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PROFESSOR RONNIE HERBERT BARROS SOARES

POSSE – PARTE I
PARA COMEÇAR PENSE DE QUEM É?
E AQUI A QUEM ATRIBUIR A COISA?

Qual será a relação do empregado com


a coisa objeto de propriedade ou
mesmo de posse de seu empregador?
A MATRÍCULA DO IMÓVEL
POSSE
• O QUE É A POSSE?
• QUAL A SUA ORIGEM HISTÓRICA?
• QUAL A SUA NATUREZA JURÍDICA?
• O QUE PODE SER OBJETO DA POSSE
• O QUE É JUS POSSIDENDI E JUS POSSESSIONIS
Quem merece proteção?
• Se alguém se mantém, pacificamente, na posse de um bem
(móvel ou imóvel), cria uma situação possessória, que lhe
proporciona direito a proteção, chamado de jus possesionis
(posse autônoma). A posse titulada é denominada jus possidendi
ou posse causal.
• Em ambos os casos, é assegurado o direito à proteção dessa
situação contra atos de violência, para garantia da paz social
Subjetiva
(SAVIGNY
)
Os códigos de 1916 e 2002
seguiram primordialmente a
teoria objetiva
(CC. 16 – art. 485; CC 2002 – art.
1196)

Teorias
sobre a
posse
Sociológica
Objetiva (PEROZZI,
SALEILLES.
(IHERING) HERNANDES GIL)
I- Subjetiva: a posse caracteriza-se pela
conjugação do corpus (elemento objetivo que
consiste na detenção física da coisa_ e o
animus ( elemento subjetivo, que se encontra
na intenção de exercer sobre a coisa um poder
no interesse próprio – animus rem sibi
habendi.)

II- Objetiva: Considera o animus já incluído no


corpus, que significa conduta de dono. Esta
Teorias pode ser analisada objetivamente, sem a
necessidade de pesquisar-se a intenção do
agente. A posse, então, é a exteriorização do
domínio. O CC brasileiro adotou tal teoria (art.
1.196)

III- Sociológica: Dá ênfase ao caráter


econômico e à função social da posse.
Para Ihering, cuja teoria o nosso direito
positivo acolheu, posse é conduta de
dono, sempre que haja o exercício dos
poderes de fato, inerentes à propriedade,
existe posse, a não ser que alguma norma
(como os arts. 1.198 e 1.208, p. ex.) diga
Conceito que esse exercício configura detenção, e
não a posse.

Há situações em que uma pessoa não é


considerada possuidora, mesmo
exercendo poderes de fato sobre uma
coisa. Isso acontece quando a lei
desqualifica a relação para mera
Posse # detenção detenção, como faz nos arts. 1.198, 1.208
e 1.224, p. ex. Somente a posse gera
efeitos jurídicos.
Quase posse Os romanos só consideravam posse a emanada do
direito de propriedade. A exercida nos termos de
qualquer direito real menor (servidão e usufruto, p.
ex.) era chamada de quase posse, por ser aplicada aos
direitos ou coisas incorpóreas. Tais situações são hoje
tratadas como posse propriamente dita.

Posse dos direitos pessoais O direito das coisas compreende tão só bens
materiais: a propriedade e seus desmembramentos.
Tem por objeto, pois, bens corpóreos. Para a defesa
dos direitos pessoais incorpóreos, são hoje utilizadas
as cautelares inominadas.

Natureza jurídica A posse tem natureza dupla: é fato e direito.


Considerada em si mesma, é um fato, mas pelos
efeitos que gera, entra na esfera do direito. Segundo
Beviláqua, a posse não é direito real, nem pessoal,
mas um direito especial.

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