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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

EMÍLIA CAROLINA NERY DE LIMA VICENTE

O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (TPAS) E O


SISTEMA JUDICIÁRIO BRASILEIRO:
UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.

ARARAQUARA – SP

2013
EMÍLIA CAROLINA NERY DE LIMA VICENTE

O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (TPAS) E O


SISTEMA JUDICIÁRIO BRASILEIRO:
UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


exigência parcial para a finalização do Curso de
Especialização em Psicologia Jurídica pelo Centro
Universitário de Araraquara – UNIARA.

Orientadora: Daniela Parreira


Marques

ARARAQUARA – SP
2013

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................4
1 JUSTIFICATIVA................................................................................................................................4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................................5
2.1 O que é Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS)...........................................................5
2.2 O Transtorno de Personalidade Antissocial e a violência.............................................................7
2.3 O Sistema Judiciário Brasileiro e o Transtorno de Personalidade Antissocial..............................8
3 OBJETIVOS.......................................................................................................................................8
3.1 Geral.............................................................................................................................................8
3.2 Específicos...................................................................................................................................8
4 METODOLOGIA...............................................................................................................................9
4.1 Pesquisa bibliográfica...................................................................................................................9
4.2 Análise do Conteúdo....................................................................................................................9
5 CRONOGRAMA..............................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................11
ANEXOS.............................................................................................................................................12
INTRODUÇÃO

Deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros


elementos necessários para situar o tema do trabalho.

1 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho visa investigar o que é o Transtorno de Personalidade Antissocial,


bem como investigar e ampliar o saber a respeito da mente e da personalidade antissocial, e
como o Sistema Judiciário Brasileiro lida com indivíduos que sucumbem sua conduta perante
as leis vigentes. Conjuntamente, busca a produção de estudo científico que visa contribuir na
área acadêmica e compor o arcabouço teórico que pode ser considerado escasso de
publicações na área.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O que é Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS)

Baseando-nos pelo DSM-IV, constatamos que para se encaixar no diagnóstico de


TPAS o sujeito tem que ter idade igual ou superior a 18 anos, e relatos de alguns dos sintomas
característicos do Transtorno da Conduta antes de seus 15 anos de idade; o que se faz concluir
que esses padrões de comportamento antissocial perduram até a idade adulta. A pessoa que é
diagnosticada com TPAS não se importa com o outro. Repetidamente recorre às mesmas
atitudes violentas (como devastação de propriedade alheia, roubos, manipulações e enganos,
por exemplo). Não se importam com os sentimentos dos seus semelhantes, e não tem noção
de respeito em relação aos direitos dos próximos. São mentirosos, e buscam sempre vantagens
para si próprios. Possuem tendências agressivas, se irritam facilmente e se envolvem por
diversas vezes em lutas corporais, aonde chegam a agredir seus próprios familiares como pais,
esposa e/ou filhos (CATALDO NETO, GAUER E FURTADO, 2003, p. 600).
Helito e Kauffman (2006, p. 528), pautam a respeito do Transtorno de Personalidade
Antissocial, evocando-nos aos termos psicopatia e/ou sociopatia que também são designados
ao se referir a pessoas que foram diagnosticados com o transtorno supracitado. Os autores
citam algumas características emocionais e comportamentais que podem ser identificadas
nesses indivíduos, tais como:

 Superficialidade, emoções rasas (insensibilidade) e capacidade de


persuasão (“lábia”);
 Egocentrismo e grandiosidade (acham-se melhores que os outros);
 Impulsividade, irritabilidade e agressividade;
 Falta de remorso ou culpa;
 Falta de solidariedade e empatia (não se colocam no lugar dos outros);
 Mentem, ludibriam, enganam e manipulam os outros para obter
vantagens pessoais ou prazer;
 Controles deficitários em relação ao próprio comportamento;
 Necessidade de atividades excitantes (entendiam-se com facilidade);
 Desrespeito contínuo para com as normas sociais e as leis.

Em Cataldo Neto, Gauer e Furtado (2003, p. 597) é explicitado quanto ao cuidado em


