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Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643

https://doi.org/10.3758/s13421-022-01291-5

Padrões de conteúdo episódico e especificidade predizendo a

vivacidade da memória subjetiva

Rose A. Cooper1,2 · Maureen Ritchey3

Aceito: 10 de fevereiro de 2022 / Publicado online: 4 de março de

2022 © The Psychonomic Society, Inc. 2022

Resumo
A capacidade de lembrar e representar internamente eventos é muitas vezes acompanhada por um senso subjetivo de “vivacidade”. As
medidas de vivacidade são freqüentemente usadas para avaliar a experiência de lembrar e imaginar eventos, mas poucas pesquisas
consideraram os atributos objetivos das memórias de eventos que fundamentam esse julgamento subjetivo e as diferenças individuais nesse
mapeamento. Aqui, testamos como o conteúdo e a especificidade das memórias de eventos suportam lembranças subjetivamente vívidas.
Ao longo de três experimentos, os participantes codificaram eventos contendo uma palavra temática e três elementos distintos – uma pessoa,
um lugar e um objeto. Em um teste de memória, a memória para elementos de eventos foi avaliada em dois níveis de especificidade –
essência semântica (nomes) e detalhes perceptivos (discriminação de atração). Encontramos uma forte correspondência entre a vivacidade
da memória e a memória para informações essenciais que não variam de acordo com os elementos contidos na memória. Houve um
benefício menor e adicional de lembrar detalhes perceptivos específicos na vivacidade, que, em um estudo, foi impulsionado pela memória
para detalhes de lugares. Além disso, encontramos diferenças individuais na relação entre a vivacidade da memória e os atributos objetivos
da memória principalmente ao longo da dimensão da especificidade, de modo que um grupo de participantes usou detalhes perceptivos para
informar a vivacidade da memória, enquanto outro grupo foi mais direcionado por informações essenciais. Portanto, embora a memória
essencial pareça gerar vivacidade em média, houve idiossincrasias nesse padrão entre os participantes. Ao avaliar classificações subjetivas
de memória e imaginação, a pesquisa deve considerar como essas classificações mapeiam atributos de memória objetiva no contexto de
seu desenho de estudo e população.

Palavras-chave Imaginário · Diferenças individuais · Memória · Recordação

Introdução empregado para caracterizar a variabilidade específica do ensaio

A experiência subjetiva de relembrar um evento passado, definida
pela consciência autonoética (Tulving, 2002), é muitas vezes
acompanhada por uma sensação de “vivacidade”. Em pesquisas
sobre memória episódica e imaginação, essa qualidade subjetiva é
usada com frequência como um indicador de capacidade de
memória ou força de imaginação, em que os participantes
geralmente são solicitados a avaliar a vivacidade com que podem
trazer um evento à mente em uma escala de baixo a alto . Os julgamentos
dede
* Rose A. Cooper
r.cooper@northeastern.edu
1
Departamento de Psicologia, Northeastern University, Boston,
MA, EUA
2
Roux Institute, Northeastern University, Boston, MA, EUA
3
Departamento de Psicologia e Neurociência, Boston
College, Boston, MA, EUA
na recordação de memórias episódicas (por exemplo, Cooper et al.,
2019; Folville, D'Argembeau e Bastin, 2020; Robin et al., 2016;
Thakral et al., 2019; Xie & Zhang , 2017) e são uma maneira sucinta
de entender os correlatos neurais da lembrança (por exemplo, Bone
et al., 2020; Bonnici et al., 2016; Ford & Kensinger, 2016; Geib et
al., 2017; Kuhl & Chun, 2014; Lee et al., 2018; Richter et al., 2016;
Sheldon & Levine, 2013; Sreekumar et al., 2018; St-Laurent et al.,
2015; Tibon et al., 2019). Conforme ilustrado por esta ampla coleção
pesquisas,
vivacidade
“vivacidade”
foram como um julgamento composto de
qualidade, riqueza ou detalhes da memória pode ser útil como uma
medida abrangente em um contexto experimental. No entanto,
como uma experiência inerentemente subjetiva, tais julgamentos
podem ser conduzidos por diferentes atributos de memória,
dependendo do indivíduo e do contexto. Considerando a frequência
com que a vivacidade é usada como uma medida de memória e
imagens, surpreendentemente, poucas pesquisas consideraram
os atributos objetivos da memória de eventos internos.

Vol.:(0123456789) 1 3
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representações que sustentam esse julgamento subjetivo (para uma
discussão, ver Folville, Simons, et al., 2021).
As memórias episódicas são altamente variáveis em termos de
conteúdo e especificidade, bem como em sua experiência subjetiva.
Imagine encontrar um amigo para almoçar e tentar se lembrar desse
evento na semana seguinte - embora possa ser um evento simples de
se lembrar e uma memória que pareça vívida, o evento contém vários
elementos distintos (por exemplo, o amigo específico envolvidos, a hora
e o local, bem como objetos associados, emoções, conversas,
pensamentos, etc.), cada um dos quais pode ser representado na
memória com vários níveis de especificidade (por exemplo, lembrar
detalhes visuais específicos sobre a roupa de seu amigo ou o restaurante ).
Embora se possa supor que as classificações subjetivas da memória
correspondam uniformemente à quantidade de informações do evento
lembradas, a relação entre os atributos objetivos e subjetivos da memória
costuma ser fraca (Clark & Maguire, 2020) e pode variar substancialmente
entre indivíduos e populações, por exemplo exemplo, mostrando uma
correlação reduzida no envelhecimento saudável (Folville, D'Argembeau,
& Bastin, 2020). Acima e além da variação na correspondência geral
entre memória objetiva e subjetiva, a vivacidade subjetiva da memória
pode ser associada diferentemente a atributos distintos de memórias de
eventos, como os tipos de elementos contidos na memória e a
especificidade com que são lembrados. Aqui perguntamos, quais são os
atributos dominantes das memórias episódicas que revivemos
subjetivamente como vívidas?
Somos capazes de lembrar uma quantidade incrível de detalhes
sobre cenas e objetos (Bainbridge et al., 2019; Brady et al., 2008), mas
diferentes tipos de conteúdo podem ser priorizados ao lembrar um evento
complexo e, assim, influenciar diferencialmente a vivacidade subjetiva.
Relatos teóricos da memória episódica tendem a colocar o contexto
espacial como o centro da recuperação da memória, fornecendo um
andaime chave sobre o qual outras informações episódicas podem ser
construídas (Herweg et al., 2020; Horner et al., 2016; Robin , 2018 ) . .
Por exemplo, Robin e seus colegas descobriram que o contexto espacial
serve como uma sugestão de memória mais forte do que uma pessoa ao
se lembrar de cenários de eventos, e que os participantes são mais
propensos a adicionar espontaneamente um contexto espacial do que
uma pessoa a uma memória, se o evento não ocorreu originalmente.
contêm esse elemento (Robin et al., 2016). Neurologicamente, esta
pesquisa está centrada no hipocampo do quadril, desempenhando um
papel importante na construção do espaço e das cenas (Hassabis &
Maguire, 2007; Maguire et al., 2016), interagindo com regiões sensoriais
neocorticais para reativar detalhes perceptivos associados a uma
estrutura espacial. contexto (Sekeres et al., 2018; Staresina et al., 2013).
O contexto espacial também é a característica dominante na
representação neural de eventos (Robin et al., 2018). É lógico que os
julgamentos de vivacidade da memória podem ser fundamentados na
memória para informações de lugar mais do que na memória para outros
elementos do evento, mas que nível de especificidade suporta uma
vívida?
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memória? Um estudo recente de diferenças individuais descobriu que a
memória autobiográfica detalhada auto-relatada estava mais intimamente
ligada à capacidade de imagens de objetos (imaginar cores e formas
específicas de componentes dentro de cenas) do que à capacidade de
imagens espaciais (imaginar relações espaciais entre objetos) (Fan et
al. , 2020). Portanto, a vivacidade pode estar mais fortemente ligada à
lembrança de detalhes perceptivos específicos dentro de uma cena do
que a uma estrutura espacial esquemática.
