as ligações peptídicas.
• Classificar os tipos de
EN S

estruturas proteicas.
E U

• Entender o processo Ovos, derivados do leite e carnes são alimentos com alto índice de proteínas.
D E

de desnaturação das
A LD

proteínas. De onde podemos obter energia para as atividades do nosso cotidiano? Por que
as pessoas que fazem exercícios físicos ingerem aminoácidos? Após ingerir leite,
EM IA

você sente dores abdominais? Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo
ST ER

deste módulo com o estudo das biomoléculas poliméricas (alguns carboidratos e


todas as proteínas).
SI AT
M

Carboidratos
Comumente chamados de açúcares ou glicídios, os carboidratos são com-
postos de função mista poliálcool-aldeído (d-glicose) ou poliálcool-cetona
(d-frutose). O nome carboidrato refere-se à fórmula mínima CH 2O, isto é, um
hidrato de carbono.

OH
O

O
H OH
HO H HO H

H OH H OH
H OH
H OH

OH
OH

D-Glicose D-Frutose

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 130 19/06/2019 10:21


265 – Material do Professor 131

Os carboidratos possuem várias funções:


• são componentes estruturais essenciais das células;

QUÍMICA 3B
• atuam como sítios de reconhecimento na superfície da célula;
• servem de principal fonte energética metabólica.

917564/SHUTTERSTOCK

LAMIAFOTOGRAFIA/SHUTTERSTOCK
Açúcares (sacarídios) e madeira (celulose) são alguns exemplos de fontes de carboidratos.

O
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS

BO O
SC
M IV
Os carboidratos podem ser classificados em monossacarídio, oligossacarídio e
polissacarídio.

O S
Monossacarídios D LU
O C
São açúcares simples, formados por uma única unidade de poli-hidroxialdeído
N X

(aldoses) ou poli-hidroxiacetona (cetoses), que não se hidrolisam, como glicose,


SI O E

frutose, galactose etc. O monossacarídio mais abundante na natureza é o açúcar de


6 carbonos: D-glicose (chamado de dextrose).
EN S

Os monossacarídios podem ser classificados pela quantidade de carbonos em


E U

seu esqueleto.
D E
A LD

5 carbonos 7 carbonos
4 carbonos 6 carbonos
EM IA
ST ER
SI AT

Pentoses Heptoses
Tetroses Hexoses
M

Aldopentoses Aldoheptoses
Aldotetroses ou Aldohexoses ou
ou Cetopentoses ou Cetoheptoses
Cetotetroses Cetohexoses

Algumas oses importantes:

Duas pentoses importantes Duas hexoses comuns


H O H O H O H
C C C H C OH
H C OH CH2 H C OH C O
H C OH H C OH HO C H HO C H
H C OH H C OH H C OH H C OH
CH2OH CH2OH H C OH H C OH
D-ribose, 2-desóxi-D-ribose, CH2OH CH2OH
aldopentose aldopentose
D-glicose, D-frutose,
RNA DNA
aldo-hexose ceto-hexose

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 131 29/05/2019 17:16


132 266 – Material do Professor

Os monossacarídios de 4 ou mais carbonos, em solução aquosa, tendem a formar


estruturas cíclicas conforme o esquema a seguir.
QUÍMICA 3B

H O 6
CH2OH
1C 5 C OH
2 H H
H C OH
4 H
3
D-glicose C C 1
HO C H OH H
O
H
4
C OH HO
C C
3 2
5
H C OH H OH Carbono 6’
6 foi excluído
CH2OH

6 6
CH2OH CH2OH
Na estrutura resultante,
5 C OH 5 C OH
a hidroxila ligada ao H H
H H
C1 pode ficar situada H H
4 C 1C 4 C 1C
embaixo ou acima, OH H OH H
produzindo dois OH OH
HO HO
estereoisômeros, os C C C C
3 2 3 2
anômeros α e β.
H OH H OH

O
α-D-glicopiranose β-D-glicopiranose

BO O
SC
M IV
O S
Oligossacarídios
D LU
Consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídios, unidas por li-
O C
gações glicosídicas. O oligossacarídio mais comum é a sacarose, um dissacarídio
N X

proveniente da cana-de-açúcar. Este é formado por um D-glicose 1 D-frutose.


SI O E

Os dissacarídios consistem em dois monossacarídios unidos covalentemente


por uma ligação O-glicosídica. A ligação O-glicosídica é estabelecida entre dois ou
EN S

mais carboidratos com a consequente liberação de moléculas de água para o meio.


E U

Essa ligação é realizada por meio da condensação de um hemicetal de um carboi-


D E

drato com a hidroxila do outro.


A LD

CH2OH CH2OH
EM IA

O Hemiacetal O
ST ER

H H H H H OH
+
SI AT

OH H OH H
HO OH HO H
M

Álcool
H OH H OH
α-D-Glicose β-D-Glicose

Hidrólise Condensação

H2O H2O

6 6
CH2OH CH2OH
5 5
O Acetal O Hemiacetal
H H H H H OH
4 1 4 1
OH H OH H
HO H
O
3 2 3 2

H OH H OH
Maltose
α-D-glicopiranosil-(1 4)-D-glicopiranose

Polissacarídios
São polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídios;
alguns têm centenas ou milhares de unidades. A maioria dos carboidratos presen-

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 132 29/05/2019 17:16


267 – Material do Professor 133

tes na natureza são polissacarídios (amido, celulose,


glicogênio). Alguns polissacarídios, como a celulose,
Proteínas

QUÍMICA 3B
têm cadeias lineares; outros, como o glicogênio, são As proteínas são polímeros cujas unidades polimé-
ramificados. Ambos são formados por unidades repe- ricas são os aminoácidos.
tidas de D-glicose.
Os polissacarídios podem ser classificados da se-
AMINOÁCIDOS
São estruturas que apresentam as funções ácido
guinte forma.
carboxílico e amina.
Homopolissacarídio: contém uma única espécie
Estrutura geral de um aminoácido:
monomérica, podendo ter cadeias lineares ou ramifi-
cadas.
Heteropolissacarídio: contém diferentes unida- Radical
des monoméricas, podendo ter cadeias lineares ou
ramificadas. H R
O

Grupo N C C Grupo ácido


amina carboxílico
Homopolissacarídios Heteropolissacarídios
H H O H
Não Ramificado Dois tipos de Múltiplos tipos
ramificado monômeros de monômeros
não ramificados ramificados Carbono central

O
BO O
SC
Em meio neutro, o grupo ácido (–COOH) tende a

M IV
doar prótons, produzindo, assim, uma espécie com

O S
carga negativa (–COO–), e o grupo amino (NH2) tende
D LU a receber prótons, produzindo uma espécie com car-
O C
ga positiva (NH3+ ). A estrutura formada é denominada
N X

zwitterion.
SI O E

Grupo Ácido
EN S
E U

COO−
D E
A LD

α
H3N+ C H
EM IA

Grupo Amino
ST ER

PRINCIPAIS CARBOIDRATOS R
SI AT

Glicose: presente no mel e em frutos doces; é ob-


tida pela hidrólise do amido em meio ácido. Principais Diferentes entre si pela estrutura representada por
M

aplicações: fabricação de álcool etílico e alimentação. R na molécula anterior, os 20 aminoácidos usados na


H+ construção das moléculas de proteínas podem ser di-
(C6H10O5)n 1 n H2O → n C6H12O6 vididos em dois grupos:
• Aminoácidos naturais: são produzidos pelo pró-
Frutose: presente no mel e em frutos doces. Outro prio organismo. No caso da espécie humana, são
nome da frutose: levulose. eles: glicina, alanina, serina, cisteína, tirosina, ar-
Sacarose: presente em plantas, principalmente na ginina, ácido aspártico, ácido glutâmico, histidina,
cana-de-açúcar e beterraba. Outros nomes: açúcar de asparagina, glutamina e prolina.
cana ou açúcar comum. • Aminoácidos essenciais: são obtidos apenas
Aplicação: alimentação e fabricação de álcool etílico. por meio da alimentação. No caso da espécie
Fórmula: C12H22O11 humana, são eles: fenilalanina, valina, triptofano,
Celulose: presente em todos os vegetais. O algo- treonina, lisina, leucina, isoleucina e metionina.
dão é praticamente celulose (95%). Massa molecular As principais fontes de proteína (e, consequente-
média: 400 000 – praticamente não digerível pelo or- mente, de aminoácidos) são os alimentos de origem
ganismo humano. animal (leite, clara de ovo, carnes em geral etc.), em-
Aplicação: celuloides, filmes, sedas artificiais, vidros bora ela também possa ser encontrada em vegetais
de segurança para carros (dois vidros colados com ace- oleaginosos (amêndoas, amendoim, castanhas, nozes),
tato de celulose), tecidos como o algodão. grãos (feijões, soja, ervilhas, lentilhas e grão de bico)
Fórmula: (C6H10O5)n e sementes (gergelim, girassol, linhaça).

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 133 29/05/2019 17:16


134 268 – Material do Professor

Os aminoácidos unem-se aos outros pela ligação peptídica ou amídica, conforme o


esquema a seguir. A ligação peptídica ocorre entre o grupo amino de um aminoácido
QUÍMICA 3B

com o grupo carboxila do outro aminoácido.

O O O R
H2N HN −H2O H2N OH
OH + 2 OH N
R R R H O
Ligação peptídica

A estrutura resultante da ligação de dois aminoácidos é um dipeptídio. Caso


haja a união de vários aminoácidos, ocorrerá a formação de um polipeptídio. Os
polipeptídios formados com mais de 10 000 unidades de aminoácidos são denomi-
nados proteínas.
Um tipo de proteína são as enzimas, catalisadores das reações metabólicas que
acontecem no corpo humano. A especificidade entre substrato e enzima, represen-
tada a seguir, é comumente associada ao modelo “chave-fechadura”, em que, para
cada fechadura, há uma única chave. Ao final da reação, há a liberação dos produtos
da reação e a recuperação da enzima para nova utilização.

O
BO O
SC
Complexo

M IV
enzima-substrato

O S
(ES)

D LU
O C
N X
SI O E

Enzima (E) Enzima (E)


EN S
E U

Substratos (S)
Produtos (P)
D E
A LD

CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DAS PROTEÍNAS


EM IA

Estrutura primária: é a sequência particular de aminoácidos de uma proteína.


ST ER

Estrutura secundária: é o resultado da formação de ligações de hidrogênio entre


partes da fita peptídica. Em geral, possui uma estrutura de hélice.
SI AT

Estrutura terciária: é o resultado das interações entre as cadeias laterais (grupos


M

R) de diversos aminoácidos.
Estrutura quaternária: é a estrutura final da proteína, resultante da agregação
de vários polipeptídios.

Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura


primária secundária terciária quaternária

Lys
Lys
Gly
Gly
Leu
Val
Ala
His

Sequência de Arranjo espacial Enovelamento da Montagem das cadeias


aminoácidos da cadeia cadeia polipeptídica polipeptídicas
polipeptídica

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 134 29/05/2019 17:16


269 – Material do Professor 135

As proteínas podem sofrer desnaturação, que das estruturas, transformando proteínas quaternárias
corresponde à destruição da sua estrutura espacial. em terciárias, estas em secundárias, e assim por dian-

QUÍMICA 3B
Essa alteração pode ser causada pela ação de calor, te, tornando-a biologicamente inativa. Entretanto, tal
concentração ou alteração de pH (presença de ácidos processo é reversível, ou seja, as proteínas podem
ou bases fortes). O aumento de temperatura em uma voltar a ser biologicamente ativas através do processo
febre alta, por exemplo, afeta as ligações de hidrogênio de renaturação.

LEITURA COMPLEMENTAR
Para que servem os suplementos proteicos?

GRACA VICTORIA/SHUTTERSTOCK
Tais suplementos são utilizados para o ganho de massa muscular, porque
suas proteínas de alto valor biológico contribuem para a reparação dos mús-
culos.
Os suplementos proteicos normalmente são feitos à base da proteína extraída
do soro do leite e possuem aminoácidos como: leucina, isoleucina (BCAA), e
glutamina.
Na falta de carboidratos, esses aminoácidos são a primeira fonte de energia
muscular, pois são os únicos que podem ser convertidos em energia dentro
do próprio músculo.

O
Pessoas que ingerem esses suplementos devem aumentar o consumo de

BO O
SC
água para não sobrecarregar os rins. Como os rins eliminam os produtos

M IV
do metabolismo da proteína, seu consumo elevado pode sobrecarregar o

O S
órgão, fazendo com que a função renal seja prejudicada. Também pode ha-
D LU ver sobrecarga do fígado, por ser o órgão responsável pela metabolização
O C
de aminoácidos.
N X

O suplemento só pode ser ingerido após a orientação de um médico espe-


SI O E

cializado ou de um nutricionista; educadores físicos não são os profissionais


mais adequados para prescrever o consumo desse suplemento.
EN S

O suplemento proteico é utilizado para o ganho Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17634-whey-protein>.


E U

de massa muscular. Acesso em: mar. 2019.


D E
A LD
EM IA

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
ST ER

1. UECE – Tirados da química dos açúcares, alguns dos 2. Fuvest-SP – O aspartame, adoçante artificial, é um és-
seus termos básicos foram agrupados em quatro conjuntos ter de um dipeptídio. Esse adoçante sofre hidrólise no
SI AT

de dois nomes cada um, formando as alternativas a, b, c estômago, originando dois aminoácidos e uma terceira
e d. Identifique a única alternativa que inclui os termos substância.
M

cujas definições correspondentes encontram-se dadas nos a) Escreva as fórmulas estruturais dos aminoácidos
itens I e II. formados nessa hidrólise.
I. X é o nome dado aos açúcares que se apresentam b) Qual é a terceira substância formada nessa hidróli-
com a estrutura de poli-hidroxicetonas. se? Explique de qual grupo funcional se origina essa
II. Y são os açúcares que, ao serem submetidos à hi- substância.
drólise, dão como produto, além de oses, compos- Resolução
tos orgânicos ou inorgânicos não glicídicos.
a) X 5 oses; Y 5 holosídios a)
b) X 5 aldoses; Y 5 dissacarídios O
c) X 5 cetoses; Y 5 heterosídios O C OH
d) X 5 osídios; Y 5 aldo-hexoses
H2N CH C OH H2N CH CH2
Resolução
CH2CO2H
Cetoses: é o nome dado aos açúcares que se apresen-
tam com a estrutura de poli-hidroxicetonas.
b) A terceira substância formada é o metanol: H3C-OH.
Heterosídeos: são os açúcares que, ao serem submeti-
dos à hidrólise, dão como produto, além de oses, com- Origina-se pela hidrólise do éster, portanto do grupo
postos orgânicos ou inorgânicos não glicídicos. funcional –COOCH3.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 135 29/05/2019 17:16


136 270 – Material do Professor

ROTEIRO DE AULA
QUÍMICA 3B

CARBOIDRATOS

Classificação

Monossacarídios Dissacarídios Polissacarídios

O
BO O
SC
M IV
O S
Exemplos:
glicose, frutose e galactose
D LU
Exemplos:
Exemplos:
O C
quitina, celulose, amido,
lactose, maltose, sacarose
N X

glicogênio
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

PROTEÍNAS
EM IA
ST ER
SI AT
M

Formadas por: Sofrem desnaturação por


Enzimas aminoácidos ação do calor.

Função:
catalisadores Perda das formas
Ligações peptídicas
tridimensionais

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 136 29/05/2019 17:16


271 – Material do Professor 137

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

QUÍMICA 3B
1. UNIVESP – Considere as seguintes informações, ex- DL-metionina, o que otimiza a absorção da metionina e
traídas do rótulo de um leite pasteurizado integral. de outros nutrientes no sistema digestivo dos camarões.
Metionina Met-met
Informação nutricional NH2 H3CS CO2H
Quantidade por porção de 200 mL NH2
HO
(1 copo) HN
SCH3
SCH3
Valor energético 127 kcal 5 534 kJ
O
O
Carboidratos 9,6 g
Proteínas 6,4 g A metionina e o met-met são, respectivamente,
a) um aminoácido e um dipeptídio.
Gorduras totais 7,0 g
b) um aminoácido e uma proteína.
Gorduras saturadas 4,2 g
c) um sacarídio e um lipídio.
Gorduras trans 0g d) um monossacarídio e um dissacarídio.
Fibra alimentar 0g e) um monoterpeno e um diterpeno.
Sódio 80 mg A metionina e o met-met são, respectivamente, um aminoácido e um
Cálcio 214 mg dipeptídio.

Colesterol 20 mg H3CS CH2 CO2H

O
NH2 CH2 CH NH2

BO O
SC
Assinale a alternativa que apresenta o nutriente desse HO CH CH2 HN CH CH2

M IV
C CH2 SCH C CH2 SCH3
leite que é constituído principalmente por macromolé- 3

O S
culas cujas cadeias se unem por ligações peptídicas. O O

a) Carboidratos D LU Aminoácido Ligação peptídica

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da química para, em


O C
b) Proteínas situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções cien-
N X

c) Gorduras saturadas tífico-tecnológicas.


SI O E

d) Gorduras trans Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar


materiais, substâncias ou transformações químicas.
e) Colesterol
EN S

Uma proteína é um grande polipeptídio, ou seja, resíduos de aminoá-


E U

cidos estão ligados entre si covalentemente pelas ligações peptídicas.


4. IFSul-RS – O glúten e a lactose são os novos vilões
D E

2. Cesgranrio-RJ – São dadas as fórmulas dos seguintes da alimentação. Como todo vilão, causam medo e fa-
A LD

aminoácidos: natismo. Muitas pessoas pregam seu completo bani-


mento da alimentação humana. Resta saber se esse
modismo passará como tantos outros ou se veio para
EM IA

O O
H2N CH2 C H2N CH(CH3) C ficar. O glúten é uma proteína presente em grãos de
ST ER

OH OH espécies da Tribo triticeae, e a lactose é um carboidrato


Glicina (GLI) Alanina (ALA) presente no leite.
SI AT

Escreva a fórmula estrutural de um fragmento de pro- Sobre esses grupos funcionais, analise as afirmativas
a seguir.
M

teína GLI–ALA–GLI.
I. Proteínas são polímeros de ésteres de ácidos graxos
O
com o propano–1,2,3–triol.
H2N CH2 C NH CH C NH CH2 C
OH II. As proteínas podem apresentar estruturas primárias
O CH3 O (principal), secundárias, terciárias ou quaternárias.
III. Carboidratos são compostos de função mista do tipo
Glicina Alanina Glicina poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona e outros com-
postos que, por hidrólise, dão poliálcoois-aldeídos e/
ou poliálcoois-cetonas.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
3. UFRGS-RS C7-H24 d) I e III, apenas.
I. Incorreta. As proteínas são formadas por um conjunto de aminoácidos
Em 2016, foi inaugurada a primeira fábrica mundial para ligados entre si por ligações peptídicas.
a produção de uma nova fonte de metionina, especifi-
II. Correta. A estrutura de uma proteína está ligada à sua função biológi-
camente desenvolvida para alimentação de camarões ca, podendo ser primária (principal), secundária, terciária ou quaternária.
e outros crustáceos. Esse novo produto, Met-Met, for- III. Correta. Os carboidratos podem ser polihidroxialdeídos (ou aldoses)
mado pela reação de duas moléculas de metionina na ou poli-hidroxicetonas (ou cetoses) e outros compostos que, por hidró-
forma racêmica, tem uma absorção mais lenta que a lise, dão poliálcoois-aldeídos e/ou poliálcoois-cetonas.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 137 29/05/2019 17:16


138 272 – Material do Professor

5. ITA-SP (adaptado) – Aminoácidos são compostos orgâ- possui o grupamento hidroxila (–OH), que é altamente polar.
QUÍMICA 3B

nicos que contêm um grupo amina e um grupo carboxí-


lico. Nos α-aminoácidos, os dois grupos encontram-se
nas extremidades da molécula e, entre eles, há um
átomo de carbono que também está ligado a um grupo
R, conforme a figura.
Considere os seguintes aminoácidos.
6. PUC-RS – Leia o texto e selecione as palavras/expres-
I. Alanina, em que R 5 CH3. sões adequadas para o preenchimento das lacunas.
II. Asparagina, em que R 5 CH2CONH2.
Os carboidratos são moléculas de grande importân-
III. Fenilalanina, em que R 5 CH2C6H5. cia biológica. Entre as diversas funções desempenha-
IV. Glicina, em que R 5 H. das por eles no organismo humano, destaca-se a de
V. Serina, em que R 5 CH2OH. fonte energética, exemplificada pela _________ e pelo
_________. Os carboidratos maiores, conhecidos como
polissacarídios, podem ser quebrados em moléculas
HO O
pequenas denominadas _________.
C
Assinale a alternativa que completa correta e respecti-
vamente as lacunas do texto.
H C R
a) sacarose – óleo de soja – monômeros
NH2 b) glicose – amido – ácidos graxos
c) glicose – açúcar comum – monossacarídios

O
Qual(is) aminoácido(s) possui(em) grupo(s) R polar(es)? d) celulose – álcool etílico – alcanos

BO O
SC
Justifique sua resposta. e) sacarose – isoctano – aminoácidos

M IV
Os aminoácidos que possuem R polar são a asparagina e a serina. A A glicose e a sacarose (açúcar comum) são carboidratos com alto poder

O S
energético.

D LU
asparagina possui o grupamento –NH2, em que o N possui um par de Os polissacarídios podem ser quebrados em monossacarídios. Exemplo:
sacarose 5 glicose 1 frutose
O C
N X

elétrons isolados que permite uma acepção de prótons. Já a serina


SI O E
EN S

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
E U

7. IFSC Fábio: São biomoléculas formadas por aminoácidos


D E

que, quando sofrem hidrólise, liberam um grupo amina


A LD

H
O H e um grupo carboxílico.
C C N
Marcos: A glicose é um exemplo de carboidrato utiliza-
EM IA

HO H do pelas células para gerar moléculas de ATP (energia)


ST ER

CH3
por meio da respiração celular.
Igor: O amido e a celulose são exemplos de carboi-
SI AT

Sobre a molécula anterior, assinale a alternativa correta.


dratos encontrados em células vegetais, e glicogênio
a) A molécula apresentada é um aminoácido.
M

e quitina são exemplos de carboidratos encontrados


b) A molécula anterior apresenta dois carbonos na sua em células animais.
cadeia principal.
Quais dos amigos estão corretos? Justifique sua res-
c) O nome correto dessa molécula é ácido amino-metil-
-etanoico. posta.
d) Essa molécula apresenta sete ligações simples e
uma dupla-ligação.
e) A molécula apresenta cadeia carbônica heterogênea
e insaturada.

8. Unifor-CE – As propriedades especiais de ligação do


átomo de carbono permitem a formação de uma grande
variedade de moléculas orgânicas, que são capazes de
exercer diferentes funções dentro das células. Entre
essas moléculas orgânicas, os carboidratos podem ser
encontrados como micro e macromoléculas, desempe-
nhando diferentes papéis fisiológicos. Em uma roda de
conversa, alguns amigos discutiam sobre os carboidra-
tos e fizeram as seguintes afirmações.
Paulo: Os carboidratos são também chamados de gli-
cídios e constituem importante fonte de energia para
as células, além de propósito estrutural.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 138 29/05/2019 17:16


273 – Material do Professor 139

9. PUC-RS – Para responder à questão, analise a fórmula

QUÍMICA 3B
e o texto a seguir, que contém lacunas.

OH OH
OH
O HO OH
O O
HO
OH
OH
Lactose

A lactose é um __________ encontrado em diversos tipos


de leite e, juntamente com as gorduras, é uma das fon-
tes de energia para filhotes de mamíferos. A estrutura
dessa molécula apresenta numerosos grupos funcio-
nais característicos dos __________, que conferem a ela
boa solubilidade em água. A digestão da lactose exige
uma enzima específica, a lactase, que normalmente os
11. UECE – Pesquisadores estão testando tratamentos
filhotes de mamíferos possuem, mas não os adultos.
para a calvície, cultivando cabelo em uma placa de Pe-
A lactase é uma proteína que age como __________,
tri. Duas moléculas distintas parecem promissoras para
acelerando a reação de quebra da molécula da lactose.
possíveis tratamentos para a perda capilar: um peptídeo

O
A falta dessa enzima no organismo origina a intolerância

BO O
de levedura e um antioxidante chamado isoflavona. Com
à lactose, que acomete parte da população.

SC
relação a esse tratamento, assinale a opção correta.

M IV
Assinale a alternativa com as palavras que preenchem a) Os peptídios são biomoléculas formadas pela ligação

O S
corretamente as lacunas. de dois ou mais aminoácidos através de ligações
a) carboidrato – álcoois – catalisador D LU peptídicas estabelecidas entre um grupo amina de
um aminoácido e um grupo carboxilo do outro ami-
O C
b) carboidrato – fenóis – regulador de pH noácido.
N X

c) carboidrato – ésteres – aminoácido b) Um antioxidante é uma molécula capaz de inibir a


SI O E

d) ácido graxo – álcoois – inibidor de reação oxidação de outras moléculas. As reações de oxida-
e) ácido graxo – fenóis – solvente ção evitam a formação de radicais livres.
EN S

c) Uma placa de Petri é um recipiente retangular, acha-


E U

10. UFPR – Peptídios são formados pela combinação de tado, de vidro ou plástico, que os profissionais de la-
aminoácidos, por meio de ligações peptídicas. O aspar- boratório utilizam para desenvolver meios de cultura
D E

tame, um adoçante cerca de 200 vezes mais doce do bacteriológicos e para reações em escala reduzida.
A LD

que a sacarose (açúcar de mesa), é um peptídio forma- d) Os peptídios são resultantes do processamento de
do pela combinação entre fenilalanina na forma de éster aminoácidos e podem possuir na sua constituição
EM IA

metílico e ácido aspártico. O aspartame é formado pela duas ou mais proteínas.


ligação peptídica entre o grupo amino da fenilalanina e
ST ER

o grupo ácido carboxílico do ácido aspártico, em que 12. UEM-PR – O aspartame é um aditivo alimentar utiliza-
uma molécula de água é liberada na reação em que se do para substituir o açúcar comum, sendo este cerca
SI AT

forma essa ligação. de 200 vezes mais doce que a sacarose. Com base
na estrutura química do aspartame, assinale o que for
M

O O correto.
OH
OCH3 HO O
H O
NH2 NH2 O C CH2 C
C CH2 OH
HC C CH OCH3 +
HO CH C
Fenilalanina Ácido aspártico
(na forma de éster) HC CH N
C H H NH2 O
H
a) Apresente a estrutura do aspartame (notação em
bastão).
b) Identifique na estrutura do aspartame a ligação pep- HOH
tídica citada. H
+ C
c) Qual é a função química que corresponde à ligação HC CH
peptídica?
C CH
O H2C C
H
O CH2 C CH O
C CH NH C CH3

OH NH2 O

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 139 29/05/2019 17:16


140 274 – Material do Professor

01) A molécula do aspartame é um dipeptídio. significa que essas moléculas podem atuar como
QUÍMICA 3B

02) Na estrutura do aspartame, está presente uma ami- ácidos ou bases, ou seja, quando um aminoácido
na secundária. se encontra em solução aquosa, ocorre uma reação
ácido-base, dando origem ao zwitterion.
04) Quando a molécula do aspartame é tratada com
solução aquosa de H2SO4 e aquecida, ocorre a hi- 02) Em relação aos carboidratos mais simples, denomi-
drólise do grupo amida e do grupo éster. nados monossacarídios, podemos destacar ambas
as aldoses, a glicose e a frutose, cujas fórmulas
08) Quando o aspartame é dissolvido em água, ocorre estruturais são:
a formação de um íon dipolar.
16) O aspartame pode ser classificado como uma pro- H H OH H H H OH
teína. H
CH2 C C C C C CH2 C C C C CH2
Dê a soma dos itens corretos. OH OH OH H OH
O
OH OH OH H O OH
Glicose Frutose

04) Os carboidratos são fontes de energia na dieta do


ser humano. Considerando que os monossacarí-
dios sejam metabolizados pelo organismo liberan-
do energia, cada grama de açúcar libera 4 kcal e,
segundo a reação a seguir, é possível inferir que,
no metabolismo de 3 mols de glicose, são produzi-
dos 18 g de CO2, assumindo que essa reação seja
completa – C6H12O6 → CO2 1 H2O 1 energia.

O
08) Os polímeros são divididos em naturais e sintéti-

BO O
cos. Na obtenção dos polímeros sintéticos, se um

SC
M IV
polímero é obtido por dois tipos de monômeros
diferentes, recebe o nome de homopolímero ou

O S
polímero normal.
D LU 16) Acetaminofen, também conhecido como para-
cetamol (fórmula a seguir), apresenta os grupos
O C
funcionais amida e fenol. O ácido acetil salicílico
N X

(fórmula a seguir) apresenta grupos funcionais áci-


SI O E

do carboxílico e éster. Apesar de esses compostos


apresentarem grupos funcionais diferentes, ambos
são usados como analgésicos e antitérmicos.
EN S
E U

H O
D E

HO N C
A LD

C CH3 OH

O O C CH3
EM IA

O
ST ER

Acetaminofen Ácido acetilsalicílico


SI AT

Dê a soma dos itens corretos.


M

13. UEA-AM – As proteínas são polímeros naturais resul-


tantes da união de moléculas de __________, por meio
de ligações __________. A cada dois monômeros que se
unem, há eliminação de uma molécula de __________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respec-
tivamente, as lacunas do texto.
a) aminoácidos – peptídicas – água
b) aminoácidos – peptídicas – gás carbônico
c) aminoácidos – iônicas – água
d) glicose – covalentes – água
e) glicose – iônicas – gás carbônico

14. UEM-PR – Analise as afirmativas e assinale o que


for correto.
01) Os aminoácidos comumente presentes nas pro-
teínas são substâncias de caráter anfipático. Isso

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 140 29/05/2019 17:16


275 – Material do Professor 141

O ácido glutâmico, derivado do glutamato, faz parte

QUÍMICA 3B
da molécula de ácido fólico, cuja estrutura está repre-
sentada na figura.

HO O
O

15. UPF-RS – A seguir, estão representadas, por meio da N


projeção de Fischer, a glicose, a frutose e a galactose. H
O
CH2OH OH NH
CHO CHO
H OH O H OH OH N
N
HO H HO H HO H
H OH H OH HO H
H 2N N N
H OH H OH H OH
Ácido fólico
CH2OH CH2OH CH2OH

D-(+)-glicose D-(–)-frutose D-(+)-galactose


a) Quais as funções químicas orgânicas comuns às mo-
léculas responsáveis pelos sabores doce e amargo?
Sobre essas substâncias, analise as seguintes afirma-
b) Dê o nome da ligação que une a molécula de ácido
ções. glutâmico ao restante da cadeia orgânica do ácido

O
I. Todas fazem parte da classe dos carboidratos. fólico. Em que tipo de macromolécula de interesse

BO O
SC
II. Todas desviam o plano da luz polarizada no sentido biológico tal ligação é comumente encontrada?

M IV
horário.

O S
III. Todas são isômeros entre si.
D LU
IV. A glicose e a galactose são enantiômeros entre si.
O C
Está correto apenas o que se afirma em
N X

a) II e IV.
SI O E

b) I, III e IV.
c) I e IV.
EN S

d) I e III.
E U

e) II e III.
D E
A LD

16. USCS-SP – Os humanos são capazes de sentir cinco


tipos diferentes de sabores: doce, salgado, umami,
17. UPF-RS – Uma vida saudável e de qualidade conquista-
EM IA

amargo e azedo. As figuras mostram uma substância


-se com o tempo, por meio de atitudes tomadas em
ST ER

representante de cada tipo de sabor.


razão da necessidade de se evitar alguns prazeres
gastronômicos, afi nal, o organismo do ser humano
O
SI AT

O compõe-se de hábitos alimentares ao longo da vida.


C
M

OH
H
HO O O
HO +
H3N C
OH
OH Na+ O
Glicose Íon sódio Glutamato
(doce) (salgado) (umami)

CH2
LUKA SKYWALKER/SHUTTERSTOCK

HO
N
H
O
H 3C

N H+
Quinino Íon hidrogênio
(amargo) (azedo)

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 141 29/05/2019 17:16


142 276 – Material do Professor

Analise as afirmações a seguir. IV. Enzimas são carboidratos que atuam como inibido-
QUÍMICA 3B

I. Lipídios, como, por exemplo, os ésteres de ácidos res de reações bioquímicas, sem as quais a maioria
graxos superiores, são substâncias químicas com dessas reações ocorreria lentamente.
função de armazenamento de energia no organismo, Está correto apenas o que se afirma em
pouco solúveis em água.
a) I.
II. Carboidratos são substâncias químicas de função
b) I e II.
mista, podendo ser poliálcool-aldeído ou poliálcool-
-cetona, e são a fonte de energia mais facilmente c) I, II e III.
aproveitável pelo organismo. d) II, III e IV.
III. A união de aminoácidos, compostos orgânicos de e) I, II e IV.
função mista, que contêm amina e ácido carboxílico,
leva à formação de proteínas que desempenham
papel estrutural no organismo.

ESTUDO PARA O ENEM


18. Mackenzie-SP C7-H24 A fenilalanina é de extrema importância para o desen-
Os peptídios são biomoléculas formadas pela união de volvimento dos seres humanos e é considerada es-
dois ou mais aminoácidos por meio de ligações pep- sencial, pois
tídicas, estabelecidas entre um grupo amina de um a) só existe em determinados vegetais.
aminoácido e um grupo carboxila de outro aminoácido b) tem funções semelhantes às das vitaminas.

O
BO O
com a liberação de uma molécula de água. Essas liga- c) não é sintetizada no organismo humano.

SC
M IV
ções pertencem ao grupo funcional amida.
d) é indispensável para o metabolismo energético.

O S
O e) é sintetizada por transcrição no organismo humano.
H3C
OH D LU 20. UPE C7-H24
O C
Fazer a pele produzir mais colágeno é a meta de muitos
N X

H3C N O CH3 dos mais modernos produtos de beleza. Cremes faciais


SI O E

NH2
H que utilizam a substância mostrada a seguir têm consegui-
CH3
do esse feito. O arranjo de sua longa cadeia cria nanofitas
N O
EN S

planas. Apesar de o mecanismo exato sobre a sua ação na


H
E U

SH N pele ainda ser desconhecido, acredita-se que a superfície


H N NH2 larga e plana, formada pelas nanofitas, poderia facilitar o
O
D E

O H acúmulo de colágeno.
A LD

H
A estrutura química anterior representa um peptídio H2N N
EM IA

formado exclusivamente por aminoácidos. Assim, assi-


ST ER

nale a alternativa que corresponde, respectivamente, à O


quantidade de aminoácidos presentes nessa estrutura e HN O NH2
SI AT

à quantidade de moléculas de água que foram liberadas HO O


na formação desse peptídio. O O
M

H
a) 4 e 5 HN N
N OH
b) 5 e 5 H
O
c) 4 e 4 HO OH
d) 5 e 4 Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/revista/
e) 4 e 3 common/0,,emi189299-17770,00-segredo1dos1cremes1antir-
ruga1esta1nas1nanoparticulas.html>. Acesso em: mar. 2019.
19. Unitau-SP C7-H24 Adaptado.
A fenilcetonúria é uma doença genética diagnosticada O texto traz uma abordagem sobre
pelo teste do pezinho ainda no hospital. Faz com que os
a) a síntese de um oligossacarídio por produtos de
alimentos que tenham uma substância chamada fenilala- beleza.
nina intoxiquem o cérebro, causando retardo mental irre-
b) a produção de um polissacarídio na pele, estimulada
versível, por exemplo. pelo uso de cremes.
As crianças que nascem com essa patologia têm um pro- c) o estímulo da biossíntese do colágeno por uma pro-
blema digestivo no fígado, pois o aminoácido presente na teína contida no creme.
proteína dos alimentos, a fenilalanina, gera uma substân- d) o aumento da concentração de uma proteína pela
cia “venenosa”. ação de um derivado de um pentapeptídio.
Disponível em: <https://www.tuasaude.com/fenilcetonuria/>. e) a decomposição de macromoléculas causadoras de
Acesso em: mar. 2019. rugas pela ação de nanofitas dos cosméticos.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 142 29/05/2019 17:16


277 – Material do Professor 143

EXERCÍCIOS INTERDISCIPLINARES

QUÍMICA 3B
21. UEM-PR – Hormônios são substâncias orgânicas, pro-
duzidas em glândulas ou em células isoladas, e são
I II III
transportados para locais onde exercem seus efeitos. oxidação;
Sobre o assunto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). redução; redução;
a) heterotrófico e
autotrófico autotrófico
01) Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s). (AIA) esti- autotrófico
mula o crescimento das raízes, é a principal auxina
natural e é produzido nas raízes pelo aminoácido oxidação; oxidação; oxidação;
b)
triptofano. autotrófico heterotrófico autotrófico
02) O etileno (C2H4) atua no amadurecimento de frutos redução; redução;
carnosos e na abscisão foliar. É um hidrocarboneto redução;
c) heterotrófico e heterotrófico e
com dupla-ligação entre os átomos de carbono. autotrófico
autotrófico autotrófico
04) A ecdisona é um hormônio esteroide produzido
oxidação;
pelas glândulas protorácicas, insolúvel em água, redução; oxidação;
que determina a muda nos insetos. d) autotrófico e
autotrófico autotrófico
heterotrófico
08) A melatonina (C13H16N2O2) é um mineralocorticoide
que atua na estimulação dos melanócitos. oxidação; oxidação; redução;
e)
16) A triiodotironina e a tiroxina, principais hormônios da
heterotrófico autotrófico heterotrófico
paratireoide, são derivadas do aminoácido metioni-
na e têm iodo em sua constituição. O iodo pertence 23. Fuvest-SP – A figura a seguir exemplifica o compor-
ao grupo dos calcogênios. tamento de povos indígenas que viveram no Brasil há

O
BO O
1 000 anos. Eles construíam suas casas escavadas na

SC
Dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s).
terra, faziam fogueiras e manuseavam objetos.

