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ESTUDO DIRIGIDO #4

Curso: Educação Física Período: 1º


Disciplina: Atletismo Tema: Lançamentos
Professor: Thiago Muzitano
Início: 05/06/2023 Final: 30/06/2023 Prova: 27/06/2023

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Neste estudo dirigido será tratado de assuntos relativos às provas de
lançamento atléticos;

LANÇAMENTOS

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LANÇAMENTO DO DISCO

O lançamento do disco é uma prova atlética na qual são realizadas as ações


técnicas de empunhadura, posição inicial, balanceio, giro, lançamento e recuperação,
em posse de um disco, buscando lançá-lo o mais distante possível.

Área de Realização e Implemento


Para a realização das provas de lançamento do disco é necessário um círculo
no qual o atleta realizará todas as etapas antes do lançamento. Este espaço deverá
ter um diâmetro de 2,50 metros, sendo o mesmo feito de concreto ou outro material
firme e não escorregadia. Este círculo estará delimitado toda sua extensão.
O setor de queda será de areia, carvão ou grama, ou de outro material
adequado em que o implemento deixe marca. O mesmo deve ser marcado com linhas
brancas de 50mm de largura formando um ângulo de 34,92°, de tal modo que a borda
mais interna das linhas, se prolongadas, passariam pelo centro do círculo.
A gaiola deve ter a forma de um “U” plano, como mostra a Figura 190. A
abertura de saída deve ter 6m e estar distante 7m à frente do centro do círculo. Os
pontos extremos da abertura de saída de 6m será a extremidade interna da rede da
gaiola. A altura dos painéis da rede ou redes drapeadas no ponto mais baixo devem
ser de pelo menos 4m e deve ser 6m para os 3m mais próximos da frente da gaiola
em cada lado.

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O corpo do disco pode ser sólido ou oco e será de madeira ou outro material
adequado, com um aro de metal cujas bordas sejam circulares. A borda deve ser
arredondada em um círculo perfeito e o seu raio será de 6mm aproximadamente. O
disco deve ter placas metálicas circulares cravadas no centro de suas faces.
Alternativamente, o disco pode ser construído sem as placas metálicas, desde que
haja uma área plana equivalente e que suas medidas e peso total correspondam com
as especificações.

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Ações Técnicas
Empunhadura e Posição Inicial
Partindo de uma posição estacionária, de costas para o setor de queda e dentro
da parte posterior do círculo do setor de lançamento do disco, com as pernas
afastadas, o lançador realiza empunhadura segurando o disco com as falanges distais
de sua mão dominante (com exceção do polegar, que o apoia lateralmente), sem tocá-
lo com a palma da mão, enquanto o braço contrário permanece estendido ou semi
flexionado na frente do corpo.

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Balanceio e Giros
A partir dessa posição, o lançador iniciará os balanceios, movimentando o disco
de um lado para o outro, com intuito de preparar-se para a realização dos giros e do
lançamento propriamente dito.
Sobre o ombro contrário a mão de lançamento: com as pernas em semiflexão
o lançador (destro) transferirá o peso do corpo para perna esquerda, levando o disco
sobre o ombro esquerdo. No retorno do balanceio, o lançador executará a rotação do
tronco e transferência do peso do corpo para direita, levando disco para trás antes de
reiniciar o balanceio.
A partir dos movimentos de balanceio, o lançador estará apto para a realização
do giro, que se inicia a partir do ponto baixo do balanceio, com transferência do peso
do corpo para perna esquerda e giro para trás. O pé direito fica no solo até que o
lançador esteja equilibrado sobre o pé esquerdo. De frente para o setor de
lançamento, o lançador transferirá o apoio para a perna direita, por meio de um salto
rasante. Nesse momento o pé direito, ainda no ar, volta-se para dentro em busca de
apoio no centro do círculo, dando início ao movimento que levará o lançamento
propriamente dito, enquanto pé esquerdo é projetado em direção à parte anterior do
círculo, onde se apoia para execução do lançamento.

Lançamento em si
Nesse momento, o braço de lançamento encontra-se atrasado em relação ao
braço contrário, que, mantido a frente do corpo, impede que este se adiante. É
importante frisar que o disco deve estar sempre atrasado em relação aos movimentos
do lançador. Na altura do ombro, o disco deverá ser lançado a partir do dedo indicador

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saindo no sentido horário da mão dominante do lançador, cujo os dedos estarão
voltados para fora.

