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CURSO PROCEDIMENTOS:

NA EMERGÊNCIA:

DESBRIDAMENTO DE PÉ DIABÉTICO:

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Objetivo: O desbridamento envolve a remoção de tecido necrótico e é um método auxiliar,
pois remove tecidos desvitalizados, auxiliando no controle da infecção e estimulando a fase

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proliferativa da cicatrização a retirada de tecidos inviáveis aderidos ao leito e/ou na área

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periférica, incluindo o tecido queratinizado, por meio de métodos autolíticos, enzimáticos,
biológicos, mecânicos ou instrumentais, abrangendo as bordas da ferida e a pele.

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● É importante ressaltar que difere da limpeza que é feita em feridas porque tira mais
do que o tecido solto na superfície. Além disso, pode ser feito de maneira biológica,
mecânica, instrumental e enzimática.
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Indicações e contra indicações:
O desbridamento está indicado em casos de necessidade de preservação de tecido viável e
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redução de atividade bacteriano no local, já as contra indicações dependem do caso


particular de cada paciente.
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O desbridamento é contra-indicado em:


1. feridas de membros inferiores com perfusão duvidosa, como a úlcera arterial
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2. presença de escara em pacientes em fase terminal


3. úlceras de pressão no calcanhar com presença de escara seca e estável.
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Materiais:
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Autolítico: O Alginato em fita ou placa é mais indicado quando se deseja controlar o


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exsudato.
Enzimático: O desbridamento enzimático atua com a ação da enzima (mais comuns a
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Colagenase clostridiopeptidase, bromelina e papaína) quebrando as fibras de colágeno que


unem o tecido necrosado ou esfacelado ao leito da ferida.
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Mecânico: gaze + soro fisiológico + força centrípeta.


Cirúrgico: bisturi + cabo de bisturi + pinça anatômica ou dente de rato + pinça kelly +
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tesoura metzenbaum + gaze + curativo.

Técnica: Os desbridamentos freqüentemente constituem a primeira providência cirúrgica a


ser tomada em relação a um pé diabético, podendo ser feito sem anestesia, com anestesia
local, locorregional ou bloqueio peridural, dependendo da sensibilidade do diabético e da
extensão e localização da ferida.
O desbridamento pode ser classificado como: mecânico, autolítico, enzimático e cirúrgico. O
desbridamento mecânico inclui a fricção com gaze na ferida, irrigação da ferida com jato de
soro, hidroterapia e irrigação pulsátil. No desbridamento autolítico utiliza-se o produto para
degradação natural do tecido desvitalizado. O desbridamento enzimático degrada o tecido

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necrótico sem afetar o tecido viável. Já a técnica cirúrgica remove o tecido necrótico ou
material estranho do leito da ferida para expor tecido saudável usando um bisturi estéril,
tesouras ou ambos, dissecando tecidos e expondo partes saudáveis.

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RETIRADA DE MIÍASE:

Objetivo: Retirada de miíase e eliminação da infecção.

Indicações e contraindicações: A indicação é quando há presença de miíase e jas as


contraindicações são quando:
1. Em locais mais delicados onde não é possível fazer a retirada manual ou a
expressão, como pálpebras, cavidades e outros, pode ser necessário a retirada
cirúrgica. Nestes casos encaminhar para avaliação médica clínico geral ou
especialista.

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Materiais:
1. Pinça anatômica ou dente de rato

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2. Solução antisséptica (PVPI, clorexidina ou álcool 70%)

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3. Vaselina sólida ou esmalte de unha ou esparadrapo
4. Luvas de procedimento

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5. 1 haste flexível de algodão

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Técnica:
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Miíase primária: Fazer higienização das mãos, calçar luvas de procedimento e em seguida
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obstruir o orifício central da lesão com vaselina pastosa ou esmalte, aguardar 5-10 minutos
para forçar a larva a sair em busca de oxigênio. Para aplicação da vaselina ou esmalte
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utilizar uma 1 haste flexível de algodão e em seguida, remover a larva com uma pinça ou
fazer a expressão manual. É necessário aplicar antissépticos no local após a remoção e
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avaliar se há infecção local (presença de secreção purulenta). Neste caso, encaminhar para
consulta médica para avaliar necessidade de prescrição de antibióticos.
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Miíase secundária: Fazer higienização das mãos, calçar as luvas de procedimento e peça
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para o circulante colocar próximo a lesão (cerca de 50 cm) um foco de luz (para auxiliar a
visualização das larvas bem como estimular o deslocamento das larvas da cavidade para
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superfície, se for o caso). Em seguida, remover a larva com uma pinça ou fazer a
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expressão manual, aplicar antissépticos no local após a remoção e fazer curativo oclusivo
se necessário. Avalie se há infecção local (presença de secreção purulenta). Neste caso,
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encaminhar para consulta médica para avaliar a necessidade de prescrição de antibióticos.


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● A incidência de luz sobre o local pode facilitar o deslocamento das larvas da


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cavidade para superfície.


● Considerando que a Ivermectina causa morte das larvas, mas elas continuam,
aderidas ao tecido, devem ser retiradas manualmente com auxílio de uma pinça.
● Verificar necessidade de aplicação de vacina contra o tétano, conforme Protocolo de
Imunização vigente.

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DRENAGEM DE ABSCESSO:

Objetivo: O tratamento de escolha para o abscesso, independentemente da localização,


consiste na drenagem cirúrgica, para eliminar a dor e resolver o processo infeccioso.

Indicações e contraindicações: Deve-se atentar para locais especiais como face,


principalmente para o triângulo formado pelo nariz e pela extremidade do lábio, pela
facilidade de desenvolver flebite séptica e promover extensão para a região intracraniana,
por meio do seio cavernoso. Faz-se necessário o uso de antibiótico associado e, às vezes,
de avaliação de um cirurgião. Outro local que merece atenção especial é a região perianal.
A drenagem neste local se faz com urgência, não se espera apresentar sinal de flutuação,

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pois o risco de promover fasceíte necrotizante (síndrome de Fournier) é elevado. Na dúvida
quanto ao diagnóstico, encaminhe com urgência para a avaliação de um cirurgião.

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NÃO HÁ CONTRAINDICAÇÕES, salvo em casos que não existe ponto de flutuação.

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Materiais:

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1. Solução de iodopovidona tópico ou clorexidina.

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2. Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.
3. Campos estéreis.

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4. Material para o procedimento: pinça hemostática curva.
5. Lâmina de bisturi nº 11.
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6. Soro fisiológico para irrigação.
7. Gaze.
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8. Dreno de Penrose.
9. Fio de sutura nylon 3.0.
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10. Luva esterilizada.


11. Seringa de 5 ml.
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12. Agulha 40 x 12 (rosa).


13. Agulha hipodérmica (de insulina).
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14. Swab de cultura, se necessário.


15. Máscara e óculos para proteção.
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Técnica:
1. Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização.
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2. Verifique se o abscesso possui flutuação.


3. O procedimento deve ser realizado de maneira asséptica.
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Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um
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agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril. Posteriormente, usando a agulha
40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg) e troca-se a agulha pela
hipodérmica. Introduz-se o anestésico numa técnica de bloqueio de campo regional. A
anestesia deve realizar-se aproximadamente a 1 cm do perímetro de maior sinal de
flutuação, com o cuidado de injetar no subcutâneo. Afinal, a anestesia é para a pele, para a
confecção da abertura, nada a mais, depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear,
ao longo da linha de incisão projetada, que deve ser longa. Uma vez realizada a anestesia,
faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a
drenagem espontânea de secreção purulenta. Não adianta fazer pequenas incisões, pois
isso pode levar à recidiva dos abscessos. Depois da drenagem espontânea, evite espremer

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a pele circunjacente, pois pode promover a proliferação da infecção para o tecido
subcutâneo adjacente. Coloca-se a pinça hemostática na cavidade, a fim de quebrar as
loculações e liberar quaisquer bolsas de material purulento residuais. Irrigue a cavidade
com soro fisiológico para limpeza do local. Introduza uma gaze ou um dreno de Penrose no
local, com 1 a 2 cm para fora da incisão, para permitir drenagem adequada e impedir que a
incisão fique selada. Se necessário, pode ser fixado com um ponto simples frouxo de nylon
e realizar um curativo com gaze.

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CISTO SEBÁCEO:

Objetivo: O tratamento do cisto não infectado é a exérese cirúrgica (com retirada da


cápsula)

Indicações e contraindicações: A contra indicação é no caso do cisto infectado que tem


indicação de drenagem de abscesso simples, uma vez que a tentativa de retirar a cápsula
pode propiciar propagação de infecção.

Materiais:

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1. Solução de iodopovidina tópico ou clorexidina.
2. Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.

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3. Campos estéreis.

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4. Material para o procedimento: pinça hemostática curva, pinça dente de rato, pinça
anatômica, tesoura reta, tesoura curva, porta-agulha.

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5. Lâmina de bisturi nº 11.

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6. Soro fisiológico para irrigação.
7. Gaze.
8. Luva esterilizada.
9. Seringa de 5 ml. rD
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10. Agulha 40 x 12 (rosa).
11. Agulha hipodérmica (de insulina).
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12. Fio de sutura nylon 2.0, 3.0, 4.0.


13. Máscara e óculos para proteção.
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Técnica:
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1. Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização.


2. O procedimento deve ser realizado de maneira asséptica.
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3. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com
um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril.
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Usando a agulha 40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Troca-se
a agulha pela hipodérmica. Introduza o anestésico numa técnica de bloqueio de campo
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regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente sobre o meio da lesão, com o


cuidado de injetar no subcutâneo. Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear, ao
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longo da linha de incisão projetada, de acordo com as linhas de força da pele. Uma vez
realizada a anestesia, faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente até identificar a
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cápsula do cisto. Ressecção do cisto, sem romper a cápsula. Se a cápsula for rompida
durante o procedimento, retira-se todo o material interno e segue-se a sua total remoção.
Irrigar a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local. Hemostasia. Sutura da pele
com pontos simples ou intradérmicos. O fio a ser utilizado depende do local do corpo que foi
realizado o procedimento (ver capítulo de sutura). Se o espaço morto residual for
importante, considerar o uso de um dreno de Penrose. Curativo com gaze.

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BARTOLINITE:

Objetivo: drenagem de alívio de glandula de bartolini.

Indicações e contraindicações: Não há contraindicações aparentes.

Materiais:
1. Solução de iodopovidona tópico ou clorexidina.
2. Campos estéreis.
3. Material para o procedimento: pinça hemostática curva.

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4. Lâmina de bisturi nº 11.
5. Soro fisiológico para irrigação.

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6. Gaze.

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7. Dreno de Penrose.
8. Luva esterilizada.

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9. Seringa de 5 ml.

av
10. Agulha 40 x 12 (rosa).
11. Agulha hipodérmica (de insulina).
12. Swab de cultura, se necessário.
13. Máscara e óculos para proteção. rD
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Técnica: Cirurgia para sintomas mais graves e para todos os cistos em mulheres > 40 anos
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● Em mulheres com < 40 anos, não é necessário tratar os cistos assintomáticos.


Sintomas leves podem desaparecer quando banhos de assento são usados. Do
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contrário, os cistos sintomáticos podem necessitar de cirurgia.


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Para abscessos também exigem cirurgia. Como os cistos reaparecem com frequência após
uma simples drenagem, a cirurgia visa produzir uma abertura permanente no ducto para o
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exterior. Geralmente, uma das opções é realizada:


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Inserção de cateter: Um pequeno cateter em forma de balão pode ser inserido, inflado e
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deixado no interior do cisto por 4 a 6 semanas; esse processo simula a fibrose e produz
uma entrada permanente.
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Marsupialização: as bordas evertidas do cisto são suturadas até o exterior.


Os cistos recorrentes podem exigir excisão.
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Em mulheres > 40 anos, deve-se explorar os cistos recém-desenvolvidos cirurgicamente e


fazer biópsia (para excluir câncer vulvar) ou removê-los. Cistos que estão presentes há
anos e cuja aparência não mudou não requerem biópsia ou remoção cirúrgica, a menos que
os sintomas estejam presentes.

Abscessos também são tratados algumas vezes com regimes de antibióticos orais que
cobrem SARM (p. ex., trimetoprim 160 mg/sulfametoxazol 800 mg duas vezes ao dia, ou
amoxicilina/clavulanato, 875 mg por via oral duas vezes ao dia por 1 semana) mais
clindamicina (300 mg por via oral 4 vezes ao dia durante 1 semana). Deve-se usar

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antibióticos orais quando também ocorre celulite; deve-se escolher os antibióticos com base
no antibiograma da região. Deve-se considerar veementemente a internação hospitalar para
administração de antibióticos intravenosos se a paciente tem diabetes mellitus mal
controlada ou está imunocomprometida.

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REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO DE PELE E OUVIDO:

Objetivo: Remover corpo estranho.

Indicações e contraindicações:
Quando penetrado nos tecidos recentemente, ele é facilmente localizado e acessível.
Nesses casos, no geral, tenta-se a remoção. Se, contudo, ele não determina quaisquer
sintomas, é melhor deixá-lo permanecer. Esse julgamento é criterioso, e o paciente deve ser
informado.