M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA

A casa era es-


ST ER

cavada na terra
para proteger
do frio, com
SI AT

Na “cozinha”, havia até 8 m de


fogueira e cerâmica profundidade
M

de diferentes e diâmetro
tamanhos para entre 4 e 20 m,
cozinhar e guardar abrigando até
alimentos. 8 pessoas.

Escavações revelam hábitos de antigos povos que ocuparam o


Sul do país. Folha de S.Paulo. 20/3/2016. Adaptado

Com base nos dados apresentados e em seus conhe-


cimentos, assinale a alternativa correta quanto à época
22. Fuvest-SP – Considere estas três reações químicas geológica desses sítios arqueológicos, quanto ao elemen-
realizadas por seres vivos: to químico analisado coerente com as práticas humanas
I. Fotossíntese exemplificadas na figura e quanto ao método de datação.
6 H2O + 6 CO2 
luz
→ 6O +C H O a) Holoceno, silício e datação por quantificação de isó-
2 6 12 6
topos estáveis
II. Quimiossíntese metanogênica
b) Jurássico, carbono e datação por decaimento radioa-
CO2 + 4 H2 → CH4 + 2 H2O tivo de isótopos
III. Respiração celular c) Holoceno, carbono e datação por decaimento radioa-
6 O2 + C6H12O6 → 6 O2 + 6 CO2 tivo de isótopos
d) Jurássico, silício e datação por decaimento radioativo
Assinale a alternativa que indica a mudança no estado de isótopos
de oxidação do elemento carbono em cada reação e o
tipo de organismo em que a reação ocorre. e) Jurássico, carbono e datação por quantificação de
isótopos estáveis

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 143 29/05/2019 17:16


DB_PV_2019_QUI3_M26a28_AGRUPADO.indd 144
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

29/05/2019 17:16
BET_NOIRE/IST
O CKPHOT
O

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 1
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U

QUÍMICA 1
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
MATERIAL DO PROFESSOR
I

Material do Professor

29/05/2019 15:16
II

APRESENTAÇÃO
QUÍMICA 1A

A Química engloba conhecimentos sobre produtos químicos e suas transformações, que têm permitido a hu-
manidade lidar com as diversidades de sua existência. Somente no século XVIII, ela se estabeleceu como ciência,
sendo a mais jovem entre as ciências da natureza.
Trabalhar o saber científico em nível didático é um desafio de todas as disciplinas. Este material reúne o imenso
acervo de conhecimento acumulado da Química em linguagem fácil e objetiva, de modo a possibilitar entendimento
Material do Professor

da escala micro por meio da macro. Procuramos interligar aspectos da realidade cotidiana dos alunos com base
teórica e quadro Leitura Complementar, esperando atingir aprendizado significativo dessa disciplina. Isso tudo exige
um novo perfil de estudante.
O conteúdo didático está organizado em três frentes. Gradualmente, a 1 e a 2 abordam a química geral, a inorgâ-
nica e a físico-química. A frente 3 trata exclusivamente da química orgânica, fazendo relações, quando necessário,
com os tópicos das outras partes. Essa organização dá margem a contemplar todos os conteúdos de química exi-
gidos pelos PCN, adaptando-se aos diversos concursos pré-vestibulares do país. O material traz, ainda, contextos
possíveis para o trabalho com diversas competências e habilidades da proposta do Enem.
Algumas habilidades que direcionaram a produção dos módulos:
• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciên-
cias físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.
• Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais,

O
econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.

BO O
SC
• Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos

M IV
às finalidades a que se destinam.

O S
Consideramos que o professor tenha à sua disposição um instrumento didático que lhe possibilita melhor de-
D LU
sempenho no trabalho de desenvolver o pensamento crítico dos estudantes.
O C
N X

CONTEÚDO
SI O E

QUÍMICA 1
EN S
E U
D E

Volume Módulo Conteúdo


A LD

45 Cinética química I – Teoria das colisões


EM IA

46 Cinética química II – Fatores que afetam a velocidade


ST ER

47 Cinética química III – Lei da velocidade


SI AT

1A
48 Equilíbrio químico I – Características e constante de equilíbrio
M

49 Equilíbrio químico II – Kp

50 Deslocamento de equilíbrio I – Pressão e concentração

51 Deslocamento de equilíbrio II – Temperatura e catalisador

52 Equilíbrio iônico – Lei da diluição de Ostwald

53 Equilíbrio iônico da água – pH e pOH


1B
54 Hidrólise salina

55 Produto de solubilidade (Ps, Ks ou Kps)

56 Solução-tampão

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 2 29/05/2019 15:16


III

QUÍMICA 2

QUÍMICA 1A
Volume Módulo Conteúdo
23 Eletrólise ígnea
2A 24 Eletrólise aquosa
25 Eletrólise quantitativa

Material do Professor
26 Radioatividade I – Leis da radioatividade e partículas
2B 27 Radioatividade II – Fenômenos radioativos
28 Radioatividade III – Cinética de desintegração

QUÍMICA 3

Volume Módulo Conteúdo


23 Reações de esterificação e hidrólise
3A 24 Reações de saponificação e transesterificação

O
25 Polímeros de adição

BO O
SC
M IV
26 Polímeros de condensação

O S
3B 27 Biomoléculas I – Lipídios
28
D LU
Biomoléculas II – Carboidratos e proteínas
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 3 29/05/2019 15:16


IV

45 CINÉTICA QUÍMICA I – TEORIA DAS COLISÕES


QUÍMICA 1A

Comentário sobre o módulo 02. Incorreto. A energia de ativação da curva 2


Neste módulo, será estudado o conceito da teoria será de 5 kcal.
das colisões, importante para a sequência dos estu- 04. Correto. A variação de energia de ativação entre
dos em cinética química. Aspectos gráficos de energia, as curvas 1 e 2 será de 60 kcal – 50 kcal 5 10 kcal.
envolvendo energia de ativação, complexo ativado e
Material do Professor

08. Correto. A entalpia dos reagentes é maior


entalpia serão abordados neste módulo.
que a dos produtos, ou seja, ∆H < 0, portanto a
Para ir além reação será exotérmica.
NOVAES, F. J. M.; de Aguiar, D. L. M; Barreto, M. B.; 16. Correto.
Afonso, J. C. Atividades experimentais simples para o ∆H 5 Hp – Hr
entendimento de conceitos de cinética enzimática: so-
∆H 5 20 – 45
lanum tuberosum – uma alternativa versátil. In: Química
Nova na Escola, v. 35, n. 1. p. 27-33, 2013. Disponível em: ∆H 5 –25 kcal
<qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/05-RSA-104-11.pdf>. 11. E
Acesso em: dez. 2018 a) A representa a energia de ativação (parte dos
DE LIMA, J. F. L.; Pina, M. S. L.; Barbosa, R. M. N.; reagentes em direção ao complexo ativado).
Jófili, Z. M. S. A contextualização no ensino de cinética b) B representa a variação da entalpia (parte dos

O
BO O
química. In: Química Nova na Escola, n. 11. p. 26-29, 2000. reagentes em direção aos produtos).

SC
M IV
Disponível em:
c) C representa o complexo ativado.

O S
<qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a06.pdf>.
D LU
Acesso em: dez. 2018. d) O processo é exotérmico, já que os reagentes
apresentam mais energia que os produtos.
O C
Exercícios Propostos e) C representa o complexo ativado, a espécie
N X
SI O E

7. I) Verdadeiro. A energia de ativação é a barreira que química que se forma momentaneamente (inter-
deve superar os reagentes para formar os produtos, mediário) antes de formar o produto.
porque seus valores são maiores e a velocidade da
EN S

12. C
E U

reação é lenta.
Os gases não foram colocados em contato e, por
II) Verdadeiro. O ponto limite (máximo) de atração
D E

isso, a reação não ocorreu.


A LD

dos reagentes gera uma espécie intermediária


chamada complexo ativado. 13. D
EM IA

III) Verdadeiro. De acordo com a teoria das coli- H/kJ ? mol−1


ST ER

sões, a velocidade da reação depende de: 200

• frequência das colisões; 150


SI AT

100
• fração de moléculas ativadas.
50
M

CO + NO2
8. Uma colisão eficaz é um choque entre as moléculas 0
dos reagentes que culmina com a formação de pro- −50
dutos. Essa colisão ocorre com as partículas dos rea- ΔH = −225 kJ, em valores
−100
absolutos = 225 kJ
gentes em posição geométrica favorável à formação −150
de produtos e com energia cinética igual ou superior −200 CO2 + NO
à energia de ativação da reação. Além disso, é ne- −250
cessário que exista uma alta frequência de colisão. Extensão da reação

9. E O valor do ∆H é o mesmo, em valores absolutos (mó-


Para que ocorra a reação entre as moléculas de dulo), tanto para a reação direta quanto para a inversa.
gasolina e as moléculas de oxigênio, é necessário
14. D
o fornecimento de energia, que deve ser maior ou
H (kcal)
igual à energia de ativação da reação.
Na gasolina, encontramos os naftênicos, BTEXs, +25
1,2,4-trimetilbenzeno, que são compostos aromá- Energia de ativação
ticos cancerígenos. 0
X +Y

10. 28 (04 1 08 1 16) Z


−35
01. Incorreto. A energia de ativação da curva 1
será de 15 kcal.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 4 29/05/2019 15:17


V

A reação inversa é classificada como endotér- Estudo para o Enem


mica, pois a energia dos produtos é maior que

QUÍMICA 1A
a energia dos reagentes, sendo assim, ∆H > 0 18. B
(endo). Situação II
1 2 3
15. C NO2 CO

O fogo só ocorre se os reagentes estiverem a

Material do Professor
uma temperatura elevada. Desse modo, o fogo
Ocorre uma colisão com geometria favorável e com
deflagra quando um material combustível é aque-
energia suficiente para romper as ligações nos rea-
cido até a sua temperatura de ignição na presen-
ça de um comburente. O aumento da tempe- gentes e formar novas ligações nos produtos.
ratura aumenta o número de colisões entre as Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
moléculas dos reagentes e, consequentemente, química para, em situações-problema, interpre-
aumentam os choques não eficazes e eficazes. tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Portanto, é necessário um processo para diminuir -tecnológicas.
ou impedir o contato entre os reagentes.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
16. a) Diagrama 1: 1:
a) Diagrama química para caracterizar materiais, substâncias
X ou transformações químicas.
potencial
Energia

O
19. A

BO O
SC
C+D H (kcal)

M IV
Ea = 25 – (–35) = 60 kcal

O S
+25
A+B

D LU 0
X +Y
O C
Avanço da reação
N X

Z
SI O E

−35
b) Diagrama 2: 2:
b) Diagrama
X
potencial

EN S
Energia

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


E U

química para, em situações-problema, interpre-


D E

C+D
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
A LD

E (ativação)
A+B -tecnológicas.
EM IA

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


ST ER

Avanço da reação química para caracterizar materiais, substâncias


ou transformações químicas.
SI AT

c) Diagrama 3:
c) Diagrama 3:
20. E
M

X
potencial

Analisando o gráfico, vem:


Energia

Energia

C+D

ΔE Z
A+B Energia da ativação
(Z - Y) 2 H2 + O2
|Z - Y|
Avanço da reação Y
Calor de formação
2 H2O
(Y - X) X
|X - Y|
17. D
Caminho da reação
H (kJ)
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
560 química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
C2H2(g) -tecnológicas.
226
H2(g) + 2 C(grafite) ΔH < 0 exotérmica Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
0
química para caracterizar materiais, substâncias
Caminho da reação ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 5 29/05/2019 15:17


VI

46 CINÉTICA QUÍMICA II – FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE


QUÍMICA 1A

Comentário sobre o módulo 9. D


Neste módulo, serão estudados os fatores externos Como se trata de um processo endotérmico, o
que conseguem afetar a velocidade dos processos, melhor processo será utilizar água quente e, ain-
tanto no quesito de aumento quanto da diminuição da, triturar as pastilhas para aumentar a superfície
da velocidade.
Material do Professor

de contato, agilizando o processo de dissolução.

Para ir além 10. C


Cinética química. Disponível em: Experimento 1: o comprimido inteiro foi dissolvi-
<http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash5sala_de_ do em 200 mL de água a 25 ºC.
aula.19>.
Experimento 2: dois comprimidos inteiros foram
Acesso em: set. 2018. dissolvidos em 200 mL de água a 25 ºC.

Impacto dos catalisadores automotivos no controle No experimento 2, tem-se maior concentração


da qualidade do ar. Disponível em: de reagentes, logo a velocidade da reação nesse
experimento é maior do que no experimento 1.
<http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/
Vol26No2_265_20.pdf>. Quanto maior a concentração de reagentes, maior

O
BO O
Acesso em: set. 2018.

SC
a velocidade e menor o tempo.

M IV
O S
Nanotecnologia: aspectos gerais e potencial de apli- Conclusão: t 1 > t 2.
cação em catálise. Disponível em: D LU Experimento 1: o comprimido inteiro foi dissolvi-
O C
<http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/
do em 200 mL de água a 25 ºC.
N X

Vol32No7_1860_32-RV08203.pdf>.
SI O E

Acesso em: set. 2018. Experimento 3: o comprimido triturado (4,0 g) foi


dissolvido em 200 mL de água a 25 ºC.
EN S

NOVAES, F. J. M. et al. Atividades experimentais sim-


E U

ples para o entendimento de conceitos de cinética en- No experimento 3, a superfície de contato é maior
D E

zimática: solanum tuberosum – uma alternativa versátil. do que no experimento 1.


A LD

Química Nova na Escola, v. 35, n. 1. p. 27-33, 2013.


Quanto maior a superfície de contato, maior a
EM IA

Exercícios Propostos velocidade e menor o tempo.


ST ER

7. B
Conclusão: t 1 > t 3.
SI AT

De acordo com o enunciado, a reação processa-


-se a 200 ºC. Com isso, observa-se o consumo de Experimento 1: o comprimido inteiro foi dissolvi-
M

reagente, no caso NO 2(g) e CO (g), para a formação do em 200 mL de água a 25 ºC.


de NO (g) e CO 2(g). Como a reação é exotérmica,
após atingir o equilíbrio, haverá liberação de calor Experimento 4: o comprimido inteiro foi dissolvi-
e, assim, com o aumento de temperatura, haverá do em 200 mL de água a 50 ºC.
um favorecimento da formação de reagentes, no
caso o NO 2(g), aumentando a sua concentração. No experimento 4, a velocidade da reação é
maior, pois a temperatura é o dobro em relação
8. O candidato foi reprovado, pois acertou, apenas, à do experimento 1.
a afirmação II.
Quanto maior a temperatura, maior a velocidade
Energia
Energia de ativação 5 320 kJ 2 158 kJ 5 162 kJ
da reação e menor o tempo.
320 kJ

E2
Conclusão: t 1 > t 4.
Complexo ativado
230 kJ
(reação catalisada)
E1 11. O fato que influencia a maior rapidez de enferru-
158 kJ jamento da palha de aço em relação ao prego de
E3 5 ΔH ΔH < 0 (reação catalisada)
ΔH 5 106 kJ 2 158 kJ 5 52 kJ ferro é a superfície de contato, uma vez que, quanto
106 kJ maior a superfície exposta ao oxigênio presente
no ar atmosférico, mais rápida será a reação de
Caminho da reação formação de ferrugem.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 6 29/05/2019 15:17


VII

12. 20 (04 1 16) b) Correta. No copo onde foi colocado o compri-


mido triturado, haverá maior formação de CO 2

QUÍMICA 1A
01. Incorreto. X1 é produto, pois a curva que o
representa é crescente (formação), e X2 e X3 são (efervescência).
reagentes, pois as curvas que os representam c) Incorreta. Quanto maior a quantidade de rea-
são decrescentes (consumo). gente disponível, maior a possibilidade de resultar
em choques efetivos para a formação de produto.
02. Incorreto. X3 é reagente da reação, pois é

Material do Professor
consumido com o passar do tempo. d) Incorreta. O aumento da temperatura irá favo-
recer a dissolução do comprimido, pois aumenta
04. Correto. X1 é produto da reação, pois a curva o grau de agitação das moléculas, favorecendo a
que o representa é crescente. possibilidade de choques efetivos, que resultará
08) Incorreto. Se fosse utilizado um catalisador em produtos.
para a reação, a concentração de X1 aumentaria e) Incorreta. Tanto a massa (quantidade de rea-
com o tempo, pois a reação seria acelerada. gente disponível) quanto a superfície de contato
são fatores que influenciam a velocidade de uma
16. Correto. O uso de um catalisador reduziria a
reação química.
energia de ativação da reação entre X2 (reagente;
curva decrescente) e X3 (reagente; curva decres- 16. D
cente), promovendo a formação mais rápida de
Quanto maior a temperatura, menor o tempo de
X1, ou seja, o catalisador acelera a reação.
formação de CO 2 gasoso, ou seja, maior a velo-

O
BO O
cidade da reação.

SC
13. 31 (01 1 02 1 04 1 08 1 16)

M IV
01. Correto. A velocidade da reação é maior no

O S
Massa de CO2
160 ºC
tubo B do que no tubo A, pois a granulometria é
D LU
a mesma e a temperatura em B é maior do que
220 ºC
O C
em A.
N X
SI O E

02. Correto. O tubo que apresenta a maior velo-


cidade de reação é o D, pois a granulomentria é
EN S

maior, ou seja, apresenta a maior superfície de


E U

contato.
0 t Tempo
D E

04. Correto. A reação que ocorre é Zn(s) 1 2 HC,(aq) → maior


A LD

→ ZnC, 2(aq) 1 H 2(g). temperatura


(menor tempo)
EM IA

08. Correto. O tubo C apresenta uma velocidade


ST ER

de reação maior que no tubo B, porque a super- 17. Pela análise do gráfico, temos:
fície de contato do zinco é maior no tubo C.
SI AT

(energia de ativação da
x
16. Correto. A velocidade de reação do Zn nos reação não catalisada)
M

Energia

tubos obedece à seguinte ordem: A < B < C < D.


y
A: menor temperatura e menor superfície de con- (energia de ativação da
reação catalisada)
tato em comparação a C e D. H(inicial) D+G
z (variação de entalpia
J
H(final) da reação)
B: mesma temperatura e menor superfície de
contato em comparação a C e D. Caminho da reação
H (final) < H (inicial)
processo exotérmico
C: mesma temperatura e menor superfície de
contato em comparação a D.
Estudo para o Enem
14. C
18. E
Ao amassar o comprimido, a superfície de contato
é aumentada e, consequentemente, a absorção I) Correta. AChE é o catalisador da reação.
do medicamento será mais rápida.
II) Incorreta. O catalisador (AChE) diminui a ener-
15. B gia de ativação da reação.

a) Incorreta. Quanto maior a temperatura, mais III) Correta. AChE promove caminhos reacionais
rápida tende a ser a reação, portanto maior a alternativos; consequentemente, a energia de
liberação de dióxido de carbono. ativação diminui.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 7 29/05/2019 15:17


VIII

IV) Incorreta. AChE não inibe a formação de interme- Habilidade: Relacionar informações apresenta-
diários, pelo contrário, cria caminhos alternativos. das em diferentes formas de linguagem e repre-
QUÍMICA 1A

sentação usadas nas ciências físicas, químicas


Competência: Entender métodos e procedimen- ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em tabelas, relações matemáticas ou linguagem
diferentes contextos. simbólica.

Habilidade: Relacionar informações apresentadas 20. B


Material do Professor

em diferentes formas de linguagem e representação Os catalisadores diminuem a energia de ativação


usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, da reação no sentido da formação dos produtos,
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações diminuem a energia de ativação da reação no
matemáticas ou linguagem simbólica. sentido dos reagentes (criando um caminho alter-
nativo para a reação) e não interferem no equilí-
19. D brio reacional, ou seja, não deslocam o equilíbrio
Analisando a tabela, temos que, com o aumento químico.
da temperatura, ocorre diminuição do tempo para
a dissolução do comprimido, ou seja, aumenta Competência: Entender métodos e procedimen-
a velocidade da reação envolvida no processo. tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
Com isso, aumenta a energia cinética média das diferentes contextos.
moléculas reagentes, elevando o número de coli-

O
sões efetivas e, consequentemente, a velocidade Habilidade: Relacionar informações apresenta-

BO O
SC
da reação. das em diferentes formas de linguagem e repre-

M IV
sentação usadas nas ciências físicas, químicas

O S
Competência: Entender métodos e procedimen- ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,

diferentes contextos.
D LU
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em tabelas, relações matemáticas ou linguagem
O C
simbólica.
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 8 29/05/2019 15:17


IX

47 CINÉTICA QUÍMICA III – LEI DA VELOCIDADE

QUÍMICA 1A
Comentário sobre o módulo
Neste módulo, será estudada a aplicação da lei da velocidade, bem como a sua de-
dução com base em reações elementares, não elementares e dados experimentais.

Para ir além

Material do Professor
Método melhorado para calcular a leitura infinita de cinéticas de primeira ordem.
Disponível em:
<http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/
Vol20No3_311_v20_n3_10.pdf?agreq5lEI%20CIN%
C3%89TICA&agrep5jbcs,qn,qnesc,qnint,rvq>.

Acesso em: set. 2018.

Ordens não inteiras em cinética química. Disponível em:


<http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2010/vol33n6/34-ED09818.
pdf?agreq5lEI%20CIN%C3%89TICA&agrep5jbcs,qn,qnesc,qnint,rvq>.

Acesso em: set. 2018.

O
BO O
SC
M IV
Exercícios Propostos

O S
7. a) Óxido de ferro III: Fe2O3
Óxido de alumínio: A, 2O 3 D LU
O C
N X

b) Supondo que a reação de combustão completa do metano seja elementar,


SI O E

vem:
EN S

1 CH 4(g) 1 2 O 2(g) → CO 2(g) 1 2 H 2O (,)


E U
D E

v 5 k ? [CH 4] 1 ? [O 2] 2 (expressão da lei da velocidade)


A LD

Se a concentração do metano for dobrada e a concentração do oxigênio per-


EM IA

manecer constante, a velocidade da reação dobrará:


ST ER

v 5 k ? [CH 4] 1 ? [O 2] 2 (expressão da lei da velocidade)


SI AT

v’ 5 k ? (2 ? [CH 4] 1) ? [O 2] 5 2 ? k ? [CH 4] 1 ? [O 2] 2
M

v’ 5 2 ? v

8. A
A etapa determinante da velocidade de uma reação química é sempre a etapa
lenta, assim a lei da velocidade será em função da 1ª etapa:

1 a etapa: O 3 1 NO 2 → O 2 1 NO 3 (lenta)

v 5 k ? [O 3] ? [NO 2]

9. 23 (01 1 02 1 04 1 16)
01. Correto. (a A 1 b B → c C; ordem 5 a 1 b).

02. Correto.

aA1bB→cC
vA v v
5 B 5 C
a b c

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 9 29/05/2019 15:17


X

04. Correto. Um aumento de temperatura aumenta a velocidade de reações quími-


cas endotérmicas e exotérmicas, em razão da elevação do número de choques, em-
QUÍMICA 1A

bora, termodinamicamente, favoreça mais intensamente as reações endotérmicas.

08. Incorreto. Em reações não elementares, a etapa lenta é a determinante


da velocidade da reação.

16. Correto. A ordem de uma reação é dada pela soma dos expoentes aos
Material do Professor

quais estão elevadas as concentrações na fórmula da velocidade, de acordo


com a lei da ação das massas.

10. A equação da velocidade é escrita em função dos reagentes. Quando a reação


ocorre em várias etapas (tem uma tabela ou gráfico), indica que ela não é ele-
mentar e não temos os expoentes (necessário calcular).
Lei da velocidade:

v 5 k ? [etanotiol] x ? [hidrogênio] y

a) A reação não é elementar. Temos de encontrar os valores de x e y, que são


os expoentes. Para determinar o y, vamos deixar o x constante. Encontramos
essa situação nos experimentos 1 e 2, onde notamos que a concentração

O
do etanotiol permanece constante e a concentração de hidrogênio dobra,

BO O
SC
ocorrendo o mesmo com a velocidade.

M IV
O S
[Etanotiol] [Hidrogênio]
ExperiênciaD LU (mol/L) (mol/L)
Vi (mol/min)
O C
1 2 1 4
N X
SI O E

2 2 2 8
3 3 3 8
EN S

4 6 6 16
E U

V2
D E

Dividir para cortar o x e encontrar o valor de y:


V1
A LD

k · [ 2] · [ 2 ]
x y
8
5
k · [2] · [1]
x y
4
EM IA
ST ER

2 5 2y ∴ y 5 1
SI AT

Para determinar o x, vamos deixar o y constante. Encontramos essa situação


nos experimentos 3 e 4, onde notamos que a concentração do [H 2] permanece
M

constante, e a concentração e a velocidade do etanotiol dobram.


V4
Dividir para cortar o y e encontrar o valor de x:
V3
k · [6 ] · [6 ]
x y
16
5
k · [3 ] · [6 ]
x y
8

2 5 2x ∴ x 5 1

Portanto, a lei da velocidade é:

v 5 k ? [etanotiol] 1 ? [hidrogênio] 1

A ordem da reação é igual a 2 (soma dos expoentes).

b) C 2H 5SH (g) 1 H 2(g) → C 2H 6(g) 1 H 2S (g)

1 mol C 2H 5SH (g) 34 g H 2S

10 mol C 2H 5SH (g) x g H 2S

x 5 340 g/s

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 10 29/05/2019 15:17


XI

11. B Supondo v 5 1 mol/L ? min, teremos:

QUÍMICA 1A
Velocidade de reação:
v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1 ⇒ v 5 1 mol/L ? min.
v 5 k ? [A] 2 ? [B] 1
Se duplicar a concentração de Z e mantiver a
O exercício não forneceu a concentração em velocidade de Y, teremos:
quantidade de matéria inicial. Para facilitar os
v 5 k ? [2] 2 ? [1] 1 ⇒ v 5 4 mol/L ? min.

Material do Professor
cálculos, vamos admitir que a concentração ini-
cial dos reagentes fosse de 1 mol/L (poderia ser
Ou seja, a velocidade irá quadruplicar.
qualquer número). Escolhemos o 1 mol/L para
ficar mais fácil a verificação de quantas vezes a 02. Correto.
concentração aumentou ou diminuiu, e calcular
a velocidade inicial. v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1

No início, temos: Supondo v 5 1 mol/L ? min, teremos:

v 5 k ? [1] 2 ? [1] 1 ⇒ v 5 1 ? k v 5 k ? [1] 2 ? [1] 1 ⇒ v 5 1 mol/L ? min

Depois, temos: Se duplicar a concentração de Y e mantiver a ve-


locidade de Z constante, teremos:

O
BO O
concentração de A foi triplicada ⇒ [3].

SC
M IV
v 5 k ? [1] 2 ? [2] 1 ⇒ v 5 2 mol/L ? min

O S
concentração de B foi duplicada ⇒ [2].

v 5 k ? [3] 2 ? [2] 1 ⇒ v 5 18 ? K
D LU Ou seja, a velocidade irá duplicar.
O C
04. Correto. A ordem da reação é dada pela soma
N X

dos expoentes da expressão da velocidade:


SI O E

O novo valor da velocidade será 18 vezes maior.

12. a) O NO2(g) se reduz a NO e provoca a oxidação do v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1


EN S
E U

SO2(g) a SO3(g).
Soma dos expoentes: 2 1 1 5 3
D E
A LD

b) O catalisador aumenta a velocidade de uma


reação química, diminuindo sua energia de ati- A reação é de terceira ordem.
EM IA

vação, portanto uma reação catalisada aconte-


08. Correto.
ST ER

cerá numa velocidade muito maior que uma não


catalisada. v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1
SI AT

c) Como a velocidade da reação global é depen-


M

Supondo v 5 1 mol/L ? min, teremos:


dente da etapa lenta, a expressão da lei da velo-
cidade será: v 5 k ? [SO 2] ? [NO 2]. v 5 k ? [1] 2 ? [1] 1 ⇒ v 5 1 mol/L ? min

d) Teremos: Se triplicar a concentração de Z e Y, teremos:

v 5 k ? [3] 2 ? [1] 1 ⇒ v 5 27 mol/L ? min

16. Incorreto. A lei da velocidade é dada pela


[SO3]

etapa lenta do mecanismo, assim, teremos:

v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1
Temperatura
14. E
Experimentos X e Y:
13. 15 (01 1 02 1 04 1 08)
01. Correto. A velocidade de uma reação é dada [ A ] dobra (5 ⋅ 10 –3 para 1 ⋅ 10 –2 )
[B 2] constante 
pela etapa lenta. Assim:
v quadruplica (5 ⋅ 10 para 2 ⋅ 10 )
–5 –4

v 5 k ? [Z] 2 ? [Y] 1 Conclusão: a substância A apresenta ordem 2.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 11 29/05/2019 15:17


XII

Experimentos Z e Y:
v’ 5 4 ? k ⋅ [ A ] ⋅ [D]
2 2

  
QUÍMICA 1A

[B2 ] dobra (5 ⋅ 10 para 1⋅ 10 )


–3 –2 v

[A] constante  v’ 5 4 ? v (quadruplica)


v dobra (1⋅ 10 –4 para 2 ⋅ 10 –4 )

Conclusão: a substância B 2 apresenta ordem 1. 04. Incorreto. Se a reação global CaO 1 CO 2 →


→ CaCO 3 possuir a etapa intermediária lenta
Equação cinética da velocidade: v 5 k ? [A] 2 ? [B 2] Ca(OH) 2 → CaO 1 H 2O, então a lei da velocida-
Material do Professor

de será v 5 k ? [Ca(OH) 2].


Experimento X:
08. Correto. Molecularidade equivale ao número
2 ? 10 mol ? L ? min 5 k ? (1 ? 10 mol ? L ) ?
–4 –1 –1 –2 –1 2 de mols de reagentes que entram em colisão
? 1 ? 10 –2 mol ? L –1 em uma única etapa de reação. Em reações ele-
mentares, numericamente, a ordem da reação e
k 5 200 L 2/mol 2 ? min a molecularidade coincidem. Considerando que
a reação N 2 1 O 2 → 2 NO é elementar, sua mo-
Todas as afirmativas estão corretas. lecularidade é igual a 2.

15. C 16. Correto. É possível, apesar de a reação direta


Supondo uma velocidade inicial de 1 mol/L ? s, se ser exotérmica, aumentar o rendimento da reação
N 2(g) 1 3 H 2(g) → 2 NH 3(g) (∆H < 0), combinando-se

O
triplicada, seu valor será de 3 mol/L ? s, se isso

BO O
um aumento da temperatura e da pressão do sis-

SC
acontecer, a velocidade da reação irá aumentar

M IV
9 vezes o valor inicial da velocidade. tema, pois esse procedimento, feito com valores

O S
adequados de temperatura e pressão, afeta, nes-
D LU
Assim, ao triplicar o valor do reagente A, a velo- se caso, de forma favorável, o balanço entre a
cinética e o equilíbrio químico da reação.
O C
cidade da reação triplica, ou seja, será 9 vezes
N X

maior, em um processo de segunda ordem. Como


SI O E

o reagente B não interfere na velocidade final da Estudo para o Enem


reação, ele será de ordem zero.
18. E
EN S
E U

Portanto, a lei da velocidade será: v 5 k ? [rea- a) Incorreta.


D E

gente A] 2. H2(g) + 2 NO(g) → 1 N2O(g) + H2O(  ) (lenta)


A LD

16. B H2(g) + 1 N2O(g) → N2(g) + H2O(  ) (rápida)


EM IA

Solução aquosa de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) 1


2 H2(g) + 2 NO(g) → N2(g) + 2 H2O(  )
ST ER

1 indicador fenolftaleína 1 gás carbônico (CO 2):


SI AT

Ca(OH) 2(aq) 1 CO 2(aq)  → CaCO 1 H O


fenolftaleína
3(s) 2 (,)
b) Incorreta.
M

v p 5 k ? [reagentes] Etapa lenta :


H2(g) + 2 NO(g) → N2O(g) + H2O(  )
v p 5 k ? [Ca(OH 2)] ? [CO 2]
v = k · [H 2 ] ⋅ [NO]2
17. 25 (01 1 08 1 16) v = k · (1) ⋅ (1)2 = 1
01. Correto. A reação 2 A 1 D → A 2D é classifica- v = k (1) ⋅ (2)2 = 4 · k
da como elementar se v 5 k ? [A] 2 ? [D] (v 5 k ?
? [reagentes]).
c) Incorreta. Uma das principais características
do catalisador é aumentar a velocidade da reação
02. Incorreto. Se a velocidade da reação 2 A 1 2 D →
sem ser consumido no final.
→ E 1 G quadruplicar ao duplicar-se [A], manten-
do-se [D] constante, então a reação é de segunda d) Incorreta. A lei da velocidade é dada pela etapa
ordem em relação a A. lenta da reação:

v 5 k ? [A] 2 ? [D] 2 H2(g) + 2 NO(g) → N2O(g) + H2O(  )

Duplicando a [A]: v = k · [H 2 ] ⋅ [NO]2

v’ 5 k ? (2 ? [A]) 2 ? [D] 2 e) Correta.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 12 29/05/2019 15:17


XIII

H2(g) + 2 NO(g) → N2O(g) + H2O(  )

QUÍMICA 1A
v = k · [H 2 ] ⋅ [NO]2
v = k · (1) ⋅ (1)2 = 1
v = k · (3) ⋅ (2)2 = 12 · k

Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciências

Material do Professor
naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de


linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.

19. E

[NO] (mol/L) [H2]1 (mol/L) Vel. (mol/L ? h)


1 ? 10 (constante)
–3
1 ? 10 –3
3 ? 10–5
1 ? 10–3 (constante) 2 ? 10–3 (dobrou) 6 ? 10–5 (dobrou)

O
2 ? 10 –3
2 ? 10 –3
24 ? 10–5

BO O
SC
M IV
O S
[NO]2 (mol/L) [H2]1 (mol/L) Vel. (mol/L ? h)
1 ? 10 –3
1 ? 10 D LU
–3
3 ? 10–5
O C
1 ? 10–3 2 ? 10–3 (constante) 6 ? 10–5
N X

2 ? 10 (dobrou)
–3
2 ? 10 (constante)
–3
24 ? 10–5 (quadruplicou)
SI O E

Conclusão: v 5 k ? [NO] 2 ? [H 2] 1
EN S
E U

Para a 1 a linha da tabela:


D E
A LD

[NO] 5 [H 2] 5 3 ? 10 –3 mol/L
EM IA

k 5 3 ? 10 –4
ST ER

v 5 k ? [NO] 2 ? [H 2] 1
SI AT

v 5 3 ? 10 –4 ? (3 ? 10 –3) 2 ? (3 ? 10 –3) 1
M

v 5 81 ? 10 –5 mol/L ? h

Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciências


naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de


linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.

20. E
Determinação dos valores de a e b:

v 5 k ? [O 2] a ? [NO] b

Experimentos 1 e 2:

A concentração de O 2 e a velocidade dobram.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 13 29/05/2019 15:17


XIV

Concentrações dos
QUÍMICA 1A

Experimentos reagentes Vel. (mol/L ? s)


[O2] (mol/L) [NO] (mol/L)
1 2,2 ? 10–2 2,6 ? 10–2 (constante) 6,4 ? 10–3
2 4,4 ? 10–2 (dobrou) 2,6 ? 10–2 (constante) 12,8 ? 10–3 (dobrou)
3 2,2 ? 10–2 5,2 ? 10–2 25,6 ? 10–3
Material do Professor

4 6,6 ? 10 –2
2,6 ? 10 –2
19,2 ? 10–3

Assim, temos:

2 5 2a ⇒ a 5 1

Experimentos 1 e 3:

A concentração de NO dobra e a velocidade aumenta 4 vezes.

Concentrações dos
Experimentos reagentes Vel. (mol/L ? s)

O
[O2] (mol/L) [NO] (mol/L)

BO O
SC
M IV
1 2,2 ? 10–2 (constante) 2,6 ? 10–2 6,4 ? 10–3

O S
2 4,4 ? 10–2 2,6 ? 10–2 12,8 ? 10–3 (dobrou)
3 D LU 2,2 ? 10–2 (constante) 5,2 ? 10–2 (dobrou) 25,6 ? 10–3 (quadruplicou)
O C
4 6,6 ? 10 –2
2,6 ? 10 –2
19,2 ? 10–3
N X
SI O E

Assim, temos:

4 5 2b ⇒ b 5 2
EN S
E U

Equação de velocidade:
D E
A LD

v 5 K ? [O 2] 1 ? [NO] 2
EM IA

Competência: Entender métodos e procedimentos próprios das ciências


ST ER

naturais e aplicá-los em diferentes contextos.


SI AT

Habilidade: Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de


M

linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,


como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 14 29/05/2019 15:17


XV

48 EQUILÍBRIO QUÍMICO I – CARACTERÍSTICAS E CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

QUÍMICA 1A
Comentário sobre o módulo [NO2 ]2
Neste módulo, será mostrado que, no equilíbrio a 2 NO (g) 1 O 2(g)  2 NO 2(g) K2 5
[NO]2 ⋅ [O2 ]
uma dada temperatura, existe uma relação matemática
que vincula as concentrações de todas as espécies 1
[N2 ] 2 ⋅ [O2 ]
1
participantes do processo: a expressão de Kc. NO 2(g)  N 1 O 2(g) K3 5

Material do Professor
2 2(g) [NO2 ]

Para ir além Relacionando as constantes, teremos:


Analogias no ensino do equilíbrio químico. Dis-
ponível em: [NO]2 [NO2 ]2
K1 ? K2 5 ?
<http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/ [N ] ⋅ [O ]
2 2 [NO]2 ⋅ [O2 ]
QNEsc27/04-ibero-3.pdf>.
Acesso em: set. 2018. [NO2 ]2
K1 ? K2 5
[N2 ] ⋅ [O2 ]2
CARUSO, F. et al. Propuesta didáctica para la
enseñanza – aprendizaje del equilibrio químico. 1 [N2 ] ⋅ [O2 ]2
Enseñanza de las Ciencias, n. extra. p. 287-288, 1997. 5
K1 · K 2 [NO2 ]2

O
Exercícios Propostos 1 1

BO O
 1 2 [N2 ]2 ⋅ [O2 ]

SC
M IV
7. A  K ⋅ K  5 [NO2 ]
1 2
  

O S
O Kc da reação inversa será: K3

K’ 5
1
5
1
5 0,02 5 2 ? 10 –2
D LU Conclusão:
O C
Kc 50 1
 1 2
N X

8. K3 5 
 K1 ⋅ K 2 
SI O E

CO(g) 1 H2O(g)  CO2(g) 1 H2(g) 1


EN S

10. a) SO2(g) 1 O NO → SO3(g)



2 2(g)
E U

Início 5 mol 5 mol 0 0


D E

Durante –3,325 mol –3,325 mol 13,325 mol 13,325 mol SO 3(g) 1 H 2O (,) NO
 → H 2SO 4(aq)
A LD

Equilíbrio 1,675 mol 1,675 mol 3,325 mol 3,325 mol


b) Curva II: a concentração de trióxido de enxofre
EM IA

Concentração, em mol/L, no equilíbrio: (SO 3) aumenta com o tempo.


