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Apostila prática
E-book
VOLUME 1
FERIDAS E CURATIVOS
Apostila prática
1ª Edição
2018
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“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima
tentativa eu consegui, nunca desista de seus
objetivos mesmo que esses pareçam
impossíveis, a próxima tentativa pode ser a
vitoriosa.”
Albert Einstein
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---DICAS DE ESTUDO---
TOP 10
Estude sozinho
Por mais legal que seja se reunir com os amigos para estudar, você acaba falando mais de outras
coisas e as dúvidas permanecem. O professor Pierluigi é um grande defensor da ideia de que só se
aprende mesmo no estudo solitário. “Estudar em grupo é útil se você for a pessoa que explica a
matéria para os outros. Quem ouve não aproveita”, diz ele. A melhor dica para um bom estudo, aliás,
e explicar a matéria para si mesmo.
Use marca-texto
Usar canetas coloridas e marca-texto para enfatizar os pontos principais é uma boa ajuda para
manter o foco no que for importante, especialmente se você tem problemas mais sérios de déficit de
atenção. Post-its também podem ser úteis.
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Crie um pequeno ritual antes de estudar
Sempre que for mergulhar nos estudos, crie e respeite um ritualzinho antes. Pode ser um
alongamento, pegar um copo de suco para deixar na sua mesa, ou que mais achar melhor. Com o
tempo, seu cérebro vai entender que é hora dos estudos e ficará mais fácil se concentrar.
Dicas da Teacher:
Gabriela Souza
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Sobre a autora:
Contatos:
E-mail: fala.enfermagem.outlook.com
Instagram: @falaenfermagem
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Sumário
A pele........................................................................................................................................9
Feridas....................................................................................................................................11
Cicatrização............................................................................................................................12
Biofilme...................................................................................................................................16
Processo de Enfermagem......................................................................................................18
Exames laboratoriais..............................................................................................................19
Curativos.................................................................................................................................21
Avaliação da ferida.................................................................................................................23
Considerações finais...............................................................................................................25
Questões de concurso............................................................................................................26
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Assistência de Enfermagem ao paciente portador de
ferimentos agudos e crônicos: princípios científicos e
cuidados na realização de curativos.
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profissionais, o que certamente colabora para a redução do tempo de internação e dos
índices de mortalidade e morbidade.
A pele:
A pele, o maior órgão do corpo, constitui 15% do peso corporal total do adulto,
ocupando aproximadamente 2m² de extensão. É uma barreira protetora contra os
microrganismos causadores de doença e um órgão sensorial para dor, temperatura e tato;
vigilância imunológica, barreira de proteção, e também sintetiza vitamina D. Sua constituição
em diferentes camadas, juntamente com as glândulas sebáceas e sudoríparas, protege a
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superfície do organismo contra agentes externos potencialmente agressivos. A lesão da
pele traz risco para a segurança e desencadeia uma resposta complexa de cura.
A pele é composta por três camadas: uma superficial, a epiderme; uma intermediária,
a derme; e uma mais profunda, a hipoderme (também chamada de tecido subcutâneo).
Todas as camadas se encontram unidas entre si (GEOVANINI, 2014).
FUNÇÕES DA PELE:
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As responsabilidades mais importantes da enfermeira incluem avaliar e monitorar a
integridade da pele, identificar problemas, e planejar, implementar e avaliar intervenções
para manter a integridade. Uma vez ocorrida uma ferida, é crítico que se conheça o
processo normal de cicatrização, para estabelecer intervenções de enfermagem
apropriadas.
FERIDAS:
Fonte: Geovanini, Telma. Tratado de feridas e curativos: equipe multiprofissional. São Paulo, SP, Editora Rideel; 2014.
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previsíveis, também realizadas sob condições assépticas e de acordo com a necessidade
terapêutica específica. As feridas traumáticas ou acidentais ocorrem inesperadamente,
resultando de trauma, violência, acidente. As feridas causadas por fatores externos são
aquelas resultante de contato com a pele por substâncias inflamáveis, cáusticas,
extremamente quentes.
Quanto à evolução as feridas podem ser classificadas quanto agudas ou crônicas.
As agudas são feridas recentes, são aquelas de cirurgias ou traumas e a reparação ocorre
em tempo adequado; cicatrizam sem complicações e respondem bem ao tratamento. Já nas
crônicas, o processo de cicatrização é longo e demorado, possuem diversos fatores que
dificultam esse processo (excesso de exsudato, infecção).
O grau de comprometimento tecidual de uma ferida pode ser avaliado por meio do
estadiamento da lesão, que é um sistema que classifica as feridas a partir de uma avaliação,
o que permite documentar e registar a sua evolução de acordo com parâmetros
estabelecidos. É utilizado geralmente para classificar as lesões por pressão (LPP), de
acordo com seu estágio, e também em feridas causadas por queimadura, identificando o
grau da área queimada. A classificação por estágios facilita a uniformidade de informações.