Materiais:

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1. Solução de iodopovidina tópico ou clorexidina.
2. Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.

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3. Campos estéreis.

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4. Material para o procedimento: pinça hemostática curva, pinça anatômica,
pinça dente de rato, porta-agulha, tesoura reta e tesoura curva.

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5. Lâmina de bisturi nº 11.

av
6. Fio de sutura nylon 3.0.
7. Soro fisiológico para irrigação.
8. Gaze.
9. Dreno de Penrose. rD
-D
10. Luva esterilizada.
11. Seringa de 5 ml.
RA

12. Agulha 40 x 12 (rosa).


13. Agulha hipodérmica (de insulina).
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14. Máscara e óculos para proteção.


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Técnica:
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Quando se decide remover o corpo estranho, deve-se localizá-lo no tecido. Isso pode não
ser difícil se o objeto é palpável, ou se é relativamente grande e o orifício de entrada estiver
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nitidamente visível. Se for pequeno e se localizar profundamente na gordura ou no músculo,


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a retirada é difícil. Particularmente quando não se pode localizá-lo com precisão nos
tecidos, com ausência de referência a algum ponto na superfície da pele, que é válido para
RN

pequenos objetos pontiagudos, tais como agulhas, que podem migrar pelo tecido, como
resultado da pressão local ou dos próprios movimentos. Às vezes é necessário o uso de
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radiografias para determinar o local exato dos objetos.


Para retirada do corpo estranho, na maioria das vezes faz-se bloqueio anestésico local,
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tomando o cuidado com o edema formado, para não haver distorções anatômicas.
Geralmente amplia-se o orifício de entrada, se for visível. Caso já esteja cicatrizado, faz-se
nova incisão no local.
Corpo estranho no conduto auditivo: A técnica utilizada para retirar depende da
característica do material. Pequenos objetos inorgânicos podem ser retirados do conduto
com irrigação de soro fisiológico morno, utilizando seringa ou sonda de aspiração, com um
volume entre 20-50 ml a cada aplicação. Insetos vivos devem ser exterminados antes de
retirados, para alívio imediato dos sintomas. Utiliza-se, para tal, a colocação de soro
fisiológico, óleo mineral ou vaselina no conduto auditivo. Se não possuir um otoscópio e

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pinças finas para retirada do corpo estranho, encaminhar para um especialista. No caso,
não se trata de uma emergência.

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REMOÇÃO DE ANEL:

Objetivo: Remover e preservar o anel (se possível) que pode causar comprometimento
vascular do dedo.

Indicações e contraindicações:

Materiais:
1. Fio de sutura nylon 3.0.

Técnica: Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização. Elevar a mão e

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envolver o dedo no gelo por alguns minutos. Enquanto mantiver a mão elevada, aplicar no
dedo um lubrificante (vaselina, sabão, sabonete etc.) e tentar retirar o anel. Caso o

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procedimento falhe, realizar a técnica do envoltório:

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a. Usar uma pinça hemostática curva pequena para introduzir uma extremidade de um
cordão ou fio seda 2.0 sob o anel;

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b. Pegar a extremidade longa do fio ou cordão distal ao anel, lubrificá-lo e então usálo para

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envolver firmemente o dedo começando do anel. Certificar que cada volta sucessiva
encoste-se à anterior para que nenhuma porção da pele se saliente entre as voltas. A

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articulação interfalangeana proximal é geralmente a área mais problemática, por isso deve
ser envolvida cuidadosamente;
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c. Segurar a ponta curta do fio que está do lado proximal do anel com uma pinça
hemostática. Puxá-la em direção à ponta do dedo e então desenrolar a fita. Esse
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movimento deverá liberar progressivamente o anel do dedo;


d. Pode existir a necessidade de repetir o procedimento por mais de uma vez.
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● Se a técnica falhar, usar um cortador para remover o anel.


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EXÉRESE DE UNHA e CANTOPLASTIA:

Objetivo: Retirada de unha ou alinhamento das bordas para reduzir inflamção.

Indicações e contraindicações:
Indicações:
1. Onicocriptose (unha encravada), especialmente nos estágios II e III.
2. Onicomicose (infecção fúngica da unha) quando a pressão sobre a unha provoca dor.
3. Onicogrifose (unha deformada, curvada).
4. Unha em telha.

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Contra indicações:
1. Diabete melito

en
2. Doença vascular periférica, especialmente na presença de isquemia digital.

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3. Coagulopatia ou diátese hemorrágica.
4. Paciente não cooperativo.

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5. Infecção bacteriana conhecida do sítio operatório => é uma contraindicação relativa para

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a matricectomia. Entretanto, a maioria das unhas encravadas "infeccionadas" não contêm
bactérias, elas apresentam uma reação inflamatória estéril ao trauma.

Materiais: rD
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1. Solução de iodopovidina tópico ou clorexidina.
2. Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.
RA

3. Campos estéreis.
4. Material para o procedimento: tentacânula, pinça anatômica, pinça dente de rato,
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portaagulha, tesoura reta.


5. Lâmina de bisturi nº 11.
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6. Fio de sutura mononylon 3.0.


7. Soro fisiológico para irrigação.
DA

8. Gaze.
9. Luva esterilizada.
O

10. Seringa de 5 ml.


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11. Agulha 40 x 12 (rosa).


12. Agulha hipodérmica (de insulina).
RN

13. Máscara e óculos para proteção


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Técnica:
Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização. Examine a unha que será
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tratada e o tecido de granulação circunscrito. Realiza-se o bloqueio digital com lidocaína


sem vasoconstritor, pois o procedimento é extremamente doloroso. Procede-se à limpeza
do dedo com sabão e água, degermação com povidine ou clorexidine. Inicia-se o
procedimento propriamente dito com a introdução de uma tentacânula, ou instrumental
semelhante, a mais ou menos 3 mm da margem lateral, longitudinalmente até a matriz.
Descola-se o leito ungueal, provocando avulsão parcial do segmento que está encravado.
Resseca-se esse segmento da unha com uma tesoura reta, ou lâmina de bisturi, até a base
da unha, juntamente com a matriz. Em seguida, corta-se em elipse o tecido de granulação
e pode-se realizar a curetagem do leito. Se não houver infecção associada, pode-se retirar
uma elipse de pele e tecido subcutâneo da borda com tecido de granulação, suturando-se

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após com nylon, propiciando cicatrização por primeira intenção. Lavar o ferimento com soro
fisiológico. Curativo com gaze.

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REDUÇÕES DA ORTOPEDIA:

Luxação de dedo:

Objetivo: Reduzir inflamação e corrigir anatomia.

Indicações e contraindicações:
Indicada quando o espaço articular estiver parcial ou completamente interrompido, com ou
sem uma ferida aberta.
Contra indicada quando houver comprometimento neurovascular, fratura associada, luxação
articular aberta, ruptura ligamentar ou da placa palmar, instabilidade articular e incapacidade

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de reduzir a luxação.

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Materiais:

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1. Lidocaína (sem epinefrina para bloqueios digitais)
2. Seringas

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3. Agulhas (calibre 25-27G)

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4. Álcool
5. Solução de iodopovidona

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6. Acolchoamento para entretela (por exemplo, Webril®)
7. Material de imobilização pré-formado (por exemplo, gesso)
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8. Atadura
9. Tesouras
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10. Balde
11. Água morna
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12. Talas digitais de alumínio


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Técnica: Após bloqueio anestésico interdigital, é realizada a redução incruenta da


fratura-luxação da articulação interfalangiana proximal, através de tração e flexão da IFP de
DA

90º, neutralizando assim a ação deformante do aparelho extensor, relaxando a tensão na


placa volar e diminuindo a distância das bordas da fratura na região volar. Mantendo essa
O

posição, introduz-se, de forma percutânea, um fio de Kirschner, de 1mm de diâmetro, na


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região intercondilar da falange proximal, fazendo um ângulo de 30º com seu eixo
longitudinal. Pede-se então ao paciente para realizar a flexo-extensão ativa, para confirmar
RN

o bloqueio mecânico da extensão e observar se não existe efeito tenodese do tendão


extensor central. Radiografias nas incidências de frente e perfil são realizadas para
TE

confirmar a redução da luxação e posição do fio, que deve ficar intramedular ou fixado na
cortical oposta. É colocada uma tala metálica de repouso na posição de redução.
IN

Radiografias de controle são realizadas na 2ª e 4ª semanas.

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Redução do joelho deslocado:

Objetivo: Reduzir inflamação e corrigir anatomia.

Indicações e contraindicações: indicado quando há joelho deslocado.


Não há contraindicações absolutas para a redução do joelho fechado.
Existem autores que indicam que a redução posterolateral não é possível.
A interposição do músculo vasto medial também foi relatado para causar irredutibilidade,
devendo-se optar por cirurgia o mais rápido possível.
Luxações abertas requerem reduções abertas.

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Materiais: Joelheira ortopédica não rígida

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Técnica: tração e contra-tração.

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Redução de ombro:

Objetivo:

Indicações e contra indicações: indicado quando há luxação glenoumeral anterior e contra


indicado quando fratura associada, lesão vasculonervosa.
Luxações intratorácicas e subescapulares.
Após duas tentativas sem sucesso.

Materiais: 2 lençóis e uma maca para técnica de tração e contra-tração.

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Técnica: Realiza-se a redução fechada com anestesia conforme cada caso, dependendo do

en
trauma que originou a lesão, do tempo transcorrido e da cooperação do paciente. Existem

M
inúmeras técnicas de redução descritas. Dentre elas destacam-se a técnica de
tração/contra-tração tendo como alternativas as manobra de Kocher, Stimson, Spaso e

id
Hipócrates. Após realizada a redução deve-se obter radiografias de controle em AP, perfil

av
escapular e axilar para confirmar o realocamento articular adequado ou surpreender fraturas
ainda não diagnosticadas ou provocadas durante o procedimento. Novamente realiza-se a
avaliação neurovascular.
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AT
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IN

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DISSECÇÃO VENOSA:

Objetivo: manutenção de uma via de acesso para infusão de soluções ou


administração de medicamentos

Indicações e contraindicações:
Indicações:
• Quando as técnicas percutâneas não foram bem-sucedidas e necessita-se de um acesso
ao sistema venoso, para infusão de volume, medicamentos ou para a coleta de sangue para

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exames laboratoriais

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• Coagulopatia associada à necessidade de acesso venoso e impossibilidade de acesso
percutâneo periférico.

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Contraindicações:

M
• Flebite, trombose prévia ou lesão venosa na área escolhida para dissecção
•Insuficiência arterial local (isquemia)

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• Safenectomizados

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Úlceras na perna com grandes cicatrizes decorrentes de insuficiência venosa crônica

Materiais:
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1. Sonda nasogástrica nº8;
2. Bandeja de pequenas cirurgias;
RA

3. Clorexidine degermante;
4. Clorexidine alcoólica;
TU

5. Campo e avental estéreis, máscara, gorros e óculos;


6. Luva estéril;
SU

7. Micropore;
8. Seringas de 5 mL;
DA

9. Agulhas 40x12 e 30x7 ou 25x7 Xylocaína 2% sem vasoconstritor;


10. Fio sutura (nylon 3-0);
O

11. Lâmina de bisturi nº11 ou 13;


AT

12. Gazes estéreis;


13. Monitor cardíaco;
RN

14. Equipo, polifix 2 ou 4 vias e SF0,9% 250ml.


TE

Técnica:
IN

1. Expor o local de punção do cateter e fazer a degermação com clorohexidine.


2. Retirar ar do equipo e polifix 2 ou 4 vias com SF0,9%.
3. Realizar a antissepsia do local de punção com a clorohexidine, colocar os campos
estéreis, aplicar o anestésico local, realizar a dissecção de veia e introdução da
sonda; •
4. Após aspirar sangue da sonda para testar a efetividade da punção venosa, pegar o
SF0,9% com o equipo e conectá-lo na sonda para manter a permeabilidade do
acesso.
5. Realizar a fixação do cateter com fio de sutura.
6. Fazer curativo com clorohexidine alcoólica no sítio de punção e ocluir com gaze.

17
7. Controlar sinais vitais.
8. Aguardar radiografia para confirmar a localização da sonda e afastar possíveis
iatrogenias.

s
eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

18
ACESSO INTRA ÓSSEO:

Objetivo:

Indicações e contraindicações: Indicações: Necessidade urgente de acessar a circulação


sistêmica enquanto em situação médica de urgência. Administração de produtos
sangüíneos, líquidos e agentes farmacológicos. Análise do sangue medular: embora não
seja uma indicação para sua realização as amostra colhidas antes das infusões podem
trazer subsídios para condução do paciente. Estudos demonstram que o pH, PCO2,
eletrólitos, bioquímica, contagem absoluta de células brancas, taxas de hemoglobina não

s
eze
tem valores muito diferentes de uma amostra de sangue venosa ou arterial. Amostras
obtidas de um sítio intra-ósseo pode ser utilizado para diagnosticar e para iniciar tratamento

en
de anormalidades ácido-básica e eletrolítica. Utilização para culturas sangüíneas, diferencial

M
na morfologia das células brancas e vermelhas podem ser realizadas, mas não comparadas
com o sangue periférico.

id
Contra-indicações: Osteogênese imperfeita ou osteopetrose; Fratura no membro a ser

av
puncionado (extravasamento subcutâneo); Celulites ou queimaduras infectadas – risco de
complicação infecciosa.

