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Herculano Silvestre José

Isequiel Paulo Manuel


Júlio Arlindo António Linha
Luzik Artur Saide Omar
Marça Miguel Ângelo

Ácidos Nucleicos: ADN e ARN

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Herculano Silvestre José

Isequiel Paulo Manuel

Júlio Arlindo António Linha

Luzik Artur Saide Omar

Marça Miguel Ângelo

Ácidos Nucleicos: ADN e ARN

(Licenciatura em Ensino de Química, com Habilitação em Gestão de Laboratório)

Trabalho de Química Macromolecular


apresentado à Faculdade de Ciências
Naturais, Matemática e Estatística para
fins avaliativos, sob orientação de:

Prof. Doutor Saidilamine Abibe Mahadal

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3

2. Breve Historial dos Ácidos Nucleicos ................................................................................ 4

3. Conceito dos Ácidos Nucléicos .......................................................................................... 4

4. Função dos Ácidos Nucléicos ............................................................................................. 4

5. Tipos de Ácidos Nucléicos .................................................................................................. 4

6. Compostos que Formam os Ácidos Nucléicos .................................................................... 5

7. ADN (Ácido Desoxirribonucléico) ..................................................................................... 6

7.1. .Estrutura do ADN ....................................................................................................... 6

8. ARN (Ácido Ribonucléico) ................................................................................................. 7

8.1. Estrutura do ARN ........................................................................................................ 7

9. Propriedades de Ácidos Nucleicos ...................................................................................... 8

10. Aplicações de Ácidos nucleicos ...................................................................................... 9

11. Conclusão ...................................................................................................................... 10

12. Bibliografia .................................................................................................................... 11


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1. Introdução

Os ácidos nucleicos são substâncias ácidas presentes no núcleo das células, e estão envolvidas
no armazenamento, na transmissão e no processamento das informações genéticas de uma
célula. Existem dois tipos de ácidos nucleicos: o ácido desoxirribonucleico (ADN) e o ácido
ribonucleico (ARN). O ADN codifica a informação hereditária de um organismo e controla o
crescimento e a divisão das células. Ambos são bio polímeros (polinucleotídeos) constituídos
de subunidades de nucleotídeos unidas por ligações fosfodiéster. Um dinucleotídeo contém
duas subunidades de nucleotídeo, um oligonucleotídeo contém de três a dez subunidades e um
polinucleotídeo contém muitas subunidades. Cada nucleotídeo é composto por um carboidrato
do grupo das pentoses, um radical fosfato e um composto aromático heterocíclico.
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2. Breve Historial dos Ácidos Nucleicos

Os ácidos nucleicos são as maiores moléculas encontradas no mundo vivo. São responsáveis
pelo controle dos processos vitais básicos em todos os seres. Foram descobertos em 1865,
pelo bioquímico Frederich Miescher, no núcleo dos glóbulos brancos do pus e no núcleo de
espermatozóides. Acreditando que estas substâncias fossem encontradas apenas no núcleo das
células, denominou-as de “ácidos nucleicos”. Actualmente sabe-se que os ácidos nucleicos
também são encontrados nos cloroplastos e nas mitocôndrias (Maia, 2009).

Depois de algumas décadas, em 1953, os cientistas James Dewey Watson e Harry Compton
Crick, publicaram um trabalho sobre a estrutura das moléculas de ADN e desvendaram o que
era mistério, abrindo caminho para inúmeras novas e fascinantes descobertas cientificas
(Peruzzo & Canto, 2006).

3. Conceito dos Ácidos Nucléicos

“São macromoléculas constituídas por unidades denominadas “Nucleotídeos”. Ou seja, são


polímeros de Nucleotídeos, ou ainda, são polinucleotídeos” (Maia, p. 1, 2009). Cada
nucleotídeo, por sua vez, é formado por três partes:

 Um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono);

 Um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4);

 Uma base orgânica nitrogenada.

4. Função dos Ácidos Nucléicos

Coordenar a síntese das enzimas (e demais proteínas) determinando assim as características


dos indivíduos, como: cor dos olhos, cor da pele, estatura, tendências de comportamento,
doenças hereditárias (diabetes, hemofilia, daltonismo), etc. Dessa forma controlam o
metabolismo, a reprodução e constituem o material genético ou hereditário de todos os seres
vivos (Maia, 2009).

5. Tipos de Ácidos Nucléicos

Chamados de moléculas da vida, os ácidos nucléicos são de dois tipos básicos: o ácido
desoxirribonucléico – representado pela sigla ADN, responsável pela constituição do material
genético (cromossomos e genes), localizado basicamente no núcleo das células – e o ácido
ribonucléico – representado pela sigla ARN, sintetizado no núcleo pelo ADN, actua no
citoplasma, participando da síntese de proteínas. Os ácidos nucléicos são formados por
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grandes moléculas, ligadas à hereditariedade e ao comando e controle das actividades


celulares (Boschilia, 2006)

6. Compostos que Formam os Ácidos Nucléicos

Segundo Peruzzo e Canto (2006) os ácidos nucléicos são formados por:

Pentoses - monossacarídios que contêm cinco carbonos na molécula (monossacarídios de seis


carbonos, como glicose e frutose, são chamados hexoses.) No ADN encontramos a
desoxirribose (na sua estrutura apresenta um átomo de oxigénio a menos que a ribose, sendo
assim desoxirribose), e no ARN, a ribose.

