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Desenvolvimento doutrinário
(1849-1888)
Uriah Smith, The Visions of Mrs. E. G. White (1868), é uma defesa pioneira do
dom profético.
E. G. White Estate, Witness of the Pioneers Concernine the Spirit of Prophecy (1961),
é uma compilação de artigos que datam de 1851 a 1946 expressando fé nas visões
de Ellen G. White e o seu uso.
Desenvolvimento doutrinário:
Avanço missionário
(1887-1900)
com direitos
to diferente, com apenas alguns crentes do mundo”. Antes do final do século,
“congregados” em Ulster. os adventistas batizaram seu primeiro
membro dentre os nômades lapões.
Inglaterra Embora a população da Suécia fosse
À despeito de seu pequeno núme- maior do que a da Noruega e Dinamarca
ro de membros, a Inglaterra tornou-se Juntas, os adventistas acharam mais dificil
um centro de propagação do adventis- ganhar adeptos all O poderoso estado
mo para os quatro cantos do mundo. clerical sueco mostrou-se amargamente
Em grande medida, isso foi devido aos antagonista, assegurando a prisão tem-
dedicados esforços de George Drew, o porária de um dos primeiros evangelistas.
“navio missionário” de Liverpool, que Em 1887, contudo, Matteson finalmente
colocava literatura em dezenas de na- foi capaz de atrair mil ouvintes para uma
vios que visitavam esse movimentado conferência de tenda em Estocolmo.
porto e convencia os capitães a deixar A despeito de suas próprias dificul-
literatura adventista do sétimo dia em dades, os adventistas do sétimo dia sue-
muitos de seus portos de escala. cos resolveram atender ao chamado de
um capitão de navio finlandês que havia
Escandinávia aceito o adventismo como resultado da
Provavelmente, em nenhuma outra compra de livros de George Drew em
parte da Europa os adventistas do sétimo Liverpool. Olaf Johnson, presidente da
dia atraíram inicialmente tantos adeptos associação, levou duas obreiras bíblicas
como na Escandinávia. Isso deve-se gran- e começou a trabalhar em Helsinki, capi-
demente à energia e visão de J. G. Mat- tal da Finlândia, no ano de 1892. Apesar
teson, um crente firme no ministério da das ameaças dos oficiais russos que en-
literatura. Matteson lançou um periódi- tão governavam a Finlândia, uma obra
co evangelístico outro sobre saúde para de colportagem se desenvolveu gradual-
a Dinamarca e Noruega, e foi o autor e mente; e pelo final do século, havia três
impressor de uma variedade de livros e pequeninas igrejas finlandesas.
panfletos. Em 1880, ele organizou as igrre- Os adventistas dinamarqueses tam-
jas dinamarquesas na primeira associação bém decidiram lançar um esforço mis-
fora da América do Norte. Sete anos de- sionário por conta própria. Em 1897,
pois, em Moss, Noruega, durante a prr- enviaram David Óstlund para a colônia
meira reunião campal realizada na Euro- dinamarquesa da Islândia. Em seu per-
pa, foi formada a Associação Norueguesa. curso, Ostlund encontrou um casal ad-
Por esse tempo, uma sucessão de obreiros ventista islandês que voltava da América.
americanos tinha se unido a Matteson, tn- Eles tinham lido sua proposta de missão e
clusive dois trmãos, O. À. e E. G. Olsen. tinham vendido sua fazenda a fim de vol-
Matteson treinou um eficiente gru- tar para sua terra natal e ajudá-lo. Como
po de colportores dentre seus primei- Matteson, Ostlund conhecia o comércio
ros conversos. Por volta de 1884, eles da impressão. Ele estabeleceu o seu pró-
tinham penetrado o Círculo Á ttico, e, al- prio prelo e, em 1900, começou uma re-
guns anos depois, já existia um pequeno vista quinzenal, Frae&orn [À Semente].
grupo de observadores do sábado em Por volta de 1900, os adventistas es-
Hammerfest, “a cidade mais setentrional candinavos tinham desenvolvido escolas
secundárias na Dinamarca e na Suécia, e Havia alguns adventistas americanos
operavam várias salas de tratamento pri- que falavam fluentemente o francês,
vado. No ano de 1898, o dr. |. C. Ottosen mas nenhum tinha domínio de italiano
lançou o que se tornaria o mais famoso ou romeno. Os irmãos Bourdeau esta-
sanatório adventista na Europa: Skóds- vam longe de completar a tarefa de ad-
borg. Localizado alguns quilômetros ao vertir a França e a Suíça de fala france-
norte de Copenhague, Skódsborg come- sa, contudo, foram também mandados
çou com apenas 20 pacientes; mas sua para a Itália e a Romênia. Incapazes de
combinação de hidroterapia com mas- falar ao povo nesses dois últimos paí-
sagem, exercicio e dietas especiais, logo ses, exceto por meio de intérpretes, eles
ganhou influentes patrocinadores, inclu- ganharam apenas alguns conversos.
