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UNIVERSIDADE IGUAÇU - UNIG

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - FaCBS


CURSO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

“Relatório da aula prática de análise bioquímica”

Nova Iguaçu
2014
ALINE CARDOSO DE ARAUJO LIMA
TAMARA DO NASCMENTO SANTOS

“Relatório da aula prática de Homeopatia”

Relatório exigido como parte da


segunda avaliação na disciplina
Análise Bioquímica, ministrada
pela professora XXXXXXX, no
curso de Ciências
Farmacêuticas da Universidade

Iguaçu.

Nova Iguaçu
2014
Resumo
O presente relatório refere-se ao estágio realizado no Laboratório
disciplinar da Universidade Iguaçu, no âmbito das análises bioquímicas.
O estágio teve como principal objetivo a integração no Serviço de
análise Bioquímica da Universidade, proporcionando a aquisição de
habilidades práticas na execução das técnicas laboratoriais, sempre
associadas a um conhecimento teórico que permita fazer a interpretação dos
resultados.
As áreas aprofundadas neste relatório são a Imunologia e a
Hematologia, sendo feita apenas uma referência genérica à Bioquímica e à
Microbiologia.
1. INTRODUÇÃO

A aula prática realizada teve como principal objetivo a integração da


teoria e a análise prática dentro do laboratório disciplinar da Universidade, sob
a orientação da Professor XXXXX. Esta integração na prática laboratorial foi
fundamental para percepção de todas as responsabilidades que tem um
analista bioquímico. Deste modo, foi útil para a aplicação prática dos
conhecimentos científicos adquiridos ao longo das aulas.
A área das Análises Bioquímicas está em constante expansão e
desenvolvimento e constitui umas das áreas fundamentais dentro das ciências
da saúde. As técnicas utilizadas têm cada vez mais tendência para a eficácia,
garantindo assim a qualidade dos resultados.
Esta prática foi realizada durante o período de 1 aula. O tempo foi
repartido pelas valências de uma aula teórica e prática.
São referidos os procedimentos de análise bioquímica, tal como
esfregaço sanguíneo.
A confecção do esfregaço sanguíneo é, sem dúvida alguma, o ponto
crucial para a realização de um hemograma confiável e por isso, a sua
padronização deve ser uma das principais exigências de um bom laboratório de
hematologia. Os esfregaços podem ser realizados na mão (método de
predileção, caso seja necessário confeccionar um esfregaço a campo), o apoio
em mesa ou algo do gênero ainda assim pode ser utilizado, e são utilizadas
uma lâmina (limpa, sem resquícios de gordura ou outros materiais) e uma
distensora de vidro transparente (pode-se montar uma extensora com uma
lamínula grudada a uma lâmina com esparadrapo). O esfregaço ideal deve ser
livre de falhas e paradas, não muito espesso, nem fino demais, e sem falhas na
cauda. Na observação ao microscópio as duas bordas onde são realizadas as
contagens devem apresentar os eritrócitos mais separados e os leucócitos bem
distribuídos.
2. OBJETIVO
O objetivo desta experiência foi observar através do microscópio óptico
os componentes do sangue humano e suas características.

3. MATERIAL
 Lanceta ou agulha de injeção
 Algodão
 Álcool retificado
 Lâminas lavadas com sabão de coco ou detergente, enxaguadas em
água destilada, secas e colocadas num vidro com álcool, tampado.
 Tubo de ensaio
 Estante para tubo de ensaio
 Microscópio ótico
 Pipeta
Amostra
Obtêm-se por punção da polpa do dedo com a lanceta previamente
desinfetada. A colheita de sangue será feita levando-se em consideração que a
gota de sangue extraída deve ser encostada na lâmina invertida, que só toca
na gota emergente, evitando assim o contato com a pele.

4. MÉTODOS
Execução de esfregaços do sangue periférico
Os esfregaços do sangue periférico foram efetuados e corados manualmente.
Procedimento
EXECUÇÃO DO ESFREGAÇO
1. Misturar o sangue invertendo o tubo suavemente. Retirar a tampa.
2. Retirar um pouco de sangue do tubo com a pipeta e colocar uma pequena
gota de sangue sobre uma lâmina.
3. Com uma mão, segurar a lâmina nos cantos opostos à extremidade que
contém o sangue.
Com a outra mão segurar outra lâmina ou lamela, que irá servir para espalhar o
sangue, e colocar sobre a primeira de modo a fazerem um ângulo de cerca de
30º. Este ângulo é mantido durante a execução do esfregaço.
4. Puxar a lâmina/lamela superior para trás até contatar com a gota de sangue.
O sangue vai-se distribuir ao longo do bordo desta lâmina.
5. Executar o esfregaço deslocando a lâmina/lamela superior suave mas
rapidamente ao longo de cerca de 4 cm da lâmina inferior.
6. Secar o esfregaço ao ar.

Figura 1 – Técnica esfregaço sangúineo

Fonte – PUC - RS

Condições para um bom esfregaço


1. Delgado, isto é, os diferentes glóbulos devem estar estendidos em uma
única camada sem superposição, nem formação de grãos ou flocos.
2. Completo: a gota de sangue deve ser distendida na sua totalidade, daí que
ela não deve ser grande. Deve se levar em consideração que num esfregaço
as partes mais ricas em elementos citológicos são as bordas.

FIXAÇÃO
Foi cuberto o esfregaço ou introduzido a lâmina em recipiente com álcool
etílico absoluto P.A. por 3 a 5 minutos. Secou-se ao ar em repouso.

