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PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261

Semana Aula: 1
Articulação Teoria e Prática

Tema
Apresentação da disciplina Prática Simulada V. Articulação Teoria e Prática. Petições iniciais e
recursos. Estruturas das peças. Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.

Palavras­chave
Articulação Teoria e Prática. Petição inicial ­ Recursos

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:


Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso. Conhecer:
as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em articulação com as
disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino centrada na elaboração de peças processuais a
partir de casos concretos e a bibliografia básica e complementar.

Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Processual Civil acerca de
petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais previstos em lei.

Estrutura de Conteúdo

. Petição inicial

Endereçamento

Partes

Fatos e Fundamentos

Pedido

Provas

Valor da causa

. Recursos

Peça de interposição

Endereçamento

Partes

Preparo, Efeito, Remessa

Peça de Razões do Recurso

Requisitos

Razões da reforma

Requerimentos

Estratégias de Aprendizagem
Estratégias de Aprendizagem

A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática simulada V e aos
requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e um recurso dentro dos padrões da técnica
jurídica.

Como se trata de uma apresentação da disciplina, a leitura prévia de parte do capitulo 1 do Livro
Didático servirá como uma base fundamental para o entendimento do conteúdo a ser ministrado pelo
professor em sala de aula.

Recomenda­se:

­ ­Navegar pela webaula e conhecer os vários recursos e ferramentas úteis para trabalhar com o
conteúdo desta aula.

­ Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DA AULA

1. Petição inicial

Conceito ­ A petição inicial, instrumento de demanda, é a peça escrita na qual o autor formula o pedido
de tutela jurisdicional ao Estado­juiz, para que diga o direito no caso concreto.

Elementos

Deve a peça indicar (art. 319 do CPC):

I – o juiz ou tribunal a que é dirigida (EM CAIXA ALTA).

II – as partes – autor e réu (NOMES EM CAIXA ALTA) – e a sua qualificação

III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, isto é, a causa de pedir e o nexo que, ao ver do autor,
existe entre ela e o efeito jurídico afirmado ou, em outras palavras, o porquê do pedido.

IV – o pedido, com as suas especificações, identificando­se claramente:

ꞏ o objeto imediato (natureza da tutela jurisdicional pretendida: condenatória, declaratória,


constitutiva ou desconstitutiva, cominatória ou executiva lato sensu) e o objeto mediato (objeto da
pretensão de direito material);

ꞏ o objeto certo e determinado, ressalvadas as hipóteses de admissibilidade de pedido mediato


genérico;

ꞏ a cominação pecuniária para o caso de descumprimento da sentença, se o autor pedir a


condenação do réu a abster­se da prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato
que não possa ser realizado por terceiro;

ꞏ em caso de pedido de tutelas de urgência/liminar, este será o primeiro item do pedido, sendo
necessária a prévia fundamentação, na causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase
no preenchimento dos requisitos legais exigidos para cada instituto, por exemplo: fumus boni iuris e
periculum in mora.

V – o valor da causa do ponto de vista processual.


periculum in mora.

V – o valor da causa do ponto de vista processual.

VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a veracidade dos fatos alegados devem ser
requeridas na inicial, que deverá ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação,
observando que em alguns casos exige­se o direito líquido e certo, logo não há que se falar em produção
de provas no curso da ação.

VII – o requerimento de citação do réu.

VIII – a declaração do endereço em que o advogado receberá intimações.

A petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com absoluta clareza, a pretensão do Autor à
tutela jurisdicional. Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam a eficácia da peça como
veículo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador.

Aspectos formais da petição inicial

Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual:

ꞏ Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.

ꞏ margem direita de 2cm;

ꞏ margem esquerda de 4cm;

ꞏ fonte, no mínimo, 12;

ꞏ espaço de entrelinha 1,5;

ꞏ recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;

ꞏ alinhamento justificado;

ꞏ órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;

ꞏ 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;

ꞏ nomes das partes em caixa alta;

ꞏ nomes dos representantes legais em caixa baixa;

ꞏ nome da ação em caixa alta;

ꞏ discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);

ꞏ fatos narrados em ordem cronológica;

ꞏ parágrafos curtos;

ꞏ coesão e coerência no discurso;

ꞏ nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);

ꞏ quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;

ꞏ a conclusão da causa de pedir é muito importante, devendo ser um fecho adequado para a
pretensão do Autor;
reduzido a simples;

ꞏ a conclusão da causa de pedir é muito importante, devendo ser um fecho adequado para a
pretensão do Autor;

ꞏ não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;

ꞏ o pedido segue a ordem dos atos processuais que serão realizados, devendo ser claro, conciso e,
de preferência, dividido em itens;

ꞏ prova não é item do pedido;

ꞏ os meios de prova que serão produzidos devem ser indicados

ꞏ o valor da causa deve ser expresso em reais (R$ xxxx).

1. Recursos

Conceito ­ Assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a decisão
impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a
irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado.

Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se possa apreciar o
conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível. Quando o órgão a que
compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz­se que ele não conhece do recurso. O juízo de
admissibilidade é preliminar ao de mérito.

Requisitos de admissibilidade

Intrínsecos: cabimento; legitimação para recorrer; interesse em recorrer e inexistência de fato


impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.

Extrínsecos: tempestividade, regularidade formal e preparo.

Juízo De Mérito: após a preliminar da admissibilidade e, cumpre apreciar a matéria impugnada para
acolhê­la, caso fundada, ou rejeitá­la, caso infundada. O objeto do juízo de mérito é o próprio conteúdo
da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão em razão
da má apreciação da questão de direito ou da questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer error in
procedendo =>> invalidação da decisão por vício de atividade.

Efeitos Da Interposição

impedimento ao trânsito em julgado


efeito suspensivo
efeito devolutivo

Aspectos formais dos recursos

Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual recursal:

ꞏ Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.

ꞏ margem direita de 2cm;

ꞏ margem esquerda de 4cm;

ꞏ fonte, no mínimo, 12;

ꞏ espaço de entrelinha 1,5;

ꞏ recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;

ꞏ alinhamento justificado;
ꞏ espaço de entrelinha 1,5;

ꞏ recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;

ꞏ alinhamento justificado;

ꞏ órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;

ꞏ 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;

ꞏ nomes das partes em caixa alta;

ꞏ nomes dos representantes legais em caixa baixa;

ꞏ nome da ação e do Recurso em caixa alta;

ꞏ discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);

ꞏ síntese dos fatos narrados em ordem cronológica;

ꞏ parágrafos curtos;

ꞏ coesão e coerência no discurso;

ꞏ nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);

ꞏ quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;

ꞏ não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;

Peça de Interposição

ꞏ Endereçamento do Recurso

ꞏ Espaço destinado ao número do processo.

ꞏ Muito embora na prática do dia a dia não qualifiquemos as partes, haja vista o fato de que já
estão qualificados na inicial, quando for o caso do recurso de Apelação, apelante e apelado devem
ter a qualificação completa na peça de interposição, conforme preceitua o artigo 1.010, inciso I do
CPC, e no recurso de Agravo de Instrumento torna­se obrigatória a qualificação considerando sua
interposição fora dos autos. Quantos aos demais recursos usar a forma: já qualificado.

Identificar as partes (recorrente e recorrido); a ação; o inconformismo com a decisão; informar que
as razões seguem anexo; preparo; efeito que deverá ser recebido; requerer a remessa ao órgão
julgador.

Peça de Razões do Recurso

ꞏ Identificar e saudar o órgão julgador

ꞏ Abordar os requisitos específicos de alguns recursos, por exemplo: para o Recurso


Extraordinário deverão ser abordados: repercussão geral, prequestionamento, cabimento,
tempestividade etc.

ꞏ Apresentar uma breve síntese da causa e adentrar no mérito abordando os fundamentos


específicos relacionados ao caso.

ꞏ Ao final apresentar o requerimento de reforma/anulação da decisão.


específicos relacionados ao caso.

ꞏ Ao final apresentar o requerimento de reforma/anulação da decisão.

ꞏ Concluir a peça indicando local, data e assinatura do Advogado.

Recurso Extraordinário – Constituição Federal – art. 102, III, letras “a”, “b” e “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.

Recurso Especial – Constituição Federal – artigo 105, inciso III, letras “a”, “b”, “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.

Recurso Ordinário – Seu cabimento está disciplinado pelos arts. 102, II letras “a”, 105, II, “b” e “c” da
Constituição da República e arts. 1.027 e 1.028 do CPC

Indicação de Leitura Específica


DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 1. 18° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL ­ PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA...(livre distribuição) VARA CÍVEL DA


COMARCA... (Município Y)

(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)

ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO...

ou

AO JUÍZO DA ......VARA ..... (observar art. 319, I, do CPC e Código de Organização e Divisão
Judiciária do seu Estado)
(NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), nacionalidade, estado civil (ou a existência de união
estável), profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o
nº..., endereço eletrônico, domicílio, residente (endereço completo / respeitar esta ordem de
qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional
(endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem propor

AÇÃO _______,

pelo procedimento comum ou especial , e m f a c e d e (NOME COMPELTO DA PARTE RÉ),


nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de
identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio,
residente (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

I ­ PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER)

II ­ GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER)

III­ DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO DA


AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (QUANDO COUBER)

IV ­ DOS FATOS

V ­ DOS FUNDAMENTOS

VI ­ TUTELA PROVISÓRIA (URGENCIA /EVIDENCIA) (QUANDO COUBER)

VII ­ DO PEDIDO
VII ­ DO PEDIDO

Diante do exposto, requer:

A ­ Prioridade na tramitação (QUANDO COUBER).

B­ Gratuidade de justiça (QUANDO COUBER).

C­ Concessão/Deferimento da Tutela provisória (urgência/evidencia), (QUANDO COUBER).

D­ Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento


(QUANDO COUBER).

E­ Citação do réu para integrar a relação processual.

F­ Que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato) e (pedido mediato).

G­ Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários
advocatícios.

DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do
CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.

DO VALOR DA CAUSA

Dá­se à causa o valor de R$... (valor expresso em reais).

Pede deferimento.

Local, (Dia), (Mês) de (Ano).

Nome do Advogado

OAB/(Sigla do Estado)

ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL – Recurso Extraordinário

(PEÇA DE INTERPOSIÇÃO – sobre: ver artigo 1.029 da lei 13.105/15 – CPC)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO ESTADO X

(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)


(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)

Processo número...

(RECORRENTE), já qualificado nos autos da AÇÃO ..... com pedido de antecipação dos efeitos da
tutela, que move em face de (RECORRIDO), por seu advogado que esta subscreve, com endereço
profissional na Rua..., Bairro..., Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas intimações
nos termos do artigo 77, inciso V, do Código de Processo Civil, vem, inconformado com acórdão de
folhas nº..., proferido por esse Tribunal de Justiça, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102,
inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal/88 e artigo 1.029 do CPC, interpor

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

para o Supremo Tribunal Federal, cujas razões seguem em anexo, deixando o recorrente de preparar o
recurso, considerando que é beneficiário da Gratuidade de Justiça, conforme se verifica nos autos à fl.
..., requerendo, seja estendida a gratuidade ao presente recurso, haja vista não possuir condições
financeiras de arcar com o pagamento das custas e dos honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família

Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a intimação da parte recorrida, facultando­lhe a
apresentação de contrarrazões no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 1.030 do CPC.

Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com consequente
remessa do presente recurso ao Supremo Tribunal Federal.

Termos em que

pede deferimento.

Local..., data...

Assinatura do Advogado

OAB/UF

(PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS)

RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RECORRENTE: JOSÉ DA SILVA

RECORRIDO: MUNICÍPIO Y

PROCESSO NÚMERO...

Egrégio Tribunal,

Colenda Turma

Nobres Julgadores.

Não merece prosperar o venerando acórdão que negou provimento ao recurso de apelação, uma vez que
a decisão viola princípios constitucionais e direitos fundamentais.

(espaço de duas linhas)

DA ADMISSIBILIDADE

Da Tempestividade

Facilmente se depreende do quadro abaixo a tempestividade na interposição [...]

Do Cabimento

É cabível o presente recurso nos termos [...]

Do Prequestionamento

Como se observa da análise do acórdão ora em debate, a matéria trazida à baila foi devidamente
prequestionada [...]

Da Repercussão Geral

Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, § 3º da CRFB/88, o recorrente vem
demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral apta a ensejar admissibilidade do
apelo extraordinário por essa Corte.

[...]

EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO

DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DE INVALIDAÇÃO DA DECISÃO


DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DE INVALIDAÇÃO DA DECISÃO
RECORRIDA

DO PEDIDO

Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário seja
CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado

pede deferimento.

Local..., data...

Advogado...

OAB/UF n.º...

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 2.

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 2
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Tema
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:


ꞏ Identificar a modalidade de mandado de Injunção (individual ou coletivo), a competência para
julgamento do remédio constitucional e o rito procedimental;
ꞏ Identificar os pressupostos para a impetração do Mandado de Injunção e sua diferença quanto Ação
Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)
ꞏ Identificar os legitimados, considerando a autoridade omissa;
ꞏ Requerer a procedência para declarar a omissão normativa;
ꞏ Redigir a peça com especial atenção à fundamentação de fato e de direito.

Estrutura de Conteúdo

. Mandado de Injunção

. Competência;
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 2
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Tema
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:


ꞏ Identificar a modalidade de mandado de Injunção (individual ou coletivo), a competência para
julgamento do remédio constitucional e o rito procedimental;
ꞏ Identificar os pressupostos para a impetração do Mandado de Injunção e sua diferença quanto Ação
Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)
ꞏ Identificar os legitimados, considerando a autoridade omissa;
ꞏ Requerer a procedência para declarar a omissão normativa;
ꞏ Redigir a peça com especial atenção à fundamentação de fato e de direito.

Estrutura de Conteúdo

. Mandado de Injunção

. Competência;

. Legitimação;

. Requisitos;

. Distinção quanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão.

. Fundamentação: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art.
30, II, todos da CRFB/88.

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O mandado de injunção tem como fundamento o artigo 5º, inciso LXXI da CRFB/88.

A Lei nº 13.300/16 que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e
coletivo e dá outras providências.

CONCEITUAÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃO

Para Alexandre de Moraes: O Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter
civil, e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar
o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal?.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 177 e 178.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL


REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Consideram­se seus pressupostos a falta de norma reguladora de uma previsão constitucional (omissão
total ou parcial do Poder Público) e inviabilização do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

A competência para conhecer do mandado de injunção será fixada de acordo com a autoridade omissa,
conforme preceitua, por exemplo, a CRFB/88 em seus artigos 102, I, ?q?, competência originária do STF
e 105, I, ?h?, competência originária do STJ e, em âmbito estadual, as Constituições Estaduais poderão
fazer prever a competência, que pertencerá aos Tribunais de Justiça, por meio de seus Regimentos
Internos.