Pouco se sabe sobre como a vivacidade corresponde à especificidade
de detalhes individuais dentro de memórias de eventos complexos. A
maioria dos estudos de eventos multielementos testa a memória apenas
para informações de nível essencial, por exemplo, apresentando palavras
de combinações experimentais únicas de pessoa-objeto-lugar e pedindo
aos participantes que imaginem ou lembrem-se de eventos contendo o
trio (Addis et al., 2009 ; Horner & Burgess, 2013; Robin et al., 2018;
Thakral et al., 2019). Embora vincular informações de nível essencial
seja uma base importante e característica dominante da memória
episódica (Horner & Burgess, 2013), recordar detalhes perceptivos de
baixo nível parece ser um processo independente (Cooper & Ritchey,
2019; Ngo et al. , 2020) que podem facilitar a sensação de reviver. Dois
estudos recentes investigaram diretamente as contribuições de nível
experimental de memória para informações perceptivas de baixo nível
de cenas para julgamentos de vivacidade. Em um experimento, Bone e
seus colegas usaram camadas de um trabalho de rede neural
convolucional para estudar a reativação neural de recursos de cena,
descobrindo que recursos de imagem de baixo e alto nível previam
julgamentos específicos de teste de vivacidade da memória (Bone et al.,
2020 ). Em outro experimento, os participantes foram apresentados a
cenas nas quais os recursos de baixo nível de brilho e saturação de cor
foram manipulados ao longo de uma escala contínua (Cooper et al.,
2019), e a vivacidade da memória pode ser prevista pela precisão com
que esses recursos de baixo nível características da cena foram
recuperadas. Além disso, a sobreposição na atividade neural entre
percepção e imagens rastreia a vivacidade subjetiva principalmente nas
primeiras regiões visuais do cérebro (Dijkstra et al., 2017). Portanto,
embora vincular e construir informações em um nível essencial,
particularmente dentro de um contexto espacial, provavelmente seja
crucial para lembrar vividamente uma memória episódica, pode haver
um valor adicional de recordar detalhes perceptivos vinculados aos
elementos individuais do evento.
Ao longo de três experimentos, examinamos a contribuição relativa
de diferentes tipos de conteúdo de memória (pessoas, objetos e lugares)
e sua especificidade lembrada (essencial ou detalhada) para
classificações subjetivas de vivacidade da memória. Nos Experimentos
1 e 2, usamos correlações em nível de tentativa, bem como modelos de
regressão linear preditivos para revelar os atributos de memória
(conteúdo e especificidade) que explicam a maior variação nas
avaliações de vivacidade. No Experimento 3, manipulamos adicionalmente
a atenção para diferentes tipos de elementos de evento durante a
codificação. No geral, previmos que a memória de essência e detalhe
contribuiria aditivamente para a vivacidade da memória e que essa
relação seria particularmente forte para
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Fig. 1 Desenho da tarefa. Exemplo de uma tentativa de fase de estudo (à esquerda:
“Codificação”), em que os participantes estudaram três elementos (uma pessoa, lugar
e objeto com seus rótulos) e uma palavra temática (por exemplo, “Fim de semana”) e
foram solicitados a gerar uma história vinculada os três elementos juntos em torno da
palavra tema. Em todas as tentativas do teste de memória (à direita: “Recuperação”),
os participantes viram uma palavra temática como uma dica de memória e foram solicitados a
informações do local. Finalmente, ao longo dos experimentos,
conduzimos uma análise de agrupamento para testar diferenças
individuais no padrão de relacionamento entre atributos de memória e
vivacidade subjetiva.
Experimento 1
Métodos
participantes
Um total de 48 participantes foram incluídos nas análises do
Experimento 1. Inicialmente, recrutamos 51 participantes do Amazon
Mechanical Turk (MTurk) e 27 participantes da comunidade Boston
College Sona. Após verificações completas da qualidade dos dados
(detalhadas na seção Análises estatísticas ), 30 participantes foram
excluídos (três Sona e 27 MTurk), o que representou 38% da amostra
total, deixando uma amostra final de 48 (24 homens, 24 mulheres,
idade média = 26,7 anos, SD = 8,7, min = 18, max = 47). Os
participantes do Sona representaram 50% da amostra final. Todos os
participantes relataram aprender inglês aos 6 anos de idade. O
consentimento informado foi obtido de todos os participantes, que
foram reembolsados pelo seu tempo. Os procedimentos foram
aprovados pelo Conselho de Revisão Institucional do Boston College.
1631
avalie a vivacidade de sua memória subjetiva, indicando o quão bem eles poderiam se
lembrar de todo o evento. Em seguida, eles foram solicitados a identificar os elementos
associados no nível de essência (uma escolha entre quatro rótulos de palavras). Por
fim, os participantes se lembraram de cada elemento no nível de detalhe (uma escolha
entre duas imagens perceptivamente semelhantes)
Tarefa e estímulos
As tarefas experimentais foram programadas usando PsychoPy (Peirce
et al., 2019) e implementadas online usando Pavlovia (https://
pavlovia.org/). Após o recrutamento por meio da Sona ou MTurk, os
participantes foram direcionados para concluir o experimento completo
online. Primeiro, eles foram solicitados a preencher o formulário de
consentimento, bem como um questionário básico demográfico. Os
participantes receberam instruções visuais e auditivas detalhadas para
a tarefa principal (ver Fig. 1). Os participantes completaram uma fase
de estudo e uma fase de teste, cada uma com 24 tentativas. Cada
tentativa de estudo (“evento”) continha uma palavra temática (por
exemplo, “fim de semana”, “celebração”, “relaxante”, “voluntário”) que
poderia ser usada para orientar o contexto de um evento e seria
subsequentemente usada como a dica de recuperação. Em torno
dessa palavra temática, os participantes viram três imagens, cada uma
emparelhada com um rótulo de palavra: uma pessoa famosa, um
objeto e um lugar. Os participantes tiveram até 15 segundos para
estudar os três elementos (imagem + rótulo) e criar uma história
significativa, ligando-os em torno da palavra tema, e para pressionar a
barra de espaço quando eles criaram uma história.
As imagens foram coletadas de várias fontes, incluindo pares de
rostos famosos semelhantes de pesquisas no Google, pares de objetos
semelhantes da Mnemonic Similarity Task (Kirwan et al., 2007) e pares
de lugares semelhantes de Cooper et al.
(2017). Todos os pares de objetos e lugares representam versões
perceptualmente semelhantes de, conceitualmente, o mesmo objeto/lugar.
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Cada par de rostos famosos retratava a mesma pessoa, mas em um
momento diferente, com uma aparência diferente. O plano de fundo dos
objetos e rostos foi removido e todas as imagens foram cortadas e
redimensionadas para 300 x 300 pixels. Vinte e quatro pares de
pessoas, objetos e lugares foram usados de forma que cada um fosse
exclusivamente associado a um único evento. Os elementos foram
atribuídos aleatoriamente a um dos 24 eventos, mas a combinação
dos elementos em eventos foi fixada entre os participantes.
Os participantes receberam apenas as instruções da fase de estudo
antes de concluir todas as tentativas da fase de estudo. Imediatamente
após a conclusão da fase de estudo, os participantes receberam as
instruções para a fase de teste. Em cada tentativa de teste, os
participantes receberam uma palavra temática como uma sugestão para
o evento lembrar. Eles foram primeiro solicitados a avaliar a vivacidade
subjetiva com a qual eles poderiam se lembrar de todo o evento (todos
os elementos associados à palavra-tema e à história que criaram) em
uma escala de 1 (nada vividamente) a 6 (extremamente vividamente ).