Avaliando a espessura, as feridas podem ser classificadas como superficial,
quando envolve somente a epiderme, ou a porção superior da derme; profunda superficial,
quando destrói a epiderme, derme e o tecido subcutâneo, com perda total da espessura da
pele; e profunda total, que correspondem à destruição ou a perda total da epiderme, derme,
e do tecido subcutâneo, atingindo o tecido muscular e as estruturas subjacentes.
Uma ferida pode estar definida como limpa, contaminada, colonizada ou
infectada, dependendo do grau de invasão de microrganismos. As feridas limpas são
aquelas criadas em condições assépticas, onde os microrganismos durante procedimentos
são impedidos de penetrar. As feridas contaminadas são todas as lesões acidentais que
permanecem abertas por tempo superior a 6 horas, entre o trauma e o atendimento,
apresentam elementos contaminantes, sendo invadido por microbiota bacteriana
considerável, mas não virulenta. Nas feridas colonizadas, a superfície da ferida apresenta
microrganismos que se multiplicam, mas não chegam a produzir uma infecção. Já as feridas
infectadas são aquelas onde a lesão apresenta mais de 100.000 colônias de bactérias por
grama de tecido, ou quando existem sinais claros de infecção, local ou generalizado, sendo
evidências do processo infeccioso (tecido desvitalizado, exsudação purulenta e odor
característico) (GNEAUPP, 2002).
As chances de infecção da ferida são maiores quando ela contém tecido morto ou
necrótico, quando há corpos estranhos nela ou perto dela, e quando a irrigação e as defesas
locais do tecido estiverem reduzidas. A infecção bacteriana das feridas inibe a cicatrização.
CICATRIZAÇÃO:
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procura de sinais de infecção; a ferida é deixada aberta e depois as bodas dela são
aproximadas (deiscência em ferida operatória) (POTTER, 2013).
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Fonte: Campos, A.C.L., Borges-Branco, A., Groth, A.K., Cicatrização de feridas. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig., 2007;
20(1):51-8.
Fonte: Campos, A.C.L., Borges-Branco, A., Groth, A.K., Cicatrização de feridas. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig., 2007;
20(1):51-8.
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Fatores que interferem na cicatrização:
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fonte de energia para sustentar a atividade celular da cicatrização a infecção das feridas
(POTTER; PERRY, 2013).
Sangramento: o acúmulo de sangue favorece a aglutinação de células mortas que
necessitam de remoção, além de ocasionar hematomas e isquemia, retardando o processo
de cicatrização.
Idade: os processos metabólicos diminuem com a idade, a pele se torna menos
elástica, devido à redução do colágeno e da vascularização, além da possibilidade de o
idoso apresentar desnutrição, dificultando a cicatrização de feridas.
Infecção: A infecção prolonga a fase inflamatória, atrasa a síntese de colágeno,
impede a epitelização, e aumenta a produção de citocinas pró-inflamatórias, o que leva a
mais destruição tecidual. É caracterizada pela alta concentração bacteriana,
comprometimento local do tecido e comprometimento do estado geral do paciente.
BIOFILME
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Dados crescentes têm demonstrado a presença de biofilmes bacterianos em feridas
crônicas, o que contribui para sua persistência. Por exemplo, úlceras venosas podem
permanecer abertas por anos, pois a resposta imune do hospedeiro é geralmente incapaz
de eliminar o biofilme. Nesse sentido, o suprimento inadequado de sangue para a área
infectada resulta em resposta imune diminuída, aumento da virulência e necrose tecidual, o
que pode ocorrer em uma úlcera do pé diabético. Além disso, já foi sugerido que biofilmes
obtêm nutrientes do plasma e do exsudato presentes no leito da ferida (DAVIS et al., 2008;
JAMES et al., 2008).
A maioria dos trabalhos tem indicado a presença do microorganismo S. aureus em
feridas crônicas, seguido por P. aeruginosa. Nesse sentido, Gjodsbol et al. (2006) isolaram o
patógeno S. aureus em 93,5% das úlceras venosas analisadas. Além disso, pacientes com
úlceras do pé diabético infectadas por S. aureus precisaram de maior tempo de cicatrização,
devido à demora na reepitelização do tecido. O mesmo pode ocorrer em feridas crônicas
infectadas por P. aeruginosa, as quais também podem apresentar tamanho maior que
aquelas sem infecção (BJARNSHOLT, 2013).
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A avaliação inclui documentar o nível de mobilidade e os efeitos em potencial do
comprometimento da mobilidade sobre a integridade da pele. Pois alguns pacientes não
possuem a mobilidade adequada para prestar os cuidados necessários com a pele. A
exposição continua da pele a líquidos corporais (urina, fezes líquida, bile, e exsudato)
aumenta o risco do paciente para lesões, pois alteram principalmente o pH da pele.