sive membros da família real. Gradualmente, os crentes romenos se
dispersaram e o adventismo quase de-
Europa Central sapareceu ali . D. T. Bourdeau despen-
Na Europa central, onde primeiro o deu considerável esforço nos vales val-
adventismo tinha lançado raízes, o pro- denses do noroeste da Itália, mas com
gresso parecia lamentavelmente lento. pouco resultado considerável.
To
Basiléia, Suíça, foi o local da primeira sede dos adventistas do sétimo dia europeus. Ali estavam
não apenas os escritórios administrativos, mas também as instalações editoriais e de impressão.
O importante Concílio Europeu de 1885, com a presença de Ellen G. White, ocorreu aqui.
Com o auxílio de W. C. White e H. W. editores americanos. Do suprimento lt-
Kellogg da Rerzew, um vigoroso progra- beral de folhetos alemães recebidos, ele
ma de publicações foi estabelecido em aprendeu praticamente todas as doutri-
Basiléia, Suíça, em um edifício erguido nas distintivas adventistas do sétimo dia.
no ano de 1884. Esse prelo produzia lite- Por volta dessa época, Perk também
ratura em francês, alemão, italiano e ro- se tornou um agente da Sociedade Bi-
meno, mas por causa de dificuldades da blica Britânica e Estrangeira. Enquanto
lei dominical, as publicações pararam, e viajava pela Rússia vendendo Bíblias,
posteriormente o edifício tornou-se um ocorreram vários incidentes que ele reco-
sanatório. À impressão alemã transferiu- nheceu como claras evidências do cuida-
se para Hamburgo, em 1895. Como não do divino por ele. Perk também conclum
havia ninguém para promover e treinar que Deus continuaria com essa proteção,
colportores, o programa se enfraqueceu se ele aceitasse o que considerava ser ver-
na França e Itália até o século 20. dade biblica. Tomada a decisão, Perk adi-
cionou literatura adventista às Bíblias que
Rússia estava vendendo. Isso tornou sua obra
Entretanto, a lteratura adventista muito mais perigosa, visto que os fo-
estava despertando interesse no sul da lhetos e periódicos adventistas eram um
Rússia, particularmente na Criméia. Ge- notório convite aos leitores para que der-
rações anteriores ao governo do czar ha- xassem a Igreja Ortodoxa estatal. O pro-
viam encorajado famílias de agricultores selitismo era estritamente proibido pela
alemães, muitos deles menonitas, a se es- lei russa e nesses anos que se seguiram ao
tabelecerem nessa região. Posteriormente, assassinato de Alexander II, havia severa
algumas delas emigraram para os Estados repressão a todos os dissidentes russos.
Unidos, fixando residência nas planícies Perk não era o único agente que estava
do Kansas e Dakota. Mas pelo final da propagando as idéias adventistas no sul
década de 1870, o adventismo havia cria- da Rússia, porque entre os adventistas do
do raízes em várias dessas comunidades sétimo dia germano-russos de Milltown,
russo-alemãs, e logo os panfletos adven- Dakota do Sul, um octogenário ansiava
tistas do sétimo dia estavam sendo envia- voltar para a Rússia a fim de partilhar
dos a parentes e amigos do “velho país”. sua fé recém-descoberta. Sua 1dade e um
Um dia, em 1882, um vizinho da defeito na fala fizeram 1sto parecer tolice
Criméia confidenciou a Gerhard Perk aos seus companheiros de fé, contudo,
que tinha alguns folhetos interessantes, o idoso homem não seria dissuadido.
mas perigosos, que ele havia recebido da Chegando em Odessa praticamente sem
América, três anos antes. Sua curiosida- dinheiro, ele vendeu suas botas a fim
de foi despertada e Perk pediu para ver de assegurar transporte para a Criméia.