Os participantes foram encorajados a pensar cuidadosamente sobre o
evento e demorar o tempo que precisassem para responder. Em
seguida, eles foram testados em sua “memória essencial” para os três
elementos. Cada questão de memória essencial apresentou ao
participante quatro rótulos de palavras (quatro pessoas, objetos ou
lugares que eles estudaram) e os participantes foram solicitados a
selecionar qual palavra estava associada ao tema. Finalmente, os
participantes foram testados em sua “memória de detalhes” para os três
elementos. Cada questão de memória detalhada apresentou ao
participante dois exemplares perceptualmente semelhantes da pessoa,
objeto ou lugar associado ao tema (observe que as imagens sempre
foram baseadas na associação correta de nível de essência, mesmo
que o participante respondesse à essência correspondente questão de
memória incorretamente). Os participantes foram convidados a escolher
qual imagem havia sido apresentada no evento. A ordem das perguntas
para pessoa/objeto/lugar foi contrabalançada entre as tentativas, mas
foi corrigida para questões essenciais e detalhadas dentro da mesma
tentativa. Todas as respostas às perguntas do teste foram
individualizadas. Ordens experimentais da fase de estudo e teste foram
geradas aleatoriamente para cada participante.
Após a conclusão da fase de teste, os participantes foram redirecionados
para preencher dois questionários finais sobre a sua memória e imagens
mentais – o Survey of Autobiographical Memory (Palombo et al., 2013)
e o Vividness of Visual Imagery Questionnaire (Marks, 1973).
análise estatística
Para cada participante, cada evento (uma combinação única de uma
palavra temática, pessoa, objeto e lugar) foi caracterizado por sete
medidas de memória: uma classificação de vivacidade (1 a 6), bem
como memória essencial e detalhada (0, incorreta, ou 1, correto) para a
pessoa, objeto e lugar. A classificação de vivacidade subjetiva é
considerada como a medida alvo para cada evento, com as medidas
objetivas de memória essencial e detalhada para os elementos do
evento referidos a seguir como “atributos” de memória. O
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O objetivo primordial de nossas análises foi quantificar a relação entre
os atributos da memória objetiva e a vivacidade da memória subjetiva.
Prevemos que a memória essencial e detalhada contribuiria aditivamente
para a vivacidade da memória e que essa relação seria particularmente
forte para informações de lugar. Todas as análises foram executadas
em Python com JupyterLab.
Primeiro, implementamos várias verificações de qualidade de dados
para determinar quais participantes seriam incluídos nas análises.
Foram excluídos os participantes que não estavam prestando atenção
à tarefa, defnidos por um tempo mediano de reação menor que 0,75 s
ou pressionando a mesma tecla mais de 75% do tempo. Além disso,
excluímos participantes cujo desempenho de memória estava próximo
ou abaixo do acaso, usando um limite de menos de 30% de correção
para memória essencial (chance = 25%) ou menos de 55% de correção
para memória de detalhes (chance = 50%).
Finalmente, embora não seja necessariamente um indicador de baixo
envolvimento com a tarefa, também excluímos os participantes que
responderam com a mesma classificação de vivacidade mais de 90%
do tempo. Dado que nossas análises de interesse se concentraram em
relacionamentos sábios de julgamento com vivacidade da memória, a
falta de variação proibiria ou influenciaria tais análises.
Dois métodos foram usados para avaliar a relação experimental
entre vivacidade e atributos de memória – correlações entre
participantes, bem como modelos de regressão linear preditivos.
Observe que, para essas análises, a memória detalhada foi marcada
como incorreta para tentativas em que a memória gist também estava
incorreta. Isso ocorre porque informações detalhadas (sempre testadas
para a associação correta) não podem contribuir para julgamentos de
vivacidade se a essência desse recurso não foi lembrada corretamente
pela primeira vez. Para avaliar como a vivacidade subjetiva estava
relacionada aos atributos de memória, primeiro verificamos que as
avaliações de vivacidade se correlacionavam com a memória geral, ou
seja, o número total de atributos de memória corretos lembrados (0 a
6) para cada evento. O número de atributos foi correlacionado com a
vivacidade nas tentativas de cada participante usando a correlação de
Spearman. Em seguida, investigamos separadamente a influência da
memória essencial e detalhada para cada elemento. Para medidas de
memória de detalhes, os testes foram restritos àqueles em que a
essência foi recuperada com sucesso para testar a influência aditiva
da memória para detalhes perceptivos além da memória para a
essência. Em todos os casos, os coeficientes de correlação específicos
do participante foram transformados por Fisher z antes de executar as análises no nível
Testes t de uma amostra corrigidos por Bonferroni foram usados para
testar se a correlação entre atributos de memória e vivacidade diferia
significativamente de 0. Para testar o efeito diferencial de especificidade
e conteúdo, conduzimos ainda uma especificidade (2 níveis: essência,
detalhe) × conteúdo (3 níveis: objeto, pessoa, lugar) ANOVA de medidas
repetidas.
O segundo método empregou um modelo preditivo em todos os
participantes para testar se os atributos de memória experimentais eram
capazes de prever classificações de vivacidade de eventos deixados de
fora e qual conjunto de atributos explicava a maior variação na
vivacidade da memória. Usando o pacote scikit-learn
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(Pedregosa, 2011), construímos modelos de regressão linear
testados com validação cruzada estratificada repetida, usando dez
dobras repetidas cinco vezes, para um total de 50 divisões de teste
de trem. O modelo completo incluiu seis preditores para os atributos
de memória individuais. Observe que, ao incluir as medidas de
essência e detalhe no mesmo modelo, a essência agora se reduz à
memória de essência sem memória de detalhe correta, com
preditores de detalhe ainda testando a influência aditiva da memória
de detalhe na vivacidade. Depois de ajustar esse modelo completo,
inspecionamos os pesos beta médios de cada preditor. O recurso
com o menor peso foi então removido do modelo e o procedimento
de validação cruzada completo foi executado novamente com N-1
preditores. Este procedimento foi repetido até que restasse apenas
um preditor. O valor médio R-quadrado fora da amostra (variância
explicada nas classificações de vivacidade do conjunto de teste) foi
armazenado para cada modelo, e o melhor modelo foi definido como
aquele com o maior valor R-quadrado fora da amostra.
Resultados
Primeiro verificamos o desempenho geral nas medidas subjetivas e
objetivas de memória (consulte a Tabela 1, que inclui medidas
resumidas de memória de todos os três experimentos). No
Experimento 1, os participantes foram consistentemente capazes
de lembrar a essência e os detalhes dos elementos associados com
as dicas de palavra do tema bem acima do acaso, mas o desempenho
não estava no teto, enquanto as avaliações de vivacidade eram relativamente
na memória
baixas para seus detalhes perceptivos.
na média.
Em seguida, passamos a abordar nossa questão central: como
os atributos objetivos da memória se relacionam com os julgamentos
subjetivos da vivacidade da memória? Primeiro, verificamos que a
precisão geral da memória objetiva de fato se relaciona com os
julgamentos subjetivos da vivacidade da memória, correlacionando
o número total de atributos lembrados (0 a 6) com as classificações
de vivacidade nos 24 eventos dentro de cada participante. Houve
uma correlação significativa entre os atributos de memória total
corretos no julgamento e vivacidade em média entre os participantes
(média z = 0,24, EP = 0,04, t(47) = 6,76, p < 0,001, d = 0,98 ) . Em
seguida, consideramos a relação entre a vivacidade da memória e a
precisão dos atributos individuais da memória, testando as
correlações com o conteúdo da memória (objeto, pessoa, lugar) e
especificidade (essência, detalhe) usando
Tabela 1 Média (e erro padrão) de pontuações de memória para vividez de memória subjetiva (1-6) e proporção correta para conteúdo de memória objetiva (objeto, pessoa, lugar)
e especificidade (essência - chance = 0,25, detalhe - chance = 0,5) para todos os experimentos
Objeto
Nitidez Essência
Experimento 1 (N = 48) 2,62 (0,14) 0,71 (0,03)
Experimento 2 (N = 35) 3,51 (0,16) 0,83 (0,03)
Experimento 3, Pessoa (N = 36) 3,96 (0,17) 0,82 (0,03)
Experimento 3, Lugar (N = 36) 3,78 (0,17) 0,80 (0,03)
1633
Testes t de uma amostra corrigidos por Bonferroni (ver Fig. 2a). Ao
calcular a relação entre vivacidade e memória de detalhes, as
tentativas foram restritas àquelas em que a essência foi lembrada
corretamente para testar se há uma influência aditiva da memória de
detalhes na vivacidade subjetiva.