Materiais: rD
-D
1. agulha intra-óssea ou agulha espinhal tamanhos18 ou 20 gauge para crianças
abaixo de 18 meses, e tamanhos 13 a 16 para crianças mais velhas
RA

2. Material para assepsia local: povidine iodado.


3. Material para anestesia local: seringas com agulhas 25 com lidocaína 1%.
TU

4. Conector em T.
5. Seringas de 10 ml (2).
SU

6. Solução salina estéril e solução salina heparinizada.


7. Tala de imobilização de membro inferior.
DA

8. Equipos de infusão de soluções.


9. Esparadrapos para fixação do membro.
O
AT

Técnica: Fixar o membro do paciente no local (caso o RN não esteja em parada


cerdiorrespiratória), após ter colocado em uma tala de fixação para infusão ou pedir a um
RN

auxiliar para imobilizar o membro. Pode ser colocado um coxim sob o joelho para servir de
suporte. Isso não deve retardar a realização do procedimento. A fixação pode ser realizada
TE

após o término da manobra.


Usar técnica de assepsia, limpando o sítio de punção com solução de povidine iodada e
IN

logo após infundir o local com xilocaína. Inserir a agulha de forma perpendicular ou com
uma ligeira angulação caudal, para evitar o dano a cartilagem de crescimento. Para
penetração deve ser exercida uma pressão firme semelhante à efetuada nos procedimentos
de biópsia. Também existe descrição de movimentos rotatórios no momento da penetração.
Remover o guia e observar os seguintes itens para confirmar uma boa posição da agulha:
Perda da resistência após a passagem pelo córtex da diáfise anterior; A agulha se mantém
no local sem nenhuma sustentação; Existe a possibilidade de aspirar medula óssea;
Possibilidade de infusão rápida de líquidos. Lavar a agulha com solução heparinizada e
conectar o equipo convencional para infusão venosa.

19
● Obs. Se na aspiração não houver saída de medula óssea e a técnica foi utilizada de
forma correta, estando a agulha em uma posição adequada, introduzir alguns
mililitros de solução salina enquanto se observa o tecido que circunda o sítio de
punção. É possível que nenhum sangue seja aspirado, mesmo que a agulha esteja
colocada corretamente. Uma boa infusão de solução salina sem nenhum
extravasamento praticamente confirma uma posição correta.
Não cobrir o sítio de punção. É necessária a observação do local quanto a um possível
extravasamento. Caso ocorra podemos estar diante de uma colocação superficial da
agulha, o osso poderá estar partido ou com folga no ponto de inserção, além da
possibilidade de estar elevada a pressão de infusão. A fixação do membro e do equipo
deve ocorrer necessitando ou não o paciente de transporte. Uma vez conseguido um

s
eze
acesso venoso periférico ou profundo a agulha intraóssea pode ser retirada. Não é
necessário parar a infusão para que a remoção da agulha seja feita.

en
Uma variedade de cânulas e agulhas tem sido testada para infusão de líquidos, incluindo as

M
agulhas hipodérmicas de 16 ou 18 gauge e agulhas espinhais com estilete. Uma
desvantagem nas agulhas hipodérmicas sem estilete é que podem obstruir a luz com

id
fragmentos ósseos. Atualmente, várias agulhas com estiletes foram fabricadas para infusão

av
intra-óssea. São curtas ou com dispositivos que bloqueiam o excesso de introdução

rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

20
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO:

Objetivo: Manter acesso venoso seguro para terapia endovenosa; Possibilitar tratamento
medicamentoso intravenoso para pacientes com impossibilidade de terapia medicamentosa
oral e Minimizar risco de infecção relacionado à punção venosa;

Indicações e contra indicações: Contra Indicações: Está contra indicado realizar punções:
Em locais que apresentem lesões de pele, flebite e edema;Membros com déficit motor e/ou
sensitivo ou com fístula arteriovenosa; Membro superior homólogo à mastectomia com

s
eze
ressecção de linfonodos e em casos de distúrbios graves de coagulação.

en
Materiais:

M
1. Bandeja
2. Luvas de procedimento;

id
3. Garrote;

av
4. Algodão;
5. Filme transparente estéril ou curativo estéril ou esparadrapo e gaze estéril

rD
6. Dispositivo de punção venosa (cateter periférico flexível ou cateter agulhado tipo
borboleta);
-D
7. Seringa 10 mL;
8. Agulha 40 x 12 mm
RA

9. 01 ampola de Solução Fisiológica 0,9%;


10. Extensor dupla via;
TU

11. Papel toalha para forrar;


12. Álcool 70%;
SU

Técnica:
DA

1. Conecte a agulha na seringa e aspire S.F. 0,9%


2. Preencher o extensor dupla via com S.F. 0,9%, manter conectado à seringa com
O

S.F. 0,9% contendo cerca de 5 mL e reservar;


AT

3. Realizar inspeção visual para selecionar a veia periférica mais adequada sempre
que possível, evitando áreas de dobras e próximas a articulações; se for necessário,
RN

garrotear o braço para evidenciar rede venosa, logo em seguida, retire o garrote.
4. Forrar o leito para proteger a roupa de cama;
TE

5. Apoiar o braço do paciente mantendo o cotovelo em extensão;


6. Selecionar dispositivo de punção venosa adequado para o tipo de terapia a ser
IN

infundida e calibre de acordo com a necessidade:


7. Cateter venoso periférico maleável - calibres: nº 14 e 16 – para grandes cirurgias,
traumatismos, para infusão de grandes quantidades de líquidos; nº 18 – para
administração de sangue e hemocomponentes ou outras infusões viscosas; nº 20 –
uso comum adequado para a maioria das infusões venosas; nº 22 – para crianças,
bebês, adolescentes, idosos, também adequado para a maioria das infusões que
precise de velocidade de infusão menor. nº 24 – Recém-nascidos, bebês, crianças,
adolescentes e idosos, adequado para infusões de velocidade menor. Garroteie o
local a ser puncionado (em adultos: aproximadamente 5 a 10 cm do local da punção
venosa) para propiciar adequada dilatação da veia.

21
8. Solicite o paciente para abrir e fechar a mão (ajuda ao ingurgitamento venoso)
9. Peça ao paciente que fique com a mão fechada e imóvel. . Faça antissepsia ampla
da pele em sentido único, com algodão e álcool 70%, ou em movimentos circulares,
do centro para a periferia, em uma área de 5 cm.
10. Mantenha o algodão seco ao alcance das mãos. Firmar a pele no local com a mão
não dominante, com o objetivo de fixar a veia, tracionando a pele para baixo com o
polegar (ou em outra direção preferida), abaixo do local a ser puncionado;
11. Introduzir a agulha em ângulo 30º a 45º dependendo da profundidade da veia, com
bisel voltado para cima e depois paralela à pele na direção da veia a ser
puncionada.
12. Uma vez introduzido na pele, direcione o cateter e introduza-o na veia, ao introduzir

s
eze
na veia o sangue refluirá ao canhão da agulha ou mandril, introduzir apenas o
cateter segurando o mandril, não permitindo que este seja introduzido com o cateter;

en
13. Soltar o garrote; 23. Conectar o equipo dupla via previamente preenchido com

M
S.F.0,9%, 24. Aspirar para verificar se a agulha ou cateter continuam na veia;
14. Lavar o cateter ou agulha, injetando cerca de 5 mL de S.F. 0,9% em seringa de 10

id
mL, clampear e remover a seringa ou conectar o equipo de infusão venosa;

av
15. Fixar o acesso venoso com curativo estéril;
16. Proteger o local de conexão, com gaze estéril para manter a área asséptica,

rD
desconectar a seringa e ligar ao equipo de hidratação venosa ou fechar com
dispositivo de vedação.
-D
OBS:
RA

• Evite puncionar veias trombosadas (paredes endurecidas, pouco elásticas, consistência


de cordão), ou membros paralisados com fístula, edemaciados em membro ipsilateral de
TU

mastectomia;
• Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas,
SU

infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas


com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados
DA

• Evite proximidade entre o local da nova punção e o local da punção anterior.


• Para facilitar a visualização de uma veia, pode-se aquecer o local escolhido com uma
O

compressa ou bolsa de água morna, minutos antes da punção (exceto para coleta de
AT

sangue para exame).


• Na retirada do cateter, pressione o local com uma bola de algodão seco por 3 min, retire-a
RN

e aplique um curativo adesivo no local.


• Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de
TE

rubor, edema e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo
intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como
IN

dor e parestesia.
• Cada acesso venoso periférico pode permanecer no mesmo local por até 72 horas
quando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado com poliuretano.
• Caso ocorra extravasamento da medicação, interromper a infusão imediatamente.

22
SONDAGEM DE ALÍVIO:

Objetivo: Remover a urina acumulada.

Indicações e contraindicações:
Indicações: Bexigoma: para esvaziar o conteúdo vesical pontual; Análise de urina: coleta
de urina estéril; Pré-operatório: esvaziar a bexiga quando necessário; Pós-operatório:
quantificar diurese pós-cirúrgica ou evitar retenção urinária e Administração de
medicamentos intravesicais.
Contraindicações: ITU vigente; Estenose da uretra; Cirurgia vesical eTrauma uretral.

s
eze
en
Materiais:

M
1. SONDA DE NELATON
2. luva de procedimento estéril

id
3. assepsia e antissepsia

av
4. campo
5. lidocaína.

rD
Técnica: Realizar a higiene do órgão genital e de toda região perineal conforme a técnica
-D
com o antisséptico adequado. Posicionar o campo fenestrado sobre a região genital; 6.
Lubrificar com xilocaína a parte da sonda a ser introduzida na uretra. Introduzir a sonda no
RA

meato urinário e deixar a outra extremidade conectada no coletor


TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

23
SONDA VESICAL DE DEMORA:

Objetivo: eliminar a urina quando a pessoa não consegue urinar espontaneamente.

Indicações e contra indicações: As indicações gerais incluem drenagem vesical e


incapacidade de passar uma sonda pela uretra ou contraindicação ao uso de sonda frente à
necessidade de sondagem vesical. As contraindicações incluem: Incapacidade de definir a
localização da bexiga, clínica ou ultrassonograficamente.

Materiais:

s
eze
1. Kit estéril (uma cuba rim, uma cúpula pequena,8 gazes IV estéreis e uma pinça
Pean, Kocher ou Kelly);

en
2. Kit de Higiene Genital (caso o paciente tenha evacuado);

M
3. Campo fenestrado (na sua ausência usar 4 compressas estéreis);
4. Sonda Folley (nº. determinado por idade e tamanho do meato urinário1 / Lúmen

id
duplo ou triplo conforme indicação para o cateterismo);

av
5. Coletor de urina fechado;
6. 2 Seringas de 20 ml;

rD
7. Água destilada(de acordo com a quantidade necessária para o balonete);
8. Agulha para aspirar; Xilocaína gel;
-D
9. Antisséptico degermante (higiene);
10. Antiséptico tópico aquoso;
RA

11. 100ml de água destilada;


12. Luvas esterilizadas(nº.adequado);
TU

13. Máscara de proteção;


14. Recipiente para lixo;
SU

15. Lençol e oleado (se necessário).


16. Algodão e álcool a 70% para desinfecção da ampola de AD.
DA

Técnica: Colocar o paciente na posição correta para o procedimento:


O

Feminino: colocar o cliente em posição ginecológica, protegida com lençol. Caso esteja
AT

impossibilitada, manter em decúbito dorsal com pernas entre abertas;


Masculino: colocar o cliente em decúbito dorsal, com as coxas levemente
RN

afastadas,protegido com o lençol.


