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Em 1927, o Elton Mayo iniciou uma experiência na fábrica de Hawtorne, uma das pesquisas
pioneiras na avaliação e identificação dos sentimentos e comportamentos dos trabalhadores
dentro do ambiente fabril. A pesquisa foi dividida em 4 fases:
Primeira fase: No primeiro experimento, Mayo selecionou dois grupos de trabalhadores que
realizavam uma mesma atividade, um dos grupos era designado para trabalhar sob a
intensidade de luz variável, enquanto outro grupo ficava sob uma luz constante. Durante a
observação, Mayo constatou que a iluminação influenciava os trabalhadores psicologicamente,
onde diferente da escola clássica que defendia a variação do rendimento por fatores
fisiológicos, nesse estudo foi possível observar que a eficiência era também afetada por
fatores psicológicos. Não havia uma relação direta entre iluminação e rendimento, mas sim a
questão psicológica.
Segunda fase: Já nessa fase, o grupo observado contava com 6 mulheres, das quais 5
montavam relés e a 6° fornecia as peças para suprir o trabalho. O experimento foi dividido em
12 fases (variações na frequência de trabalho) e a sala onde foi conduzido o experimento era
separada das demais, porém com o mesmo equipamento. O objetivo era comparar o grupo
experimental com o grupo de controle, onde ambos tinham um supervisor.
Foi concluído após o período que as mulheres gostavam de trabalhar na sala de experimento,
pois a supervisão era menos rígida que a usual. Existia um clima sem pressão, onde o
supervisor não era visto com temor, gerando um ambiente propício para a satisfação das
trabalhadoras. Além disso, as mulheres que participavam do experimento desenvolveram
objetivos comuns, afim de aumentar a produtividade.
Terceira fase: Após o estudo feito na segunda fase, os pesquisadores buscaram verificar as
diferenças de atitude dos trabalhadores, onde viram uma grande insatisfação e o sentimento
de humilhação por parte dos empregados, tendo em vista a supervisão constante. Nesse
contexto, foi criado um programa de entrevistas, que tinha como objetivo conhecer a fundo as
atitudes e sentimentos dos empregados.
Quarta fase: Nesta fase o objetivo era analisar a organização informal dos trabalhadores, foram
escolhidos alguns empregados para trabalhar em uma sala separada dos demais, porém com
as mesmas funções. Um dos pesquisadores observava o trabalho dentro da sala enquanto
outro do lado de fora fazia entrevistas. A remuneração era baseada na produção total, nesse
contexto o salário só aumentaria dessa forma. Nessa fase foi observado uma união entre elas
no sentido de produzir o que achavam razoável (e não o máximo possível) para conseguir a
remuneração desejada, pressionando as que queriam produzir mais através de punições.
Os estudos conduzidos por Mayo foram muito importantes para estabelecer um novo viés
humano para o estudo da administração, antes totalmente voltada para o rendimento e
resultado.
Ordway Tead (1891-1973): Foi um professor de Relações Industriais na Universidade de
Columbia, fazia parte da corrente da teoria das relações humanas, onde contribuiu com
diversos livros sobre a sociologia e psicologia aplicadas à administração.
Para ele, é função do administrador saber unir o cientificismo que era almejado pelas teorias
clássicas com o comportamento humano no ambiente de trabalho, dai por ele denomidado “A
arte de administrar”.
Para Tead, somente um objetivo geral não seria suficiente para o administrador entender os
problemas que permeiam uma organização, ele elenca 6 objetivos a serem considerados nesse
contexto:
Ordway Tead contribuiu fortemente para a literatura de administração e valorizou em sua obra
os conceitos de liderança, gerência participativa, empoderamento do trabalhador e a
responsabilidade social das corporações. Para Tead, os objetivos das corporações deveriam
estar alinhados o máximo possível aos interesses individuais das pessoas que fazem parte e/ou
estão ligadas a empresa.
Kurt Lewin (1890-1947): Foi um psicólogo alemão, responsável por introduzir o conceito de
“dinâmica de grupo” e estudar as formações grupais no entendimento da Psicologia Social.
Estudou as interações sociais, os efeitos delas no comportamento humano e nas dinâmicas de
um ambiente de trabalho.
O principal conceito levantado por Lewin é a Teoria de Campo, onde o pensamento individual e
o ambiente são os responsáveis pelo comportamento. Para ele, o indivíduo não era moldado
pela sociedade, mas sim uma interação entre ele e o ambiente em que vive. A Teoria de Campo
ocorre em um determinado campo, que seria “o campo vital do indivíduo”, o campo significa o
mundo psicológico total em que uma pessoa vive em um determinado momento. Inclui
assuntos e eventos do passado, presente e futuro, concreto e abstrato, real e imaginário, todos
interpretados como aspectos simultâneos de uma situação. Lewin afirma que cada pessoa
existe dentro de um campo de forças. O campo de forças ao qual o indivíduo está respondendo
ou reagindo é denominado seu espaço vital.