Recuperação ou Conclusão.
Após a realização do lançamento do disco, a tendência do lançador é continuar
girando sobre a perna do último apoio, passando sua perna contrária pela frente, de
modo a manter-se dentro do círculo. Além disso, é possível, nesse momento, a
realização da troca de pés, quando o lançador substitui a perna de apoio pela perna
contrária após o lançamento propriamente dito.

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LANÇAMENTO DO MARTELO

O lançamento do martelo é uma prova atlética na qual são realizadas as ações


técnicas de empunhadura, posição inicial, balanceios, molinetes, giros, lançamento e
recuperação, em posse de um martelo, buscando lançá-lo o mais distante possível.

Área de Realização e Implemento


Para a realização das provas de lançamento do martelo é necessário um círculo
no qual o atleta realizará todas as etapas antes do lançamento. Este espaço deverá
ter um diâmetro de 2,135 metros, sendo o mesmo feito de concreto ou outro material
firme e não escorregadia. Este círculo estará delimitado toda sua extensão.
O setor de queda será de areia, carvão ou grama, ou de outro material
adequado em que o implemento deixe marca. O mesmo deve ser marcado com linhas
brancas de 50mm de largura formando um ângulo de 34,92°, de tal modo que a borda
mais interna das linhas, se prolongadas, passariam pelo centro do círculo.
A gaiola deve ter a forma de um “U” plano. A abertura da saída deve ser de 6m,
posicionada 7m à frente do centro do círculo. As extremidades de abertura de 6m,
deverão corresponder as bordas internas da rede da gaiola. A altura dos painéis ou
redes deve ser de pelo menos 7m no menor ponto dos painéis/redes na parte de trás
da gaiola e de pelo menos 10m para os últimos painéis de 2,80m, adjacentes aos
portões da gaiola.

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O martelo se compõe de três partes: cabeça de metal, cabo e empunhadura.
A cabeça deve ser de ferro maciço ou outro metal que não seja mais macio que
o latão ou um invólucro de quaisquer desses metais, cheio de chumbo ou de outro
material sólido. Se for usado um enchimento, este deve ser colocado de tal maneira
que fique fixo internamente e que o centro de gravidade não varie mais que 6mm em
relação ao centro da esfera.
O cabo deve ser feito inteiriço de arame de aço para molas com diâmetro
mínimo de 3mm, e que não possa esticar sensivelmente durante a execução do
lançamento. O cabo pode ter alça em uma ou ambas extremidades como meio de
conexão.
A empunhadura deverá ser rígida e sem qualquer tipo de conexão articulada.
A deformação total da empunhadura sob uma tensão de sobrecarga de 3.8kN não
poderá exceder a 3mm. Deve ser presa ao cabo em um anel de tal maneira que não
possa virar na conexão com o cabo para aumentar o comprimento total do martelo.

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Ações Técnicas
Empunhadura e preparação para o lançamento
Em posição estacionária, na parte posterior do círculo e de costas para o setor
de quedas do lançamento, o lançador, com as pernas ligeiramente afastadas,
realizará a empunhadura do martelo posicionando a mão esquerda sobre a manopla
do martelo e, acima dela a mão direita.

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Balanceios
O balanceio é uma ação corporal cujo objetivo é tirar a inércia do corpo. Tal
gestual dará início aos molinetes. O lançador deverá posicionar o martelo a frente do
corpo, mantendo as pernas afastadas e semi flexionados. Realizar balanceios com
martelo a partir do que inicia os molinetes.