Figura 1: Pentoses.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).

Grupos fosfato – surgem do acido fosfórico (H3PO4) através da perda dos iões H+ e/ou pela
substituição dos átomos de hidrogénio por grupos orgânicos.

Bases nitrogenadas – são moléculas orgânicas cíclicas que apresentam nitrogénio. No ADN
encontram-se quatro bases diferentes: adenina, guanina, citosina e timina. Enquanto no ARN,
encontram-se também quatro bases diferentes: adenina, guanina, citosina e uracila.

Figura 2: Grupos fosfatos.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).


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7. ADN (Ácido Desoxirribonucléico)

“É um polinucleotídeo de fita dupla, associado às proteínas (histonas). Ou seja, é uma


nucleoproteína” (Maia, p. 53, 2009).

Constitui uma biblioteca de dados contendo as informações ligadas à hereditariedade (Peruzzo


& Canto, p. 294, 2006).

7.1..Estrutura do ADN

Na estrutura do ADN há uma longa sequência formada por fosfato e açúcar (desoxirribose),
onde as moléculas das bases nitrogenadas estão ligadas às moléculas de açúcar:

Figura 3: Nucleotídeo e nucleosídeo na estrutura do ADN.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).

Figura 4: Nucleotídeo de ADN.

Fonte: Maia (2009).

De acordo com Peruzzo e Canto (2006) essas moléculas são chamadas frequentemente de fita
de ADN (estrutura A). Duas dessas fitas unem-se através de ligações de hidrogénio que ocorre
entre as bases nitrogenadas (modelos B e C), apresentando assim um aspecto de dupla-hélice.

Quando as duas fitas de ADN unem-se, formam-se:

 Três ligações de hidrogénio entre citosina e guanina e;


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 Duas ligações de hidrogénio entre timina e adenina.

Figura 5: Ligações de bases nitrogenadas na união de duas fitas de ADN.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).

Colocadas na ordem correcta, as bases nitrogenadas armazenam, de modo codificado, as


informações no ADN.`

8. ARN (Ácido Ribonucléico)

“O ARN é uma macromolécula orgânica, constituída por unidades menores, denominadas


nucleotídeos, sintetizado pelo ADN” (Boschilia, 2006).`

8.1.Estrutura do ARN

Ao contrário do ADN, na do ARN há apenas uma fita. Nela também existe a sequência:

Figura 6: Nucleotídeo e nucleosídeo na estrutura do ARN.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).

Porém, o açúcar presente é a ribose e, no lugar da base timina, encontra-se a uracila (estrutura
D). As fitas simples de ARN são elaboradas no organismo através das fitas duplas de ADN e
elas servem para transportar as informações codificadas do ADN aos locais na célula onde
serão necessárias para laborar tarefas como, por exemplo, a síntese de proteínas (Peruzzo &
Canto, 2006).
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Figura 7: Estruturas de ADN e ARN e modelos de ADN.

Fonte: Peruzzo & Canto (2006).

Onde:

A - Estrutura de uma fita de ADN.

B - Modelo para o ADN que dá ênfase à estrutura em forma de dupla-hélice e ao pareamento


das bases: timina (T) com adenina (A) e citosina (C) com guanina (G). (Cores e formas
fantasiosas.)

C - Modelo para o ADN que dá ênfase ao pareamento das bases e à ocorrência de três
ligações de hidrogénio entre C e G e duas entre T e A. (Cores e formas fantasiosas.)

D - Estrutura de uma fita de ARN. Onde, comparada à fita de ADN, aparece a uracila (U) no
lugar da timina e a ribose no lugar da desoxirribose.

9. Propriedades de Ácidos Nucleicos


Desnaturação → rompimento das pontes de hidrogénio entre as cadeias complementares do
DNA.
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Renaturação → ligamento das pontes de hidrogénio entre as cadeias complementares do


DNA.

10. Aplicações de Ácidos nucleicos


 DNA

As aplicações de DNA dependem do seu sequenciamento, e estão em todas as áreas do


conhecimento: na biologia, na medicina, na nutrição e na biotecnologia. Em actividades
como:

- Identificação de microrganismos
- Validação de matérias-primas e insumos
- Fraude em alimentos
- Análise de fezes
- Analise microbioma das plantas
- Entre outras actividades.
 RNA
-Síntese de proteínas e características do organismo.
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11. Conclusão

Ao concluir o trabalho, foi possível constatar a sua relevância na abordagem química acerca
dos ácidos nucleicos, visto que só tínhamos, principalmente, uma visão biológica acerca
deles. Com tal abordagem, pudemos perceber a causa da estrutura do ADN e ARN a nível
microscópico. Incluindo as ligações envolvidas, os seus participantes, assim como as
particularidades que cada ácido nucleico apresenta. É um conhecimento de grande valia, que
pode ser empregado numa circunstância futura.
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12. Bibliografia

Boschilia, C. (2006). Biologia: Teoria e Prática. (2ª ed). São Paulo.

Rideel. M.A. (2009). Os Ácidos Nucleicos: DNA e RNA. s/l: s/e.

Peruzzo, F.M & Canto, E. L. (2006). Química Orgânica. 4ª ed. São Paulo: Moderna.

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