O legitimado passivo é aquele que tinha dever de editar a norma regulamentadora que viabilizaria o
exercício pleno os direitos fundamentais. Para a legitimidade ativa no Mandado de Injunção (individual)
­ pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, cujo direito fundamental esteja inviabilizado à
espera de uma norma que o regulamente. Já para o Mandado de Injunção (coletivo) mesmos que podem
impetrar o mandado de segurança coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88 e artigo 3, da Lei nº 13.300/16).

A intervenção do Ministério Público é obrigatória, artigo 07°, da Lei nº 13.300/16.

Fundamentos: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art. 30, II,
todos da CRFB/88.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 02 está baseada no item 2.1. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da omissão de autoridade competente em editar determinada norma, o que
inviabiliza o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição
Federal.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Inúmeros são os julgados existentes no sentido de acolher o mandado de injunção visando declarar a
omissão legislativa. Alguns links de busca: www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?
q=Mandado...injunção www.stf.jus.br/arquivo/cms/.../anexo/mandadoinjuncao.pdf
www.conjur.com.br/.../toda­www.conjur.com.br/.../toda­prova­mandado­injuncao­jurisprudencia­stf­stj
www.jurisite.com.br/doutrinas/Constitucional/doutconst72.html

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica


­ Lei n. 13.300, de 23 de junho de 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO

Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional
em estação de tratamento de esgoto, submetendo­se à exposição constante a agentes nocivos à saúde.
Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade.
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a
lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o
exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando­se, assim, o
direito previsto na constituição estadual a tal benefício:
Lei orgânica do Município Y.
Art. 51 ­ Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
(...)
III ­ regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
Constituição do Estado de São Paulo.
Artigo 126 ­ Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
(...)
§ 4º ­ É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I­ portadores de deficiência;
II ­ que exerçam atividades de risco;
III ­ cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física.

Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao
Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora
estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o
exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na
qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y
promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando­
se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.

Considerações Adicionais

Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:


fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 3
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo

Tema
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo

Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Licitação ­ Lei nº 8.666/93

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:


PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 3
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo

Tema
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo

Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Licitação ­ Lei nº 8.666/93

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação mandamental; identificar a autoridade


coatora e o órgão de vinculação; requerer a segurança, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente ao Mandado de Segurança.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Mandamental ­ Mandado de Segurança.
. Rito procedimental;
. Violação do Direito Líquido e Certo;
. Tutela de Urgência ­ Liminar ­ art. 7°, III, da Lei nª 12.016/90
. Constituição Federal;
. Lei nº 8.666/93 ­ Licitações

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

Remédio constitucional com vistas a combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

O fundamento do Mandado de Segurança se encontra localizado na Constituição Federal de 1988 em seu


artigo 5º, LXIX e LXX e na Lei nº 12.016/2009, que dispõe sobre o Mandado de Segurança Individual e
Coletivo.

CONCEITO DE MANDADO DE SEGURANÇA

O Mandado de Segurança, na definição de Hely Lopes Meirelles, é: o meio constitucional posto à


disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade
reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça?. (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança,
ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 18ª. ed. (atualizada por Arnoldo
Wald). São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 03).

MODALIDADES E CABIMENTO

a) Mandado de Segurança Individual (artigo 5º, LXIX, CRFB/88) ­ é utilizado na proteção do direito do
indivíduo, onde o impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, as
MODALIDADES E CABIMENTO

a) Mandado de Segurança Individual (artigo 5º, LXIX, CRFB/88) ­ é utilizado na proteção do direito do
indivíduo, onde o impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, as
universalidades de bens (espólio, massa falida etc.), a pessoa jurídica; b) Mandado de Segurança
Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) ? é utilizado para facilitar o acesso de pessoas jurídicas, na defesa
de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional.

Cabe ressaltar a necessidade de existência de direito liquido e certo para a impetração.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Disciplina o artigo 23, da Lei nº 12.016/09 que deve ser obedecido o prazo de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar.

A competência para o Mandado de Segurança é definida em função da autoridade coatora. Ressalta­se a


previsão dos artigos 102, I, d, 105, I, b, 108, I, c, e 109, VIII, da CRFB/88 e previsão nos Regimentos
Internos dos Tribunais dos Estados.

Embora a jurisprudência siga no caminho de que o legitimado passivo é a autoridade coatora que pratica
ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, a doutrina não é
unânime em relação a esse posicionamento, havendo entendimento de que o polo passivo deve ser
ocupado pela jurídica a que está vinculada a autoridade coatora.

A intervenção do Ministério Público é obrigatória, aplicação do artigo 12, da Lei nº 12.016/09.

Fundamento: artigo 5º, LV e LXIX, CRFB/88;

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 03 está baseada no item 2.2. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da ocorrência de ato ilegal e/ou abusivo praticado por autoridade.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Inúmeros são os julgados existentes no sentido de conceder a segurança por violação a direito liquido e
certo. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;
www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MEIRELLES; Hely Lopes. atualizado pelo Arnold Wald e pelo Gilmar Mendes. Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 37° Edição. 2016.

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA, Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.


PADILHA, Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB ? Direito Administrativo. Adaptado.

Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe
fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora
pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota.
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e
derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo
Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo
tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi
absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em
julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão
nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da
imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação
da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final,
que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à
servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em
11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial,
ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as
medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades
financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua
cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados.

Elabore a peça adequada, considerando que:

I. não há necessidade de dilação probatória;

II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão;

III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 4

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 4
Habeas Data ­ Direito Constitucional

Tema
Habeas Data ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Habeas Data ­ Direito Constitucional ­ Direito a Informação ­ Lei nº 9.507/97

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:


PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 4
Habeas Data ­ Direito Constitucional

Tema
Habeas Data ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Habeas Data ­ Direito Constitucional ­ Direito a Informação ­ Lei nº 9.507/97

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar a


autoridade coatora e o órgão de vinculação; requerer a procedência do pedido para invalidar o ato
ilegal/abusivo, observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Data.

Estrutura de Conteúdo

. Habeas Data
. Competência;
. Legitimação;
. Cabimento
. Fundamentos ­ CRFB/88, art. 5º, LXXII; Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O habeas data tem por finalidade tutelar o direito de informação e intimidade do indivíduo, tendo
previsão constitucional no artigo 5º, LXXII, CRFB, e na Lei nº 9.507/97 que disciplina o remédio
constitucional.

CONCEITO DE HABEAS DATA

Nas palavras de Alexandre de Moraes: Assim, pode­se definir o habeas data como o direito que assiste a
todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais
estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam
retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. (MORAES, Alexandre de.
Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 148).

FINALIDADE

Tem por finalidade a obtenção de informações existentes na entidade governamental ou daquelas de


caráter público, e ainda eventual retificação dos dados nelas constantes. O direito de retificar eventuais
informações errôneas, obsoletas ou discriminatórias constitui um complemento inseparável ao direito de
acesso às informações.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A competência par impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora,
com previsão nos artigos 102, I, d; 105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A competência par impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora,
com previsão nos artigos 102, I, d; 105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei
9.507/97.

O habeas data pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, desde que se enquadrem nas
hipóteses dos artigos 5º, LXII, da CRFB/88 e artigo 7º da Lei 9.507/97; já o legitimado passivo é
qualquer entidade governamental, pessoa jurídica de direito público ou privada, prestadores de serviços
de caráter público que detenham dados referentes às pessoas físicas ou jurídicas (exemplo: SPC,
SERASA).

Obrigatoriedade de oitiva do Ministério Público, aplicação do artigo 12, da Lei nº 9.507/97.

Fundamento: CRFB/88, art. 5º, LXXII; Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 04 está baseada no item 2.3. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da negativa de informação ou negativa de retificação de dados.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Inúmeros são os julgados existentes no sentido de julgar procedente o pedido concedendo ao direito as
informações e retificação das informações devidos ao cidadão. Alguns sites de busca:
www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO: OAB 2010.3 ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­ ÁREA: DIREITO


CONSITUTCIONAL.

Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos


que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes
estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos
órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais.
Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo
Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo
das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para
Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo
Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo
das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para
todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado,
que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio.

Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando:

a) competência do Juízo;

b) legitimidade ativa e passiva;

c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;

d) os requisitos formais da peça inaugural.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 5

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 5
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional

Tema
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional ­ Direito a Liberdade ­ Ato Ilegal

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar a


autoridade coatora e o órgão de vinculação; requerer a procedência do pedido para concessão da ordem,
observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Corpus.

Estrutura de Conteúdo
. Habeas Corpus ­ Preventivo ou Repressivo
. Competência;
. Legitimação;
. Fundamentos ­ Constituição Federal ­ garantia constitucional, artigo 5º, inciso LXVIII, CRFB/88;
artigo 60, § 4º, da CRFB/88; artigo 648, I, do CPP, pois o fato é atípico; art. 5, XV, CRFB/88;
art. 5º, LIV, CRFB/88; art. 93, IX, CRFB/88.
. Cabimento

Estratégias de Aprendizagem
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 5
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional

Tema
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional ­ Direito a Liberdade ­ Ato Ilegal

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar a


autoridade coatora e o órgão de vinculação; requerer a procedência do pedido para concessão da ordem,
observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Corpus.

Estrutura de Conteúdo
. Habeas Corpus ­ Preventivo ou Repressivo
. Competência;
. Legitimação;
. Fundamentos ­ Constituição Federal ­ garantia constitucional, artigo 5º, inciso LXVIII, CRFB/88;
artigo 60, § 4º, da CRFB/88; artigo 648, I, do CPP, pois o fato é atípico; art. 5, XV, CRFB/88;
art. 5º, LIV, CRFB/88; art. 93, IX, CRFB/88.
. Cabimento

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O habeas corpus pode ser considerado como remédio constitucional ou ação constitucional, pois sua
gênese está no texto da Constituição Federal de 1988, conforme artigo 5º, inciso LXVIII, como um
direito e garantia fundamental. É encarado como cláusula pétria e não pode ser suprimido do bojo da
Constituição, nem mesmo por emenda constitucional (artigo 60, § 4º, da CRFB/88).
Também pode ser encontrado no Código de Processo Penal nos artigos 647 a 677, e como toda garantia,
o habeas corpus, tutela o direito à liberdade de locomoção (por exemplo: o direito de ir e vir, entrar, sair
e permanecer no país com seus bens em tempo de paz ? artigo 5º, XV, da CRFB/88).

CONCEITO DE HABEAS CORPUS

Nas palavras de Alexandre de Moraes: Assim, pode­se definir o habeas data como o direito que assiste a
todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais
estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam
retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. (MORAES, Alexandre de.
Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 148).

MODALIDADES

Ressalta­se a existência de duas espécies de habeas corpus: o preventivo ­ remédio constitucional


utilizado para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o
salvo­conduto; o repressivo ­ também conhecido como suspensivo ou liberatório, que é utilizado com o
propósito de liberar o paciente quando já consumada a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua
liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.
utilizado para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o
salvo­conduto; o repressivo ­ também conhecido como suspensivo ou liberatório, que é utilizado com o
propósito de liberar o paciente quando já consumada a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua
liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

No habeas corpus a autoridade coatora é que servirá de base para fixação da competência, por exemplo:
artigo 102, I, ?d? e ?i? da CRFB/88; artigo 105, I, c, da CRFB/88; artigo 108, I, "d" da CF; artigo 109,
VII, da CRFB/88.

Qualquer pessoa física, nacional ou estrangeiro, que se achar ameaçada de sofrer lesão a seu direito de
locomoção tem direito de impetrar habeas corpus e m benefício de si ou de terceiro e s e m a
necessidade de capacidade postulatória (patrocínio de advogado).; no polo passivo figurará o acusado de
ferir seu direito é denominado coator, e será processualmente conhecido como impetrado.

Em princípio não há necessidade de intervenção do Ministério Público, nos casos de competência do


juízo de primeira instância, e quando impetrados de forma originária nos tribunais atenta­se ao que
dispõe o Decreto­lei nº 552/1979, concedendo­se vista dos autos por dois dias ao Ministério Público.

É possível, segundo a jurisprudência, a concessão de liminar em habeas corpus, sempre que presentes o
fumus boni iuris e o periculum in mora.

Fundamento: artigo 5º, inciso LXVIII, CRFB/88; artigo 60, § 4º, da CRFB/88; artigo 648, I, do CPP,
pois o fato é atípico; art. 5, XV, CRFB/88; art. 5º, LIV, CRFB/88; art. 93, IX, CRFB/88.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 05 está baseada no item 2.4. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da ameaça ou efetivo cerceamento de liberdade (direito de ir e vir).

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de conceder a ordem diante da constatação de ato
ilegal/abusivo contra o direito de liberdade. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br;
www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson
Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do
artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da
Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos
cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família.

Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país,
artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10 Vara de Família da
Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos
cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família.

Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país,
com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições
financeiras para quitar a dívida alimentar.

Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da
mesma, pelo prazo de sessenta dias.

A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando­a da
decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe.

Desesperada, Madilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas
sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda.

Promova a medida judicial necessária aos interesses de Madilte para resguardar o seu direito de
locomoção.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 6

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 6
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Tema
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Palavras­chave
Ação Popular. Direito Constitucional. Direito Administrativo. Princípios Constitucionais.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar o


legitimado ativo como cidadão eleitor e o legitimado passivo de acordo com a Lei nº 4.717/65; requerer
a procedência do pedido para invalidar o ato lesivo, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente a Ação Popular.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Popular
. Rito Ordinário ­ art. 7º da Lei 4717/65
. Competência;
. Legitimação;
. Fundamentos: artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65; art. 37, caput,
da Constituição Federal (principio da moralidade e legalidade); Aplicação do artigo Art. 2.º, alienas d, e,
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 6
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Tema
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Palavras­chave
Ação Popular. Direito Constitucional. Direito Administrativo. Princípios Constitucionais.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar o


legitimado ativo como cidadão eleitor e o legitimado passivo de acordo com a Lei nº 4.717/65; requerer
a procedência do pedido para invalidar o ato lesivo, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente a Ação Popular.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Popular
. Rito Ordinário ­ art. 7º da Lei 4717/65
. Competência;
. Legitimação;
. Fundamentos: artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65; art. 37, caput,
da Constituição Federal (principio da moralidade e legalidade); Aplicação do artigo Art. 2.º, alienas d, e,
e p.ú. da Lei nº. 4717/65; artigo 11 da Lei nº 4.717/65.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A ação popular simboliza, em suma, o instrumento efetivo do cidadão na fiscalização da coisa pública,
inclusive da possível violação dos princípios sensíveis da administração pública.