classificar todo e/ou qualquer comportamento antissocial como um TPAS. Para os autores “é
uma mistura complexa de ações e atitudes que caracteriza o transtorno, e o comportamento
anti-social deve ser julgado em um contexto para que se possa procurar pista de TPAS”. Ou
seja, é necessário certo grau de discernimento para que não seja banalizado ou popularizado o
conceito deste transtorno, englobando assim neste quadro sujeitos que apenas possuem ‘mau
comportamento’ ou noções deturpadas de vivência em comunidade.
Os autores ainda declaram que “verdadeiros casos de TPAS requerem uma consciência
de seu contexto e uma habilidade especial para discernir padrões de afastamento social de
mau comportamento” (idem), e nos recordam que aquele que sofre com esse tipo de
transtorno acaba por se adaptar ao meio em que vive, de forma que consegue camuflar-se
através de mentiras, ou através de trapaças, e até mesmo usando certo tipo de sedução e
charme.
Os autores interpelam sobre como pessoas que não sofrem desse transtorno
dependendo da situação a que estão expostas, acabam por cometer ações agressivas que em
outras ocasiões seriam considerados como verdadeiras atrocidades (como atos de guerra, por
exemplo), mas consoante a situação é modificada, também há modificação no comportamento
desses. Dessa forma o que concluímos é que “o verdadeiro anti-social começa seu mau
comportamento cedo e este persiste até mesmo quando mudam as circunstancias” (idem).
Cleckley, alguns anos antes, e Hare, Hart e Harpur (in CATALDO NETO, GAUER E
FURTADO, 2003, p. 599) completaram essa lista que estabeleceram ao longo dos anos
variados critérios para o diagnóstico do psicopata. A seguir, alguns exemplos dessas
características:

1. Problemas de conduta na infância;


2. Inexistência de alucinações e delírio;
3. Ausência de manifestações neuróticas;
4. Impulsividade e ausência de autocontrole;
5. Irresponsabilidade;
6. Encanto superficial, notável inteligência e loquacidade;
7. Egocentrismo patológico, autovalorização e arrogância;
8. Incapacidade de amar;
9. Grande pobreza de reações afetivas básicas;
10. Vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada;
11. Falta de sentimentos de culpa e de vergonha;
12. Indigno de confiança, falta de empatia nas relações pessoais;
13. Manipulação do outro com recursos enganosos;
14. Mentiras e insinceridades;
15. Perda específica da intuição;
16. Incapacidade para seguir qualquer plano de vida;
17. Conduta anti-social sem aparente arrependimento;
18. Ameaças de suicídio raramente cumpridas;
19. Falta de capacidade para aprender com a experiência vivida”.

Quando se trata de diagnóstico, temos algumas características típicas e essenciais do


TPAS, que é considerado como “um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos
dos outros, que inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta” (p.
599); e também pode ser identificado como transtorno de personalidade dissocial, ou
psicopatia, ou também como sociopatia. No DSM-IV (como consta em anexo), a
nomenclatura que temos é Personalidades Antissociais, já na CID-10 (em anexo) é conhecida
como Personalidades Dissociais.

2.2 O Transtorno de Personalidade Antissocial e a violência

Segundo Helito e Kauffman (2006, p. 529), a preponderância masculina para esse


desvio de personalidade é maior (3% homens e 1% mulheres). Também ressaltam que em
casos extremos de TPAS não existe nenhum tipo de tratamento, seja medicamentoso, seja
psicoterápico, que surta efeito benéfico, uma vez que esses indivíduos dificilmente se
consideram necessitados de auxílio de outro alguém, e não creem, ou se quer ponderam que
possam ter qualquer tipo de problema/doença. Mais a diante, poderemos entender o porquê de
pessoas com TPAS (e que estão com problemas com o Sistema Judiciário) acabam por
procurar atendimento médico.
Quando Kay e Tasman (2002, p. 90) explanam sobre Fatores de Risco para Violência,
podemos observar os dados demográficos apresentados pelos autores em relação a jovens, do
sexo masculino, com educação limitada, e desempregados. Esses possuem um histórico de
violência anterior tanto pessoal quanto com outras pessoas, “especialmente com alto grau de
letalidade”. Também possuem história de tortura animal e comportamento antissocial ou
passado criminoso. Igualmente, violência na família de origem e podem ter sido vítimas de
abuso físico e/ou sexual.
Os autores ainda nos faz compreender que quando existem situações que envolvem
comportamentos agressivos, violentos ou ilegais, geralmente esses estão correlacionados com
o Transtorno de Conduta e Transtorno de Personalidade Antissocial (p. 179); e são enfáticos
em escrever que “um transtorno da personalidade (TP) provoca prejuízo clinicamente
significativo à atividade social ou ocupacional de seu portador, ou causa-lhe sofrimento” (p.
420), o que às vezes pode ser utilizado como artifício para as tramas daqueles que só tem
como interesse o benefício próprio.
Bisker e Ramos (2006, p.20), nos trazem à reflexão sobre um ser humano que possui
uma agressividade inata imprescindível para sua sobrevivência, e que será demonstrada
quando precisar defender algo que é seu, como território, ou alimentos, por exemplo. Ainda,
escrevem que o ser humano também nasce com a capacidade de amar necessária para
defender os seus, para conquistar um par e manter relacionamentos, etc. Então, concluem que
“tanto a agressividade quanto a amorosidade podem ser acentuadas em função de distúrbios
da própria pessoa, ou do meio ambiente, manifestando-se de forma destrutiva”.