alguns dos panfletos. Depois de muito Estando ali ele desenvolveu uma inteli-
rogo, o vizinho concordou em empres- gente maneira de testemunhar. Levava
tar-lhe um intitulado The Third Angel vários folhetos para o mercado da vila e
Message [4 Mensagem do Terceiro Anjo]. solicitava às pessoas que lessem para ele,
Na solidão de seus feixes de feno, Perk alegando visão deficiente. Se o leitor se
leu o folheto três vezes. Então, Genhand mostrasse interessado, era prontamente
fez um pedido adicional de literatura aos presenteado com o folheto. Quando o
sacerdote local quis prender o velho ho- Alemanha
mem, o povo da comunidade o repreen- À propagação do adventismo na
deu por pensar que um idoso quase cego Alemanha pareceu paralisar, depois que
pudesse ser prejudicial. Por mais de um James Erzberger voltou para a Suíça em
ano, a semente foi semeada desse modo, 1878. Durante os oito anos seguintes, até
produzindo considerável colheita. a chegada de Conradi, não havia nenhum
Quando L. R. Conrad: chegou à Suí- ministro adventista do sétimo dia traba-
ça, vindo dos Estados Unidos, em 1886, lhando na terra de Lutero. Como dinã-
imediatamente quase se defrontou com mico executivo e perfeito organizador,
um apelo de Gerhard Perk para visitar a Conradi foi a principal coluna do adven-
Rússia. Conradi aceitou, e naquele verão tismo alemão por 35 anos. Depois de
viajou com Perk pela Criméia, pregando preparar cuidadosamente vários panfle-
abertamente. Um batismo público e a tos, ele pôs-se a organizar, em 1888, uma
organização de uma igreja adventista do eficiente obra de colportagem na Alema-
sétimo dia eram demais para as autori- nha. Gerhard Perk, constantemente sob
dades. Conrad: e Perk foram intimados o risco de perseguição na Rússia, foi re-
a comparecer perante um juiz local que crutado para vender literatura adventista
prontamente ordenou seu aprisiona- do sétimo dia na Renânia alemã.
mento por ensinar heresia judaica. Auxiliado por vários evangelistas
Por 40 dias, os dois homens suporta- germano-americanos, Conrad: fundou a
ram as privações de uma cela apertada, sede da igreja alemã em Hamburgo no
alimento escasso e ameaças assustado- ano de 1899. Dentro de cinco anos, ele
ras. Finalmente, pela intervenção do re- havia organizado um instituto de treina-
presentante diplomático americano de mento para colportores e obreiros bíibli-
São Petersburgo, Conradi e Perk foram cos, uma missão urbana e um complexo
soltos. Destemidos por sua experiência, de publicações que finalmente preparava
eles continuaram a visitar pessoas inte- literatura em uma dúzia de línguas além
ressadas no sul da Rússia e entre os co- do alemão. Por volta de 1894, Conradi
lonos alemães da bacia do rio Volga, mas possuia quase 50 colportores trabalhan-
foram mais cautelosos em suas ativida- do na Alemanha e entre as pessoas de
des públicas. fala alemã da Austro-Hungria, dos Bal-
Durante os próximos poucos anos, vá- cãs e da Holanda.
tios adventistas germano-russos do Kan- Havia poucas perspectivas para uma
sas voltaram para as regiões do Cáucaso escola adventista em Hamburgo, por-
e do Volga. Eles acharam relativamente tanto no ano de 1899 foi comprada uma
fácil trabalhar entre os colonos alemães, propriedade rural perto de Magdeburgo.
porém, mais perigoso falar aos russos Ali foi desenvolvido o Seminário Mis-
nativos acerca de assuntos religiosos. To- sionário de Friedensau. Sua padaria e
davia, o crescente número de adventistas fábrica de alimentos saudáveis ajudavam
alemães na Rússia partilhava suas cren- os estudantes a ganhar a vida, enquanto
ças. Seguiram-se detenção e banimento aprendiam. Logo foram adicionadas uma
para regiões distantes, inclusive à Sibéria. forja, uma oficina de serralheiro e uma
O único resultado foi a disseminação de carpintaria. Por volta de 1900, o número
grupos adventistas em novas áreas. de adventistas na Alemanha se aproxima-
va de 2 mil — mais de três vezes o número para a loja. Se as queixas levassem ao
da França, Suíça e Itália juntas. banimento de algum livro específico, ele
O serviço militar compulsório na era reencadernado sob um novo título e
Alemanha demonstrou-se um problema. as vendas continuavam.
