Memória de Longo Prazo

D is c ip l in a P ro c e s s o s P s ic o l ó g ic o s Bá s ic o s

P ro f . M e . L u d m il a M in a rin i
Memória de Longo Prazo
◦ Possui grande capacidade, contendo a lembrança de experiências e informações que
acumulamos durante toda a vida.
◦ Subdivide-se em:

Memória
Memória episódica Memória Procedural Memoria semântica Autobiográfica
•Refere-se a • Refere-se ao •Descreve nosso •Memória de
lembranças de conhecimento conhecimento eventos e assuntos
eventos e episódios sobre o modo de organizado sobre o relacionados a
fazer as coisas, mundo, incluindo própria vida.
habilidades. o conhecimento
das palavras e de
outras informações
não pessoais.
 A codificação na Memória de Longo Prazo
◦ A abordagem da profundidade do processamento argumenta que os tipos profundos e significativos de
processamento da informação levam a uma retenção mais permanente do que os tipos superficiais ou
sensórias de processamento. Como você se saiu na tarefa anterior?
◦ Craik e Lockhart propuseram que isso acontece porque as pessoas conseguem analisar estímulos em muitos
níveis diferentes. Os níveis superficiais incluem análises em termos de características físicas ou sensoriais,
como brilho ou altura do som. Os estímulos analisados em nível superficial tendem a ser esquecidos. Os
níveis profundos exigem análise em termos de significado. Quando se faz análise quanto ao significado,
pode-se pensar em outras associações, imagens e experiências anteriores relacionadas ao estímulo. Os
estímulos analisados em nível muito profundo provavelmente serão relembrados.
◦ Craik e Lockhart descreveram dois tipos de repetição. A repetição de manutenção, em que a pessoa apenas
repete o estímulo em silêncio para si mesma, e a repetição elaborativa, que exige uma análise mais profunda
e mais significativa do estímulo
A codificação na Memória de Longo Prazo
◦ Craik e Lockhart (1986) supõem que os níveis profundos de processamento incentivam a lembrança por causa de
dois fatores: a inconfundibilidade e a elaboração.
Inconfundibilidade
• A inconfundibilidade refere-se ao
modo como o estímulo difere de
todos os outros traços de memória
• É útil, em especial, para aprimorar a
memória quando queremos realçar
diferenças entre itens que, de início,
pareciam extremamente semelhantes
Elaboração
• Exige um processamento rico em
termos de significado.
• È útil ao aprimoramento da
memória quando queremos realçar
semelhanças e relações entre os itens.
Em outras palavras, a elaboração
ajuda-nos a sintetizar informações
 O efeito de auto-referência
◦ Ressalta que as pessoas lembram mais informações quando tentam
relacioná-las a si mesmas.
◦ Francis Bellezza sugere que isto ocorre porque o eu (self) é tratado como
um conjunto especialmente rico de pistas internas com as quais a
informação pode ser associada. Podemos criar com facilidade pistas
associadas ao eu e podemos facilmente ligar essas pistas com a nova
informação durante a etapa de codificação.
 Afirma que a lembrança é melhor se o
contexto da recuperação for semelhante
ao da codificação

Os efeitos do
Contexto: Ressalta-se que “contexto” não se limita a
espaços físicos, pode incluir outras pistas
Especificidade presentes durante a codificação e a recordação,
como a voz de quem fala e o humor.

da Codificação Os psicólogos também tem explicado por que

os efeitos do contexto ajudam-nos a funcionar
de maneira competente em nossa vida
quotidiana. É comum esquecermos itens
associados a contextos diferentes do contexto
atual. Afinal, não precisamos lembrar detalhes
numerosos que poderiam ter sido importantes
em um contexto anterior, mas que não têm
mais importância no momento.
Emoções, Humor e Memória
◦ Os psicólogos definem a emoção como uma reação a um estímulo específico; já o humor refere-
se a uma experiência mais geral e duradoura
◦ Itens agradáveis são muitas vezes mais bem evocados do que os desagradáveis ou neutros:
→ As informações positivas são processadas de maneira mais eficaz do que as negativas

JARDIM FACA ANIVERSÁRIO MORTE

SORRISO LIVRO LÁGRIMA BRINDE

AMBULÂNCIA COMÉDIA ÁGUA REMÉDIO

 Congruência do humor: A memória é melhor quando o
Emoções, Humor e material a ser aprendido é congruente com o humor da
pessoa.
Memória
Esse achado é importante para os psicólogos clínicos. Se
as pessoas depressivas tendem a esquecer as experiências
positivas que tiveram - lembrando somente as
experiências negativas-, a depressão poderia aumentar
ainda mais.