Os testes t de uma amostra (valores de p corrigidos relatados)
revelaram que a memória essencial para todos os três elementos
do evento estava significativamente relacionada às classificações de
vivacidade (média z > 0,11, ts(47) > 3,97, ps < 0,002, d > 0,57 ). No
entanto, apenas a memória detalhada do local foi relacionada à
vivacidade (média z = 0,11, t(47) = 3,13, p = 0,018, d = 0,45) – essa
relação não estava presente para a memória detalhada de objetos e
pessoas (média z < 0,02, ts(47) < 0,41, ps = 1, d < 0,06). Para testar
se havia um efeito diferencial de conteúdo e especificidade na
vivacidade, executamos uma ANOVA adicional de medidas repetidas.
Houve um efeito robusto de especificidade, onde as classificações
de vivacidade foram mais fortemente ligadas à recuperação bem-
sucedida de informações de nível essencial do que à memória para
2
detalhes perceptivos (F(1, 47) = 10,54, p < 0,001, = 0,07) , mas
efeitos não significativos de conteúdo (F(2,2 94) = 2,96, p = 0,057, =
0,02) e a interação entre conteúdo e especificidade (F(2, 94) = 2,25,
2
p = 0,11,
= 0,02) . Para completar, calculamos adicionalmente as
correlações dentro do participante entre os seis atributos de
memória objetiva (Fig. 2c), com memória detalhada não condicionada
à memória gist correta, que mostrou um acoplamento estreito na
memória gist entre os três elementos de evento, mas não correlação
As análises anteriores testaram a relação entre os atributos de
memória individual e a vivacidade da memória subjetiva, mas não
levaram em conta sua covariância e contribuições únicas, ou sua
capacidade de prever classificações de vivacidade de eventos fora
da amostra. Portanto, como análise complementar, executamos uma
série de modelos de regressão linear preditivos em todas as
tentativas, com o modelo completo contendo os seis atributos de
memória. Observe que, ao incluir todas as medidas dentro do modelo
simultaneamente, os regressores de memória de essência agora
refletem a memória de essência na ausência de memória de detalhe,
e os regressores de memória de detalhe refletem a memória de
essência e detalhe correta. Em cada iteração, o modelo foi
simplificado removendo o preditor que deu a menor contribuição para
as classificações de vivacidade da memória. Os coeficientes beta do
modelo completo são mostrados na Fig. 2b. Atributos de memória objetiva
Pessoa Lugar
Detalhe Essência Detalhe Essência Detalhe
0,76 (0,02) 0,66 (0,03) 0,74 (0,02) 0,73 (0,03) 0,71 (0,02)
0,76 (0,02) 0,77 (0,02) 0,77 (0,02) 0,84 (0,03) 0,73 (0,02)
0,79 (0,02) 0,74 (0,03) 0,77 (0,02) 0,82 (0,03) 0,74 (0,02)
0,73 (0,02) 0,71 (0,03) 0,75 (0,02) 0,79 (0,03) 0,73 (0,02)
13
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Fig. 2 Resultados da Experiência 1. a Correlações entre os participantes entre
avaliações de vivacidade de memória e atributos de memória. * indica p <
0,05, corrigido por Bonferroni. As correlações detalhadas são restritas a
tentativas em que a essência estava correta. As barras indicam a média ±
95% do intervalo de confiança. b Os coeficientes beta dos atributos de memória incluídos
foram capazes de prever as classificações subjetivas de vivacidade dos
testes realizados, embora explicando a variância relativamente baixa. O
melhor modelo (maior R-quadrado fora da amostra = 0,086; DP = 0,046)
não incluiu memória de essência de lugar ou memória de detalhe de objeto,
com a memória de detalhe de lugar sozinha respondendo pela maior
variação nas classificações de vivacidade (R- ao quadrado = 0,056; SD = 0,039).de memória essenciais, permitindo que os participantes usassem essas
Portanto, no Experimento 1, encontramos uma relação coletiva entre a
recuperação bem-sucedida de informações essenciais de objetos, pessoas
e lugares e a vivacidade da memória subjetiva, com relativamente pouca
variação única explicada por qualquer característica isoladamente. Em
contraste, houve um benefício único e desproporcional de memória para
informações detalhadas sobre locais nas classificações de vivacidade, de
modo que as informações sobre o local eram preditivas das classificações
de vivacidade, mas apenas se detalhes perceptivos específicos do local
fossem adicionalmente lembrados.
Experimento 2
O Experimento 1 revelou que a vivacidade subjetiva estava relacionada à
lembrança da essência de todos os elementos do evento, bem como
informações detalhadas sobre o local, embora um tanto fracamente. Ao
solicitar classificações de vivacidade no início de cada tentativa de teste,
solicitadas apenas pela sugestão da palavra temática, descobrimos que
as avaliações de vivacidade eram baixas em média (média = 2,62 / 6) com
uma distribuição à direita distorcida (os participantes eram aproximadamente
cinco vezes mais probabilidade de responder com uma classificação de 1,
que era a resposta modal, do que 6). Interpretamos esse padrão como uma
indicação de que a palavra-tema sozinha fornecia pouco suporte de
recuperação para a memória do evento, possivelmente levando a uma
desconexão entre nossas medidas de escolha forçada de memória e a
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no modelo preditivo completo. Os violinos mostram a faixa de valores beta
obtidos nas 50 divisões de teste de trem. O R-quadrado fora da amostra do
modelo completo é mostrado na caixa cinza. c Correlações dentro dos
participantes (valores médios do grupo plotados) entre atributos de memória.
* indica p < 0,05, corrigido por Bonferroni em todas as correlações únicas
classificações de vivacidade. Nossa hipótese é que os detalhes perceptivos
de todos os elementos podem contribuir mais para as classificações de
vivacidade se um maior suporte de recuperação for fornecido antes de
fazer esse julgamento subjetivo. Para abordar esta questão, para o
Experimento 2, a questão da vivacidade foi movida após as três questões
questões como dicas de memória adicionais e proporcionando uma
oportunidade para uma recordação mais vívida.
Métodos
Um total de 35 participantes foram incluídos nas análises para o Experimento
2. Recrutamos 32 participantes do MTurk e 16 participantes do Boston
College. Após verificações da qualidade dos dados (conforme detalhado no
Experimento 1: Análises estatísticas), 13 participantes foram excluídos
(todos MTurk), o que representou 27% da amostra total, deixando uma
amostra final de 35 (19 homens, 16 mulheres, idade média = 28,1 anos,
SD = 9,0, min = 18, max = 47). Os participantes do Sona representaram
46% da amostra final.
O menor tamanho de amostra para o Experimento 2 foi baseado em uma
análise de poder de um efeito principal de interesse no Experimento 1 – a
correlação média dentro do participante entre vivacidade e memória
essencial – com um d de Cohen = 0,71 .
A única mudança no design da tarefa do Experimento 1 foi o tempo da
pergunta sobre vivacidade – no Experimento 2, agora ela foi feita
imediatamente após as perguntas essenciais, não antes. Nenhum feedback
foi dado sobre a precisão de sua memória essencial. Além disso, três pares
de rostos foram substituídos por três novos porque menos de dois terços
dos participantes do Experimento 1 indicaram que podiam reconhecer e
nomear as pessoas mostradas nessas imagens. De outra forma,
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Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
Fig. 3 Resultados da experiência 2. a Correlações entre os participantes
entre avaliações de vivacidade de memória e atributos de memória. * indica
p < 0,05, corrigido por Bonferroni; as barras indicam a média ± 95% do
intervalo de confiança. b Os coeficientes beta dos atributos de memória incluídos de memória. * indica p < 0,05, corrigido por Bonferroni
as imagens permaneceram idênticas às usadas no Experimento 1, e
os agrupamentos de imagens e palavras-tema em eventos foram
randomizados novamente.