Abrir o pacote de material estéril em cima de mesa auxiliar ou sobre o leito, entre as pernas
TE

do paciente. Colocar o antisséptico na cúpula. Abrir o material descartável com técnica


estéril sobre o campo (sonda, o sistema coletor fechado, seringas, agulhas, gaze estéril).
IN

Aspirar com seringa de tamanho próprio para o volume do balonete o volume indicado de
água destilada, mantê-la dentro do invólucro da seringa, ao lado do campo estéril ou dentro
da bandeja. Calçar as luvas estéreis. Realizar o teste do balonete do cateter,
insuflando10mL de ar no portal da injeção. Conectar a sonda Folley ao coletor de urina,
fechando a extremidade final do coletor. Coloque água destilada na seringa com ajuda do
colega, de acordo com o cuff. Coloque o lubrificante anestésico estéril na seringa, com
auxílio de um colega (10ml).
Com a pinça montada com a gaze IV embebida com antisséptico, fazer a antissepsia do
local:
Feminino:

24
a. Grandes lábios até o ânus: (1ª e 2ª gaze, uma para cada lábio);
b. Pequenos lábios até o ânus (antes deve-se afastar os grandes lábios com a mão não
dominante e gaze IV - 3ª e 4ª gaze, uma para cada lábio);
c. Meato uretral até o ânus (antes deve-se afastar os pequenos lábios com a mão não
dominante e gaze – 5ª gaze);
d. Meato uretral até a vagina (manter os pequenos lábios entre abertos até a introdução da
sonda – 6ª gaze);
● Observação: o fechamento dos grandes lábios durante a limpeza requer que o
procedimento seja repetido, pois a área se contaminou.
Masculino:
a. Toda região peniana, com movimento circulares, no sentido do prepúcio para a raiz do

s
eze
pênis, sem afastamento do prepúcio: (1ª e 2ª gaze);
b. Com o polegar e o indicador da mão não dominante, com gaze IV afastar o prepúcio que

en
recobre o meato urinário, fazer nova antissepsia de toda a região peniana com movimentos

M
circulares, no sentido da glande para a raiz do pênis, mantendo o prepúcio sempre
tracionado (3ª e 4ª gaze);

id
c. Fazer antissepsia do meato em sentido do meato para fora, ou com movimentos

av
circulares (5 e 6ª gaze);
d. Continuar segurando o corpo peniano até a colocação do campo fenestrado e colocar o
campo fenestrado.
rD
Lubrificar a sonda com xilocaína: na mulher de 2,5 a 5 cm, no homem, caso não tenha
-D
auxílio de um colega poderá lubrificar a sonda de 5 a 7 cm ou elevar o pênis
perpendicularmente ao corpo, para colocar a uretra em linha reta; com a mão dominante,
RA

injetar xilocaína gel –10 ml que está na seringa dentro do meato uretral. Pegar a sonda com
a mão dominante, deixando a ponta ser introduzida presa nos dedos polegar e indicador e,
TU

com os outros dedos, segurar a parte restante. Deixar apenas a extremidade distal da
sonda solta, perto do dedo mínimo.
SU

● Paciente feminino: solicitar que faça força para baixo como se fosse urinar.
Introduzir a sonda Folley pelo meato urinário:
DA

Feminino: 5 a 8 cm ou até que a urina flua, mais 2 cm;


Masculino: 15 a 20 cm ou até que urina flua, mais 2 cm. Libere os grandes lábios ou abaixe
O

o pênis e segure firmemente o cateter com a mão não dominante. Insuflar o balão da sonda
AT

com a seringa (contendo a quantidade indicada na sonda de água destilada);


● Observação: Apesar de estar de luva estéril,a técnica asséptica já terminou,
RN

podendo agora manipular a seringa que anteriormente foi manipulada sem luvas.
Tracionar a sonda levemente para certificar-se que está fixa à bexiga. Fixar a sonda na coxa
TE

da paciente com esparadrapo, deixando entre a fixação e o meato uma sobra para não
lesar internamente por tração; em paciente de sexo masculino fixar o esparadrapo na coxa
IN

ou na parede do baixo ventre, como pênis votado para cima em direção ao tórax. Lavar
com 100ml de água na região que está com anti-séptico. Prender o coletor de urina a lateral
da cama (facilita a drenagem da urina e impede o fluxo contrário da mesma);

25
SONDA NASOGÁSTRICA:

Objetivo: Drenar conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem gástrica e


administração de medicação/alimento.

Indicações e contra indicações: Prevenir vômitos após uma cirurgia; aliviar uma distensão
gástrica; Avaliação no tratamento de sangramento do trato gastrintestinal; Coleta de
conteúdo gástrico para análise; Administração de medicamentos; Aspiração de secreção

s
eze
gástrica; realizar lavagem gástrica; e via para alimentação.

en
Materiais:

M
1. 1 Sonda Nasoenteral / Gástrica
2. 1 Máscara

id
3. 1 Óculos de proteção

av
4. 1 Bandeja
5. 1 Geléia lubrificante
6. 1 seringa de 20 ml
7. 1 Seringa de 3 ml rD
-D
8. 1 pacote de gaze
9. 1 Estetoscópio
RA

10. 1 Luva de procedimento


11. 1 fita micropore
TU

12. SF 0.9%
SU

Técnica: Avaliar as narinas verificando algum fator que contraindique sua passagem
(obstrução nasal, desvio de septo acentuado, presença de secreção). Se não for permeável,
DA

opte pela passagem pela cavidade oral. Lembrar que em bebês e lactentes a sonda deve
ser passada orogástrica devido a sua respiração ser feita principalmente pela narina, o que
O

inviabiliza esta via. Colocar o usuário em posição de “Fowler” alta a menos que haja
AT

contraindicação. Caso o usuário não possa ter a cabeceira elevada, mantê-la em decúbito
lateral esquerdo (DLE) ou decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a
RN

para frente. Inspecionar a sonda verificando possíveis defeitos. Colocar toalha ou papel
toalha sobre o tórax do usuário. Higienizar a narina com S.F. 0,9% quando necessário.
TE

Colocar na seringa de 2 a 3 ml de gel anestésico, reservar. Para a sondagem Nasogástrica:


Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifóide,
IN

acrescentar a metade da medida entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical, marcar com
micropore (ver figura 06). Quando a for Nasoenteral deve-se acrescentar mais 10 cm, pois a
extremidade da sonda necessita ir para a primeira parte do duodeno. Se for orogástrica,
colocar a sonda junto ao canto da boca para efetuar a medição. Se a sonda for do tipo
Dobbhoff, pode-se injetar 10 ml de solução fisiológica ou água destilada na sonda sem
retirar o fio-guia para lubrificá-la, favorecendo a retirada do fio-guia após sua. Injetar cerca
de 2 ml de gel anestésico na narina a ser introduzida à sonda. Com o pescoço em posição
neutra, iniciar a introdução da sonda na narina do usuário. Após a introdução de
aproximadamente 10 cm, fletir o pescoço do usuário. No caso de sondagem orogástrica,
colocar a ponta da sonda na parte posterior da língua. Quando possível solicitar a

26
colaboração do usuário pedindo para que o mesmo faça movimentos de deglutição.
Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do usuário
até o ponto pré marcado. Interromper e retirar a sonda caso o mesmo apresente: tosse;
dificuldade respiratória; cianose e agitação. Verifique se a sonda está no estômago,
utilizando as seguintes técnicas: injetar 20 ml de ar com seringa de bico. Auscultar com
estetoscópio (som de cascata ou de WHOOSHING) simultaneamente a região epigástrica, e
/ ou aspirar o conteúdo gástrico. Após confirmação do posicionamento adequado da sonda
retirar o fio guia delicadamente (se for o caso da sonda tipo Dobbhoff (com fio guia). A
sonda deverá ser fixada na face (sondagem Nasogástrica ou Nasoenteral), do mesmo lado
da narina utilizada, ou na bochecha (sondagem orogástrica) com micropore fino.

s
eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

27
PARACENTESE:

Objetivo: reduzir a pressão intra-abdominal e aliviar sintomas associados como dispneia,


dor e desconforto abdominal.

Indicações e contra indicações:


Contraindicações Absolutas: Coagulação intravascular disseminada; ou Instabilidade

s
eze
hemodinâmica; ou Perfuração intestinal; Instabilidade respiratória. Relativas: Íleo paralítico
associado à distensão intestinal importante (aliviar a distensão, se possível); Coagulopatia

en
(INR > 1,5 – transfundir plasma previamente); Infecção de parede abdominal; o

M
Trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mm ); Cirurgia recente no trato intestinal (menos de
1 mês).

id
av
Materiais:
1. Equipamento de Proteção Individual (capote estéril, máscara cirúrgica, gorro e luva
estéril);
2. Agulhas 21 G ou 23 G; rD
-D
3. Clorexidina degermante;
4. Clorexidina alcoólica;
RA

5. Anestésico local lidocaína ou xilocaína a 2% sem vasoconstritor;


6. Seringa de 3 mL;
TU

7. Duas seringas de 20 mL;


8. Pinça ou Kelly para usar para antissepsia;
SU

9. Gazes estéreis;
10. Recipiente estéril para coleta de líquido.
DA

Técnica: Posicionar o paciente em posição supina, com elevação de 30°; Degermação da


O

pele da região abdominal do paciente, onde será feito o procedimento com clorexidina
AT

degermante; Determinar um dos locais de inserção da agulha, se na linha média, a 2cm


abaixo do umbigo, ou no quadrante inferior esquerdo, lateralmente ao músculo reto
RN

abdominal — se possível, utilizar Ultrassonografia para melhor determinar o sítio de punção;


quando optar pelo quadrante inferior, deve-se ter muito cuidado com o baço. Injetar
TE

anestésico local infiltrando a pele e tecidos mais profundos. Inserir agulha acoplada a uma
seringa (com pressão negativa na seringa, deve-se apontar a agulha em direção cefálica,
IN

em um ângulo de 45°, mantendo o trajeto em Z) usando a técnica do trajeto em Z (esticar a


pele 1 a 2cm caudalmente do ponto de inserção da agulha). Aspirar a amostra do líquido
ou retirar a quantidade de líquido desejada. Cobrir com curativo oclusivo a agulha.

28
TORACOCENTESE:

Objetivo: Dar saída contínua a coleções líquidas e/ou gasosas do espaço pleural por um
dreno colocado através da parede torácica, restaurando a pressão no espaço pleural e a
função cardiopulmonar normal.

Indicações e contra indicações: Punção pleural ou toracocentese está indicada nos casos
de derrame pleural. Pode ser utilizada para fins: o Alívio no pneumotórax hipertensivo; o

s
eze
Diagnóstica (hemotórax, transudatos pleurais, exsudatos pleurais, empiemas pleurais,
pneumotórax (espontâneo, traumático, entre outros); o Terapêutica ( melhora da

en
insuficiência respiratória, tratamento de fístula broncopleural, realização de pleurodese).

M
Não há contraindicação absoluta para a toracocentese. Contraindicações relativas do
procedimento: discrasias sanguíneas, quantidade muito pequena de derrame e infecção da

id
pele no local da punção.

av
Materiais:
1. Campo cirúrgico estéril;
2. Gazes esterilizadas; rD
-D
3. Solução antisséptica – clorexidina alcoólica ou aquosa (para neonatos menores de
1000gr);
RA

4. Lidocaína 2% sem vasoconstritor;


5. Seringas de 3, 10 e 20 ml; Agulhas 40x12 e 13x4,5;
TU

6. Abocath ou Jelco 24, 22, 20, 18 – selecionar calibre e comprimento conforme


tamanho da criança e espessura estimada da parede torácica; Scalp 25;
SU

7. Three way;
8. Material para obtenção de selo d’água: ampola de água destilada, frasco de água
DA

destilada, equipo macrogotas;


9. Tubo estéril para coleta de material;
O

10. Micropore.
AT

Técnica: Monitorização do paciente com oxímetro de pulso e monitor de frequência. Além


RN

disso, é importante estar disponível material de suporte ventilatório (sonda de aspiração,


fonte de oxigênio, máscara adequada e dispositivo de ventilação manual), caso seja
TE

necessário. Posicionamento do paciente: paciente sentado, com o tronco levemente


anteriorizado e os braços levantados, normalmente amparados por uma mesa ou outro tipo
IN

de apoio. Entretanto, em crianças, essa posição quase nunca é viável, seja pela pouca
colaboração da criança, seja por conta da situação clínica ou da depressão causada pela
sedoanalgesia sistêmica. Sendo assim, deve-se elevar ao máximo o decúbito do leito,
tentando mimetizar a posição sentada, para que o conteúdo do espaço pleural a ser retirado
se posicione gravitacionalmente no terço inferior do tórax, sobre o diafragma. Elevar o
membro superior do lado a ser abordado, deixando o flanco e região axilar expostos. Conter
esse membro mecanicamente ou manualmente, com o auxílio de um outro profissional.
Antissepsia com o uso de solução degermante (clorexidina aquosa ou alcoólica) para
limpeza da pele. Além de paramentação do profissional. As crianças devem ser sedadas e
imobilizadas. Anestesia local com soluções de lidocaína sem vasoconstritor, tanto para

29
realizar a anestesia da pele e tecido subcutâneo, quanto para anestesiar a musculatura
intercostal, no trajeto por onde será introduzida a agulha. A punção é feita na altura do
quinto ou sexto espaço intercostal, na linha axilar média ou posterior. Esse ponto pode
variar conforme as condições clínicas, o posicionamento do paciente ou a indicação da
ultrassonografia quanto ao maior volume do conteúdo pleural. Introduzir a agulha
perpendicularmente à pele, lembrando de buscar sempre a borda superior da costela
inferior do respectivo espaço intercostal, para não lesionar o feixe vásculonervoso. Procurar
introduzir a agulha lentamente, para minimizar o risco de lesionar o pulmão, uma vez que,
vencidas as camadas da pele e musculatura, a perda da resistência é imediata e a agulha
pode progredir inadvertidamente. Com a saída de conteúdo pleural pela agulha, parar
imediatamente a progressão da mesma. Caso esteja utilizando um dispositivo de cateter

s
eze
sobre a agulha, retire a agulha e mantenha o cateter posicionado. Conectar em seu cateter
um intermediário que permita a regulagem manual da saída do conteúdo pleural, sem a

en
entrada de ar (por exemplo, uma torneira de 3 vias). Realizar o esvaziamento do tórax,

M
conforme seu julgamento da situação clínica. Ao final do procedimento, há duas opções:
retirar a agulha e realizar um curativo compressivo (no caso de punção de alívio de um

id
derrame pleural, por exemplo); ou conectar o cateter a um equipo e colocar a outra

av
extremidade em um frasco com selo d’água (lembrando de retirar as válvulas do sistema)
até que uma drenagem cirúrgica seja realizada (no caso de um pneumotórax, por exemplo).

rD
Para o tratamento do pneumotórax hipertensivo, a agulha pode ser introduzida no 2º espaço
intercostal (do lado acometido) na linha hemiclavicular. A agulha não deve ser conectada à
-D
seringa. Quando perfurar a pleural, pode-se ouvir a saída de ar sob pressão. Solicitar Rx
tórax, tanto para avaliar o resultado do procedimento, como para procurar e documentar a
RA

ocorrência e, especialmente, a ausência de complicações. Documentar o procedimento no


prontuário do paciente.
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

30
DRENAGEM TORÁCICA:

Objetivo: evacuar o conteúdo aéreo ou líquido anômalo da cavidade pleural.