CONCEITO DE AÇÃO POPULAR

Nas Lições de Paulo Hamilton Siqueira Júnior: A ação popular é o instrumento de direito processual
constitucional colocado à disposição do cidadão como meio para sua efetiva participação política e tem
por finalidade a defesa da cidadania.? (SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito processual
constitucional. ? 6ª ed. ? São Paulo: Saraiva, 2012, p. 539.)

FINALIDADE

A Ação Popular é considerada como remédio constitucional na proteção do patrimônio público,


conforme previsto no artigo 5º, LXXIII, da CRFB ?anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural?. A Ação Popular é regulamentada pela Lei nº. 4.717, de 29 de junho de 1965, que
em seu artigo 1º, caput e § 1º, traz a finalidade da Ação Popular, bem como o que se considera
patrimônio Público. É reconhecida pela doutrina pátria que a Ação Popular tem por finalidade proteção
dos diretos transindividuais, considerando­se que a res (coisa) publica é patrimônio da coletividade.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

O artigo 5º da Lei nº 4.717/65 disciplina a questão, deixando a cargo da organização judiciária de cada
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

O artigo 5º da Lei nº 4.717/65 disciplina a questão, deixando a cargo da organização judiciária de cada
Estado­membro ou Distrito Federal a fixação da competência, levando­se em conta, por óbvio, a origem
do ato impugnado, os participantes da Ação Popular como autor, réu ou interessado, e o interesse do
ente que sofreu a lesão. Cabe destacar o artigo 5º, § 2º, da Lei nº 4.717/65 que estabelece a competência
da Justiça Federal (artigo 109, da CRFB/88) para as causas em que houver interesse simultâneo da União
e de qualquer outra pessoa ou entidade no âmbito federal.

O legitimado para a propositura da ação popular é o cidadão, conforme se depreende da leitura do artigo
5º, LXXIII, da CRFB/88 e do artigo 1º, § 3º, da Lei nº 4.717/65, comprovando­se a cidadania pelo
alistamento eleitoral. Os legitimados passivos, por seu turno, serão os envolvidos com o ato lesivo,
conforme preceituam os artigos 6º, caput, e 1º, caput, da Lei de Ação Popular.

Obrigatoriedade de oitiva do Ministério Público, aplicação do artigo 12, da Lei nº 9.507/97.

Fundamento: artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65; art. 37, caput, da
Constituição Federal (principio da moralidade e legalidade); Aplicação do artigo Art. 2.º, alienas ?d?, ?
e?, e p.ú. da Lei nº. 4717/65; artigo 11 da Lei nº 4.717/65.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 06 está baseada no item 2.5. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante de ato lesivo praticado contra o patrimônio público.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de invalidar o ato lesivo ao patrimônio público e
condenar a reposição dos prejuízos ao erário. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br;
www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: CESP/Unb ­ Exame da OAB 2009.2 ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­
ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL.

João, nascido e domiciliado em Florianópolis ­ SC, indignou­se ao saber, em abril de 2009, por meio da
imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total
de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A
referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e
instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas,
incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a
reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo
tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada,
João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida
reforma, dirigiu­se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia
reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo
tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada,
João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida
reforma, dirigiu­se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia
Federal. Supondo tratar­se de um "jogo de empurra­empurra", João preferiu procurar ajuda de
profissional da advocacia para aconselhar­se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no
caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a
medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da
República onere os cofres públicos.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 7

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 7
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional

Tema
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional ­ Propriedade Privada ­ Limitação
de Competência.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


de acordo com a lei ou ato normativo federal ou estadual impugnado por ser incompatível com a ordem
constitucional vigente, requerer a procedência do pedido reconhecendo a inconstitucionalidade da Lei
ou ato normativo, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: artigo 102, I, a, CRFB/88; artigo 5º, XIII da CRFB; Principio da proporcionalidade
e razoabilidade; violação ao princípio da separação de poderes.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A ação direta de inconstitucionalidade tem com base legal os artigos 102, I, a; 102, §2º da CRFB/88 e a
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 7
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional

Tema
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ­ Direito Constitucional ­ Propriedade Privada ­ Limitação
de Competência.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


de acordo com a lei ou ato normativo federal ou estadual impugnado por ser incompatível com a ordem
constitucional vigente, requerer a procedência do pedido reconhecendo a inconstitucionalidade da Lei
ou ato normativo, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: artigo 102, I, a, CRFB/88; artigo 5º, XIII da CRFB; Principio da proporcionalidade
e razoabilidade; violação ao princípio da separação de poderes.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A ação direta de inconstitucionalidade tem com base legal os artigos 102, I, a; 102, §2º da CRFB/88 e a
Lei nº 9868/99 que regulamentou o processo e julgamento da ADI. A Lei nº 9.868 /99 possibilitou ao
STF definir, caso a caso, a modulação dos efeitos da sua decisão (eficácia ex nunc ou ex tunc), ou seja,
de que forma será a extensão do seu julgado.

FINALIDADE

A ADI tem por finalidade garantir a segurança das relações jurídicas, por meio da retirada do
ordenamento jurídico de lei (artigo 59 da CRFB/88) emendas constitucionais, leis complementares, leis
ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções) ou ato normativo
federal ou estadual (como, por exemplo, os regimentos internos dos tribunais) que seja incompatível com
a ordem constitucional vigente. O objeto da ADI é a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A Lei nº 9.868/99 que dispõe sobre o processo e julgamento da ADI, prevê em seu artigo 3º os requisitos
especiais da petição inicial em matéria de ADI. A petição inicial deve conter cópia da lei ou do ato
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A Lei nº 9.868/99 que dispõe sobre o processo e julgamento da ADI, prevê em seu artigo 3º os requisitos
especiais da petição inicial em matéria de ADI. A petição inicial deve conter cópia da lei ou do ato
normativo que está sendo questionado.

Art. 102, I, a CRFB. ?Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo­lhe: I ­ processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.

Os legitimados são os constantes no artigo 103 da Constituição, sendo o rol taxativo. Muito embora
possam constar no rol de legitimados, é certo que nem todos podem propor a ADI em todo e qualquer
caso, havendo, para alguns, a necessidade de demonstra a Pertinência Temática. Os que não precisam
demonstrar Pertinência Temática são os chamados de Autores Neutros e Universais e o s q u e
necessitam são chamados de Autores Especiais.

Autores Neutros e Universais: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da


Câmara dos Deputados; Procurador­Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional.
Autores Especiais: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

OBS.: por não haver lide, não há que se falar em réu na ADI, havendo, no entanto, há necessidade
de serem prestadas informações por parte dos órgãos ou autoridades, das quais emanou o ato
normativo a lei impugnada, pois cuida­se de um processo objetivo que exterioriza o propósito de
defesa da Constituição.

No que se refere aos efeitos da decisão que reconhece a inconstitucionalidade de uma norma em
abstrato será, em regra, erga omnes, ou seja, pode ser oponível contra todos, e não apenas contra
aqueles que fizeram parte da ação, sendo também vinculante, o que significa dizer que todos os
membros do Judiciário e da Administração Pública direta e indireta federal, estadual e municipal
devem decidir conforme a decisão proferida pelo STF, seguindo o que dispõe o artigo 102, § 2º,
CRFB/88.

É cabível em sede de ADI a concessão de Medida Cautelar, conforme dispõe do artigo 102, I, p, da
CRFB/88 e os artigos 10, 11 e 12 e seus parágrafos, da Lei nº 9.868/99, mediante comprovação de
perigo de dano irreparável.

Fundamento: artigo 102, I, a, CRFB/88; artigo 5º, XIII da CRFB; Principio da proporcionalidade e
razoabilidade; violação ao princípio da separação de poderes.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 07 está baseada no item 3.1. da Unidade III do Plano de Ensino de abordagem amplamente
constitucional. A peça processual objeto do caso proposto é considerada uma ação constitucional,
cujo objetivo é a segurança jurídica, retirando do ordenamento jurídico lei ou ato normativo
inconstitucional.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados,
para se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido reconhecer a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, por via direita de ação de inconstitucionalidade. Alguns sites de busca:
www.stf.jus.br;;www.jusbrasil.com.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões
para seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
www.stf.jus.br;;www.jusbrasil.com.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões
para seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: VII Exame da OAB ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­ ÁREA: DIREITO
CONSITUTCIONAL.

O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a
estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo
multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON
local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo.
Tício, contratado como advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a
possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria,
pois a referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a
propositura da ação judicial constante do parecer.
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando:
a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e
legais vinculados; d) requisitos formais da peça; e) tutela de urgência.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 8

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 8
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) ­ Direito Constitucional.

Tema
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) ­ Direito Constitucional.

Palavras­chave
Ação Declaratória de Constitucionalidade ­ Direito Eleitoral ­ Principio da Segurança Jurídica ­ Princípio
da Irretroatividade

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 8
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) ­ Direito Constitucional.

Tema
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC, ADECON ou ADEC) ­ Direito Constitucional.

Palavras­chave
Ação Declaratória de Constitucionalidade ­ Direito Eleitoral ­ Principio da Segurança Jurídica ­ Princípio
da Irretroatividade

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


de acordo com a lei ou ato normativo que se pretende seja declarado como constitucional, requerer a
procedência do pedido reconhecendo a constitucionalidade da Lei ou ato normativo, observada a
necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Declaratória de Constitucionalidade
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigo 102, I, ?a?, CRFB/88; artigo 14, III, da Lei nº
9.868/994; art. 5º, LVII, da Constituição Federal §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, art. 15
da Constituição da República.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

Introduzida nos artigos 102 e 103 da CRFB/88 por meio da Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/1993,
visando à declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, com exclusão, no caso, de
lei ou ato normativo estadual ou municipal.
A ADC possui um regime jurídico similar ao da ADI, sendo também disciplinado pela Lei nº 9.868/99,
apresentando, contudo, diferenças, pois a ADC visa declarar a constitucionalidade da lei ou ato
normativo federal, ou seja, afirmar que a lei está de acordo com a Constituição, concedendo ao STF a
competência sobre essa constitucionalidade quando a lei ou ato normativo estiver sendo questionado em
decisões judicias por juízes singulares e tribunais inferiores.
Portanto, a existência de lei ou ato normativo federal e a demonstração comprovada de controvérsia
judicial, são requisitos ensejadores a propositura da ADC.

FINALIDADE

Transformar a presunção de constitucionalidade relativa em presunção absoluta (iuris et de iure), pondo


um ponto final no estado de incerteza e insegurança jurídica existente no ordenamento jurídico a respeito
de determinada lei ou ato normativo federal.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL


REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A decisão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei somente será tomada se estiverem


presentes na sessão de julgamento pelo menos oito ministros. Uma vez proclamada a constitucionalidade
em uma ADC, será julgada improcedente eventual Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a mesma
lei.

A Lei nº 9.868, de 10/11/1999 dispõe sobre o processo e julgamento da ADC, prevendo em seu artigo 14
os requisitos da petição inicial.

A Competência encontra previsão no Artigo 102, I, a, da CRFB/88. Compete ao Supremo Tribunal


Federal.

Cabe trazer à baila a informação de que até a Emenda Constitucional de 45/2004, eram apenas quatro os
legitimados a propositura da ADC: Presidente da República, Mesa da Câmara, Mesa do Senado,
Procurador­Geral da República, sendo, a partir da EC, o rol ampliado e a legitimidade da ADC
passou a ser a mesma da ADI (artigo 103 CRFB/88), inclusive no que tange a pertinência temática.

Os que não precisam demonstrar Pertinência Temática são os chamados de Autores Neutros e
Universais e os que necessitam são chamados de Autores Especiais.

Autores Neutros e Universais: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da


Câmara dos Deputados; Procurador­Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional.
Autores Especiais: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

OBS.: por não haver lide, não há que se falar em réu na ADC, havendo, no entanto, há necessidade
de serem prestadas informações por parte dos órgãos ou autoridades questionadores da
constitucionalidade da lei ou ato normativo federal.

Os efeitos da procedência do pedido da ADC são erga omne, ex tunc e vinculante.


A medida cautelar também se encontra possível na ADC conforme dispõe o artigo 21 da Lei nº
9.868/99, mediante comprovação de perigo de dano irreparável.

Fundamento: artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigo 102, I, a, CRFB/88; artigo 14, III, da Lei nº
9.868/994; art. 5º, LVII, da Constituição Federal §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, art.
15 da Constituição da República.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 08 está baseada no item 3.2. da Unidade III do Plano de Ensino de abordagem amplamente
constitucional. A peça processual objeto do caso proposto é considerada uma ação constitucional,
cujo objetivo é a segurança jurídica, declarando constitucional lei ou ato normativo federal e
possibilitando sua vigência no ordenamento jurídico pátrio.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados,
para se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido reconhecer a constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal por via direita de ação declaratória de constitucionalidade. Alguns sites de busca:
www.stf.jus.br; www.jusbrasil.com.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões
para seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões
para seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: ADC nº 29 (caso adaptado)

Você, na qualidade de advogado, do Partido Político PXY, com representação no Congresso Nacional,
foi procurado pelo Presidente do Partido, informando que a Lei complementar 135, de junho de 2010
versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da
CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do
advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao principio da irretroatividade
das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante sobre a
aplicação da citada lei, apresentando­se divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a aplicação dos
dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do
novel diploma de inelegibilidades.

Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de


maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal,
casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir
hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a
moralidade no exercício do mandato.

Esclarece­se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei consitui ofensa aos
principios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados), já o TRE
de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica
às condenações anteriores.
Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipoteses de inelegibilidade instituidas pela
Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o
partido PPXY, temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados
nas eleições de 20xx, sobre a consittucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefenição da
questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor ação para que
haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos da
lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do
artigo 5º, da CRFB.
Na qualidade de advogado, redija a peça cabível visando ver declarada a consitucionalidade da Lei
Complementar 135/2010, no que tange a aplicação das inelegibilidades à atos ocorridos anteriormente a
existência da citada lei, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão
julgador; b) legitimidade; c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; d) tutela de
urgência.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 9


fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 9

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 9
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por OMISSÃO ou ADO) ­ Direito
Constitucional.

Tema
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por OMISSÃO ou ADO) ­ Direito
Constitucional.

