O documento discute duas teorias sobre posse - a subjetiva de Savigny e a objetiva de Ihering. De acordo com Ihering, a posse se revela pela conduta exterior do dono em relação à coisa, não sendo necessário contato físico ou animus. A visibilidade da posse é fator decisivo para a segurança da posse. O dono deve fazer uso normal econômico da coisa para caracterizar a posse.
O documento discute duas teorias sobre posse - a subjetiva de Savigny e a objetiva de Ihering. De acordo com Ihering, a posse se revela pela conduta exterior do dono em relação à coisa, não sendo necessário contato físico ou animus. A visibilidade da posse é fator decisivo para a segurança da posse. O dono deve fazer uso normal econômico da coisa para caracterizar a posse.
O documento discute duas teorias sobre posse - a subjetiva de Savigny e a objetiva de Ihering. De acordo com Ihering, a posse se revela pela conduta exterior do dono em relação à coisa, não sendo necessário contato físico ou animus. A visibilidade da posse é fator decisivo para a segurança da posse. O dono deve fazer uso normal econômico da coisa para caracterizar a posse.
Há duas importantes teorias sobre a posse, a teoria subjetiva de Savigny e a
teoria objetiva de Rudolf von Ihering, embasada no direito germânico, adotada, inclusive pelo Código Civil de 2002, consagrado no art. 1.196. O corpus é o único elemento da posse, segundo Ihering, não sendo necessário o contato físico. A posse se revela pela conduta do dono em face da coisa, atendendo sua função social. O animus – elemento psíquico – que representa a vontade de exercer do proprietário, está incluído somente na vontade de agir do dono, não sendo obrigatório para a instituição da posse.
A conduta de dono pode ser analisada de forma objetiva, não sendo
necessária uma profunda pesquisa, visto que a posse é algo visível, o dono a ostenta, havendo exceção para alguns casos, como o próprio Ihering exemplifica, na situação de um terreno comprado no inverno que ainda não foi cultivado, o dono deve provar sua posse através de documento.
Continua Ihering, dizendo que a visibilidade da possa é fator decisivo de
influência na segurança da posse, sendo possível resumir a aludida teoria como a exterioridade ou visibilidade do domínio. Entretanto, é importante ressaltar que não é necessária a apreensão do objeto.
Faz-se necessário comentar sobre a destinação econômica da coisa na teoria
de Ihering. Segundo, ele o dono deve fazer o uso normal da coisa, com seu devido fim econômico para que se possa caracterizar a posse. Exemplificando: naturalmente, um individuo não guarda dinheiro no chão jardim, caso ele faça isso, estará agindo de forma anormal, sendo uma descaracterização da posse.
Para Ihering, o que pode retira do comportamento esse caráter,
transformando-o em detenção, é ocorrência de algum óbice legal, sendo detenção, no conceito do aludido jurista, uma posse degradada. Aqui distinguem-se as teorias subjetiva e objetiva: para Savigny, é necessário o corpus junto à affectio tenendi, como a sobrevinda do animus domini, havendo a conversão de detenção em posse; ao passo que para Ihering, tão somente importa o corpus e a affectio tenendi para a geração da posse, que pode se desfigurar em mera detenção no caso de impedimento legal.