Normalmente a pele apresentam um pH ácido, que é responsável pela sua proteção
bactericida e fungicida, com o avanço da idade o pH tende a se tornar cada vez mais neutro,
deixando-a mais sensível ao crescimento de bactérias (POTTER; PERRY, 2013).
A análise dos resultados de exames laboratoriais pode ser de grande ajuda para
determinar o potencial de risco de desenvolvimento de lesão. A Albumina sérica faz parte do
grupo básico de exames laboratoriais que possibilitam determinar o estado nutricional do
paciente. Outro importante exame é a dosagem da transferrina sérica, uma vez que essa
enzima é reduzida drasticamente na desnutrição e nos quadros inflamatórios. O hemograma
é outro exame a ser avaliado, pois nele destacam-se o valor de hemoglobina, que é o
principal veículo para transporte de oxigênio, um dos elementos essenciais para
manutenção da viabilidade tecidual. Os níveis plasmáticos de vitamina C são utilizados
como indicadores do estado nutricional dessa vitamina. A contagem de plaquetas,
leucograma, glicemia, ureia e creatinina, proteína C reativa, ajudam a avaliar de forma mais
sistêmicas outras alterações (GAMBA, 2016).
O resultado dos testes diagnósticos fornecem dados valiosos para coleta e permeiam
melhores diretrizes de tratamento, auxiliando na obtenção de melhor prognóstico clínico.
Exames como ultrassonografia doppler, oximetria transcutânea, teste de pH, exame
histopatológico (biópsia), cultura com antibiograma e ultrassonografia podem ser realizados.
O padrão-ouro para identificar os microrganismos causadores de infecção na ferida é a
biópsia tecidual (GAMBA, 2016).
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Ao realizar a avaliação da pele, devem-se considerar seus aspectos normais, suas
possíveis alterações naturais relacionadas com a idade, doenças sistêmicas, fatores
ambientais e as influências endógenas do indivíduo.
Uma coleta de dados completa revela padrões de dados que permitem que a
enfermeira estabeleça diagnóstico de enfermagem relevante e preciso. A identificação das
características definidoras leva à escolha de diagnóstico apropriado. Sendo assim, a
enfermeira escolhe intervenções que tratam ou modificam o fator relacionado ao diagnóstico
a ser resolvido.
O plano de cuidados para prestar assistência de enfermagem ao paciente portador de
ferimentos agudos e crônicos deve incluir metas realistas e individualizadas, juntamente
com resultados importantes, determinado quais são as prioridades de atendimento, pois os
pacientes com problemas cutâneos necessitam frequentemente de intervenções em várias
áreas, possuem múltiplas necessidades de cuidados.
É necessário incorporar atividades de promoção da saúde individualizadas e
intervenções terapêuticas para atender às necessidades do paciente. São empregadas
intervenções independentes e colaborativas para ajudar o paciente alcançar os resultados
desejados e as metas.
A promoção da saúde auxilia o paciente a compreender e participar de práticas de
mudança no estilo de vida, dieta apropriada, eliminação do fumo e outras drogas, ingestão
de líquidos adequados, e fatores que promovam e mantenham uma integridade da pele
através dos cuidados continuados. Outros objetivos dos cuidados para paciente com ferida
incluem promover a hemostasia da ferida, prevenir infecção, promover a cicatrização,
manter integridade da pele, adquirir conforto e promover a saúde.
Talvez a intervenção mais eficaz para problemas com integridade da pele e cuidado
de feridas seja prevenção. A identificação imediata dos pacientes de alto risco e de seus
fatores de risco ajuda a prevenir as lesões. O ideal são reduzir ou eliminar os fatores de
riscos identificados e certificar-se de que a pele do paciente esteja sempre limpa e seca,
mantendo uma hidratação adequada. As intervenções de posicionamento reduzem a
pressão e a força de cisalhamento na pele (POTTER; PERRY, 2013).
Caso essas medidas preventivas sejam adotadas e não evitem a lesão, o enfermeiro
deve iniciar medidas de tratamento, utilizando técnicas e curativos adequados para
promover a cicatrização.
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CURATIVOS:
Em 1979, Turner apontou uma relação de critérios para cobertura ideal que
continuam vigentes até os dias de hoje:
Remover excesso de exsudato e componentes tóxicos;
Manter umidade elevada na interface ferida/ curativo;
Permitir trocas gasosas;
Promover isolamento térmico;
Proporcionar proteção contra a infecção secundária;
Ser isento de partículas e de substâncias tóxicas;
Tornar possível a remoção não traumática;
Proporcionar conforto ao paciente.