Resultados
O Experimento 2 aumentou o suporte de recuperação para
julgamentos de vivacidade, solicitando essa classificação após a
essência de cada elemento ter sido testada. Com base nessa diferença
de procedimento, esperávamos que as classificações de vivacidade
aumentassem em geral em relação ao Experimento 1. Verificando o
efeito do suporte de recuperação, os participantes do Experimento 2
tendiam a relatar classificações médias de vivacidade de memória
mais altas (média = 3,51; consulte a Tabela 1), com distribuição
uniforme (a classificação modal era agora 4, com probabilidade
semelhante de responder com uma classificação de 1 ou 6). A
memória essencial e a memória detalhada permaneceram bem acima
do acaso, embora a memória para essência parecesse aumentar após
o Experimento 1. Como os elementos do evento e as palavras-tema
foram recombinados em novos eventos para o Experimento 2, é
possível que os novos eventos tenham sido mais fáceis de criar
histórias para ( e, assim, mais fácil de associar os elementos ao tema
e entre si). Consistente com esta interpretação, em média, os
participantes foram 1 s mais rápido para gerar histórias na codificação
no Experimento 2 (média = 8,17 s, SE = 0,40) em comparação com o Experimento
memória1 essencial
(média = 9,09 s, Além
Voltando à relação entre vivacidade de memória e atributos de
memória, encontramos uma forte relação, em média, entre o número
total de atributos de memória corretos por tentativa e avaliações de
vivacidade (média z = 0,58, SE = 0,04, t(34) = 14,05, p < 0,001, d =
2,37). Ao analisar a correlação entre vivacidade e cada um dos
1635
no modelo preditivo completo nas 50 divisões de teste de trem. O R-quadrado
fora da amostra do modelo completo é mostrado na caixa cinza. c
Correlações médias dentro do grupo entre os participantes entre os atributos
seis atributos separadamente (ver Fig. 3a), replicamos o padrão geral
do Experimento 1: a memória Gist para todos os três tipos de conteúdo
foi significativamente relacionada às avaliações de vivacidade (média
z > 0,33, ts(34) > 7,79, ps < 0 , 001, d > 1,31), e apenas a memória de
detalhes para o local foi significativamente relacionada à vivacidade
(média z = 0,17, t(34) = 3,08, p = 0,025, d = 0,52) – essa relação não
foi significativa para objeto e memória de detalhes pessoais (média z
< 0,10, ts(34) < 2,44, ps > 0,12, d < 0,42). Uma ANOVA de medidas
repetidas mostrou que as classificações de vivacidade estavam mais
fortemente ligadas à recuperação bem-sucedida de informações em
nível de essência em comparação com a memória para detalhes
perceptivos (F(1, 34) = 51,25, p < 0,001, = 0,28), mas não houve
2
diferenças baseadas no conteúdo (F(2, 68) = 0,65, p = ,52, < 0,01).
2
No entanto, a interação entre conteúdo e especificidade foi significativa
(F(2, 68) = 5,49, p = 0,006, = 0,04), que parecia ser impulsionada por
2
uma relação mais forte entre vivacidade e memória pessoal em
comparação com a memória detalhada da pessoa .
Finalmente, os modelos lineares preditivos foram executados usando
o mesmo método descrito no Experimento 1 (ver Fig. 3b). O melhor
modelo para o Experimento 2 (R-quadrado = 0,303; SD = 0,079)
derrubou apenas a memória de detalhes da pessoa, e a variância
geral explicada nas classificações de vivacidade foi muito maior do
que no Experimento 1, com variação única agora explicada por cada
medir. SE = 0,35).
disso, o efeito dominante da memória
de detalhes de lugar encontrado no Experimento 1 não foi mais
observado. Portanto, quando mais suporte de recuperação foi
fornecido avaliando vivacidade após o teste de memória essencial,
cada atributo de memória essencial, em particular, contribuiu de forma
independente e mais forte para as avaliações de vivacidade.
13
Machine Translated by Google
1636
Experimento 3
Ao fornecer suporte de recuperação para julgamentos de vivacidade, o
Experimento 2 aumentou a relação entre a memória essencial, em
particular, para cada um dos elementos do evento e vivacidade da
memória, mas a memória de detalhes ainda teve uma influência aditiva,
embora menor. Em seguida, procuramos testar se a relação entre o
conteúdo da memória e a vivacidade poderia ser modulada pelo foco
atencional na codificação. No Experimento 3, orientamos os participantes
a priorizar a pessoa ou o local ao codificar cada evento. Prevemos que
os julgamentos de vivacidade mostrariam uma relação flexível com o
conteúdo da memória, mudando em função da orientação da codificação,
de modo que a memória da pessoa se relacionaria com a vivacidade
mais fortemente se codificada preferencialmente, e da mesma forma
para informações de lugar.
Métodos
Um total de 72 participantes foram incluídos nas análises para o
Experimento 3. Oitenta participantes foram recrutados, todos da
comunidade Sona do Boston College após confirmar que não havia
diferenças sistemáticas no padrão de efeitos de memória entre os
participantes Sona e MTurk nos dois primeiros experimentos . Após
verificações da qualidade dos dados (conforme detalhado no Experimento
1: Análises estatísticas), oito participantes foram excluídos. O Experimento
3 empregou um design entre sujeitos, com um tamanho de amostra final
de 36 participantes por grupo (Grupo A: 11 homens, idade média = 19,53
anos, SD = 1,32, min = 18, máx = 24; Grupo B: 11 homens, idade média
= 19,66 anos, SD = 1,24, min = 18, max = 22). A idade não diferiu
significativamente entre os grupos (p = 0,67).
O design da tarefa para o Experimento 3 foi o mesmo do Experimento
2, mas com a adição de uma manipulação de codificação entre sujeitos.
Os participantes foram instruídos a priorizar a pessoa (Grupo A) ou o
local (Grupo B) dentro do evento, com o elemento priorizado destacado
com um quadrado azul durante a fase de estudo, e enquadrar a história
em torno desse elemento. Para verificar se houve
diferenças em quão bem os participantes poderiam enquadrar uma
história em torno da pessoa ou lugar, também introduzimos uma
classificação de sucesso após cada tentativa de codificação, onde os
participantes relataram o quão bem-sucedidos foram em gerar uma
história em uma escala de 1 a 6.
Resultados
Esperávamos que o foco na pessoa aumentasse desproporcionalmente
a memória essencial e detalhada para esse elemento, enquanto o foco
no recurso do lugar aumentaria desproporcionalmente a memória da
cena. Surpreendentemente,
13
Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
as instruções para focar na pessoa ou no lugar não tiveram efeito
significativo na capacidade de lembrar desses elementos. Ao comparar
a memória essencial entre os grupos (codificação de pessoa versus
lugar), não houve efeito principal do grupo (F(1, 70) = 0,42, p = ,52, tipo
2
de elemento < 0,01) nem interação entre grupo e < 0,01). O
2
(F(2, 140) = 0,37, p = 0,69, o mesmo se aplica à
memória de detalhes (efeito principal do grupo: F(1, 70) = 1,53, p = 0,22,
2
= 0,01; interação: F(2, 140) = 1,62, p = 0,20, referências em classificações
2
médias = 0,01). Também não houve diferenças significativas entre os grupos
de vivacidade da memória (t(70) = 0,76, p = 0,45, d = 0,18) ou a facilidade
com que as histórias podem ser geradas na codificação (t(70) = 0,94, p =
0,35, d = 0,22).
Assim, concluímos que nossa manipulação de codificação teve pouco
efeito sobre como os participantes se lembravam dos eventos. Como
resultado, os dados do Experimento 3 foram recolhidos entre os grupos
para análises de replicação adicionais (conduzidas da mesma forma que
nos Experimentos 1 e 2).