ST ER

1,675 mol
[CO] 5 5 0,335 mol/L Curva III: a concentração do dióxido de enxofre
5L
SI AT

(SO 2) diminui com o tempo.


1,675 mol
M

[H 2O] 5 5 0,335 mol/L 11. B


5L
3,325 mol
N2O4(aq)  2 NO2(aq)
[CO 2] 5 5 0,665 mol/L
5L Início 1 mol 0
Reage/forma x 2x
3,325 mol
[H 2] 5 5 0,665 mol/L Equilíbrio (1 – x) 2x
5L
Substituindo em Kc, teremos: Como a soma dos componentes é igual a

Kc 5
[CO ] ⋅ [H ]
2 2
1,10 mol, temos que:
[CO] ⋅ [H2O] (1 – x) 1 2x 5 1,10
0,665 ⋅ 0,665
Kc 5 x 5 1,10 – 1,0
0,335 ⋅ 0,335

Kc 5 3,94 x 5 0,1 mol (quantidade de N 2O 4(aq) dissociada)


9. D 12. B
N 2(g) 1 O 2(g)  2 NO (g) K1 5
[NO]2 a) Incorreto. No equilíbrio, ainda existe 0,1 mol
[N ] ⋅ [O ]
2 2 de produto.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 15 29/05/2019 15:17


XVI

b) Correto. 2 mol
[N 2] 5 5 0,40 mol/L
QUÍMICA 1A

[P ] 0,4 5L
Keq 5 5 54
[R] 0,1 4 mol
[H 2] 5 5 0,80 mol/L
c) Incorreto. O equilíbrio reacional é alcançado a 5L
partir de 10 min. 1,5 mol
[NH 3] 5 5 0,30 mol/L
5L
Material do Professor

d) Incorreto. A velocidade da reação depende da


concentração do produto, em 5 min e em 10 min. N2 1 3 H2  2 NH3
Assim, teremos, aproximadamente:
Início 0,40 mol/L 0,80 mol/L 0
0,35 mol / L Durante –0,15 mol/L –0,45 mol/L 0,30 mol/L
veloc 5 min 5 5 0,07 mol/L ? min
5 min Equilíbrio 0,25 mol/L 0,35 mol/L 0,30 mol/L
0,40 mol / L
veloc 10 min 5 5 0,04 mol/L ? min [NH3 ]2 ( 0,30 )2
10 min Kc 5 5 5 8,3965 (mol/L)–2
[N2 ]1 ⋅ [H2 ]3 ( 0,25 ) ⋅ ( 0,35 )3
e) Incorreto. Pela análise do gráfico, nota-se que
02. Incorreto. Se dobrarmos os valores das quan-
a formação de produto consome uma quantidade
tidades iniciais (em mols) dos gases N2(g) e H 2(g),
igual ao consumo de reagente, sendo assim, a
a constante de equilíbrio não dobrará de valor.
proporção estequiométrica será de 1:1.

O
BO O
4 mol

SC
13. D [N 2] 5 5 0,80 mol/L

M IV
5L

O S
AB
8 mol
Concentração

D LU [H 2] 5
5L
5 1,60 mol/L
O C
1,5 mol
N X

[NH 3] 5 5 0,30 mol/L


5L
SI O E

N2 1 3 H2  2 NH3
EN S

A2 e B2
E U

Início 0,80 mol/L 1,60 mol/L 0


Durante –0,15 mol/L –0,45 mol/L 0,30 mol/L
D E

t0 t1 t2 t3 t4 Tempo
A LD

teq Equilíbrio 0,65 mol/L 1,15 mol/L 0,30 mol/L


EM IA

O tempo de equilíbrio irá acontecer quando as


[NH3 ]2 ( 0,30 )2

Kc 5 5 5 0,09104 (mol/L)–2
ST ER

concentrações dos reagentes e produtos se tor- [N2 ]1 ⋅ [H2 ]3 ( 0,65 ) ⋅ (1,15 )3


narem constantes, ou seja, a partir de t3.
SI AT

04. Correto. No equilíbrio, restou 1,75 mol de H2(g).


[CH OH]
M

3
14. Kc 5 0,35 mol 1L
[CO] ⋅ [H2 ]2
nH2 5L
( 0,145 )
Kc 5 5 14,5
(1) ⋅ ( 0,1)2 nH2 5 1,75 mol

15. B 08. Correto. A concentração em quantidade de


[Produtos] matéria do N 2(g), no equilíbrio, é 0,25 mol/litro.
Utilizando uma fórmula genérica, Kc 5
[Reagentes]
16. Correto. O grau de equilíbrio de reação em
para um coeficiente igual a 1, se dobrarmos o coe-
relação ao gás nitrogênio é 37,5%.
ficiente, ao multiplicar a equação por 2, teremos
[Produtos]2 [Produtos] 0,40 – 0,40α 5 0,25
que Kc’ 5 . Substituindo
[Reagentes]2 [Reagentes] 0,40 ? (1 – α) 5 0,25
por Kc, chegamos à conclusão de que Kc’ 5 Kc².
1 – α 5 0,625
16. 28 (04 1 08 1 16)
α 5 1 – 0,625 5 0,375
01. Incorreto. A constante de equilíbrio Kc é apro-
ximadamente 8,3965 (mol/litro) –2. α 5 37,5 %

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 16 29/05/2019 15:17


XVII

17. 05 (01 1 04) 19. D

QUÍMICA 1A
01. Correto. A reação de formação da amônia é
dada por: N 2(g) 1 3 H 2(g)  2 NH 3(g).
A12BC12D
Início 1 1 0 0
02. Incorreto. A constante de equilíbrio dessa Durante –x –2x 1x 12x
[NH3 ]2 Equilíbrio 1–x 0,5 1x 12x
reação é expressa por: Kc 5 .
[H2 ]3 ⋅ [N2 ]

Material do Professor
04. Correto. 1 – 2x 5 0,5
[2,0 ] 2

x 5 0,25
Kc 5 5 0,25.
[2,0 ]3 ⋅ [2,0 ]
Então:
08. Incorreto. A proporção estequiométrica dada
pela reação é:
A12BC12D
N 2(g) 1 3 H 2(g)  2 NH 3(g) Início 1 1 0 0
Durante –0,25 –0,5 10,25 10,5
1 mol 3 mol 2 mol
Equilíbrio 0,75 0,5 10,25 10,5
0,05 mol 0,15 mol 0,1 mol
[C] ⋅ [D]2

O
BO O
Kequilíbrio 5

SC
Assim, na formação de 0,1 mol de amônia, foi [ A ] ⋅ [B]2

M IV
gasto 0,05 mol de gás nitrogênio.

O S
( 0,25 ) ⋅ ( 0,5 )2
Estudo para o Enem D LU Kequilíbrio 5
( 0,75 ) ⋅ ( 0,5 )2
5
0,25
0,75
5
1
3
O C
N X

18. D
SI O E

Com base na análise do gráfico, verifica-se que 1


Kequilíbrio 5
o equilíbrio químico é atingido a partir de, aproxi- 3
EN S

madamente, 5 minutos. Sendo assim, podem ser


E U

Competência: Entender métodos e procedimen-


obtidas as concentrações no equilíbrio:
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
D E

diferentes contextos.
A LD

|∆[B] gasta (reagente)| 5 |0,2 – 0,8| 5 0,6 mol/L

Habilidade: Relacionar informações apresenta-


EM IA

|∆[C] gasta (reagente)| 5 |0,6 – 0,8| 5 0,2 mol/L


das em diferentes formas de linguagem e repre-
ST ER

|∆[A] forma (produto)| 5 |0,4 – 0,0| 5 0,4 mol/L sentação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
SI AT

Então, tabelas, relações matemáticas ou linguagem


M

simbólica.
0,6 : 0,2 : 0,4
20. B
Dividindo por 0,2, vem:
CO (g) 1 H 2O (g) → CO 2(g) 1 H 2(g) K 1 5 0,23
3:1:2
CH 4(g) 1 H 2O (g) → CO (g) 1 3 H 2(g) K 2 5 0,20
Portanto,
CH 4(g) 1 2 H 2O (g) → CO 2(g) 1 4 H 2(g) Keq 5 ?
3B11C→2A

Competência: Entender métodos e procedimen- Keq 5 0,23 ? 0,20 5 0,046


tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos. Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre-
Habilidade: Relacionar informações apresenta- tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
das em diferentes formas de linguagem e repre- -tecnológicas.
sentação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
tabelas, relações matemáticas ou linguagem química para caracterizar materiais, substâncias
simbólica. ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 17 29/05/2019 15:17


XVIII

49 EQUILÍBRIO QUÍMICO II – Kp
QUÍMICA 1A

Comentário sobre o módulo Se as pressões parciais de CO 2 e H 2O forem, res-


Neste módulo, serão estudados os conceitos de pectivamente, 0,5 e 0,5 atm, o valor da constante
equilíbrio químico, bem como o cálculo e a interpreta- de equilíbrio, expressa em termos de pressões
ção da constante de equilíbrio, em função das pressões parciais (Kp), será 0,25 atm 2.
parciais.
Material do Professor

Kp 5 pCO2 ? pH2O

Para ir além Kp 5 0,5 ? 0,5 5 0,25 atm² ∴ a afirmativa é falsa.


Analogias no ensino do equilíbrio químico. Dispo-
nível em: 11. A constante Kp é a pressão parcial dos produtos
<http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/ sobre a pressão parcial dos reagentes, contudo são
QNEsc27/04-ibero-3.pdf>. válidos apenas os participantes gasosos.
Acesso em: set. 2018. Então:

( )
1
2
OLNEY, D. Some analogies for teaching rates/equi- Kp 5 pO2
librium. Journal of Chemical Education, v. 65, n. 8. p.
12. D
696-697, 1988.
1A 2B 1C 3D

O
BO O
RAVIOLO, A. Las imágenes en el aprendizaje y en la
Início 8 atm 12 atm 0 0

SC
M IV
enseñanza del equilibrio químico. Educación Química,
v. 17, n. extra. p. 300-307, 2006. Reage 2 atm 4 atm ---------- ----------

O S
Forma ---------- ---------- 2 atm 6 atm
Exercícios Propostos D LU Equilíbrio 6 atm 8 atm 2 atm 6 atm
O C
pPC 3 · pC 2
N X

pC ⋅ (pD )
3
7. Kp 5
SI O E

pPC5 Kp 5
p A ⋅ (pB )
2

8. A
EN S

2 ⋅ 63
Kp 5 5 1,125
E U

I) Correto. Conforme apresentado na tabela, o


6 ⋅ 82
aumento da temperatura leva-nos a uma maior
D E
A LD

Kp, assim, pode-se afirmar que a concentração 13. a)


de NO 2 será maior.
H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
EM IA

II) Incorreto. A seguinte razão apresenta valor


ST ER

Início 1 mol 1 mol 0


igual a 1.
Durante –x –x 2x
(p )
SI AT

2
NO2 Equilíbrio (1 – x) (1 – x) 2x
Kp 5
M

pN2O4
Kp 5 Keq ? (RT) ∆n
9. Equações que podem expressar a constante de
equilíbrio:
Kp 5
(pHI )2 5 55
(p )
2
pH2 · pI2
[SO ]
2
3 SO3
Kc 5 ou Kp 5
[SO ] · [O ] (p ) · (p )
2 2
2 2 SO2 O2 ∆n 5 2 – (1 1 1) 5 0

Estequiometria da reação: 55 5 Keq ? (RT) 0

SO 3(g) 1 H 2O () → H 2SO 4(g) Keq 5 55

80 g 98 g
( 2x )2
5 55
(1 – x ) · (1 – x )
1 000 g mH2SO4
( 2x )2
5 55
mH2SO4 5 1 225 g (1 – x )2
( 2x )2
10. A expressão para a constante de equilíbrio, expres- 5 55
sa em termos de pressão parcial, é Kp 5 pCO2 ? pH2O . (1 – x )2

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 18 29/05/2019 15:17


XIX

( 2x ) 15. B
5 7,416 ⇒ 2x 5 7,416 ? (1 – x)

QUÍMICA 1A
(1 – x ) 3 H 2(g) 1 N 2(g)  2 NH 3(g)

(p )
2
2x 5 7,416 – 7,416x NH3
Kp 5
(p ) ⋅ p
3
9,416x 5 7,416
H2 N2

7,416
x5 5 0,78759 ≈ 0,79 0,42
9,416 Kp 5 5 0,025

Material do Professor
2 ⋅ 0,8
3

nHI 5 2x 5 2 ? 0,79 5 1,58


Kc pode ser encontrado por meio da seguinte
nHI 5 1,58 mol
relação: Kc 5 Kp ? (RT) 2∆n
b) Kc 5 0,025 ? (0,082 ? 300) 4 2 2
H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
Kc 5 15,12
Equilíbrio (1 – x) (1 – x) 2x
Equilíbrio (1 – 0,79) (1 – 0,79) 2 ? 0,79
16. 18 (02 1 16)

Equilíbrio 0,21 0,21 1,58 01. Incorreta. A pressão inicial (p 1) do sistema é


igual a 60 atm.
pH2
x H2 5 nNO2 5 1 mol

O
pmistura

BO O
SC
M IV
nH2 V recipiente 5 400 mL 5 0,4 L
x H2 5

O S
nmistura
P inicial 5 p 1
nH2 pH2 D LU
O C
5 T 5 300 K
nmistura pmistura
N X
SI O E

nH2 R 5 0,08 atm ? L/K ? mol


pH2 5 p mistura ?
nmistura
EN S

P inicial ? V recipiente 5 nNO2 ? R ? T


0,21
E U

pH2 5 p mistura ?
( 0,21 + 0,21 + 1,58 ) p 1 ? 0,4 L 5 1 mol ? 0,08 atm ? L/K ? mol ? 300 K
D E
A LD

pH2 5 p mistura ? 0,105 p 1 5 60 atm


EM IA

14. B 02. Correta. A pressão parcial de NO 2(g) no equi-


ST ER

Para que o sistema apresente o maior valor de líbrio é igual a 12 atm.


constante de equilíbrio, é necessário que ele
SI AT

p equilíbrio 5 0,6 ? p 1 5 0,6 ? 60 atm 5 36 atm


apresente o maior número de moléculas de pro-
M

dutos, frente aos reagentes, percebendo, dessa


forma, que o sistema B apresenta essa relação. 2 NO2(g)  1 N2O4(g)
Assim, temos: Início (atm) 60 0
p AB Durante (atm) – 2x 1x
Kp 5 Equilíbrio (atm) (60 – 2x) 1x
p A ⋅ pB

p equilíbrio 5 (60 – 2x) 1 x


A
36 5 60 – x

x 5 24 atm

pNO2 5 (60 – 2x) atm


AB
pNO2 5 (60 – 2 ? 24) atm 5 12 atm

04. Incorreta. A fração molar de N 2O 4(g) no equilí-


B brio é igual a 0,67.

p equilíbrio 5 0,6 ? p 1 5 0,6 ? 60 atm 5 36 atm

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 19 29/05/2019 15:17


XX

pN2O4 5 x 5 24 atm b) Correta.


QUÍMICA 1A

pN2O4 c) Incorreta. A formação de amônia é viável eco-


XN2O4(g) 5 nomicamente.
pequilíbrio

24 atm d) Incorreta. Em um sistema em equilíbrio, coe-


XN2O4(g) 5 5 0,67
36 atm xistem reagentes e produtos.
Material do Professor

08. Incorreta. A constante de equilíbrio Kp para e) Incorreta. O somatório dos coeficientes dos
a reação de dimerização do NO 2(g) a 300 K é igual reagentes e do(s) produto(s) na reação balancea-
a 0,167. da é igual a 6.

pNO2 5 12 atm 1 N 2(g) 1 3 H 2(g)  2 NH 3(g)

pN2O4 5 24 atm Kp 5 Kc ? (RT) ∆n

(pN 2 O 4(g) )1 Kp 5 Kc ? (RT) 1 – 3


Kp 5
(pNO 2(g) )2
Kp 5 Kc ? (RT) –2
24
Kp 5 5 0,167
(12)2

O
Estudo para o Enem

BO O
SC
M IV
16. Correta. A relação entre Kc e Kp para a reação 18. B
de dimerização de NO 2(g) é dada pela expressão

O S
p total 5 1 bar
Kc 5 Kp ? (RT).
D LU pH2 1 pI2 5 1 bar
O C
2 NO 2(g)  N 2O 4(g)
N X
SI O E

pH2 5 pI2 ⇒ pH2 1 pH2 5 1 bar 5 10 5 Pa


pN2O4 ? V 5 nN2O4 ? R ? T
1
EN S

pN2O4 · V pH2 5 5 0,5 bar ⇒ pH2 5 pI2 5 0,5 ? 10 5 Pa 5


2
E U

nN2O4 5
(R · T ) 5 50 kPa
D E

 pN2O4 · V 
A LD

nN2O4  (R · T )  pN2O4
[N2O4] 5 ⇒ [N2O4] 5 5 H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
V (R · T )
EM IA

V
Início 50 kPa 50 kPa 0 kPa
ST ER

nNO2
pNO2 ? V 5 ? R ?T Durante – y kPa – y kPa 2y kPa
SI AT

pNO2 · V Equilíbrio (50 – y) kPa (50 – y) kPa 22,8 kPa


nNO2 5
(R · T )
M

0 1 2y 5 22,8
 pNO2 · V 
nNO2  (R · T )  pNO2 y 5 11,4 kPa
[NO 2] 5 ⇒ [NO 2] 5 5
V V (R · T )
1
Substituindo y na tabela, temos:
 pN2O4 
 
Kc 5
[N O ]2 4
1

5
 (R · T )  H2(g) 1 I2(g)  2 HI(g)
2
[NO2 ]2  pNO2 
  Início 50 kPa 50 kPa 0 kPa
 (R · T )  Durante – 11,4 kPa – 11,4 kPa 22,8 kPa
(p )
1
N2O4 Equilíbrio 38,6 kPa 38,6 kPa 22,8 kPa
Kc 5 ? (R ? T)
(
p )
2

 

NO2 (pHI )2
Kp 5
(p ) · (p )
Kp 1 1
H2 I2
Kc 5 Kp ? (R ? T)
( 22,8 kPa)2
Kp 5 5 0,348952
17. B ( 38,6 kPa) · ( 38,6 kPa)
a) Incorreta. A variação da temperatura afeta os
valores das constantes. Kp 5 0,348952 ≈ 0,35

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 20 29/05/2019 15:17


XXI

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da NH 3 5 (2 ? 5) 5 10 atm


química para, em situações-problema, interpre-

QUÍMICA 1A
tar, avaliar ou planejar intervenções científico- Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
-tecnológicas. química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da -tecnológicas.
química para caracterizar materiais, substâncias
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

Material do Professor
ou transformações químicas.
química para caracterizar materiais, substâncias
19. B ou transformações químicas.
3 H 2 1 N 2  2 NH 3
20. D
3x x 2x N 2O 4(g)  2 NO 2(g)

(p )
2

3x 1 x 1 2x 5 30 NO2 (1,8 )2
Kp 5 5 5 2,31
(p )
1
1,4
N2O4
x55
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Proporção de 3:1:2 química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-

O
As pressões parciais, para 30 atm, serão: -tecnológicas.

BO O
SC
M IV
H 2 5 (3 ? 5) 5 15 atm Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

O S
química para caracterizar materiais, substâncias
N 2 5 5 atm D LU ou transformações químicas.
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 21 29/05/2019 15:17


XXII

50 DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO I – PRESSÃO E CONCENTRAÇÃO


QUÍMICA 1A

Comentário sobre o módulo 2 NaHCO 3(s)  Na 2CO 3(s) 1 CO2(g) 1 H 2O (g)


Neste módulo, serão estudados dois fatores que 
Aumenta
podem deslocar o equilíbrio químico: pressão e con-
centração. 8. B
Material do Professor

Hem (aq) 1 O2(g)  HemO 2(aq)



Para ir além Diminui
FABIÃO, L.; DUARTE, M. Dificuldades de produ-
v direta < v inversa
ção e exploração de analogias: um estudo no tema
equilíbrio químico com alunos/professores de ciências. À medida que uma pessoa se desloca para locais
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. de menor altitude, a quantidade e a pressão par-
4, n. 1, 2005. cial de O 2 no ar vão diminuindo e esse equilíbrio
vai se deslocando para a esquerda.
Ensino do conceito de equilíbrio químico: uma breve
reflexão. Química Nova na Escola. n. 25, maio 2007. 9. Expressão da constante Kp desse equilíbrio:
Disponível em: pCH3OH
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc25/ccd02.pdf>. Kp 5
pCO · (pH2 )2
Acesso em: fev. 2019.

O
Importância da compressão: com o aumento da

BO O
SC
pressão, o equilíbrio é deslocado no sentido do

M IV
O ensino de equilíbrio químico a partir dos trabalhos menor volume, o que acarreta maior rendimento

O S
do cientista alemão Fritz Haber, na síntese da amônia na produção do metanol.
D LU
e no programa de armas químicas durante a Primeira
Guerra Mundial. Química Nova na Escola. vol. 40, n. 1. p↑ ? V ↓ 5 k
O C
p. 33-43, fevereiro 2018. Disponível em:
N X

CO(g) 1 2 H2(g)  CH3OH(g)


SI O E

<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_1/07-RSA-12-17.pdf>.    


1 vol 2 vol 1 vol
Acesso em: fev. 2019.
EN S

3 volumes  1 volume
Exercícios Propostos
E U
D E

7. 03 (01 1 02) 10. D


A LD

01. Correto. A expressão para a constante de equi- O aumento da pressão desloca o equilíbrio para
líbrio, expressa em termos de concentração, é o lado com o menor número de moléculas no
EM IA

Kc 5 [CO 2] ? [H 2O]. estado gasoso.


ST ER

Diminuindo a concentração de NH3(g) no equilíbrio,


2 NaHCO 3(s)  Na 2CO 3(s) 1 CO 2(g) 1 H 2O (g)
SI AT

ocorrerá deslocamento para a direita no sentido


Constante
 da formação de novas moléculas de NH 3(g).
M

[Na2CO3(s) ] ⋅ [CO2(g) ] ⋅ [H2O(g) ]


Keq 5 
[NaHCO3(s) ]2 11. C
  
Constante
I. Correto.
 Keq 5 [CO2(g) ] ⋅ [H2O(g) ]
Hemoglobina fetal
02. Correto. O aumento de temperatura é o único
Hemoglobina do adulto
fator que altera o valor de Kc.
100
04. Incorreto. O aumento de pressão desloca o
% de saturação de Hb por O2

equilíbrio no sentido do menor número de mols 80

de componentes gasosos, ou seja, para a esquer-


da, no sentido de v 2. 60

2 NaHCO 3(s)  CO2(g) + H2O(g) 1 Na 2CO 3(s) 40



1 mol + 1 mol
20
0 mol (gás)  2 mol (gases)
0
08. Incorreto. A adição de gás carbônico desloca o 0 20 30 40 60 80 100
pO (mmHg)
equilíbrio para a esquerda, isto é, no sentido de v2. 2

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 22 29/05/2019 15:17


XXIII

II. Correto. Num local de menor altitude, a con- Como, em meio ácido, o equilíbrio desloca para
centração de O 2 diminui e, portanto, o equilíbrio a esquerda, a quantidade de O 2 liberada nos te-

QUÍMICA 1A
desloca-se para a esquerda. Para que isso não cidos aumenta.
ocorra, a concentração de Hb em seu sangue
deverá aumentar. b) Com base na equação de estado de um gás,
vem:
III. Incorreto. Nos adultos, a concentração de
hemoglobina associada ao oxigênio é maior no ngás · R · T

Material do Professor
p gás ? V 5 n gás ? R ? T ⇒ p gás 5
pulmão do que nos tecidos, pois, quanto maior V
a concentração, maior a pressão parcial do gás
oxigênio. nO2 · R · T pO2
pO2 5 ⇒ [O 2] 5
V R·T
12. B
nCO · R · T p
O CO2 liberado pelos visitantes reage com a água p CO 5 ⇒ [CO] 5 CO
do ambiente havendo a formação do ácido car- V R·T
bônico (H 2CO 3). pO2 pCO
pO2 5 10 ? p CO ⇒ 5 10 ? ⇒
CO 2 1 H 2O  H 2CO 3 R·T R·T

⇒ [O 2] 5 10 ? [CO]
Esse será ionizado tornando o meio ácido.

O
[HbCO]

BO O
· [O2 ]

SC
H 2CO 3  H1 HCO3– K5
[HbO2 ] · [CO]

M IV
O S
Esse ácido irá atacar os espeleotemas de origem
[HbCO] · 10 · [CO]
carbonática. D LU 200 5
[HbO2 ] · [CO]
O C
CaCO 3 1 2 H 1 → Ca 21 1 CO 2 1 H 2O
N X

[HbCO] 200
SI O E

5 5 20 ⇒ [HbCO] 5 20 ? [HbO 2]
13. 22 (02 1 04 1 16) [HbO2 ] 10
EN S

01. Incorreto. A adição de NO provoca um au-


E U

15. 11 (01 1 02 1 08)


mento da velocidade da reação inversa, o que
D E

01. Correta. Todo o reagente da combustão será


acarretará o deslocamento do equilíbrio para a
A LD

consumido no processo.
esquerda. Esse deslocamento provocará dimi-
nuição na quantidade de água.
EM IA

02. Correta. v 1 5 v 2 é a condição para que ocorra


o equilíbrio.
ST ER

02. Correto. O deslocamento para a esquerda


provoca um aumento na produção de O 2, aumen-
SI AT

04. Incorreta. O equilíbrio que se estabelece é


tando sua concentração.
um equilíbrio dinâmico.
M

04. Correto. A remoção de O 2 provocará um des-


08. Correta.
locamento para a direita, de acordo com o princí-
pio de Le Chatelier. Esse deslocamento provocará aA 1 bB  cC 1 dD
um aumento na concentração de NH 3.

08. Incorreto. O valor de Kc somente será alte- Kc 5


[C]c · [D]d
rado por mudanças de temperatura no sistema. [ A ]a · [B]b

16. Correto. A remoção de NO causa desloca- 16. Correta. Uma constante de equilíbrio alta indi-
mento para a direita, o que estimulará o consumo ca que a reação inversa prevalece sobre a direta.
de NH 3.
32. Incorreta. O equilíbrio desloca-se no sentido
14. a) De acordo com o texto, o aumento da acidez no de formação dos produtos, caso a concentração
plasma sanguíneo favorece a dissociação da HbO2, dos reagentes aumente.
então:
CO 2 1 H 2O  H 2CO 3  H 1 1 HCO3– 16. D
a) Incorreta. A adição de hidrogênio desfavorece
Hb 1 O  HbO 2 a formação de iodo, por favorecer a reação de
2
Aumenta formação do produto.

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 23 29/05/2019 15:17


XXIV

b) Incorreta. A variação de pressão não influencia Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


a concentração das substâncias, porque a quan- química para, em situações-problema, interpre-
QUÍMICA 1A

tidade, em mols, dos reagents gasosos é igual à tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
quantidade, em mols, do produto. -tecnológicas.

c) Incorreta. Em t 1, adicionou-se hidrogênio ao Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


sistema; toda a variação posterior é consequência química para caracterizar materiais, substâncias
disso, não havendo causa interna para que esse
Material do Professor

ou transformações químicas.
aumento ocorra.
19. A
d) Correta. Ao se adicionar hidrogênio ao meio, De acordo com o Princípio de Le Chatelier, a adi-
favoreceu-se a formação do produto (HI); para ção do íon comum de cloreto deslocará o equilí-
que isso ocorra, uma maior quantidade de I2 deve brio para o sentido dos reagentes, ou seja, para
ser consumida.
a esquerda.
17. B
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Cloreto de amônio: NH 4C, química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
NH 4C, → NH+4 1 C, –
-tecnológicas.

O
H2PO4–( aq) 1 NH 3(aq)  HPO2–
4( aq) 1 NH4( aq)
+

BO O
   Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

SC
M IV
Aumenta a Aumenta a
concentração concentração química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.

O S
Estudo para o Enem
18. C
D LU 20. E
O C
Segundo o princípio de Le Chatelier, a adição de
N X

Ca 5(PO 4) 3OH (s) 1 H 2O (,)  5 Ca(2aq


+
) 1 3 PO4( aq) 1
3–
um reagente deslocará o equilíbrio para a forma-
SI O E

1 OH(–aq) ção dos produtos como uma forma de consumir


 o reagente em excesso.
EN S

H+ do limão diminui
E U

a concentração

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


D E

Ca 5(PO 4) 3OH (s) 1 H 2O (,)  5 Ca(2aq


+ 1 3 PO3–
4( aq)
1

  ) química para, em situações-problema, interpre-
A LD

Aumento na
concentração tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
EM IA

1 OH(–aq)
ST ER

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


Sacarose não pertence ao sistema, portanto sua química para caracterizar materiais, substâncias
SI AT

adição não desloca o equilíbrio. ou transformações químicas.


M

DB_PV_2019_QUI1A_MP-P5.indd 24 29/05/2019 15:18


XXV

51 DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO II – TEMPERATURA E CATALISADOR

QUÍMICA 1B
Comentário sobre o módulo c) Incorreta. Catalisador não desloca equilíbrio. O
Neste módulo, serão estudados o papel do catalisa- ácido clorídrico presente no estômago não fun-
dor frente aos processos de equilíbrio e a forma como ciona como catalisador.
a temperatura desloca o equilíbrio químico.
d) Correta. O aumento do volume no interior do

Material do Professor
estômago, em comparação ao refrigerante en-
Para ir além
vasado, influencia a eructação, ou seja, o gás
FABIÃO, L.; DUARTE, M. Dificuldades de produ-
carbônico não fica confinado ao mesmo volume
ção e exploração de analogias: um estudo no tema
inicial, a pressão diminui e o gás é liberado.
equilíbrio químico com alunos/professores de ciências.
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, e) Correta. A diminuição da pressão no interior
v. 4, n. 1, 2005. do estômago, em comparação ao refrigerante
envasado, influencia a eructação, pois provoca
HANSEN, R. Thermodynamic changes, kinetics,
o deslocamento do equilíbrio para a esquerda.
equilibrium, and Le Chatelier’s principle. Journal of
Chemical Education, v. 61, n. 9. p. 804, 1984. 10. E
QUÍLEZ, J. Persistencia de errores conceptuales O aumento da temperatura favorece a reação endo-
relacionados con la incorrecta aplicación del principio térmica, ou seja, no sentido de formação de produto.

O
de Le Châtelier. Educación Química, v. 9, n. 6. p. 367-

BO O
SC
377, 1998. 11. C

M IV
Exercícios Propostos I. Incorreta. Os componentes sólidos não entram

O S
no cálculo da constante de equilíbrio, portanto
D LU
7. Como o ∆H da reação é positivo (1121 kJ/mol), Kc 5 [CO 2].
O C
em se tratando de uma reação endotérmica, o
II. Incorreta. O uso de catalisador não altera o
N X

aumento da temperatura favorecerá a formação


SI O E

do estireno. equilíbrio químico.


Processo endotérmico: favorecido pela elevação III. Correta. Ao aumentar a pressão, o equilíbrio será
EN S

da temperatura. deslocado no sentido de menor volume gasoso,


E U

portanto, no sentido de formação de CaCO3.


Processo exotérmico: favorecido pela diminuição
D E
A LD

da temperatura. IV. Correta. Ao aumentar a concentração de CO2(g),


o equilíbrio será deslocado no sentido de con-
8. D
EM IA

sumo do excesso de reagente acrescentado,


O aquecimento do sistema em equilíbrio favorece
ST ER

portanto, no sentido de formação de CaCO3.


o deslocamento para a direita, ou seja, a forma-
SI AT

ção do íon que torna a solução azul. 12. A


M

Reação endotérmica: favorecida pela elevação A presença do catalisador não desloca o equi-
da temperatura. líbrio, pois tanto a velocidade da reação direta
quanto a da reação inversa aumentam. A cons-
Reação exotérmica: favorecida pela diminuição tante de equilíbrio permanece inalterada.
da temperatura.
13. B
9. C
Os catalisadores diminuem a energia de ativação
a) Correta. A elevação da temperatura no inte- da reação no sentido da formação dos produtos,
rior do estômago influencia a eructação, pois a diminuem a energia de ativação da reação no senti-
solubilidade dos gases diminui com a elevação do dos reagentes (criando um caminho alternativo
da temperatura e, consequentemente, eles são para a reação) e não interferem no equilíbrio rea-
eliminados do sistema, ou seja, o equilíbrio des- cional, ou seja, não deslocam o equilíbrio químico.
loca para a esquerda.

b) Correta. O acréscimo da concentração de íons 14. C


hidrônio (H 3O 1) influencia a eructação por causa 1) Correta. A reação é exotérmica (∆H , 0), por-
do suco gástrico, o qual contém ácido clorídrico tanto o aumento da temperatura favorece o
e, consequentemente, provoca o deslocamento equilíbrio para o lado em que o calor é absor-
do equilíbrio para a esquerda. vido (no sentido dos reagentes).

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 25 29/05/2019 15:17


XXVI

2) Incorreta. A reação é exotérmica (∆H , 0). tração do hexano sofre uma queda. Após 12 horas,
a pressão foi elevada para P2, o consumo de hexano
QUÍMICA 1B

3) Correta. A diminuição da concentração de diminuiu e sua concentração sofrerá uma elevação


N 2O (g) desloca o equilíbrio para a direita, para em razão da ocorrência da reação inversa. Finalmen-
reposição de N 2O (g). te, a temperatura foi mantida em T2, estabilizando
o processo.
15. D
a) Incorreta. Acrescentar CO 2 desloca o equilíbrio
Material do Professor

Concentração de hexano
(mol ∙ L–1)
para a esquerda, e a produção de água diminui.

b) Incorreta. A retirada de parte do HCO3– desloca


o equilíbrio para a esquerda, e a produção de
água diminui.

c) Incorreta. Catalisador não desloca equilíbrio.

d) Correta. Acrescentar um pouco de HC forne- 6 12 Tempo (h)


ce íons H 1 ao sistema (efeito íon comum), con-
sequentemente, o equilíbrio é deslocado para a
direita, favorecendo a produção de água. Competência: Entender métodos e procedimen-
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
16. De acordo com o Princípio de Le Chatelier, um diferentes contextos.

