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INTRODUÇÃO

O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial. À


medida que a expectativa de vida torna-se mais elevada, especialmente em
países desenvolvidos, tem-se observado um aumento da prevalência da
Doença de Alzheimer. Entre os tipos de demência existentes, a doença de
Alzheimer é atualmente a mais comum, representando cerca de 60% a 70%
dos casos de demência no mundo (Sá et al, 2019)

De acordo com Fernandes e Andrade (2017) O Alzheimer é


caracterizado como uma doença neurológica degenerativa, progressiva e
irreversível que deteriora progressivamente o nível cognitivo do indivíduo, e
mais tarde o funcionamento de todo o seu organismo.

Caetano e col. (2017) O Alzheimer é caracterizado, principalmente, pela


perda de memória, mas logo surgem outros sintomas como alterações de
humor, agressividade, dificuldades para realizar atividades do dia a dia e até o
desligamento total da realidade em que se vive.

Nunes e col. (2012) Ressalta que por se tratar de uma doença crônica
neurodegenerativa que resulta em perda progressiva da capacidade funcional e
declínio gradual de autonomia e independência é imprescindível dizer que a
Doença de Alzheimer provoca um grande abalo médico, social e econômico
para as famílias e para a sociedade.

Para o indivíduo acometido, a doença resultará principalmente, além do


citado, em deterioração cognitiva e de memória, comprometimento em
atividades neuropsiquiátricas e sintomas comportamentais e psicológicos que
podem incluir ansiedade, depressão, apatia, desinibição, irritabilidade, delírios
e alucinações (Fronza e col, 2018)

O mal de Alzheimer é mais prevalecente com a idade, é caracterizado


pela presença de Emaranhados Neurofibrilares e de Placa Amiloide no cérebro,
pesquisas apontam fatores genéticos para este mal, mas suas causas ainda
não foram definitivamente estabelecidas. No Brasil, a partir de dado divulgado
pela Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ, 2017), existe cerca de 1,2
milhão de pessoas com essa doença, mas a maioria dos casos ainda está sem
diagnóstico.

A Doença de Alzheimer não é um processo natural do envelhecimento,


mas um transtorno mental caracterizado por uma atrofia cerebral, que
apresenta configuração cerebral com sulcos corticais mais largos e ventrículos
cerebrais maiores do que o esperado pelo processo normal de envelhecimento,
demonstrado a partir de Tomografia Computadorizada ou Ressonância
Magnética (Caetano, 2017).
Sá at al. (2019) Enfatiza que mesmo sendo incurável, existem
tratamentos farmacológicos e não farmacológicos que visam aliviar os sintomas
e retardar o avanço da doença de Alzheimer. O tratamento não farmacológico
deve ser pensado em âmbito multidisciplinar, visando à compensação das
áreas cerebrais afetadas, bem como à estimulação biopsicossocial do paciente
e de seus familiares. Entre os tratamentos não farmacológicos, há a
reabilitação neuropsicológica, que visa à melhora do aproveitamento de
habilidades cognitivas ainda preservadas, bem como reabilitar as que estão em
declínio, envolvendo o paciente e todos que convivem com ele.

METODOLOGIA

Para a realização deste estudo, optou-se pelo método de pesquisa


Revisão Integrativo da literatura, cuja finalidade é reunir e sintetizar resultados
de pesquisas anteriores sobre um delimitado tema ou questão, de maneira
sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento
do tema investigado, cooperando para que os resultados de pesquisas se
tornem mais compreensíveis.

Para a busca dos artigos utilizou-se as bases de dados: Google


Acadêmico (https://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-PT), Periódico Capes
em (http://www.periodicos.capes.gov.br/) e SciELO - Scientific Electronic
Library Online, disponível em (http://www.scielo.br).