Indicações e contra indicações: A indicação correta é feita por meio de uma combinação
entre patologia e mecanismo de lesão, exame clínico e imagem radiológica. Mais
recentemente, o uso da ultrassonografia à beira do leito, guiando a inserção do dreno, está
associado a menores taxas de complicações e é particularmente útil para efusões e

s
eze
empiema, pois o diafragma pode ser localizado e a presença de loculações e espessamento
pleural definido. As contraindicações podem ser absolutas ou relativas conforme listadas a

en
seguir. A única contraindicação absoluta para realização do procedimento pulmão estar

M
densamente aderido à parede torácica em todo o hemitórax.

id
Materiais:

av
1. par de luvas estéril;
2. avental estéril;
3. gorro e propés;máscara cirúrgica;
4. óculos de proteção; rD
-D
5. pacote de gaze estéril;
6. cuba pequena para antissepsia;
RA

7. pinça para antissepsia;


8. cuba rim para descarte;
TU

9. clorexidina alcoólica 0,5%;


10. campo fenestrado estéril;
SU

11. agulha de aspiração 40 x 1,2 mm (18G);


12. agulha de infiltração 30 x 0,73 mm (22G);
DA

13. seringa de 5 ou 10 mL para anestesia local;


14. lidocaína 1 ou 2% com ou sem vasoconstritor;
O

15. pinça Kelly curva;


AT

16. tesoura Metzenbaum (20 cm);


17. bisturi com lâmina nº 15;
RN

18. dreno de tórax;


19. sistema de drenagem fechado;
TE

20. fio inabsorvível.


21. material para curativo.
IN

Técnica: Anestesia local com deve ser feita com lidocaína infiltrando o espaço intercostal
escolhido. O bloqueio anestésico deverá cobrir toda a espessura da parede torácica. A
técnica preferida é a incisão aberta com dissecação brusca de tecidos profundos com pinça
ou inserção guiada pelo introdutor do dreno. Uma incisão de 1,5 a 2 cm de extensão deve
ser feita paralelamente à costela e com uma pinça hemostática curva divulsiona-se o
subcutâneo e os músculos intercostais penetrando na cavidade pleural. Com o dedo
indicador deve-se fazer, delicadamente, uma exploração digital. Uma extremidade distal do
tubo é inserida na cavidade pleural através da incisão subcutânea com o auxílio de uma
pinça curva presa a sua ponta. Avança-se o tubo inclinando a posição da ponta para cima e

31
posteriormente. A última fenestra do tubo deve ficar no espaço pleural. A pequena incisão é
fechada com um ponto em “U”, circundando o dreno. Conecta-se a extremidade distal do
dreno com o sistema de drenagem. Uma vez que o tubo é ligado, caso haja um
pneumotórax, o borbulhamento poderá ser visto. A oscilação da coluna líquida é obrigatória
e indica o correto posicionamento do dreno na cavidade pleural

s
eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

32
NA UTI E SALA VERMELHA:

Acesso venoso central:

Subclávia:

Objetivo: recomendado para a medicação de remédios que não podem ser ingeridos ou
inseridos convencionalmente na veia.

s
Indicações e contra indicações:

eze
Indicado quando:
Acesso venoso periférico inadequado.

en
Administração de medicamentos nocivos: como vasopressores, quimioterapia e nutrição

M
parenteral, pois podem causar inta-corno das veias (flebite) quando administrados por meio
de um cateter intravenoso.

id
Monitorização hemodinâmica: permite a medição da pressão venosa central, saturação da

av
oxi-hemoglobina venosa (Svo2) e parâmetros cardíacos (via cateter de artéria pulmonar).

rD
Terapias extracorpóreas: o acesso venoso de grande calibre é necessário para suportar o
fluxo de alto volume necessário para muitas terapias extracorpóreas, incluindo hemodiálise,
-D
terapia de substituição renal contínua e plasmaférese.
Estimulação cardíaca transvenosa.
Colocação do filtro de veia cava inferior.
RA

Terapia trombolitica venosa.


Implante de stent venoso.
TU
SU

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
Coagulopatia e trombocitopenia.
DA

Distorção anatômica.
Vasculite, celulite local.
Injeções prévias de agentes esclerosantes.
O

Presença de outro dispositivo.


AT

Lesão vascular proximal ao local da inserção.


RN

Necessidade de mobilidade.
Hipersensibilidade antibiótica (se estiver usando cateteres impregnados comantibidical.
TE

Materiais:
IN

1. Luva estéril
2. Capote estéril
3. • Máscara
4. Protetor ocular
5. Lidocaína 1%
6. Degermante (solução de iodopovidona
7. ou clorexidina degermante)
8. Campo estéril
9. Fio-guia
10. Dilatador

33
11. Bisturi + Lâmina
12. Cateter
13. Seringa 10 mL
14. Agulha (18 ou 20G, 2,5 cm para aspirar o anestésico do frasco; 25 ou 27G, 3,8 cm
para aplicar o anestésico)
15. Material de sutura
16. Gaze estéril

Técnica: : paciente em decúbito dorsal, em posição de Trendelemburg, com a cabeça

s
eze
rotada para o lado oposto ao da punção, braços estendidos ao longo do corpo, colocar um
coxim ao longo da coluna torácica – entre as escápulas – a fim de retrair os ombros e

en
reduzir a proeminência do deltóide. O ponto de punção localiza-se na junção dos terços

M
médio e medial da clavícula, aproximadamente 1 cm abaixo do seu bordo inferior. Mantenha
a agulha na direção da fúrcula no plano coronal para facilitar o deslizamento abaixo do osso

id
e para minimizar o risco de punção pleural. Uma inserção da agulha lateral à linha

av
hemiclavicular aproveita a convexidade fina anterior da clavícula para facilitar uma
abordagem a nível coronal que pode propiciar maior segurança ao operador

● rD
A ponta distal do cateter das veias jugular e subclávia deverá estar na parte inferior
-D
da veia cava superior, enquanto que os cateteres femorais devem ser posicionados
de modo a ponta do cateter encontrar-se dentro da veia cava inferior torácica. É
RA

aconselhado realizar uma radiografia para confirmar a localização da ponta do


cateter e avaliação de um possível pneumotórax após a colocação do cateter via
TU

jugular interna e subclávia.


SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

34
Femoral:

Materiais:
1. Luva estéril
2. Capote estéril
3. Máscara
4. Protetor ocular
5. Lidocaína 1%
6. Degermante (solução de iodopovidona
7. ou clorexidina degermante)
8. Campo estéril

s
eze
9. Fio-guia
10. Dilatador

en
11. Bisturi + Lâmina

M
12. Cateter
13. Seringa 10 mL

id
14. Agulha (18 ou 20G, 2,5 cm para aspirar o anestésico do frasco; 25 ou 27G, 3,8 cm

av
para aplicar o anestésico)
15. Material de sutura
16. Gaze estéril
rD
-D
Técnica: paciente em decúbito dorsal, cabeceira elevada a 15o , com a perna rotada
lateralmente, a elevação da nádega com um coxim pode facilitar a exposição do local. O
RA

procedimento é geralmente realizado de frente para o paciente no mesmo lado do acesso.


A artéria femoral fornece um marco importante para orientar o acesso. O sitio de punção é
TU

inferior ao ligamento inguinal, onde a veia femoral comum fica superficial e medial à artéria.
Orientar a agulha com o bisel voltado para cima e introduzi-la em ângulo de 20o a 30o com
SU

a pele. Insira a agulha de 1 a 2 cm abaixo do ligamento inguinal e medial à artéria femoral.


O vaso normalmente é atingido dentro de 2 a 4 cm, mas pode ser mais profundo em
DA

pacientes obesos ou edematosos. Se não obter êxito, direcione a agulha sistematicamente


para medial e para lateral até a veia femoral comum ser localizada.
O
AT
RN
TE
IN

35
Veia jugular interna:

Objetivo: recomendado para a medicação de remédios que não podem ser ingeridos ou
inseridos convencionalmente na veia.

Materiais:
1. Luva estéril
2. Capote estéril
3. Máscara
4. Protetor ocular

s
eze
5. Lidocaína 1%
6. Degermante (solução de iodopovidona ou clorexidina degermante)

en
7. Campo estéril

M
8. Fio-guia
9. Dilatador

id
10. Bisturi + Lâmina

av
11. Cateter
12. Seringa 10 mL

rD
13. Agulha (18 ou 20G, 2,5 cm para aspirar o anestésico do frasco; 25 ou 27G, 3,8 cm
para aplicar o anestésico)
-D
14. Material de sutura
15. Gaze estéril
RA

Técnica: paciente em decúbito dorsal, em posição de Trendelemburg – cabeceira abaixada


TU

a 15o -, com a cabeça rota para o lado oposto ao da punção. Deve-se identificar o ápice do
triângulo formado pelas cabeças do músculo esternocleidomastoideo, situado
SU

aproximadamente a 5 cm acima da clavícula, que marca o local de inserção da agulha.


Introduzir a agulha lateral à pulsação da carótida a um ângulo de 30o a 45o com a pele.
DA

Dirigir a agulha lateralmente ao plano sagital para o mamilo ipsilateral. Se o sangue não for
aspirado dentro de 2,5 cm, retirar a agulha lentamente, mantendo a pressão negativa
O

contínua e olhando para o retorno do sangue.


AT
RN
TE
IN

36
Pressão arterial invasiva:

Objetivo: permitir uma avaliação contínua dos chamados níveis pressóricos.

Indicações e contra indicações:


Indicações:
Pacientes que necessitam de monitorização contínua da pressão sanguínea
arterial:
Hemodinamicamente instável.
Cirurgias de grande porte.

s
eze
Exige agentes vasoativos ou ressuscitação ativa de volume.
A monitorização não invasiva da pressão arterial não é confiável ou acessível.

en
Pacientes que necessitam de suporte respiratório significante e avaliação das variações

M
respirofásicas na forma de onda da pressão arterial para prever a responsividade 20
fluido.

id
Uso de balão intra-aórtico (somente via femoral).

av
Pacientes que precisam de amostras para exames laboratoriais frequentemente,
como:
Gasometria arterial com pH.
Hemoglobina. rD
-D
Valores de lactato.
Eletrólitos.
RA

Glicose.
TU

Contraindicações relativas:
Infecção, trombose ou anatomia distorcida no local de inserção.
SU

Lesão traumática proximal ao local de inserção.


Quadros hemorrágicos, coagulopatias ou uso de anticoagulantes.
DA

Doença vascular periférica grave na artéria selecionada para a punção.


Síndrome de Raynaud ativa (particularmente na amostragem da artéria radial).
O

Ausência de pulso palpável no local escolhido.


AT

Materiais:
RN

1. Luvas estéreis, máscara, touca, óculos de proteção


2. Avental cirúrgico
TE

3. Clorexidina alcoólica
4. Pinça Foerster
IN

5. Campo estéril
6. Soro fisiológico
7. Lidocaína 1% ou 2% sem vasoconstritor
8. Seringa
9. Agulhas: 40 x 1, 20 mm; 10 x 0, 45 mm;
10. 25 x 8 mm
11. Cateter arterial
12. Fio-guia
13. Kit de sutura
14. Sistema transdutor de cateter arterial

37
15. Equipamento de monitorização eletrônico

Técnica: As técnicas de avaliação para a escolha da artéria a ser puncionada ou dissecada


devem seguir alguns passos. Recomenda-se que a artéria radial seja a primeira escolha,
sempre que possível. Seu exame deve iniciar já no momento da consulta pré-anestésica,
quando se recomenda a realização do teste de Allen, de preferência na mão não-dominante
do paciente. Essa técnica foi descrita em 1929 por Allen, que procurava explicar o local e a
gravidade da estenose arterial distal que ocorria em casos de tromboangeítes obliterantes.
A técnica é utilizada, hoje em dia, para testar a permeabilidade e o grau de perfusão que a
artéria ulnar é capaz de manter na mão, no caso de falência da artéria radial. O paciente
deve fechar a mão fortemente por um período de um minuto para esvaziá-la de sangue,

s
eze
enquanto o examinador oclui a artéria radial através de compressão externa. Pede-se,
então, para o paciente abrir a mão, mantendo-se a compressão radial. Se a mão continuar

en
pálida é porque não há circulação ulnar. Se a mão ficar ruborizada é porque há circulação

M
ulnar. Hoje faz-se uma variação da técnica, ou seja, faz-se a compressão das duas artérias
(radial e ulnar) e, após a abertura da mão do paciente, solta-se a ulnar mantendo-se a

id
compressão radial, momento no qual inicia-se a contagem do tempo de enchimento da

av
mão. Normalmente ele é completo em sete segundos; quando ocorre entre 8 e 14 segundos
considera-se aumentado e, quando ocorre em mais de 15 segundos considera-se anormal.

rD
Se o fluxo da artéria ulnar não é adequado ou deixa dúvidas, recomenda-se a
não-canulação da artéria radial no lado testado, pois o risco de complicações isquêmicas
-D
aumenta muito
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

38
IOT:

Objetivo: preservar a respiração do paciente durante cirurgias que envolvem anestesia


geral, ou em quadros de complicação respiratória grave.