Replicando os experimentos anteriores, houve uma forte relação
entre atributos corretos de memória e vivacidade da memória (média z =
0,59, SE = 0,04, t(71) = 14,94, p < 0,001, d = 1,76 ) . No entanto, com
esta amostra maior, agora observamos relações significativas entre
vivacidade e todos os seis atributos individuais (ver Fig. 4a) ( média z >
0,09, ts(71) > 3,02, ps < 0,022, d > 0,39). A execução de uma ANOVA
de medidas repetidas revelou um forte efeito de especificidade (F(1, 71)
= 97,94, p < 0,001, = 0,29), mas nenhum efeito do conteúdo da memória
2
(efeito principal: F(2, 142) = 0,25, p = 0,78, < 0,01; interação: F(2, 142) =
2
0,35, p = 0,70, < 0,01). De acordo com esses resultados, o modelo
2
linear preditivo de melhor ajuste (ver Fig. 4b) de vivacidade foi o modelo
completo, incluindo todos os seis atributos de memória (R ao quadrado
= 0,414; SD = 0,053).
diferenças individuais
Métodos
Além das análises experimentais realizadas em cada experimento,
também realizamos duas análises de diferenças individuais entre todos
os participantes de nossos três experimentos. Antes de combinar os
participantes, os escores de memória foram primeiro pontuados em z
dentro de cada grupo experimental e medidos para remover qualquer
influência de diferenças no desempenho médio.
Foram então removidos os outliers que tinham qualquer pontuação de
memória com pontuação z com um valor absoluto maior que 2,5. A
primeira análise simplesmente correlacionou as pontuações médias para
vivacidade da memória com cada uma das 6 medidas de atributos de
memória entre os participantes. Além disso, avaliamos a relação entre
todas as nossas medidas de memória de tarefas e duas medidas
subjetivas adicionais de memória e imagens de questionários separados
- as pontuações episódicas do SAM (capacidade de memória episódica
auto-relatada) e as pontuações de imagens visuais (força de
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Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
Fig. 4 Resultados da experiência 3. a Correlações entre os participantes
entre avaliações de vivacidade de memória e atributos de memória. * indica
p < 0,05, corrigido por Bonferroni; as barras indicam a média ± 95% do
intervalo de confiança. b Os coeficientes beta dos atributos de memória em
imagens a partir do questionário de vivacidade de imagens visuais;
VVIQ).
A segunda análise investigou se as correlações dentro dos
participantes entre atributos de memória e vivacidade (conforme
analisado em cada experimento) tendem a ser consistentes em seu
padrão entre os indivíduos. Os mesmos tipos de atributos de memória
tendem a se correlacionar com vivacidade entre os participantes, com
variabilidade individual explicada pela magnitude com que a precisão
da memória objetiva rastreia a vivacidade da memória subjetiva, ou
diferentes participantes baseiam seus julgamentos de vivacidade em
diferentes tipos de atributos de memória? Aqui, executamos uma
análise de agrupamento K-Means para agrupar os participantes com
base na similaridade (distância euclidiana) das correlações entre os
6 atributos de memória e a vivacidade da memória. O número ótimo
de clusters (k) foi determinado pela identificação do cotovelo da curva
de valores de inércia, defnida como a soma dos quadrados das
distâncias de cada participante ao seu centro de cluster mais próximo,
calculado usando entre um e dez clusters. Para cada iteração, o K-
Means foi executado 500 vezes, retornando as atribuições de cluster
com a menor inércia.
Resultados
Correlações entre medidas de memória
Depois de excluir valores discrepantes, um total de 147 participantes
foi incluído nas análises de correlação entre participantes (ver Fig. 5).
Os coeficientes de correlação foram avaliados em um limiar corrigido
por Bonferroni de uma cauda (correlação positiva prevista) de r =
0,232. Esperávamos que as pontuações médias de vivacidade de
memória de nossa tarefa experimental se correlacionassem
1637
o modelo preditivo completo nas 50 divisões de teste de trem. O R-quadrado
fora da amostra do modelo completo é mostrado na caixa cinza. c
Correlações médias dentro do grupo entre os participantes entre os atributos
de memória. * indica p < 0,05, corrigido por Bonferroni
com memória episódica e capacidade de imaginação dos questionários,
uma vez que todos refletem avaliações subjetivas de memória e
imaginação de eventos visuoespaciais. Ambas as medidas do
questionário foram de fato significativamente correlacionadas com a
vivacidade média da memória, embora fracamente, entre os indivíduos
(rs > 0,25). Voltando à correlação com os atributos de memória
objetiva, a vivacidade subjetiva foi significativamente correlacionada
com todas as seis medidas, mostrando uma relação mais forte com a
memória essencial do que com a memória detalhada, consistente
com as análises experimentais dentro dos participantes. Os coeficientes
de correlação foram semelhantes em magnitude para todos os tipos de conteúdo de m
Curiosamente, os escores de memória episódica subjetiva (SAM) e os
escores de imagens visuais não foram significativamente correlacionados
com quaisquer atributos de memória de eventos além da memória de
detalhes de lugar, que mostrou uma pequena correlação positiva com
a memória episódica SAM (r = 0,24).
Clusters de padrões de correlação de vivacidade
Até o momento, os resultados apontaram para uma forte relação entre
a memória de essência e a vivacidade da memória subjetiva, com
evidências de uma menor influência aditiva da memória de detalhes
ory. No entanto, avaliar as relações dominantes ou médias entre os
participantes não revela se há variabilidade individual na relação entre
atributos de memória e vivacidade subjetiva – os indivíduos variam
não apenas em quão fortemente relacionadas as medidas objetivas e
subjetivas de memória são, mas quais atributos de memória suportam
julgamentos de vivacidade? Para responder a essa pergunta,
realizamos uma análise de agrupamento K-Means, que agrupou os
indivíduos com base em seus padrões de correlações experimentais
entre a vivacidade da memória e os seis atributos de memória.
13
Machine Translated by Google
1638
Fig. 5 Correlações entre as medidas de memória entre os participantes.
a coeficientes de correlação de Spearman r entre cada medida. * indica
p < 0,05 corrigido por Bonferroni. b Gráficos de dispersão ilustrando o
O número ideal de agrupamentos para explicar a variabilidade
intersujeito nas correlações de vivacidade foi 3, e os agrupamentos
são mostrados na Fig. 6a. O primeiro cluster (N = 51) teve a maior
correspondência entre a vivacidade da memória e os atributos de
memória em geral, portanto, um acoplamento geralmente mais
estreito entre as medidas subjetivas e objetivas da memória.
Curiosamente, os dois grupos restantes separados por
especificidade: os participantes do segundo grupo (N = 48)
mostraram uma relação mais forte entre memória essencial e
vivacidade, enquanto os participantes do terceiro grupo (N = 48)
mostraram uma relação relativamente mais forte entre detalhes
memória e vivacidade. Confirmando os resultados de nossa
separação de grupos, as ANOVAs entre sujeitos indicaram uma
diferença significativa entre os grupos para todos os atributos e sua
2
relação com vivacidade (Fs (2, 144) > 6,01, ps < 0,004, > 0,07).
Para completar, também plotamos os resultados da análise K-
Means de dois e quatro clusters (Fig. 6b). A solução de dois clusters
verificou uma divisão primária com base na magnitude e também
na especificidade, e a solução de quatro clusters apontou para uma
separação adicional baseada no conteúdo, onde as avaliações de
vivacidade de um cluster de participantes foram correlacionadas
de forma particularmente forte com informações de local perceptualmente
dominante
detalhadas.
Uma análise de acompanhamento e controle nos três
agrupamentos confirmou que eles não foram previstos pelo grupo
2
experimental ((6) = 3,70, p = 0,72). Além disso, os clusters não
diferiram significativamente no desempenho em nenhuma das
2
medidas de tarefas de memória (Fs (2, 144) < 1,19, ps > 0,30, <
0,02) ou nos questionários SAM e VVIQ (Fs (2, 144) < 2,05, ps >
2
0,13, < 0,03), o que significa que a relação entre a memória
13
Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
relação entre vivacidade da memória e os seis atributos de memória
(correspondente às correlações mostradas na primeira coluna do painel
(a)
atributos e vivacidade não foram significativamente modulados pela
capacidade de memória medida ou percebida. Portanto, os
participantes não variam apenas em quão forte é a precisão da
memória objetiva em faixas gerais com vivacidade de memória
(Cluster 1 vs. 2 e 3), mas também em quão fortemente acoplada a
memória para informações de nível essencial (Cluster 2) e detalhes
perceptivos específicos (Grupo 3) são a este julgamento subjetivo.
Discussão geral
Ao longo de três experimentos, investigamos a relação entre
atributos de memórias de eventos, incluindo seu conteúdo e
especificidade, e avaliações subjetivas da vivacidade da memória.
