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Apresentação
O ensino fundamental no Brasil passou por mudanças significativas na última década, muitas delas
relacionadas à ampliação da duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos, que atingiu todas as
escolas da rede de ensino no ano de 2010.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá o marco legal, os seus objetivos e a organização do
ensino fundamental de 9 anos, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) como
uma das principais ações governamentais para o ensino fundamental e as principais características
do ensino fundamental na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Bons estudos.
Veja no Infográfico alguns programas e ações voltados para a educação básica e que contribuem
com a alfabetização.
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Conteúdo do livro
A ampliação do ensino fundamental para 9 anos tinha entre os seus objetivos na época em que foi
lançado a diminuição das desigualdades existentes entre as diferentes regiões geográficas
brasileiras, bem como o aumento da permanência dos alunos na escola, ampliando o indicador de
tempo de escolarização brasileiro.
No capítulo Ensino fundamental de 9 anos, do Livro Organização e legislação da educação, você verá
o marco legal, os seus objetivos e a organização do ensino fundamental de 9 anos, o PNAIC como
uma das principais ações governamentais para o ensino fundamental e as principais características
do ensino fundamental na BNCC.
ORGANIZAÇÃO E
LEGISLAÇÃO DA
EDUCAÇÃO
Introdução
O ensino fundamental no Brasil passou por mudanças muito significativas
na última década, muitas delas relacionadas com a sua ampliação para
nove anos, que atingiu todas as escolas da rede de ensino no ano de
2010. Ao se elevar o número de anos do ensino fundamental, reduz-se o
período da educação infantil, ao mesmo tempo que, dentro da estrutura
das escolas de ensino fundamental, inicia-se o entendimento do chamado
ciclo de alfabetização, que envolve os três primeiros anos.
Neste capítulo, você vai ler sobre o marco legal referente ao ensino
fundamental de nove anos, quais são os seus objetivos e como vem
a ser organizado. Também conhecerá o Pacto Nacional pela Alfabe-
tização na Idade Certa, que se constitui em uma importante política
educacional voltada para o ensino fundamental. Além disso, você vai
se familiarizar com as principais características dessa etapa da edu-
cação básica que se encontram presentes na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC).
2 Ensino fundamental de nove anos
O PNE, que foi homologado em 2001 com vigência até 2010, por meio da
Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001, estabeleceu a implantação progressiva
do ensino fundamental de nove anos com a inclusão das crianças com 6 anos
de idade no ensino fundamental. O segundo objetivo do PNE 2001–2010 propu-
nha: “2. Ampliar para nove anos a duração do ensino fundamental obrigatório
com início aos seis anos de idade, à medida que for sendo universalizado o
atendimento na faixa de 7 a 14 anos” (BRASIL, 2001, documento on-line).
No mesmo plano, ficava estabelecido que a universalização do ensino fun-
damental obrigatório deveria ocorrer até o quinto ano de vigência do PNE, ou
seja, 2006, procurando conciliar o acesso, a permanência e a qualidade do ensino
fundamental ofertado, reduzindo as distorções série-idade existentes na época.
Visando perseguir a execução dessa meta do PNE 2001–2010, foi sancionada
a Lei nº. 11.114/2005, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996,
estabelecendo o dever dos pais de matricular os filhos com 6 anos de idade
no ensino fundamental, etapa da educação básica que ainda permaneceu com
oito anos de duração mínima nessa época (BRASIL, 2005a).
Com a Resolução CNE/CEB nº. 3/2005, ficaram definidas as normas de
funcionamento para a ampliação do ensino fundamental para nove anos de
duração. Por meio dessa resolução, são previstas novas nomenclaturas a serem
utilizadas para a educação infantil e para o ensino fundamental (Quadro 1).
Por iniciativa de alguns grupos da sociedade, foi criada em 2006 uma or-
ganização não governamental chamada de Todos pela Educação, tendo como
propósito contribuir para melhorarias no Brasil, impulsionando a qualidade
e a equidade da educação básica. Essa organização criou a Prova ABC, que
foi aplicada ao final do 3º ano do ensino fundamental para 6.000 alunos das
redes de ensino públicas e privadas pela primeira vez em 2010.
