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CURSO DE PSICOLOGIA

NEUROPSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

ILHÉUS, BA
2023
CAMILLA DOS ANJOS FAGUNDES
CAMILA BARBOSA DE SOUZA NASCIMENTO
MICHELE NASCIMENTO ALCÂNTARA
NÁTALI GONÇALVES DE ALMEIDA
REBECCA BRUNNER
RONALD RODRIGUES SOUZA
SARAH ABRÃO

NEUROPSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

Atividade parcial, complementar a nota do


primeiro crédito, apresentada a disciplina
Neuropsicologia, do curso de psicologia da
Faculdade de Ilhéus.
Docente: Me. Paulo Tadeu Teixeira
ILHÉUS, BA
2023

Sumário

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 3
2.1. Velhice e demências ....................................................................................... 3
2.2. Estratégias para um envelhecimento cerebral saudável ............................. 5
2.3. Avaliação neuropsicológica em idosos ........................................................ 6
2.4. O cérebro ao longo da vida ............................................................................ 8
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 10
4. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 11
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1. INTRODUÇÃO

Ao longo das últimas décadas, é prevalente o crescimento da população


idosa nos países desenvolvidos e em grande parte dos países em desenvolvimento,
onde o Brasil está inserido. Referente aos dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE, 2014), a expectativa de vida dos brasileiros teve um aumento
significativo, passando de 62,5 anos na década de 1980 para 74,9 anos em 2013.
Em 2019, essa expectativa era, em média, até os 76,6 anos.
Como afirmam Soares, Coelho e Carvalho (2012), apesar do
envelhecimento populacional ser uma conquista notável, não podemos garantir que
esse processo esteja diretamente relacionado a uma melhoria na qualidade de vida.
Por exemplo, o considerável aumento na população idosa em termos demográficos
traz consigo um incremento significativo nas doenças crônicas e degenerativas,
incluindo várias manifestações de traços demenciais.
Para tanto, a neuropsicologia do envelhecimento estuda os padrões de
mudanças cognitivas e comportamentais associadas ao avanço da idade,
distinguindo aqueles que são típicos da velhice daqueles que são compartilhados
por outras faixas etárias (Diniz; Fuente; Cosenza; 2013). Através do estudo e dos
avanços tecnológicos, é adquirido um conhecimento mais aprofundado do processo
cognitivo e da neuroplasticidade do cérebro envelhecido, compreendendo tanto os
danos quanto as adaptações das funções cognitivas, além dos benefícios de uma
saúde mental preservada durante essa fase do desenvolvimento.
Visto isso, o objetivo deste trabalho é delimitar as contribuições da
neuropsicologia no processo de envelhecimento, incluindo a compreensão do
envelhecimento, sobretudo na cognição, patologias suscetíveis à velhice, bem como
a abordagem das estratégias de intervenção do neuropsicólogo e fatores que
contribuem para uma melhor qualidade de vida e um envelhecimento bem-sucedido.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Envelhecimento e demências

O processo de envelhecimento desvela transformações no indivíduo,


abrangendo seus aspectos psicológicos, sociais, físicos e neuropsicológicos, assim
como no contexto que o envolve. De acordo com o Ministério da Saúde (2006), o
envelhecer pode ser compreendido como um processo natural, denominado
senescência, que se caracteriza pela diminuição progressiva da reserva funcional
dos indivíduos. Sob circunstâncias usuais, não tende a desencadear qualquer
complicação. Contudo, em contextos de sobrecarga como, por exemplo, doenças,
acidentes ou o impacto do estresse emocional, essa condição pode evoluir para um
estado patológico necessitando de assistência, conhecido como senilidade.
Em relação aos aspectos neuropsicológicos associados ao
envelhecimento, de acordo com Roberto Lent (2001) como citado por Schlindwein-
Zanini ressalta:
“O cérebro do indivíduo idoso, em média, é menor e tem menos peso do
que o de uma pessoa jovem. Alguns giros são mais finos e separados por
sulcos mais profundos e abertos, resultando menor espessura das regiões
corticais. Nota-se diminuição do número de neurônios e sinapses, além da
existência de sintomas psicológicos e físicos como os lapsos de memória,
menor velocidade de raciocínio, episódios passageiros de confusão, tremor,
dificuldade de locomoção, insônia noturna com sonolência diurna e falta de
equilíbrio (2010, p. 221).”