O
BO O
aumento de pressão favorece a reação que con-

SC
M IV
duz a uma diminuição da pressão ou a reação que Habilidade: Relacionar informações apresentadas

O S
conduz a uma diminuição da quantidade total de em diferentes formas de linguagem e representação
D LU
gases. Nesse caso, a reação que conduz a uma
diminuição da pressão ou a reação que conduz a
usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,
como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações
O C
uma diminuição da quantidade total de gases é a matemáticas ou linguagem simbólica.
N X
SI O E

reação direta. Prevê-se, assim, que a concentra-


ção de CH3OH(g) aumente, o que permite concluir 19. D
que o rendimento da reação deverá aumentar. Para aumentar a produção de amônia, podemos
EN S
E U

reduzir a temperatura, já que se trata de uma


17. Verdadeiro. A quantidade de fotocatalisador limita reação exotérmica, e aumentar a pressão do sis-
D E

a produção de H 2 e O 2, que é um processo endo- tema (desloca o equilíbrio para o lado de menor
A LD

térmico (ocorre com absorção de energia), pois volume).


a decomposição da água depende da luz solar e
EM IA

da presença desse composto. N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g)


ST ER

  
Verdadeiro. O aumento da temperatura favorece 4 volumes 2 volumes
SI AT

a conversão, pois o processo é endotérmico (ab-


Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
sorve energia).
química para, em situações-problema, interpretar,
M

Falso. A diminuição do volume (aumento da pres- avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-


são total) do sistema não favorecerá a conversão, lógicas.
pois o equilíbrio deslocará para a esquerda.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
2 H2O()  2 H2(g) + O2(g) química para caracterizar materiais, substâncias
     ou transformações químicas.
0 mol gasoso 3 mol gasoso
0 volume 3 volumes
20. A
Verdadeiro. É condição necessária para a produ-
A evaporação da água desloca o equilíbrio para a
ção de hidrogênio que o fotocatalisador absorva
direita, favorecendo a formação de estalactites.
energia solar superior a 1,23 eV, pois ocorrerá
perda de energia no processo.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpretar,
Estudo para o Enem avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-
lógicas.
18. A
O processo de craqueamento é endotérmico Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
(∆H . 0), logo a eficiência é maior com a elevação química para caracterizar materiais, substâncias
da temperatura e, consequentemente, a concen- ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 26 29/05/2019 15:17


XXVII

52 EQUILÍBRIO IÔNICO – LEI DA DILUIÇÃO DE OSTWALD

QUÍMICA 1B
Comentário sobre o módulo 8. D
Neste módulo, serão estudados os equilíbrios iô- [CH 3 COOH] 5 0,6 mol/L; α 5 3%; CH 3 COOH
nicos, com foco principalmente na força de ácidos e (ácido acético)
bases em função das constantes de equilíbrio. Vale
ressaltar que alguns exames de vestibular cobram o CH3COOH(aq)  H+(aq) 1 CH3COO(–aq) (uma etapa de

Material do Professor
equilíbrio iônico sem que, necessariamente, este seja ionização)
de ácido ou de base. [H 1] 5 α ? [CH 3COOH]
Para ir além [H 1] 5 0,03 ? 0,6 5 18 ? 10 –3 mol/L
Analogias no ensino do equilíbrio químico. Dispo-
nível em: [CH 3COO –] 5 [H 1] 5 18 ? 10 –3 mol/L
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/
QNEsc27/04-ibero-3.pdf>. Ki 5 α 2 ? [CH 3COOH] (pela fórmula)
Acesso em: 30 set. 2018.
Ki 5 (0,03)² ? 0,6 5 5,4 ? 10 –4
QUÍLEZ, J. Persistencia de errores conceptuales
relacionados con la incorrecta aplicación del principio 9. a) Reação de formação do salicilato de metila,

O
de Le Châtelier. Educación Química, v. 9, n. 6. p. 367- formado por meio da esterificação em meio ácido

BO O
SC
377, 1998. do ácido 2-hidroxibenzoico com metanol:

M IV
O S
O OH O O
ROCHA, A.; SCANDROLI, N.; DOMÍNGUEZ, J.; CH3
D LU
GARCÍA-RODEJA, E. Propuesta para la enseñanza OH
H
+ OH
O C
+ H3C + H2O
del equilibrio químico. Educación Química, v. 11, n. 3. OH
N X

p. 343-352, 2000.
SI O E

Salicilato de metila

TÓTH, Z. How to introduce chemical equilibrium –


b) Reação de hidrólise do AAS em meio ácido:
EN S

a teaching strategy. 16th International Conference on


E U

Chemical Education. Hungary: Budapest, 2000. O OH O OH


D E

O CH3 H+ O
OH
A LD

+ HO + HC
Exercícios Propostos O
2 3

OH
7. B
EM IA

I. Incorreta. O ácido fluorídrico é um ácido mode- c) As formas de se deslocar o equilíbrio, a fim


ST ER

rado ou semiforte. de aumentar a síntese de salicilato de metila,


são: aumentar as concentrações de reagentes
SI AT

II. Correta. Apresenta, quando em solução aquo-


sa, no equilíbrio, concentração de íons fluoreto ou retirar produtos da reação.
M

muito inferior à de HF.


d) Reação de dissociação do AAS:
HF  H 1 1 F – O OH O O− O
[H+ ] ⋅ [F– ] O CH3 O
Ka 5 + H2O
CH3 + H3O+
[HF] O
[H+ ] ⋅ [F– ]
6,6 ? 10 –4 5
[HF] 10. a) Ácido fraco: HInd (indicador 1), pois libera cá-
tions H 1 em solução aquosa.
[HF]
[F –] 5 6,6 ? 10 –4 ? Base fraca: IndOH (indicador 2), pois libera ânions
[H+ ]
OH – em solução aquosa.
[H+ ] ⋅ [F– ]
[HF] 5 ? 10 –4 b) Amarela, pois o equilíbrio do indicador 1 será
6,6
deslocado para a esquerda no sentido de HInd,
[F –]  [HF] em razão do aumento da concentração de
cátions H1. Já o equilíbrio 2 será deslocado para a
III. Incorreta. Forma fluoreto de sódio solúvel em direita no sentido do cátion Ind 1, que não colore
água (sal de metal alcalino), quando reage com o sistema.
hidróxido de sódio.
HC 1 H 2O  H3O+ 1 C –

HF 1 NaOH → H 2O 1 NaF H+ presente

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 27 29/05/2019 15:17


XXVIII

HInd H+
1 Ind – (deslocamento para a es- 13. a) Equação balanceada da reação de neutraliza-
  
ção do ácido isociânico por hidróxido de potássio
QUÍMICA 1B

Amarelo Aumento de
concentração
(KOH):
querda)
1 HNCO (aq) 1 1 KOH (aq) → H 2O () 1 KNCO (aq)
b) Equação balanceada de equilíbrio da reação de
IndOH  Ind
 1
+
OH


(desloca- ionização do ácido isociânico em água:
Incolor Diminuição de concentração em razão da
presença de cátions H+
1 HNCO (aq) 1 1 H 2O ()  H3O+(aq) 1 NCO(–aq)
Material do Professor

mento para a direita) c) Montagem do esquema:


11. C
1 HNCO(aq) 1 1 HOH( )  H3O+(aq) 1 NCO(–aq)
[H 1] 5 10 –3 mol/L
Início 1 mol/L - 0 0
CH3COOH → H1 1 CH3COO–
Durante –M - 1M 1M
Início M 0 0
Durante –α ? M 1α ? M 1α ? M Equilíbrio (1 – M) mol/L - 1M 1M

Equilíbrio M– α ⋅M +α ⋅M +α ⋅M d) Cálculo da concentração de íons H3O 1 na con-


  
10–3 mol/L 10–3 mol/L 10–3 mol/L dição de equilíbrio:
(1 – M) ≈ 1 mol/L

O
Ka 5 2,0 ? 10 –5 mol ? L –1

BO O
SC
[H+ ] ⋅ [CH3COO– ]

M IV
1 M 5 [H 3O 1] 5 [NCO –]
Ka 5

O S
[CH3COOH] [H3O+ ] ⋅ [NCO– ]
2,0 ? 10 –5 5
10 –3 ⋅ 10 –3
[CH3COOH]
D LU Ka 5
[HNCO]
O C
Ka 5 3,2 ? 10 –4
N X

[CH 3COOH] 5 5 ? 10 –2
mol/L
SI O E

M ⋅ M
3,2 ? 10 –4 5
Em 1 L: n 5 5 ? 10 –2
mol 1
EN S

M² 5 3,2 ? 10 –4
E U

12. a) A lâmpada apresentou menor intensidade lu-


minosa quando foi testada na solução de C6H5OH
D E

M 5 3,2 ⋅ 10 –4 5 3,2 ? 10 –4
A LD

(solução 3), pois, para essa substância, a constan-


te ácida é a menor de todas (1,3 ? 10 –10).
3,2 5 1,8
EM IA

b) Considerando que uma amostra desse ácido foi


ST ER

diluída com água até se obter uma solução com M 5 1,8 ? 10 –2


concentração de íons H1 igual a 10–4 mol ? L–1, vem:
SI AT

[H 3O 1] 5 1,8 ? 10 –2 mol/L
CH3COOH(aq) → H
M

+
(aq) 1 CH3COO(–aq)
14. A
Início M 0 0
Com base na análise do equilíbrio, vem:
Durante –α ? M 1α ? M 1α ? M
M – α⋅M + α⋅ M +α ⋅M Ka 5 1,8 ? 10 –5; [CH 3COOH] 5 2,0 ? 10 –2 mol ?L –1
Equilíbrio   
10–4 mol/L 10–4 mol/L 10–4 mol/L
CH3COOH(aq) → H+(aq) 1 CH3COO(–aq)
Ka 5 1,8 ? 10 –5
Início 2,0 ? 10–2 0 0
[H 1] 5 10 –4 mol/L (mol ? L–1)

[CH 3COO –] 5 10 –4 mol/L Durante –y 1y 1y


(mol ? L–1)
[H +
] ⋅ [CH3COO –
]
Ka 5
[CH3COOH] Equilíbrio (
2,0 ⋅ 10 –2 –y )
  1y 1y
(mol ? L–1) ≈ 2,0 ⋅ 10–2
10 ⋅ 10
–4 –4
1,8 ? 10 –5 5
[CH3COOH] [H+ ] ⋅ [CH3COO– ]
Ka 5
[CH3COOH]
[CH 3COOH] 5 0,5555 ? 10 –3 mol/L y ⋅ y
1,8 ? 10 –5 5
[CH 3COOH] ≈ 5,6 ? 10 –4 mol/L 2,0 ⋅ 10 –2

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 28 29/05/2019 15:17


XXIX

y² 5 1,8 ? 10 –5 ? 2,0 ? 10 –2 5 36 ? 10 –8 ácido mais acentuado do que a solução aquosa


de ácido hipobromoso (HBrO (aq); Ka 5 6,0 ? 10 –9),

QUÍMICA 1B
y 5 [H 1] 5 36 ⋅ 10 –8 5 6,0 ? 10 –4 pois sua constante de ionização ácida é maior.
[H 1] 5 6,0 ? 10 –4 5 0,00060 mol ? L –1 c) Incorreta. A solução aquosa de ácido carbônico
(H2CO3(aq); Ka 5 4,4 ? 10–7) apresenta caráter ácido
15. a) Cálculo da concentração de ácido oxálico no
produto em g/L e em mol/L: menos acentuado do que a solução aquosa de

Material do Professor
2g 2g 2g ácido nitroso (HNO 2(aq); Ka 5 5,0 ? 10 –4), pois sua
2% (m/V) ⇒ 5 5 5
100 mL 100 ⋅ 10 –3 L 10 –1 L constante de ionização ácida é menor.
5 20 g/L d) Incorreta. O ácido bromídrico (HBr (aq)), entre
H2C2O4 5 90 as soluções listadas, apresenta maior grau de
 
 
Ácido oxálico ionização (Ka > 1).
m 20 g e) Incorreta. Entre as soluções listadas, a solu-
nH2C2O4 5 5 5 0,22 mol
M 90 g ⋅ mol–1 ção aquosa de ácido bromídrico (HBr(aq)) é a que
apresenta maior grau de ionização e é a melhor
[H 2C 2O 4] 5 0,22 mol/L
condutora de eletricidade.
b) Expressão da constante Ka do equilíbrio global:
17. a) A adição de um ácido (H1) consumirá os ânions
[C2O2–4 ] ⋅ [H+ ]
2

K global 5 OH –, e o equilíbrio será deslocado para a esquer-


[H2C2O4 ] da, prejudicando a precipitação dos íons Cu21 na

O
BO O
SC
A constante de equilíbrio da reação global pode forma de Cu(OH) 2:

M IV
ser obtida por meio do produto das constantes

O S
2–
de equilíbrio das etapas. 2 Cu (CN)3  1 7 CO(–aq) 1 H 2O () 1 2 OH(–aq) 
D LU  
(aq)
Diminuirá
H 2C 2O 4(aq)  HC2O4– (aq) 1 H+(aq)
O C
 2 Cu(OH) 2(s) 1 6 CNO(–aq) 1 7 C –(aq)
N X

[HC2O4– ] ⋅ [H+ ]
b) Cálculo do volume de gás nitrogênio produzido:
SI O E

Ka 1 5
[H2C2O4 ]
2 CNO(–aq) 1 3 CO(–aq) 1 H 2O () → N 2(g) 1 3 C –(aq) 1
EN S

HC2O –
4( aq)
 C2O –
4( aq)
1 H+(aq) 1 2 HCO3–(aq)
E U

[C2O2–4 ] ⋅ [H+ ]
D E

Ka 2 5 2 mol ––––––––––––––––––––– 1 mol


A LD

[HC2O4– ]

H 2C 2O 4(aq)  C2O4– (aq) 1 2 H+(aq) 10 mol ––––––––––––––––––––– 5 mol


EM IA
ST ER

P ?V 5 n ? R ?T
[C2O2–4 ] ⋅ [H+ ]
2

K global 5
[H2C2O4 ]
SI AT

1 ? VN2 5 5 ? 0,082 ? 300


M

[HC2O4– ] ⋅ [H+ ] [C2O2–4 ] ⋅ [H+ ] [C2O2–4 ] ⋅ [H+ ] VN2 5 (5 ? 0,082 ? 300) L


2

? 5
[H2C2O4 ]
 
[HC2O ]
  

4

[H2C2O 4]
 VN2 5 123 L
Ka1 Ka2 K global

K global 5 Ka 1 ? Ka 2 Estudo para o Enem


K global 5 5,9 ? 10 –2 ? 6,4 ? 10 –5 5 3,776 ? 10 –6 18. A
Para voltar à forma incolor, é preciso neutralizar a
16. A amônia, que, por ser básica, fica rósea na presen-
Lembre-se de que, quanto maior o valor da cons- ça de fenolftaleína, sendo necessária, portanto,
tante de ionização ácida, mais forte o ácido. uma solução ácida, como o ácido clorídrico.
a) Correta. A solução aquosa de ácido hipobro-
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
moso (HBrO (aq); Ka 5 6,0 ? 10–9) apresenta caráter química para, em situações-problema, interpre-
ácido menos acentuado do que a solução aquosa tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
de ácido bromídrico (HBr (aq); Ka > 1), pois sua -tecnológicas.
constante de ionização ácida é menor.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
b) Incorreta. A solução aquosa de ácido hipoclo- química para caracterizar materiais, substâncias
roso (HCO (aq); Ka 5 3,2 ? 10 –8) apresenta caráter ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 29 29/05/2019 15:17


XXX

19. D 20. B
QUÍMICA 1B

A borracha vulcanizada apresenta enxofre em sua I. CaCO 3(s) 1 CO 2(g) 1 H 2O ()  Ca(2aq
+
) 1 2 HCO3(aq)

estrutura tridimensional.
[Ca2+ ] ⋅ [HCO3– ]
2

K reação I 5
[CO2 ]
Estrutura da borracha vulcanizada

II. HCO3–(aq)  H+(aq) 1 CO2–


3( aq)
CH3 H CH3 H CH3 H
Material do Professor

C C C C C C [H+ ] ⋅ [CO2–
3 ]
K1 5
CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 [HCO3– ]
S S
III. CaCO 3(s)  Ca(2aq
+
) 1 CO3(aq)
2–

S S
K 2 5 [Ca 21] ? [CO3 ]
CH3 H CH3 H 2–

C C C C C C
IV. CO 2(g) 1 H 2O ()  H+(aq) 1 HCO3–(aq)
CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2
CH3 H
[H+ ] ⋅ [HCO3– ]
K3 5
[CO2 ]
A queima dos pneus (fabricados com borracha
vulcanizada) libera trióxido de enxofre gasoso Observamos que:

O
(SO 3), um óxido ácido, responsável pela chuva  Ca2+  ⋅ [CO2–
3 ] ⋅ [H ] ⋅ [HCO3 ]
+ – 

BO O
 

SC
ácida composta por ácido sulfúrico (SO 3 1 H 2O

M IV
 [CO2 ] 
→ H 2SO 4). K reação I 5   5
[H+ ] ⋅ [CO2– 3 ]

O S
 
D LU [HCO ]

 3 
A substância listada no quadro deverá apresentar
O C
[Ca2+ ] ⋅ [HCO3– ]
2
o maior caráter básico para neutralizar o poluente
N X

que possui caráter ácido, ou seja, terá de apre- 5


[CO2 ]
SI O E

sentar o maior valor de constante de equilíbrio


(nesse caso, a concentração de ânions OH– será K2 ⋅ K3
K reação I 5
EN S

maior). Isso ocorre em: K1


E U
D E

6,0 ⋅ 10 –9 ⋅ 2,5 ⋅ 10 –7
A LD

Hidrogenofosfato HPO2– 1 H 2O 
Keq 5 2,8 ? 10
K reação I 5
4 –2
3,0 ⋅ 10 –11
de potássio  H2PO4– 1 OH–
EM IA

K reação I 5 5,0 ? 10 –5
ST ER

Competência: Apropriar-se de conhecimentos Competência: Apropriar-se de conhecimentos


SI AT

da química para, em situações-problema, inter- da química para, em situações-problema, inter-


pretar, avaliar ou planejar intervenções científico- pretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
M

-tecnológicas. -tecnológicas.

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


química para caracterizar materiais, substâncias química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas. ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 30 29/05/2019 15:17


XXXI

53 EQUILÍBRIO IÔNICO DA ÁGUA – PH E POH

QUÍMICA 1B
Comentário sobre o módulo 10. a) O gás presente na água com gás é o dióxido de
Neste módulo, serão estudados o equilíbrio iônico carbono ou gás carbônico (CO2).
da água e os conceitos de pH, acidez e ionização.

Para ir além

Material do Professor
Estudando o equilíbrio ácido-base. Disponível em:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/exper1.pdf>.
Acesso em: 7 out. 2018. A cor da solução varia do amarelo (solução ácida;
[H 1] 5 10 –5 mol/L; pH 5 5) ao azul esverdeado ou
Estudo de ácidos e bases e o desenvolvimento
verde azulado (solução neutra; [H 1] 5 10 –7 mol/L;
de um experimento sobre a “força” dos ácidos. Dis-
pH 5 7), durante o aquecimento até a eliminação
ponível em:
total do gás carbônico.
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_4/07-RSA-181-12.pdf>.
Acesso em: 7 out. 2018. b) Cálculo da variação de concentração de H 1:

SANTOS, W.L.P. Aspectos sociocientíficos em aulas

O
de química. Tese (doutorado em Educação) – Faculdade

BO O
SC
de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais,

M IV
Belo Horizonte, 2002. 0 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 13 14

O S
6
Exercícios Propostos
D LU Início da mudança
de cor
O C
7. C
N X

Entre o pH 6 e o 7, não haverá formação de com- Início da mudança de cor: pH 5 6;


SI O E

postos pouco solúveis em água, isto é, todos os [H 1] 5 10 –6 mol/L


nutrientes serão absorvidos pelas plantas.
EN S

[H 1] início do aquecimento 5 10 –5 mol/L


E U

8. a) A água mineral B é alcalina, pois seu pH é maior


D E

do que 7, a 25 °C. [H 1] início da mudança de cor 5 10 –6 mol/L


A LD

b) Sabe-se que pH 5 – log [H 1], então:


[H+ ]início do aquecimento
5 10 mol / L
–5
EM IA

água mineral A ⇒ pH 5 6; [H 1] 5 10 –6 mol/L [H+ ]início da mudança de cor 10 –6 mol / L


ST ER

[H+ ]início do aquecimento


água mineral B ⇒ pH 5 10; [H 1] 5 10 –10 mol/L 5 10
SI AT

[H+ ]início da mudança de cor


10 –6
M

5 10 4
10 –10 [H 1] início do aquecimento 5 10 ? [H 1] início da mudança de cor
A concentração varia 10 000 vezes, ou seja, a
11. a) Cálculo da constante de acidez (Ka) do ácido
concentração de íons H 1 varia de 10 –6 mol/L a
cianídrico:
10 –10 mol/L.
[HCN] 5 0,2 mol/L
9. A
α 5 1% 5 0,01 5 10 –2
[HNO3]solução I 5 [H1] 5 0,0001 mol/L 5 10–4 mol/L
Ka 5 [HCN] ? α²
pH 5 –log [H 1] ⇒ pH 5 –log 10 –4 5 4
Ka 5 0,2 ? (10 –2)²
[HNO 3] solução II 5 [H 1] 5 0,1 mol/L 5 10 –1 mol/L
Ka 5 2 ? 10 –5
pH 5 –log [H 1] ⇒ pH 5 –log 10 –1 5 1
b) Cálculo do pH da solução:
1 , 1,2
[H 3O 1] 5 [H 1] 5 0,002 mol/L 5 2 ? 10 –3 mol/L
4 . 2,8
pH 5 –log [H 1]
4 , 4,4
pH 5 –log (2 ? 10 –3)
Púrpura de m-cresol (intervalo de pH de viragem
1,2 – 2,8) pH 5 3 – log 2

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 31 29/05/2019 15:17


XXXII

pH 5 3 – 0,3 [H 1] . 10 –7 mol/L ⇒ caráter ácido


QUÍMICA 1B

pH 5 2,7 [H 1] 5 10 –7 mol/L ⇒ caráter neutro

12. A
Sabemos que: Líquido (H1) (OH–) Caráter
Leite 1,0 ? 10 –7
1,0 ? 10 –7
neutro
pH 1 pOH 5 14
Água do mar 1,0 ? 10–8 1,0 ? 10–6 básico
Material do Professor

[H 1] ? [OH –] 5 10 –14
Coca-Cola 1,0 ? 10 –3
1,0 ? 10 –11
ácido
–log (a ? 10 –b) 5 b – log a Café 1,0 ? 10 –5
1,0 ? 10 –9
ácido
Lágrima 1,0 ? 10–7 1,0 ? 10–7 neutro
Líquido pH
15. a) Nos períodos noturnos, quando as lâmpadas são
Água da chuva 5,7
desligadas, se o borbulhamento de gás carbônico
Água do mar 8,0 é mantido, o equilíbrio é deslocado para a direita,
Café 5,0 e a concentração de cátions H1 aumenta, conse-
Leite 6,5 quentemente, o pH diminui.
Sangue humano 7,4
CO2(g) 1 H 2O ()  HCO3–( aq) 1 H(+aq) 
Suco de maçã 4 – log 3,2 
Aumenta

O
BO O
SC
Quanto menor o valor do pH, mais ácida a so-  CO2–
3( aq) 1 2
H+(aq)

M IV

lução. Aumenta

O S
A água da chuva é mais ácida do que a água do
mar, e o leite é menos ácido do que o café.
D LU
b) A solubilidade do gás carbônico diminuirá com
a elevação da temperatura, consequentemente, o
O C
equilíbrio irá se deslocar para a esquerda, a concen-
N X

tração de cátions H1 diminuirá e o pH aumentará.


SI O E

13. D
HNO 2 1 NaOH → NaNO 2 1 H 2O
CO2(g) 1 H 2O ()  HCO3–( aq) 1 H(+aq) 
EN S


E U

Kw 1,0 · 10 –14
Kb 5 5 A concentração diminui
Ka 5,0 · 10 –4
D E

com a elevação da
A LD

temperatura.
Kb 5 2,0 ? 10 –11  CO2– 1 2 H+(aq)
3( aq)

EM IA

BA  A 1 1 B – Diminui

16. D
ST ER

[B ] 5 [A ]
– 1

I. Correta.
SI AT

[B– ]2
Ka 5 pH 5 4,0
[Ba]
M

[B –]² 5 Ka ? [Ba] [H 1] 5 1,0 ? 10 –4 mol/L

[B –]² 5 2,0 ? 10 –11 ? 5,0 ? 10 –2 1,0 ? 10 –4 mol 1 000 mL

[B –]² 5 1,0 ? 10 –12 x 100 mL

[B – ] = 1,0 · 10 –12 x 5 1,0 ? 10 –5 mol

[B –] 5 1,0 ? 10 –6 mol/L [OH –]:

pOH 5 –log[B –] 0,01 mol 1 000 mL


pOH 5 –log 1,0 ? 10 –6 y 1 mL
pOH 5 6
y 5 1 ? 10 –5 mol
pH 5 14 – pOH
Portanto, 1,0 mL de NaOH consome essa quan-
pH 5 14 – 6
tidade de ácido.
pH 5 8
II. Correta. A catálise heterogênea ocorre quan-
14. D do o estado físico do catalisador é diferente do
[H 1] , 10 –7 mol/L ⇒ caráter básico estado físico dos reagentes.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 32 29/05/2019 15:17


XXXIII

III. Correta. A precipitação da chuva ácida, con- Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
tendo HNO 3, contém íons H 1, que reagem com química para caracterizar materiais, substâncias

QUÍMICA 1B
íons OH – do hidróxido de alumínio, o que deslo- ou transformações químicas.
ca o equilíbrio para a direita, dissolvendo a base
formada. 19. B
pH . 7 implica características básicas.
IV. Incorreta. A chuva, por ser levemente ácida,
pode diminuir levemente o pH do solo.

Material do Professor
Pontos de coleta Valor do pH
Entre a segunda e a terceira
17. B 7,5 (básico)
indústria
a) Correto.
Entre a terceira e a quarta
7,0 (neutro)
Kw 5 9 ? 10 –7 indústria
Kw 5 [H 1] ? [OH –]
De acordo com a tabela fornecida, a indústria que
[H 1] 5 [OH –] 5 3 ? 10 –7 descarta um efluente com características básicas
pH 5 –log [H 1] 5 –log (3 ? 10 –7) é a segunda.

pH 5 –log 3 1 7 ? log 10 Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


pH 5 –0,48 1 7 química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-

O
BO O
pH 5 6,52 -tecnológicas.

SC
M IV
b) Incorreto.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

O S
pOH 5 –log [OH –] 5 – log (3 ? 10 –7)
pH 5 –log 3 1 7 ? log 10
D LU química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
O C
N X

pOH 5 –0,48 1 7 20. D


SI O E

pOH 5 6,52 a) Incorreto. O ácido presente no estômago é o


ácido clorídrico.
EN S

c) Correto.
E U

[OH –] 5 10 –6,52 mol/L b) Incorreto. Esse valor de pH indica uma região


D E

de neutralidade.
A LD

d) Correto.
pH 1 pOH 5 6,52 1 6,52 5 13,04 [ , 14 c ) I n c o rr e t o . A c o n c e n t r a ç ã o d e í o n s é
EM IA

[H 1] 5 2 ? 10 –7 mol/L.
ST ER

A relação pH 1 pOH 514 é válida para a água na


temperatura de 25 °C. d) Correto.
SI AT

Estudo para o Enem pH 5 2 [ [H 1] 5 10²


M

18. B pH 5 8 [ [H 1] 5 10 8
Uma protease gástrica digere proteínas no estô-
108
mago, ou seja, em meio ácido. Só há duas opções 5 10 6
102
com meio ácido (pH 5 5); há duas alternativas,
“b” e “d”. O que as diferencia é que, em “b”, o Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
alimento é carne (proteína), e, em “d”, o alimento química para, em situações-problema, interpre-
é macarrão (carboidrato). tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre- Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
tar, avaliar ou planejar intervenções científico- química para caracterizar materiais, substâncias
-tecnológicas. ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 33 29/05/2019 15:17


XXXIV

54 HIDRÓLISE SALINA
QUÍMICA 1B

Comentário sobre o módulo de sódio, que, além do hipoclorito de sódio, produz,


Neste módulo, serão estudados o conceito de hi- também, cloreto de sódio e água. Então:
drólise salina e o estudo da classificação das soluções
salinas em função do tipo de sal que sofre a hidrólise. 1 C 2(g) 1 2 NaOH(aq) → 1 NaCO(aq) 1 1 NaC (aq) 1
   
Material do Professor

Gás cloro Hipoclorito de


Hidróxido de Cloreto de
Para ir além sódio sódio sódio

AGUIRRE-ODE, F. A general aproach for teaching 1 1 H2O(  )


 
 
hydrolysis of salts. Journal of Chemical Education, v. 64. Água
p. 957-958, 1987.
b) Por meio da hidrólise do ânion, verifica-se a
CARDINALI, M. E.; GIOMONI, C.; MARROSU, G. formação de um ácido fraco e de uma base forte.
The hydrolysis of salts derivated from a weak monoprotic H2O
acid and a weak monoprotic base. Journal of Chemical NaCO → Na 1 1 CO –
Education, v. 67. p. 221-223, 1990.
Na 1 1 CO – 1 H 2O  Na 1 1 OH – 1 HC O

Experimento simples e rápido ilustrando a hidrólise Ácido fraco

de sais. Disponível em:  1 HC


CO – 1 H 2O  OH O


Meio básico Ácido fraco


http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/eeq1.pdf>.

O
BO O
O pH é maior do que sete, pois o equilíbrio é

SC
Acesso em: 13 out. 2018.

M IV
deslocado no sentido da protonação do ânion hi-

O S
VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6. ed. poclorito (CO–) para a formação do ácido (HCO),
Trad. J.C. Afonso et al. Rio de Janeiro: LTC Editora,
2000. p. 174-176.
D LU o que deixa o meio básico.
O C
9. D
N X

A metilamina e a etilamina são bases e, para


SI O E

Exercícios Propostos
neutralizá-las, são necessários solutos com ca-
7. C ráter ácido.
EN S
E U

Haverá a necessidade de o sal apresentar caráter


básico. Para que isso aconteça, o sal formado H 3C CH3 H3C CH2 H
D E

deve ser produto de uma base forte e um ácido N N


A LD

fraco. Assim, temos:


CH3 H
EM IA

a) Incorreta. a) Incorreto. Amônia: base.


ST ER

 1 HC
NaOH  → NaC
 1 H 2O
SI AT

Base forte Ácido forte Sal neutro b) Incorreto. Nitrato de potássio (KNO 3): hidrólise
salina neutra.
M

b) Incorreta.
K 1 1 NO3– 1 H 2O  H 1 1 NO3– 1 K 1 1 OH –
NH4OH 1 HC
 → NH4C 1 H 2 O
 
  
Base fraca Ácido forte Sal ácido
+OH
H 2O  H+ –

Meio neutro
c) Correta.
Ca (OH)2 1 H2CO3 → CaCO3 1 2H 2O c) Incorreto. Hidróxido de sódio (NaOH): base forte.
   
 
Base forte Ácido fraco Sal básico
d) Correto. Ácido sulfúrico (H 2SO 4): ácido forte.
d) Incorreta.
10. A
Mg (OH)2 1 H2SO4 → MgSO4 1 2H 2O
   
  Para diferenciar uma solução de HC 1,0 mol ? L–1
Base forte Ácido forte Sal neutro
de uma solução de HC 0,01 mol ? L–1 , ele utilizou
e) Incorreta. o indicador X.
KOH
 1 HBr
 → KBr
 1 2H 2O
Base forte Ácido forte Sal neutro
Solução de HC 1,0 mol/L:

8. a) De acordo com o texto, a água sanitária é uma HC  H 1 1 C –


solução aquosa, constituída por hipoclorito de sódio
por meio da reação entre o gás cloro e o hidróxido [HC] 5 [H 1] 5 1,0 mol/L

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 34 29/05/2019 15:17


XXXV

pH 5 – log [H 1] 5 – log 1,0 5 – log 10 0 [H+ ]2


5 ? 10 –10 5 ⇒ [H 1]² 5 5 ? 10 –12

QUÍMICA 1B
pH 5 0 ⇒ Dentro da faixa de mudança de cor 10 –2
entre amarelo e azul-púrpura: violeta de metila. [H+ ]2 5 5 ·10 –12
Solução de HC 0,01 mol/L: [H 1] 5 5 ?10 –6 mol/L
HC 5 H 1 1 C – pH 5 – log [H 1] ⇒ pH 5 – log ( 5 ? 10 –6)
[HC] 5 [H 1] 5 0,01 mol/L 5 10 –2 mol/L pH 5 6 – log 5

Material do Professor
pH 5 – log [H ] 5 – log 10
1 –2
(6 – log 5 ) , 6,0 ⇒ Amarelo: azul de bromotimol
pH 5 2 ⇒ 2 > 1,6 (azul púrpura: violeta de metila) Para diferenciar uma solução de amoníaco (NH3)
1,0 ? 10 –3 mol/L de uma solução de hidróxido de
Para diferenciar uma solução de bicarbonato de sódio (NaOH) 0,1 mol/L, ele utilizou o indicador Z.
sódio (NaHCO 3) 0,01 mol/L de uma solução de
Solução de NaOH 0,1 mol/L:
cloreto de amônio (NH 4C) 0,01 mol/L, ele utilizou
o indicador Y. NaOH 1 H 2O  Na 1 1 OH –
[NaOH] 5 [OH–] 5 0,1 mol/L 5 10–1 mol/L (base forte)
Solução de NaHCO 3 0,01 mol/L:
pOH 5 – log [OH–]  pOH 5 – log (10–1) ⇒ pOH 5 1
[NaHCO 3] 5 [HCO3– ] 5 0,01 mol/L 5 10 –2 mol/L
pH 5 14 – pOH

O
BO O
Na 1 1 HCO3– 1 H 2O  H 2O 1 CO 2 1 Na 1 1 OH –

SC
pH 5 13 ⇒ Vermelho: amarelo de alizarina R

M IV
O S
HCO 1 H 2O  H 2CO 3 1 OH

3

11. a) Cor das flores produzidas quando se adiciona
Kh 5
Kw
⇒ Kh 5
10 –14 D LU
⇒ Kh 5 25 ? 10 –9
KNO3 a esse solo: vermelha.
O C
Ka 4 ⋅ 10 –7
K + 1 NO3 1 H 2O  H 1 1 NO3 1 K 1 OH –
– – +
N X

[H 2CO 3] 5 [OH –]
SI O E

H 2O  H+
 +OH


[CO2 ] ⋅ [OH– ] [OH– ]2
Kh 5 ⇒ Kh 5
EN S

Meio neutro
[HCO3 ]– [HCO3– ] pH = 7
E U

(coloração vermelha)
[OH– ]2
D E

25 ? 10 –9 5 ⇒ [OH –]² 5 25 ? 10 –11


Fórmula química do aditivo que deve ser acres-
A LD

10 –2
centado, em quantidade adequada, para produzir
[OH– ]2 5 25 ·10 –11 hortênsias azuis, ou seja, o pH deve ser menor
EM IA

do que 7 (meio ácido):


ST ER

[OH –] 5 5 ? 10 –5,5 mol/L


A 2(SO 4) 3
SI AT

pOH 5 – log [OH –] ⇒ pOH 5 – log (5 ? 10 –5,5)


2 A 31 1 3 SO2–
4 1 6 H 2O 
M

pOH 5 5,5 – log 5


2 A(OH) 3 1 6
 H+ 1 3 SO2–
4
pH 1 pOH 5 14 Meio ácido
pH < 7
pH 1 5,5 – log 5 5 14
b) Nome do óxido (CaO): óxido de cálcio.
pH 5 8,5 1 log 5
Equação química completa e balanceada da rea-
(8,5 1 log 5) . 7,6 ⇒ Azul: azul de bromotimol ção do óxido de cálcio com a água:

Solução de NH 4C 0,01 mol/L: CaO (s) 1 H 2O () → Ca(OH) 2(aq)

[NH+4 ] 5 0,01 mol/L 5 10 –2 mol/L 12. D


NH+4 1 C – 1 H 2O  H 1 1 C – 1 NH 3 1 H 2O a) Incorreta. Como o NaC não sofre hidrólise,
não há modificação do pH do meio.
NH+4  H 1 1 NH 3
b) Incorreta. O cloreto de potássio, KC, tam-
Kw 10 –14 bém não sofre hidrólise; assim, não modifica o
Kh 5 ⇒ Kh 5 5 5 ? 10 –10
Kb 2 ⋅ 10 –5 pH do meio.
[H 1] 5 [NH 3] c) Incorreta. O cloreto de ferro III sofre hidrólise,
liberando íons H 1 para o meio, diminuindo o pH
[H+ ]2
Kh 5 [H ] ? [NH3 ] 5
+
do meio.
[NH+4 ] [NH4 ]
+

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 35 29/05/2019 15:18


XXXVI

d) Correta. A hidrólise do cloreto de amônio libera b) Considerando que o fertilizante NPK 4-30-10
íons H 1 para o meio, diminuindo o valor do pH. é aplicado em uma quantidade de 300 kg/ha, no
QUÍMICA 1B

preparo de 15,0 ha, temos:


e) Incorreta. A adição do sal NaNO 2 libera OH –
para o meio, elevando o valor do pH do corpo
300 kg 1 ha
d’água.
m fertilizante 15,0 ha
13. C
Material do Professor

I. Correta. A solução de nitrato de potássio apre- m fertilizante 5 300 kg ⋅ 15 ha


senta caráter neutro. 1 ha
m fertilizante 5 4 500 kg
K + 1 NO3– 1 HOH  K 1 1 OH – 1 H 1 1 NO3

+
HOH  OH H c)
– +

Meio neutro
4 500 kg 100%
II. Incorreta. O cianeto de sódio (NaCN) sofre
uma hidrólise salina em água, produzindo uma m nitrogênio 4%
solução básica.
m nitrogênio 5 180 kg
Na 1 1 CN – 1 HOH  Na 1 1 OH – 1 HCN
CN – 1 HOH  OH
 1 HCN

 4 500 kg 100%

O
Meio básico Ácido fraco

BO O
mK 2O

SC
10%

M IV
Atencão!

O S
mK 2O 5 450 kg
A frase do item [II] do enunciado pode levar o
candidato a confundir dissociação iônica (“ioni- D LU M K 5 39,1 g/mol; M O 5 16,0 g/mol
O C
zação”) com hidrólise salina.
N X

MK 2O 5 2 ∙ 39,1 1 16,0 5 94,2 g/mol


SI O E

III. Incorreta. Ao verificar o pH da solução de bro-


meto de amônio, a 25 ºC, conclui-se que Ka > Kb. 94,2 g de K 2O 2 ? 39,1 g de K
EN S
E U

NH+4 1 Br – 1 HOH  NH 4OH 1 H 1 1 Br – 450 kg de K 2O m potássio


D E
A LD

NH+4 1 Br − 1 HOH  NH 3 1 HOH 1 H 1 1 Br − m potássio 5 373,57 kg


EM IA

NH+4  NH 3 1 H

+
15. E
ST ER

Meio ácido
pH < 7 a) Incorreta. O permanganato é um agente oxi-
dante.
SI AT

Meio ácido ⇒ K ácida > K básica


b) Incorreta. O oxigênio é formado pela decom-
M

IV. Corret a. NH+4( aq) 1 H 2O ()  NH 4OH (aq) 1 H(+aq)


posição do peróxido de hidrogênio.
pode representar a hidrólise do cátion amônio.
c) Incorreta. O oxigênio não é um íon nessa rea-
NH+4( aq) 1 H2O( < )  NH 3(g) 1 H(+aq) 1 H2O( < ) ção redox, e sim uma molécula.

NH+4( aq)  NH 3(g) 1 H(+aq) d) Incorreta. O sulfato de potássio é um sal pro-


veniente de uma base forte e de um ácido forte,
14. a) Equacionamento da reação de hidrólise do íon
sendo, portanto, um sal neutro.
carbonato na presença de água:
H2O
CaCO 3 → Ca 21 1 CO2– e) Correta. De acordo com a reação balanceada,
3
a soma dos coeficientes é: 2 1 3 1 5 1 1 1 8 1
Ca 21 1 CO2–
3 1 2 H 2 O  Ca
21
1 2 OH – 1 H 2CO 3 1 2 1 5 5 26.