Indicações e contra indicações:


Indicações:
Parada respiratória ou cardiopulmonar.
Exacerbação de condição crônica, resultando paciente instável que não pode oxigenar e/ou

s
eze
ventilar.
Glasgow 8.

en
Lesão de pescoço com vias aéreas comprometidas

M
(presença de estridor ou alteração da voz).
Lesão pulmonar com oxigenação ou ventilação inadequadas.

id
Trauma multissistêmico com paciente instável.

av
Perda de proteção das vias aéreas em razão da alteração do estado mental: doença
avançada, intoxicação, sepse.

Contraindicações: rD
-D
Patologia supraglótica ou glótica.
Hematoma ou transecção parcial das vias aéreas.
RA

Edema laríngeo ou supralaríngeas grave.


Obstrução total de vias aéreas superiores por trauma ou queimadura.
TU

Materiais:
SU

1. Laringoscópio com baterias carregadas


2. Tubo endotraqueal
DA

3. Fio-guia
4. Bolsa e máscara de Ambu
O

5. Seringa
AT

6. Máscara
7. Gorro
RN

8. Luva estéril
9. Oxímetro de pulso
TE

10. Fita para fixação de tubo endotraqueal


IN

Técnica:
Preparação: Checar sinais que indiquem intubação difícil. Fazer um plano de intubação
incluindo um vias alternativas de assegurar a via aérea. Reunir equipamentos e
medicações.
Pré-oxigenação: Recomenda-se que todo paciente que necessite de intubação
endotraqueal receba oxigênio em alto fluxo imediatamente.
Pré-tratamento: Dependendo das circunstâncias clínicas pode-se usar medicações antes da
indução como: atropina (casos de bradicardia), noradrenalina e dopamina (casos de
choque). Fentanil 3 mcg/kg peso magro (peso total + 30% do excesso de peso) e/ou
lidocaína.

39
Indução: Diferentes tipos de indução são usadas dependendo das circunstâncias clínicas,
abaixo segue os medicamentos com sua posologia, contra indicações e vantagens:
• Midazolam: dose de 0,2 a 0,3 m/kg. Contraindicação: depressão miocárdica dose
dependente resultando em hipotensão. Vantagem: um potente amnésico
• Propofol: dose 1,5 a 3 mg/kg, não há contraindicação absoluta, porém produz hipotensão
dose dependente. Vantagem: broncodilatação.
• Etomidato: dose 0,3 mg/kg, contraindicação: suprimir a produção adrenal de cortisol.
Vantagem: excelente sedação com pouca hipotensão.
• Quetamina: dose de 1,5 mg/kg. Contraindicação: é controverso o uso em pacientes com
elevada pressão intracraniana e hipertensão arterial. Vantagem: estimula a liberação de
catecolaminas e faz broncodilatação.

s
eze
Bloqueio neuromuscular: Os bloqueadores musculares são divididos de acordo com seu

en
mecanismo de ação em despolarizante e não despolarizante. O único agente

M
despolarizante na prática clínica é a succinilcolina e é a primeira escolha de bloqueador
neuromuscular na prática da emergência clínica pela sua superioridade em relação aos

id
bloqueadores não despolarizantes. Na SRI a dose de succinilcolina e de 1,5 mg/kg

av
endovenosa, com a paralisia ocorrendo em 45 a 60 segundos após sua injeção EV, possui
uma duração aproximada de 6 a 10 minutos. A succinilcolina possui duas contraindicações

rD
absolutas: história pessoal e familiar de hipertermia maligna e pacientes com alto risco de
desenvolver hipercalemia. É recomendado o uso de agentes bloqueadores musculares não
-D
despolarizantes no lugar da succinilcolina nos seguintes casos:
• Hipercalemia (sugere-se checar alterações características no eletrocardiograma);
RA

• História pessoal de disfunção renal;


• História pessoal e familiar de hipertermia maligna;
TU

• Doenças neuromusculares envolvendo denervação (lembrar que a succinilcolina é segura


na miastenia gravis);
SU

• Distrofia muscular;
• AVC com mais de 72 horas de evolução;
DA

• Queimadura com mais de 72 horas de evolução;


• Rabdomiólise.
O

Na prática clínica, orienta-se o uso de bloqueadores musculares para médicos com alguma
AT

experiência em intubação. Pois após seu uso a ventilação com bolsa-valva máscara
torna-se mais difícil aumentando a chance de complicações caso a intubação não seja
RN

realizada. Em ambientes controlados, pode-se optar por realizar o bloqueio apenas após
tentativa de laringoscopia sem sucesso por falha no relaxamento muscular, com sedação e
TE

analgesia otimizada e observação de facilidade de ventilar com bolsa- válvula-mácara. 6.


Posicionamento: Posição de ‘cheirador’ com coxim suboccipital de modo a alinhar o meato
IN

acústico com o esterno do paciente. Extensão do pescoço.


Intubação orotraqueal propriamente dita.
Confirmar o posicionamento do tubo: Na prática da emergência brasileira a confirmação do
correto posicionamento do tubo endotraqueal é feito através da ausculta dos campos
pulmonares e do estômago.
Orienta-se iniciar com a ausculta do epigástrio, caso positiva sabe-se do mau
posicionamento do tubo, caso negativa, é feita a ausculta dos campos pulmonares
buscando uma simetria entre os dois lados. Se disponível, checa-se o posicionamento
correto do tubo através da aferição de CO2 excretado (capnografia). Realizar um RX de
tórax para determinar se houve intubação seletiva para o brônquio fonte direito.

40
Cuidados pós intubação: O tubo deve ser fixado, um RX de tórax pós IOT deve ser
realizado na busca de complicações e a ventilação mecânica deve ser ajustada.
Medicamentos usados para SRI são normalmente de curta ação, assim deve-se assegurar
sedação de longo prazo, analgesia e eventualmente paralisia se necessário. Em alguns
casos o paciente pode ser mantido sem sedação, cada caso deve ser discutido
individualmente.

s
eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

41
Cricostomia:

Objetivo: Alternativa rápida e temporária que proporciona ao paciente uma alternativa


respiratória

Indicações e contra indicações:


Indicação:
Quando a intubação é contraindicada ou mal sucedida.

CONTRAINDICAÇÕES

s
eze
Transecção possível ou conhecida da traqueia.
Ruptura laringotraqueal com retração da traqueia distal no mediastino.

en
Fratura de laringe.

M
Diátese hemorrágica.
Crianças (apenas para a cricotireotomia cirúrgica).

id
av
Materiais:
1. Bisturis (preferencialmente lâminas 11, 15 e 20)
2. Gancho traqueal
3. Dilatador traqueal rD
-D
4. Tubo de traqueostomia com cuff
5. Seringa de 10 mL
RA

6. Fonte de oxigênio
7. Cricotireotomia por Punção
TU

8. Cateter equipado com agulha de calibre


9. 12 ou 14 com bainha introdutória
SU

10. Seringa
11. Adaptador para a extremidade de tubos
DA

12. endotraqueais
13. Fonte de oxigênio
O
AT

Técnica: Prepare o pescoço fazendo antissepsia, colocação dos campos cirúrgicos (se tiver
tempo) e anestesia, caso o paciente esteja consciente;
RN

1. Identifique estruturas com a mão não dominante (cartilagens tireoide e cricoide e


TE

membrana cricotireóidea);
IN

mobilize a laringe colocando o polegar e o dedo médio da mão não dominante em lados
opostos dos cornos laríngeos superiores e o dedo indicador deve ser usado para localizar e
identificar novamente a membrana cricotireóidea a qualquer momento durante o
procedimento;

● Com a mão dominante, realiza-se uma incisão vertical de 2 cm na linha média da


pele;
● Identifique novamente a membrana cricotireóidea e mantenha o dedo indicador na
borda inferior da cartilagem tireoide, fornecendo assim uma indicação clara da
extensão superior da membrana cricotireóidea;

42
● Realize a incisão na membrana em sentindo horizontal com cerca de 1cm,
preferencialmente na porção mais inferior da membrana para “desviar” das artérias;

Gire o bisturi 90º e mantenha-o pressionando para não “perder” o local do tubo;

● Insira o tubo endotraqueal ou de traqueostomia com balonete (se tiver bougie,


insira-o antes até a carina e depois coloque o tubo “por cima”);
● Retire o guia/bougie (se tiver utilizado);
● Confirme o local do tubo com capnógrafo ou método auscultatório (hipogástrio >
base esquerda > base direita > ápice esquerdo > ápice direito).
● Fixe o tubo;

s
eze
● Solicite radiografia de tórax;
● Conecte na ventilação mecânica e faça a sedoanalgesia do paciente;

en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

43
Marca-passo transcutâneo:

Objetivo: utilizado em emergências médicas, com duas pás de eletrodos colocados no tórax
do paciente e conectados a um desfibrilador, para que o coração volte a bater.

Indicações e contra indicações:


Indicações:
Infarto do miocárdio agudo (IAM).
Bradiarritmias com instabilidade hemodinâmica.
Lesão do seio ou nó AV ou sistema His-Purkinje.
Indisponibilidade de estimulação transvenosa imediata.

s
eze
Toxicidade (digoxina).
Bloqueio atrioventricular.

en
Traumatismo cardíaco.

M
Disfunção do marca-passo definitivo em paciente dependente.
Taquiarritmias ventriculares e supraventriculares refratárias

id
ao tratamento medicamentoso

av
CONTRAINDICAÇÕES:
Hipotermia grave.
Necessidade de uso prolongado. rD
-D
Pacientes em assistolia (principalmente após 20 minutos de reanimação).
Pacientes diaforéticos (dificuldade de manter eletrodos).
RA

● Não existe contraindicação absoluta, porém, há situações em que o procedimento


deve ser evitado ou realizado com maior cuidado.
TU

Materiais:
SU

1. Pás de estimulação adequadas à idade / tamanho do paciente


2. Desfibrilador com monitor e capacidade de estimulação não invasiva e cabo
DA

3. Eletrodos e cabo de ECG


4. Sedação / analgesia, se solicitado
O

5. Carrinho de emergência prontamente disponível


AT

Técnica: não acho descrição.


RN
TE
IN

44
Marca-passo transvenoso:

Objetivo:

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES:
Bradicardia com comprometimento hemodinâmico.
Taquiarritmias ventriculares secundárias a bradiarritmias.
Bloqueio AV de segundo grau tipo Il ou bloqueio AV de terceiro grau com comprometimento
hemodinâmico.
Estimulação de overdrive.

s
eze
Infarto do miocárdio complicado.
Cirurgias cardíacas que podem promover bradicardia.

en
M
CONTRAINDICAÇÕES
Não há contraindicações absolutas.

id
Deve ser evitada ou usada com cautela nas seguintes situações:

av
Em pacientes com sintomas intermitentes, leves ou raros, nos quais a bradicardia é bem
tolerada. Isso inclui BAVT sintomático com ritmo de escape adequado e "estável" ou

rD
disfunção sintomática do nó sinusal com apenas pausas raras.
Em pacientes com uma válvula tricúspide protética, o chumbo temporário do marca-passo
-D
cardíaco pode danificar a válvula ou ficar preso na prótese Em um paciente com infarto do
miocárdio que recebeu um agente trombolítico e está sendo tratado agressivamente com
RA

agentes anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários. Mesmo a inserção do cateter por


um corte, o que permite a visualização direta do vaso e um melhor controle do
TU

sangramento, pode estar associada a um sangramento significativo nesses pacientes


SU

Materiais:
1. Campo estéril
DA

2. Capote, luvas, máscara e gorro estéreis


3. Solução alcoólica
O

4. Lidocaína de 1% a 2% (com ou sem epinefrina)


AT

5. Agulha 25 gauge
6. Agulha 18 a 21 gauge
RN

7. Seringas de 3 a 5 mL
8. Seringa de 10 mL
TE

9. Fio-guia com ponta J


10. Dilatador
IN

11. Fio de sutura


12. Porta-agulha
13. Bisturi
14. Gaze
15. Bainha de introdutor
16. Manga estéril
17. Cateter de marca-passo transvenoso
18. Pinos do adaptador
19. Gerador de marca-passo com cabo conector
20. Pás de estimulação cardíaca

45
21. Máquina de ECG
22. Aparelho de ultrassom (de preferência com sondas cardíacas e vasculares)

Técnica: Escolha do sítio de punção: a veia jugular interna direita (VJID) é o primeiro sítio
de punção a ser escolhido; em seguida, a veia subclávia esquerda (VScE) fica em segundo
lugar (melhor que a subclávia direita e que a jugular interna esquerda devido à curva que o
cabo-eletrodo do MP deverá realizar)
● Degermação seguida de antissepsia do sitio de punção escolhido
● Lavagem das mãos conforme a técnica asséptica, colocação de aventais e
posicionamento dos campos cirúrgicos
● Aqui, se você tiver acesso ao ultrassom para guiar a sua punção, vale colocar a

s
eze
“camisinha” conforme a técnica asséptica e localizar previamente a sua veia
(vale principalmente para veia jugular interna, mas técnicas mais recentes já

en
mostram ganho de sucesso na punção mesmo para veia subclávia).