Como reagiriam os alistados com à or-
dem de trabalhar no sábado? Cortesmen- Sudeste europeu
te, mas com firmeza, eles se recusaram No sudeste europeu, os ensinamen-
a engajar-se nele, mesmo quando ame- tos adventistas do sétimo dia entraram no
açados de morte. Um jovem explicou a Império Turco através dos labores de um
uma corte marcial que ele poderia citar sapateiro grego autônomo. Theodore An-
uma centena de textos bíblicos a respeito thony, recente imigrante de Constantino-
da a observância do sábado, mas se lhe pla, aceitou o adventismo na Califórnia,
mostrassem apenas um texto exigindo a em 1888. Quase que imediatamente, ele
guarda do domingo, ele trabalharia. Um decidiu voltar para o seu lugar de nasci-
confronto com o capelão militar ter- mento a fim de propagar sua fê recém-
minou a favor do jovem adventista e a descoberta. Os contatos iniciais de An-
corte simplesmente decidiu despedi-lo thony com cristãos gregos e armênios
do exército. Outros não foram tão feli- despertaram antagonismo dentro das
zes; passavam meses e anos na prisão, até igrejas cristãs registradas; logo alguns
que finalmente os médicos-legistas do quakers se queixaram de suas atividades
exército começaram a encontrar todas as e conseguiram sua detenção. Depois de
maneiras de escusas para rejeitar recrutas passar duas semanas na prisão, as perple-
adventistas do sétimo dia. xas autoridades muçulmanas libertaram
O aprisionamento também era o Anthony, que começou a trabalhar em
frequente o destino dos crentes adven- seu comércio de sapateiro, partilhando
tistas que deixassem de mandar seus discretamente pensamentos religiosos
filhos para a escola aos sábados. Sobre com clientes em que ele descobria uma
esse ponto, a maioria das autoridades do fagulha de interesse em assuntos de dou-
governo se comprometia em permitir trina da igreja ou de negócios do mundo.
que as crianças adventistas estudassem Em pouco tempo, esse humilde sa-
a Bíblia no sábado, ao invez das lições pateiro localizou um enérgico jovem ar-
regulares da escola, mas a frequência mênio, Z. G. Baharian, e o convenceu
era obrigatória. da veracidade das doutrinas adventistas.
Em contraste com os procedimentos Baharian passou os próximos dois anos
nos Estados Unidos, onde os adventistas em Basiléia, tornando-se mais plena-
do sétimo dia haviam trabalhado primei- mente estabelecido em suas novas cren-
ro nas aldeias e áreas rurais, os esforços ças. Ao voltar para a Turquia, ele e AÀn-
evangelísticos alemães eram dirigidos em thony realizaram cultos evangelísticos
torno das cidades. Às vezes considerável e fizeram contrato com um impressor
criatividade era demonstrada. Quando local para produzir folhetos. Este suge-
os colportores não conseguiam obter au- riu que provavelmente seria necessário
torização para a venda de casa em casa, subornar oficiais para obter a necessá-
eles alugavam um salão que servia de l1- tia permissão de publicar tal material.
vraria e, então, solicitavam encomendas Baharian e Anthony recusaram-se a
fazer isso, mas eles deixaram seus ma- Echo Publishing Company para produzir
nuscritos com o impressor. Durante pe- jornais locais, folhetos e livros. Dois dos
ríodos de pouca atividade na oficina, as primeiros conversos na Austrália eram do
máquinas de composição eram postas a ramo de publicações que abandonaram o
trabalhar nos folhetos adventistas. De seu negócio privado para desenvolver o
imediato o impressor estava tão interes- escritório da Echo. O colportor pioneiro
sado no trabalho adventista que assumiu Willkam Arnold descobriu um bom mer-
a responsabilidade de obter ele mesmo a cado para a literatura adventista. Nas prr-
autorização para publicação. meiras seis semanas, Arnold não vendeu
um só livro, mas a dedicada persistência
Oriente Próximo valeu a pena. Subitamente, ele começou a
Durante a década de 1890, Bahartian e vender uma dúzia ou mais de exemplares
Anthony fundaram vários pequenos gru- de Daniel and the Revelation [Daniel e Apo-
pos de observadores do sábado na Ásia calipse] diariamente. Durante os três anos
Menor. Eles sempre trabalhavam sob que passou na Austrália, vendeu mais de
extremas dificuldades, ameaçados pelas 2 mil livros. De seus lucros, Arnold doou
autoridades e multidões; frequentemente 1.200 dólares para a compra do primeiro
aprisionados, todavia nunca desanima- prelo para a Echo Publishing Company.
dos. Pelo início do século 20, havia várias Em 1895, o americano E. R. Palmer
centenas de crentes na Turquia. chegou à Austrália, vindo de Oklahoma,
O assassinato do dr. Ribton e de vá- para organizar a obra da colportagem.
rios outros durante os motins de 1882, Por volta de 1900, ele tinha 70 colporto-
trouxe um fim temporário à obra ad- res no campo, dentre um número de 2
ventista no Egito. Então, por volta de mil membros adventistas do sétimo dia.