Porém, o resultado foi desanimador, pois somente 42,8% dos alunos sabiam
o esperado em matemática, 56% em leitura e 53% na escrita. A Prova ABC
serviu de inspiração para a criação da Avaliação Nacional da Alfabetização
(ANA), do Ministério da Educação, que surgiu dois anos depois, em 2012,
com a mesma finalidade.
Para que o ensino fundamental pudesse ter uma ação efetiva e melhorasse
sua qualidade e equidade, foi sancionado o Decreto nº. 6.094, de 24 de abril
de 2007 (BRASIL, 2007), que implementou o Plano de Metas Compromisso
Todos pela Educação, que, por meio do regime de colaboração entre os entes
federativos (União, Estados, Distrito Federal e municípios), aliados à família
e à sociedade, visava à melhoria da qualidade da educação básica.
Ensino fundamental de nove anos 7
currículo inclusivo;
integração entre os componentes curriculares;
foco na organização do trabalho pedagógico;
seleção e discussão de temáticas fundantes;
ênfase na alfabetização e no letramento das crianças.
formação continuada;
avaliações sistemáticas;
gestão, controle social e mobilização;
materiais didáticos.
O Sispacto pode ser acessado por meio de sua plataforma digital pelos dirigentes de
educação, coordenadores locais, orientadores de estudo e professores alfabetizadores
para acesso aos pagamentos de bolsas e outras informações relacionadas ao Fundo
Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
ludicidade;
educação infantil;
novas formas de relação;
interesse das crianças;
alfabetização;
aprendizagem.
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter
como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que
os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado
ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu
envolvimento em práticas diversificadas de letramentos (BRASIL, 2014,
documento on-line).
A BNCC do Ensino Fundamental — Anos Finais (2017) entende que, nos anos finais,
os estudantes se deparam com maiores desafios, pois terão que se apropriar de
novas formas de organização dos conhecimentos relacionados às diferentes áreas do
conhecimento. Devem ser consideradas as mudanças que esses estudantes também
vivenciam em suas vidas ao ingressarem na adolescência, quando passam “[...] por
intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psicológicas, sociais e
emocionais” (BRASIL, 2014, documento on-line).
amplamente utilizada por essa faixa etária. Além disso, a BNCC do Ensino
Fundamental — Anos Finais reforça que é compromisso da escola:
[...] propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos e princí-
pios democráticos, é preciso considerar a necessidade de desnaturalizar qual-
quer forma de violência nas sociedades contemporâneas, incluindo a violência
simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e conhecimentos tidos
como universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas
presentes na comunidade e na escola (BRASIL, 2014, documento on-line).
A busca por uma cultura de paz deve ser fomentada dentro da escola,
coibindo qualquer forma de violência, mesmo que simbólica, e propondo uma
educação eficiente também nesse aspecto. A BNCC do Ensino Fundamental —
Anos Finais propõe as áreas de conhecimento e seus respectivos componentes
curriculares conforme Quadro 2.
Componentes curriculares
Áreas de
conhecimento Anos iniciais Anos finais (6º ao 9º ano)
(1º ao 5º ano)
— Língua inglesa
Matemática Matemática
História
https://goo.gl/xiH63h
14 Ensino fundamental de nove anos
Com a BNCC, o processo de alfabetização passa a ser compreendido como aquele que deva se
realizar até o final do 2º ano do ensino fundamental, em que os alunos deverão estar plenamente
alfabetizados.
Veja na Dica do Professor o que significa o processo de alfabetização segundo a BNCC para o
ensino fundamental.
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Na prática
Para que a educação possa se desenvolver com qualidade e promover a aprendizagem junto com
os alunos, em qualquer nível e modalidade educacional, faz-se necessário um empenho no
planejamento das aulas que serão aplicadas. Para o planejamento das aulas, devem ser observados
os documentos que norteiam o currículo, como as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base
Nacional Comum Curricular.
Pâmela, pedagoga, foi aprovada para trabalhar como professora dos anos iniciais na prefeitura
municipal e foi designada a uma escola para lecionar no 4o ano.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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