Ca2+ 1 CO2– 1 2H2O  Ca2+ 1 O H – 1 16. 19 (01 1 02 1 16)


3
01. Correto. Para a precipitação do A31 residual,
+ 1 HCO3

1 OH–
H +
utilizam-se substâncias de caráter básico. Exemplo:
H2O

CO2–  1 HCO3 (hidrólise do íon)


3 1 H 2 O  OH
– –
A(SO4)3 1 3 Ca (OH)2 → 2 A (OH)3 1 3 CaSO4
  
Caráter Precipitação
Adição de base;
alcalino
elevação do pH

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 36 29/05/2019 15:18


XXXVII

02. Correto. Estudo para o Enem

QUÍMICA 1B
18. E
H 2O  H 1 1 OH –
A precipitação de hidróxido de alumínio é viabili-
Meio neutro: [H ] 5 [OH ] 5 M
1 – zada, pois o equilíbrio químico do carbonato em
água torna o meio alcalino.
[H+ ] M
5 51 Na 2CO 3 em água:
[OH– ] M

Material do Professor
04. Incorreto. Para pH 8,0, a concentração de 2 Na+ 1 CO2–
3 1 2 H 2 O  H2O 1 CO 2 1
[OH –] correspondente é 1,0 ? 10 –6 mol/L. 1 2 Na+ 1 2 OH –
pH 5 – log [H 1] 3 1 H 2 O  CO 2 1 2
CO2– OH–

pH 5 8 Meio básico
ou alcalino
[H ] 5 10
1 –8
mol/L
[H 1] ? [OH –] 5 10 –14 (25 ºC; 1 atm) Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre-
10 –8 ? [OH –] 5 10 –14  [OH –] 5 10 –6 mol/L
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
08. Correto. A hidrólise salina do sulfato de alu-
mínio gera solução de pH inferior a 7.
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

O
BO O
química para caracterizar materiais, substâncias

SC
A 2(SO 4) 3

M IV
ou transformações químicas.

O S
2 A <3( aq
+
) 1 3 SO4( aq) 1 6 H 2O ()  2 A(OH) 3 1
2–
19. A
16 H +
( aq) 1 3 SO 2–
4( aq)
D LU A estrutura do Lapachol apresenta uma hidroxila
O C
enólica (caráter ácido).
N X

2 A<3( aq ) 1 6 H 2O ()  2 A(OH) 3 1 6 H(aq)


+ +
SI O E

 Por meio do valor do pKa:


Meio ácido;
pH < 7
pKa 5 6,0
EN S

pKa 5 – log Ka ⇒ Ka 5 10 –pKa


E U

17. A
Ka 5 10 –6 (caráter ácido)
D E

a) Correta. O sal formado é formado por um áci-


A LD

do fraco e uma base forte, portanto possui um Consequentemente, deve-se utilizar uma solução
pH . 7 e um pOH , 7. de caráter básico para extraí-la da serragem por
EM IA

causa da formação de um sal de Lapachol; isso


ST ER

b) Incorreta. Li 2CO 3 é um sal derivado do ácido ocorre em uma solução de Na 2CO 3.


carbônico (ácido fraco) e o hidróxido de lítio (base
SI AT

forte), a equação será: Solução de Na 2CO 3: hidrólise básica.


M

Li 2CO 3 1 H 2O  2 LiOH 1 H 2CO 3 2 Na 1 1 CO2–


3 1 2 H 2 O  2 Na 1 1 2OH – 1
1 H 2O 1 CO 2
2 Li1 1 CO2–
3 1 H 2O  2 Li
1
1 2 OH– 1 H2CO3
3 1 H 2O  2
CO2– OH– 1 CO 2

Kh 5 [OH ] ⋅ [H2CO3 ]– 2 Meio básico

[CO2–3 ]
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
c) Incorreta. Somente os sais provenientes de química para, em situações-problema, interpre-
ácidos fortes e bases fortes não sofrem hidrólise. tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Como o carbonato de lítio provém de um ácido -tecnológicas.
fraco e de uma base forte, a hidrólise acontece
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
como descrito na alternativa b.
química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
d) Incorreta. A constante de hidrólise é dada por:
Kw 20. A
Kh 5 .
Ka A solução de bicarbonato de sódio tem caráter
e) Incorreta. Uma reação exotérmica libera calor para básico. Na presença de fenolftaleína, essa solu-
o meio, portanto torna o ambiente mais quente. ção fica rosa.

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 37 29/05/2019 15:18


XXXVIII

A queima da cabeça do palito de fósforo libera H 2SO 4  2 H 1 1 SO2–


4
óxidos ácidos, como o trióxido de enxofre e o dió-
QUÍMICA 1B

xido de carbono, que neutralizam o meio básico 2 HCO3–  2 OH – 1 2 CO 2


fazendo com que a solução fique incolor.
2 H 1 1 2 OH –  H 2O (neutralização)
Na 1 1 HCO3– 1 H 2O  Na 1 1 OH – 1 H2CO3
 Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
H2O + CO2
química para, em situações-problema, interpre-
Material do Professor

Na+ 1 HCO3– 1 H2O  Na+ 1 OH– 1 H2O 1 tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
1 CO2 -tecnológicas.

1 HCO3–  2 HCO3– 1 CO 2 Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


química para caracterizar materiais, substâncias
SO 3 1 H 2O  H 2SO 4 ou transformações químicas.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 38 29/05/2019 15:18


XXXIX

55 PRODUTO DE SOLUBILIDADE (PS, KS OU KPS)

QUÍMICA 1B
Comentário sobre o módulo Ki 5 α 2 ? [H 1]
Neste módulo, serão estudados o conceito de equi-
líbrio heterogêneo, a obtenção das constantes de solu- Ki 5 (0,30) 2 ? 0,04 5 3,6 ? 10 –3
bilidade e a verificação da solubilidade dos compostos,
em função das constantes de solubilidade. 02. Correto. A primeira constante de ionização

Material do Professor
determina o valor mais próximo do pH, então:

Para ir além
Artigos científicos como recurso didático no ensino H 2S  H1 1 HS–
de química analítica (Tese de doutorado). Disponível em: 1 mol/L 0 0
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/320981/1/ –α?1 1α?1 1α?1
Aguiar_ValeskaSoares_D.pdf>.
α

Acesso em: 14 out. 2018. (1 – α) H+
α

Equilíbrio químico de sais pouco solúveis e o caso


Celobar®. Disponível em: K 5 10 –6
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/eeq4.pdf>. [H+ ] ⋅ [HS– ]
K5
Acesso em: 14 out. 2018. [H2S]

O
BO O
α ⋅ α

SC
Como se formam as estalactites e as estalagmites

M IV
K5 5 α2
das cavernas? Disponível em:  
1 – α

O S

 ≈ 0
D LU
https://www.soq.com.br/curiosidades/c16.php>.
Acesso em: 14 out. 2018. 10 –6 ≈ α 2 ⇒ α ≈ 10 –3
O C
N X

Exercícios Propostos A 5 [H 1] ≈ 10 –3 mol/L


SI O E

7. A pH 5 – log [H 1] ≈ – log 10 –3 ⇒ pH ≈ 3
EN S

A(OH) 3(s)  A3(aq


+
1 3 OH(–aq)
)  
E U

S 3S 04. Incorreto. A concentração mínima de íons


SO2–
D E

Kps 5 [A ] ? [OH ] 31 – 3 4 necessária para precipitar BaSO 4(s) de uma


A LD

solução 10–2 mol/litro de Ba(NO3)2(aq) é 2 ? 10–8 mol/


Kps 5 S ? (3S) 3 5 27 ? S 4 litro. Dados: Kps do BaSO 4 5 2 ? 10 –10.
EM IA

Kps Kps
ST ER

S4 5 ⇒S5 4 Ba(NO3 )2(aq) → Ba



2+
1 2 NO3–
27  
27 10 –2 mol/litro
10 –2 mol/litro
2 ⋅ 10 –2 mol/litro
SI AT

1,0 ⋅ 10 –33 103 ⋅ 10 –3 ⋅ 10 –33 BaSO 4(s)  Ba 21 1 SO2– Kps 5 2 ? 10 –10


S5 4 5 4 5 4
M

27 27
Kps 5 [Ba 21] ? [SO2–
4 ]
10 ⋅ 10
3 –36
4
10 3

5 4 5 10 –9 ? 2 ? 10 –10 5 10 –2 ? [SO2–
27 27 4 ]

[OH –] 5 3 ? S [SO2–
4 ] 5 2 ? 10
–8
mol/L

103 1 000 08. Correto.


[OH –] 5 3 ? 10 –9 ? 4 5 3 ? 10 –9 ? 4 mol/L
27 27
CaC 2  Ca 21 1 2 C –
8. 26 (02 1 08 1 16)
01. Incorreto. O valor da constante de ionização [CaC 2] 5 [Ca 21] 5 0,5 mol/L
é aproximadamente de 3,6 ? 10 –3.
CaCO 3  Ca 21 1 CO

2–
3 Kps 5 5 ? 10 –9
HA  H 1 1 A – y

3 ]
Kps 5 [Ca 21] ? [CO2–

[HA] 5 [H 1] 5 0,04 mol/L 5 ? 10 –9 5 0,5 ? y

A 5 30% 5 0,30 y 5 10 –8 ⇒ [CaCO 3] 5 10 –8 mol/L

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 39 29/05/2019 15:18


XL

16. Correto. nBaC 2 5 4 ? 10 –5 ? 0,25 5 1 ? 10 –5 mol


QUÍMICA 1B

CaSO 4  Ca
 1 SO
2+

2–
4 Kps 5 2 ? 10 –4 nBa2+ 5 1 ? 10 –5 mol
y y

Kps 5 [Ca 21] ? [SO2–


4 ] V total 5 0,25 1 0,25 5 0,50 L

2 ? 10 –4 5 y ? y ⇒ y 2 5 2 ? 10 –4 1 ⋅ 10 –5
[Ba 21] 5 5 2 ? 10 –5 mol/L
0,50
Material do Professor

y5 2 · 10 –4 5 2 ? 10 –2 5 1,4 ? 10 –2 1 ⋅ 10 –4
[SO2–
4 ] 5 5 2 ? 10 –4 mol/L
0,50
[Ca 21] 5 1,4 ? 10 –2 mol/L 5 0,014 mol/L Ks 5 [Ba 21] ? [SO2–
4 ]

 Ks 5 1 ? 10 –10
mol
[CaC 2 ] = 0,2 
L  nCaC 2 = [CaC 2 ] ⋅ V ⇒ 1 ? 10 –10 , 4 ? 10 –9 (haverá precipitação)

V = 500 mL = 0,5 L 
III. Incorreta. Cloreto de sódio e cloreto de cálcio
⇒ nCaC 2 = 0,2 ⋅ 0,5 = 0,1mol são sais solúveis em água, porém cloreto de prata
não é solúvel em água.

[Na2SO4 ] = 0,2mol / L 
 nNa2SO4 = [Na2SO4 ] ⋅ V ⇒ IV. Correta. Uma solução saturada de hidróxido

O
BO O
V = 500 mL = 0,5 L  de alumínio possui maior pH que uma solução

SC
M IV
⇒ nNa2SO4 = 0,2 ⋅ 0,5 = 0,1 mol saturada de hidróxido de ferro III.

O S
D LU Ks (A(OH) 3) 5 1,3 ? 10 –33
O C
CaSO4  Ca21 1 SO42– Ks (Fe(OH) 3) 5 4 ? 10 –38
N X
SI O E

1 mol/L 0 0
Ks (A (OH)3 ) . Ks (Fe(OH) 3)
–α?1 1α?1 1α?1  
EN S

Apresenta maior concentração


de ânions OH–
α
E U

(1 – α)  α ↓
H+ maior pH
D E
A LD

10. 21 (01 1 04 1 16)


n CaSO 5 0,086 mol; CaSO 4 5 136 g/mol.
4 01. Correto. O produto de solubilidade (Kps) do
EM IA

mCaSO 5 0,086 mol ?136 g/mol 5 11,696 g ≈ 11,7 g cromato de prata, a 18 ºC, é 5 ? 10 –19 mol 3/L 3.
ST ER

9. C [Ag 2CrO 4] 5 M 5 5 ? 10 –7 mol/L


SI AT

I. Correta. Nitrato de prata e cromato de potássio


Ag 2CrO 4(s)  2 Ag+(aq) 1 1CrO2–
M

(aq)
podem ser considerados sais solúveis em água,  
  4
2M 1M
pois apresentam o ânion nitrato e o cátion potás-
sio, respectivamente. Kps 5 [Ag 1] ? [ CrO2–
4 ]
1

II. Incorreta. Haverá precipitação de sulfato de Kps 5 (2M) 2 ? (1M) 1 5 4 ? M 3


bário em uma mistura de 250 mL de solução
4 ? 10 –4 mol/L de sulfato de sódio com 250 mL de Kps 5 4 ? (5 ? 10 –7) 3 5 500 ? 10 –21 (mol/L) 3
solução 4 ? 10 –5 mol/L de cloreto de bário.
Kps 5 5 ? 10 –19 mol 3/L 3
[Na 2SO 4] 5 4 ? 10 –4
mol/L; V 5 250 mL 5 0,25 L
02. Incorreto. Quanto menor o valor de Kps de
nNa2SO4 5 [Na 2SO 4] ? V uma substância, menos solúvel ela é.

nNa2SO4 5 4 ? 10 –4 ? 0,25 5 1 ? 10 –4 mol 04. Correto. Em uma solução aquosa contendo


5 ? 10 –7 mol/L de CrO2–
4 e 2 ? 10
–6
mol/L de Ag 1 vai
nSO2–4 5 1 ? 10 –4 mol ter a formação de precipitado de Ag 2CrO 4.

[BaC 2] 5 4 ? 10 –5 mol/L; V 5 250 mL 5 0,25 L Kps 5 5 ? 10 –19 mol 3/L 3

nBaC 2 5 [BaC 2] ? V’ K solução 5 [Ag 1] 2 ? [CrO2–


4 ]
1

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 40 29/05/2019 15:18


XLI

K solução 5 (2 ? 10 –6) 2 ? (5 ? 10 –7) 5 20 ? 10 –19


Kps 5 s 2 [ s 5 8 ⋅ 10 –8 5 2 2 ? 10 –4 mol ? L –1

QUÍMICA 1B
K solução 5 2 ? 10 –18 mol 3/L 3
BaSO 4(s) → Ba2(aq
+
) 1 SO4(aq) (Kps 5 1 ? 10 )
2– –10

K solução . Kps ⇒ precipitação


Kps 5 s 2 [ s 5 1 ⋅ 10 –10 5 1 ? 10 –5 mol ? L –1
08. Incorreto. A expressão do produto de solubi-
A solubilidade do sulfato de bário é menor que

Material do Professor
lidade é Kps 5 [Ag 1] 2 ? [ CrO2–4 ] 1.
a do carbonato de bário, consequentemente, o
sulfato de bário é menos solúvel que o carbonato
16. Correto. A solubilidade do cromato de prata,
de bário.
a 18 ºC, em g/L, é 1,66 ? 10 –4.
II. Incorreta.
[Ag 2CrO 4] 5 5 ? 10 –7 mol/L
BaCO 3(s) 1 H 2SO 4()  BaSO 4(s) 1 H 2O () 1 CO 2(g)
MAg2CrO4 5 332 g/mol
1 mol –––––––––––––––––– 22,4 L
c 5 [Ag 2CrO 4] ? MAg2CrO4
2 mol –––––––––––––––––– x
c 5 5 ? 10 –7 ? 332 5 1 660 ? 10 –7
x 5 44,8 L de CO 2

O
c 5 1,66 ? 10 –4 g/L

BO O
SC
M IV
11. A III. Correta.

O S
Ca(OH) 2(s)  Ca(2aq
+
1 2 OH(–aq)
) 
S

2S
D LU BaCO 3(s) 1 H 2SO 4()  BaSO 4(s) 1 H 2O () 1 CO 2(g)
O C
Kps 5 [Ca 21] ? [OH –] 2 A proporção estequiométrica da reação é de 1:1,
N X

portanto 2 mols de BaCO 3 reagem com 2 mols


SI O E

Kps 5 (S) ? (2S) 2 de H 2SO 4, resultando em 3 mols de ácido em


excesso equivalentes a:
EN S

Kps 5 4S 3
E U

1 mol de H 2SO 4 –––––––––––––––––– 98 g


D E

5,5 ? 10 –6 5 4S 3
A LD

3 mol de H 2SO 4 –––––––––––––––––– x


5,5 · 10 –6
S5 3
EM IA

4
x 5 294 g
ST ER

S 5 1,1 ? 10 –2
mol/L
14. 19 (01 1 02 1 16)
SI AT

12. a) A bulimia traz o ácido clorídrico presente no 01. Correto. A presença de uma substância ácida,
M

estômago juntamente com o vômito, que conso- ou seja, a presença de H 1, consome o íon OH –,
me a hidroxila (OH–), fazendo com que o equilíbrio presente no meio, fazendo com que o equilíbrio
se desloque no sentido dos produtos, ou seja, no se desloque no sentido de formação do produto.
sentido da solubilização da hidroxiapatita.
b) O ácido acético é o mais fraco, pois sua cons- 02. Correto. O Kps da reação é representado por:
tante de dissociação é menor.
Kps 5 [Ca 21] 5 ? [PO3–
4 ] ? [OH ]

c) Antes: [H 1] 5 10 –7 mol/L
04. Incorreto. O pH . 7 aumenta a concentração
Depois: [H 1] 5 10 –6 mol/L de [OH –], deslocando o equilíbrio no sentido dos
reagentes.
d) Agente oxidante: O 2
08. Incorreto. Alimentos com alta concentração
Agente redutor: Sn 8Hg de cálcio (Ca21) fazem sua concentração no meio
aumentar, deslocando o equilíbrio para a esquer-
13. D da (reagentes).
I. Correta.
16. Correto. O pH da saliva é neutro, sendo a
BaCO 3(s) → Ba(2aq
+
) 1 CO3(aq) (Kps 5 8 ? 10 )
2– –8
[OH –] 5 [H 1].

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 41 29/05/2019 15:18


XLII

15. A Kps 5 x 2
QUÍMICA 1B

[AgNO3– ] 5 [Ag 1] 5 0,01 mol/L 5 10 –2 mol/L


x 2 5 2 ? 10 –10
AgC  1C
W Ag+
–

x
x5 2 ⋅ 10 –10 5 1,42 ? 10 –5 mol/L
10 –2

10 –2 ? x $ Kps Mg(OH) 2(s)  Mg(2aq


+
1 2 OH(–aq)
)  
y 2y
Material do Professor

10 –2 ? x $ 2 ? 10 –10
Kps 5 [Mg ] ? [OH ]
21 – 2

X $ 2 ? 10 –8 ⇒ precipitação
Kps 5 y ? (2y) 2
16. 14 (021 04 1 08)
01. Incorreto. Em uma solução saturada de BaSO4, 4y 3 5 8 ? 10 –12
a 25 ºC, a concentração de íons bário é 1 ? 10 –10
(estequiometria 1:1). y5 3
2 ⋅ 10 –12 5 1,26 ? 10 –4 mol/L

02. Correto. Entre os dois compostos, o Mg(OH) 2 y.x


é o que apresenta menor solubilidade em água,
uma vez que possui o menor Kps (4,0 ? 10 –12 , A solubilidade do Mg(OH) 2 é maior do que a so-
, 1,0 ? 10 –10). lubilidade do AgC.

O
BO O
b) Kps para o AgI 5 8 ? 10 –17

SC
04. Correto. Na evaporação de um litro de uma

M IV
solução aquosa que contém 0,001 g de BaSO 4

O S
e 0,001 g de Mg(OH) 2, o primeiro composto a AgNO 3  Ag 1 1 NO3–
D LU
precipitar é o BaSO4, pois apresenta a maior cons-
NaI  Na 1 1 I –
O C
tante de produto de solubilidade (1,0 ? 10 –10 .
N X

. 4,0 ? 10 –12).
 1 1 ⋅I10–4
AgI  Ag+ –
SI O E

1 ⋅ 10 –4
08. Correto. A solubilidade do BaSO 4 em uma
EN S

solução de K 2SO 4, de concentração 0,001 mol/L, Kps 5 [Ag 1] ? [I –]


E U

é 100 vezes menor do que a solubilidade desse


mesmo sal em água pura.
D E

8 ? 10 –17 , (1,0 ? 10 –4) 2


A LD

BaSO 4(s) → Ba(2aq


+
1 SO2–
) 4( aq)
 8 ? 10 –17 , 1,0 ? 10 –8 ⇒ Haverá formação de pre-
EM IA

x x
cipitado.
[Ba 21] ? [SO2–
4 ] 5 1,0 ? 10
–10
ST ER

Estudo para o Enem


SI AT

x 2 5 1,0 ? 10 –10 ⇒ x 5 1,0 · 10 –10 5 10 –5


18. A
M

[SO2–4 ] 5 10–5 mol/L c Zn2+ 5 6,54 g/L; M Zn 5 65,4 g/mol

K 2SO 4(s) → 2 K +(aq) 1 SO2–


4( aq) cFe2+ 5 5,58 g/L; M Fe 5 55,8 g/mol

[ SO2– 6,54
4( aq) ]’ 5 10 mol/L
–3
[Zn 21] 5 5 10 –1 mol/L
65,4
[SO2–
4 ] 10 –5 mol / L 1 5,58 ⋅ 10 –3
5 5 [Fe 21] 5 5 10 –4 mol/L
[SO4 ]'
2–
10 –3 mol / L 100 55,8

16. Incorreto. A solubilidade do sal depende da Zn(OH) 2(s)  Zn(2aq


+
) 1 2 OH(aq)

entalpia da reação (exotérmica ou endotérmica).


Para reações endotérmicas, um aumento na tem- Ks , [Zn 21] ? [OH –] 2
peratura resulta em um aumento na solubilida-
de. Já para reações exotérmicas, um aumento 9 ? 10 –17 , 10 –1 ? [OH –] 2
na temperatura resulta em uma diminuição na
solubilidade. [OH –] 2 . 9 ? 10 –16

17. a) AgC (s)  Ag+(aq) 1 C –(aq) [OH –] . 3 ? 10 –8


 
x x

Kps 5 [Ag 1] ? [C –] Fe(OH) 2(s)  Fe(2aq


+
) 1 2 OH(aq)

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 42 29/05/2019 15:18


XLIII

Ks . [Fe 21] ? [OH –] 2 e) Incorreto. Para que o depósito de silicosa au-

QUÍMICA 1B
mente, é necessário que o Kps do SiO2(aq) dimi-
4 ? 10 –16 . 10 –4 ? [OH –] 2
nua, assim ele pode precipitar.
[OH –] 2 , 4 ? 10 –12
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
[OH ] , 2 ? 10
– –6
mol/L química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-

Material do Professor
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da -tecnológicas.
química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico- Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
-tecnológicas.
química para caracterizar materiais, substâncias
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da ou transformações químicas.
química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas. 20. B
De acordo com o enunciado, o composto oxala-
19. D to de ferro apresenta baixo Kps, o que significa
a) Incorreto. A água apresenta diferentes tipos que, em presença de íons oxalato, os íons ferro II
de micro-organismos que resistem à variação de
tendem a precipitar, diminuindo, assim, sua bio-

O
temperatura.

BO O
disponibilidade para o organismo. Dessa forma,

SC
M IV
b) Incorreto. Quanto maior a P vapor, mais volátil é o espinafre, que contém altos teores de ferro II e

O S
o líquido; sendo assim, a 100 °C, a água é mais oxalato, não é uma fonte recomendada de ferro II.
volátil que a solução aquosa de sílica. D LU
O C
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
N X

c) Incorreto. A presença de íons em solução faz química para, em situações-problema, interpre-


SI O E

com que a temperatura de ebulição da água au- tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
mente.
-tecnológicas.
EN S
E U

d) Correto. O ciclo contínuo de substituição da


Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
D E

água fria por água quente ocorre de acordo com


A LD

a variação da densidade em função da tempera- química para caracterizar materiais, substâncias


tura da água. ou transformações químicas.
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 43 29/05/2019 15:18


XLIV

56 SOLUÇÃO-TAMPÃO
QUÍMICA 1B

Comentário sobre o módulo brio se desloque no sentido de repor o próprio


Neste módulo, serão estudados o conceito de so- reagente, assim se desloca para a esquerda.
lução-tampão e a aplicação da equação de Henderson-
-Hasselbach, que permite o cálculo de pH desse tipo II. Correta. Com a retirada de CO 2, o equilíbrio
de sistema. Também serão discutidos o conceito da será deslocado no sentido dos reagentes, con-
Material do Professor

teoria moderna de ácido-base de Brönsted-Lowry e a sumindo H 3O 1, elevando o pH do meio.


identificação dos respectivos pares conjugados. III. Incorreta. Se o pH ficar em torno de 3, a con-
centração será [H 1] = 10 23 mol/L.
Para ir além
CHAGAS, A.P. O ensino de aspectos históricos e pH = 2 log [H 1]
filosóficos da química e as teorias ácido-base do século
XX. Química Nova, v. 23, n. 1. p. 126-133, 2000. [H 1] = 10 2pH

FAINTUCH, J.; BIROLINI, D. e MACHADO, M.C.C. [H 1] = 10 23 mol ? L 21


O equilíbrio ácido-base na prática clínica. São Paulo:
IV. Correta. A formação de um tampão evita que
Manole, 1977. p. 3-6.
ocorram flutuações de pH, ou seja, ele retoma
Informações sobre os diversos sistemas tampão o equilíbrio caso ele seja alterado.

O
BO O
envolvidos no controle do pH do sangue podem ser

SC
V. Correta. As soluções-tampão possuem a ca-

M IV
obtidas no site da Universidade de Sydney, dispo-
racterística de evitar que o pH do meio so-

O S
nível em:
fra mudança quando se adicionam pequenas
D LU
http://www.usyd.edu.au/su/anaes/lectures/acidbase_mjb/ quantidades de ácidos ou bases.
O C
control.html>.
8. a) Uma solução-tampão apresenta um equilíbrio
N X
SI O E

O conceito de solução-tampão. Disponível em: no qual, praticamente, não ocorre variação de pH.
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/v13a04.pdf>. Ela é formada por uma base fraca e seu respectivo
EN S

sal ou por um ácido fraco e seu respectivo sal, ou


Acesso em: 14 out. 2018.
E U

seja, NH4OH (base fraca) e NH4C (respectivo sal).


D E

Sobre a importância da capacidade tampão da sali- b) Por meio de uma solução aquosa de Ca(OH) 2,
A LD

va, acesse os sites disponíveis em: completamente dissociada, na concentração de


0,005 mol ? L 21, vem:
EM IA

http://www.sosdoutor.com.br/sosodonto/ escova_
oqueecarie.htm>.
ST ER

Ca(OH) 2  Ca 21 1 2 OH 2
http://www.medisa.pt/cd/cap05.htm>.
SI AT

1 mol Ca(OH) 2 2 mol OH 2


Acesso em: mar. 2019.
M

0,005 mol Ca(OH)2 0,01 mol (em 1 L)


Sobre aditivos em alimentos de uma forma geral e
a função de ácidos e bases como agentes de proces- [OH 2] = 0,01 mol/L = 10 22 mol/L
samento, consulte o artigo disponível em:
pOH = 2log [OH 2] = 2log (10 22) = 2
http://www.oznet.ksu.edu/library/fntr2/ ncr438.pdf>.
pOH = 2
Acesso em: mar. 2019.
pH 1 pOH = 14
Ainda sobre aditivos em alimentos, incluindo a im-
portância de ácidos e bases como conservantes em pH = 12
alimentos, consulte QMCWEB 2 Revista Eletrônica
Equação química associada:
do Departamento de Química da UFSC, disponível em:
http://www.qmc.ufsc.br/qmcwem/ artigos/aditivos.html>. NH+ 1 OH 2  NH 4OH
4
Compensa a
Acesso em: mar. 2019. adição de OH–

Exercícios Propostos
9. D
7. D O pH do meio onde o CO2 foi dissolvido é menor do
I. Correta. A retirada de CO2 faz com que o equilí- que 7, pois ocorre liberação de cátions H1 (H3O1).

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 44 29/05/2019 15:18


XLV

10. a) Um sistema tampão é aquele no qual o pH se Cálculo da concentração em quantidade de ma-


mantém constante e é composto por um ácido fra- terial do ácido

QUÍMICA 1B
co e por um sal correspondente do mesmo ânion
M= m1
(ou base conjugada) ou por uma base fraca e seu
sal correspondente do mesmo cátion (ou ácido con- M1 · V
jugado). Nesses sistemas, as variações de pH são
5,4
insignificantes quando eles são submetidos à adi- M =
27 · 1

Material do Professor
ção de ácidos ou bases em pequenas quantidades.
b) Dados: pKa: NaH 2PO 4 = 7,2; Na 2HPO 4 = 12,7
M = 0,2 mol/L
Para uma solução tamponada de pH = 7,2, vem:
Cálculo do pH

pH = pKa 1 log [HPO4 ]


2–
pH = pKa 1 log [sal]
[H2PO4– ] [ ácido ]
[HPO2–
4 ] pH = 2logKa 1 log [sal]
7,2 = 7,2 1 log
[H2PO4– ] [ácido]
[HPO2–
4 ]
0,02
10 ? =0 pH = 2log 7,0 ? 10 210 1 log
[H2PO4– ] 0,2

O
BO O
pH = 2log 7,0 ? 10 210 1 log 0,1

SC
M IV
[HPO2–
4 ]
10 =0

O S
[H2PO4– ] pH = 10 2 log 7 1 log 101

1=
[HPO2–
4 ]
D LU pH = 10 2 0,85 1 1
O C
[H2PO4– ]
N X

pH = 10,15
SI O E

Condição necessária:
13. D
EN S

[H 2PO4– ] = [HPO2–
4 ] 1,24
E U

nH2CO3 = = 0,02 mol


62
D E

11. E
A LD

16,8
De acordo com Arrhenius, ácidos são compostos nNaHCO3 = = 0,2 mol
que, em solução aquosa, liberam íons H1 para o 84
EM IA

meio. Entre as possibilidades, temos: HC e H2SO4. Para 1 L de solução, temos:


ST ER

Na teoria de Brönsted-Lowry, ácidos são substâncias [H 2CO 3] = 0,02 mol/L


SI AT

doadoras de prótons (cátion hidrogênio), que pode-


riam ser HC e H2SO4. [NaHCO 3] = 0,2 mol/L
M

De acordo com a teoria de Lewis, ácido é uma espé- Por meio da equação de Henderson-Hasselbach, vem:
cie química capaz de receber um par de elétrons,
como é o caso do íon amônio: NH+4 . pKa = 2log (2 ? 10 –7)
12. Cálculo da massa molar do ácido:
pKa = 7 2 log 2 = 7 2 0,3 = 6,7
M HCN = 1 1 12 1 14 = 27 g/mol
pH = pKa 1 log
[sal]
Cálculo da massa molar do sal:
[ácido]
M KCN = 39 1 12 1 14 = 65 g/mol
0,2
pH = 6,7 1 log = 6,7 1 log 10
Cálculo da concentração em quantidade de ma- 0,02
terial do ácido pH = 6,7 1 1 = 7,7
m1
M=
M1 · V pH 1 pOH = 14

M = 1,30 pOH = 14 2 7,7


65 · 1
M = 0,02 mol/L pOH = 6,3

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 45 29/05/2019 15:18


XLVI

14. D [NH 3] ? 5 = [ NH 4NO 3]


QUÍMICA 1B

Espécie doadora do próton (H ): ácido 1

NH3 1
=
Espécie receptora do próton (H 1): base NH4NO3 5

NH3 1 HOH
  NH+
1 OH


NH3
 4 Base de = 0,2
Base de Ácido de Ácido de
Brönsted-Lowry Brönsted-Lowry Brönsted-Lowry
Brönsted-Lowry NH4NO3
Material do Professor

Pares conjugados:
17. a) Tampão de pH ácido: ácido fraco 1 sal do ácido
NH 3 e NH+4 fraco com base forte (NaOH)
CH 3COOH/CH 3COONa.
HOH e OH 2
b) Tampão de pH básico: base fraca 1 sal de
15. a) O equilíbrio é deslocado para a esquerda, e a
base fraca com ácido forte (HC)
concentração de CO2 no sangue aumenta. Por meio
NH 3/NH 4C.
de reação química, se adicionarem íons H1:
H2O() 1 CO2(aq)  H2CO3(aq)  H+(aq) 1 HCO3–(aq) Estudo para o Enem
 
A concentração de Adição de H+
CO2 aumenta.
18. C

O
BO O
b) O equilíbrio é deslocado para a direita quando uma Para calcular essa razão, podemos usar a equação

SC
M IV
base entra no sangue. Por meio de reação química: de Henderson-Hasselbach dada por

O S
[ Ac – ]
H2O() 1 CO2(aq)  H2CO3(aq) 
 D LU
H+(aq) 1 HCO3–(aq) pH = pKa 1 log , em que [Ac2] é a con-
Uma base (OH– ) reage
[HAc]
O C
com H+ ; a concentração
desse cátion diminui.
N X

centração em mol/L de acetato, e [HAc] é a con-


SI O E

16. C centração em mol/L de ácido acético.


pKa = 2log Ka
EN S

Como o pH dessa solução deve ficar em torno de


E U

pKa = 2log 5,7 ? 10 210 = 9,24 5, e o Ka do ácido é 1,8 ? 10 25, temos que:
D E

[ Ac – ]
A LD

pH 1 pOH = 14 5 = 2log (1,8 ? 10 25) 1 log


[HAc]
pOH = 14 2 8,54 = 5,46
EM IA

[ Ac – ]
ST ER

5 = (20,25 1 5) 1 log
pKa 1 pKb = pKw [HAc]
SI AT

9,24 1 pKb = 14 [ Ac – ]
M

5 = 4,75 1 log
[HAc]
pKb = 4,76
0,25 = log
[ Ac – ]
[sal] [HAc]
pOH = pKb 1 log
[base]
[ Ac – ] = 10 0,25
[HAc]
5,46 = 4,76 1 log
[NH4NO3 ]
[NH3 ] [ Ac – ] = 1,8
[HAc]
0,7 = log [NH4NO3 ]
[NH3 ] A razão molar de ácido acético e acetato é:

10 0,7 =
[NH4NO3 ] [HAc] = 1
[NH3 ] [ Ac – ] 1,8

[NH4NO3 ] [HAc] ≈ 0,56


5=
[NH3 ] [ Ac – ]

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 46 29/05/2019 15:18


XLVII

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


química para, em situações-problema, interpre- química para caracterizar materiais, substâncias

QUÍMICA 1B
tar, avaliar ou planejar intervenções científico- ou transformações químicas.
-tecnológicas.
20. C
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da Ácido de Brönsted-Lowry: espécie doadora de
química para caracterizar materiais, substâncias próton (H 1)

Material do Professor
ou transformações químicas.
Base de Brönsted-Lowry: espécie receptora de
19. B próton (H 1)
Base Ácido H+
O
I. OH OH
O O −
+ O + H2O + H3O+
H3C NH2 + H3C  H3C NH3 + H3CCOO−
HOH2C C
H Base
HOH2C C
H
O
Ácido
OH OH de B-L OH OH de B-L
OH Ácido Base Ácido Base
de B-L de B-L

H+
II. −
O O O O
S S
HN CH3 :N CH3
H+ H+ + H3O+
O + H2O O
Base Ácido
de B-L de B-L
HC, + H2O  H3O+ + C,−
Ácido Base
NO2 NO2

O
de B-L de B-L

BO O
Ácido Base Ácido Base

SC
M IV
III. CH3
+
H CH3

O S
O N CH3 O N CH3

H+
D LU H+
OH H

Base
+ H2O
Ácido
de B-L
OH H
Ácido
+ OH−
Base
de B-L
O C
de B-L de B-L
N X

NH3 + H2O  NH+4 +


OH−
SI O E

Ácido Base Ácido Base Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


química para, em situações-problema, interpre-
EN S

Ácido: H 3O 1 tar, avaliar ou planejar intervenções científico-


E U

-tecnológicas.
Base: C 2
D E
A LD

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí- Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar química para caracterizar materiais, substâncias
EM IA

ou planejar intervenções científico-tecnológicas. ou transformações químicas.


ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI1B_MP-P5.indd 47 29/05/2019 15:18


Material do Professor QUÍMICA 1B XLVIII

DB_PV_2019_QUI1B_MP_P5.indd 48
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

30/05/2019 08:40
SCIENCE
FACTIO
N/LAT
INSTO
CK

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 1
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U

QUÍMICA 2
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
MATERIAL DO PROFESSOR
I

Material do Professor

29/05/2019 16:27
II

23 ELETRÓLISE ÍGNEA
QUÍMICA 2A

Comentário sobre o módulo II. Correta. A eletrólise ígnea do óxido de alumínio


Neste módulo, será estudado o fenômeno da está dada a seguir:
eletrólise. Definir o que é eletrólise e, em seguida,
mostrar como acontece a eletrólise ígnea, enfati- 2 A 2O 3 → 4 A 1 3 O 2
zando que ela ocorre na ausência de água. É muito
Material do Professor

importante que os alunos conheçam os polos da III. Incorreta. A redução ocorre no polo negativo.
célula eletrolítica, bem como as semirreações que
ocorrem em cada um deles. IV. Correta.

10. 14 (02 1 04 1 08)


Para ir além
Electrolysis: splitting water Advanced Teacher Ver- 01. Incorreto. Tanto na pilha como na eletrólise, o
sion (Universidade Stanford) Aplicações da eletrólise ânodo sofre oxidação e o cátodo, redução.
(Carlos Alberto Mattoso – USP)
02. Correto. Na eletrólise, o cátodo é o polo ne-
Atkins, P.; Jones, L. Princípios de Química: ques- gativo (–) e o ânodo é o polo positivo (1).
tionando a vida moderna e o meio ambiente. Editora
Bookman, 2001. Disponível em: 04. Correto. Corresponde à reação de oxirredução

O
provocada pela corrente elétrica.

BO O
<http://mecflix.mec.gov.br/video/eletrolise-ignea>.

