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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Pedagogia - Licenciatura/Distância/Seberi/RS
Disciplina: Avaliação: princípios, conceitos e operacionalização
Professora: Dra. Vanessa Nogueira dos Santos
Aluna: Liliane Teresinha Barro

ATIVIDADE - AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS E POSSIBILIDADES!

Carta técnica aos professores da educação básica

Senhores professores,

Em primeiro momento, apresento-me aos senhores, Liliane Teresinha


Barro, estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia - Ead, da Universidade
Federal de Santa Maria, polo Seberi/RS. Considerando o momento vivido durante a
pandemia do coronavírus, em especial no que se refere aos quase dois anos de
isolamento social e, consequentemente, o quanto isso afetou drasticamente a
educação, principalmente a educação básica. Professores, alunos, escolas, famílias
necessitaram adaptar-se, mesmo que inesperada e involuntariamente, a um modelo
de educar e aprender à distância. No tocante às aprendizagens, até mesmo as
formas e estratégias de avaliar os alunos tiveram que ser (re)pensadas e
(re)modeladas.
Com isso, considera-se que avaliar os educandos continua sendo importante
e necessário, já que o processo de aprendizagem depende da avaliação e do
diagnóstico do que o aluno já sabe e partir para o que os alunos necessitam e/ou
podem aprender e absorver de conhecimento. Esse primeiro momento avaliativo, de
sondagem do que o aluno possui de conhecimento ou do que ele aprendeu em um
dado momento, dá-se através da avaliação diagnóstica, avaliação esta que
professores não podem deixar de realizar, já que é um instrumento importante que
possibilita ao professor mensurar quais habilidades os alunos estão mais aptos ou
possuem mais conhecimentos, quais habilidades há maior defasagem, ou são mais
dificultosas para os alunos, quem são esses alunos, quais campos precisam ser
mais abordados para que, você, professor, possa construir um processo de
aprendizagem mais significativo.
À medida que estamos vivendo um período de pós pandemia, é necessário
(re)pensar a maneira como os alunos da educação básica foram e estão sendo
avaliados em seu desenvolvimento cognitivo. Podemos, professor, entender que a
avaliação não necessariamente precisa ser posta em prática apenas através de
provas e exames, sejam eles de múltipla escolha ou descritivos, ou através de
trabalhos individuais ou em grupos. Não que estes instrumentos não sejam mais
válidos ou necessários, pois fazem parte do processo constitutivo da análise das
aprendizagens. No entanto, avaliar é bem mais multidimensional do que provas e
trabalhos. Caro professor, para avaliar o desenvolvimento cognitivo, o
desenvolvimento socioemocional, o desenvolvimento motor de crianças,
adolescentes e adultos, onde há mais do que uma dimensão de ações e habilidades
a serem analisadas, assim, também, é essencial haver mais técnicas que visam
avaliar esses educandos. É preciso variar os instrumentos avaliativos, seja por meio
de produção de texto, seja por meio informal, como um bate-papo, onde o professor
pode realizar anotações acerca da participação, conhecimento e engajamento dos
alunos, seminários em grupo, visitas de campo com elaboração de um relatório de
visita ou realizar uma explanação coletiva desta, estudos de caso, inclusive, o uso
de tecnologias e recursos educacionais digitais (muitas vezes não utilizados pois
ainda há escolas em que esses recursos são escassos ou inexistentes) e, outro
instrumento interessante que pode ser utilizado, é a autoavaliação, na qual o
professor pode analisar e conhecer mais sobre o aluno.
Enfim, professor, é ao longo do processo e planejamento, diário, mensal,
semestral e anual, que você deve utilizar as ferramentas avaliativas e, pontua-se,
como se trata de uma trajetória da vida de um aluno, a educação escolar é um dos
processos que mais marca a vida das pessoas, outrossim, a soma final, a nota em
números é necessária, mas não a mais importante metodologia de descrever se um
aluno é apto ou não para progredir à etapa seguinte. Caros professores de
educação básica, como estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia e,
também, como professora que sou, entendo que precisamos de empatia para com
nossos alunos, mas não relacionada a sentimentos diminutivos para com eles, e,
sim, compreender e entender que num universo escolar, numa sala de aula
encontramos alunos com conhecimentos empíricos diferentes, com características
diferentes, gostos, histórias de vida diferentes. Então, por que continuar avaliando a
todos da mesma e igual forma? Por isso, não basta apenas refletir. Após esta etapa
é necessário agir, planejar, diagnosticar, conhecer e compreender e diversificar as
estratégias avaliativas, a fim de buscar reduzir as disparidades entre alunos,
habilidades e aprendizagens e demonstrar ao aluno que ele é protagonista do seu
processo de aprendizagem e precisa compreender-se como tal.

Atenciosamente,

Liliane Teresinha Barro


Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia Ead - UFSM
polo Seberi/RS

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