A coleta de dados ocorreu durante o mês de outubro de 2020, foi


norteada pela seguinte pergunta: Qual a contribuição da reabilitação
neuropsicologia em caso de Alzheimer? Os critérios utilizados para a seleção
da amostra foram: publicações indexadas nas bases de dados escolhidas e
palavras-chave selecionadas, publicadas em 20012 a 2020, cujos textos
completos tinham disponibilidade pública. Como critérios de exclusão
eliminaram-se as publicações que não atenderam os critérios situados na
metodologia.
BASE DE ARTIGOS PRÉ- EXCLUÍDO ANALISADOS
DADOS ENCONTRADOS SELECIONADOS
Google 2,859
Acadêmico
Periódico 867
Capes
Scielo 97
TOTAL

Tabela 1 – Distribuição dos artigos encontrados e selecionados através da base de


dados
Nº Titulo Ano Revista Quali Fontes
s
A1 Contação de história: Revista Brasileira de
tecnologia cuidativa na 2016 Enfermagem - Scielo
educação permanente para o REBEn
envelhecimento ativo
A2 Envelhecimento populacional: 2013 Journal of Nursing
um desafio para enfermagem and Health. Periódico
A relação entre gênero e RESU-Revista Google
A3 demência em idosos no Brasil 2020 educação em Acadêmico
Saúde
Investigação da memória
autobiográfica em idosos com Estudo de Periódico
A4 Demência de Alzheimer nas 2012 Psicologia
fases leve e moderada
Políticas de Envelhecimento Organizadora
A5 Populacional 2019 Solange Aparecida Google
de Souza Monteiro Acadêmico
Rev. Arch Med
A6 Qualidade de vida e demência 2016 Camagüey Periódico
International
Journal of
A7 Doença de Alzheimer e Ginkgo 2020 Health Google
Biloba Acadêmico
Management
Review
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quadro Matricial “Alzheimer”

Categolria:
Definição:
TEMA EXEMPLO DE VERBALIZAÇÃO
A1: O envelhecimento humano é um
processo natural, com diminuição
progressiva da capacidade funcional
dos indivíduos - a senescência -, fase
peculiar de vida que não se
caracteriza como patológica. Contudo,
condições de sobrecarga, como
doenças, acidentes e estresse
emocional, e também condições
sociossanitárias desfavoráveis,
podem acarretar estado patológico - a
senilidade - demandando cuidados
complexos de vida e saúde
A2: O processo de envelhecer
envolve alterações moleculares,
morfofisiológicas e funcionais,
alterações que estão associadas à
ENVELHECIMENTO
própria idade, ao resultado do
desgaste temporal e ao acúmulo de
danos ao longo da vida, causados,
sobretudo, pela interação entre
fatores genéticos e a não adesão à
hábitos saudáveis.
A5: É importante compreendermos a
velhice como um fato natural e
cultural: “É natural e, portanto,
universal se apreendida como um
fenômeno biológico, mas é também
imediatamente um fato cultural na
medida em que é revestida de
conteúdos simbólicos, evidenciando
formas diversas de ação e
representação”.
A3: A síndrome demência pode ser
caracterizada por declínio de memória
associado a déficit de pelo menos
uma outra função cognitiva
(linguagem, gnosias, praxias ou
funções executivas) com intensidade
suficiente para interferir no
desempenho social ou profissional do
indivíduo, como dependência de um
cuidador (“Associação Americana de
Psiquiatria”, página 946, 2014).
Dentre os tipos de demência, o mais
comum é a doença de Alzheimer,
Parkinson, demência vascular,
demência dos corpúsculos de Lewy e
as demências frontotemporais ou
doenças de Pick.

A4: Demência de Alzheimer (DA) a


mais comum no idoso cerca de 50 a
Demência 60% dos casos com apresentação
clínica e patológica bem definida,
ainda que o diagnóstico definitivo seja
necessariamente dado post mortem.
A sintomatologia da DA pode ser
dividida em três estágios (leve,
moderada e avançada), ressaltando-
se que a hierarquia da progressão
dos sintomas na descrição do curso
clínico da doença pode sofrer
alterações individuais, dependendo de
variáveis, tais como a idade de início
de sintoma, o sexo e o nível
educacional.
A6: A demência é uma das doenças
de maior impacto na saúde individual
e familiar, com alto custo social; para
o qual atualmente não existe
tratamento curativo, portanto, o
objetivo principal é preservar a
qualidade de vida do paciente.

A7: Os vários fatores de risco genéticos como


APP (proteína precursora do amilóide), PS1
(presenilina 1) e PS2 (presenilina 2) estejam
associados à DA, cujo efeito comum é
aumentar a concentração do peptídeo beta-
amilóide de 42 aminoácidos que contribui
para a síntese de placas neuríticas. A
Fatores Genéticos presença do alelo do gene apolipoproteína E
do tipo 4 (apoE4) demonstra uma maior
associação ao número de placas senis e
placas vasculares, além de uma redução da
função colinérgica em cérebros de pacientes
portadores dessa patologia.
Referencia

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