SC
M IV
Acesso em: mar. 2019.
08. Correto. Na eletrólise, são denominados

O S
Exercícios Propostos de eletrodos inertes aqueles que permanecem

7. D
D LU inalterados durante o processo.
O C
N X

A eletrólise ígnea é dada primeiramente pela fu- 11. C


SI O E

são do sal, que separa os íons. Em seguida, esses


→ 2 Na( ) 1 2 C ( )
+
2 NaC (s) 
∆ –

íons vão se depositar nos eletrodos conforme as


EN S

reações a seguir.
Cátodo: 2 Na(+) 1 2 e – → 2 Na (s)
E U

Reações de eletrólise ígnea:


D E

Ânodo: 2 C –( ) → 2 e – 1 C (g)
A LD

→ Mg( ) 1 2 C ( )
2+
MgC 2(s) 
∆ –
Reação global: 2 Na
 C (s) 

→ 2 Na(s ) 1 C (g)
EM IA

+1

0
Cátodo (–): Mg(2+) 1 2 e – redução
 → Mg (s)
ST ER

12. a) Ânodo: 2 O(2–) 


oxidação
→ O 2(g) 1 4 e

SI AT

Ânodo (1): 2 C –( ) 


oxidação
→ C 2(g) 1 2 e

Cátodo: A3( +) 1 3 e – redução


 → A ()
M

Reação global: MgC 2(s) → Mg (s) 1 C 2(g)


A eletrólise ígnea irá formar o metal magnésio e b) Ânodo: 2 O(2–) oxidação


 → O 2(g) 1 4 e

(? 3)
o gás cloro (tóxico e de odor irritante).
Cátodo: A3( +) 1 3 e – redução
 → A () (? 4)
8. A
O cátion Na1 do cloreto de sódio tem menor faci-
lidade de descarga que o cátion H1 da água, e o Ânodo: 6 O(2–) 
oxidação
→ 3 O 2(g) 1 12 e –
ânion OH– da água tem menor facilidade de descar-
ga que o C– do cloreto de sódio. Assim, o H1 da Cátodo: 4 A3( +) 1 12 e – redução
 → 4 A ()
água sofre redução no eletrodo negativo (cátodo) e
produz gás hidrogênio, H2. Enquanto isso, o ânion Reação global: 6 O(2–) 1 4 A3( +) 

→ 3 O2(g) 1 4 A (ø)
C– do cloreto de lítio sofre oxidação no eletrodo
positivo (ânodo), produzindo gás cloro, C2. ∆« 0 = –1,66 – 1,23

9. E ∆« 0 = –2,89 V
I. Incorreta. A eletrólise não é uma reação espon-
tânea, ela deve ser promovida por uma diferença c) Não. Pois trata-se de uma eletrólise que é um
de potencial externa. processo com variação de potencial negativa.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 2 29/05/2019 16:28


III

13. A Os íons Mg21 presentes nessa salmoura são preci-


pitados sob a forma de hidróxido de magnésio por

QUÍMICA 2A
I. Incorreta. A produção do alumínio ocorre no
cátodo. adição de íons OH–: Mg(2aq+ ) 1 2 OH(–aq) → Mg(OH)2(s).

2 A 2O 3(s) → 4 A3( +) 1 6 O(2–) 15. D


KC (s) 

→ K ( ) 1 C ( )
+ –

4 A3( +) 1 12 e – redução


 → 4 A () (cátodo)

Material do Professor
(1) 2 C –( ) 
oxidação
→ C 2(g) 1 2 e

(ânodo)
6 O(2–) 
oxidação
→ 12 e 1 3 O 2(g) (ânodo)

(–) 2 K (+) 1 2 e – redução


 → 2 K (s) (cátodo)
2 A 2O 3(s) 
global
→ 4 A () 1 3 O 2(g)
2 C –( ) 1 2 K (+) → 2 K (s) 1 C 2(g)
II. Incorreta. O gás oxigênio é produzido no ânodo
que reage com o grafite do eletrodo, formando 16. D
gás carbônico. O processo descrito consiste na eletrólise aquosa
do sulfato de cobre II, CuSO 4.
2 A 2O 3(s) → 4 A3( +) 1 6 O(2–)
O desaparecimento da cor azul evidencia o con-
4 A3( +) 1 12 e – redução
 → 4 A () (cátodo) sumo de íons Cu(2aq+ ) , logo a reação catódica é:

6 O(2–)  Cu(2aq+ ) 1 2 e – redução


 → Cu (s).

O
→ 12 e 1 3 O 2(g) (ânodo)
oxidação –

BO O
SC
M IV
2 A 2O 3(s)  Como o íon sulfato possui menor tendência de
global
→ 4 A () 1 3 O 2(g)
descarga que o íon OH(–aq) , o gás produzido será

O S
3 O 2(g) 1 3 C(s) → 3 CO 2(g)

D LU o oxigênio. Logo, a reação anódica é:
O C
Grafite 4 OH(–aq) 
oxidação
→ 2 H 2O () 1 O 2(g) 1 4 e

N X

do eletrodo
SI O E

Os íons não consumidos no processo são os íons


H(+aq) e SO2–
4( aq) .
III. Correta. À medida que a eletrólise acontece,
EN S

ocorre a diminuição da massa do eletrodo de gra- Portanto, é possível afirmar que restará apenas
E U

fite devido à reação com o gás oxigênio formado. H 2SO 4, ácido sulfúrico.
D E
A LD

3 O 2(g) 1 3 C(s) → 3 CO 2(g) 17. C



Grafite a) Incorreta. A filtração é um processo físico que
EM IA

do eletrodo separa misturas heterogêneas de um sólido dis-


ST ER

14. O processo de separação da água e dos sais é a perso em um líquido ou um gás.


cristalização fracionada, e a propriedade específica
SI AT

que permite a separação dos componentes envol- b) Incorreta.


vidos é a solubilidade dos sais.
M

0,05 mol de Mg 21 1 000 mL = 1 L


O óxido de magnésio (MgO) reage com ácido
clorídrico (HC), formando cloreto de magnésio: x 500 mL
x = 0,025 mol de Mg 21

MgO (s) 1 2 HC (aq) → H 2O () 1 MgC 2(aq)


1 mol de Mg 21 24 g
Após cristalizado: MgC 2(s) 0,025 mol de Mg 21
y

Após cristalizado e fundido, o cloreto de mag- y = 0,6 g


nésio (MgC 2) é submetido à eletrólise ígnea,
c) Correta. A eletrólise ígnea irá formar o metal
produzindo magnésio metálico no cátodo e cloro
magnésio e o gás cloro (tóxico e de odor irritante),
gasoso no ânodo:
devido à formação do sal cloreto de magnésio,
conforme citado no texto.
MgC 2(s) → Mg(2+) + 2 C –( )
Mg(OH) 2 1 2 HC → MgC 2 1 2 H 2O
(–) Mg(2+) 1 2 e – redução
 → Mg () (cátodo)
A eletrólise ígnea é dada primeiramente pela
(1) 2 C –( ) 
oxidação
→ 2 e 1 C 2(g)

(ânodo) fusão do sal, que separa os íons. Em seguida,
estes vão se depositar nos eletrodos, conforme
MgC 2(s) 
global
→ Mg () 1 C 2(g) as reações a seguir.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 3 29/05/2019 16:28


IV

Reações da eletrólise ígnea: b) Correta. No processo de eletrólise do NaC(),


QUÍMICA 2A

ocorre redução no compartimento do cátodo, sen-


MgC 2(aq) 

→ Mg( aq)1 C ( aq)
2+ –
do este ligado ao polo negativo.

Mg(2aq+ ) 1 2 e – 
cátodo
→ Mg (s) 2 NaC (s) 

→ 2 Na( ) 1 2 C –( )
+

ânodo
2 C –( aq) → C 2(g) 1 2 e – Ânodo: 2 C –( ) 
oxidação
→ C 2(g) 1 2 e

Material do Professor

Mg(2aq+ ) 1 2 C –( aq) → Mg (s) 1 C 2(g) Cátodo: 2 Na(+) 1 2 e – redução


 → 2 Na ()

d) Incorreta. O hidróxido de magnésio é uma di- 2 NaC (s) 


global
→ 2 Na () 1 C 2(g)
base, muito pouco solúvel em água.
c) Incorreta. Eletrólise é um processo de oxirredu-
e) Incorreta. O processo de eletrólise é um fenô- ção não espontâneo que ocorre com a utilização
meno químico, em que um ou mais elementos de um gerador.
sofrem variações nos seus números de oxidação
no transcorrer de uma reação química. d) Incorreta. Compostos iônicos no estado sólido
são péssimos condutores de eletricidade, pois os
Estudo para o Enem íons estão presos na rede cristalina.

18. A

O
e) Incorreta. A decomposição do cloreto de só-

BO O
SC
Com base na análise da equação fornecida no dio é um processo não espontâneo (eletrólise).

M IV
enunciado, vem: Reação global: 2 NaC (s) 1 calor → 2 Na () 1 C 2(g)

O S
  +4

D LU
+3 0 0

2 A 2 O3( ) 1 3 C(s) → 4 A ( ) 1 3 CO2(g) Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-


mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
O C
Cátodo: A 31 1 3 e – redução → A ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
N X


SI O E

Ânodo: C 
oxidação
→ C 41 1 4 e – Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
química para caracterizar materiais, substâncias
EN S

Cátodo: A 31 1 3 e – redução
 → A
E U

ou transformações químicas.
 2 O2– → O + 4 e –

D E

2
Ânodo  (oxidação) 20. B
A LD

 C + O2 → CO2
a) Incorreta. A eletrólise é um processo não es-
EM IA

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí- pontâneo, em que os elétrons fluem do ânodo


para o cátodo.
ST ER

mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar


ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
b) Correta. Na eletrólise, a energia elétrica é con-
SI AT

vertida em energia química, num processo não


Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
M

espontâneo.
química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
c) Incorreta. Em uma pilha, temos a conversão
de energia química em elétrica, por meio de um
19. B
processo espontâneo.
a) Incorreta. Para o preparo de 1 L de uma solução
de NaCO (aq), com concentração em quantidade d) Incorreta. Em uma pilha galvânica, o processo
de matéria de 0,6 mol · L–1, devem ser dissolvidos é espontâneo com ∆E 0 . 0.
44,7 g do soluto.
e) Incorreta. Na pilha galvânica, o processo é es-
Cálculo da massa molar do NaCO: pontâneo, em que o cátodo é o polo positivo e o
ânodo é o polo negativo.
M NaCO = 23 1 35,5 1 16 = 74,5 g/mol
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
M NaCO = 0,6 mol · L –1 mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
m NaCO = M · M 1 · V

m NaCO = 0,6 · 74,5 · 1 Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


química para caracterizar materiais, substâncias
m = 44,7 g ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 4 29/05/2019 16:28


V

24 ELETRÓLISE AQUOSA

QUÍMICA 2A
Comentário sobre o módulo Ânodo (polo positivo): entre os íons NO(–aq) e OH(–aq) ,
Neste módulo, será abordado o fenômeno da eletró-
lise aquosa. Nesse caso, teremos dois cátions e dois na competição desses ânions, o OH(–aq)irá descarregar
ânions em solução, portanto haverá competição dos íons
primeiramente, por apresentar maior reatividade,
para sofrerem descarga no cátodo e no ânodo. Também

Material do Professor
formando o gás O2.
será estudada a ordem das prioridades de reação.
9. D
Para ir além
O processo descrito consiste na eletrólise aquosa
Electrolysis: splitting water (Advanced Teacher Ver-
do sulfato de cobre II, CuSO4. O desaparecimento
sion). Disponível em:
da cor azul evidencia o consumo de íons Cu(2aq+ .
)
<http://labsci.stanford.edu/images/Electrolysis-TA.pdf>.
Acesso em: mar. 2019. Logo, a reação catódica é: Cu(2aq
+
)
1 2 e 2 → Cu (s).

Aplicações da eletrólise (Carlos Alberto Mattoso – Como o íon sulfato possui menor tendência de
USP). Disponível em:
<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir. descarga que o íon OH(–aq) , o gás produzido é o
php?midia=rec&cod=_aplicacoesdaeletroliseca>.

O
oxigênio. Logo, a reação anódica é:

BO O
Acesso em: mar. 2019.

SC
M IV
O processo de anodização. Disponível em: 4 OH(–aq) → 2 H 2O () 1 O 2 1 2 e 2.

O S
D LU
<http://engenheirodemateriais.com.br/2018/04/25/o-processo-
de-anodizacao/>. 10. 15 (01 1 02 1 04 1 08)
O C
Acesso em: mar. 2019. 01. Correto. O gás A é o gás hidrogênio, pois
N X

apresenta maior volume em relação ao gás B.


SI O E

Exercícios Propostos
7. C 8 H 2O () → 4 H 3O+(aq) 1 4 OH(–aq)
EN S

Eletrólise ígnea:
E U

4 OH(–aq) → 2 H 2O () 1 O 2(g) 1 4 e 2


D E

(ânodo) 2 F 2 → F 2(g) 1 2 e 2
A LD

4 H 3O+(aq) 1 4 e 2 → 4 H 2O () 1 2 H 2(g)


(cátodo) Na 1 1 e 2 → Na0()
EM IA
ST ER

Eletrólise aquosa: 2 H 2O () global


→ 2 H2(g) 1 1 O2(g)
 
2 volumes 1 volume
SI AT

1
(ânodo) 2 OH 2 → H 2O () 1 O 02. Correto. O eletrodo que libera o gás A (H2) é
2 2(g)
M

o cátodo da reação, pois nele ocorre redução, ou


(cátodo) 2 H 1 1 2 e 2 → H 2(g)
seja, formação de gás hidrogênio.
Na eletrólise em meio aquoso, a água encontra-se
4 H3O+(aq) 1 4 e2 → 4 H2O() 1 2 H2(g) (redução; cátodo
no estado líquido.
2 polo negativo)
8. C
Au(NO 3) 3(aq) → Au(3aq+ ) 1 3 NO(–aq) 04. Correto. O eletrodo que libera o gás B (O2) é
o polo positivo da eletrólise.
H 2O () → H+(aq) 1 OH(–aq)
4 OH(–aq) → 2 H2O() 1 O2(g) 1 4 e2 (oxidação; ânodo
Cátodo (2): Au 3+
(aq) 1 3 e → Au (s)
2

2 polo positivo)
1
Ânodo (1): 2 OH(–aq) → H 2O () 1 O 1 2 e2
2 2(g) 08. Correto. Na eletrólise, o processo químico
Cátodo (polo negativo): entre os íons Au3(aq+ ) e H+(aq) , não espontâneo ocorre por causa de um gerador,
fonte de energia elétrica.
na competição desses cátions, o Au3(aq+ ) irá descar-
regar primeiramente, por apresentar maior reativi- 16. Incorreta. O gás B é o oxigênio (O 2; menor
dade, formando o Au(s). volume).

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 5 29/05/2019 16:28


VI

11. C 16. a)
QUÍMICA 2A

Temos eletrólise do NaC (cloreto de sódio) não Ânodo: Au (s) oxidação


 → Au(3aq+ ) 1 3 e 2
simplificada em solução aquosa:
Ânodo (1): 2 C 2 → C 2(g) 1 2 e 2 Cátodo: Au(3aq+ ) 1 3 e 2 redução
 → Au (s)

Cátodo (2): 2 H 2O () 1 2 e 2 → H 2(g) 1 2 OH(–aq)


b) Ânodo: oxidação
(róseo na presença de fenolftaleína)
Material do Professor

Cátodo: redução
2 H 2O () 1 2 C 2 → H 2(g) 1 C 2(g) 1 2 OH(–aq)
global
c) As indústrias metalúrgicas que atuam no setor
de galvanoplastia geralmente utilizam soluções
Observação
contendo o íon cianeto. Essas soluções são trata-
Como a concentração de água (H 2 O) é muito das e, posteriormente, o resíduo gerado conten-
maior que a dos íons Na 1, a reação catódica é do esse íon é descartado, podendo ocasionar a
dada por 2 H 2O () 1 2 e 2 → H 2(g) 1 2 OH(–aq) e não contaminação de solos e rios. O cianeto é tóxico
por 2 Na+(aq) 1 2 e 2 → Na (s). para todo tipo de vida animal, pois bloqueia o
transporte de oxigênio no metabolismo. Portan-
12. a) O volume do gás depende das condições de
to, o descarte de resíduos contendo CN 2 pode
pressão e temperatura e do número de mols de
causar um grande problema ambiental, como a
moléculas. A massa atômica, que corresponde ao
destruição da fauna aquática e a destruição de
número de prótons e de nêutrons, não interfere
plantações nas ribeirinhas.

O
BO O
na medição.

SC
Ainda, em pH < 9,2, a maior parte do cianeto livre

M IV
b) Com a solução de sacarose (C 12H22O11), não
encontra-se na forma protonada, HCN, que é alta-

O S
ocorreria eletrólise, pois o aluno estaria testando uma
mente volátil, tóxica e explosiva, podendo causar
D LU
solução molecular que não conduz corrente elétrica.
danos ao meio ambiente e aos trabalhadores que
O C
13. A manipulam soluções contendo esse íon.
N X

O anel de aço está conectado ao polo negativo


SI O E

da bateria, logo ele é o cátodo que sofre redução. 17. A


O íon cloro migra para o polo positivo que é o a) Incorreta. O eletrodo Ee corresponde ao cátodo.
EN S

ânodo que sofre redução, formando o gás cloro,


E U

A mancha azul é gerada pelo cátion cobre (Cu21)


enquanto o cátion cromo migra para o cátodo, que migra para E e. Isso significa que E e é o polo
D E

formando o cromo metálico. negativo (a polarização é gerada pela fonte) da


A LD

célula, ou seja, região onde ocorre a redução e,


14. 27 (01 1 02 1 08 1 16)
consequentemente, o cátodo.
EM IA

e2 e2
ST ER

b) Correta. Há liberação de gás oxigênio no ele-


gerador
ânodo trodo E d:
SI AT

cátodo
polo (2) polo (1)

H 2O 
oxidação
→ 2 e 2 1 2 H 1 1 1 O2
M

Grafite Ferro 2
Fe(s) → Fe(aq)
21
1 2 e2
C2(g) Outra abordagem: o ânion OH2 migra para o polo
positivo (E d):
H1 OH2
Na1C2 1
2 OH 2 → 2 e 2 1 H 2O 1 O.
2 2
Ocorre liberação de gás oxigênio.
Ânodo (1): 2 C 2  → C 2(g) 1 2 e 2
oxidação

c) Correta. Há liberação de gás H2 no E e, além da


Cátodo (2): 2 H2O() 1 2 e2 redução
 → H2(g) 1 2 OH(–aq) formação predominante de cobre metálico:

2 H2O() 1 2 C2 global


→ C2(g) 1 H2(g) 1 2 OH(–aq) 2 H 2O 1 2 e 2 redução
 → 2 OH 2 1 H 2.

(Elevação do pH)
15. A Outra abordagem: o cátion H 1 migra para o polo
Eletrólise aquosa de CuSO 4: negativo (E e):

Cátodo (2): Cu(2aq) 1 2 e → Cu (s) 2 H 1 1 2 e 2 → H 2.


+ 2

Ânodo (1): H 2O () → O 2(g) 1 4 H+(aq) 1 4 e 2 Ocorre liberação de gás hidrogênio.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 6 29/05/2019 16:28


VII

d) Correta. O íon cromato tem velocidade de mi- Etapa 1: lixiviação básica e dessulfuração
gração maior que o íon cobre.

QUÍMICA 2A
PbSO 4 1 Na 2CO 3 → PbCO3 1 Na 2SO 4
 
 
Sal insolúvel
De acordo com a figura fornecida, a distância per-
corrida pelo íon cromato (CrO2– ) é maior do que a Etapa 2: lixiviação básica
4
distância percorrida pelo cátion cobre (Cu21) num
mesmo intervalo de tempo; portanto, conclui-se que PbCO 3 1 2 HNO 3 → Pb(NO3 )2 1 H 2O 1 CO 2
 

Material do Professor
a velocidade de migração do íon cromato é maior Sal insolúvel

do que a velocidade de migração do cátion cobre. Etapa 3: redução do Pb 21 em Pb 0


2 H 2O () → 2 H+(aq) 1 2 OH(–aq)
FONTE
Pb(NO 3) 2 → Pb 21 1 2 NO3–

Ee Ed
Cátodo (1): Pb 21 1 2 e 2 redução
 → Pb 0
CuCrO4 (verde)
1
Ânodo (2): 2 OH(–aq) oxidação
 → 2 e 2 1 H 2O 1 O2
Azul Amarelo 2

1
Pb(NO3)2 1 H2O → 2 H1 1 2 NO3– 1 O2 1 Pb0
global

Distância Distância 2

O
BO O
menor maior
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-

SC
M IV
mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar

O S
e) Correta. O pH da solução em torno do E d dimi- ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
nui, pois ocorre a formação de cátions H1:
D LU Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
O C
H 2O 
oxidação
→ 2 e 2 1 2 H 1 1 1 O 2. química para caracterizar materiais, substâncias
N X

2
SI O E

ou transformações químicas.
Estudo para o Enem
20. B
EN S

18. A
E U

1. O processo eletroquímico pode ser chamado de


2 H 2O () → 2 H+(aq) 1 2 OH(–aq) eletrólise, pois ocorre com consumo de energia,
D E
A LD

ou seja, de forma não espontânea.


Ânodo (1): 2 OH(–aq) 
oxidação
→ 1 H2O() 1 1 O2 1 2 e2
2
2. Se o objeto de cobre for colocado no ânodo,
EM IA

2 redução
 → 1 H 2(g)
Cátodo (2): 2 H(aq) 1 2 e
+
significa que sofrerá oxidação, e os íons cobre
ST ER

1 II serão depositados, por redução, no cátodo do


1 H 2O () → 1 H2(g) 1
global
O2(g)
processo eletrolítico.
SI AT

 2 
1 volume 0,5 volume
M

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí- Equação no ânodo: Cu (s) → Cu(2aq


+
)+
1 2 e2
mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Equação no cátodo: Cu2(aq
+
1 2 e 2 → Cu (s)
)+

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-


química para caracterizar materiais, substâncias mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou transformações químicas. ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

19. A Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


Sulfato de chumbo (II) reage com carbonato de química para caracterizar materiais, substâncias
sódio (lixiviação básica). ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 7 29/05/2019 16:28


VIII

25 ELETRÓLISE QUANTITATIVA
QUÍMICA 2A

Comentário sobre o módulo 9. D


Neste módulo, será estudado o aspecto quantitativo Q5i?t
da eletrólise, levando em conta a lei de Faraday, que
Q 5 (5 ? t) C
relaciona carga elétrica (em coulomb), corrente elétrica
(em ampère) e tempo (em segundos). Também será Ni 21 1 2 e – → Ni 0
Material do Professor

estudada a relação entre uma carga elétrica, que flui 2 ? 96 500 C 58,69 g de Ni
por um circuito elétrico, e a massa da espécie reduzida
ou oxidada. (5 ? t) C 0,85 g de Ni
t 5 559,039 s
Para ir além
559,039
Vídeo sobre a ação de uma diferença de potencial e t min 5 5 9,3171 min ≈ 9,3 min
60
de um campo magnético em uma solução eletrolítica.
Disponível em: 10. Cr21 1 2 e– → Cr0
<https://www.youtube.com/watch?v5L26lbzdSAwA>. 2 ? 96 500 C 52 g de Cr
Acesso em: 30 jan. 2019 Q 0,52 g de Cr

O
Material da Secretaria Estadual da Educação de São Q 5 0,02 ? 96 500 C

BO O
SC
Paulo para um curso de especialização docente sobre

M IV
Q5i?t
energia elétrica e reações químicas. Disponível em:

O S
0,02 ? 96 500 5 15,2 ? t
D LU
<https://acervodigital.unesp.br/
bitstream/123456789/46363/4/2ed_qui_m4d7.pdf>. t 5 126,97368 s
O C
Acesso em: 30 jan. 2019. t ≈ 2 min
N X
SI O E

Exercícios Propostos 11. C


7. Q 5 i ? t I. Incorreta. A produção do alumínio ocorre no
EN S
E U

Q 5 96,5 min ? 2 A 5 96,5 ? 60 s ? 2 A 5 cátodo.


D E

5 120 ? 96,5 C 2 A 2O 3(s) → 4 A3( +) 1 6 O(2–)


A LD

Cr(3aq+ ) 1 3 e – → Cr (s)
4 A3( +) 1 12 e – → 4 A ( ) (cátodo – redução)
EM IA

3 ? 96 500 C 52 g de Cr 
Alumínio
ST ER

120 ? 96,5 C m Cr 6 O 2–
( ) → 12 e 1 3 O 2(g) (ânodo – oxidação)

SI AT

m Cr 5 2,08 g
2 A 2O 3(s) global
→ 4 A () 1 3 O 2(g)
M

8. B
II. Incorreta. O gás oxigênio é produzido no ânodo
i 5 9,65 ? 10 –3 A que reage com o grafite do eletrodo, formando
t 5 1 min e 40 s 5 100 s gás carbônico.

Q5i?t 3 O 2(g) 1 3 C(s) → 3 CO 2(g)



Grafite do
Q 5 9,65 ? 10 –3 A ? 100 s 5 9,65 ? 10 –1 C eletrodo

Sn 21
1 2 e → Sn

III. Correta. À medida que a eletrólise aconte-
ce, ocorre a diminuição da massa do eletrodo de
2 ? 96 500 C 119 g
grafite por causa da reação com o gás oxigênio
9,65 ? 10 –1
C m Sn formado.
IV. Correta. Na eletrólise ígnea do óxido de alumí-
m Sn 5 9,65 · 10 C · 119 g
–1
nio, após 965 segundos com corrente elétrica (i)
2 · 96 500 C
igual a 10 A, há produção de 0,9 g de alumínio.
m Sn 5 0,000595 g ≈ 0,6 mg Q5i?t
Q 5 10 A ? 965 s 5 9 650 A ? s 5 9 650 C
No processo de eletrólise, ocorre transformação
2 A 2O 3(s) → 4 A () 1 3 O 2(g)
global
de energia elétrica em energia química.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 8 29/05/2019 16:28


IX

A 31 1 3 e – → A 1 mol de e– ? 2 ? (1,6 ? 10 –19 C) 65,4 g de Zn

QUÍMICA 2A
3 ? 96 500 C 27 g de A 168 C 0,055 g de Zn

9 650 C m A 1 mol de e 5 6,243 ? 10


– 23

m A 5 0,9 g 15. A
Primeira cuba: sulfato de cobre (CuSO 4)
12. Cu(2aq ) 1 2 e → Cu(s)
+ –

Material do Professor
Segunda cuba: cloreto de alumínio (AC 3)
2 ? 96 500 C 63,5 g de Cu
Terceira cuba: clorato de prata (AgCO 3)
Q 0,0686 g de Cu Cubas ligadas em série apresentam a mesma carga.
Q 5 208,5 C i 5 6 A; t 5 0,672 h 5 0,672 ? 60 ? 60 s
Como as células estão ligadas em série, vem: Q 5 i ? t ⇒ Q 5 6 ? 0,672 ? 60 ? 60 C
Au 3+
( aq) 1 3 e → Au (s)

1 F 5 96 500 C
3 ? 96 500 C 197 g de Au CuSO 4 → 2 Cu2+
 1 SO4
2–

2 mol de
208,5 C m Au e – (2 F)

2 ? 96 500 C 63,5 g de Cu
m Au 5 0,14188 g ≈ 0,140 g

O
BO O
6 ? 0,672 ? 60 ? 60 C m Cu

SC
M IV
13. B
m Cu ≈ 4,77 g

O S
Q5i?t

Q 5 0,44 A ? 1 500 s 5 660 C


D LU AC 3 → A  3+ 1 3 C –

O C
3 mol de
e – (3 F)
N X

Ru 1x 1 x ? e – → Ru 3 ? 96 500 C 27 g de A
SI O E

yC 101 g de Ru 6 ? 0,672 ? 60 ? 60 C m A
EN S

660 C 0,345 g de Ru m A ≈ 1,35 g


E U

AgCO 3 → Ag
 + CO3
D E

+ −
660 C · 101 g
y5 5 193 217,40 C
A LD

1mol de
0,345 g e – (1F)

1 ? 96 500 C 108 g
EM IA

Para sabermos o valor de x, temos:


ST ER

6 ? 0,672 ? 60 ? 60 C m Ag
1 mol 96 500 C
m Ag ≈ 16,25 g
SI AT

x 193 217,40 C
m total ≈ 4,77 g 1 1,35 g 1 16,25 g ≈ 22,37 g
M

193 217,40 C
x5 5 2 mol de elétrons
96 500 C 16. a) O arranjo 1 está montado em série e, nesse caso,
a corrente elétrica que percorre as células será a
14. A semirreação que ocorre no cátodo é a redução mesma, ou seja, 60 mA. O arranjo 2 está montado
do zinco, dada por: em paralelo; sendo assim, a corrente elétrica ficará
dividida por três (60 mA 4 3 5 20 mA). Quanto
Zn(aq)
2+
1 2 e –  Zn(s)
0
maior a corrente elétrica, maior a massa deposita-
Massa depositada de acordo com a tabela: da, ou seja, no arranjo 1, a massa depositada será
maior do que no arranjo 2.
m f – m i 5 2,5550g – 2 ,5000g 5 0,055g de Zn.
b) 50%, ou seja, metade de cada eletrodo está
Quantidade de carga do processo: submersa, e um deles sofrerá corrosão, então:
1 e– 1,6 ? 10 –19 C
m Cu (um eletrodo) 5 12,7 g
1 mol de e – x
mCu (um eletrodo) 12,7
= = 6,35g (massa corroída)
X 5 1 mol de e – ? 1,6 ? 10 –19 C 2 2
Assim: Cu (s) → Cu(aq)
2+
1 2 e – (semirreação de oxidação –
Zn(aq)
2+
1 2 e –  Zn(s)
0
corrosão)

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 9 29/05/2019 16:28


X

63,5 g de Cu 2 mol de e – 3 ? 96 500 C 197 g/mol


QUÍMICA 2A

63,5 g de Cu 2 ? 96 500 C 289 500 C x


6,35 g de Cu 0,2 ⋅ 96 500 C x 5 197 g de Au
 
19 300 C
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Q 5 19 300 C; i 5 60 mA 5 0,06 A
química para, em situações-problema, interpre-
Q
Q5i?t⇒t5 tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Material do Professor

i
-tecnológicas.
t5 19 300 A ⋅ s ≈ 321 667 s
0,06 A Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
17. B química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
Eletrólise do ácido sulfúrico (H 2SO 4):
19. B
2 H 2O → 2 H 1 1 2 OH –
Q5i?t
H 2SO 4 → 2 H 1 1 SO2–
4
1 Q 5 10 A ? 965 s 5 9 650 C
2 OH – → 2 e – 1 H 2O 1 O (oxidação; ânodo)
2 2 2 C – → 1 C 2 1 2 e –
2 H 1 1 2 e – → H 2 (redução; cátodo)
22,4 L de C 2 2 ? 96 500 C
t 5 10 min 5 600 s

O
BO O
VC 2 9 650 C

SC
VH2 5 300 mL 5 0,3 L

M IV
VC < 2 5 1,12 L

O S
T 5 300 K
PH2O 5 0,060 atm D LU Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre-
O C
p total 5 0,54 atm tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
N X

-tecnológicas.
SI O E

p total 5 PH2O 1 PH2


0,54 atm 5 0,060 atm 1 PH2 Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
EN S

química para caracterizar materiais, substâncias


E U

PH2 5 0,48 atm


ou transformações químicas.
D E

PH2 ? VH2 5 nH2 ? R ? T


A LD

20. A
0,48 ? 0,3 5 nH2 ? 0,08 ? 300
Ni 21 1 2 e – → Ni 0
EM IA

nH2 5 0,006 mol


ST ER

2 ? 96 500 C 58,7 g
2 H1 1 2 e– → H2
SI AT

2 ? 96 500 C 1 mol Q 1,96 g


M

Q 0,006 mol
Q 5 6 444,30 C
Q 5 1 158 C
Q5i?t
Q5i?t
6 444,30 C 5 i ? 100 s
1 158 C 5 i ? 600 6 444,30 C
i5
100 s
i 5 1,93 A
i 5 64,4430 A

Estudo para o Enem Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


química para, em situações-problema, interpre-
18. D
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Q5i?t -tecnológicas.
Q 5 10 ? (482,5 ? 60)
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
Q 5 289 500 C química para caracterizar materiais, substâncias
Au 31 1 3 e – → Au 0 ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M23a25_MP_P5.indd 10 29/05/2019 16:28


XI

26 RADIOATIVIDADE I – LEIS DA RADIOATIVIDADE E PARTÍCULAS

QUÍMICA 2B
Comentário sobre o módulo 99
42 Mo → –10β + 99
43 Tc
Neste módulo, será abordado o fenômeno da ra-
dioatividade nuclear, bem como o histórico da sua des- 9. C
coberta. Os tópicos tratados neste módulo vão desde
Quando um núcleo emite uma partícula beta (β),

Material do Professor
a definição e o histórico da radioatividade até as leis
forma-se um novo núcleo com o mesmo número de
da radioatividade (1ª e 2ª leis) e a formação das séries
massa e número atômico com uma unidade maior.
radioativas.
60
27 Co → –10β + 60
28 X
Para ir além
Como Becquerel não descobriu a radioatividade.
10. 12 (04 1 08)
Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/ 01. Incorreto. Partículas β correspondem a elé-
viewFile/10061/14903>. trons ( –10e ) que se movem com grande velocidade.

Acesso em: jan. 2019. 02. Incorreto. Partículas α correspondem a nú-


Elemento químico: polônio. Disponível em: cleos de átomos de hélio ( 42 α ).
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_2/09-EQ0910.pdf>.

O
04. Correto. Supondo que um radionuclídeo emita

BO O
Acesso em: jan. 2019.

SC
apenas uma partícula β, seu número de massa

M IV
Elemento químico: rádio. Disponível em: permanece constante, e seu número atômico

O S
D LU
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/12-EQ-4909.pdf>.
Acesso em: jan. 2019.
aumenta uma unidade.
O C
A
Z E→ A´
Z´ E´ 1 1 –10β
N X

O despertar da radioatividade ao alvorecer do século


SI O E

XX. Disponível em: A 5 A’


<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_2/04-HQ10509.pdf>.
EN S

Z 5 Z’ – 1 ⇒ Z’ 5 Z 1 1
E U

Acesso em: jan. 2019


D E

Matéria sobre empresa norte-americana que está 08. Correto. Partículas α, em comparação com
A LD

desenvolvendo um protótipo de motor que utiliza o me- as β, têm menor poder de penetração, visto que
tal radioativo tório como combustível. Disponível em: apresentam massa e carga elétrica maiores, o
EM IA

que favorece a interação com a matéria.


<https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,carro-do-
ST ER

futuro-abastecera-a-cada-100-anos,169854e>.
16. Incorreto. A radiação γ, em comparação com
SI AT

Acesso em: jan. 2019. as partículas β, tem maior poder de penetração


e elevada energia.
M

Exercícios Propostos
7. C 11. B
131
53 R→ β+
0
–1
A
54 Xe Falsa. As partículas X e Y emitidas durante os
decaimentos possuem cargas negativas ( −01β).
Conservação da massa: 131 5 0 1 A ⇒ A 5 131
Conservação da carga: 53 5 –1 1 54
60
27 Co → 60
28 Ni + −1β
0

I. Correto. A partícula beta (β) apresenta carga 131


53 I → 131
54 Xe + −1β
0

–1 e massa 0.
II. Incorreto. Consultando a Tabela Periódica, Falsa. O isótopo 131 do iodo não emite radiação
verifica-se que o elemento R é o gás nobre gama.
xenônio.
Verdadeira. No decaimento radiativo do cobalto,
III. Correto. Conservação da massa: 131 5 0 1 A ⇒
o nuclídeo “pai” e o nuclídeo “filho” apresentam
⇒ A 5 131
o mesmo número de massa, ou seja, 60.
8. A partícula emitida é a beta (β), pois formou-se um
novo núcleo com o mesmo número de massa e 12. a) 43Tc 5 1s22s22p63s23p63d104s24p65s24d5
número atômico com uma unidade maior. b) Com oxigênio: Tc +2O –2 5 TcO

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 11 29/05/2019 16:28


XII

Com cloro: Tc +2C – 5 TcC 2 prótons, foram emitidas quatro partículas betas
( −01β), sendo assim:
QUÍMICA 2B

c) 98
43 Tc → 3 42 α 1 –10β 1 86
38 X 232
90 Th → 6 42 α + 4 −01β + 208
82 Pb
13. B Estudo para o Enem
Quando um núcleo emite uma partícula beta (β),
forma-se um novo núcleo com o mesmo número de 18. C
Material do Professor

massa e número atômico com uma unidade maior. Na emissão de partícula alfa (α), o número de mas-
sa do elemento formado diminui quatro unidades,
137
55 Cs → 137
56 X 1 –10β e o número atômico diminui duas unidades.
14. a) Somente as radiações alfa e beta podem ser 241
Am → 42 α + 93 Np
237
95 
chamadas de partículas, pois são as únicas que Neptúnio−237

apresentam massa e carga elétrica: 42 α e –10β .


Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
b) 32
15 P→ 32
16 S1 β
0
–1
mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
15. E
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
248
96 Cm 1 48
20 Ca → 292
116 Lv 1 4 ba X química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.