Em seus estudos Fernandes et al (2010) afirmam que dentre as doenças


que mais afetam os idosos, a demência é destacada, uma vez que interfere na
capacidade funcional dos idosos. Como apontam Nascimento e Figueiredo (2019), a
demência se caracteriza por prejuízos cognitivos que afetam inicialmente a memória,
a noção espaço-temporal, o raciocínio e a capacidade de julgamento. Em estágios
mais avançados, esse quadro se torna um comprometimento cognitivo grave,
chegando à completa dependência.
Conforme o Manual MSD (2023), os tipos mais comuns de demências são
doença de Alzheimer (DA), demência vascular, demência com corpos de Lewy
(DCL), demência associada ao HIV, dentre outros casos, sendo que doença de
Alzheimer a causa mais comum de demência. A DA é uma doença crônico-
degenerativa cuja síndrome principal é caracterizada por declínio cognitivo
progressivo. As causas são desconhecidas, possivelmente fatores genéticos e
ambientais atuam na caracterização neuropatológica e nas suas manifestações
clínicas (Handam, 2017).
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A incidência da DA tende a aumentar significativamente em indivíduos


mais idosos, e a ocorrência de casos com início anterior aos 65-70 anos está ligada
a um histórico familiar de diagnóstico semelhante. De acordo com a Associação
Brasileira de Alzheimer (Abraz, 2023), o estágio inicial da doença é insidioso e
possui evolução lenta e gradual, podendo ser confundido com o processo natural do
envelhecimento. O indivíduo geralmente apresenta alterações na linguagem, perda
de memória, dificuldades na tomada de decisões e mudança de humor.
Silva e Souza (2018) acrescentam que à medida que a doença progride,
no estágio intermediário, as limitações se acentuam, onde o indivíduo apresenta
dificuldades motoras, perturbações no sono, alucinações, perda de peso e a fala e o
comportamento podem se tornar desafiadores. Além disso, pode se tornar mais
dependente, não conseguindo mais cuidar de si mesma, necessitando de
assistência para atividades diárias.
A fase final é marcada pela dependência total da pessoa. A Abraz (2023)
pontua que nessa fase, a pessoa apresenta dificuldades para se alimentar,
incapacidade de comunicação, perda de reconhecimento de familiares e objetos
familiares, confusão em relação ao ambiente, perda de mobilidade, incontinência
urinária e fecal, comportamentos inadequados em público e em muitos casos, têm
restrição de ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
Santos, Andrade e Bueno (2009) indicam que é de fundamental
importância que haja investigação diagnóstica o mais precocemente possível, a fim
de implementar medidas que sejam capazes de minimizar, estabilizar ou adiar a
progressão deste processo degenerativo. Isso engloba a utilização de tratamentos
medicamentosos e abordagens neuropsicológicas para oferecer suporte e alívio às
pessoas afetadas.
Nessa perspectiva, Francisco, Silva e Santos (2021), indicam que no
contexto da investigação diagnóstica da doença, a utilização de avaliação
neuropsicológica assume um papel de destaque e relevância. Isso se deve ao fato
de que a avaliação contribui não apenas para auxiliar no diagnóstico e prognóstico,
mas também possibilita um direcionamento para o tratamento, além de guiar no
planejamento da reabilitação, visando uma melhora na qualidade de vida.
Todavia, é importante destacar que o envelhecimento não está atrelado
necessariamente a um processo que vem acompanhado de doença, perda ou
sofrimento. Para Klafke et al (2017), a concepção do envelhecimento deve
ultrapassar a estigmatização geral que muitas vezes retrata o idoso como
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dependente, doente e ineficaz. É importante compreender que cada indivíduo


experiência o processo de envelhecimento de maneira subjetiva. Portanto, é
essencial que os indivíduos idosos procurem maneiras de permanecerem ativos,
envolvidos, estimulando a autonomia e continuando a desfrutar de uma vida plena e
significativa, mesmo que haja algum comprometimento.