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localização, estágio, tamanho, tipo e quantidade de tecido, exsudato e condições da pele em
torno da ferida, para assim usar as técnicas e substâncias adequadas, levando em
consideração as características do paciente e os custos do tratamento, e principalmente
utilizando um raciocínio clínico e pensamento crítico, não há um único curativo ideal, ou a
melhor cobertura para todas as feridas.
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
À medida que os curativos vão sendo realizados é preciso que a ferida seja avaliada
continuamente. A mensuração das feridas possibilita o registro das dimensões da extensão,
profundidade, largura, comprimento e tunelizações.
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A mensuração do tamanho da ferida é um indicador para acompanhar a evolução do
processo de cicatrização. São utilizados aparelhos descartáveis (swab, réguas) de medida,
registro fotográfico (autorizado pelo paciente), como um método uniforme e consistente, a
fim de facilitar a comparação significativa da medida da ferida ao longo do tempo. É
importante avaliar o tecido, a quantidade e o tipo de secreção presente na ferida, pois
podem indicar melhora ou piora do quadro cicatricial.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
“O cuidar da ferida de alguém vai muito além dos cuidados gerais ou da realização de um
curativo. Uma ferida pode não ser apenas uma lesão física, mas algo que dói sem
necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca ou uma mágoa, uma perda
irreparável ou uma doença incurável. A ferida é algo que fragiliza e muitas vezes incapacita.”
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Questões de concurso
a)Realizar desbridamento, pois deve-se remover esse exsudato diante do risco de crescimento bacteriano, com
o auxílio do hidrogel.
b)Realizar a limpeza com soro e cobrir com gaze úmida, deixando o exsudato, pois a hiper-hidratação favorece a
cicatrização.
c)Realizar absorção, por meio de coberturas disponíveis na instituição como alginato ou curativo de espuma.
d)Realizar a inserção de filmes transparentes, mantendo o ambiente úmido.
2- Nível Médio - Cargo: Técnico de Enfermagem - Órgão: EBSERH - Banca: AOCP - Ano: 2016
No que se refere à finalidade dos curativos, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e
assinale a alternativa com a sequência correta.
a) V - F - V - F.
b) F - V - F - V.
c) V - F - F - V.
d) F - F - V - V.
e) V - V - V - V.
5-Nível Médio - Cargo: Técnico de Enfermagem - Órgão: EBSERH/HRL - UFS - Banca: AOCP - Ano: 2017
Sobre a realização de um curativo em uma ferida crônica (úlcera venosa), é correto afirmar que:
a) para acelerar o processo de cicatrização deve ser aplicado PVPI tópico no leito da ferida.
b) o desbridamento mecânico compreende o uso de colagenase para remoção de tecido necrótico e deve ser
aplicado duas vezes ao dia.
c) em feridas infectadas o processo de cicatrização acontece de forma acelerada.
d) deve-se orientar o cliente sobre os seguintes cuidados: não tocar com a mão a ferida, não falar sobre a lesão,
não pegar em materiais esterilizados.
e) a remoção do curativo anterior e a limpeza das bordas distantes dispensam o uso de pinças e devem ser
realizadas preferencialmente com luvas de procedimento.
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6- Nível Médio - Cargo: Técnico de Enfermagem - Órgão: Prefeitura de Luís Correia/PI - Banca: CRESCER
- Ano: 2017
a) A melhor técnica de limpeza do leito da ferida é a irrigação com jatos de soro fisiológico a 0,9% morno.
b) O filme transparente não é indicado como cobertura primária em feridas altamente exsudativas.
c) A placa de hidrocolóide é indicada em feridas infectadas e altamente exsudativas.
d) A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de granulação, preserva o potencial de
recuperação, minimiza o risco de trauma e/ou infecção.
São denominados lesões por pressão os danos localizados na pele e(ou) em tecidos moles subjacentes,
geralmente sobre uma proeminência óssea, causados por pressão intensa e(ou) prolongada, em combinação
com o cisalhamento do tecido. Classifica-se como lesão de estágio 3 a lesão por pressão caracterizada por:
a) Contaminadas: lesão ocorrida com tempo maior que 12 horas (trauma e atendimento) sem sinal de infecção.
b) Limpa: condições assépticas sem microorganismos.
c) Limpas – contaminadas: lesão inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação
significativa.
d) Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e
destruição de tecidos podendo haver pus.
Gabarito: C A B A D C D A
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Referências Bibliográficas
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SANTOS, M.,C.; Efetividade do polihexametileno-biguanida (PHMB) na redução do biofilme em
feridas crônicas: revisão sistemática / Michelle Caroline Santos- Dissertação (mestrado) –
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Setor de Ciências da
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Smeltzer, S.C., Bare, B.G. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 12ª
ed. Editora Guanabara, 2012.
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