Palavras­chave
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ­ Princípio da Igualdade ­ Garantia de irredutibilidade
real.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


de acordo o responsável pela inércia na edição de norma regulamentadora que impede o exercício de
direito, previsto constitucionalmente, requerer a procedência do pedido diante da omissão
inconstitucional, em relação às normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de
caráter impositivo, em que a constituição investe o Legislador na obrigação de expedir comandos
normativos, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: Fundamento: Artigos 102, I, a, da CRFB/88; artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigos
2º e 12­A da Lei nº 9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009; artigo 37, X, da Constituição Federal;
artigo 37, X, da CRFB/1988; art. 103, § 2º, da CRFB/88; artigo 5º da CRFB/88 (principio da Igualdade);
artigo 6º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer etc. ; artigo 85,
inciso, VII, da CRFB/88.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão tem previsão legal no artigo 103, § 2º, da CRFB/88,
sendo também disciplinada nos artigos 12­A a 12­H da Lei nº 9.868/99, alterada pela Lei nº 12.063/2009
que acrescentou à lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, o Capítulo II­A.

FINALIDADE

A ADO tem por finalidade permitir o exercício de direito, previsto constitucionalmente, mas que, em
virtude de ausência de norma regulamentadora, ou ainda, em virtude da inercia da autoridade
administrativa, não pode ser usufruído, portanto, é destinada a obter efetiva disposição acerca de norma
constitucional que dependa de lei ou atos administrativos normativos indispensáveis à sua eficácia e
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 9
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por OMISSÃO ou ADO) ­ Direito
Constitucional.

Tema
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por OMISSÃO ou ADO) ­ Direito
Constitucional.

Palavras­chave
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ­ Princípio da Igualdade ­ Garantia de irredutibilidade
real.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


de acordo o responsável pela inércia na edição de norma regulamentadora que impede o exercício de
direito, previsto constitucionalmente, requerer a procedência do pedido diante da omissão
inconstitucional, em relação às normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de
caráter impositivo, em que a constituição investe o Legislador na obrigação de expedir comandos
normativos, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido
. Fundamentos: Fundamento: Artigos 102, I, a, da CRFB/88; artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigos
2º e 12­A da Lei nº 9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009; artigo 37, X, da Constituição Federal;
artigo 37, X, da CRFB/1988; art. 103, § 2º, da CRFB/88; artigo 5º da CRFB/88 (principio da Igualdade);
artigo 6º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer etc. ; artigo 85,
inciso, VII, da CRFB/88.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão tem previsão legal no artigo 103, § 2º, da CRFB/88,
sendo também disciplinada nos artigos 12­A a 12­H da Lei nº 9.868/99, alterada pela Lei nº 12.063/2009
que acrescentou à lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, o Capítulo II­A.

FINALIDADE

A ADO tem por finalidade permitir o exercício de direito, previsto constitucionalmente, mas que, em
virtude de ausência de norma regulamentadora, ou ainda, em virtude da inercia da autoridade
administrativa, não pode ser usufruído, portanto, é destinada a obter efetiva disposição acerca de norma
constitucional que dependa de lei ou atos administrativos normativos indispensáveis à sua eficácia e
aplicabilidade.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL


aplicabilidade.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A ADO é uma ação direta que tem por objetivo a reparação de uma omissão inconstitucional, sendo um
mecanismo de controle de constitucionalidade concentrado quando se deixa de criar lei necessária à
eficácia e à aplicabilidade das normas constitucionais, em especial quando a Constituição estabelece a
criação de uma lei regulamentadora. A inércia do poder publico que enseja a ADO se refere apenas as
normas constitucionais de eficácia limitada

Cabe observar que dois foram os instrumentos de controle da omissão inconstitucional trazidos pela
Constituição de 1988: o mandado de injunção (artigo 5º, LXXI, da CRFB/88), pelo qual é possível o
controle incidental in concreto, e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (artigo 103, § 2º
CRFB/88), pela qual pode ser realizado o controle concentrado, in abstrato, via processo objetivo,
inserido no contexto das demais ações diretas para controle de constitucionalidade.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, na forma do Artigo 102, I, a, da CRFB/88.

Os legitimados à propositura da ADO estão arrolados no artigo 103, incisos I a IX, da Constituição
Federal, conforme dispõem os artigos 2º e 12­A da Lei nº 9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009,
não podendo propor a ação se ele é a autoridade competente para iniciar o processo legislativo
questionado na ADO.
Da mesma forma que na ADI e ADC necessário trabalhar a questão da pertinência temática:
Os que não precisam demonstrar Pertinência Temática são os chamados de Autores Neutros e
Universais e os que necessitam são chamados de Autores Especiais.

Autores Neutros e Universais: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da


Câmara dos Deputados; Procurador­Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional.
Autores Especiais: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

Se tratando de ação que tem por fundamento um comportamento omissivo, objetiva essa forma de
controle instar o órgão ou autoridade a um agir positivo, voltado à integração do sistema normativo
para dar solidificação ao dispositivo constitucional que carece de regulamentação ou cuja
regulamentação é insuficiente.
Portanto, existem partes meramente formais, sendo possível se falar em legitimidade passiva com
certas reservas, assim, o polo passivo deve ser formado pelo órgão ou autoridade que se encontra em
mora e omissão inconstitucional, por exemplo, Congresso Nacional, Presidente da República.

O artigo 103, § 2º da CRFB/88 não autorizou a fixação de prazo, pelo Tribunal, para que o legislativo
venha a sanar a omissão, estabelecendo apenas o prazo de 30 dias para a
Administração. Tradicionalmente entendeu o STF que não lhe cabia ir além dos limites impostos pelo
texto constitucional. A jurisprudência, recente do STF tem sinalizado no sentido de admitir que o próprio
Tribunal encontre formas de preencher a lacuna existente diante da impossibilidade de impor de forma
eficaz a outro Poder a edição de normas no âmbito de suas competências.

Quanto à extensão subjetiva, a eficácia erga omnes é conferida às decisões proferidas na ADO, sendo
cabível também, por meio de medida cautelar a suspensão da aplicação dos dispositivos impugnados (art.
12­F, § 1º, da Lei nº 9.868/99).

A medida cautelar também se encontra possível na ADO com fulcro no artigo 12­F da Lei nº 9.868/99,
mediante comprovação de perigo de dano irreparável.

Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, a qual terá, por objeto, declarar a omissão quanto ao
artigo 37, X, da CRFB/88.

Fundamento: Artigos 102, I, a, da CRFB/88; artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigos 2º e 12­A da Lei nº
9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009; artigo 37, X, da Constituição Federal; artigo 37, X, da
artigo 37, X, da CRFB/88.

Fundamento: Artigos 102, I, a, da CRFB/88; artigo 103, VIII, da CRFB/88; artigos 2º e 12­A da Lei nº
9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009; artigo 37, X, da Constituição Federal; artigo 37, X, da
CRFB/1988; art. 103, § 2º, da CRFB/88; artigo 5º da CRFB/88 (principio da Igualdade); artigo 6º, caput,
da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer etc. ; artigo 85, inciso, VII, da
CRFB/88.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 09 está baseada no item 3.3. da Unidade III do Plano de Ensino de abordagem amplamente
constitucional. A peça processual objeto do caso proposto é considerada uma ação constitucional, cujo
objetivo é o exercício de direito constitucionalmente protegido, que se encontra impossibilitado de ser
exercício diante da omissão perpetrada pela autoridade competente.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido reconhecer a omissão ou mora por via de ação direta de
inconstitucionalidade por omissão. Alguns sites de busca: www.stf.jus.br; www.jusbrasil.com.br;
www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br.

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: (ADI por OMISSÃO nº 08, caso adaptado)

O Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, por seu Presidente, procura você
advogado do partido na intenção de que seja promovida a competente ação em face do descumprimento
e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o
qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para
reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina.
Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao
Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de
índices, da remuneração dos servidores públicos daquela unidade da Federação, conforme o disposto no
art. 37, X, da Constituição Federal.
A agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele Estado­membro se
deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os servidores acumulam, desde então,
sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. Assevera que, mesmo após decorrido todo esse tempo,
não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado.
Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado
tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis
orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende
propor ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do
art. 37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr.
Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico,
destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos.
propor ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do
art. 37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr.
Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico,
destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos.

Na qualidade de advogado, redija a peça cabível atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos:
a) competência do órgão julgador; b) legitimidade; c) argumentos jurídicos pertinentes; d) tutela de
urgência.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 10

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 10
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ­ Direito Constitucional.

Tema
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ­ Direito Constitucional.

Palavras­chave
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental SUGESTÃO DE GABARITO Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental Peça processual: Ação de Descumprimento de Preceito
Fundamental, cujo objeto é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental. Competência: Art. 102, § 1º,
do CRFB/88 c/c o Ar

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados,


requerer a procedência do pedido para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente de ato
ou omissão do Poder Público, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, doravante designada por ADPF, tem previsão
no artigo 102, § 1º, da CRFB/88, sendo também disciplinada pela Lei nº 9.882/99 que dispõe sobre o
processo e julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, não admitida quando
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 10
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ­ Direito Constitucional.

Tema
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ­ Direito Constitucional.

Palavras­chave
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental SUGESTÃO DE GABARITO Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental Peça processual: Ação de Descumprimento de Preceito
Fundamental, cujo objeto é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental. Competência: Art. 102, § 1º,
do CRFB/88 c/c o Ar

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados,


requerer a procedência do pedido para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente de ato
ou omissão do Poder Público, observada a necessidade da concessão da medida cautelar, se pertinente.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
. Competência
. Legitimidade
. Cabimento
. Pedido Cautelar
. Pedido

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, doravante designada por ADPF, tem previsão
no artigo 102, § 1º, da CRFB/88, sendo também disciplinada pela Lei nº 9.882/99 que dispõe sobre o
processo e julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, não admitida quando
houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

OBJETO DA AÇÃO

De acordo com a Suprema Corte do Brasil, o objeto da Arguição de Descumprimento de Preceito


Fundamental dever ser ato do Poder Público federal, estadual, distrital ou municipal, não mais suscetível
de alteração, normativo ou não, atentando para o fato de que ADPF não serve para controle preventivo
de constitucionalidade. Portanto, o objetivo é o de evitar ou reparar lesão a preceito fundamental
decorrente de ato ou omissão do Poder Público.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Cabe, por fim, ressaltar a possibilidade de concessão de medida liminar conforme disciplina o artigo 5º,
caput e parágrafos, da Lei nº 9.882/99, prevendo, ainda, a citada lei os requisitos da petição inicial, que
estão elencados no artigo 3º, incisos de I a V e p. único, tais como: como a indicação do preceito, do ato,
a prova da violação, o pedido, a comprovação da controvérsia, se houver etc.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, na forma do Art. 102, § 1º, do CRFB/88 ­


a prova da violação, o pedido, a comprovação da controvérsia, se houver etc.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, na forma do Art. 102, § 1º, do CRFB/88 ­

Os legitimados para a propositura da ADPF são os mesmos da ADI, com previsão no artigo 2º, I, da Lei
nº 9.882/99, citando o artigo 103 da Constituição Federal/88, com rol taxativo. O veto presidencial ao
artigo 2º, II, da Lei nº 9.882/99 excluiu a possibilidade de propositura de ADPF por qualquer pessoa
lesada ou ameaçada, restando apenas os legitimados do artigo 103 da CRFB/88.

Da mesma forma que na ADI necessário trabalhar a questão da pertinência temática:

Os que não precisam demonstrar Pertinência Temática são os chamados de Autores Neutros e
Universais e os que necessitam são chamados de Autores Especiais.

Autores Neutros e Universais: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da


Câmara dos Deputados; Procurador­Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional.
Autores Especiais: Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

O Ministério Público funcionará como custos legis, nas arguições que não houver formulado,
manifestando­se após as informações prestadas pelas autoridades responsáveis pelo ato, na forma
do artigo 5º, § 2º, da Lei nº 9.882/99, e, se for o caso, depois de ouvido o Advogado­Geral da União
ou o Procurador­Geral da República.

Julgada a ação, as autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos serão comunicados, fixando­
se, conforme dispõe o artigo 10,§ 3º, da Lei nº 9.882/99 as condições e o modo de interpretação e
aplicação do preceito fundamental. Ressalta­se que a decisão terá efeito erga omnes e vinculante,
podendo, no entanto, serem restringidos os efeitos (inclusive apenas ex nunc, a partir do trânsito em
julgado), por decisão de 2/3 do STF, quando presentes razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse social, conforme se observa do texto do artigo 11 da Lei nº 9.882/99.

Fundamentos: art. 102, § 1º, do CRFB/88; artigo 2º, I, da Lei nº 9.882/99.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 10 está baseada no item 3.4. da Unidade III do Plano de Ensino de abordagem amplamente
constitucional. A peça processual objeto do caso proposto é considerada uma ação constitucional, cujo
objetivo é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente de ato ou omissão do Poder Público.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Inúmeros são os julgados existentes no sentido de acolher a ADPF. Alguns sites de busca: www.stf.jus.br;
www.jusbrasil.com.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.


MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


XX Exame da OAB ? Direito Constitucional.
O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu mandato, procura o
presidente nacional do seu partido político Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional, e
informa que a Lei Orgânica do Município Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu Art.
11, diversas condutas como crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda
que justificado, a pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento
imediato do Prefeito a partir da abertura do processo político. Informou, também, que a mesma Lei
Orgânica, em seu Art. 12, contém previsão que define a competência de processamento e julgamento do
Prefeito pelo cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância. Por fim,
informou que, em razão de disputa política local, houve recente representação oferecida por Vereadores
da oposição com o objetivo de instaurar processo de apuração de crime de responsabilidade com
fundamento no referido Art. 11 da Lei Orgânica, a qual poderá ser analisada a qualquer momento. O
partido político, após o devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma
municipal está em dissonância com a CRFB/88 e decide adotar providência judicial em relação ao tema.
Considerando a situação narrada, na condição de advogado(a) do partido político Beta, utilizando­se do
instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial de controle objetivo cabível.

Considerações Adicionais

Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 11

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 11
Ação Civil Pública ­ Direito do Consumidor

Tema
Ação Civil Pública ­ Direito do Consumidor

Palavras­chave
Ação Civil Pública ­ Defesa do Consumidor ­ Prática Abusiva ­ Reparação de Dano

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


ativo e passivo de acordo com a Lei nº 7.347/85; compreender os fundamentos jurídicos; requerer a
procedência do pedido para que o réu abstenha­se da prática abusiva e seja condenado à reparação dos
danos, devendo ser observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente a Ação Civil
Pública.

Estrutura de Conteúdo

. Ação Civil Pública (Lei n 7.347/85)


PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 11
Ação Civil Pública ­ Direito do Consumidor

Tema
Ação Civil Pública ­ Direito do Consumidor

Palavras­chave
Ação Civil Pública ­ Defesa do Consumidor ­ Prática Abusiva ­ Reparação de Dano

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação constitucional; identificar os legitimados


ativo e passivo de acordo com a Lei nº 7.347/85; compreender os fundamentos jurídicos; requerer a
procedência do pedido para que o réu abstenha­se da prática abusiva e seja condenado à reparação dos
danos, devendo ser observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente a Ação Civil
Pública.

