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(Mickean)
O que é o autismo
O autismo pode ser considerado, popularmente, como uma forma
diferente e única de ser e ver o mundo. Imagine se você estivesse no Japão,
de mãos e pés amarrados, sem conhecer a língua e a cultura e sem saber
como se comunicar... é mais ou menos assim que a criança autista se sente.
de uma criança dentro Apresenta algumas dificuldades em jogos de “faz de conta”, como brincadeira
de casinha; fazer comida; “faz de conta”; aniversário de boneca;
do espectro autista Muitas vezes, tem prejuízo ao pensar em histórias de forma imaginativa
e que atribua estados emocionais aos personagens;
Resposta ao nome: Brinca com alguns brinquedos de forma inadequada – não funcional;
Quando chamada, a criança Muitas vezes, não compartilha os brinquedos com o outro, caso não
dificilmente responde ao seja solicitada;
Sensibilidade:
nome. Muitas vezes, é
necessário tocar na criança ou Apresenta muita ou pouca Durante a brincadeira, evita inserir personagens a partir de outras pessoas.
ela só responde quando os sensibilidade a certos sons,
pais chamam e a tocam. texturas, gostos ou cheiros. Crianças com fala 2/2
(Exemplos: Dificuldade em compreender as regras sociais, bem como Tentar reduzir, ao máximo, os estímulos que possam distrair a criança
identificar as emoções dos outros). enquanto ela estiver realizando uma atividade;
Incentivar jogos de equipe, estimulando a cooperação e a partilha; Reduzir o número de tarefas, realizando uma atividade por vez;
Apoiar, quando a criança falhar; Quando perceber que a criança se distraiu da atividade que realizava,
Usar outras crianças como modelo do que deve ser feito, evitando comparações; redirecioná-la;
Ensinar como controlar seu próprio comportamento; Usar linguagem não verbal para chamá-la e centrar a atenção da criança.
Ensinar regras sociais de forma clara. (Ex.: sentar à mesa durante as
refeições ou cumprimentar outras pessoas); Interesse restrito 1/2
Incentivar o reconhecimento de faces e as emoções associadas;
Ensinar estados emocionais a partir das emoções geradas em histórias lúdicas. (Objeto, atividade ou assunto que a criança costuma repetir)
Deve-se utilizar o interesse da criança como meio de comunicação. Utilize
Capacidade de um brinquedo, objeto ou algo que a criança goste para iniciar a conversa;
Quando perceber o foco da criança, incentive-a para trazer novos
concentração temas à brincadeira;
Apresentar o que tem em comum entre o objeto de interesse da
(Exemplo: dificuldade para se manter
criança e os outros objetos;
atento à atividade que está sendo realizada;
parecer não estar escutando o que o Falar menos a respeito do objeto de interesse restrito e procurar trazer
outro fala; estar no “mundo da Lua”). outros assuntos à brincadeira.
Interesse restrito 2/2 Habilidades acadêmicas
Estimular a criatividade com jogos de “faz de conta”, utilizar objetos de (Dificuldade na compreensão de conteúdos abstratos. Pode ter bom
forma diferente da sua função inicial. Exemplo: utilizar uma escova de desempenho na resolução de cálculos matemáticos, mas dificuldade em
cabelo como microfone; compreender os problemas. Pode saber ler as palavras e, entretanto, não
Aproveitar os interesses que são pouco funcionais para a criança e criar conseguir compreender o conteúdo lido.)
algo construtivo, que possa se tornar uma motivação para o contato Devem-se apresentar objetos concretos ao ensinar conceitos novos
social. Ex.: interesse em uma peça específica do brinquedo, utilizar essa
peça como meio de interação. ou abstratos. Exemplo: utilizar objetos ao ensinar cálculos matemáticos
(grãos, palitos de fósforo, bloquinhos de madeira);
Falta de organização Ter certeza de que a criança compreendeu a informação, pedindo que
ela explique;
(Dificuldade para organizar ideias e o discurso pode apresentar-se incoerente. Procurar atividades baseadas na prática;
A comunicação escrita, caso exista, também pode apresentar desorganização.
Podem aparentar ser desorganizados, apesar de gostarem de arrumação). Dividir as tarefas em etapas menores ou apresentar alternativas;
Fazer, junto com a criança, listas de responsabilidades; Utilizar técnicas para ajudar a organizar e categorizar as informações.
Exemplo: dividir objetos por cor, forma, tamanho, semelhanças, temas
Estimular para que ela faça suas próprias listas;
(objetos de cozinha, quarto, sala);
Atribuir rotina de tarefas. Exemplo: recolher as roupas sujas e colocá-las
Ensinar metáforas.
no local adequado para lavar;
Utilizar programações e calendários;
Dividir a tarefa que deve ser executada em pequenas etapas. Se
possível, com o apoio de recurso visual, como, por exemplo, figuras
ilustrativas da sequência das ações a serem realizadas.
A não ser que você me
construa uma ponte,
construa-me uma ponte,
Construa-me uma
ponte de amor.
Vulnerabilidade emocional Hipersensibilidade sensorial
(A criança pode apresentar reações de raiva e instabilidade emocional. Manter o nível de estimulação de acordo com a capacidade da criança
Pode apresentar dificuldade em lidar com as exigências sociais e, com isso, (sem barulhos, cores excessivas);
demonstrar sinais de ansiedade. Além disso, pode apresentar intolerância
aos próprios erros, reagindo de forma exagerada). Pode ser necessário evitar alguns sons ou lugares;
Ensinar a identificar os próprios estados emocionais. Exemplos: raiva, Utilizar a música para “abafar” os sons desagradáveis;
tristeza, medo, alegria, nojo; Minimizar os ruídos de fundo;
Contar histórias identificando estados emocionais das personagens; Nos casos extremos, podem ser utilizados protetores de ouvido;
Elogiar com frequência durante a interação;
Estimular o que é o toque, carinho, frio, quente, a dor, pois esses
Ensinar a pedir ajuda; conceitos precisam ser desenvolvidos.
Fornecer experiências em que a criança possa fazer É necessário que, aos poucos, sejam inseridos estímulos sensoriais para
escolhas e tomar decisões; que a criança dessensibilize.
Ajudar a compreender os seus comportamentos
e as reações dos outros;
Ensinar técnicas de relaxamento. Exemplos:
contar até 10, respirar fundo.
Orientador: Prof. Gustavo Siquara e
Milena Pondé
Organizadores: Esdras Herculano;
Ieda Costa; Isis Barros; Julia Toulier;
Juliana Barbosa; Maíra Godinho;
Milena Baker; Sarah Rios.
Este manual é baseado em estudos científicos e manuais
diagnósticos, servindo como um instrumento de orientação
para suspeita diagnóstica e manejo psicopedagógico das
crianças pelos cuidadores. Tem como objetivo apresentar
características comuns em crianças que apresentam o
TEA em diferentes faixas etárias e níveis de linguagem.
Para fins diagnósticos, é necessário consultar profissionais
devidamente especializados.