Memória dependente do humor: Maior propensão a

lembrar do material se o humor que a pessoa estiver
durante a evocação se equivaler ao humor da codificação
(princípio da especificidade da codificação)
Figura Comércio Movimento Povoado Navio

Janela Número Rena Costume Quantidade

Colega Conselho Duzia Flor Cozinha

Livraria
◦Anote numa folha de papel
todas as palavras que
conseguir lembrar e vire a
folha
Anote quais das palavras a seguir estavam na lista
original e vire esta folha também

Lenha Colega Folheto Malhação Número Manteiga

Movimento Mesa Gente Dúzia Guardanapo Figura

Cozinha Livraria Berço Conselho

 1- Três cômodos de uma casa
típica

Agora, escreva o 2 – Três itens associados ao

natal
nome de:

3- Três tipos diferentes de loja

 • Tarefa de memória explícita (ou
declarativa):
→Os pesquisadores instruem os
participantes a 'lembrarem' informações
→Os participantes têm consciência que a
A recuperação memória está sendo testada
→ O teste exige recuperação intencional
na memória de de informações previamente aprendidas
→ As tarefas podem ser de:
longo prazo Evocação: “...fale todas as palavras que
conseguir se lembrar da lista colorida
anterior”
Reconhecimento: “a palavra 'satisfação'
estava na lista do slide anterior?
 A recuperação na memória de longo prazo
• Tarefa de memória implícita (ou não-declarativa):
→ Os pesquisadores pedem que os participantes executem algum tipo de tarefa cognitiva.
→ A experiência prévia com o material facilita a tarefa
→ Palavras como 'lembrar' e 'recordar' não são usadas nas instruções pois o desempenho dos
participantes não depende de uma recordação consciente.
→ Mostra os efeitos de uma experiência anterior que vêm à tona em nosso comportamento costumeiro
quando não estamos fazendo um esforço consciente para lembrar o passado

A explicação teórica para a memória implícita ainda não é clara. Um dos impasses não resolvidos refere-se
à natureza da distinção entre memória explícita e memória implícita. Alguns teóricos argumentam que a
memória explícita é um sistema distintamente separado da memória implícita. Outros sustentam que as
tarefas de memória explícita e as de memória implícita simplesmente mensuram aspectos diferentes do
mesmo sistema de memória
MEMPORIA DE
PRAZO MUITO
LONGO
(PERMASTORE)
 • Desempenho superior em um conjunto de
tarefas numa determinada área de ação
alcançada pelo treino deliberado durante um
período de pelo menos 10 anos
•
Em que diferem experts e novatos?
1→ Estrutura de conhecimento bem organizada
e cuidadosamente aprendida
2→Imagens visuais mais nítidas
Expertise 3→Mais propensos a reorganizar o material que
precisam lembrar, formando chunks
significativos, que agrupam material relacionado
4→Os experts repetem de maneira diferente
5→ São mais hábeis na reconstrução de
trechos de informações que faltam num material
que é parcialmente lembrado
Sujeitos Amnésicos

Amnésia Amnésia
Anterógrada Retrógrada
Perda de memória
para fatos ocorridos
Os portadores de amnésia anterógrada muitas vezes não evocam quase nada nos testes
depois de terdehavido
memória
dano. solicitados a lembrar
explícita, como a evocação ou o reconhecimento. Ou seja, não se saem bem quando
conscientemente um fato acontecido depois que desenvolveram a amnésia. No entanto, é interessante
observar que eles costumam apresentar um desempenho bem exato nos testes de memória implícita.