Estrutura de Conteúdo

. Ação Civil Pública (Lei n 7.347/85)

. Competência;

. Legitimação;

. Objeto;

. Concessão de Medida Liminar

. Pedidos

. Fundamentos Lei nº 7.347/85,

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A Ação Civil Pública é o instrumento processual para a defesa dos interesses metaindividuais. Os
interesses tutelados por essa são os previstos no artigo 1º, incisos de I a VIII, da Lei nº 7.347/1985.

A Ação Civil Pública, assim como a Ação Popular e o Mandado de Segurança são instrumentos
especiais, de procedimento ágil e legitimidade extraordinária visando corrigir problemas sociais, até
então, desamparados devido aos empecilhos das técnicas clássicas do processo civil.

OBJETO

Tutela dos Interesses Difusos, Coletivos, Individuais Homogêneos. Como o objeto da Ação Civil Pública
é bastante amplo (Art. 1º DA Lei nº 7.347/85), a dificuldade na estipulação dos conceitos de interesse
difusos, coletivos ou individuais homogêneos existe, podendo suscitar dúvidas quanto ao cabimento da
Ação Civil Pública, dependendo do caso concreto.

A Lei da Ação Civil Pública não prevê a proteção dos direitos individuais homogêneos, mas por analogia
Ação Civil Pública, dependendo do caso concreto.

A Lei da Ação Civil Pública não prevê a proteção dos direitos individuais homogêneos, mas por analogia
e extensão, entende­se que eles possam ser defendidos por meio deste instrumento, considerando a
aplicação subsidiária do artigo 81, parágrafo único, da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor).

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

A legitimidade ativa pode ser encontrada no artigo 5º da LACP, e em que pese haver divergência na
doutrina sobre o tema, tem sido majoritário o entendimento de que se trata de legitimidade
extraordinária, estando o legitimado ativo na condição de substituto processual. No caso das associações,
o requisito da pré­constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando for manifesto o interesse social,
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

A Ação Civil Pública deve ter no polo passivo o responsável pela lesão ao interesse difuso, coletivo ou
individual homogêneo.

O Ministério Público quando não for parte na Ação Civil Pública, funcionará, obrigatoriamente, como
custos legis, na forma do artigo 5º, §1º, Lei nº 7.347/85.

O procedimento é o comum do Código de Processo Civil, mas admite medida liminar suspensiva da
atividade do réu, no entanto, a multa cominada liminarmente só será exigível após trânsito em julgado da
decisão favorável ao autor, mas devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento
(artigo 12, § 2°, da LACP).

Fundamentos Lei nº 7.347/85,

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 11 está baseada na Unidade IV do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça processual
objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à disposição do
cidadão diante de ato lesivo praticado contra direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, de
acordo com o disposto no artigo 1º da Lei de Ação Civil Pública (LACP)

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica


DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 4. 10° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática

XXI Exame da OAB – Direito Constitucional

A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e,
particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou­se inconformada com a negativa do Posto de
Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que
procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e
medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado
número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de
particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou­se inconformada com a negativa do Posto de
Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que
procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e
medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado
número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de
Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O
Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter
paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista
no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas,
a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do
bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos
públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Considerando os dados acima, na condição de
advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore a medida judicial cabível para o enfrentamento
do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a
todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação
probatória.

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo
à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 12.

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 12
Recurso Extraordinário ­ Direito Constitucional

Tema
Recurso Extraordinário ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Recurso Extraordinário ­ Licitação ­ Princípios Constitucionais ­ Competência Privativa

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; reconhecer os requisitos especiais para cabimento do
recurso extraordinário, compreender os fundamentos jurídicos; requerer o conhecimento e provimento
do recurso.

Estrutura de Conteúdo
. Recurso Extraordinário
. Peça de interposição e Razões do recurso
TEMPESTIVIDADE artigo 1.026 da Lei 13.105/2015
REPERCUSSÃO GERAL artigo 102, § 3º da CRFB/88
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 12
Recurso Extraordinário ­ Direito Constitucional

Tema
Recurso Extraordinário ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Recurso Extraordinário ­ Licitação ­ Princípios Constitucionais ­ Competência Privativa

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; reconhecer os requisitos especiais para cabimento do
recurso extraordinário, compreender os fundamentos jurídicos; requerer o conhecimento e provimento
do recurso.

Estrutura de Conteúdo
. Recurso Extraordinário
. Peça de interposição e Razões do recurso
TEMPESTIVIDADE artigo 1.026 da Lei 13.105/2015
REPERCUSSÃO GERAL artigo 102, § 3º da CRFB/88
PREQUESTIONAMENTO
. Legitimidade ativa e passiva;
. Pedido de nova decisão
. Efeito
. Fundamentos: artigo 102, III, ?a?, da CRFB/88; art. 22, inciso XXVII, CRFB/88; artigos 37 caput,
da CRFB/88.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O recurso extraordinário tem previsão constitucional, estando suas hipóteses elencadas, taxativamente,
na Constituição Federal/88, bem como disciplinado na Lei 13.105/2015 (novo CPC) nos artigos 1.029 a
1.041, sendo medida impugnativa de uma decisão judicial que tem por foco tutelar a autoridade e a
aplicação da Constituição.
O Recurso Extraordinário, previsto no artigo 102, III, a, b, c, d, da CRFB/88 tem por propósito
resguardar a hegemonia e a autoridade em relação às normas constitucionais.

CABIMENTO
Ao Supremo Tribunal Federal, por sua vez, cabe julgar, em recurso extraordinário as causas decididas,
em única ou última instância, quando das hipóteses do artigo 102, III, a, b, c, d, da CRFB/88.
Havendo a devolução do conhecimento da matéria impugnada ao Poder Judiciário para a reapreciação
pelo Tribunal Superior, serão discutidas questões exclusivamente de direito (constitucional), sem revisão
de questões fáticas e reexame de provas.
Para ser o RE admitido é necessário que o recurso acolha uma das seguintes questões a) contrariar
em única ou última instância, quando das hipóteses do artigo 102, III, a, b, c, d, da CRFB/88.
Havendo a devolução do conhecimento da matéria impugnada ao Poder Judiciário para a reapreciação
pelo Tribunal Superior, serão discutidas questões exclusivamente de direito (constitucional), sem revisão
de questões fáticas e reexame de provas.
Para ser o RE admitido é necessário que o recurso acolha uma das seguintes questões a) contrariar
dispositivo da Constituição do Brasil; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c)
julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. d) julgar válida lei local
contestada em face de lei federal. Também são requisitos de admissibilidade do RE a demonstração de
repercussão geral e, ainda, o prequestionamento.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DE ADMISSIBILIDADE

A repercussão geral tem por finalidade delimitar a competência do STF no julgamento de recursos
extraordinários, às questões constitucionais com relevância social, política, econômica ou jurídica,
tratando­se de um ?filtro recursal?, e, uniformizar a interpretação constitucional, sem exigir que o STF
decida múltiplos casos idênticos versando sobre a mesma questão constitucional.
Exige­se preliminar formal de repercussão geral, sob pena de não ser admitido o recurso extraordinário,
e, no que tange a análise sobre a existência ou não da repercussão geral e o reconhecimento de
presunção legal de repercussão geral, a competência é exclusiva do STF.
Nesta linha de raciocínio seguem os artigos 1.035 e seus parágrafos, da Lei nº. 13.105/2015 (novo CPC)
e 102, § 3º, CRFB/88.

Embora a Constituição Federal de 1988 não tenha trazido de forma expressa o requisito:
prequestionamento, é pacifico o entendimento quanto a necessidade de esgotamento prévio das
instâncias ordinárias, sendo assim, o RE e o REsp. apenas são admitidos se as matérias discutidas nos
recursos tiverem sido tratadas especificamente nas decisões recorridas, em outras palavras, é
imprescindível o apontamento do artigo suspostamente violado, não sendo cabível a afirmativa genérica
de que a decisão guerreada tenha violado a Constituição Federal, ou, no caso do REsp., questão
infraconstitucional.

O recurso extraordinário há de ser interposto por petição escrita, dirigida ao Presidente ou ao Vice­
Presidente do Tribunal recorrido, na qual contenha a exposição do fato e do direito, a demonstração do
cabimento do recurso interposto, além das razões do pedido de reforma da decisão recorrida (art. 1.029
do CPC).

Consiste o preparo no recolhimento prévio das despesas relativas ao processamento do recurso. Pode­se
afirmar, na linha do que fora preconizado por Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, que
preparo é gênero, tendo como espécies as custas e as despesas postais ou porte de remessa e retorno dos
autos.
O não recolhimento do preparo, como visto, gera a deserção do recurso extraordinário e, por
consequência, a sua não admissão ou não conhecimento.

A competência para julgamento é do Supremo Tribunal Federal na forma do artigo 102, inciso III, alíneas
de ?a? a ?d? da CRFB/88. Em caso de endereçamento equivocado, o recurso é admitido e, pelo princípio
da conversão, será remetido ao Tribunal correto.

A legitimidade para interpor recurso extraordinário não difere daquela prevista no art. 996 do novo CPC,
de modo que é conferida às partes (autor, réu, litisconsortes, conforme saiam vencidos na demanda), ao
Ministério Público (tanto no processo em que foi parte, como no que atuou como custos legis) e aos
terceiros prejudicados. Quanto ao terceiro, cumpre a ele demonstrar o nexo de interdependência entre o
seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. (art. 996, p.ú. do CPC).

O interesse repousa no binômio utilidade­necessidade, de modo que ao recorrente incumbe o ônus de


demonstrar que a interposição do recurso lhe é útil no sentido de poder ensejar situação mais vantajosa
do que a advinda com a decisão recorrida. Deve, ainda, demonstrar que a interposição do recurso é a
medida necessária para obter essa situação mais vantajosa, motivo por que apenas ao sucumbente é
conferido interesse recursal.
Assim, havendo sucumbência, ainda que mínima, haverá interesse em recorrer. Se o órgão julgador deu
do que a advinda com a decisão recorrida. Deve, ainda, demonstrar que a interposição do recurso é a
medida necessária para obter essa situação mais vantajosa, motivo por que apenas ao sucumbente é
conferido interesse recursal.
Assim, havendo sucumbência, ainda que mínima, haverá interesse em recorrer. Se o órgão julgador deu
ganho de causa a uma parte, por fundamento diverso do invocado, inexiste interesse, pois a interposição
do recurso, em casos tais, não se mostrará apta a melhorar a situação do recorrente.
No caso específico dos "recursos extraordinários", gênero dentro do qual se insere o recurso
extraordinário, o interesse recursal exige a satisfação de outros requisitos, não sendo suficiente a simples
demonstração de sucumbência. Nessas situações, o direito de recorrer (e, por consequência, o interesse)
provém da sucumbência e de um plus que a norma processual exige]. Esse plus seria a necessária
demonstração de uma questão constitucional (102, III, ?a?, ?b?, ?c? e ?d?, da CRFB/88).

Em relação aos efeitos, por força do artigo 1.029, § 5º, c/c artigo 995, caput e parágrafo único, da Lei nº
13.105/2015, o Recurso Extraordinário possui apenas efeito devolutivo.

O prazo para interposição do Recurso Extraordinário é de 15 dias na forma do artigo 1.003, § 5º, da Lei
nº 13.105/2015, sendo concedido ao recorrido igual prazo para apresentação de contrarrazões, os quais
decorridos serão os autos remetidos ao Tribunal Superior independentemente de juizo de admissibilidade.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

Fundamentos: artigo 102, III, a, da CRFB/88; art. 22, inciso XXVII, CRFB/88; artigos 37 caput, da
CRFB/88.

A aula 12 está baseada na Unidade V do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça processual
objeto do caso proposto é considerada um recurso relevante colocado à disposição da parte diante do
inconformismo com a decisão judicial, considerando a violação norma constitucional.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido acolher o recurso extraordinário quando satisfeitos os
requisitos especiais de admissibilidade e no mérito houver afronta a texto constitucional. Alguns sites de
busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 3. 14° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: VIII Exame de Ordem Unificado ­ Prova Prático­Profissional de Direito
Constitucional

Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de direito privado da
Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele Estado) realiza a
contratação direta de uma empresa de informática ­ a Empresa W ­ para atualizar os sistemas do banco.
O caso vem a público após a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do
banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima
do preço de mercado do serviço em outras empresas.
José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa W perante o
Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de
contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da
Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais.
José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa W perante o
Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de
contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da
Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais.
A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida
a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da
Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios
constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por
unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença.
Dez dias após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um
advogado para assumir a causa e ajuizar a medida adequada.
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando todos os requisitos formais e a
fundamentação pertinente ao tema.

Considerações Adicionais

Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

ꞏ fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 13.

(PEÇA DE INTERPOSIÇÃO)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO ESTADO...

Processo nº...

JOSÉ... , já qualificado nos autos da ação popular movida em face de PRESIDENTE DO BANCO X e
EMPRESA W, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua..., Bairro...,
Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas intimações nos termos do artigo 106, do
Código de Processo Civil/2015, vem, inconformado com acórdão de folhas nº..., proferido por esse
Tribunal de Justiça, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, inciso III, alínea ?a?, da
Constituição Federal/88 e artigo 1.029 da Lei nº 13.105/15, interpor

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

para o Supremo Tribunal Federal, cujas razões seguem em anexo, deixando o recorrente de preparar o
recurso, considerando que é beneficiário da Gratuidade de Justiça, conforme se verifica nos autos à fl.
..., requerendo, seja estendida a gratuidade ao presente recurso, haja vista não possuir condições
financeiras de arcar com o pagamento das custas e dos honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família

Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a intimação da parte recorrida, facultando­lhe a
apresentação de contrarrazões no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 1.030 do novo
CPC.
Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a intimação da parte recorrida, facultando­lhe a
apresentação de contrarrazões no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 1.030 do novo
CPC.

Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com consequente
remessa do presente recurso ao Supremo Tribunal Federal.

Termos em que

pede deferimento.

Local..., data...

Assinatura do Advogado

OAB/UF

(PEÇA DE RAZÕES DO RECURSO)

RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

EXCELENTÍSSIMO SR. DR. MINISTRO PRESIDENTE DO STF

RECORRENTE: José....

RECORRIDO: Presidente do Banco x e Empresa W

AÇÃO: Popular

JUIZO:...

Egrégio tribunal,

Nobres julgadores

Não merece prosperar o venerando acórdão que negou provimento ao recurso de apelação, uma vez que
a decisão viola princípios constitucionais.

DA TEMPESTIVIDADE

Facilmente se depreende do quadro abaixo a tempestividade na interposição do presente recurso


extraordinário, uma vez que foi protocolizado dentro do prazo de 15 (quinze) dias definido no Código de
Processo Civil.

