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Estudo de Caso H.M.I.

PACIENTE: A.P.B.V. IDADE: 19 ANOS ENF. 12 LEITO: 04


I – IDENTIFICAÇÃO
Sexo: Feminino
Situação Conjugal: União Estável
Religião: Católica
Grau de Instrução: Ensino médio incompleto
Profissão: Desempregada
Raça:
Naturalidade: São Miguel do Araguaia
II – ENTREVISTA
Procedência : Residência - Goiânia
Chegada: Deambulando
Fonte de Dados: Paciente e Prontuário
Moradia: Casa alugada de alvenaria, com quatro cômodos (um quarto, sala, cozinha e
banheiro), seu banheiro localiza-se dentro de casa e possui vaso sanitário e chuveiro
elétrico,onde mora possui saneamento básico.
Renda Familiar: Em torno de R$ 900, 00, considera essa renda insuficiente para manter as
necessidades familiares.

III – HÁBITOS
Sono/Repouso: Sono irregular
Hábitos alimentares: Se alimenta normalmente (café da manhã, almoço e janta).
Tabagismo: Não
Etilista: as vezes
Drogas: Não

IV – ANTECEDENTES
Cirúrgico: não
Deficiências: Não
Medicações em uso: Perlutan
Nega história de icterícia, cálculo biliar, etilismo, tabagismo, problemas respiratórios,
cardiopatias, hipertensão arterial e diabetes
Antecedentes Familiares: Hipertensão e DM

V – INTERNAÇÃO
Admitida dia 30/04/2010
Motivo da internação: Dispinéia e dores em baixo ventre

VI – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES :
Paciente fez somente cinco consultas de pré-natal.
Relatou aumento da freqüência urinária após a gestação, cefaléia, lipotimias, náuseas,
lombalgia e mialgia.
Pré-Natal : à consulta (19/11/2009) a cliente apresentava peso: 79 kg, PA: 130X90mmHg, P:
80bpm, R: 18ipm e T: 36,8 C.
GI P0A0 D.U.M. 17/10/2009 com D.P.P. p/ 14/07/201
USG: 30/04/2010 Apresentava polidramnio acentuado s/ malformação aparente, abdome
Gravídico c/ BCF + AFU 42 cm e toque de colo grosso.

USG: 23/04/2010 ESTÁTICA FETAL:


Feto em situação longitudinal, apresentação cefálica,posição esquerda, movimentos fetais
presentes, movimentos respiratórios presentes, c/ BCF + de 144bpm e IG de 29 semanas.
L.A.: 26.4 no dia 06/04 c/ 27s e 3d
30/04/2010 Foi realizado amniocentese de alívio com retirada de 500 ml
Faz uso das seguintes medicações
Buscopan composto (s.o.s), Sulfato ferroso, Ranitidina, Nifedipina
2. Revisão da Literatura
Polidrâmnio, ou hidrâmnios, é o nome técnico para o excesso de líquido amniótico no útero. É algo
que ocorre em cerca de 1 por cento das gestações, e pode ter vários motivos. Polidramina é a
presença de volume de líquido amniótico acima de 1.700 – 2.000 mL em uma gestação com
30 semanas

No primeiro trimestre da gravidez, o líquido se acumula a partir do sistema circulatório da mãe. No


início do segundo trimestre, o bebê começa a engolir o líquido e processá-lo pelos rins, eliminando-o
na forma de urina. O volume total de líquido é reciclado pelo bebê num intervalo de poucas horas.
Às vezes, no entanto, o sistema fica desequilibrado por algum motivo, e o líquido pode se acumular ou
então diminuir demais (o oligoidrâmnio), o que pode provocar problemas.

Causas

A Polidramnia possui várias causas. Má-formação congênita (p.ex.: anencefalia, agenesia ou atresia
esofageana, espinha bífida, etc), produção excessiva de Hormônio Antidiurético pelo bebê, presença
de gêmeos, doença placentária, diabetes e doenças hepáticas são as principais.

Manifestações clínicas

As formas de apresentação variam. A forma Aguda é rara e de surgimento precoce (por volta do
primeiro trimestre de gestação). O útero encontra-se excessivamente aumentado, ocorrem edema e dor
nos membros inferiores, estrias, falta de ar e pulso acelerado. A forma Crônica é mais comum,
ocorrendo no terceiro trimestre, e oferece menor risco para o feto. As manifestações são semelhantes
àquelas da forma aguda, porém com menor intensidade

Complicações a Polidramina pode trazer para a gravidez?

As principais complicações na gravidez são parto prematuro, toxemia gravídica, desequilíbrio do


diabete melito, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal. A Polidramina torna o parto
mais trabalhoso e pode trazer complicações para o bebê tais como prematuridade, traumatismos
durante o trabalho de parto (tocotraumatismos), infecções em mal-formações congênitas.

Tratamento

O primeiro passo é realizar um exame ultrassonográfico detalhado. Caso exista mal-formação fetal,
indica-se interrupção da gravidez. Nos casos em que o bebê está bem, o objetivo é prolongar ao
máximo a gavidez. Em algumas gestantes, pode ser necessário puncionar o abdome para retirar
líquido. Esta intervenção se chama Amniocentese e tem por objetivo diminuir o desconforto, melhorar
a evolução da gestação, e acelerar a contratilidade uterina no pré-parto.
Cuidados de Enfermagem para Polidramnio

 Verificar sinais vitais de 6/6 h

 Aliviar sintomas com posições de conforto


 Elevar mmiii
 Aconselhar uso de creme dermatológico para prevenção de estrias
 Evitar movimentos bruscos que possam agravar ainda mais a falta de ar

Amniocentese

 Explicar o procedimento à paciente, na tentativa de descobrir as suas preocupações - a


paciente pode considerar o procedimento perigoso para si ou para o feto:
 A paciente deve urinar previamente à intervenção, para evitar lesão cervical.

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