2.2. Estratégias para um envelhecimento cerebral saudável


Devido à inversão da pirâmide etária, percebe-se uma mudança no perfil
demográfico e assim aumenta a necessidade de promoção e prevenção da saúde
para um envelhecimento saudável. O envelhecimento é um processo idiossincrático,
ou seja, que varia de indivíduo para indivíduo, não há uma data determinada de
quando se inicia. O risco de doenças e perda da autonomia pode aumentar com o
avançar da idade, mas não está obrigatoriamente ligado a isto, pois uma parte deste
processo é determinada por fatores genéticos, mas outra parte é determinada por
características relacionadas com o estilo de vida do indivíduo e suas comorbidades
(Raimundo, 2018).
Sendo assim, é importante que o indivíduo ao longo do seu
desenvolvimento, e principalmente no processo do envelhecer, mantenha hábitos
saudáveis que contribuam beneficamente com sua saúde. Dessa forma, é
importante mencionar sobre um estilo de vida e comportamentos preventivos; como
não fumar, moderada ou ausente ingestão de bebidas alcoólicas, a prática de
exercícios físicos, uma boa alimentação e envolvimento social, são aspetos
fundamentais para um envelhecimento bem-sucedido.
De acordo com Perracini, Fló e Guerra (2011), a manutenção ou
preservação da funcionalidade torna-se um elemento essencial na determinação da
qualidade de vida dos idosos, pois está diretamente ligada à independência e a
autonomia desses indivíduos. Idosos que vivenciam a perda de suas capacidades
físicas ou cognitivas tendem a nutrir sentimento de impotência e inaptidão, o que
pode resultar em um afastamento social.
A dimensão social pode envolver atividades em grupos operativos, por
exemplo, são as mais indicadas para melhorar e ampliar as relações sociais. Dessa
forma, atividade física e atividades sociais colaboram para um “retardo no
envelhecimento” e proporcionam ganhos de autonomia ao idoso (Nobrega et al.,
2019). Assim são mencionados como fatores de proteção à saúde.
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Outro ponto benéfico para o envelhecimento são atividades que


estimulem a cognição, como ler, estudar, se dedicar a palavras-cruzadas, jogos,
aprender um novo idioma ou um instrumento, entre outros. Adquirir novas
habilidades favorece a diminuição da defasagem cerebral, que já acontece de forma
inerente ao processo orgânico de todo indivíduo com o passar dos anos. Além disso,
favorecem a uma diminuição em uma predisposição de se desenvolver demência.
Afirmado por Valadares (2022) quando menciona que:
“Manter vivos hábitos como ler e estudar parecem estar relacionados a um
menor risco de desenvolver demências ou, ao menos, de resistir aos
sintomas em seu início. Quem estimula o cérebro, teria mais conexões entre
seus neurônios e maior capacidade de processamento da informação. Essa
reserva seria fundamental diante da morte de neurônios ligada ao
envelhecimento ou a doenças, suprindo a função que seria perdida
normalmente”.
Ainda de acordo com Valadares (2022), outro fator extremamente
importante para um envelhecimento sadio é dormir bem. Quando dormimos bem, as
toxinas que se acumulam em nosso cérebro durante o decorrer do dia são
eliminadas. E enquanto dormimos, o espaço que existe em nossos neurônios
aumenta, e isso facilita a limpeza e o funcionamento do nosso cérebro, dessa forma,
manter um sono que seja regulado, favorece que o indivíduo. Ademais, o
recomendado é dormir por pelo menos 8 horas por dia.