M
● Anestesia local com Lidocaína 1 a 2%
● Punção pela técnica de Seldinger (idealmente guiada por ultrassom) para

id
posicionamento inicialmente do introdutor (normalmente escolhe-se o de 5 ou 6

av
Fr de diâmetro), neste caso, seguindo a seguinte sequência: punção com
agulha -> passagem do fio-guia -> retirada da r agulha -> passagem e retirar o

rD
dilatador nº1 -> passagem do conjunto [dilatador nº2 + introdutor] -> retirada do
conjunto [dilatador nº2 + fio-guia] e manutenção do introdutor. Este chamado
-D
“introdutor” é um instrumento que permitirá a passagem do cabo-eletrodo do
MP por dentro dele, e tem uma válvula unidirecional que impede refluxo de
RA

sangue (vide componente central da figura 1 acima).


● Fixar o introdutor à pele com nylon 3.0
TU

● Passar ao cabo-eletrodo de MP por dentro da bainha transparente e “guardar” a


bainha na ponta proximal do cabo-eletrodo
SU

● Introduzir, com a curva para a esquerda (em ambos os si tios de punção) o


cabo-eletrodo do MP até cerca de 10-15 cm (lembre-se: cada marca preta no
DA

corpo do cabo-eletrodo tem 10 cm de distância entre si). Neste momento, você


vai acoplar os “jacarés” dos cabos que estavam conectados no segundo
O

monitor (habitualmente um desfibrilador conforme comentado acima) na ponta


AT

proximal do cabo-eletrodo, que já foi anteriormente conectado a um sistema


conforme o da Figura 2 – dois jacarés no cabo vermelho e o jacaré verde no
RN

cabo preto, este como fio terra.


● Neste momento, você deve introduzir calmamente o cabo-eletrodo e observar os
TE

traçados do eletrograma intracavitário que foi criado por esse esquema de conexões
mostrado acima. A sequência que você deve observar é a seguinte: veia cava
IN

superior -> átrio direito -> ventrículo direito -> corrente de lesão (impactação no
miocárdio). Veja a Figura 3 que é mais esclarecedora. Esta impactação
habitualmente acontece entre 30-35mm (localização ideal: septo interventricular
médio-apical) quando o sitio de inserção é a VJID ou 35-40 mm quando é a VScE,
porém valores maiores ou menores podem ser encontrados a depender das
dimensões do paciente, da dilatação das câmaras direitas e do seu local de punção
(mais ou menos proximal na veia).

Conectar o gerador do MP e realizar os testes (Figura 4). Geralmente se começa com FC


baixa, pouco acima da FC do ritmo do paciente (por exemplo a 50 bpm). Estimular à energia

46
(ou output) máxima e avaliar eventual estimulação diafragmática (o paciente fica fazendo
uma espécie de “soluços” sempre que o MP entra – se isso acontecer, você deve
idealmente reposicionar o seu cabo-eletrodo já que provavelmente ele se encontra na
parede posterior do VD, onde existe maior risco de perfuração) e aí você vai diminuindo até
achar o limiar de captura – a recomendação é deixar programado 2-3 vezes acima do limiar
de captura. Após este processo, você pode pedir para o paciente inspirar profundamente e
tossir, e retestar o limiar para ter certeza que ele está bem impactado. Idealmente você
deve testar também o limiar de sensibilidade e programar para 1/2 do valor encontrado (o
teste do limiar de sensibilidade segue o mesmo raciocínio do teste de limiar de captura,
porém na direção contrária).
Depois da impactação, você tem duas opções: (1) retirar o introdutor e fixar o cabo-eletrodo

s
eze
na pele com uma sutura tipo “bailarina” ou (2) manter o introdutor e correr a bainha
transparente por todo o comprimento do cabo-eletrodo até o óstio do introdutor, de tal forma

en
que o conjunto cabo-eletrodo + introdutor permaneça no paciente. A nossa recomendação é

M
que, se você conseguiu um local de estimulação adequado, com visualização da corrente
de lesão e com limiar baixo, você escolha a opção 1, que parece trazer mais estabilidade

id
para o cabo-eletrodo conforme avaliações prévias

av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

47
Cardioversão:

Objetivo: despolarizar todas ou quase todas as fibras cardíacas de maneira simultânea. Ele
visa restaurar o impulso do coração de forma coordenada.

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES
Fibrilação atrial (FA).
Flutter atrial.
Taquicardia ventricular.

s
eze
Taquicardia paroxística supraventricular.
Taquicardia com complexo QRS largo e com pulso.

en
Fibrilação ventricular.

M
CONTRAINDICAÇÕES

id
Taquicardia atrial que não responde à cardioversão

av
Taquicardia atrial multifocal.
Taquicardia sinusal.
Intoxicação digitálica
rD
Pacientes com pouca melhora sintomática com o ritmo sinusal.
-D
Diâmetro atrial esquerdo > 4,5 cm.
Pacientes que têm uma baixa probabilidade de manter o ritmo sinusal.
RA

Ausência de complexos eletrocardiográficos no monitor de eletrocardiograma.


Ausência de pulso.
TU

Distúrbio hidroeletrolítico.
SU

Materiais:
1. Monitor cardiorrespiratório
DA

2. Acessos intravenosos
3. Fonte de oxigênio suplementar
O

4. Cardioversor/desfibrilador elétrico
AT

5. bifásico, preferível ao monofásico


6. Patch ou pás para o cardioversor elétrico
RN

7. Gel condutor
8. Sedativo de curta duração
TE

9. Oximetria de pulso
10. Aspirador de orofaringe
IN

11. Reanimador manual com balão-máscara-válvula (Ambu)


12. Carro de parada equipado e revisado

Técnica:

Orientar o paciente: ponto fundamental, sempre explicamos o procedimento ao nosso


doente. Para isso, certifique-se de que o paciente está monitorizado e que todos os
equipamentos e materiais necessários estão preparados e checados. Além disso, cheque

48
se toda a equipe encontra-se pronta para a realização da cardioversão elétrica
sincronizada.

S – Sedar: sempre utilizamos drogas sedativas para o procedimento! Afinal, você imagina o
quanto deve ser traumático levar um choque no peito? Como exemplos, temos: Midazolam
0,1 mg/kg, Fentanil 2mcg/kg, Etomidato 0,1mg/kg ou Propofol 0,5 mg/kg. Administra-se a
droga e, após o efeito desejado, seguimos para o próximo passo.

s
A – “Ambuzar”: lembre-se de fornecer O2 ao paciente que agora está sedado e, caso seja

eze
necessário, realize ventilação com o dispositivo bolsa-valva-máscara. Aqui, você não pode

en
galinhar: separe o material de intubação orotraqueal e deixe tudo sempre disponível para

M
ser usado em caso de complicação nesta etapa, como falha na oxigenação e ventilação.

id
av
S – Sincronizar: lembra o que falei lá em cima? Selecionamos a carga desejada e sempre
prosseguimos com a SINCRONIZAÇÃO. Já que chegamos até aqui, vou te apresentar as

rD
cargas iniciais clássicas, que variam conforme a patologia de base:
-D
● Fibrilação Atrial: 120J;
RA

● Taquicardia Ventricular: 100J;


● Taquicardia supraventricular: 50-100J;
TU

● Flutter Atrial: 50-100J.


SU

C – Chocar: finalmente! O choque deve ser aplicado com o posicionamento correto das pás
no tórax do paciente: uma na borda superior direita do esterno (abaixo da clavícula) e outra
DA

na região do ictus cardíaco. O operador sempre deve aplicar firmemente as pás (colocando
O

um peso de aproximadamente 10kg sobre elas).


AT
RN

O- Observar: ok, realizamos o procedimento. Em seguida, sempre que aplicado o choque,


deve-se manter as pás posicionadas no tórax do paciente, observando e reavaliando o
TE

ritmo. Caso não tenha ocorrido a reversão, o aparelho deve ser sincronizado novamente e a
carga aumentada para que se realize o próximo choque, a fim de reverter quaisquer tipos
IN

de arritmias.

49
Monitorização da PIC:

Objetivo: Fornecer dados em tempo real sobre a Pressão intra-craniana (PIC).

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES:
Monitorização da pressão intracraniana.
Tratamento de hidrocefalia aguda.
Drenagem de LCR em algumas situações de hipertensão intracraniana
(por exemplo, TCE grave com glasglow < 8 + TC com alteração como edema, hematoma,

s
eze
herniação, HSA hunt-hass > Ill ou glasgow < 12, entre outras).

en
CONTRAINDICAÇÕES

M
Contraindicações relativas:
Coagulopatia.

id
Trombocitopenia.

av
Terapia antiplaquetária recente.
Disfunção plaquetária urêmica.
Terapia trombolítica recente.
Lesão de massa obstruindo a trajetória do cateter. rD
-D
Infecção do couro cabeludo.
RA

Materiais:
1. Campo cirúrgico
TU

2. Broca de parada automática tipo Smith ou instrumento de corte esférico de 5mm


3. Hemostáticos polímero de celulose oxidado para hemostasia ou hemostático de
SU

fibrina
4. Sistema de derivação ventricular externa - cateter ventricular acoplado ao monitor de
DA

PIC (intraventricular) com ou sem medição da temperatura integrada


5. Curativo estéril de filme transparente ou película protetora adesivo
O

6. Lidocaína 2% com vasoconstritor


AT

7. Bisturi com lâmina 15 ou 10


8. Luvas estéreis
RN

9. Fio de sutura vicryl 2-0 ou monocryl 3-0


10. Cera hemostática para osso
TE

Técnica: Não acho descrita.


IN

50
Gasometria:

Objetivo: analisar os gases presentes, suas distribuições, o pH e o equilíbrio ácido-base no


sangue.

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES
Identificação e monitorização de distúrbios ácido-base.
Medição das pressões parciais de oxigênio (PaO) e dióxido de carbono (PaCO) para avaliar
o estado ventilatório e a oxigenação.

s
eze
Detecção e quantificação dos níveis de hemoglobinas anormais, como carboxi-hemoglobina
em metemoglobina.

en
Avaliar resposta circulatória inadequada: choque hemorrágico, débito cardíaco deficiente,

M
durante ressuscitação cardiopulmonar e após circulação extracorpórea.
Avaliar resposta a intervenções terapêuticas ou avaliações diagnósticas.

id
Necessidade de avaliar a terapia precoce direcionada por metas, medindo a saturação

av
venosa central de oxigênio em pacientes com sepse, choque séptico e após ciruraias de
grande porte.

rD
Aquisição de uma amostra de sangue em um cenário de emergência, quando a amostra
venosa não é viável.
-D
CONTRAINDICAÇÕES
RA

Teste de Allen modificado anormal.


Infecção ou anatomia distorcida no local da punção (por exemplo, celulite, queimadura,
TU

aneurisma, stent, intervenções cirúrgicas prévias, malformações congênitas ou adquiridas,


enxerto vascular).
SU

Doença vascular periférica grave da artéria escolhida para punção.


Síndrome de Raynaud ativa (particularmente em amostras de artéria radial).
DA

Contraindicações relativas
Plaquetopenia México.- 50.000/mm®.
O

Coagulopatia supraterapêutica e uso de trombolíticos.


AT

Doença de Raynaud sem espasmo ativo.


Evitar a punção, se:
RN

INR ≥ 3 e/ou TTPA ≥ 100 s.


Plaquetopenia ‹ 30.000/mm®
TE

Materiais:
IN

1. Luvas não estéreis


2. Máscara facial
3. Solução antisséptica: clorexidina,
4. iodopovidona
5. Agulha de calibre 22 a 25 G
6. Gaze estéril
7. Curativo adesivo
8. Recipiente para descarte dos perfurocortantes
9. Bandeja para os materiais
10. Lidocaína sem vasoconstritor, se necessário

51
11. Etiqueta para identificação da amostra

Técnica: Primeiramente, não custa lembrar: sempre lave as mãos antes de examinar o
paciente!

Depois, faça a limpeza local com clorexidina alcoólica.