O acórdão ora guerreado foi publicado no dia ..., tendo, todavia sido opostos pela parte autora, ora
recorrente, embargos de declaração no dia..., sendo certo que o prazo para os embargos expiraria em
..., portanto, tempestivos os embargos.

Imprescindível trazer à baila a norma contido no artigo 1.026 da Lei 13.105/2015 (novo CPC), o qual
determina expressamente que: ?Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e
interrompem o prazo para a interposição de recurso. ?

Assim, considerando a interrupção do prazo mediante a oposição dos embargos de declaração, não há
determina expressamente que: ?Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e
interrompem o prazo para a interposição de recurso. ?

Assim, considerando a interrupção do prazo mediante a oposição dos embargos de declaração, não há
dúvidas de que a contagem para o presente recurso teve seu início da publicação do acórdão que julgou
os embargos de declaração.

DA REPERCUSSÃO GERAL

Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, § 3º da CRFB/88, o recorrente vem
demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral apta a ensejar admissibilidade do
apelo extraordinário por essa Corte.

No caso em apreço, é nítida a repercussão geral diante do interesse econômico e jurídico que
ultrapassam questões subjetivas da causa, tendo em vista o prejuízo ao erário e a violação à moralidade
administrativa, pois a manutenção da lei 1234 gera violação aos princípios constitucionais e à lei
infraconstitucional, atingindo a coletividade.

DO PREQUESTIONAMENTO

Verifica­se que o venerando acórdão se manifestou expressamente sobre a questão constitucional


debatida no recurso de apelação, diante do que se conclui que se encontra preenchido o requisito legal
do prequestionamento.

DO CABIMENTO

É cabível o presente recurso nos termos da Constituição Federal, artigo 102, III, ?a? CRFB /88. Verifica­
se que o Egrégio Tribunal de Justiça ao manter em última instância a decisão proferida pelo d.
magistrado de primeiro grau em descompasso com a Constituição, abriu precedente que autoriza a
interposição do presente Recurso Extraordinário na forma da Lei. No caso em questão é nítida violação
aos artigos 37 caput, da CRFB/88, bem como ao artigo 22, art. 22, inciso XXVII estabelece competência
privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação. A referida lei estadual, ao dispor sobre
dispensa de licitação acabou por ferir a competência exclusiva da União, com usurpação da
competência.

DO MÉRITO

Trata­ se de ação popular ajuizada por José... em face do Presidente do Banco X e da Empesa W perante
o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y.

Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de direito privado da
Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele Estado) realizou a
contratação direta de uma empresa de informática ­ a Empresa W ­ para atualizar os sistemas do banco.
O caso veio a público após a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do
banco e que esta nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava
muito acima do preço de mercado, do que vem sendo praticado por outras empresas.

O recorrente pleiteou em primeira instância a declaração de invalidade do ato de contratação e o


pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n.
8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais.

A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida
a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da
Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios
constitucionais invocados.

Pelo, ora recorrente, foi interposto recurso de apelação, ao qual foi negado provimento, por
unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença.

Após interpostos os embargos declaratórios que foram rejeitados, o recorrente não viu outra saída senão
a interposição do presente recurso.
unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença.

Após interpostos os embargos declaratórios que foram rejeitados, o recorrente não viu outra saída senão
a interposição do presente recurso.

Diante dos fatos, resta cristalino que o v. acórdão não julgou consoante o entendimento dos Tribunais
Superiores, pois de acordo com o demonstrado no curso da ação, a Lei nº 1234, editada pelo Estado Y
viola frontalmente o texto constitucional no que se refere aos princípios basilares da administração
pública, bem como ultrapassou os limites da competência do estado.

A doutrina esclarece quanto à matéria:

?...caberá recurso extraordinário contra acórdão que julgar válida lei local contestada em
face de lei federal. É que, nesse caso, a controvérsia que se põe não concerne
meramente à legislação infraconstitucional. Em verdade, a disputa diz respeito à
distribuição constitucional de competência para legislar: se alei local está sendo
contestada em face de lei federal, é porque se sustnta que ela tratou de matéria que, por
determinação constitucional, haveria de ser disciplinada pelo legislador federal?
(RECURSOS­ AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO José Miguel Garcia
Medina­ Tereza Arruda Alvim Wambier­ editora Revista dos Tribunais­2008­ pág.214.)

É, pois, flagrante a violação ao princípio da legalidade previsto no art. 37, caput, da CRF/88, pois a lei
8.666/93, lei de Licitações, é a competente para dispor sobre licitação e contratos, bem como suas
dispensas no âmbito da administração.

Foram vilipendiados também os princípios da moralidade e impessoalidade constantes do artigo 37,


caput da Carta Magna, pois com a contratação da empresa W, sem experiência técnica no setor, de
propriedade do filho do presidente do Banco, com dispensa de licitação tornou evidente a gravidade dos
atos praticados. Acrescenta­ se que o custo do serviço contratado foi bem superior ao valor de mercado.

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é majoritária no mesmo sentido de condenar


violações aos princípios da administração pública:

0010138­11.2012.8.19.0031 ? APELACAO

Des. marcia alvarenga ­ julgamento: 06/08/2014 ­ decima setima camara cível.


Apelação cível. ação civil pública. improbidade administrativa. hipótese de violação dos
princípios da economicidade, moralidade e legalidade. sobrepreço praticado em licitação.
dano ao erário demostrado através do relatório do tce/rj que considerou ilegal o contrato
celebrado entre o apelante na qualidade de prefeito do município de maricá e a empresa
rsi de maricá comércio de produtos alimentícios ltda.constatação do sobrepreço
praticado em licitação, cujo objeto era a aquisição de gêneros alimentícios para o 1º
semestre de 2008, em atendimento ao programa municipal de ensino incluindo­se jovens
e adultos e projeto guarda­mirins, para atendimento de 100 dias letivos, em que foi
verificado, através do voto prolatado no processo nº 242.928­0/08, pelo tce/rj, a
ocorrência do dano ao erário público. recurso de apelação a que se nega provimento.

Ademais, a Lei nº. 1234 ao ser editada contrariou dispositivo constitucional. O art. 22, inciso XXVII
estabelece competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação. A referida lei
estadual, ao dispor sobre dispensa de licitação acabou por ferir a competência exclusiva da União, com
usurpação da competência.

Assim, na esteira dos fundamentos acima expostos, aguarda o recorrente o provimento do presente
recurso, como medida da mais lídima Justiça!

PEDIDOS

Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário seja
CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado o Venerando Acórdão no sentido de invalidar o
ato de contratação entre os recorridos, condenando­os ao pagamento de perdas e danos ao erário, pelos
prejuízos causados.
Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário seja
CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado o Venerando Acórdão no sentido de invalidar o
ato de contratação entre os recorridos, condenando­os ao pagamento de perdas e danos ao erário, pelos
prejuízos causados.

Nestes termos, pede deferimento.

Local..., data...

Advogado...

OAB/UF n.º...

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 13
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial

Tema
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial

Palavras­chave
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial ­ Sociedade por Ações ­ Assembleia.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; reconhecer os requisitos especiais para cabimento do
recurso especial, compreender os fundamentos jurídicos; requerer o conhecimento e provimento do
recurso.

Estrutura de Conteúdo
. Recurso Especial
. Peça de interposição e Razões do recurso
TEMPESTIVIDADE artigo 1.026 da Lei 13.105/2015
PREQUESTIONAMENTO
. Legitimidade ativa e passiva;
. Pedido de nova decisão
. Efeito
. Fundamentos: art. 105, III, a, da Constituição Federal, artigos 286; 287, II, b, 2; 159; e 134, §
3º, todos da Lei n. 6.404/76, art. 158, I e art. 159, da Lei n. 6.404/76; art. 134, § 3º; art. 286 e art. 287,
II, b, 2, da Lei n. 6.404/76.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 13
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial

Tema
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial

Palavras­chave
Recurso Especial ­ Direito Constitucional e Empresarial ­ Sociedade por Ações ­ Assembleia.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; reconhecer os requisitos especiais para cabimento do
recurso especial, compreender os fundamentos jurídicos; requerer o conhecimento e provimento do
recurso.

Estrutura de Conteúdo
. Recurso Especial
. Peça de interposição e Razões do recurso
TEMPESTIVIDADE artigo 1.026 da Lei 13.105/2015
PREQUESTIONAMENTO
. Legitimidade ativa e passiva;
. Pedido de nova decisão
. Efeito
. Fundamentos: art. 105, III, a, da Constituição Federal, artigos 286; 287, II, b, 2; 159; e 134, §
3º, todos da Lei n. 6.404/76, art. 158, I e art. 159, da Lei n. 6.404/76; art. 134, § 3º; art. 286 e art. 287,
II, b, 2, da Lei n. 6.404/76.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O Recurso Especial foi criado pela Constituição Federal de 1988 e passou a constituir uma nova espécie
de impugnação, é um recurso constitucional e insere­se na competência do Superior Tribunal de Justiça,
conforme previsão do artigo 105, III, alíneas a, b, c, d, da CRFB/88, estando destinado ao controle da
aplicação e interpretação de lei federal, de forma a pacificar a jurisprudência, podendo também ser
encontrado na Lei 13.105/2015 (CPC) nos artigos 1.029 a 1.041.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Vale ressaltar que o Recurso Especial pode ser interposto com fundamento na alínea "a" do artigo 105,
III, da CRFB/88, tanto quando a decisão recorrida afronta ou deixa de aplicar dispositivo de lei federal
ou tratado, como quando dá a eles interpretação que, conquanto razoável, não é a melhor.
Ademais, o artigo 1.029 do CPC (Lei nº 13.105/2015) prevê que o recorrente deverá, no recurso
especial, expor os fatos e direitos, demonstrando o cabimento do recurso interposto, assim como as
III, da CRFB/88, tanto quando a decisão recorrida afronta ou deixa de aplicar dispositivo de lei federal
ou tratado, como quando dá a eles interpretação que, conquanto razoável, não é a melhor.
Ademais, o artigo 1.029 do CPC (Lei nº 13.105/2015) prevê que o recorrente deverá, no recurso
especial, expor os fatos e direitos, demonstrando o cabimento do recurso interposto, assim como as
razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
Considerando o que disciplina, portanto, o CPC, o recorrente precisa explicitar os motivos pelos quais
entende ter havido ofensa à lei federal, não bastando lançar nas razões do recurso simples referência ao
dispositivo legal.

PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DE ADMISSIBILIDADE

Embora a Constituição Federal de 1988 não tenha trazido de forma expressa o requisito:
prequestionamento, é pacifico o entendimento quanto a necessidade de esgotamento prévio das
instâncias ordinárias, sendo assim, o RE e o REsp. apenas são admitidos se as matérias discutidas nos
recursos tiverem sido tratadas especificamente nas decisões recorridas, em outras palavras, é
imprescindível o apontamento do artigo suspostamente violado, não sendo cabível a afirmativa genérica
de que a decisão guerreada tenha violado a Constituição Federal, ou, no caso do REsp., questão
infraconstitucional.

Peça de interposição. O recurso especial há de ser interposto por petição escrita, dirigida ao Presidente
ou ao Vice­Presidente do Tribunal recorrido, na qual contenha a exposição do fato e do direito, a
demonstração do cabimento do recurso interposto, além das razões do pedido de reforma da decisão
recorrida (art. 1.029 do CPC).

Consiste o preparo no recolhimento prévio das despesas relativas ao processamento do recurso. Pode­se
afirmar, na linha do que fora preconizado por Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, que
preparo é gênero, tendo como espécies as custas e as despesas postais ou porte de remessa e retorno dos
autos.
O não recolhimento do preparo, como visto, gera a deserção do recurso especial e, por consequência, a
sua não admissão ou não conhecimento.

A competência é Superior Tribunal de Justiça na forma do artigo 105, inciso III, da CRFB/88. Em caso
de endereçamento equivocado, o recurso é admitido e, pelo princípio da conversão, será remetido ao
Tribunal correto.

A legitimidade para interpor recurso especial não difere daquela prevista no art. 996 do CPC, de modo
que é conferida às partes (autor, réu, litisconsortes, conforme saiam vencidos na demanda), ao Ministério
Público (tanto no processo em que foi parte, como no que atuou como custos legis) e aos terceiros
prejudicados. Quanto ao terceiro, cumpre a ele demonstrar o nexo de interdependência entre o seu
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. (art. 996, p.ú. do CPC).

O interesse repousa no binômio utilidade­necessidade, de modo que ao recorrente incumbe o ônus de


demonstrar que a interposição do recurso lhe é útil no sentido de poder ensejar situação mais vantajosa
do que a advinda com a decisão recorrida. Deve, ainda, demonstrar que a interposição do recurso é a
medida necessária para obter essa situação mais vantajosa, motivo por que apenas ao sucumbente é
conferido interesse recursal.
Assim, havendo sucumbência, ainda que mínima, haverá interesse em recorrer. Se o órgão julgador deu
ganho de causa a uma parte, por fundamento diverso do invocado, inexiste interesse, pois a interposição
do recurso, em casos tais, não se mostrará apta a melhorar a situação do recorrente.
No caso específico dos "recursos extraordinários", gênero dentro do qual se insere o recurso especial, o
interesse recursal exige a satisfação de outros requisitos, não sendo suficiente a simples demonstração de
sucumbência. Nessas situações, o direito de recorrer (e, por consequência, o interesse) provém da
sucumbência e de um plus que a norma processual exige. Esse plus seria a necessária demonstração de
uma questão federal controvertida, circunscrita à aplicação do Direito federal infraconstitucional (art.
105, III, da CF/88). Verifica­se, portanto, que a sucumbência e a demonstração de uma questão federal
controvertida atinente à correta aplicação da lei federal infraconstitucional formam o interesse de
recorrer quando o tema é recurso especial.

Em relação aos efeitos, por força do artigo 1.029, § 5º, c/c artigo 995, caput e parágrafo único, da Lei nº
13.105/2015, o Recurso Especial possui apenas efeito devolutivo.
Em relação aos efeitos, por força do artigo 1.029, § 5º, c/c artigo 995, caput e parágrafo único, da Lei nº
13.105/2015, o Recurso Especial possui apenas efeito devolutivo.

O prazo para interposição do Recurso Especial é de 15 dias na forma do artigo 1.003, § 5º, da Lei nº
13.105/2015, sendo concedido ao recorrido igual prazo para apresentação de contrarrazões, os quais
decorridos serão os autos remetidos ao Tribunal Superior independentemente de juizo de admissibilidade.