Molinete e Giros
Essa fase decorre dos balanceios iniciados anteriormente e servem como
preparação para a realização de dois ou três molinetes seguidos de dois três ou até 4
giros que antecedem o lançamento. Na realização dos molinetes, ha uma
transferência de peso de uma perna para outra, ao mesmo tempo que há uma espécie
de compensação do quadril, o qual em circundução, se posiciona sempre do lado
contrário da cabeça do martelo. Além disso, quando o martelo está ao lado esquerdo
a um rebaixamento do ombro esquerdo que contribui para extensão dos braços,
levando o martelo ao ponto alto, localizado atrás e do lado do pé esquerdo. Ao final
do último molinete, um pouco antes do martelo atingir o ponto baixo, o lançador dará
início aos giros. Neste momento, o peso do lançador recai sobre a perna esquerda,
servindo de apoio para o primeiro giro, iniciado pela elevação da ponta do pé
esquerdo, que gira para trás apoiando-se, no calcanhar e depois na parte externa. A
partir da extensão dos braços, o martelo direciona-se ao ponto alto, enquanto o pé
direito se eleva deixando o solo ao mesmo tempo que o joelho direito se aproxima do
joelho esquerdo e o tronco inclina-se para o lado esquerdo. O pé direito rapidamente
retoma seu contato com o solo, enquanto o martelo direciona-se para o ponto baixo,
mantendo o princípio de manutenção do quadril sempre o lado contrário da cabeça do
martelo. Na execução do segundo giro e terceiro giro os movimentos são praticamente
os mesmos ainda que haja uma pequena diminuição entre a distância dos pés durante

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o apoio. Assim, o terceiro giro deverá ser feito com apoio em ambos os pés em função
da realização do lançamento propriamente dito.

Lançamento
Dando continuidade ao movimento, o lançador, após o terceiro giro, inicia o
lançamento. Nesse momento, observa-se que a cabeça do martelo está um pouco
atrás do ponto baixo do molinete, e, por meio do movimento do martelo da direita para
esquerda e de baixo para cima, da extensão total do tronco, das pernas e da elevação
dos braços, um lançador gira na ponta dos pés, apoiando-os no solo, posicionando-
se de frente para o setor de lançamento, lançando martelo.

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Recuperação ou Conclusão.
Dada velocidade de movimento, a troca de pés ou reversão pode se fazer
necessária para manutenção do lançador no círculo do lançamento. Nesse sentido, o
lançador, no caso do exemplo, substituirá o pé esquerdo pelo direito, abaixando o seu
centro de gravidade ao realizar a semi flexão da perna de apoio, sobre a qual poderá
girar repetidas vezes

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LANÇAMENTO DO DARDO

O lançamento do dardo é uma prova atlética na qual são realizadas as ações


técnicas de preparação para o lançamento, empunhadura (3 estilos), corrida de
aproximação, passadas finais, lançamento e recuperação, em posse de um dardo,
buscando lançá-lo o mais distante possível.

Área de Realização e Implemento


Para a realização das provas de lançamento do dardo é necessária uma pista
retilínea no qual o atleta realizará todas as etapas antes do lançamento. Este espaço
deverá ter um comprimento de 30- 36,5 metros por 4 metros de largura.
No Lançamento do Dardo, o setor de queda será marcado com duas linhas
brancas de 50mm de largura, de tal modo que se a borda interna das linhas for
prolongada, passará pela interseção das bordas do arco, e as linhas paralelas que
delimitam o corredor e que se cruzam no centro do círculo do qual o arco faz parte. O
setor terá, assim, um ângulo de 28.96º.

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O dardo consistirá de três partes: o corpo, a cabeça e uma empunhadura de
corda.
O corpo pode ser sólido ou oco e será construído de metal ou outro material
similar adequado de maneira que se constitua fixado e integrado perfeitamente. O
corpo terá fixado a ele uma cabeça metálica terminando em uma ponta aguda. A
superfície do corpo não terá cavidades ou saliências, estrias, buracos ou aspereza,
e a cauda deve ser lisa e completamente uniforme.
O corpo deve ter fixado a ele uma cabeça metálica terminando em uma ponta
acentuada. A cabeça será construída completamente de metal. Pode ter uma ponta
reforçada por outra liga metálica na parte da frente do final da cabeça desde que a
cabeça seja inteiramente lisa e uniforme ao longo de toda sua superfície. O ângulo
da ponta não pode exceder 40 graus.
A empunhadura, que cobrirá o centro de gravidade, não excederá o diâmetro
do eixo em mais de 8mm. Ela pode ter uma superfície regular não escorregadia,
mas sem reentrâncias, saliências ou denteados de qualquer tipo. A empunhadura
será de espessura uniforme.