2.3. Avaliação neuropsicológica em idosos


A avaliação neuropsicológica, de acordo com Ramos e Hamdan (2016), é
um procedimento de investigação que tem se mostrado eficiente tanto no
estabelecimento como na confirmação de diagnóstico, que utiliza entrevistas,
questionários (anamnese), observações e avaliações psicométricas, para auxiliar na
compreensão do desempenho cognitivo funcional e no exame da integridade e do
comprometimento de funções cognitivas específicas. Hollveg e Hamdan (2008)
pontuam que durante a avaliação é possível observar a conduta do indivíduo diante
dos testes, identificando pontos fortes e fracos e possíveis limitações.
Além disso, Haase et al (2012) destacam que esse tipo de avaliação
abrange amplas classes de funções, incluindo as funções receptivas (que envolvem
a habilidade de selecionar, adquirir e integrar informações através dos sentidos);
memória e aprendizagem, bem como a análise da organização mental e da
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capacidade de reorganizar informações; funções expressivas (que englobam as


maneiras pelas quais a informação é comunicada ou posta em prática), entre outros.
Sendo assim, Martins, Boff e Ávila (2021), acrescentam que a avaliação
neuropsicológica assume um papel de suma importância no que diz respeito à
identificação precoce e no monitoramento contínuo da evolução de sintomas
relacionados ao declínio cognitivo e às doenças neurodegenerativas. Ademais, é
uma ferramenta fundamental referente à reabilitação de idoso, cujo objetivo é
melhorar o desempenho da função cognitiva prejudicada ou adaptar o paciente aos
déficits desenvolvidos, visando uma qualidade de vida mais elevada.
Entre os instrumentos mais utilizados na avaliação psicológica no Brasil
estão o MEEM (Mini-exame do Estado Mental), Escala de Inteligência Wechsler para
Adultos, Teste da Fluência Verbal, Teste do Desenho do Relógio, dentre outros
(FRAGA, 2018). O Mini-exame do Estado Mental (MEEM), instrumento de rastreio
breve mais utilizado em contextos de avaliação de classes demenciais, tem como
finalidade, de acordo com Nóbrega (2014), avaliar o desempenho cognitivo global do
paciente. Neste instrumento avalia-se orientação de tempo e espaço, bem como a
memória de curto e longo prazo, cálculo aritmético, praxia e linguagem. Ele é
utilizado inicialmente, pois pode apresentar algumas limitações, então é importante
que seja complementado com outras escalas que investiguem a dimensão cognitiva
do paciente.
Devido à rápida aplicação, o Teste do Desenho do Relógio também pode
ser utilizado inicialmente em uma triagem, no qual é avaliada a função viso-espacial
e a função executiva, onde o profissional encarregado da avaliação solicita ao
paciente que desenhe o mostrador de um relógio com os ponteiros indicando
determinado horário (Montiel, Cecato, Bartholomeu, & Martinelli, 2014).
Assim, entende-se que a reabilitação neuropsicológica no idoso pode
envolver uma variedade de intervenções além de instrumentos, como treinamento
cognitivo, estimulação sensorial, atividades de memória, treinamento de habilidades
funcionais e psicoeducação para o paciente e seus cuidadores. Essas intervenções
visam melhorar a capacidade cognitiva, a independência funcional e a qualidade de
vida do idoso. É importante ressaltar que a reabilitação do idoso deve ser
multidisciplinar, envolvendo profissionais de diferentes áreas, como fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e assistentes sociais. A colaboração entre
esses profissionais é fundamental para proporcionar uma abordagem abrangente e
eficaz na reabilitação do idoso.
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2.4. O cérebro ao longo da vida


