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Site Oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação

SADC reitera integração regional

Maputo, 23 Out (AIM) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, considera que os países da Comunidade para o
Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) estão avançando para a criação de uma zona de comércio livre.

Falando hoje à jornalistas, no Aeroporto Internacional de Maputo, pouco depois do seu regresso da Cimeira
Extraordinária da SADC, realizada na cidade sul-africana de Madrand, Guebuza disse que os ministros e os comités
de peritos dos países da região dedicados a preparação dos futuros desafios da organização, estão a fazer um trabalho
“muito valioso”.

Fazendo um breve balanço da extraordinária de um dia, Guebuza disse que “temos melhores bases para
prosseguirmos com as análises em curso no que se refere ao problema de maior integração nos organismos regionais e
estamos em condições de dizer que sim, estamos avançando para a criação de uma zona de comércio livre na nossa
região”, vincando, no entanto, que ainda são necessários “alguns acertos” para a consumação de
uma união aduaneira a curto prazo.

Na ocasião, Armando Guebuza falou igualmente do governo continental, sublinhando haver uma confiança de que para
se poder avançar nesse sentido, é preciso, primeiro, consolidar-se os organismos regionais existentes, uma vez
constituirem pilares, como também é preciso avaliar-se o trabalho que foi feito recentemente, para se introduzir as
correcções necessárias de modo a tomar uma decisão com base em sólido conhecimento da realidade.

Sobre a posição defendida pelo governo moçambicano, Guebuza sublinhou que Moçambique está determinado a avançar
para o projecto do governo da União Africana, com expectativa de que isso sirva para garantir os melhores interesses da
sua população.

Por seu turno e falando a jornalistas moçambicanos que cobriram esta cimeira, o Secretário-executivo da SADC, o
moçambicano Tomaz Salomão, disse que os Chefes de Estado e de Governo da SADC reiteraram o seu cometimento de
fazer tudo para que até 2018 a região esteja económica e monetariamente integrada.

Salomão destacou que dum modo geral esta cimeira ‘’foi muito boa’’ no sentido de que
reiterou todas as questões que em cimeiras anteriores foram consideradas vitais para que o decorrente processo de
integração económica da região iniciado em 1992 seja de facto coroado de êxito.

A integração vai permitir que juntos os países possam, uma vez mais, lutar e vencer o seu actual inimigo comum –
que é a pobreza absoluta que ainda flagela a maioria dos seus povos – tal como só unidos lutaram e venceram os
seus antigos inimigos comuns, que neste caso foram o colonialismo e o racismo de que todos eles eram vitimas num
passado não tão distante.

Ele disse que nesta cimeira ficou mais claro que os estadistas da região já estão de facto a empenharem-se na busca
de mecanismos que possam fazer com que a região se empenhe nas questões económicas como um dos pressupostos
fundamentais para se vencer a pobreza.

Tomaz Salomão afiançou que durante esta cimeira, os estadistas que nele tomaram parte tiveram mais consenso que
divergências em muitos dos pontos que se debateram.

Ele disse que mesmo no que diz respeito ao estabelecimento da zona de comercio livre notou-se uma maior
convergência, se bem que tenha se recomendado que se faca um estudo para se ver qual será a melhor forma de se
ter uma união aduaneira.

“No que diz respeito ao comércio livre, viu-se que não é assim muito problemático. Onde se notou alguns
problemas é na União Aduaneira, porque como sabem, há países que estão ligados a outros pactos, como a Zâmbia e o
Malawi que estão no COMESA (Mercado Comum da Africa Oriental e Austral) ou a Tanzânia que além da SADC, é parte
do East African Community’’, disse Salomão.

Destacou que as divergências que se identificaram são menos graves que os consensos, e que por isso tudo está a
postos para que a integração seja feita. No discurso com que o Primeiro-Ministro do Lesotho, Pakalita Mosisile, procedeu
a abertura formal da Cimeira, na sua qualidade de Presidente em exercício da SADC, destacou que para que cada uma
das fases mais importantes desta integração seja cumprida com sucesso é imperioso que todos os países membros
cumpram religiosamente o que está plasmado nos protocolos que têm servido de guião a esse complexo processo que
deverá atingir o seu apogeu em 2018 com o estabelecimento da moeda única.

Entre as fases que deverão anteceder a adopção da moeda única para os países membros da SADC, eles
comprometeram-se a praticar antes disso o comércio livre a partir do ano de 2008, a abolir as tarifas alfandegarias em
2010, a criar um mercado comum em 2015 e, finalmente, o tal estabelecimento duma moeda comum ou única em 2018.
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A realização desta Cimeira extraordinária na África do Sul foi decidida em Agosto último, na capital do Lesotho, quando
da Cimeira anual da SADC, porque na altura constatou-se que nem todos os países membros estavam de facto a
caminhar em consonância com o que está previsto, e muito menos em função do que está calendarizado nos protocolos,
tendo sido então decidido a convocação desta cimeira extraordinária para nela se adoptar uma estratégia que possa
garantir que se façam acertos e correcções, para que haja uma maior convergência no que diz respeito aos indicadores
económicos de cada país.

Na deslocação a Madrand, o Presidente moçambicano fazia-se acompanhar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação, Alcinda Abreu, da Indústria e Comércio, António Fernando e o Vice-Ministro das Finanças, Pedro Couto.

Fazem parte da SADC Africa do Sul, Angola, Botswana, Republica Democrática do Congo, Lesotho, Madagáscar,
Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

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