Observamos uma correspondência forte e confiável entre a memória
para informações essenciais (nomes de objetos, pessoas e lugares)
e as avaliações de vivacidade. A memória para detalhes perceptivos
específicos de elementos de eventos corretamente identificados
forneceu um aumento adicional, ainda que menor, para a
vivacidade da memória e, em alguns casos, isso foi particularmente
aparente para informações de lugares. Embora esse fosse o padrão
entre
. os participantes, usamos ainda uma abordagem
de agrupamento orientada por dados para revelar diferenças
individuais em como os atributos de memória suportam a
vivacidade subjetiva, com alguns participantes confiando muito
mais em informações de nível essencial e outros aproveitando sua
memória para informações perceptualmente detalhadas. No geral,
essas descobertas apóiam a importância de uma estrutura
integrada em nível de essência para a lembrança episódica e o benefício adicional
Machine Translated by Google
Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
Fig. 6 Perfis de memória, mostrando agrupamentos de participantes com base
na similaridade nos padrões de correlação de atributo para vivacidade. a
Resultados da solução K-Means de três clusters (ideal). Esquerda: A distância
média de Euclides entre cada sujeito (nó) com base em suas correlações de
atributo para vivacidade, mostrando os 20% superiores das arestas para visualizaçãoclusters (à direita)
detalhes perceptivos específicos sobre a vivacidade da memória. Eles
também fornecem algum suporte para a primazia da informação
detalhada do local na memória, embora esse resultado não tenha sido
consistente entre os experimentos. É importante ressaltar, no entanto,
que destacamos ainda mais as idiossincrasias na relação entre os
atributos objetivos da memória e as avaliações da vivacidade da
memória, principalmente em relação à especificidade da memória,
levantando a questão mais ampla de até que ponto e em qual padrão
essas medidas convergem.
Uma característica dominante da memória episódica é a recuperação
holística, definida como a estrutura dependente e relacional dos
elementos do evento. Isso significa que, quando a essência de um
elemento é lembrada, é muito mais provável que você consiga lembrar
os outros elementos associados do que por acaso (se os elementos
forem representados independentemente) (Horner & Burgess, 2013) .
Em todos os experimentos, encontramos evidências de que, no nível
experimental, a memória essencial foi um determinante robusto da
vivacidade da memória, que também foi apoiada por fortes correlações
entre vivacidade média e memória essencial entre os participantes.
Além disso, descobrimos que a memória essencial entre as tentativas
estava fortemente correlacionada entre os diferentes tipos de
1639
e com participantes codificados por cores por atribuição de cluster. Direita: Um
gráfico polar mostrando os valores do centróide do cluster (escores z) da
relação entre a vivacidade da memória e os seis atributos da memória. b
Resultados da solução de dois clusters (à esquerda) e da solução de quatro
contente. Essas descobertas apóiam a ideia de que os elementos do
evento lembrados em um nível essencial de especificidade são
dependentes na memória (Joensen et al., 2020; Ngo et al., 2020),
informando julgamentos de vivacidade como uma representação
vinculada. Além disso, nos Experimentos 2 e 3, com informações
essenciais mais prontamente disponíveis ao fazer julgamentos de
vivacidade, descobrimos que recordar apenas a essência (mesmo com
memória de detalhes incorreta) era um forte preditor de classificações de vivacidade.
Portanto, ter uma memória episódica de natureza mais conceitual,
mas que ainda contém muita informação, pode ser suficiente para uma
reexperiência subjetivamente vívida, pelo menos em alguns indivíduos.
Ao mesmo tempo, descobrimos que a memória para detalhes
perceptivos dos elementos do evento aumentou a vivacidade da
memória de forma independente, mas em menor grau, mostrando
uma correlação menor tanto no nível experimental quanto individual.
Além disso, em contraste com as informações essenciais, descobrimos
que a memória detalhada não estava correlacionada entre os diferentes
elementos do evento, o que apóia nosso trabalho anterior mostrando
uma independência de diferentes tipos de detalhes perceptivos na
memória (Cooper & Ritchey, 2019) . No entanto, a influência aditiva da memória de det
13
Machine Translated by Google
1640
sobre vivacidade suporta evidências de uma correspondência entre
características visuais de baixo nível de cenas e avaliações de
vivacidade (Bone et al., 2020; Cooper et al., 2019). Um desafio em
analisar a correlação relativa da memória essencial e detalhada com
vivacidade são os diferentes níveis de chance dessas questões em
nosso paradigma (25% e 50%, respectivamente), levando a um ruído
potencialmente maior nas tentativas de memória detalhada. Essa
discrepância potencial, no entanto, não pode explicar totalmente as
mudanças relativas na força da relação entre a memória essencial e a
vivacidade entre os experimentos.
Essa relação foi desproporcionalmente mais forte quando as associações
em nível de essência se tornaram mais prontamente acessíveis nos
Experimentos 2 e 3 em comparação com o Experimento 1, ressaltando
ainda mais a dependência entre a precisão da memória de essência e
as avaliações subjetivas de vivacidade.
Em contraste com a memória essencial, as relações entre memória
de detalhes e vivacidade também pareceram mais sensíveis a
diferenças de nível de conteúdo. No Experimento 1, a memória de
detalhes para informações de lugares, especificamente, foi o preditor
mais forte das classificações de vivacidade. Isso foi visto em menor
grau no Experimento 2 e não foi replicado no Experimento 3, onde a
memória detalhada para todos os tipos de elementos de eventos
também aumentou a vivacidade da memória. Especulamos que o efeito
dominante da memória de detalhes do local no Experimento 1, que
ficou particularmente aparente no modelo preditivo ao contabilizar a
variação mais única na vivacidade, refete a saliência automática das
informações do local na memória (Robin et al., 2018 ) quando suporte
de recuperação é baixo. Curiosamente, nossas análises de diferenças
individuais em todos os experimentos mostraram que a memória
detalhada do lugar era a única medida de memória objetiva a se
correlacionar significativamente com classificações independentes de
capacidade subjetiva de memória episódica (do questionário SAM),
sugerindo ainda que a capacidade de imaginar eventos passados é
frequentemente amarrado à recuperação de uma cena perceptualmente
precisa. A diminuição da importância da informação do detalhe do lugar
e o aumento da relevância da memória essencial para a vivacidade
subjetiva após o Experimento 1 são achados surpreendentes e notáveis
após alterar apenas o tempo da questão da vivacidade. Previmos que
fazer a pergunta após a memória essencial pode aumentar a
acessibilidade dos detalhes perceptivos dos elementos do evento ao
fazer julgamentos de vivacidade. É possível, no entanto, que os
participantes estivessem usando características perceptivas específicas
dos elementos do evento (como cores e formas) ao fazer avaliações de
vivacidade, mas isso não foi bem capturado por nossa tarefa de
discriminação de iscas, onde alvos e iscas compartilham alguns, mas
não todos os detalhes perceptivos específicos.
Pesquisas futuras serão necessárias para explorar completamente as
condições sob as quais os detalhes perceptivos e as informações
específicas do local estão vinculados a avaliações subjetivas da memória.
O estudo atual mediu a vivacidade no contexto da memória, mas é
uma questão em aberto se o padrão de relacionamentos que observamos
aqui se generaliza para outros tipos de representações de eventos
internos, como imaginar
13
Memory & Cognition (2022) 50:1629–1643
cenários fictícios ou possíveis futuros. Eventos imaginados são
geralmente menos perceptivamente vívidos do que eventos lembrados
(Addis et al., 2009; Berntsen & Bohn, 2010), com eventos futuros
colocando maior demanda em processos construtivos, mas os
julgamentos de vivacidade são informados da mesma maneira nessas
diferentes tarefas? As imagens mentais são um componente central
dos julgamentos de vivacidade tanto para a memória episódica quanto
para o pensamento futuro e, portanto, uma visão direta dos fundamentos
da vivacidade pode ser fornecida pelo estudo de pessoas com afantasia,
caracterizada pela falta de imagens mentais (para uma revisão, consulte
Pearson, 2019). Em um estudo recente, Bainbridge e colegas pediram
aos participantes afantasicos e de controle que desenhassem cenas
que haviam estudado de memória, descobrindo que os participantes
afantasicos desenhavam menos objetos, com menos detalhes e cores
específicos, mas eram capazes de lembrar com precisão seu layout
espacial geral ( Bainbridge et al., 2020). Este trabalho é apoiado por um
perfil detalhado de auto-relato de memória e imagens na afantasia,
mostrando imagens prejudicadas de memórias episódicas, objetos e
eventos fictícios, mas navegação espacial e imagens espaciais intactas
(Dawes et al., 2020) .