2.3 O Sistema Judiciário Brasileiro e o Transtorno de Personalidade Antissocial

Moura (in SHINE, 2000, p. 84) menciona que:

“a categoria na qual tipicamente se enquadra a personalidade anti-social


seria a da semi-imputabilidade: ‘Contrariamente ao que se poderia supor, a
semi-imputabilidade não foi desenvolvida por penalistas, mas sim por
psiquiatras, particularmente pelos psicopatologistas forenses. Nos casos de
semi-imputabilidade a culpabilidade não é excluída, mas a pena é reduzida,
pois a responsabilidade estava diminuída’”.
3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Explorar o universo do Sistema Judiciário Brasileiro visando conhecer as condições, bem


como às situações a que são submetidos àqueles diagnosticados com Transtorno de
Personalidade Antissocial.

3.2 Específicos

a) Compreender o Transtorno de Personalidade Antissocial;


b) Distinguir os comportamentos do sujeito que é diagnosticado com este transtorno;
c) Conceituar, bem como ponderar a atuação do Sistema Judiciário Brasileiro em relação
a criminosos enquadrados no diagnóstico supracitado.

4 METODOLOGIA

4.1 Pesquisa bibliográfica

O método escolhido para realização da elaboração deste trabalho acadêmico foi o de


Pesquisa Bibliográfica, que consiste em ser “a busca de informações bibliográficas, seleção
de documentos que se relacionam com o problema de pesquisa (...) e o respectivo fichamento
das referências para que sejam posteriormente utilizadas (...)”, pois desta maneira, podermos
ter maior controle do conhecimento adquirido em pesquisas/leituras, bem como reaver
informações dantes percebidas, no momento que for mais propício (MACEDO, 1994, p. 13).
Assim sendo, iremos realizar uma prévia revisão das literaturas citadas nas
Referências bibliográficas a fim de identificar nesses materiais selecionados o que será
possível abstrair dos conhecimentos desses autores para a construção do trabalho, e ainda
certificar-se de que não iremos abordar um tema que já esteja desgastado no meio acadêmico.
A intenção é fomentar o conteúdo sobre o tema escolhido, e não prestar um desserviço
àqueles que procuram por dados a respeito de determinado conteúdo. Pois, como nos escreve
Macedo (1994, p. 21): “é preciso formar a consciência documentária do estudante”.
Na construção deste trabalho acadêmico, a pesquisa bibliográfica será o passo inicial
projetado para o levantamento de obras com referência ao tema: O Transtorno de
Personalidade Antissocial (TPAS) e o Sistema Judiciário Brasileiro. Como instrumentos de
coleta de dados para a execução do presente trabalho teremos livros, artigos científicos, e/ou
revistas científicas.

4.2 Análise do Conteúdo

Também será empregada uma ferramenta extremamente útil e importante em


pesquisas bibliográficas, denominada Análise do Conteúdo. Segundo Rocha e Deusdará
(2005, p. 308), essa técnica teve seu surgimento no fim dos anos 60 e “se define como um
conjunto de técnicas de análise das comunicações”, e sua maior preocupação é em relação aos
recursos metodológicos que irão validar as descobertas feitas em seu decorrer.
Os autores supracitados citam o rigor como fundamento das contribuições ofertadas
por esse tipo de análise, pois não se trabalhará os textos de maneira superficial. Eles também
refutam os valores das ideologias frente os rumos da análise, pois ela se pode ser considerada
como “descaminho da descoberta científica” (idem, p. 310); ou seja, na preparação do
presente trabalho iremos analisar as informações coletadas de forma crítica e profunda,
objetivando sintetizar todo conteúdo que formos expostos, e consecutivamente for
concernente ao tema.
Finalizando, temos que a essência ansiada pela Análise do Conteúdo é “vislumbrada
na possibilidade de fornecer técnicas precisas e objetivas que sejam suficientes para garantir a
descoberta do verdadeiro significado (...). Ao analista, encaminhado pela ciência, caberia
descobri-lo” (ibidem); tornando assim o comprometimento deste trabalho acadêmico cumprir
com essa perspectiva na mesma dimensão em que a Análise do Conteúdo busca abranger.