O
248 + 48 = 292 + 4a ⇒ a = 1  1

BO O
SC
 n

M IV
96 + 20 = 116 + 4b ⇒ b = 0  0 19. D

O S
A radioatividade é a capacidade que os átomos de
Lv → F 1 abY
D LU
292 288
116 114 determinados elementos químicos têm de emitir,
 espontaneamente, energia sob a forma de partí-
O C
292 = 288 + a ⇒ a = 4 culas ou de radiação eletromagnéticas. Em uma
 42 α
N X

116 = 114 + b ⇒ b = 2 
SI O E

reação nuclear, há decomposição radioativa de nú-


cleos e formação de novos núcleos mais estáveis.
16. 21 (01 1 04 1 16)
EN S

Competência: Apropriar-se de conhecimentos


E U

01. Correto. Decaimento radioativo é um fenôme-


da química para, em situações-problema, inter-
D E

no decorrente da emissão de radiação de núcleos


pretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
A LD

atômicos instáveis.
co-tecnológicas.
02. Incorreto. Quando um núcleo emite uma par-
EM IA

tícula α, ele perde dois prótons. Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


ST ER

química para caracterizar materiais, substâncias


A
X → 42 α 1 A´
Y ou transformações químicas.
SI AT

Z Z´
M

Z’ 5 Z – 2 (perde dois prótons) 20. A


04. Correto. A radiação gama é um tipo de radia- 235
92 U 1 10 n → 133
56 Ba 1 A
Z X 1 3 10 n
ção eletromagnética, ou seja, uma onda.
235 1 1 5 133 1 A 1 3 [ A 5 100
08. Incorreto. O período de semidesintegração é
o tempo necessário para que metade dos átomos 92 5 56 1 Z [ Z 5 36
radioativos existentes em uma certa amostra se
transmutem em átomos estáveis. A5Z1N

16. Correto. A radioatividade é a emissão de par- 100 5 36 1 N [ N 5 64


tículas ou radiação eletromagnética pela instabi-
lidade nuclear atômica. Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre-
17. C tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
A variação de massa entre o 23290Th e o 82 Pb foi de -tecnológicas.
208

24, indicando a emissão de seis partículas alfas


( 42 α) . Com essas emissões, ocorre uma diminui- Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
ção de 12 prótons e o novo elemento formado química para caracterizar materiais, substâncias
passa a ter 78 prótons. Como o chumbo possui 82 ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 12 29/05/2019 16:28


XIII

27 RADIOATIVIDADE II – FENÔMENOS RADIOATIVOS

QUÍMICA 2B
Comentário sobre o módulo 9. D
Neste módulo, serão abordadas as reações de Isótopos apresentam o mesmo número atômico
transmutação artificial, fissão e fusão nuclear, tendo (Z), ou seja, o mesmo número de prótons.
como objetivo mostrar como ocorre cada um dos fe-
nômenos e sua capacidade de geração de energia e, 2
H + 31H → 42He + 10 n

Material do Professor
1
ainda, as desvantagens de cada processo. Destacamos
o funcionamento de uma usina nuclear e a geração de Representam isótopos, na reação de fusão nu-
lixo radioativo. clear apresentada, apenas 21H e 31H .

Para ir além 10. Esta questão refere-se à radioatividade (reação de


A história dos reatores nucleares. Disponível em: desintegração nuclear).
<https://climatologiageografica.com/conheca-a-historia-dos- 232
Th → x 42 α 1 y β 1
0 208
Pb
90 –1 82
reatores-nucleares/>.
Acesso em: jan. 2019. Seguindo as leis da radioatividade, temos que:
Energia nuclear – Como funciona, prós e contras.
232 5 x ? (4) 1 y ? 0 1 208
Disponível em:

O
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/energia- 232 5 4x 1 208

BO O
SC
nuclear-como-funciona-pos-e-contras.htm>.

M IV
Acesso em: jan. 2019. –4x 5 208 2 232

O S
O que é o urânio enriquecido? Disponível em:
D LU
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-o-uranio-
4x 5 24
O C
N X

enriquecido/>. x56
SI O E

Acesso em: jan. 2019.


Onde é guardado o lixo nuclear das usinas brasilei- Para determinar o valor de beta, fazer a substi-
EN S

ras? Disponível em: tuição na fórmula.


E U

<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/onde-e-guardado- 232
Th → 6 42 α 1 y 0
β 1 208
Pb
D E

90 –1 82
o-lixo-nuclear-das-usinas-brasileiras/>.
A LD

Acesso em: jan. 2019. 90 5 6 ? 2 1 y ? (2 1) 1 82


EM IA

Videoaula sobre as diferenças entre fissão e fusão


y 5 12 1 82 2 90
ST ER

nuclear, além dos seus diferentes tipos. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=7rsHbyHeB3A&feature
y54
SI AT

=related>.
M

Acesso em: jan. 2019. Portanto, a equação devidamente balanceada é:


Exercícios Propostos 232
90 Th → 6 42 α 1 4 0
–1 β 1 208
82 Pb
7. D
11. E
235
92 U + 10 n → 90
35 Br + 57 X + 3 0 n
142 1

Esse lixo é prejudicial, pois é composto, entre


142
57 X= 57
La outros, por elementos químicos que emitem
radiação capaz de provocar danos à saúde dos
8. E seres vivos.
Ao emitir uma partícula beta, o número atômico
(número de prótons) aumenta uma unidade, e o 12. 31 (01 1 02 1 04 1 08 1 16)
número de massa permanece inalterado. 01. Correto. Na fusão, a energia liberada ocorre
quando os núcleos se unem em altíssimas tem-
Partículas beta: β
0
–1 peraturas.
90
35 Br → 90
36 Kr + β
0
–1 02. Correto. Basicamente, a fissão é um processo
contrário ao da fusão, ou seja, ocorrem quebras
90
Kr → 90
Rb + β
0
36 37 –1
de núcleos atômicos, gerando átomos menores
90
Rb → 90
Sr + 0
β com liberação de energia.
37 38 –1

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 13 29/05/2019 16:28


XIV

04. Correto. O processo necessita de altas temperaturas para ocorrer.


QUÍMICA 2B

08. Correto. Nas usinas nucleares, a energia liberada pela fissão aquece a
água cujo vapor é injetado em turbinas, gerando energia elétrica.

16. Correto. A energia proveniente do sol é gerada pela fusão nuclear.

13. E
Material do Professor

I. Correto. A quantidade de energia enviada para o espaço a cada segundo


pode ser estimada pela equação de Einstein, E = mc 2, que relaciona energia
(E) com massa (m) e com a velocidade da luz (c).

II. Incorreto. Todas as reações de fusão nuclear representadas são exotérmi-


cas, pois liberam energia.

III. Correto. No conjunto das equações apresentadas, nota-se a presença de três


isótopos (átomos com o mesmo número de prótons) do hidrogênio e dois do hélio.

1H + 1H
1 2
→ 2 He
3
+ energia 

    
Isótopos do hidrogênio Isótopo do hélio

O
BO O
1H + 1H
2 2
→ 2 He
3
+ 0 n + energia 
1

SC

    

M IV
Isótopos do hidrogênio Isótopo do hélio
 1H; 1H; 1H
1 2 3
e 32 He; 42 He
   

O S
H+ H
2 3
→ He
4
 + 01 n + energia 


1
 1 2 3 isótopos do hidrogênio 2 isótopos do hélio

D LU
Isótopos do hidrogênio Isótopo do hélio 

1H + 1H → 2 He + 2 0 n + energia
O C
3 3 4 1
  

N X

Isótopos do hidrogênio Isótopo do hélio


SI O E

14. a) Número de prótons do plutônio (94Pu) 5 94


EN S

94 Pu ) 5 239 2 94 5 145
Número de nêutrons do plutônio ( 239
E U
D E

Número de prótons do cúrio ( 96Cm) 5 96


A LD

Número de nêutrons do cúrio (


242
Cm ) 5 242 2 96 5 146
EM IA

96
ST ER

b) Equação nuclear de obtenção do cúrio-242: 239


94 Pu + 42 α → 242
96 Cm + 10 n
SI AT

Equação da emissão de partículas alfa pelo cúrio-242: 242


96 Cm → 42 α + 238
94 Pu
M

15. B
a) Incorreta. A fusão nuclear ocorre quando dois ou mais núcleos se unem para
produzir um novo elemento.
b) Correta. Na fissão do urânio, são formados dois novos elementos químicos:
o bário e o criptônio.
235
92 U + 10 n → 140
56 Ba + 94
36 Kr + 2 10 n + energia

c) Incorreta. A fissão nuclear é usada para gerar eletricidade em usinas nu-


cleares.

d) Incorreta. Alguns tipos de reações nucleares ocorrem também de forma


espontânea.

e) Incorreta. O bombardeamento do urânio por um nêutron leva à liberação


de dois nêutrons.

16. 242
94 Pu + 22
10 Ne → 260
104 Rf + 4 10 n
Número de elétrons no estado fundamental: 104

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 14 29/05/2019 16:28


XV

17. E química para caracterizar materiais, substâncias


ou transformações químicas.

QUÍMICA 2B
235
92 U+ n→
1
0 Ba + X + 3 n
141
56
A
Z
1
0

235 1 1 5 141 1 A 1 3 ∙ 1 19. D


232
90 Th + 10 n → 233
90 Th → 233
z Pa + –10β
326 5 144 1 A

A 5 92 90 5 z 2 1 → z 5 91

Material do Professor
92 1 0 5 56 1 Z 1 3 ∙ 0
233
91 Pa → 233
z´ E + –10β

92 5 56 1 Z 91 5 z’ 2 1 → z’ 5 92

Z 5 36 233
90 Th + 10 n → 233
90 Th → 233
91 Pa + –10β

Portanto, A
Z X= 92
36 Kr 233
Pa → 92 U +
233 0
β
91  –1
Nuclídeo físsil

Estudo para o Enem


Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
18. C química para, em situações-problema, interpre-
As reações em cadeia são iniciadas por nêutrons. tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
Por exemplo, um núcleo de urânio-235 pode com- -tecnológicas.
binar-se com um nêutron e formar urânio-236,

O
BO O
mas, como esse núcleo é instável, ele se divide Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da

SC
M IV
em partículas de número atômico aproximado química para caracterizar materiais, substâncias

O S
(novos núcleos) e libera mais nêutrons, os quais ou transformações químicas.
podem se combinar com novos átomos de urâ-
nio-236 e, assim sucessivamente, liberando umaD LU 20. C
O C
grande quantidade de energia.
N X

235
92 U + 10 n → 141
56Ba + AZ X + 3 10 n
SI O E

Modelo da fissão nuclear em cadeia


235 1 1 5 141 1 A 1 3
EN S
E U

A 5 92
D E
A LD

92 1 0 5 56 1 Z 1 0
EM IA

Z 5 36
ST ER

Nêutron proveniente da fissão do núcleo Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


SI AT

Núcleo química para, em situações-problema, interpre-


tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
M

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí- -tecnológicas.


mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou planejar intervenções científico-tecnológicas. Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
química para caracterizar materiais, substâncias
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 15 29/05/2019 16:28


XVI

28 RADIOATIVIDADE III – CINÉTICA DE DESINTEGRAÇÃO


QUÍMICA 2B

Comentário sobre o módulo II. Incorreta. As reações nucleares em cadeia refe-


Neste módulo, será abordada a cinética de desinte- rem-se a processos nos quais nêutrons liberados
gração dos elementos radioativos com ênfase no cál- na fissão produzem nova fissão em, no mínimo,
culo do tempo de meia-vida de um isótopo radioativo. um outro núcleo.
Também serão estudados os cálculos para verificar o
Material do Professor

tempo de meia-vida na transformação de um isóto- III. Correta. Os núcleos de 226Ra podem sofrer
po radioativo (pela diferença nas massas inicial e final decaimentos radioativos consecutivos até atin-
desse isótopo). girem a massa de 206 (chumbo), adquirindo es-
tabilidade.
Para ir além 226
88 Ra → 5 42 α + 4 –10β + 206
82 Pb
A química do tempo: carbono-14. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc16/v16_A03.pdf>. 10. 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)
Acesso em: jan. 2019. 01. Correto. Os raios beta (1) são elétrons que se
movem com grande velocidade.
O mito do carbono-14 na Paleontologia. Disponível em:
<https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2018/05/22/ 02. Correto. A radiação gama (2), também chama-
o-problema-nao-e-o-13-e-o-14-o-mito-do-carbono-14- da de raios gama, é uma onda eletromagnética

O
na-paleontologia/>.

BO O
que acompanha a emissão das partículas alfa e

SC
M IV
Acesso em: jan. 2019. beta, e não sofre desvio ao passar por um campo
elétrico.

O S
Exercícios Propostos
D LU 04. Correto. A massa de 100 g de urânio-234 leva
O C
7. B 490 000 anos para se reduzir a 25 g.
N X

t 5 120 anos 5 4 meia-vida de 30 anos 245 000 anos 245 000 anos
SI O E

100 g 50 g 25 g
30 anos 30 anos 30 anos
100% 50% 25% Tempo = 245 000 + 245 000 = 490 000 anos
EN S
E U

30 anos 30 anos
12,5% 6,25% 08. Correto. Os raios alfa (3) são carregados po-
D E

Porcentagem = 6,25% ≈ 6,3% sitivamente, pois são formados pelo núcleo dos
A LD

átomos de hélio (dois prótons e dois nêutrons)


8. D que se movem com grande velocidade.
EM IA

8 dias 8 dias 8 dias 8 dias


16 g 8g 4g 2g
ST ER

16. Correto. O decaimento radioativo do urâ-


8 dias nio-234, através da emissão de uma partícula a
1 g...
SI AT

(alfa), produz átomos de tório-230 (Z = 90).


Esse decaimento equivale ao gráfico seguinte. U → 42 α + X ou U → 42 α + Th
M

234 230 234 230


92 90 92 90

16
11. B
14
12 247
Bk → x 42 α + y –10β + 207
Pb
Massa (gramas)

97 82
10
8 247 5 4x 1 0y 1 207 ⇒ x 5 10 partículas alfa
6
4
97 5 2x 2 1y 1 82
2
0
0 8 16 24 32 97 5 20 2 1y 1 82 ⇒ y 5 5 partículas beta
1g Tempo (dias)
Q i: quantidade inicial

9. E Q f: quantidade final
I. Correta. A massa crítica representa a massa 3 1
Qf 5 Qi – Qi 5 Qi
mínima de um nuclídeo físsil em determinado 4 4
volume necessário para manter uma reação em t1/2 Qi t1/2 Qi
cadeia. Qi 5
2 4

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 16 29/05/2019 16:28


XVII

t 5 2 ? t 1/2 16. Incorreto. Após 60,4 anos, apenas um quarto


55 Cs ainda permanecerá detectá-
dos átomos de 137

QUÍMICA 2B
t 5 2 ? 1 379 5 2 758 anos vel na água proveniente da usina.
30,2 anos 1 30,2 anos 1
12. a) Após 12 minutos de desintegração, a massa res- 1
tante será de 2,5 g de polônio-218: 2 4
3 minutos 3 minutos 3 minutos Tempo 5 2 ? 30,2 anos 5 60,4 anos
40 g 20 g 10 g

Material do Professor
3 minutos 3 minutos 32. Correto. Cada átomo de 137
Cs possui 55 pró-
5g 2,5 g 55
tons e 82 nêutrons.
b) A emissão de uma partícula alfa gera o radioisótopo 137
Cs ⇒ Z 5 p + 5 55
55
Pb que, por sua vez, emite uma partícula beta,
produzindo Bi. N 5 A 2 Z ⇒ N 5 137 2 55 ∴ 82
218
84 Po → 42 α + AZ X ⇒ 218
84 U → 42 α + 214
82 X 15. D
214
82 X = 214
82 Pb 241
95 Am → 42 α + 237
93 Np (neptúnio-237)

218
Pb → –10β + A'
Y⇒ 214
Pb → –10β + 214
Y
82 Z' 82 83
Meia-vida = 432 anos
214
83 Y= 214
83 Bi
Após 1 000 anos, teremos:
13. E

O
1000

BO O
De acordo com o enunciado, a partícula alfa (α) 5 2,31 períodos de meia-vida.

SC
432

M IV
está no detector de fumaça. Assim, temos a se-
432 anos 432 anos

O S
guinte equação: 100% 50% 25%
A
Z X + 42 α → 10 n + 0
–1 β + 241
95 Am D LU 16. Equação nuclear da reação:
O C
A 1 4 5 1 1 241 ⇒ A 5 238 249
Bk + 44
20 Ca → Z X + 3 0 n
A 1
N X

97
SI O E

B 1 2 5 21 1 95 ⇒ B 5 92
249 1 48 5 A 1 3 ? 1 ⇒ A 5 294
Consultando a Tabela Periódica, encontramos 238
U.
EN S

92
97 1 20 5 Z 1 3 ? 0 ⇒ Z 5 117
E U

Cálculo de meia-vida: 249


Bk + 44
20 Ca →
294
Uus + 3 01 n
D E

97 117
A LD

100% — 50% — 25% — 12,5%


Cálculo do tempo de meia-vida:
EM IA

Para alcançar 12,5%, serão necessários três pe-


Massa (mg)

ríodos de meia-vida, portanto:


ST ER

20
1296
= 432 anos
SI AT

3 15
M

10
14. 36 (04 + 32)
01. Incorreto. O decaimento radioativo do césio-137 5
ocorre com a perda de um elétron do núcleo.
0
137
55 Cs → 137
56 Ba + –1β
0
150 300 450 600 750 900 1050 1200
Tempo (dia)

02. Incorreto. As partículas –10B, emitidas no decai-


Com base no gráfico, para metade de 20 g, têm-
55 Cs, possuem carga elétrica
mento radioativo do 137
-se um tempo de meia-vida de 300 dias.
negativa e massa desprezível.
Fórmula química do hidróxido de berquélio II:
55 Cs é isóbaro do 56 Ba, ou
04. Correto. O átomo de 137 137
Bk(OH) 2
seja, apresenta o mesmo número de massa (137).
17. A
08. Incorreto. Os efeitos nocivos decorrentes 320 – 310 = 10 g
da exposição ao césio-137 são consequência da
emissão de partículas –10B, que surgem pelo de- 1 2 3 4 5
320 160 g 80 g 40 g 20 g 10 g
55 Cs, formando 56 Ba.
caimento radioativo do 137 137
1 meia-vida = 5 730 anos
137
Cs → 137
56 Ba + –1β
0
55 5 ? 5 730 = 28 650 anos

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 17 29/05/2019 16:28


XVIII

A equação 146 C → 2 01 n + 126 C mostra o carbono-14 pretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
QUÍMICA 2B

que, ao emitir radiação, perde dois nêutrons.

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


Estudo para o Enem
química para caracterizar materiais, substâncias
18. C ou transformações químicas.
2077 2 1987 5 30 anos
Material do Professor

20. C
Tempo total 5 30 anos passados 1 60 anos no
futuro (2077 2 2017) 5 90 anos Início:
15 emissões beta/min ? g
Tempo total 5 3 ? 30 anos
15 emissões beta/min ——— 1 g
t 1/2 5 30 anos
n emissões beta ——— 30 g
Então:
30 anos 1 30 anos 1 30 anos 1 n emissões beta 5 450 emissões beta/min
1
2 4 8
Final:
Competência: Apropriar-se de conhecimentos
da química para, em situações-problema, inter- 1 hora 5 60 min

O
pretar, avaliar ou planejar intervenções científi-

BO O
1 min 5 60 –1 h

SC
co-tecnológicas.

M IV
O S
6 750 emissões beta/h 5 6 750 emissões beta/60 min
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
D LU
química para caracterizar materiais, substâncias
5 112,5 emissões beta/min
O C
ou transformações químicas. t1/2 t1/2
450 225 112,5
N X
SI O E

19. E t 5 2 ? t 1/2
O tempo de meia-vida é o tempo necessário para
EN S

que um nuclídeo decaia metade da quantidade t 5 2 ? 5 730 5 11 460 anos


E U

inicial. Como o acidente comemora 30 anos, e


Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
D E

a meia- vida do Sr-90 é de, aproximadamente,


A LD

28 anos, então houve apenas 1 decaimento, ou mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
1 ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
seja, metade   .
EM IA

 2
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
ST ER

Competência: Apropriar-se de conhecimentos química para caracterizar materiais, substâncias


SI AT

da química para, em situações-problema, inter- ou transformações químicas.


M

DB_PV_2019_QUI2_M26a28_MP_P5.indd 18 29/05/2019 16:28


I

MATERIAL DO PROFESSOR

Material do Professor
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD

QUÍMICA 3
EM IA
ST ER
SI AT
M
/123RF
O TOH
KHENG H

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 1 29/05/2019 16:57


II

23 REAÇÕES DE ESTERIFICAÇÃO E HIDRÓLISE


QUÍMICA 3A

Comentário sobre o módulo b) Acontece uma reação de esterificação entre


Neste módulo, serão discutidas duas reações espe- o etanol e o composto C.
cíficas: a esterificação e a hidrólise ácida. As reações
O O
serão abordadas em sistema fechado, ou seja, com H+ O
+ +
a formação de um equilíbrio entre as duas reações. OH HO O H H
Material do Professor

Para a reação de esterificação, será estudada, de forma


Composto orgânico: etanoato de etila
sucinta, a reação do glicerol com ácido graxo para a
formação de triglicerídeos.
11. D
O
Para ir além O
H+
Confirmando a esterificação de Fischer por meio + + HO
2
OH HO O
dos aromas. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a11.pdf>.
12. a) O grupo funcional que une os anéis aromáticos ao
Acesso em: jan. 2019. anel não aromático é o grupo carboxílico (–COO–),
Exercícios Propostos que define a função éster.

7. Aroma de pera (acetato de etila): CH3COOC2H5

O
BO O
Fenol OH Ácido tânico (tanino)
Reagentes: CH3COOH (ácido acético) e CH3CH2OH

SC
M IV
HO
(álcool etílico) Éster Fenol

O S
Formação do acetato de etila (CH 3COOC 2H 5) pela O Éster OH
D LU
HO
reação de esterificação: Fenol O O
Fenol
O C
O O HO OH
O OH
N X

H3C C + HO CH2 CH3 HOH + H3C C O O


O
SI O E

OH O CH2 CH3 HO
O OH OH
HO OH O
8. E
EN S

Grupo carboxilato OH
E U

I. Correto. Um dos produtos da reação terá uma (éster)

ligação éster.
D E
A LD

O O
O grupo funcional que confere característica áci-
H3C CH2 + C CH2 CH3 H3C CH2 C + H2O
O CH2 CH3
da a esse composto é a hidroxila ligada ao anel
EM IA

OH HO
Etanol Ácido propanoico Propanoato de etila (éster) aromático, que define a função fenol.
ST ER

II. Correto. Na reação, haverá formação de água.


SI AT

III. Correto. O produto maior terá cinco carbonos. OH Fenol


M

IV. Correto. A reação formará propanoato de etila.

9. D
A reação ocorre entre o ácido butanoico e o álcool
etílico, conforme reação a seguir.
O b)
H3C CH2 CH2 C + HO CH2 CH3 O
H3C CH CH CH CH CH CH CH2 CH2 CH2 C + HO CH
OH 3
CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 OH
O
H 3C CH2 CH2 C + H2O
O CH2 CH3 H2O
+ O
H3C CH CH CH CH CH CH CH2 CH2 CH2 C CH3
10. a) Composto A: 2-feniletanol CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 O

Isômero de função aldeído/cetona


O 13. B
Os reagentes necessários para a produção do és-
ter etanoato de etila são, respectivamente, ácido
etanoico e álcool etílico (etanol).

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 2 29/05/2019 16:57


III

14. a) O éster com odor de banana é formado pela rea- b) Incorreto. Nenhum dos dois herbicidas apre-
ção de um ácido carboxílico com álcool isoamílico. senta carbono quiral.

QUÍMICA 3A
O c) Incorreto. A função amida também está pre-
sente no acetocloro.
CH3 C O CH2 CH2 CH CH3
Acetocloro

O CH3

Material do Professor
CH3
C, O
O éster com odor de abacaxi é formado pela rea- N CH3

ção do ácido butírico com etanol. CH3CH2 CH3

CH3 CH2 CH2 C O CH2 CH3


d) Incorreto. O oxigênio presente no clorantranili-
b) A reação de hidrólise é: prole caracteriza a função orgânica cetona.
O
Clorantraniliprole
H2SO4
CH3 C O CH2 CH2 CH CH3 + H2O Br
C,
N

O
CH3 N Cetona

BO O
SC
O

M IV
N
H

O S
H2SO4 O N O
CH3 C OH + HO CH2 CH2 CH CH3
Odor de vinagre
(ácido acético) D LU CH3
H 3C
N
CH3
O C
H
N X

15. E
SI O E

C,
a) Incorreto. Todos os herbicidas apresentam anel
aromático.
EN S

e) Correto. O acifluorfema possui um grupo car-


E U

Clorantraniliprole boxílico que pode sofrer reação de esterificação,


D E

C,
Br formando um éster.
A LD

N Acifluorfema
EM IA

O
N
ST ER

H Ácido carboxílico
C OH
O N O
SI AT

H 3C CH3
N F3C O NO2
M

H
C,
C,

Acetocloro 16. O miristato de isopropila pertence à função éster.

O CH3
O
C, O C
N CH3
O C
CH3CH2 CH3

Fórmula estrutural do ácido mirístico:


Acifluorfema O

O OH
C OH
Fórmula estrutural do álcool isopropílico:
F3C O NO2

HO
C,

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 3 29/05/2019 16:57


IV

A reação de formação do miristato de isopropila é: por meio do ácido hexanoico (ácido em maior
quantidade) e do etanol.
QUÍMICA 3A

O
O O
OH + HO  + HOH
H11C5 C + H 2C CH3 H11C5 C
Ácido mirístico Álcool
isopropílico OH OH O CH2 CH3
Ácido hexanoico

O
Material do Professor

Competência: Entender métodos e procedimen-


O + H2O
tos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
Miristato de isopropila
diferentes contextos.
17. B
Habilidade: Relacionar informações apresentadas
A esterificação ocorre quando um ácido carbo- em diferentes formas de linguagem e representação
xílico reage com um álcool produzindo éster e usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas,
água, sendo que a reação inversa é denominada como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações
reação de hidrólise. matemáticas ou linguagem simbólica.
Ácido carboxílico Éster

O O 20. B
Álcool CH3
H+ O
OH + H
O
CH3 + H2O Os compostos orgânicos que podem reagir para
OH
OH produzir o seguinte éster por meio de uma rea-

O
ção de esterificação são, respectivamente, ácido

BO O
SC
Estudo para o Enem butanoico e etanol.

M IV
O S
O
18. C
O D LU H3C
CH2
CH2
C
OH
+
HO
CH2
CH3
O C
Ácido butanoico Etanol
N X


SI O E

O
Ácido etanoico Álcool octanol
O
EN S

CH2 C CH2
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
E U

H3C CH2 O CH3


mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
D E

ou planejar intervenções científico-tecnológicas.


A LD

Competência: Apropriar-se de conhecimentos da


Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para, em situações-problema, interpretar,
EM IA

química para caracterizar materiais, substâncias ou avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-


ST ER

transformações químicas. lógicas.


SI AT

19. E
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
M

De acordo com a figura fornecida no enunciado, a química para caracterizar materiais, substâncias
maior “fatia” corresponde ao éster C8H16O2 obtido ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 4 29/05/2019 16:57


V

24 REAÇÕES DE SAPONIFICAÇÃO E TRANSESTERIFICAÇÃO

QUÍMICA 3A
Comentário sobre o módulo 02. Incorreta. O sabão é um sal de ácido graxo
Neste módulo, serão discutidas as reações de de cadeia carbônica longa, derivado de um ácido
transesterificação e saponificação. Serão abordadas graxo proveniente de óleos ou gorduras.
a síntese do biodiesel através da transesterificação e
a formação de sabões pela reação de saponificação, 04. Incorreta. O subproduto da reação de sa-

Material do Professor
bem como as propriedades do sabão. ponificação de triésteres é a glicerina, que, se
mantida no sabão, tem ação umectante na pele.
Para ir além O
A reação de transesterificação, algumas aplicações R C O CH2
e obtenção do biodiesel. Disponível em: O
<http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarConceito. R C O CH + 3 HOH
php?idConceito566&semFrame51>. O
Acesso em: jan. 2019.
R C O CH2
Triéster
Biodiesel: uma alternativa de combustível limpo. (triglicerídeo)
Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_1/11-EEQ-3707.pdf>. HO CH2

O
BO O
Acesso em: jan. 2019. O

SC
M IV
HO CH + 3R C

O S
Transesterificação de óleos vegetais. Disponível em: OH

D LU
<http://biq.iqm.unicamp.br/arquivos/teses/ HO CH2
O C
vtls000386845.pdf>. Glicerina
N X

Acesso em: jan. 2019.


SI O E

08. Correta. A membrana plasmática celular é


Exercícios Propostos similar ao sabão em solução aquosa, pois am-
EN S

7. B bos têm uma região hidrofílica, que possui boa


E U

interação com a água, e uma região hidrofóbica,


O fatberg, resultado do descarte inadequado de
D E

que possui boa interação com óleos e gorduras.


gorduras e óleo usados em frituras, poderia ser
A LD

reaproveitado na produção de biodiesel, por tran-


16. Correta. A formação de micelas de detergen-
sesterificação em meio básico.
EM IA

tes dissolvidos em água, com gotículas de óleos


ST ER

ou gorduras, é chamada emulsificação.


O
SI AT

H2C O C R1 R2 OH H2C OH
11. C
O O
Ao anal isarmos a cadeia do estearato de sódio
M

OH−
HC O C R1 + R2 OH 3 R2 O C R1 + HC OH – C 17H 35COONa –, podemos perceber que a parte
O “Biodiesel”
R2 OH do hidrocarboneto pertence a um alcano (CnH2n+2),
H2C O C R1 H2C OH
Gordura Álcool Glicerina
ou seja, C 17H 36, em que um hidrogênio foi substi-
tuído pelo grupo carboxilato (COO –). Logo, o es-
tearato de sódio – C 17H 35COONa – é derivado de
8. 1 trig licerídeo 1 3 álcoois  1 glicerina 1 um ácido graxo de cadeia saturada.
1 3 biodieseis
12. 23 (01 1 02 1 04 1 16)
9. C 01. Correto. O reagente B representa o etanol se
Sabões e detergentes são formados por molé- R’’ for (}CH2}CH3), ou seja, uma cadeia constituí-
culas que possuem uma cadeia carbônica longa da de dois carbonos unidos por uma ligação sigma.
apolar com um grupo carboxílico, que é polar, e,
portanto, solúvel em água. 02. Correto. A reação química esquematizada
pode ser chamada de transesterificação (éster
10. 24 (08 1 16) 1 álcool → éster 1 álcool).
01. Incorreta. A constituição química da membra-
na plasmática é lipoproteica, isto é, é formada 04. Correto. Se o reagente A for o palmitato de
por uma bicamada lipídica onde se deslocam metila e o reagente B for o etanol, o produto C
proteínas. será chamado palmitato de etila.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 5 29/05/2019 16:57


VI

O cat O Sabões ou detergentes que possuem cadeia


C15H31 C + HO CH2 CH3 C15H31 C sem ramificação são considerados biodegra-
QUÍMICA 3A

+ HO CH3
O CH3 O CH2 CH3
(A) (B) (C) (D) dáveis, pois são facilmente decompostos por
Palmitato de metila Etanol Palmitato de etila Metanol
micro-organismos.
O
08. Incorreto. Em condições ambientes, a dife-
rença física entre óleos (geralmente líquidos) e O−
gorduras (geralmente sólidas) está justificada
Material do Professor

pela quantidade de insaturações presentes em 16. a) Solubilidade do KOH em etanol a 25 ºC 5 40 g


suas estruturas. Assim, quanto maior o número em 100 mL
de saturações na cadeia, maior a tendência de a Adicionou-se 1,5 g de KOH a 35 mL de etanol,
espécie ser uma gordura. agitando-se continuamente a mistura.

16. Correto. Se o reagente B for substituído por 100 mL (etanol) –––––––––––––––– 40 g de KOH
NaOH, o produto C será um sabão, pois ocorrerá
uma reação de saponificação. 35 mL (etanol) –––––––––––––––– m KOH

O O mKOH 5 14 g (valor máximo que pode ser dissolvido)


cat
C15H31 C + NaOH C15H31 C + HO CH3
O CH3 ONa
(A) (B) (C) (D)
Foi colocado 1,5 g, portanto toda a quantidade

O
de KOH empregada no procedimento descrito

BO O
Palmitato de metila Hidróxido de sódio Palmitato de sódio Metanol

SC
Sabão dissolveu-se.

M IV
O S
13. A b)
A reação de saponificação é a reação de ácidos
graxos com bases fortes, como hidróxido de só-
D LU O
O C
H2C O C C17H31 H 2C OH
O
N X

dio ou hidróxido de potássio, para a fabricação O


HC O C C17H31 + 3 C2H5OH HC OH + 3 C C17H31
SI O E

de sabões. O H5C2 O
H2C O C C17H31 H2C OH Biodiesel
EN S

O O Glicerol
E U

3 R C + 3 NaOH 3 R C
D E

c) Utilizando-se excesso de solução de KOH em


A LD

OH ONa
água, vem:
Ácido graxo Sabão
EM IA

O
ST ER

14. a) O catalisador possui a função de acelerar a reação H 2C O C C17H31 H2C OH


O O
de transesterificação sem interferir na quantidade
SI AT

HC O C C17H31 + 3 KOH HC OH + 3 C C17H31


de produtos formados. O
K+O−
b) Diminui a quantidade de óleos descartados no
M

H 2C O C C17H31 H2C OH Sal orgânico

meio ambiente e reduz a quantidade de poluentes Glicerol

gasosos lançados na atmosfera.


17. A
c) H3C O
O O
H +

R’OH + R’’OH + H2C


R’’O R R’O R O−Na+
Novo Novo
Álcool Éster
álcool éster O propanoato de sódio, em solução, apresenta
caráter anfifílico, pois possui uma região nega-
d) A glicerina pode ser utilizada como umectante tivamente carregada, fortemente polar, e outra
em sabões e hidratantes corporais, pois ela é um de caráter alifático (hidrocarboneto), mais apolar.
triálcool que possui em sua estrutura grupos –OH
que podem formar ligações de hidrogênio com a Estudo para o Enem
água, retendo-a.
18. B
15. A Um exemplo de u ma molécula de sabão é o do-
A diferença de sabões/detergentes biodegra- decanoato de sódio, cuja estrutura química está
dáveis está nas estruturas químicas da cadeia. mostrada a seguir.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 6 29/05/2019 16:57


VII

Caráter apolar Caráter polar

QUÍMICA 3A
O−Na+ Nível
da água
O

Material do Professor
O sabão possui em sua molécula uma cadeia or- Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
gânica apolar e uma extremidade polar. A cadeia química para, em situações-problema, interpre-
apolar mistura-se com a sujeira (gordura), já a
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
parte polar da cadeia interage com a água.
-tecnológicas.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
química para, em situações-problema, interpre-
química para caracterizar materiais, substâncias
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
ou transformações químicas.
-tecnológicas.
20. E
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
química para caracterizar materiais, substâncias A ausência de água no meio reacional faz-se ne-
ou transformações químicas. cessária para evitar a hidrólise dos ésteres no

O
meio reacional e a formação de sabão, ou seja,

BO O
SC
19. C para que não ocorra saponificação.

M IV
Como a água é polar, ela interage fortemente com

O S
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da

o grupo polar do tensoativo,


O


D LU , represen-
química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
O C
C
N X

O -tecnológicas.
SI O E

tado por . Como a outra parte do tensoativo é Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
hidrofóbica, o arranjo é mais bem representado
EN S

química para caracterizar materiais, substâncias


E U

esquematicamente por: ou transformações químicas.


D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 7 29/05/2019 16:57


VIII

25 POLÍMEROS DE ADIÇÃO
QUÍMICA 3A

Comentário sobre o módulo 04. Incorreto. A molécula I não apresenta isomeria


Neste módulo, serão apresentados a formação dos geométrica, pois existem dois ligantes (H) iguais
polímeros pela adição de monômeros e alguns exem- ligados a um dos carbonos da dupla-ligação.
plos referentes a eles. Um tópico importante a ser
08. Correto. A molécula I é o monômero do
Material do Professor

abordado é a diferenciação entre a borracha natural e


a vulcanizada. PMMA, ou seja, sofre adição.

16. Correto. A nomenclatura IUPAC de I é


Para ir além
2-metilprop-2-enoato de metila.
Borracha sintética cola-se automaticamente depois
de rasgada. Disponível em:
Metil
<www.inovacaotecnologica.com.br/noticias>.
H CH3
Acesso em: mar. 2019. 3 2
C C
CAETANO, M. A descoberta da vulcanização. Dis-
1
ponível em:
H C O CH3
<https://www.ctborracha.com/borracha-sintese-historica/

O
vulcanizacao/>.

BO O
O

SC
Acesso em: mar. 2019.

M IV
O S
2-metilprop-2-enoato de metila
CARVALHO, G. C. A.; LICCO, E. A. Valorização de

mercializado. Disponível em:


D LU
resíduos: produção de galalite a partir de leite não co-
32. Correto. O catalisador (diminui a energia de
O C
ativação), a pressão e o aquecimento são fatores
N X

<http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/ que influenciam a velocidade da reação de for-


SI O E

wp-content/uploads/2017/11/2-245_ARTIGO_ORIGINAL_ mação do PMMA.


FINAL.pdf>.
EN S

Acesso em: mar. 2019.


E U

64. Incorreto. O PMMA apresenta o radical metil


Exercícios Propostos ligado a um átomo de carbono saturado.
D E
A LD

7. A
EM IA

Polímeros são macromoléculas formadas por H CH3


meio de unidade s estruturais menores (os mo-
ST ER

nômeros). Os polímeros sintéticos são aqueles C C


SI AT

produzidos por meio de procedimentos indus-


triais, de maneira artificial, ou seja, são sinteti-
M

H C O
zados pelo homem.
O CH3
8. 56 (08 + 16 + 32) n
01. Incorreto. O PMMA é um polímero de adição
(verifica-se a presença de insaturação no monô- 9. E
mero).
I. Incorreta. A molécula de isopreno apresenta 4
carbonos sp 2 e 1 carbono sp 3.
02. Incorreto. A molécula I apresenta a função
orgânica éster.
sp3

H CH3

sp2 sp2
C C

sp2 sp2
H C O CH3
Isopreno
Éster
O
II. Correta. Apresentam ligantes iguais, posicio-

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 8 29/05/2019 16:57


IX

nadas no mesmo lado do plano, configuração Z. x H2C CH + y H2C CH CH CH2

QUÍMICA 3A
III. Incorreta. Todos os hidrocarbonetos são apo- C
HC CH
lares, portanto não apresentam ligações de hi-
drogênio entre suas cadeias. HC CH
CH

IV. Incorret a. A nomenclatura oficial será: Etenil-benzeno

Material do Professor
ou estireno
metilbut-1,3-dieno ou 2-metilbut-1,3-dieno.