Essas descobertas da afantasia se alinham com pesquisas que
mostram um acoplamento mais estreito entre imagens de objetos
autorrelatadas (detalhes perceptivos dos componentes da cena) e
memória autobiográfica, em comparação com imagens de relações
espaciais esquemáticas (Fan et al., 2020) . Uma interpretação é que as
imagens espaciais facilitam a recuperação do contexto do evento,
enquanto as imagens de objetos suportam avaliações reflexivas, como
vivacidade (Aydin, 2018). Juntas, as pesquisas neste campo sugerem
que, embora a representação de amplos detalhes contextuais de um
evento seja provavelmente necessária para uma representação mental
coerente de um evento, a experiência de vivacidade é ainda
impulsionada pela memória para detalhes perceptivos específicos
dentro desse evento, dando suporte à influência aditiva da memória de
detalhes nos julgamentos de vivacidade que observamos.
Embora as análises em nível de grupo pintem um certo quadro
sobre a base objetiva das classificações de vivacidade, é importante
levar em conta e explicar as diferenças individuais em como as pessoas
julgam sua experiência de lembrar. Acredita-se que a vivacidade da
memória relatada seja estável nos indivíduos e tem sido referida mais
como uma característica do que como um fenômeno baseado em
estado (Berg et al., 2021 ). No entanto, não está claro se as pessoas
tendem a basear seus julgamentos de vivacidade nos mesmos atributos
de memória. Usando uma análise de agrupamento, descobrimos que
os participantes diferiam em quais atributos de memória se relacionavam
com seus julgamentos de vivacidade da memória, e essa variação foi
amplamente explicada pela especificidade da memória: alguns
indivíduos relataram uma memória vívida desde que tivessem
recuperado associações de nível essencial, enquanto uma memória
vívida para outros estava ligada à memória para detalhes perceptivos
de elementos recuperados. Achados análogos foram observados no
contexto de alterações de memória relacionadas à idade. Os adultos
mais velhos tendem a relatar classificações tão altas, senão mais altas,
de vivacidade da memória do que os adultos mais jovens, mas há uma desconexão
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entre memória subjetiva e detalhes específicos da memória
episódica (Folville, Simons, et al., 2021) tanto a nível individual
(Duarte et al., 2008) como experimental (Folville, D'Argembeau, &
Bastin, 2020). Uma explicação é que os adultos mais velhos
valorizam mais as informações semânticas ou internas dentro do
córtex pré-frontal ao fazer avaliações de vivacidade em contraste
com os adultos mais jovens, que podem confiar mais na reativação
de detalhes perceptivos no córtex parietal posterior (Johnson et al.,
2015) . . Pesquisas sugeriram que a reativação de informações
semânticas essenciais depende de interações do hipocampo com
uma rede cerebral pré-frontal anterior, enquanto a reativação de
detalhes perceptivos envolve interações com uma rede medial
posterior (Robin & Moscovitch, 2017; Sheldon et al . , 2016 ; Sheldon
& Levine, 2018). Portanto, é possível que as diferenças individuais
e populacionais nas contribuições da memória essencial e detalhada
para a vivacidade subjetiva se relacionem com vieses nas
interações do hipocampo com regiões anteriores e posteriores do
cérebro, respectivamente. Digno de nota, ainda não está claro em
nossas análises e design de tarefas se as informações essenciais e
detalhadas emergem de representações semânticas e perceptivas
distintas ou de um continuum de especificidade representacional
(cf. Schurgin et al., 2020) . Independentemente disso, porém,
nossos resultados destacam que existem diferenças individuais em
como representações grosseiras e precisas de memória se
relacionam com a vivacidade subjetiva da memória.
Uma limitação de nossa tarefa experimental é que existem
muitos outros atributos de memórias de eventos, além dos
elementos aqui testados, que podem ser importantes condutores
de vivacidade e sujeitos a diferenças individuais e populacionais,
incluindo pensamentos internos e estados afetivos. Mesmo nos
Experimentos 2 e 3, onde os atributos de memória objetiva e
vivacidade subjetiva foram mais fortemente acoplados entre as
tentativas dentro dos participantes, a correlação média entre os
participantes foi relativamente baixa (aproximadamente 0,1–0,4),
com uma correlação moderada entre os participantes
(aproximadamente 0,3–0,6 ), sugerindo que uma quantidade
substancial de variação na vivacidade subjetiva pode ser explicada
por outros fatores. Por exemplo, memórias emocionais,
particularmente experiências desagradáveis, são revividas de forma
especialmente vívida (ver Kensinger & Ford, 2020) e são
caracterizadas por uma priorização de informações sensoriais sobre
informações semânticas e contextuais (Bowen et al., 2018).
Curiosamente, porém, os julgamentos de vivacidade de memórias
negativas podem estar menos fortemente ligados à memória para
detalhes perceptivos em comparação com memórias não
emocionais (Cooper et al., 2019), sugerindo que a vivacidade é
adicionalmente influenciada pelo significado afetivo do evento
lembrado. . Na verdade, a vivacidade interna (baseada na memória
para estados internos) e a vivacidade externa (baseada na memória
para informações perceptivas) têm sido consideradas como
processos cognitivos e neurais separados (Ford & Kensinger, 2016),
mas é uma questão em aberto como eles funcionam . são
ponderados em uma avaliação global e subjetiva da memória. Outro componente chave dos eventos é a dinâmica social, ou qualquer componente que se d
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ao longo do tempo. Levar em consideração a influência do conteúdo
social nas avaliações da vivacidade da memória e as diferenças
individuais na priorização da informação social dentro dos eventos
é uma questão importante para pesquisas futuras. Da mesma
forma, pretendemos manipular diretamente a priorização de sociais
(faces) versus não sociais (lugares) em nosso experimento final,
mas não conseguimos validar a manipulação da codificação, que
não influenciou o desempenho da memória. O padrão de relações
entre vivacidade e medidas de memória socioafetiva também pode
fornecer uma nova janela para metacognição e experiência subjetiva
em populações que exibem diferenças em como a informação é
codificada e representada na memória episódica, por exemplo,
autismo (Cooper & Simons, 2019 ) e depressão (Söderlund et al.,
2014).
Em conclusão, pesquisas comportamentais e de neuroimagem
anteriores utilizaram amplamente as classificações de vivacidade
como uma medida de memória e imaginação, com menos
investigação da relação entre medidas objetivas e subjetivas. Até
onde sabemos, não houve uma exploração sistemática do padrão
com o qual diferentes tipos de atributos de memória objetiva
preveem classificações de vivacidade até o momento. Testando a
memória para elementos de eventos distintos em dois níveis de
especificidade, observamos uma relação robusta entre o número
de elementos de eventos de nível essencial lembrados e a
vivacidade da memória, e um benefício único menor de recordar
detalhes perceptivos específicos desses elementos. No entanto,
esse padrão médio foi, de forma importante, acompanhado por
subgrupos separados de participantes que priorizaram de maneira
diferenciada detalhes essenciais e perceptivos ao julgar o quão vividamente eles p
Investigar como os diversos atributos das memórias de eventos
contribuem para a experiência subjetiva de lembrança fornece uma
nova direção frutífera para a compreensão do padrão de diferenças
de memória e imaginação entre as populações.
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Declaração de práticas abertas Os dados e o código de análise para
todos os experimentos estão disponíveis em nosso repositório github:
https://github. com/memobc/paper-vividness-features.
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reivindicações jurisdicionais em mapas publicados e afiliações institucionais.
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