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Ações Técnicas
Preparação para o lançamento e empunhadura
Segurar o dardo pelo tipo de empunhadura escolhida, mantendo-o acima do
ombro da mão dominante, na altura da cabeça ou um pouco mais acima, o lançador
dará início a corrida de aproximação dentro do corredor do lançamento do dardo. A
empunhadura pode ser feita de três estilos distintos sendo eles o estilo garfo, estilo
Finlandesa e estilo Americana. O apoio do dardo entre o dedo médio e o indicador
corresponde à empunhadura tipo garfo (3), o apoio do dardo com o indicador
corresponde a empunhadura finlandesa (2), por fim, o apoio do dardo com o indicador
e o polegar corresponde a empunhadura Americana (1).

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Corrida de aproximação e passadas finais
Segurando o dardo pela empunhadura, mantendo-o na horizontal ou com sua
ponta ligeiramente voltada para baixo, o lançador realizará uma corrida com
velocidade progressiva a partir de sua marca inicial, de modo que seu ritmo não
prejudique a fase final da aproximação e início do lançamento propriamente dito.
Assim o braço que está empunhando o dardo tem uma pequena oscilação no sentido
ântero-posterior, enquanto o outro realiza o movimento técnico da corrida.
É também nessa fase que o lançador realizará aquilo que se denomina como
passos de preparação para o lançamento, iniciados a partir de uma marca
intermediária que varia de lançador para lançador. Normalmente, utilizam-se de 8 a
12 passadas antes da realização das 5 ou 7 passadas finais que envolvem o
lançamento propriamente dito.
Na execução dos três primeiros passos preparatórios da passada cruzada, o
lançador leva ao dardo para trás, mantendo na altura dos ombros, exercendo, no caso
de atletas destros, uma rotação do tronco para direita. No terceiro passo, normalmente
maior, o lançador levará o braço esquerdo no sentido da rotação do tronco e do
quadril, realizando, no quarto passo, a passada cruzada propriamente dita,
caracterizada pelo lançamento rápido e rasante da perna direita para frente,
promovendo o atraso do tronco e extensão do braço direito. A partir dessa posição o
lançador realizará o quinto passo, com apoio total do pé esquerdo no solo estando
pronto para o lançamento.

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Lançamento
Será entre o quarto e o quinto passo que se formará aquilo que se denomina
como arco de lançamento. Ou seja, quando a perna direita do lançador toca o solo
pelo calcanhar e, depois, pela planta na quarta passada, iniciando o giro dessa perna
para dentro, direcionando o joelho para o solo, enquanto o braço assume a posição
do arco. O pronunciamento do arco é acentuado com o assentamento do pé esquerdo
à frente, de modo que este se assentará no solo com a ponta voltada para frente,
mantendo a perna estendida. Tal posição provocará uma interrupção no movimento
do quadril, ao mesmo tempo que o arco se desfará ao realizar o lançamento.

Recuperação
Também denominada como arremate, essa fase repercutirá na recuperação do
equilíbrio a partir do lançamento do dardo, de modo que o lançador não invada o setor
para além do arco no solo, ao final do corredor. A perna anterior deverá estar o mais
estendido possível na quinta ou 7ª passada, com pé ligeiramente voltado para frente,
acarretando no freio do lado esquerdo do quadril, acelerando a progressão do seu
lado direito, do tronco e do braço, com isso aumentando a velocidade de saída do
dardo do braço de lançamento. A partir disso, ocorrerá a troca de pés ou reversão que
interromperá o movimento na perna correspondente ao braço de lançamento que

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concluirá o arremate, a uma distância de aproximadamente 1 ou 2 m do arco do setor
de lançamento.

PARA APRENDER MAIS

Site da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt): http://www.cbat.org.br/novo/


Site da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF):
https://www.worldathletics.org/

REFERÊNCIA(S) BIBLIOGRÁFICA(S)

ROJAS, Paola Neiza Camacho. Aspectos Pedagógicos do Atletismo. 1ª Ed.


Intersaberes: Curitiba. 2017

SILVA, Juliana Vieira; PRIESS, Fernando Guilherme. Metodologia do Atletismo. 1ª


ED. Sagah: Porto Alegre. 2019

MATTHIESEN, Sara Quenzer. Atletismo: Teoria e prática. 1ª Ed. Guanabara


Kogan: Rio de Janeiro. 2007

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