10. a) Eteno: P, T

P, T
n H2C CH2 CH2 CH2
CH2 CH CH2 CH CH CH2
Eteno n
y
Polietileno – PE C
HC CH

b) 2-propeno-nitrila: HC CH
CH
x

Buna-S ou borracha GRS ou borracha SBR

O
P, T

BO O
n H2C CH CH2 CH

SC
M IV
CN 11. B

O S
CN n
O PVC é um polímero de adição, e a molécula
2-propeno-nitrila
D LU
Poliacrilonitrila
indicada é trans.
O C
N X

c) 2-metil-propenoato de metila:
C H
SI O E

n C C
EN S

CH3 CH3
P, T
E U

H C
n H2C C CH2 C
D E

Cloreto de vinila
COOCH3 COOCH3
A LD

n
2-metil-propenoato 12. a) Fórmulas estruturais:
Polimetacrilato de metila
EM IA

de metila
H2C C CH CH2
ST ER

H 2C CH CH CH2
d) Etenil-benzeno (vinil-benzeno): Buta-1,3-dieno C
SI AT

2-cloro-buta-1,3-dieno
P, T (cloropreno)
M

HC CH2 H 2C
CH CH
CH CH CH2 H2C C CH CH2
2

n C Buta-1,3-dieno C
C
HC CH HC CH 2-cloro-buta-1,3-dieno
(cloropreno)
HC CH HC CH
CH CH
n
Etenil-benzeno Poliestireno – PS
b)
ou estireno
n H 2C C CH CH2 CH2 C CH CH2

C C n
P, T 2-cloro-buta-1,3-dieno Poli 2-cloro-but-2-eno
HC CH2 CH CH2 (cloropreno) (neopreno)
n C C
HC CH HC CH
n H2C C CH CH2 CH2 C CH CH2
HC CH HC CH C C n
CH CH
n 2-cloro-buta-1,3-dieno Poli 2-cloro-but-2-eno
Etenil-benzeno Poliestireno – PS (cloropreno) (neopreno)
ou estireno

e) 1,3-butadieno com etenil-benzeno (vinil- Tipo de isomeria espacial presente no neopreno:


-benzeno): cis-trans.

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 9 29/05/2019 16:57


X

13. B 15. A
QUÍMICA 3A

a) Incorreta. Polietileno, poliestireno e policloreto Filme de PVC (II):


de vinila são e xemplos de polímeros artificiais.

C H
P, T
n H 2C CH2 CH2 CH2
C C
n
Material do Professor

Eteno Polieteno ou polietileno


H H
PE
n

Teflon (I):
HC CH2 CH CH2

F F
C C
HC CH HC CH
n P, T C C
HC CH HC CH
CH CH F F
n n
Fenil-eteno ou estireno Poliestireno
PS 16. 06 (02 + 04)

O
01. Incorreta. Nas reações de formação de polí-

BO O
SC
meros de adição, como o PVC, não há geração

M IV
P, T
n HC CH2 CH CH2 de subprodutos, pois o reagente é incorporado

O S
ao polímero.
C C D LU n
O C
Cloro-eteno Policloreto de vinila 02. Correta. Um polímero de adição fabricado
N X

ou cloreto de vinila PVC por mais de um monômero recebe o nome de


SI O E

copolímero.
b) Correta. O monômero utilizado na formação de
EN S

um polímero sintético de adição precisa ter pelo 04. Correta. O processo de vulcanização diminui
E U

menos uma dupla-ligação entre carbonos. o número de duplas-ligações na borracha natural,


D E

gerando ligações cruzadas entre diferentes ca-


A LD

deias do polímero através de pontes de enxofre.


R R
EM IA

R R Estrutura da borracha natural: um polímero


P, T de isopreno (C5H8)
ST ER

n C C C C
SI AT

R R R R n
M

CH3 H CH3 H CH3 H

C C C C C C
c) Incorreta. As proteínas possuem como monô- CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2
meros os aminoácidos e são exemplos de polí-
n
meros naturais.
Enxofre
d) Incorreta. A deterioração de polímeros artifi- Calor
ciais demora muito tempo, em alguns casos, até
séculos. CH3 H CH3 H CH3 H

C C C C C C
14. a) Equação de combustão da glicerina: 1 C3H8O3() + CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2
+ 7 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O() S S
2
S S
CH3 H CH3 H

b) H H C C C C C C
H H
cat CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2
C C C C CH3 H
P, T
H H
H H Estrutura da borracha vulcanizada
n

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 10 29/05/2019 16:57


XI

17. C 19. E

QUÍMICA 3A
O poliestireno (PS) é um polímero sintético de Polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno
adição, que é formado pela a dição sucessiva de tereftalato (PET), polipro pileno (PP) e policloreto
monômeros do estireno, também chamado de vi- de vinila (PVC) são polímeros sintéticos (fabrica-
nilbenzeno. dos artificialmente).

CH2 Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-

Material do Professor
HC mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
Estudo para o Enem
20. D
18. A
Polipropileno (PP) ou propileno é um polímero,
A vulcanização da borracha é a adição de enxofre mais precisamente um termoplá stico, derivado
sob aquecimento e na presença de catalisadores. de propeno ou propileno (plástico) reciclável.
Durante esse processo, os átomos de enxofre
quebram as duplas-ligações e formam ligações

O
n CH2 CH CH2 CH

BO O
unindo as moléculas da borracha, que são os poli-

SC
M IV
-isoprenos. CH3 CH3 n

O S
D LU
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpretar,
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpretar,
O C
avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-
N X

avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-


SI O E

lógicas. lógicas.

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


EN S
E U

química para caracterizar materiais, substâncias química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas. ou transformações químicas.
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M23a25_MP_AGRUPADO.indd 11 29/05/2019 16:57


XII

26 POLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO
QUÍMICA 3B

Comentário sobre o módulo 9. D


Neste módulo, serão discutidos a formação de polí- a) Incorreto. A reação é de condensação e ocorre
meros por condensação e alguns exemplos desses po- entre um ácido carboxílico e uma amina primária.
límeros com suas respectivas aplicações. Os principais
polímeros de condensação apresentados neste módulo b) Incorreto. A reação é de condensação, e os
Material do Professor

são referentes às funções orgânicas: poliamidas, polife- grupos funcionais ligados ao anel benzênico ocu-
nois, poliéster, policarbonatos e silicones. Na formação pam a posição para.
das poliamidas, prezamos por uma atenção especial à
formação das ligações peptídicas. Por fim, apresenta- c) Incorreto. A reação é de condensação, e o po-
mos a relação entre polímeros e calor, classificando-os límero resultante é caracterizado pela formação
em polímeros termoplásticos e termofixos. de uma poliamida aromática.

Para ir além d) Correto. A reação é de condensação, e o po-


límero resultante é caracterizado por uma polia-
Biodegradação: uma alternativa para minimizar os
mida aromática.
impactos decorrentes dos resíduos plásticos. Dispo-
nível em:
e) Incorreto. A reação é de condensação, forman-
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc22/a03.pdf>. do um polímero, e um dos reagentes é o ácido

O
Acesso em: jan. 2019. tereftálico.

BO O
SC
M IV
Polímeros sintéticos. Disponível em: 10. 13 (01 1 04 1 08)

O S
<http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/02/polimer. 01. Correto. A reação de despolimerização do PET
D LU
pdf>. pode ser caracterizada como uma hidrólise (HOH)
O C
Acesso em: jan. 2019. básica de éster.
N X
SI O E

02. Incorreto. O PET é obtido por meio de uma


Exercícios Propostos
polimerização de condensação.
7. A
EN S

I. Correta. O polietileno é formado pela polimeri-


E U

04. Correto. O PET pode ser obtido pela reação


zação aditiva de moléculas de eteno. de esterificação do ácido tereftálico com etileno
D E

glicol em meio ácido.


A LD

n CH 25CH 2 → (2CH 22CH 22) n


EM IA

O O
II. Incorreta. O etilenoglicol participa da forma-
ST ER

O C C O CH2CH2 + H 2O
ção de um polímero de condensação, como a n
produção do PET.
SI AT

PET

Ácido Base
M

III. Incorreta. O etilenoglicol apresenta dois car-


bonos primários.
O O
HO C C OH + HOCH2CH2OH
IV. Incorreta. A reação para a produção do polí-
mero poli(tereftalato de etileno) se dá entre o Ácido tereftálico Etileno glicol
etilenoglicol e o ácido tereftálico.
08. Correto. O ácido tereftálico pode ser repolimeri-
8. A zado, sendo que a reação do TPA com p-diaminoben-
zeno origina um polímero da classe das poliamidas.
A poliamida (polímero pertencente à classe fun-
cional amida) é obtida por meio da condensação
O CH CH O CH CH
do ácido adípico (ácido carboxílico) com a hexa- n C C C C + n H2N C C NH2
metilenodiamina (amina). HO CH CH OH CH CH
Amida

O H
O CH CH O
C N ... C C C C CH CH
...
C N CH CH N C C NH
H CH CH
O H n
n
+
2n H2O
Náilon 66

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 12 29/05/2019 16:56


XIII

11. B III. Incorreta. O Kevlar é uma substância covalente


de alta massa molecular.

QUÍMICA 3B
A baquelite ou baquelita é a resina (polímero)
utilizada para a fabricação de cabos para panelas.
Ela é obtida pela condensação do fenol com o IV. Correta. A fórmula molecular da substância
metanal. Simplificadamente: 1,4-fenileno-diamina é C 6H 8N 2.

OH OH OH OH CH NH2

Material do Professor
H H H H CH2 HC C
O
+ +
H H H2O
CH
C
H H H 2N CH

12. a) V. Correta. As interações intermoleculares que


mantêm as cadeias do Kevlar unidas, forman-
O CH3 O CH3 O CH3 O do redes poliméricas, são do tipo ligações de
O C O C OCO C OCO C OCO hidrogênio (pontes de hidrogênio).
CH3 CH3 CH3

H
Estrutura da molécula do bisfenol-A, que possui O CH CH N
H CH CH
duas hidroxilas ligadas a dois núcleos benzênicos: C C C C

O
O CH CH N C C N

BO O
CH CH O

SC
C C C C H

M IV
CH3 CH CH
CH CH CH CH H
CH CH O

O S
HO C C C C C OH O CH CH N

CH CH CH3 D LU CH CH
O CH CH
H
N C
CH CH
C N
C C
CH CH
C C
O
O C
Bisfenol A C C C C CH CH H
N X

CH CH O
SI O E

b)
14. 28 (04 1 08 1 16)
EN S

O O O
CH3 CH3 CH3
E U

O C O C O C O C O C O C 01. Incorreta. O náilon-66 é uma poliamida.


CH3 CH3 CH3
D E

02. Incorreta. O náilon apresenta em sua estrutu-


A LD

O termo policarbonato é derivado da seguinte ra grupos hidrofílicos, ou seja, possuem afinidade


2–
estrutura CO 3 :
EM IA

por água por meio das ligações de hidrogênio.


ST ER

O H
O
SI AT

...
C N ...
O C O C N
M

O H n

Enquanto o poliestireno é não polar, sendo assim


13. C hidrofóbico.
I. Correta. A hibridização de todos os carbonos
nas estruturas dos reagentes é do tipo sp2.

OH
sp2
sp 2
sp2
CH C H
sp2 CH NH2 sp2

HC C sp2 HC C O
sp2 C C
sp 2
sp 2
O C CH
C CH sp2 H H
sp2
H2N CH C sp2 CH n
sp2
sp2

OH 04. Correta.

II. Incorreta. A reação de obtenção do poliparafeni- 08. Correta.


leno de tereftalamida é classificada de conden-
sação, pois ocorre a saída de água no processo. 16. Correta.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 13 29/05/2019 16:56


XIV

15. D etanol (solvente polar), este é o que apresenta


menor grau de polimerização.
QUÍMICA 3B

O carbono 1 de uma molécula de β-glicose pode


se ligar, indiretamente, ao carbono 4 de outra,
por um átomo de oxigênio, em razão da saída de 17. A
uma molécula de água.
O CH CH O
C C C C
CH2OH
Material do Professor

C O OH n HO CH2 CH2 OH + n HO CH CH OH
4 H
HC OH H CH
CH2OH 1
CH C 2n H2O
C O OH HO
4 OH
HC OH H H CH β-glicose
1
O CH CH O
CH C
HO C C C C
OH
β-glicose Perda de uma O CH2 CH2 O CH CH
H2O
molécula de água
n
+ CH2OH
C O OH Estudo para o Enem
4
HC OH H H CH
CH2OH 1 18. D

O
CH C

BO O
C O O Os polímeros de condensação são macromoléculas

SC
M IV
OH
4
HC OH H H CH
formadas por meio de reações de polimerização

O S
1
em que dois monômeros (iguais ou diferentes)
CH C
HO
OH D LU unem-se, eliminando uma molécula pequena, que
não fará parte do polímero. A função amida é a
O C
união de um ácido carboxílico com a amina, eli-
N X

Esse processo pode continuar inúmeras vezes,


minando uma molécula de água.
SI O E

originando uma macromolécula conhecida como


polímero, por exemplo, a celulose.
O náilon é um polímero que apresenta a função amida.
EN S
E U

CH2OH
C O OH O O
D E

4
HC OH H H CH
CH2OH 1
A LD

CH C
C O OHO
OH
C (CH2)4 C N (CH2)6 HN
4
HC OH H H CH n
CH2OH 1
CH C
H
EM IA

C O OHO
4 OH
HC OH H H CH
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
ST ER

1
CH2OH CH C
O
C O OH
química para, em situações-problema, interpre-
OH
4
HC OH H H CH
SI AT

CH2OH 1

C O O
CH C
OH
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
4
HC OH H H CH
-tecnológicas.
M

1
CH C
HO
OH

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


Analogamente, obtém-se o amido. química para caracterizar materiais, substâncias
ou transformações químicas.
16. a) A polimerização ocorre quando os grupos —OH
do glicerol se unem, formando água. Uma possibi- 19. D
lidade de segmento do polímero ramificado envol- Notação: náilon x, y
vendo quatro moléculas de glicerol é:
Em que:
HO OH
x: n úmero de átomos de carbono na cadeia do
OH O OH
diácido carboxílico.
... O O O O ...
y: número de átomos de carbono na cadeia da
b) A polimerização transforma a função álcool na diamina.
função éter, o que diminui a polaridade do com-
posto obtido, ou seja, quanto maior o grau de Butanodioico: quatro átomos de carbono
polimerização, menor a polaridade do polímero
obtido. Como o polímero 1 é o mais solúvel em 1,2-diamino-etano: dois átomos de carbono

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 14 29/05/2019 16:56


XV

Conclusão
CH3 CH3 O CH3

QUÍMICA 3B
OH O OH
Náilon 4,2. polimerização
HO HO O
n
O O CH3 O
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpre- Éster

tar, avaliar ou planejar intervenções científico-

Material do Professor
-tecnológicas.
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da química para, em situações-problema, interpre-
química para caracterizar materiais, substâncias tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
ou transformações químicas. -tecnológicas.

20. A Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


Verifica-se a formação da função éster no elo de re- química para caracterizar materiais, substâncias
petição do polímero, ou seja, tem-se um poliéster. ou transformações químicas.

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 15 29/05/2019 16:56


XVI

27 BIOMOLÉCULAS I – LIPÍDIOS
QUÍMICA 3B

Comentário sobre o módulo 9. A


Neste módulo, será abordado o tema de lipídios A reação de hidrólise completa será:
com foco nos lipídios simples, destinando uma atenção O
especial aos glicerídios. O módulo tem por objetivo O HO C R1
Material do Professor

mostrar a formação principalmente dos óleos e das gor- O H2C O C R1 H2C OH O


duras, bem como suas propriedades e diferenciações, R2 C O CH O + 3 H2O HC OH + HO C R2
O
além de apresentar a conversão de óleos em gorduras H2C O C R3 H2C OH
HO C R3
pelo processo de hidrogenação. Apresentaremos, tam-
Triacilglicerol Glicerol Ácidos graxos
bém, a formação dos cerídeos e suas propriedades,
mas sem grandes aprofundamentos.
a) Correto. A molécula de AGL possui uma instau-
Para ir além ração no C6, que não será afetada pela hidrólise.
Interpretação de rótulos de alimentos no ensino de
b) Incorreto. Irá formar três moléculas de AGL:
química. Disponível em:
saturada com cinco carbonos, saturada com 7
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_1/07-RSA-1007.pdf>.
carbonos e insaturada com 11.
Acesso em: jan. 2019.

O
c) Incorreto. A molécula de glicerol formada pela

BO O
O que é uma gordura trans? Disponível em:

SC
hidrólise será: CH 2OHCHOHCH 2OH.

M IV
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_2/04-CCD-9509.

O S
pdf>. d) Incorreto. Forma uma molécula de AGL insa-
D LU
Acesso em: jan. 2019. turada com 11 carbonos.
O C
N X

10. 22 (02 1 04 1 16)


Exercícios Propostos
SI O E

01. Incorreta. As gorduras trans são produzidas


7. B por um processo de redução catalítica (adição
EN S

O processo de hidrogenação de gorduras tem de hidrogênio).


E U

como característica a diminuição das duplas-li-


D E

02. Correta. Sabões podem ser produzidos por


gações entre carbonos presentes nas estruturas
A LD

uma reação ácido-base entre uma base forte e


gordurosas, aumentando sua durabilidade.
um ácido graxo de cadeia longa.
EM IA

8. 30 (02 1 04 1 08 1 16) 04. Correta. As gorduras de origem animal são


ST ER

01. Incorreto. São chamados de ácidos graxos de constituídas essencialmente de ácidos graxos sa-
SI AT

cadeia saturada aqueles que apresentarem liga- turados, e os óleos vegetais apresentam cadeias
ções simples entre os carbonos da cadeia. saturadas, monoinsaturadas e poli-insaturadas.
M

02. Correto. Uma dieta saudável deve conter cer- 08. Incorreta. Óleos vegetais poli-insaturados
ta quantidade de gorduras e óleos, pois são ne- são líquidos e, pelo processo de hidrogenação,
cessários para o organismo absorver as vitaminas tornam-se sólidos, em temperatura ambiente.
lipossolúveis (A, D, E, K).
16. Correta. Por meio de uma reação de tran-
04. Correto. Glicerídios são constituídos por mo- sesterificação, é possível produzir biodiesel. Para
léculas do álcool glicerol, ligadas a uma, duas, ou isso, reage-se um óleo vegetal na presença de
três moléculas de ácidos graxos. um álcool de cadeia curta e de um catalisador.

Exemplo:
08. Correto. Óleos e gorduras são glicerídios e
diferem quanto à temperatura de fusão: óleos
são líquidos à temperatura ambiente e gorduras O
são sólidas. H2C O C R H 3C OH H 2C OH
O O

16. Correto. Por meio de uma reação química, HC O C R + H 3C OH 3 H3C O C R + HC OH


O “Biodiesel”
por adição de hidrogênio às duplas-ligações das
moléculas de óleos vegetais, obtêm-se produtos H2C O C R H 3C OH H 2C OH
Glicerídio Metanol Glicerina
de consistência pastosa à temperatura ambiente.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 16 19/06/2019 10:22


XVII

11. D Industrialmente, a fabricação de margarina é feita


pela hidrogenação catalítica de óleos (possuem

QUÍMICA 3B
I. Incorreta. As gorduras, à temperatura ambien-
te, são encontradas no estado sólido, sendo cadeia predominantemente insaturada).
constituídas, predominantemente, por ésteres
de ácidos graxos saturados. O

R C O CH2
II. Correta. O fato de a gordura ser uma substân- O
HO CH2 O

Material do Professor
cia de reserva torna-se ainda mais evidente em 3R C + HO CH R C O CH + 3 H2O
animais que vivem em situações ambientais OH O Água
HO CH2
Ácido graxo
extremas, como é o caso dos ursos, que são Glicerol R C O CH2
Lipídio
obesos para poderem enfrentar longos perío-
dos de hibernação.
15. E
III. Correta. A ação de limpeza de um sabão sobre O texto trata do caroteno, um composto não po-
a gordura das mãos deve-se à alta polaridade lar e lipofílico, ou seja, solúvel em gorduras e
do grupo carboxilato, que o torna solúvel em insolúvel em água e de densidade menor que a
água, e à baixa polaridade da cadeia carbônica, parte aquosa.
que o torna solúvel na gordura, predominante-
mente não polar. 16. a) Os fosfolipídios são substâncias anfifílicas, pois
apresentam as duas características citadas anterior-

O
BO O
12. a) Gorduras, ou lipídios, são ésteres formados por mente: regiões hidrofílicas (grupo fosfato) e hidro-

SC
M IV
meio da reação química entre ácidos graxos e ál-
fóbicas (sequências de carbonos ligados a outros
coois (glicerol).

O S
carbonos).
b)
D LU A importância de serem anfifílicos refere-se à per-
O C
O
meabilidade seletiva das membranas celulares, isto
R C OH
N X

HO CH2
O é, o controle da entrada de substâncias na célula.
SI O E

R C OH + OH CH
O b) Conformação cis/trans:
EN S

R C OH OH CH2
E U

Ácido graxo Glicerina C17H15


D E
A LD

C
O O O
H
R C O CH2
EM IA

O CH O O−
O
R C O CH + 3 H2O C
ST ER

C CH2 CH2 P
O H33C16
R C O CH2 O O
SI AT

Trans H
Glicerídios H2C
M

CH2
c) No estômago e nos intestinos, existem enzi-
mas denominadas lipases, que catalisam a hi- H3N+

drólise (quebra) dos óleos e das gorduras com a


formação de álcoois e ácidos graxos. C17H15

13. B C
H33C16 O O
Em gorduras, geralmente os triacilgliceróis são
saturados, apresentando suas longas cadeias car- CH O O−
O
C
bônicas lineares, capazes de realizar muitas inte- H
C CH2 CH2 P
rações de Van der Waals com moléculas vizinhas. O O
Quanto mais interações, maior a necessidade de Cis H
H2C
energia para rompê-las, resultando em maior tem- CH2
peratura de fusão e, consequentemente, maior a
H3N+
tendência de ser sólido à temperatura ambiente.

14. Como a butirina está presente na manteiga e é O isômero geométrico trans é o principal respon-
utilizada na produção de margarina, conclui-se que sável por doenças cardiovasculares, pois, entre
ela é um lipídio. Os lipídios do tipo glicerídios são outras explicações, como a inibição de enzimas,
ésteres derivados de ácido graxo e glicerol. a atração entre as suas moléculas é maior.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 17 29/05/2019 16:56


XVIII

17. E 19. D
QUÍMICA 3B

Solubilidade pode ser conceituada como a ca- A quebra de triglicerídios por ação de enzimas é
pacidade de uma substância de se dissolver em chamada de hidrólise, enquanto a formação de tri-
outra. Como a gordura é um composto não polar, glicerídios acontece pelo processo de esterificação.
ela será miscível em um solvente não polar, ou
seja, hexano e benzeno. Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
química para, em situações-problema, interpretar,
Material do Professor

Estudo para o Enem avaliar ou planejar intervenções científico-tecno-


18. B lógicas.
A reação entre um óleo comestível e um álcool
Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
origina ésteres menos complexos do que os triés-
química para caracterizar materiais, substâncias
teres presentes no óleo.
ou transformações químicas.
Exemplo:
20. D
O
O comportamento “hidrofóbico” ocorre em razão
H 2C O C R H 3C OH H2C OH
da polaridade oposta das moléculas de água e
O O
lipídios. As substâncias mais conhecidas dessa
HC O C R + H 3C OH 3 H3C O C R + HC OH
categoria orgânica são as gorduras e os óleos. Sa-

O
BO O
O “Biodiesel”

SC
be-se que a água é uma molécula polar, enquanto

M IV
H 2C O C R H 3C OH H 2C OH
Glicerídio os lipídios são moléculas não polares.

O S
Metanol Glicerina

D LU
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da quí-
O C
mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar mica para, em situações-problema, interpretar, avaliar
N X

ou planejar intervenções científico-tecnológicas. ou planejar intervenções científico-tecnológicas.


SI O E

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


EN S

química para caracterizar materiais, substâncias química para caracterizar materiais, substâncias
E U

ou transformações químicas. ou transformações químicas.


D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 18 29/05/2019 16:56


XIX

28 BIOMOLÉCULAS II – CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS

QUÍMICA 3B
Comentário sobre o módulo 8. Está correto o que foi dito por Paulo, Marcos e Igor.
Neste módulo, serão abordadas as biomoléculas
de proteínas e carboidratos. Para os carboidratos, será Paulo está correto. Os carboidratos ou glicídeos
são os responsáveis por fornecer energia que
apresentada a sua classificação quanto à quantidade de
pode ser aproveitada mais facilmente pelo or-

Material do Professor
aldoses ou cetoses (monossacarídio, oligossacarídio e
ganismo.
polissacarídio), com exemplos de substâncias de cada
uma dessas classes. Já para as proteínas, o foco será Fábio está incorreto. As biomoléculas formadas
sua formação, que ocorre por meio das ligações peptí- por uma ou mais cadeias de aminoácidos são as
dicas. Ao final do módulo, serão brevemente apresen- proteínas.
tadas as diferentes formas estruturais das proteínas.
Marcos está correto. A glicólise consiste na trans-
Para ir além formação de uma molécula de glicose, ao longo
A bioquímica como ferramenta interdisciplinar. Dis- de várias etapas, em duas moléculas de ácido
ponível em: pirúvico. Nesse processo, é liberada energia su-
ficiente para a síntese de 2 ATP.
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a06.pdf>.
Acesso em: jan. 2019. Igor está correto. O amido e a celulose são polis-

O
BO O
sacarídios encontrados nos vegetais. Os também

SC
M IV
O que são adoçantes? Disponível em: polissacarídios, glicogênio e quitina, são encon-

O S
trados nos animais e fungos.
<https://abioquimicacomoelae.com.br/6-numeros-anteriores/
D LU
numero-3/textos/o-que-sao-adocantes/>. 9. A
O C
Acesso em: jan. 2019. A lactose é um carboidrato (dissacarídio) encon-
N X

trado em diversos tipos de leite e, juntamente


SI O E

Proteínas: hidrólise, precipitação e um tema para o com as gorduras, é uma das fontes de energia
ensino de química. Disponível em: para filhotes de mamíferos. A estrutura dessa
EN S

molécula apresenta numerosos grupos funcionais


E U

<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/ccd1.pdf>.
(OH ligado a carbono saturado) característicos
D E

Acesso em: jan. 2019.


dos álcoois, que conferem a ela boa solubilidade
A LD

em água, pois fazem ligações de hidrogênio. A


Tabela com os 20 aminoácidos que compõem as digestão da lactose exige uma enzima específica,
EM IA

proteínas. Disponível em: a lactase, que normalmente os filhotes de ma-


ST ER

<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/imagens/ míferos possuem, mas não os adultos. A lactase


é uma proteína que age como catalisador, acele-
SI AT

TABELA_AA.GIF>
rando a reação de quebra da molécula da lactose,
Acesso em: jan. 2019.
M

pois diminui a energia de ativação do processo.


Exercícios Propostos
10. a) O aspartame é formado pela ligação peptídica
7. A entre o grupo amino da fenilalanina e o grupo ácido
a) Correta. A molécula ilustrada é formada por um carboxílico do ácido aspártico.
ácido carboxílico e um grupo amino, formando O
O
um aminoácido. CH CH2 C CH2
HC C CH OCH3 + C OH
HO CH C
b) Incorreta. A molécula apresenta três carbonos HC CH N
H H NH2 O
em sua cadeia principal. CH

c) Incorreta. O nome correto é ácido-2-amino-


HOH
propanoico. CH
+
HC CH
d) Incorreta. A molécula apresenta 11 ligações C CH
simples e uma dupla-ligação. O H2C CH
O CH2 C CH O
C CH NH C CH3
e) Incorreta. A cadeia desse aminoácido é homo-
OH NH2 O
gênea e saturada.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 19 19/06/2019 10:23


XX

Estrutura do aspartame (notação em bastão): 02. Incorreto. A amina presente é monosubstituí-


da, tratando-se de uma amina primária.
QUÍMICA 3B

04. Correto. O meio ácido irá hidrolisar a molécula


do aspartame.

O
08. Correto. Quando dissolvidos em água, essa
molécula se torna um íon dipolar, podendo agir
Material do Professor

O O
NH como doador de prótons (ácido) ou como receptor
de prótons (base).
OH NH2 O
16. Incorreto. As proteínas são formadas por ami-
b) Ligação peptídica: noácidos, o que não é o caso do aspartame.

13. A
As proteínas são o resultado da união de aminoá-
cidos por meio de ligações peptídicas, ou seja, a
parte ácida (ácido carboxílico) de um aminoácido
O com a parte básica (amina) de outro aminoácido,
e, com isso, elimina-se molécula de água.
O O

O
BO O
Ligação NH
14. 16

SC
peptídica

M IV
OH NH2 O 01. Incorreto. Os aminoácidos comumente pre-

O S
sentes nas proteínas são substâncias de caráter
c) Função química que corresponde à ligação pep- D LU anfóteros. Essas moléculas podem se apresen-
O C
tídica: amida. tar na forma de sais, originando um íon dipolar
N X

(que possui momento dipolar elevado) chamado


SI O E

11. A Zwitterion.
a) Correta. Os peptídeos são biomoléculas for-
EN S

madas pela ligação de aminoácidos por meio de H O H O


E U

ligações peptídicas realizadas entre um grupo


R C C
D E

R C C
amina e um grupo carboxila.
A LD

NH2 OH NH3+ O−
EM IA

Grupo carboxila
O O O
O 02. Incorreto. A glicose é uma aldose, enquanto
ST ER

R1 +
OH
C
OH
a frutose é uma cetose.
OH N
SI AT

NH2 NH2
NH2 H Aldeído
H H OH H H H OH Cetona
M

Grupo amina H
Ligação peptídica
CH2 C C C C C CH2 C C C C CH2
O
OH OH OH H OH OH OH OH H O OH
b) Incorreta. Embora um antioxidante iniba a oxida- Glicose Frutose
ção de outras moléculas, uma reação de oxidação
irá formar radicais livres.
04. Incorreto. São produzidos 792 g de CO2, assu-
mindo que essa reação seja completa.
c) Incorreta. A placa de Petri é um recipiente cilín-
drico, que pode ser de vidro ou plástico, utilizado
3 C 6H 12O 6 1 18 O 2 → 18 CO 2 1 18 H 2O 1 energia
para desenvolver meio de cultura bacteriológico.
3 mols 18
d) Incorreta. Um peptídio é resultado do proces- ·
44
g
792 g
samento de proteínas.
08. Incorreto. Se um polímero é obtido por dois
12. 13 (01 1 04 1 08) ou mais tipos de monômeros diferentes, recebe
01. Correto. O aspartame é um dipeptídio, pois o nome de copolímero.
apresenta duas ligações peptídicas formadas en-
tre o grupo amina de um aminoácido e um grupo 16. Correto. Acetaminofen apresenta os grupos
carboxila de outro aminoácido. funcionais amida e fenol, e o ácido acetil salicílico

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 20 29/05/2019 16:56


XXI

apresenta os grupos funcionais ácido carboxílico II. Correto. Carboidratos são substâncias quími-
e éster. cas de função mista, podendo ser poliálcool-aldeí-

QUÍMICA 3B
do ou poliálcool-cetona, e são a fonte de energia
Acetaminofen Ácido acetil salicílico
mais facilmente aproveitável pelo organismo.
Ácido
Fenol Amida carboxílico III. Correto. As proteínas estruturais geram for-
H O mas, suporte e resistência. Exemplos: colágeno,

Material do Professor
HO N C queratina, actina, miosina, queratina, elastina e
C CH3 OH
albumina.
O O C CH3
O IV. Incorreto. Enzimas são proteínas que atuam
Éster como catalisadores em reações bioquímicas.

15. E Estudo para o Enem


I. Correto. Todas as substâncias fazem parte da
18. D
classe dos carboidratos (C x(H 2O) y).
Cinco aminoácidos formam a estrutura.
II. Incorreto. Quando o sinal mostrado entre
parênteses for positivo, o sentido do desvio do CH3
O
plano da luz polarizada será horário (direita) e, HO O

O
H3C CH3
quando for negativo, o sentido do desvio do pla-

BO O
OH

SC
no da luz polarizada será anti-horário (esquerda).

M IV
N HO

O S
H3C N N
H H
III. Correto. Todas as moléculas são isômeras
entre si, pois apresentam a mesma fórmula mo- D LU H H SH
O
H H
O C
lecular (C 6H 12O 6).
N X
SI O E

NH2
IV. Incorreto. A glicose e a galactose não são enan-
tiômeros entre si, pois seus sinais são positivos, ou HO
EN S

N O
seja, desviam o plano da luz polarizada no mesmo
E U

H H
sentido (1). Os pares de enantiômeros desviam o O
D E

plano da luz polarizada em sentidos opostos.


A LD

HO NH2

16. a) As funções em comum são: álcool e éter.


EM IA

Há quatro ligações peptídicas na estrutura, logo


ST ER

CH2 quatro moléculas de água foram liberadas.


HO
SI AT

OH N
H O
M

O H3C
HO O H3C OH Ligações peptídicas
HO
OH
OH N H3C N CH3
O NH2
Glicose Quinino H
CH3
(doce) (amargo)
O
N
Álcool Álcool H
SH N
Éter Éter
H N
Amina O NH2
O H

b) A ligação que une é a peptídica, que acontece


entre um grupo carboxila e um grupo amina. Tal Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
ligação é encontrada nas proteínas. química para, em situações-problema, interpre-
tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
17. C -tecnológicas.
I. Correto. Lipídios são produtos naturais de ori-
gem vegetal ou animal, nos quais predominam Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da
ésteres de ácidos graxos superiores, que são química para caracterizar materiais, substâncias
substâncias pouco solúveis em água. ou transformações químicas.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 21 29/05/2019 16:56


XXII

19. C 16. Incorreta. A triiodotironina (T3) e a tiroxina (TH)


são hormônios da glândula tireoidea. Além disso,
QUÍMICA 3B

Os aminoácidos chamados de essenciais são


aqueles que não são produzidos pelo organismo o iodo pertence ao grupo dos halogênios.
humano, devendo ser ingeridos por meio de uma
22. A
alimentação balanceada.
I. Na fotossíntese, há produção de matéria orgâni-
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da ca, portanto ocorre em organismos autotróficos.
Material do Professor

química para, em situações-problema, interpre- Nessa reação, ocorre a redução do carbono.


tar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas. CO 2 ⇒ COO

+4 −2 –2

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da


()()

C 6H 12O 6 ⇒ C6 H O
química para caracterizar materiais, substâncias   
+1 12 –2
Xmédio 6
ou transformações químicas.
X médio + 12 – 12 = 0 ⇒ X médio = 0
20. D
A ligação peptídica é a junção do grupo carbo- 6 H 2O + 6 CO 2 
luz
→ 6 O 2 + C 6H 12O 6
xila com a função amina. No caso da molécula
anterior, temos cinco ligações desse tipo (penta- + 4 redução
 do carbono
→ 0
peptídeo) que auxiliam na formação do colágeno.

O
II. Na quimiossíntese metanogênica, há produção

BO O
SC
de metano, portanto também ocorre em organis-

M IV
O H mos autotróficos. Nessa reação, ocorre a redução

O S
do carbono.
H3C + N D LU
CH3
O C
OH CO 2 ⇒ COO

H
N X

+4 −2 −2
SI O E

CH 4 ⇒ CHHH

–4 +1 +1 +1
Competência: Apropriar-se de conhecimentos da
EN S

química para, em situações-problema, interpre- CO 2 + 4 H 2 CH 4 + 2 H 2O


E U

tar, avaliar ou planejar intervenções científico-


D E

-tecnológicas. + 4 redução
 do carbono
→ –4
A LD

Habilidade: Utilizar códigos e nomenclatura da III. Na respiração celular, verifica-se consumo de


EM IA

química para caracterizar materiais, substâncias matéria orgânica, e ocorre tanto em autótrofos
ST ER

ou transformações químicas. quanto em heterótrofos. Nessa reação, ocorre a


oxidação do carbono.
SI AT

Exercícios Interdisciplinares
C 6H 12O 6 ⇒ C6 H
( ) (O )
M

 
21. 06 (02 + 04) +1
Xmédio 12 –2 6

01. Incorreta. O AIA é produzido, principalmente, X médio + 12 – 12 = 0 ⇒ X médio = 0


na gema apical do caule. Em alta concentração,
esse hormônio inibe o crescimento das raízes. CO 2 ⇒ COO

+4 −2 −2
02. Correta. O etileno atua no amadurecimento de
6 O 2 + C 6H 12O 6 6 O 2 + 6 CO 2
frutos carnosos e é um hidrocarboneto com dupla-
-ligação entre os átomos de carbono (H2C = CH2). 0 oxidação
 do carbono
→ +4
04. Correta. A ecdisona é um hormônio esteroide
23. C
e uma das característica dos esteroides é ser
insolúvel em água. As práticas antrópicas representadas ocorriam
durante o atual momento geológico, o Holoceno,
08. Incorreta. A melatonina é um hormônio pro- subdivisão do Cenozoico, época na qual já existia
duzido e secretado pela glândula pineal e regula a presença do ser humano. O método de datação
os estados de sono e a vigília. utilizado é a técnica de decaimento do carbono.

DB_PV_2019_QUI3_M26a28_MP_AGRUPADO.indd 22 29/05/2019 16:56


DB_PV_2019_QUI3_M20aM22_MP_P5.indd 19
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

Material do Professor QUÍMICA 3B

21/03/2019 11:29
XXIII
DB_PV_2019_ESP1_AGRUPADOS_1-8_MP_P4.indd 20
M
SI AT
ST ER
EM IA
A LD
D E
E U
EN S
SI O E
N X
O C
D LU
O S
M IV
BO O
SC
O

9/13/18 11:14
PRÉ-VESTIBULAR
EXTENSIVO
4

O
BO O
SC
M IV
O S
D LU
O C
N X
SI O E
EN S
E U
D E
A LD
EM IA
ST ER
SI AT
M

www.dombosco.com.br

<AADDAA DDAA DDAA CDBBACCBADCABDBCAA BDAC>


701625346

701625346 DB PV EX NENH 91 4B LV 04 MI DQUI PR_CAPA.indd 4 4/22/19 11:26

Você também pode gostar