Como citado na Revista Pesquisa Fapesp (2022), um estudo feito por
uma equipe liderada pelos neurocientistas Richard Bethlehem, da Universidade de
Cambridge, no Reino Unido, e Jakob Seidlitz, da Universidade da Pensilvânia, nos
Estados Unidos, ob o roteiro preciso e detalhado de como o cérebro humano
saudável evolui durante a vida. Através da análise de 123.984 imagens de
ressonância nuclear magnética de 101.457 indivíduos construíram gráficos
mostrando como o volume do cérebro todo, e de alguns de seus componentes,
afirmando que varia de tamanho de acordo com o sexo e a faixa etária.
Os pesquisadores abordaram sobre a plasticidade, mudanças estruturais
e funcionais que ocorrem em diferentes fases, e a influência de fatores como
atividade física e estímulos cognitivos. Destacam que o cérebro passa por
transformações significativas desde a infância até a velhice, mas que é capaz de se
modificar e se adaptar ao longo da vida.
O cérebro aumenta de tamanho até os 30 anos de idade, e, a partir de
então, começa a perder volume muito suavemente, e a tendência deste
encolhimento se acentua a partir dos 60 anos de idade. Todavia, o ritmo de
crescimento e redução não é homogêneo. Há também uma perda gradual de células
cerebrais e essa diminuição do volume cerebral afeta áreas especialmente
envolvidas no processamento cognitivo. As mudanças que ocorrem nas estruturas
do cérebro são o afinamento do córtex e a redução na comunicação entre diferentes
áreas cerebrais, apontando os efeitos do envelhecimento no sistema nervoso
periférico (Cesar, 2022 apud Bethlehem Seidlitz et.al., 2022).
O córtex é considerado o principal responsável por funções cognitivas
como atenção, memória, linguagem e planejamento, e também contribui para o
controle dos movimentos e a percepção do ambiente. Dessa forma, o afinamento
desta área implica em declínios cognitivos no decorrer da idade.
Corroborando com o pensamento do estudo, Maiese (2021) suscita que
com o envelhecimento, o número de células nervosas no cérebro pode diminuir,
embora a perda possa variar muito em cada caso, dependendo da saúde da
pessoa. E que durante a maior parte da vida adulta, o funcionamento do cérebro é
relativamente estável. Além disso, alguns tipos de memória são mais vulneráveis à
perda ao longo da vida, como a memória que mantém informações
temporariamente. Contudo, o cérebro tem certas características que ajudam a
compensar essas perdas, pela neuroplasticidade.
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Dessa forma, ressalta-se a influência positiva de fatores como a prática


de atividade física e estímulos cognitivos para uma boa saúde, um bom
desenvolvimento e envelhecimento cerebral. Estimulando o aprendizado, linguagem,
memória, criatividade e entre outros ao longo da vida.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visto tudo o que foi exposto, conclui-se que com o passar dos anos o
corpo vai sofrendo sutis ou grandes alterações que podem ser comuns à idade ou
não, mas que pode afetar diretamente aos sujeitos acarretando em novas condições
biopsicossociais. Bem como o funcionamento do cérebro vai sendo modificado em
relação à velocidade, tamanho e peso, pois naturalmente nós humanos
apresentamos uma diminuição de sinapses e também neurônios, que interfere no
comportamento, emoções e humor. Com isso, o envelhecimento pode ser fator de
risco para o desenvolvimento de quadros patológicos, como demências, embora
outros fatores como familiares e a genética também influenciem fortemente.
E devido ao envelhecimento crescente da sociedade e ao aumento da
expectativa de vida, confere ao tema extrema relevância. Portanto, é crucial
compreender o envelhecimento cerebral e suas consequências. E a neuropsicologia
desempenha um papel fundamental, atualizando-se ao longo do tempo e
desenvolvendo instrumentos efetivos para trabalhar também com essa faixa etária,
desde diagnósticos à reabilitação.
Ademais, foi concluído que é preciso dar ênfase em políticas do Governo
adaptando-se melhor ao estado atual e futuro da situação populacional do Brasil,
bem como a sociedade deve buscar cada vez mais compreender e integrar-se do
processo do envelhecimento, inserindo a temática na formulação de políticas
públicas.
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4. REFERÊNCIAS
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mostra IBGE. Agência Brasil, 2014.

AGÊNCIA IBGE Notícias. Em 2019, expectativa de vida era de 76,6 anos. Empresa
Brasil de Comunicação, 2020.

ARAUJO, Lucineide Souto de; NÓBREGA, Laysa Maria de Oliveira; NETA, Maria
Ferreira da Nóbrega; COSTA, Alcione Pereira da; OLIVEIRA, Silvia Ximenes;
NÓBREGA, Maria Mirtes da. ENVELHECER COM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA.
Temas em Saude, João Pessoa, v. 3, n. 19, p. 1-14, 1 mar. 2019. Even3.

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