Fundamentos: art. 105, III, a, da Constituição Federal, artigos 286; 287, II, b, 2; 159; e 134, § 3º, todos
da Lei n. 6.404/76, art. 158, I e art. 159, da Lei n. 6.404/76; art. 134, § 3º; art. 286 e art. 287, II, b, 2,
da Lei n. 6.404/76.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 13 está baseada na Unidade V do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça processual
objeto do caso proposto é considerada um recurso relevante colocado à disposição da parte diante do
inconformismo com a decisão judicial, considerando a violação a tratado ou lei federal, ou negar­lhes
vigência; der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido acolher o recurso especial quando satisfeitos os requisitos
especiais de admissibilidade e no mérito houver afronta a lei federal. Alguns sites de busca:
www.jusbrasil.com.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br.

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica


DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 3. 14° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: (XI Exame da Ordem ? Prova prático­profissional ­ Direito Empresarial)

Em 27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou ação para responsabilizar seu ex­
diretor de planejamento, "M", por prejuízos causados à companhia decorrentes de venda, realizada em
27/09/2005, de produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, em troca de vantagem pessoal.
Em sua defesa, "M" alegou que não houve a realização prévia de assembleia da companhia que houvesse
deliberado o ajuizamento da demanda e que as contas de toda administração referentes ao exercício de
2005 haviam sido aprovadas pela assembleia geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja ata foi
devidamente arquivada e publicada na imprensa oficial no dia 05/02/2006, não podendo este tema ser
passível de rediscussão em razão do decurso do tempo.
Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reconheceu os fatos de
que (i) não houve a prévia assembleia para aprovar ajuizamento da ação; e de que (ii) as contas de ?M?
referentes ao exercício de 2005 foram aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações não se
verificou erro, dolo, fraude ou simulação incorridos ou perpetrados por quem dela participou. No
entanto, manteve a condenação do ex­diretor que havia sido imposta pela sentença da 1ª instância, que
entendeu prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n.6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal
desta Lei, sobretudo os que embasam os argumentos de "M".
Assim, na qualidade de advogado de "M" e utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa,
diante do acórdão proferido pelo Tribunal, elabore a peça cabível. Para tanto, suponha que o Tribunal de
Justiça do Estado do Piauí possua apenas o total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice­
entendeu prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n.6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal
desta Lei, sobretudo os que embasam os argumentos de "M".
Assim, na qualidade de advogado de "M" e utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa,
diante do acórdão proferido pelo Tribunal, elabore a peça cabível. Para tanto, suponha que o Tribunal de
Justiça do Estado do Piauí possua apenas o total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice­
presidência.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 14.

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 14
Recurso Ordinário Constitucional ­ Direito Constitucional

Tema
Recurso Ordinário Constitucional ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Recurso Ordinário Constitucional ­ Irregularidade Formal­ Comissão Processante ­ Servidor Público ­
Pena de Demissão

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; compreender os fundamentos jurídicos que embasam o
direito do recorrente; requerer o conhecimento e provimento do recurso.

Estrutura de Conteúdo
.Recurso Ordinário
Peça de interposição e razões do recurso
Cabimento;
Competência;
Legitimação;
. Fundamentos: vício de regularidade formal do procedimento disciplinar ­ defeito na composição da
comissão processante ­ e consequente nulidade do processo administrativo disciplinar. Afronta ao art.
149 da Lei 8.112/90; artigo 141 da Lei nº 8112/90, art. 5°, inciso LV, da CRFB.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O Recurso Ordinário Constitucional (ROC) insere­se na competência recursal do Supremo Tribunal


Federal, com previsão no artigo 102, II, da CRFB/88 e do Superior Tribunal de Justiça, na forma do
artigo 105, II, CRFB/88, e, artigos 1.027 e 1.028 da lei 13.105/2015 (novo CPC).
O ROC visa permitir um segundo grau de jurisdição à determinadas ações que são processadas
originariamente nos tribunais. Assim, no que tange ao ROC, o STF e o STJ, exercerão competência
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 14
Recurso Ordinário Constitucional ­ Direito Constitucional

Tema
Recurso Ordinário Constitucional ­ Direito Constitucional

Palavras­chave
Recurso Ordinário Constitucional ­ Irregularidade Formal­ Comissão Processante ­ Servidor Público ­
Pena de Demissão

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar o recurso e sua competência para endereçamento e julgamento; identificar os


legitimados na figura de recorrente e recorrido; compreender os fundamentos jurídicos que embasam o
direito do recorrente; requerer o conhecimento e provimento do recurso.

Estrutura de Conteúdo
.Recurso Ordinário
Peça de interposição e razões do recurso
Cabimento;
Competência;
Legitimação;
. Fundamentos: vício de regularidade formal do procedimento disciplinar ­ defeito na composição da
comissão processante ­ e consequente nulidade do processo administrativo disciplinar. Afronta ao art.
149 da Lei 8.112/90; artigo 141 da Lei nº 8112/90, art. 5°, inciso LV, da CRFB.

Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

O Recurso Ordinário Constitucional (ROC) insere­se na competência recursal do Supremo Tribunal


Federal, com previsão no artigo 102, II, da CRFB/88 e do Superior Tribunal de Justiça, na forma do
artigo 105, II, CRFB/88, e, artigos 1.027 e 1.028 da lei 13.105/2015 (novo CPC).
O ROC visa permitir um segundo grau de jurisdição à determinadas ações que são processadas
originariamente nos tribunais. Assim, no que tange ao ROC, o STF e o STJ, exercerão competência
recursal sem qualquer limitação em relação à matéria fática, funcionando como 2º grau de jurisdição,
considerando que a impugnação, por essa via, devolve o reexame de todas as matérias decididas pelo
tribunal recorrido, de fato ou de direito, ostentando efeito, portanto, equivalente ao da apelação.
Cabe lembrar que na apelação, argui­se matéria de ordem pública, de prova, de fato, de direito, tudo
amplamente, e, no recurso ordinário também é assim. A revisão é ampla. É possível encontrar, por
exemplo, o STJ examinando prova, documento, e não apenas matéria de direito.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Diferentemente dos recursos extraordinário e especial, este não possui requisitos específicos. Trata­se de
recurso ?comum? que segue as normas gerais dos recursos, previstas no CPC, não se submetendo aos
requisitos específicos de admissibilidade, mas somente aos genéricos (cabimento, tempestividade,
legitimidade, interesse, etc.).

Chama­se atenção para o fato do ROC ter cabimento secundum eventum liti, ou seja, ele só pode ser
requisitos específicos de admissibilidade, mas somente aos genéricos (cabimento, tempestividade,
legitimidade, interesse, etc.).

Chama­se atenção para o fato do ROC ter cabimento secundum eventum liti, ou seja, ele só pode ser
utilizado, em caso de decisão denegatória, sendo, portanto, um recurso utilizado no Habeas Corpus,
Mandado de Segurança, Habeas Data e Mandado de Injunção pelo impetrante, criado, assim, para
beneficiar o cidadão. Em suma: aquele que não é o impetrante, ou seja, a autoridade coatora, se
derrotado, somente tem à sua disposição o Recurso Extraordinário para o Supremo, se acaso houver
prequestionamento de matéria constitucional.

Consiste o preparo no recolhimento prévio das despesas relativas ao processamento do recurso. Pode­se
afirmar, na linha do que fora preconizado por Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, que
preparo é gênero, tendo como espécies as custas e as despesas postais ou porte de remessa e retorno dos
autos.
O não recolhimento do preparo, como visto, gera a deserção do recurso especial e, por consequência, a
sua não admissão ou não conhecimento.

A competência para o ROC pode ser divida em:

Para o STF ­ artigo 1.027, I, do CPC/2015 e artigo 102, II, a, b da CRFB/88 ­ é cabível contra
decisões denegatórias* proferidas em HC, MS, HD e MI, em única instância pelos Tribunais
Superiores, e crime político.
Para o STJ ­ artigo 1.027, II, do CPC/2015 e artigo 105, II, a, b, c CRFB/88 ­ é cabível contra
decisões denegatórias* proferidas em MS e HC, em última instância pelos TRFs ou pelos Tribunais
dos Estados e Distrito Federal, e nas ações em que forem partes o Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Quanto a legitimidade para a interposição do recurso será das partes, terceiros prejudicados e Ministério
Público, na forma do artigo 996 da Lei nº 13.105/2015 (novo CPC).

O interesse repousa no binômio utilidade­necessidade, de modo que ao recorrente incumbe o ônus de


demonstrar que a interposição do recurso lhe é útil no sentido de poder ensejar situação mais vantajosa
do que a advinda com a decisão recorrida. Deve, ainda, demonstrar que a interposição do recurso é a
medida necessária para obter essa situação mais vantajosa, motivo por que apenas ao sucumbente é
conferido interesse recursal.
Assim, havendo sucumbência, ainda que mínima, haverá interesse em recorrer. Se o órgão julgador deu
ganho de causa a uma parte, por fundamento diverso do invocado, inexiste interesse, pois a interposição
do recurso, em casos tais, não se mostrará apta a melhorar a situação do recorrente.

Quando interposto recurso ordinário constitucional contra sentença, como na hipótese de causa
estrangeira, terá ele efeito suspensivo porque segue a regra da apelação. O ROC interposto de Mandado
de Segurança originário do TJ ou TRF que seja denegatório não tem efeito suspensivo, mas pode ser
requerido e conferido, desde que haja o perigo de lesão grave ou de difícil reparação, devendo ser
requerido em medida própria somente para que se conceda efeito suspensivo ao recurso.

O prazo para interposição do Recurso Ordinário Constitucional é de 15 dias na forma do artigo 1.003, §
5º, da Lei nº 13.105/2015, sendo concedido ao recorrido igual prazo para apresentação de contrarrazões,
os quais decorridos serão os autos remetidos ao Tribunal Superior independentemente de juizo de
admissibilidade.

Fundamentos: vício de regularidade formal do procedimento disciplinar ­ defeito na composição da


comissão processante ­ e consequente nulidade do processo administrativo disciplinar. Afronta ao art.
149 da Lei 8.112/90; artigo 141 da Lei nº 8112/90, art. 5°, inciso LV, da CRFB.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 14 está baseada na Unidade V do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça processual
objeto do caso proposto é considerada um recurso relevante colocado à disposição da parte diante do
inconformismo com a decisão judicial.
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 14 está baseada na Unidade V do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça processual
objeto do caso proposto é considerada um recurso relevante colocado à disposição da parte diante do
inconformismo com a decisão judicial.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido acolher o recurso ordinário constitucional. Alguns sites de
busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br.

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica


DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 3. 14° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO: (2008.3 ­ Exame da Ordem ­ Prova prático­profissional ­ Direito Administrativo)


Adaptado

Em 20/01/2016, foi instaurado procedimento administrativo disciplinar, por portaria publicada no DOU,
com descrição suficiente dos fatos, para apurar a conduta de Humberto, servidor público estável,
residente em Brasília, no Distrito Federal, que teria, de forma ilegal, favorecido várias prefeituras que,
embora em desacordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, teriam voltado à situação
de aparente legalidade para receberem verbas públicas.

A comissão encarregada do processo disciplinar, designada pela autoridade competente, foi composta
pelos seguintes servidores, todos de nível hierárquico superior ao do indiciado: Ana Maria, admitida, por
concurso público, em 20/08/2003, Geraldo, admitido por concurso público em 14/02/2004, e Cássio,
não­concursado, que exerce, desde 20/06/2000, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração.

O feito foi regularmente conduzido, tendo sido garantidos o contraditório e a ampla defesa. O julgamento
foi realizado em tempo hábil, segundo a legislação que rege a matéria, sendo acolhidas as conclusões da
comissão.

Ao final, em ato do ministro do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria n.º 123, de 09/03/2016,
publicada no DOU de 10/04/2016, Humberto foi demitido do cargo público de administrador.

Em razão disso, impetrou, no prazo legal e no juízo competente, mandado de segurança, com pedido de
liminar, aduzindo, com a devida fundamentação, que o ato de demissão seria inválido.

A autoridade impetrada sustentou, nas informações, a impossibilidade de alteração do mérito


administrativo pelo Poder Judiciário, sob pena de violação ao princípio republicano da separação de
poderes.

A liminar foi indeferida e a ordem foi denegada após regular processamento. A decisão foi publicada em
13/02/2017, uma segunda­feira.

Em face dessa situação hipotética, redija, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Humberto, a
A liminar foi indeferida e a ordem foi denegada após regular processamento. A decisão foi publicada em
13/02/2017, uma segunda­feira.

Em face dessa situação hipotética, redija, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Humberto, a
peça processual cabível à espécie, datando­a no último dia do prazo.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 15.

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 15
Mandado de Segurança Coletivo ­ Direito Administrativo

Tema
Mandado de Segurança Coletivo ­ Direito Administrativo

Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo ­ Servidor Público ­ Irredutibilidade salarial.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação mandamental; identificar a autoridade


coatora e o órgão de vinculação; requerer a segurança, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente ao Mandado de Segurança.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Mandamental ­ Mandado de Segurança Coletivo
. Rito procedimental;
. Violação do Direito Líquido e Certo;
. Tutela de Urgência ­ Liminar ­ art. 7°, III, da Lei 12016.
. Constituição Federal;
. Fundamentos: MS Coletivo ­ art. 5.º, LXIX, da CRFB/88 e art. 1.º da Lei n.º 12.016/2009);
art. 5.º, XXXVI, e art. 37, XV, da Constituição Federal.

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

Remédio constitucional com vistas a combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

O fundamento do Mandado de Segurança se encontra localizado na Constituição Federal de 1988 em seu


artigo 5º, LXIX e LXX e na Lei nº 12.016/2009, que dispõe sobre o Mandado de Segurança Individual e
Coletivo.
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 15
Mandado de Segurança Coletivo ­ Direito Administrativo

Tema
Mandado de Segurança Coletivo ­ Direito Administrativo

Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo ­ Servidor Público ­ Irredutibilidade salarial.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação mandamental; identificar a autoridade


coatora e o órgão de vinculação; requerer a segurança, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente ao Mandado de Segurança.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Mandamental ­ Mandado de Segurança Coletivo
. Rito procedimental;
. Violação do Direito Líquido e Certo;
. Tutela de Urgência ­ Liminar ­ art. 7°, III, da Lei 12016.
. Constituição Federal;
. Fundamentos: MS Coletivo ­ art. 5.º, LXIX, da CRFB/88 e art. 1.º da Lei n.º 12.016/2009);
art. 5.º, XXXVI, e art. 37, XV, da Constituição Federal.

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

Remédio constitucional com vistas a combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

O fundamento do Mandado de Segurança se encontra localizado na Constituição Federal de 1988 em seu


artigo 5º, LXIX e LXX e na Lei nº 12.016/2009, que dispõe sobre o Mandado de Segurança Individual e
Coletivo.