1900, várias famílias adventistas do sé- Durante a década seguinte, a Austrália
timo dia armênias da Turquia estabele- serviu como “o campo modelo para a
ceram-se no Cairo e em Alexandria; e obra da literatura”.
um crente italiano, J. Leuzinger, iniciou Os primeiros esforços adventistas
uma obra missionária em navios no na Austrália centralizaram-se em torno
movimentado Port Said. Logo depois, dos subúrbios de Melbourne e Sydney,
Louis Passebois, sua esposa e Ida Sch- onde o trabalho nas tendas e as reuniões
legel fundaram uma casa de saúde e um campais provaram-se eficientes entre 1n-
restaurante no Cairo. Cautelosamente, divíduos de classe média de profissões e
combinaram o ensino religioso com o pequenos negócios. Uma notável carac-
seu ministério médico. Em 1901, o pas- terística da Austrália foi a tendência de
tor Conradi organizou a primeira igreja famílias inteiras se unirem à igreja. Isso
adventista do sétimo dia no Egito. foi verdade também na Nova Zelândia,
que S. N. Haskell visitou no outono de
Australásia 1885. Haskell persuadiwm Edward Hare,
À meio mundo de distância, a ativi- com quem se hospedou em Auckland, da
dade adventista na Austrália e Nova Ze- verdade da doutrina adventista e foi ime-
lândia progrediu firmemente. À oposição diatamente solicitado a visitar o pai de
inicial à literatura “americana” foi gran- Hare a aproximadamente 240 quilôme-
demente vencida com a organização da tros de distância. Haskell concordou e foi
bem recebido por “Pat” Joseph Hare, um do sétimo dia, despertaram a suspeita dos
pregador metodista local. O pastor Hare, dirigentes da 1lha. À caixa foi posta de
juntamente com outros membros de sua lado sem que o seu conteúdo fosse lido.
família, imediatamente aceitou o adven- Dez anos depois, ela foi descoberta, e al-
tismo. Robert, irmão de Edward, logo es- guns dos mais jovens 1lhéus leram os pan-
tava a caminho do Healdsbureg College a fletos e notaram quão acentuadamente as
fim de preparar-se para o ministério. Ele doutrinas apresentadas eram apoiadas por
voltou para trabalhar mais de 30 anos na citações bíblicas. Eles ficaram surpresos
Austrália, e criar dois filhos cujos nomes por encontrar evidência de que o sétimo
acrescentariam brilho à causa adventista dia era o verdadeiro sábado.
em anos posteriores. Foi nesse contexto que John IL. Tay
O campo australasiano foi especial- chegou. Durante anos, ele havia sonha-
mente abençoado com a ajuda da Amé- do em visitar Pitcairn; agora, ele solicitou
rica. Em 1886, a família de Arthur Da- permissão para ficar na 1lha até que o
niells foi enviada à Nova Zelândia para próximo navio chegasse. Depois de con-
a obra evangelística. Posteriormente, siderável discussão, os tilhéus concorda-
Daniells tornou-se presidente da Asso- ram. Tay rapidamente conquistou-lhes o
ciação da Nova Zelândia. Em 1892, ele coração com suas gentis maneiras cristãs.
mudou-se para um cargo semelhante na Quando ele falou, mediante convite, no
Austrália, onde se tornou intimamente primeiro culto de domingo em seguida
associado de Ellen e Willie White. Du- à sua chegada, usou essa oportunidade
fante Os oito anos que se seguiram, esse para discutir o verdadeiro sábado, mui-
trio ajudou a lançar os fundamentos de tos foram convencidos. Outro estudo
uma eficientemente coordenada obra convenceu os duvidosos; e na ocastão
educacional, médica e de publicações, em que o americano deixou a ilha, cinco
tendo em vista a expansão evangelística. semanas depois, todos os seus habitantes
adultos tinham aceitado plenamente as
As ilhas do Pacífico doutrinas adventistas do sétimo dia.