Então, faremos a punção nos territórios arteriais. Para isso, conhecer as referências
anatômicas facilita demais nossa vida. Fica muito mais simples “acharmos” a artéria e, com
isso, conseguimos diminuir a angústia do paciente (e a nossa também!).

s
eze
Então, bora conhecer a anatomia dos 3 principais sítios de coleta na prática: radial, pediosa

en
e femoral!

M
id
Radial

av
Após lavar as mãos, coloque as luvas e o avental não estéreis, faça a limpeza local e

rD
posicione o punho do paciente em extensão moderada, para superficializar a artéria.
-D
Podemos usar, inclusive, uma toalha ou lençol por baixo do punho, para isso..
RA

A artéria radial é encontrada entre o processo estilóide do rádio e o tendão do flexor longo
do carpo, como visto na figura a seguir:
TU
SU

Com a mão não dominante, “encontre” o pulso arterial com o 2º e 3º dedos e, uma vez
encontrado, com sua mão dominante segurando a seringa como se fosse uma caneta,
DA

introduza a agulha em angulação entre 30-45º, na “direção pulso”. Vale lembrar que existe a
recomendação de fazer anestesia local, mas a distorção da anatomia pode complicar a
O

coleta e, na prática, quase nunca é feita.


AT

Após coletar cerca de 1 – 2mL de sangue, retire a seringa e coloque gaze estéril sobre a
RN

região e solicite que alguém faça compressão do local por 5 minutos, de modo que você
possa destinar a amostra ao laboratório de forma rápida.
TE
IN

Coloque a “tampa” protetora da seringa que vem nos kits de gasometria arterial e pressione
o êmbolo para tirar o ar que eventualmente está na seringa e que favorece a coagulação do
sangue coletado. Esta última etapa vale para todos os sítios, então não vou repeti-la por
completo todas as vezes, beleza?

Pedioso

52
A artéria dorsal do pé (também chamada de pediosa) é uma extensão da tibial anterior,
sendo o pulso palpado lateralmente ao tendão do extensor longo do hálux. Há grande
variação anatômica desta artéria, o que pode dificultar a palpação, mas o pulso é,
geralmente, bem superficial.

Novamente, respeitando as normas de assepsia e antissepsia, posicione o pé em discreta


flexão plantar, e palpe o pulso com os dedos da mão não dominante. Com a mão
dominante, segurando a seringa como uma caneta, insira a agulha, também com angulação

s
de 30º em relação à pele. Assim que refluir sangue suficiente, proceda da mesma forma

eze
como descrito para a coleta na radial.

en
M
Femoral

id
Com paciente em decúbito dorsal e, novamente, com paramentação, assepsia e antissepsia

av
adequadas, faça uma discreta rotação externa da coxa. A artéria femoral pode ser palpada

rD
cerca de 2 cm abaixo da região média do ligamento inguinal e, sabendo que este se
encontra entre a espinha ilíaca antero-superior e a sínfise púbica, como mostrado na figura
-D
abaixo, fica fácil localizar a pulsação arterial.
RA

A peculiaridade técnica aqui é que para coleta na femoral, entraremos a 90º em relação a
TU

pele, e não a 30-45º como nos outros sítios, beleza? Após a obtenção do sangue, proceda
SU

da forma como já combinamos acima.


DA

● Agora, algumas dicas valiosas:


O

O sangue arterial vai refluir espontaneamente quando você achar a artéria, de forma pulsátil
AT

e com coloração vermelho-vivo (exceto em pacientes hipoxêmicos, em que a coloração não


RN

é bom parâmetro para essa avaliação). Assim, se a punção resultou em um fluxo lento, com
TE

sangue escuro, pode ser que tenhamos obtido o sangue venoso! Fique atento na hora de
analisar o resultado!
IN

Quando estamos Puncionando, às vezes o sangue tem coloração que indica ser
proveniente da artéria, o fluxo é pulsátil, “perfeito”, mas de repente para antes de
completarmos a coleta da quantidade desejada. Nesse caso, tente ir retirando lentamente a
agulha no mesmo trajeto, pois pode ser que você tenha transfixado a artéria e, no trajeto de
volta, atinja novamente o lúmen arterial, conseguindo “pegar ela na volta”, como dizemos no
dia-a-dia.

53
Ah, e só pra finalizar, é essencial que não tentemos mudar a angulação com a agulha
introduzida de maneira profunda, pois podemos com esse movimento lesionar tanto a
própria artéria, quanto tecidos moles, aumentando o risco de sangramento e de dor após o
procedimento.

Vale citar que se você vai precisar de várias coletas ao longo de 24h, por vários dias, é
prudente cateterizar um leito arterial de forma permanente, em processo análogo a aferição
invasiva de pressão arterial, para se evitar que haja todo o processo de coleta repetidas

s
vezes, gerando dor e aumentando o risco de complicações.

eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

54
Coleta de culturas:

Hemocultura:

Objetivo: isolar e identificar microorganismos patogênicos no sangue de um paciente que se


supõe ter uma infecção.

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES
Presença de calafrio, febre, hipotermia, leucocitose (principalmente com a presença de
formas imaturas dos granulócitos), granulocitopenia ou comprometimento hemodinâmico

s
eze
sem causa conhecida, ou na combinação destes.
Suspeita de bacteremia (transitória, intermitente ou contínua).

en
Sepse ou choque séptico.

M
Febre de origem obscura.
Fungemias e/ou micobacteremias.

id
Endocardite infecciosa.

av
Infecções em pacientes imunocomprometidos (oncológicos, neutropênicos,
usuários de corticoide, AIDS).
Pneumonias graves
rD
Pacientes em uso de cateter venoso central com sinais de infecção de corrente
-D
sanguínea e sepse.
Paciente que esteja recebendo infusão venosa ou em hemodiálise e apresente
RA

sinais de bacteremia.
Em pacientes em uso de antibioticoterapia, subsequentes solicitações de hemoculturas
TU

podem ser justificadas quando não houver melhora clínica ou na presença de evidências de
falha terapêutica.
SU

CONTRAINDICAÇÕES
DA

Coleta durante o pico febril.


As hemoculturas não devem ser coletadas a partir de cateter, exceto para diagnóstico de
O

infecção relacionada ao dispositivo.


AT

Materiais:
RN

1. Garrafa / frasco com meio de cultura


2. Escalpe ou seringa
TE

3. Agulha para coleta de sangue a vácuo


4. Adaptador para agulha a vácuo
IN

5. Álcool 70%
6. Clorexidina alcoólica 0,5%
7. Algodão/swab de álcool 70%
8. Luvas para procedimento
9. Óculos de proteção
10. Torniquete

Técnica: Colher antes da administração de antibióticos; Lavar as mãos, preferencialmente


com sabonete antisséptico e secá-las, conforme Protocolo de Higienização das
Mãos/CCIRAS; Remover os selos das tampas dos frascos de hemocultura e fazer assepsia

55
prévia nas tampas com álcool 70%; Desprezar o algodão usado e deixar outro sobre a
tampa até a inoculação do sangue; Explicar sempre que possível ao paciente o
procedimento que será realizado; Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia
adequada; Fazer a antissepsia com clorexidina alcoólica, friccionando a pele em círculos
semiabertos a partir do ponto a ser puncionado. Secar por 30 segundos. Em seguida,
aplicar novamente clorexidina alcoólica utilizando novo algodão ou gaze. Esperar cerca de
30 segundos para secar, repetir o procedimento por mais uma vez e aguardar secar;
Calçar luvas estéreis e realizar a punção sem colocar a mão no local; Aspirar os seguintes
volumes de sangue: adulto: 8-10 ml por frasco; crianças 3 ml por frasco; neonatos até 1
ano: 0,5 - 1,5 ml, preferencialmente > 1 ml por frasco; (se peso corporal < 1800 g, coletar
apenas 1 amostra); Soltar o garrote; Retirar a agulha do local da punção; Pressionar o

s
eze
local da punção com gaze seca; Fazer a inoculação do sangue diretamente no frasco sem
fazer a troca da agulha. Deixando-o escoar livremente, pois os frascos para hemocultura

en
são fechados a vácuo. Homogeneizar a amostra por inversão do frasco, duas a três vezes;

M
Identificar os frascos com nome do paciente, setor, data, hora, local da punção e número da
amostra. Caso use a etiqueta de identificação do paciente, não a coloque sobre o código de

id
barras presente no frasco; Encaminhar o material ao laboratório o mais breve possível EM

av
TEMPERATURA AMBIENTE.

rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

56
Urocultura:

Objetivo: identificar qual tipo de bactéria está ocasionando determinadas infecções

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES
Na suspeita de infecção do trato urinário.
paciente com a disuria, polaciúria ou aumento da frequência urinária, urgência miccional,
dor em baixo ventre, arrepios de frio ou calafrios, com presença ou não de dor lombar.
Paciente com febre a esclarecer.
Idosos com alteração do nível de consciência súbito.

s
eze
Em pacientes na vigência de antibioticoterapia para ITU, é necessário que nova urocultura
seja realizada para verificação de eficácia terapêutica do antimicrobiano

en
Em mulheres com recorrência de ITU em até 2 meses.

M
CONTRAINDICAÇÕES

id
Não deve ser realizada coleta de urocultura em ponta de Foley, uma vez que o crescimento

av
de microrganismo representa a microbiota da uretra distal.

Materiais:
1. -Coleta de jato médio rD
-D
2. - Gaze
3. - Sabão neutro
RA

4. - Recipiente estéril
5. Coleta de urina por meio de cateterismo vesical de alívio
TU

6. - Sonda uretral
7. - Gaze e luvas estéreis
SU

8. - Xilocaína em gel
9. - Clorexidina alcoólica ou PVPI
DA

10. - Kit de sondagem estéril (campo cirúrgico, cuba rim, pinça de preensão)
11. - Máscara e óculos de proteção
O

12. -Coleta de urina em pacientes com sonda vesical de demora


AT

13. - Seringa de 20 mL
14. - Agulha 30 x 8 ou 30 x 7
RN

15. - Gaze estéril


16. - Álcool 70%
TE

17. - Frasco estéril para coleta de urina


18. - Luvas de procedimento
IN

19. - Máscara e óculos de proteção

Técnica: orientações ao paciente ou sondagem para retirada de urina (processo já descrito).

57
Biópsia cutânea- punch:

Objetivo: Serve para identificar tipos de câncer de pele basocelular e espinocelular.

Indicações e contra indicações:


INDICAÇÕES
Diagnóstico de lesão inflamatória ou neoplásica.
Diagnóstico de dermatoses vesico-bolhosas.
Remoção de pequenas lesões cutâneas.

s
eze
Avaliar a efetividade da conduta terapêutica da lesão previamente diagnosticada.

en
CONTRAINDICAÇÕES

M
Lesão na pálpebra.
Lesão no dorso da mão (em pacientes idosos).

id
Lesão em região superior da bochecha.

av
Lesão no dedo.
Lesão no pé (em pacientes idosos ou naqueles portadores de doenças vasculares).

rD
Lesão subcutânea que não é alcançada pelo instrumento punch.
-D
Materiais:
1. Álcool isopropílico 70%
RA

2. Caneta marcadora cirúrgica


3. Compressas de gaze de 10 x 10 cm
TU

4. Pacote esterilizado contendo bisturi de cabo n° 3, tesoura íris e pinças de Adson


5. ou Bishop denteada
SU

6. Material de curativo, incluindo bandagem e pomada antibiótica


7. Punch descartável com tamanho apropriado
DA

8. Solução de cloreto de alumínio a 20% para hemostasia com aplicadores com ponta
de algodão
O

9. Porta-agulha
AT

10. Fio de sutura - polipropileno ou náilon


11. n° 4,0 ou n° 5,0 montado em agulha P-3
RN

12. Lidocaína, 1% ou 2%, com e sem epine-


13. frina, 1 a 3 mL
TE

14. Agulha de calibre 30 para injeção


15. Seringa 3 mL
IN

16. Material para exame patológico, incluindo frasco de biópsia (com formol a 10% para
biópsias de rotina) rotulado com o nome do paciente, número de identificação, data
de nascimento e local de biópsia

Técnica: Introduzir a lâmina do "punch" perpendicularmente à pele (com o eixo deste


instrumento posicionado a 90º em relação ao plano da superfície cutânea). Promova
movimentos giratórios e iniciando a incisão. Os movimentos giratórios devem ser
OBRIGATORIAMENTE para um ÚNICO sentido, evitando, desta forma, artefatos como
desagregação de fibras e anexos. A base do cilindro de tecido produzido pode ser incisada
pela própria lâmina do "punch", através da inclinação do cabo para um ângulo de 30-45º ou

58
com auxílio de uma tesoura curva ou bisturi. Se utilizar uma pinça como instrumento auxiliar
EVITE tracionar o material, pois tal manobra também poderá produzir artefatos ao
fragmento. Coloque o tecido removido IMEDIATAMENTE no líquido fixador. Em geral não há
necessidade de sutura, porém o cirurgião deverá avaliar tal condição no ato da intervenção

s
eze
en
M
id
av
rD
-D
RA
TU
SU
DA
O
AT
RN
TE
IN

59

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