CONCEITO DE MANDADO DE SEGURANÇA

O Mandado de Segurança, na definição de Hely Lopes Meirelles, é: “o meio constitucional posto à


disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade
reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança,
ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 18ª. ed. (atualizada por Arnoldo
Wald). São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 03).

CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Mandado de Segurança Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) – é utilizado para facilitar o acesso de
pessoas jurídicas, na defesa de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional.
Mandado de Segurança Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) – é utilizado para facilitar o acesso de
pessoas jurídicas, na defesa de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional.

À semelhança do mandado de segurança individual, o coletivo destina­se proteger direito líquido e certo
só que de natureza corporativa, pertencente não a um indivíduo isolado, mas sim a um grupo de pessoas,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que houver ilegalidade ou abuso de poder
perpetrado por autoridade.

Embora a Constituição Federal de 1988 contivesse a previsão do mandado de segurança coletivo desde o
início, não havia legislação infraconstitucional que regulamentasse o instituto. Assim, usava­se a antiga
Lei do Mandado de Segurança individual (Lei n. 1533/51) analogicamente como forma de
operacionalizar tão relevante ação.

A fim de sanar essa omissão, a nova Lei do Mandado de Segurança (Lei n.12.016/09) destinou alguns de
seus artigos ao Mandado de Segurança Coletivo (arts .21 e 22) e com isso procurou consagrar
entendimentos, pacificar e esclarecer alguns pontos de divergência no que se refere ao instituto.

MODALIDADES

a) Mandado de Segurança preventivo — visa impedir a consumação de uma ameaça de lesão a direito
líquido e certo, é quando se tem o justo receio da ocorrência dessa violação. b) Mandado de Segurança
repressivo — quando a ilegalidade ou abuso de poder já ocorreu. Nesse caso, o que se pretende é cessar
o constrangimento ilegal.

Em regra, será cabível Mandado de Segurança contra todo ato comissivo ou omissivo de qualquer
autoridade no âmbito dos Poderes de Estado e do Ministério Público.

Cabe ressaltar a necessidade de existência de direito liquido e certo para a impetração.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Disciplina o artigo 23, da Lei nº 12.016/09 que deve ser obedecido o prazo de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar.

A competência para o Mandado de Segurança é definida em função da autoridade coatora. Ressalta­se a


previsão dos artigos 102, I, d, 105, I, b, 108, I, c, e 109, VIII, da CRFB/88 e previsão nos Regimentos
Internos dos Tribunais dos Estados.

TJSP – Conflito negativo de competência. Mandado de Segurança. Competência…: 17/10/2008


17/10/2008. Partes: . Ementa: Conflito negativo de competência. Mandado de Segurança. Competência
fixada em razão da sede funcional da autoridade coatora. Conflito conhecido e provido. Competência do
suscitado... CC 1655740300 SP.

De acordo com o artigo 5º, inciso LXX, da Constituição Federal de 1988, hipóteses que foram repetidas
no artigo 23 da Lei n. 12.016, estão autorizados a impetrar mandado de segurança coletivo:
­ partido político com representação no Congresso Nacional; organização sindical; entidade de classe e
associação.
A questão da legitimidade ou não do Ministério Público para ajuizar mandado de segurança coletivo
passa pela discussão acerca da taxatividade ou não do rol de legitimados para o ajuizamento dessa
demanda.

Há entendimento no sentido da não taxatividade do rol de legitimados para o ajuizamento do mandado


de segurança coletivo. Partindo desse pressuposto, há corrente doutrinária que defende a legitimidade de
outros entes aptos a ajuizar outras demandas coletivas para também ajuizar o mandado de segurança
coletivo.
Diverge, no entanto, a jurisprudência: DJ 16.06.2008: “(...) 2. O art. 5.º, LXX, da Carta da República
restringe a legitimação ativa em caso de mandado de segurança em que se discute direito coletivo a
partido político com representação no Congresso Nacional e a organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída há pelo menos um ano, em defesa de interesses de seus
membros ou associados, não prevendo o exercício desse direito diretamente por pessoa física”. No
caso um cacique indígena questionava a legalidade da Portaria n. 2.656/2007, de lavra do Ministro de
Estado da Saúde, sobre mecanismos governamentais que atuam junto aos povos indígenas na área da
classe ou associação legalmente constituída há pelo menos um ano, em defesa de interesses de seus
membros ou associados, não prevendo o exercício desse direito diretamente por pessoa física”. No
caso um cacique indígena questionava a legalidade da Portaria n. 2.656/2007, de lavra do Ministro de
Estado da Saúde, sobre mecanismos governamentais que atuam junto aos povos indígenas na área da
saúde.

A intervenção do Ministério Público é obrigatória, no entanto, como fiscal da lei, aplicação do artigo 12,
da Lei nº 12.016/09.

De acordo com o disposto no artigo 21, parágrafo único, da Lei n. 12.016/09 os direitos protegidos pelo
mandado de segurança coletivo podem ser:
I – coletivos, assim entendidos, para efeito da Lei 12.016/09, os transindividuais, de natureza indivisível,
de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com parte contrária por uma relação
jurídica básica;
II – individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito da Lei 12.016/09, os decorrentes de origem
comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do
impetrante.

O que é um direito coletivo? Segundo Rodolfo de Camargo Mancuso, um direito pode sempre ser
conceituado como coletivo se presentes os seguintes requisitos: a) “um mínimo de organização, a fim de
que se tenha a coesão necessária à formação e identificação do interesse em causa”; b) “a afetação
desse interesse a grupos determinados (ou ao menos determináveis) que serão os seus portadores”; c)
“um vínculo jurídico básico, comum a todos os aderentes, conferindo­lhes unidade de atuação e situação
jurídica diferenciada”. (MANCUSO, Rodolfo de Camargo. O Município enquanto Co­Legitimado para
a Tutela dos Interesses Difusos. São Paulo: RT, 1987, Revista de Processo 48).

Fundamentos: MS Coletivo ­ art. 5.º, LXIX, da CRFB e art. 1.º da Lei n.º 12.016/2009); art. 5.º,
XXXVI, e art. 37, XV, da Constituição Federal.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 15 está baseada no item 2.2. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição de uma coletividade de pessoas diante da ocorrência de ato ilegal e/ou abusivo praticado por
autoridade.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

Indicação de Leitura Específica

MEIRELLES; Hely Lopes. atualizado pelo Arnold Wald e pelo Gilmar Mendes. Mandado de Segurança
e Ações Constitucionais. 37° Edição. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO: EXAME DA OAB ­ PROVA PRÁTICO­PROFISSIONAL ­ ÁREA: DIREITO


CONSTITUCIONAL
O secretário de administração do estado­membro Y, com a finalidade de incentivar o aprimoramento
profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por meio de lei específica, tabela de
referências salariais com incremento de 10% entre uma e outra, estando a mudança de referência
baseada em critérios de antiguidade e merecimento. O pagamento do mencionado percentual seria feito
em seis parcelas mensais e sucessivas. Os servidores que adquiriram todas as condições para o
posicionamento na referência salarial subsequente já haviam recebido o pagamento de três parcelas
quando sobreveio a edição de medida provisória revogando a sistemática estabelecida na lei. Assim, no
mês seguinte à edição dessa medida, o valor correspondente à quarta parcela foi excluído da folha de
pagamento. Em decorrência dessa exclusão, os servidores requereram à Secretaria Estadual de
Planejamento e Gestão a respectiva inserção na folha de pagamento, sob pena de submeter a questão ao
Poder Judiciário. Em resposta, o secretário indeferiu o pedido, fundado nos seguintes argumentos: a) em
razão da revogação da lei, promovida pela medida provisória, os servidores não mais teriam direito ao
recebimento do percentual; b) seria possível a alteração do regime remuneratório, em face da ausência
de direito adquirido a regime jurídico, conforme já reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal; c) os
servidores teriam, na hipótese, mera expectativa de direito, e não, direito adquirido; d) não cabe ao
Poder Judiciário atuar em área própria do Poder Executivo e conceder o reajuste pleiteado, sob pena de
ofensa ao princípio constitucional da separação dos poderes.

Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:

fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 16

PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261


Semana Aula: 16
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Tema
Ação Popular ­Direito Constitucional e Administrativo

Palavras­chave
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Princípios Constitucionais

Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar o


legitimado ativo como cidadão eleitor e o legitimado passivo de acordo com a Lei nº 4.717/65; requerer
a procedência do pedido para invalidar o ato lesivo, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente a Ação Popular.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Popular
. Rito Ordinário ­ art. 7º da Lei 4717/65
. Competência;
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL ­ CCJ0261
Semana Aula: 16
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo

Tema
Ação Popular ­Direito Constitucional e Administrativo

Palavras­chave
Ação Popular ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Princípios Constitucionais

Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:

Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do


direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;

Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional; identificar o


legitimado ativo como cidadão eleitor e o legitimado passivo de acordo com a Lei nº 4.717/65; requerer
a procedência do pedido para invalidar o ato lesivo, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente a Ação Popular.

Estrutura de Conteúdo
. Ação Popular
. Rito Ordinário ­ art. 7º da Lei 4717/65
. Competência;
. Legitimação;
. Fundamento: artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65; art.. 37, § 1.º, da
CRFB/88; art. 4.º, I, da Lei n.º 4.717/1965; art. 37, II, CRFB/88; art. 37, caput, da CRFB/88.

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

A ação popular simboliza, em suma, o instrumento efetivo do cidadão na fiscalização da coisa pública,
inclusive da possível violação dos princípios sensíveis da administração pública.

CONCEITO DE AÇÃO POPULAR

Nas Lições de Paulo Hamilton Siqueira Júnior[1]: A ação popular é o instrumento de direito processual
constitucional colocado à disposição do cidadão como meio para sua efetiva participação política e tem
por finalidade a defesa da cidadania. (SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito processual
constitucional. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 539.)

FINALIDADE

A Ação Popular é considerada como remédio constitucional na proteção do patrimônio público,


conforme previsto no artigo 5º, LXXIII, da CRFB "anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural." A Ação Popular é regulamentada pela Lei nº. 4.717, de 29 de junho de 1965, que
em seu artigo 1º, caput e § 1º, traz a finalidade da Ação Popular, bem como o que se considera
patrimônio Público. É reconhecida pela doutrina pátria que a Ação Popular tem por finalidade proteção
dos diretos transindividuais, considerando­se que a res (coisa) publica é patrimônio da coletividade.

REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Competência ­ O artigo 5º da Lei nº 4.717/65 disciplina a questão, deixando a cargo da organização


REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL

Competência ­ O artigo 5º da Lei nº 4.717/65 disciplina a questão, deixando a cargo da organização


judiciária de cada Estado­membro ou Distrito Federal a fixação da competência, levando­se em conta,
por óbvio, a origem do ato impugnado, os participantes da Ação Popular como autor, réu ou interessado,
e o interesse do ente que sofreu a lesão. Cabe destacar o artigo 5º, § 2º, da Lei nº 4.717/65 que
estabelece a competência da Justiça Federal (artigo 109, da CRFB/88) para as causas em que houver
interesse simultâneo da União e de qualquer outra pessoa ou entidade no âmbito federal.
Legitimidade ­ O legitimado para a propositura da ação popular é o cidadão, conforme se depreende da
leitura do artigo 5º, LXXIII, da CRFB/88 e do artigo 1º, § 3º, da Lei nº 4.717/65, comprovando­se a
cidadania pelo alistamento eleitoral. Os legitimados passivos, por seu turno, serão os envolvidos com o
ato lesivo, conforme preceituam os artigos 6º, caput, e 1º, caput, da Lei de Ação Popular.
Obrigatoriedade de oitiva do Ministério Público, aplicação do artigo 12, da Lei nº 9.507/97.

Fundamento: artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65; art.. 37, § 1.º, da
CRFB/88; art. 4.º, I, da Lei n.º 4.717/1965; art. 37, II, CRFB/88; art. 37, caput, da CRFB/88.

A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.

A aula 06 está baseada no item 2.5. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante de ato lesivo praticado contra o patrimônio público.

Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de invalidar o ato lesivo ao patrimônio público e
condenar a reposição dos prejuízos ao erário. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br;
www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br

Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.

[1] SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito processual constitucional. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012,
p. 539.

Indicação de Leitura Específica

MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.

PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.

Aplicação: articulação teoria e prática


CASO CONCRETO: CESP/Unb ­ Exame da OAB 2009.3 ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­
ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL.

A empresa pública Água Para Todos, criada para a produção dos materiais e a prestação dos serviços
pertinentes à instalação de rede hidráulica no município X, é, atualmente, presidida por Moura, que tem
estreita relação de amizade com Ferreira, prefeito do referido município.
Moura observou que grande parte da receita do município X decorria do imposto sobre serviços (ISS)
recolhido pela empresa Água Para Todos. Assim, valendo­se desse fato e de sua grande amizade com o
prefeito, pediu­lhe que, independentemente de aprovação em concurso público, nomeasse seu filho,
Moura Júnior, para o cargo efetivo de analista administrativo da prefeitura municipal. O pedido foi
atendido e Moura Júnior tomou posse, só comparecendo à prefeitura ao final de cada mês para assinar o
ponto.
prefeito, pediu­lhe que, independentemente de aprovação em concurso público, nomeasse seu filho,
Moura Júnior, para o cargo efetivo de analista administrativo da prefeitura municipal. O pedido foi
atendido e Moura Júnior tomou posse, só comparecendo à prefeitura ao final de cada mês para assinar o
ponto.
Em retribuição ao gesto de amizade, Moura determinou ao departamento de divulgação da empresa
Água Para Todos, representado por Correa, que promovesse uma homenagem ao prefeito, em veículo de
comunicação de massa, parabenizando­o por seu aniversário.
A empresa Água Para Todos contratou uma produtora de mídia e um minuto em horário nobre na
emissora de maior visibilidade local para a veiculação da propaganda.
No dia do aniversário do prefeito, a propaganda foi veiculada, mencionando as realizações da prefeitura
municipal na gestão de Ferreira, tendo sido divulgada, ao final, a seguinte mensagem: "A Água Para
Todos parabeniza o prefeito Ferreira pelo seu aniversário".
Tendo tomado conhecimento dos fatos, Durval, vereador e líder comunitário, resolveu tomar
providências contra o que estava ocorrendo no município e, para tanto, procurou auxílio de profissional
da advocacia.
Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) constituído(a) por Durval, redija a peça
processual cabível para pleitear a declaração de nulidade do ato de nomeação de Moura Júnior, com o
seu imediato afastamento do cargo, e do processo administrativo que culminou na contratação da
propaganda, com a respectiva reparação do patrimônio público lesado.

Considerações Adicionais

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