O documento discute os conceitos de posse e propriedade no direito civil brasileiro. Apresenta as teorias sobre a natureza da posse (fato ou direito), as teorias subjetiva, objetiva e social sobre a caracterização da posse, e distingue posse de detenção. Discorre também sobre a função social da posse e os direitos do possuidor de manter e recuperar a posse por conta própria.
O documento discute os conceitos de posse e propriedade no direito civil brasileiro. Apresenta as teorias sobre a natureza da posse (fato ou direito), as teorias subjetiva, objetiva e social sobre a caracterização da posse, e distingue posse de detenção. Discorre também sobre a função social da posse e os direitos do possuidor de manter e recuperar a posse por conta própria.
O documento discute os conceitos de posse e propriedade no direito civil brasileiro. Apresenta as teorias sobre a natureza da posse (fato ou direito), as teorias subjetiva, objetiva e social sobre a caracterização da posse, e distingue posse de detenção. Discorre também sobre a função social da posse e os direitos do possuidor de manter e recuperar a posse por conta própria.
Professor: Simmel Sheldon de Almeida Lopes POSSE • A posse é um fato ou um direito? • José Carlos Moreira Alves – Existem duas grandes correntes, uma que trata a posse como mero fato – possuir/ser detentor de algo, e a segunda que diz afirma que a posse também é um direito. • Tartuce – pag. 66 – “A posse pode ser conceituada como sendo o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa... A posse constitui um direito, com natureza jurídica especial” • Art. 1.196 do Código Civil - Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade POSSE • Teoria Subjetiva (Friedrich Carl von Savigny) – Corpus + Animus • Teoria Objetiva (Ihering) – Corpus – Código Civil de 1916 e 2002 – • Teoria Social (Marco Aurélio Bezerra de Melo, Renato Duarte Franco de Moraes) – Corpus + Animus + Destinação – Aceita para o instituto da usucapião. • Enunciado 492 da V jornada de Direito Civil - A posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve expressar o aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e sociais merecedores de tutela. POSSE COMO DIREITO SOCIAL • Redução do prazo de usucapião pelo código civil – de 15 para 10 anos no extraordinário – de 10 para 5 no ordinário; • A redução ocorre diante de uma situação de possetrabalho, nos casos em que aquele que tem a posse utiliza o imóvel com intuito demoradia, ou realiza obras e investimentos de caráter produtivo, com relevante carátersocial e econômico. • Função social da posse por igual está presente no tratamento da desapropriação judicial privada por posse-trabalho, prevista no art. 1.228, §§ 4.º e 5.º, do CC de 2002. POSSE X DETENÇÃO • Art. 1.198 do CC, “considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário” • Maria Helena Diniz o detentor ou fâmulo de posse, também denominado gestor da posse, detentor dependente ou servidor da posse, tem a coisa apenas em virtude de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação (ato de mera custódia). • Luciano de Camargo Penteado – “a posse consiste no exercício em nome próprio de um poder do domínio, a detenção consiste, numa de suas modalidades, no exercício em nome alheio” POSSE X DETENÇÃO • Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. • “O detentor (art. 1.198 do Código Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a autodefesa do bem sob seu poder” – Enunciado 493 – V Jornada de Direito Civil