EXAME
Utilizou-se a objetiva de 100x, com óleo de imersão. No esfregaço de
camada delgada, examinou-se em ‘ZIG-ZAG’ passando pela franja.
O número de hemácias varia de 4,5 a 6 milhões por mm3 de sangue, o
número de leucócitos de 8.000 a 10.000 por mm3 de sangue e o de plaquetas
de 150.000 a 400.000 por mm3 de sangue.
COLORAÇÃO
Utilizou a solução de GIEMSA, diluída na proporção de 2 gotas da
solução de GIEMSA para cada ml de solução tampão (ou água destilada).
Introduzido a lâmina em recipiente com a solução de GIEMSA diluída, deixou
corar por 30 minutos. Lavou-se a lâmina em água corrente para retirar o
excesso de corante. Secou-se ao ar em repouso.
Ação dos corantes
 Eosina – Corante ácido. Cora componentes celulares básicos
designados por eosinófilos ou acidófilos, de alaranjado.
 Azul-de-metileno – Corante básico. Cora componentes celulares ácidos
designados por basófilos, de azul arroxeado.
 Azur de metileno – Cora granulações designadas por granulações
azurófilas, de vermelho.
 Células policromatófilas – Coram de acinzentado por terem proporções
idênticas de componentes ácidos e básicos.
 Granulações neutrófilas – Coram pela acção combinada da eosina e
azul de metileno de rosa acizentado.

Observação de esfregaços do sangue periférico


Na observação ao microscópio do esfregaço corado são procurados
aspectos que justifiquem ou complementem a informação fornecida pelo
hemograma. Pesquisam-se alterações qualitativas ou quantitativas dos
glóbulos brancos, glóbulos vermelhos ou plaquetas, sendo referidas no boletim
de análise as indicações que se julgarem pertinentes do ponto de vista clínico.
EXEMPLOS de informações obtidas na observação do esfregaço do
sangue periférico que podem ser indicadas no boletim de análise:

Estudo das plaquetas.


Presença de agregação;
Anisocitose e alterações da granulação plaquetária;
Estudo da série leucocitária.
Pesquisa de células atípicas;
desvios de maturação;
alterações morfológicas;
presença de blastos ou outras formas jovens.
Estudo da série eritrocitária:
- Anisocitose – diferentes tamanhos.
- Anisocromia – células normocrómicas coexistindo com hipocrómicas.
- Policromatofilia – células mais azuladas e maiores que um eritrócito maduro.
A cor azulada deve-se ao facto de possuírem menos Hb que um eritrócito
maduro e de ainda terem restos de RNA no citoplasma.
- Poiquilocitose – diferentes formas, sem predomínio de uma em particular.
- Formas anormais predominantes: dianócitos; dacriócitos; esferócitos;
eliptócitos; acantócitos; equinócitos; esquisócitos; etc.
- Inclusões eritrocitárias:
 Ponteado basófilo – pequenas estruturas azul-escuras semelhantes a
pontos, espalhadas de modo uniforme por toda a área hemoglobinizada
do eritrócito. O ponteado resulta da precipitação de ribossomas e RNA
durante a coloração.
 Anéis de Cabot – estruturas em anel ou em forma de oito que coram de
vermelho arroxeado. Resultam de restos de membrana nuclear ou de
um fuso mitótico.
 Corpos de Howell-Jolly – pequenas inclusões arredondadas de cor
avermelhada, consideravelmente maiores do que o ponteado basófilo.
Normalmente encontra-se um por eritrócito e desviado a um dos lados
da célula. Correspondem a restos nucleares (ex. membrana nuclear).
5. RESULTADO/ DISCUSSÃO
No experimento com a gota de sangue na lâmina, observou-se através
de microscopia ótica, inúmera hemácia, praticamente da mesma forma e
alguns tipos de leucócitos, observou-se granulócitos de basófilos e
granulócitos de neutrófilos (vários núcleos). Também se observou a
presença de linfócitos (núcleo grande). Por fim, pode se observar um
aglomerado de plaquetas, cujos detalhes mal puderam ser observados.
6. CONCLUSÃO
Com a aula prática baseada na observação microscópica de células do
tecido sanguíneo humano, foi possível concluir que é preciso um pouco de
técnica e prática para que o esfregaço sanguíneo seja satisfatório, e que os
corantes são de fundamental importância para a visualização dos
leucócitos.
Observando a lâmina, pode-se perceber que as hemácias se
apresentam em maior número que as restantes células. Os leucócitos são
as células constituintes do tecido sanguíneo que apresentam maiores
dimensões, apesar de serem relativamente pouco numerosos. Estes podem
ser classificados em diferentes tipos, de acordo com a forma e dimensões
do núcleo.
Concluiu-se também que as células do tecido sanguíneo estão imersas
no plasma, e as plaquetas no esfregaço corado tende a aparecer em
grupos.
7. BIBLIOGRAFIA
Confecção do esfregaço sanguíneo ideal. Disponível em:
http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/esfregaco.htm.

LIMA, A. Oliveira; SOARES, J. Benjamin; GRECO, J.P; GALEZZI, João,


CANÇADO, J. Romeu. Métodos de Laboratórios Aplicados à Clínica. 5.ed.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

MOURA, Roberto A. de Almeida. Colheita de material para exames


laboratoriais. Atheneu. São Paulo, 1998;

http://www.iceb.ufop.br/decbi/histologia/index.php?
option=com_content&view=article&id=37&Itemid=67

http://www.uff.br/atlashistovet/SistSanguineo.htm

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