No mesmo ano em que Daniells detr- A notícia da conversão dos habitantes
xou a Nova Zelândia, um leigo adventista de Pitcairn emocionou as fileiras adven-
e carpinteiro de navio, John I. Tay, chegou tistas do sétimo dia. Não era 18so um cla-
a uma minúscula 1lha do Pacífico, cuja his- ro sinal de Deus para se iniciar a obra nas
tória havia fascinado americanos e britâni- ilhas do Pacífico? É verdade que as cone-
cos por décadas: a romântica Pitcairn. Ali xÕes por navio a vapor eram irregulares;
quase 150 descendentes dos amotinados todavia, um meio deveria ser encontrado.
do Bownty e suas esposas taitianas viviam Por que não construir um pequeno navio
em uma simples e piedosa sociedade. Tia- missionário para transportar pessoal e su-
go White e John Loughborough tinham primentos de ilha para ilha? À Assembléia
ouvido de Pitcairn em 1876, e conseguido da Associação Geral de 1887 autorizou o
enviar para os ilhéus uma caixa de literatu- gasto de 20 mil dólares para construir ou
ra adventista por um dos navios que oca- comprar tal embarcação, que deveria es-
sionalmente fazia escala ali. Os estranhos tar em operação no ano seguinte.
títulos de alguns dos folhetos, juntamente Uma consideração mais minucio-
com o desconhecimento dos adventistas sa convenceu os líderes adventistas de
que um navio adequado não poderia Estados Unidos concordaram entusias-
ser aprontado tão rapidamente; de sorte ticamente em contribuir com suas ofer-
que eles decidiram enviar John 1. Tay de tas do primeiro semestre de 1890, a fim
volta a Pitcairn para fortalecer seus con- de construir um navio missionário. Às
versos. O pastor A. J. Cudney de Ne- crianças venderam caramelos, bolos e
braska deveria acompanhá-lo e batizar pipoca doce para que pudessem ajudar
os novos crentes. Os dois partiram para na compra dos pregos, tábuas e lonas,
chegar a Pitcairn por diferentes rotas; e os membros da escola sabatina foram
Tay pelo caminho de Tahiti, e Cudney convidados a sugerir um nome para o
via Havaí. Mas nenhum navio que pla- navio. Muitos nomes foram sugeridos; a
nejasse parar em Pitcairn foi localizado princípio, Boas Novas parecia ser o es-
em um ou outro lugar. Impacientemen- colhido; mas finalmente, a embarcação
te, Cudney resolveu comprar uma velha foi batizada de Pitcairn.
escuna oferecida a preço de pechincha. Antes de outubro de 1890, a escuna
Depois de contratar uma tripulação, ele Pitcairn, de dois mastros e com aproxi-
partiu para o Tahiti a fim de alcançar Tay, madamente 30 metros e meio de com-
mas com embarcação e tripulação ele se primento, estava pronta para navegar
perdeu no mar. John IL. Tay, finalmente com sua tripulação de sete pessoas e
voltou sozinho para São Francisco. três casais missionários: as famílias John
Essa experiência confirmou a de- L. Tay, E. H. Gates e A. J. Read. Foram
cisão da Associação Geral de construir necessários 36 dias para fazer a viagem
uma embarcação marítima para o ser- de 6.500 quilômetros de São Francisco a
viço inter-ilha. As escolas sabatinas nos Pitcairn, onde sua chegada trouxe gran-
de regoziyo. Os pastores Gates e Read
batizaram 82 1lhéus e organizaram uma
igreja e escola sabatina. Depois de uma
permanência de várias semanas, o navio
missionário seguiu viagem para Tahiti,
Rarotonga, Samoa, Fyi e 1lha Norfolk.
Em cada uma dessas paradas, bem como
em outras, os obreiros fizeram reuniões,
venderam livros e despertaram o interes-
se.
Dois anos depois, o Pitcairn voltou
para São Francisco; sua viagem tinha
sido um sucesso. O pastor Gates e es-
posa foram deixados em Pitcairn, e o ca-
sal Read na ilha Norfolk. Mas um preço
H tinha sido pago, um preço que seria de-
A sepultura de John 1. Tay (1832-1892), um leigo masiado comum no futuro. John 1. Tay,
norte-americano que passou os últimos seis anos que havia ficado para iniciar a obra em
de sua vida em serviço missionário nas ilhas do
Pacífico, inclusive na obra pioneira na ilha Pit- Fiji, morreu ali alguns meses depois; a
cairn. Sua sepultura está localizada em Suva na mesma sorte também sucedia ao capitão
ilha de Fiji, onde ele morreu no ano de 1892. J. O. Marsh, enquanto o Pitcairn estava
Locais específicos: