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Prova de Semiologia II -– Faculdade de Medicina - UFJF

Nome:__________________________________________________________ Nota:_______

Orientações:
Em cada questão há 5 frases (a, b, c, d, e), as quais devem ser assinaladas como verdadeiras (V) ou falsas (F).
Para cada duas frases marcadas de forma errada, uma marcada corretamente será anulada.
A frase deixada “em branco” (não respondida) não é considerada errada.
As opções devem ser marcadas no cartão de respostas.

1. Mulher de 17 anos apresenta febre vespertina, odinofagia e “caroços” pelo corpo de início recente. Ao exame
físico apresenta icterícia, adenomegalias fibroelástica de até 1,5 cm em região cervical, axilar, epitroclear e
inguinal bilateralamente além de esplenomegalia há 2 cm do RCE. Para investigação do caso acima, devemos
realizar inicialmente:
a) Solicitar hemograma
b) Solicitar endoscopia digestiva alta
c) Solicitar biopsia dos linfonodos
d) Realizar biopsia de medula óssea
e) Solicitar tomografias de tórax

2. Em relação ao caso acima, havendo anemia, provavelmente encontraremos:


a) Reticulocitose caso haja hemólise
b) Reticulócitos normais caso haja hemólise
c) Macrocitose caso seja secundária à infecção
d) Microcitose pois é ferropriva
e) A evolução do quadro acima não é compatível com a ocorrência de anemia

3. SCM, sexo feminino, 14 anos, trazida pelos pais com história de poliúria, polidipsia, emagrecimento de 5 kg em
2 meses. Peso=45kg A=1,62m
a) Seu IMC é associado a determinados riscos à saúde
b) Uma das possíveis causas de sua perda de peso é diabetes
c) Se sua mãe tiver história de feto macrossômico ou diabetes na gestação, aumenta a possibilidade da paciente
ser diabética
d) Deve-se pesquisar outros sinais associados à síndrome metabólica (hipertensão, dislipidemia)
e) Se for confirmada a possibilidade de diabetes, no acompanhamento deve-se procurar sinais e sintomas de
complicações crônicas de órgãos-alvo, como neuropatia, nefropatia, retinopatia

4. D. Júlia Lima, 32 anos relata que há cerca de 7 meses iniciou com epigastralgia de leve a moderada intensidade,
sem irradiação, associada eventualmente a plenitude pós-prandial. Relata que a dor surge em períodos de
estresse e jejum prolongado e que obtém alívio após a ingestão de alimentos. Nega disfagia, emagrecimento,
história familiar de câncer gástrico, vômitos e clocking. O exame físico é normal exceto por discreta dor à
palpação em epigástrio.
a) Neste contexto clínico é obrigatório a realização de endoscopia digestiva alta para esclarecimento diagnóstico.
b) A história clínica sugere dispepsia de natureza funcional
c) Um dos principais diagnósticos diferenciais neste contexto é colelitíase
d) O início recente dos sintomas e a idade da paciente são mais sugestivas de dispepsia de natureza orgânica
e) Um dos principais diagnósticos diferenciais neste contexto é doença ulcerosa péptica

5. Uma senhora CAGE 4 é admitida ao HU com história de hematêmese e melena iniciadas há 2 dias. O exame
físico mostra icterícia e palidez. PA=120x60 mmHg, FC=120 bpm, FR=28 irpm. Observam-se ainda circulação
colateral venosa em parede abdominal, abdômen volumoso com protrusão da cicatriz umbilical e macicez móvel
com decúbito. Baço palpável, fígado não.

a) A presença de hematêmese e melena apontam para a existência de hemorragia digestiva alta e baixa
simultaneamente
b) A ausência de hipotensão evidencia que o sangramento é discreto
c) O exame físico evidencia uma síndrome ascítica, o que aponta para a presença de insuficiência cardíaca direita
d) Existem evidências de hipertensão porta, apontando para sangramento de varizes esôfago-gástricas como
provável etiologia da hemorragia digestiva
e) A ausência de hepatomegalia torna pouco provável a presença de lesão hepática de natureza alcoólica neste
caso
6. Um paciente 48 anos relata que apresentou 1 episódio de hematêmese (sangue vivo) em grande quantidade há
cerca de 30 dias. nega surgimento de icterícia e ascite. A EDA realizada em caráter de urgência em sua cidade
natal (norte de MG) revelou varizes de esôfago de grande calibre com sangramento ativo. Não etilista.
a) Este paciente apresenta hipertensão portal do tipo pré-sinusoidal, intrahepática
b) A principal hipótese diagnóstica é cirrose hepática
c) A USG deste paciente revelará fígado reduzido de tamanho com bordas serrilhadas e superfície micronodular.
d) O exame físico deste paciente provavelmente não revelará telangiectasias e eritema palmar.
e) Nestes casos é esperado um comprometimento intenso da função de síntese hepática.

7. Mulher, 68 anos, relata que nos últimos 3 meses apresentou 3 episódios de dor em epigástrio de forte
intensidade associada a vômitos e com irradiação para o dorso. A dor teve início gradual e dentro de 20 a 30
minutos alcançou sua intensidade máxima quando permaneceu por cerca de 1 hora. Cerca de 48 horas após o
último episódio de dor evoluiu om icterícia, colúria, hipocolia fecal e prurido.
a) Provavelmente esta paciente apresenta colestase extra-hepática
b) Na avaliação das enzimas hepáticas haverá elevação predominante de enzimas canaliculares
c) A USG desta paciente possivelmente revelará dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas.
d) Diante deste cenário, a tomografia computadorizada de abdômen superior será de fundamental importância.
e) A presença de febre e calafrios, caso surjam no decorrer do caso, alertam o médico assistente para a
possibilidade de Colangite bacteriana.

8. Marque V ou F para as afirmativas abaixo


a) Entre as manifestações cardiovasculares do hipotiroidismo estão a bradicardia e a hipotensão arterial.
b) O sinal de Chvostek é patognomônico da hipocalcemia.
c) O achado de hipertiroidismo em paciente com bócio difuso e exoftalmia indica com certeza o diagnóstico da
Doença de Basedow Graves.
d) Obesidade central, diabetes e hipertensão arterial são achados comuns no hipercortisolismo
e) Cefaléia e a hemianopsia bitemporal podem ser queixas de pacientes portadores de macroadenomas
hipofisários

9. Homem, professor universitário, queixa-se há cerca de 7 anos de pirose e regurgitação e o médico assistente
corretamente estabeleceu o diagnóstico de DRGE que ao longo deste período foi tratado de modo bastante
insatisfatório. Nega tabagismo e etilismo. IMC:31.
a) A presença de odinofagia neste contexto é infrequente.
b) O surgimento de disfagia na evolução deste quadro sugere o surgimento de estenose péptica ou carcinoma
epidermóide de esôfago.
c) Para o diagnóstico de DRGE a endoscopia digestiva alta apresenta sensibilidade elevada
d) Neste paciente, o surgimento de dor torácica retroesternal deve ser considerada como manifestação atípica da
DRGE não necessitando investigação complementar.
e) Neste paciente é desnecessário a realização de endoscopia digestiva alta.

10. Mulher, negra, 23 anos, compareceu a UPA de São Pedro com queixas de dificuldade de deambulação e
diminuição de força no lado esquerdo. Associado ao quadro apresentava borramento visual há 15 dias. A mesma
referia fazer acompanhamento médico em razão do quadro iniciado há 6 meses. Realizou-se o exame físico onde
haviam os seguintes achados: Paciente deambulava com auxílio; força muscular grau 3 em dimidio esquerdo;
alteração do equilíbrio dinâmico e marcha atáxica; pupila de Marcus Gunn; hiperreflexia à esquerda.
Com relação ao reflexo tendinoso assinale V ou F:
a) Hiporreflexia pode dever-se à neuropatia periférica
b) O arco reflex tem possui vias aferente e eferente além do nível de integração
c) A hiperreflexia se deve ao envolvimento da via aferente
d) No caso acima, a lesão ocorreu no trato cortico-espinhal
e) A lesão medular pode reveler arreflexia ao nível da lesão e hiperreflexia abaixo do nível da lesão

11. Com relação à pesquisa da força muscular assinale V ou F:


a) A força muscular pode ser afetada pela lesão ou disfunção do neruônio motor superior ou do inferior
b) A miopatia revela fraqueza muscular distal em geral
c) Doenças que comprometem o cerebelo causa fraqueza do esqueleto axial
d) Nas doenças dos núcleos da base não ocorre perda de força muscular, mas alteração da velocidade do
movimento (hipercinesias ou hipocinesias)
e) A força muscular grau 3 é aquela em que não se consegue vencer a gravidade

12. Quanto à coordenação motora, assinale V ou F;


a) A coordenação anormal é chamada de ataxia
b) A ataxia pode ser secundária à disfunção dos núcleos da base ou nervo periférico
c) A marcha atáxico-talonante ocorre na tabes dorsalis (lesão de funículo posterior)
d) A coordenação pode ser examinada com as provas cerebelares (índez-nariz, diadococinesia)
e) O parkinsonismo é um exemplo de apresentação da ataxia
13. Quando ao realizar o reflexo fotomotor eu obtenho: ao colocar a luz no olho esquerdo e observar a respostas
fotomotoras direta ausente e consensual presente e ao colocar a luz em olho direito observo respostas
fotomotoras direta presente e consensual ausente podemos inferir:
a) Há comprometimento da via aferente
b) O reflexo fotomotor tem como via eferente o nervo oculomotor
c) O nível de integração do reflexo é no mesencéfalo
d) A cegueira por comprometimento cortical da visão não afeta o flexo fotomotor
e) O reflexo fotomotor não é afetado pelo comprometimento do nervo óptico

14. Marque V ou F em relação ao nervo craniano e o achado clínico encontrado com o seu comprometimento

a) V – perda da mímica facial


b) VI - miose
c) VII – assimetria das hemifaces ao abrir a boca e mostrar os dentes
d) VIII – perda do equilíbrio com tendência de queda quando colocado de pé, com os braços ao longo do corpo e
com os olhos fechados
e) X – deslocamento do véu palatino para o lado contrário à lesão ao pedir para o paciente falar “a”

15. Em relação à febre de origem indeterminada


a) Em crianças, as causas infecciosas são as mais comuns
b) Em crianças, causas neoplásicas não são consideradas entre as hipóteses
c) Consideramos a possibilidade da febre decorrer do uso de medicamento apenas quando este foi instituído
poucos dais antes do surgimento da febre
d) Antibióticos podem mascarar a evolução de doenças febris e dificultar o diagnóstico
e) Mesmo na ausência de sintoma ou sinal sugerindo acometimento pulmonar ou cardíaco, a radiografia de tórax
deve ser solicitada em paciente com febre de origem indeterminada

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