5 CRONOGRAMA

Os passos que serão seguidos para a elaboração deste trabalho acadêmico serão:
1. Escolha do tema (definindo sua extensão e profundidade);
2. Coleta de dados (dados essenciais para elaboração);
3. Localização das informações (buscar informações úteis);
4. Documentação dos dados (anotações e fichamentos);
5. Formatação e análise dos dados para a finalização do trabalho;
6. Produção do texto final.

Mês Fevereiro Março Abril Maio Junho


Atividade
Escolha do tema 1 - - - -
Coleta de dados 2 2 - - -
Localização informações - 3 - - -
Documentação dados - - 4 4 -
Formatação e análise - - - 5 5
Produção final - - - - 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BISKER, Jayme; RAMOS, Maria Beatriz Breves. No risco da violência: reflexões


psicológicas sobre a agressividade. Rio de Janeiro: Mauad X, 2006.

BRITO, Leila M. Torranca de. Temas de psicologia jurídica. Rio de Janeiro: Relume
Dumará, 1999. 215 p.

CARVALHO, Tiago Santos; SUECKER, Betina H. Krause. A possível influência genética


no perfil criminógeno de psicopatas. Universidade FEEVALE: Novo Hamburgo, 2011.

CATALDO NETO, Alfredo; GAUER, Gabriel J. Chittó; FURTADO, Nina Rosa (Orgs.).
Psiquiatria para estudantes de medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. 994p.
COHEN, Cláudio; SEGRE, Marco; FERRAZ, Flávio C. (Orgs.). Saúde Mental, Crime e
Justiça. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. 294 p.

DSM IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quarta Edição.


Disponível em: <http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=197> Acesso em:
10/02/2013.

HELITO, Alfredo Salim; KAUFFMAN, Paulo (Orgs.). Saúde: entendendo as doenças, a


enciclopédia médica da família. São Paulo: Nobel, 2006. 720 p.

HUSS, Matthew T. Psicologia Forense: Pesquisa, prática clínica e aplicações. Porto Alegre:
Artmed,

KAY, Jerald; TASMAN, Allan. Psiquiatria: Ciência Comportamental e Fundamentos


Clínicos. Barueri: Manole, 2002.

LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues [et al.]. Transtornos da personalidade. Porto Alegre:
Artmed, 2011. 360 p.

MACEDO, Neusa dias de. Iniciação à pesquisa bibliográfica: guia do estudante para a
fundamentação do trabalho de pesquisa. São Paulo: Edições Loyola, 1994. 59 p.

Organização Mundial de Saúde. CID 10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e


Problemas Relacionados à Saúde. Vol 1. 10ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2007. 1194 p.

ROCHA, Décio; DEUSDARÁ, Bruno. Análise de Conteúdo e Análise do Discurso:


aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória, 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/alea/v7n2/a10v7n2.pdf> Acesso em: 25 de Setembro de 2012.

SHINE, Sidney Kiyoshi. Psicopatia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. 160 p.

SILVA, Denise Maria Perissini da. Psicologia Jurídica no processo civil brasileiro: a
interface da psicologia com direitos nas questões da família e infância. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2003. 242 p.
ANEXOS

“Transtorno de Personalidade Antissocial, F60.2 – 301.7 – PERSONALIDADE ANTI-


SOCIAL - DSM.IV1”

A. Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que ocorre a
partir da idade de 15 anos, como indicado por três (ou mais) dos seguintes itens:

1. fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamento legais, indicado


pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção;
2. desonestidade, indicadas por repetidas mentiras, uso de pseudônimos, ou enganando os
outros para o lucro pessoal ou prazer;
3. impulsividade ou fracasso em planejar o futuro;
4. irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas;
5. descaso pela sua segurança ou a de outros
6. irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um
comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;
7. falta de remorso, indicada por ser indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado
ou roubado outra pessoa.

B. O indivíduo tem no mínimo 18 (dezoito) anos de idade.

C. Há evidências de Transtorno de Conduta com início antes dos 15 anos de idade.

D. Comportamento antissocial não ocorre exclusivamente durante o curso de


esquizofrenia ou episódio maníaco.

“F60.2 – PERSONALIDADE DISSOCIAL – CID 102”

1
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quarta Edição. KAY, Jerald; TASMAN, Allan.
Psiquiatria: Ciência Comportamental e Fundamentos Clínicos. Barueri: Manole, 2002.
2
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – 10ª Revisão.
Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de
empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas
sociais estabelecidas.

O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas


punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da
agressividade, inclusive da violência.

Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar
um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.

Inclui:
Personalidade (transtorno da):
· amoral
· anti-social
· associal
· psicopática
· sociopática
Exclui:
transtorno (de) (da):
· conduta (F91.-)
· personalidade do tipo instabilidade emocional (F60.3)

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