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Cuidados Específicos

Alguns cuidados devem ser tomados durante a manutenção e retirada dos drenos de tórax em
cirurgia cardíaca.
O paciente ao ser admitido na UTI em pós-operatório de cirurgia cardíaca, o enfermeiro
intensivista deve receber do enfermeiro do centro cirúrgico o valor exato da quantidade do
selo d´água colocado em cada frasco e a hora. Os drenos geralmente são fechados
(clampeados) pelos cirurgiões nesse curto intervalo de transporte do Centro Cirúrgico para a
UTI, devendo eles serem imediatamente abertos (desclampeados) e colocados abaixo da cama
do paciente.
Nas primeiras 12 horas pós-cirurgia, a mensuração dos débitos dos drenos deverá ser feita a
cada hora, sendo de importância, os débitos superiores a 100 ml/hora. Isto pode ser um
indicativo de sangramento com possível intervenção cirúrgica para exploração do local e
hemostasia. A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação
do frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume drenado
marcando também a hora da conferência. Com isso, temos uma visão real do débito.
A ausência de oscilação dos selos d´agua provocados pela respiração poderá indicar obstrução
do dreno por coágulos, caracterizando uma situação de emergência, pois o acúmulo de líquido
(sangue) intra-torácico pode causar uma situação geralmente fatal chamada tamponamento
cardíaco. A prevenção da obstrução do dreno é feita pela ordenha manual com uma pinça
própria e sua freqüência deverá ser estabelecida pelo enfermeiro tomando como base, a
presença e formação de coágulos em sua extensão.
Em situações normais, onde os débitos são baixos, a troca do selo d´água deverá ser feita uma
única vez ao dia, geralmente ás 06:00 hs da manhã. É necessário que o profissional antes de
abrir o frasco coletor, clampeie o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade
torácica e após a troca, lembrar sempre que o dreno deve ser desclampeado.
Os curativos na inserção dos drenos devem ser trocados diariamente utilizando os produtos
preconizados pelo Serviço de Infecção Hospitalar de cada instituição. A freqüência da troca é
determinada pelo enfermeiro intensivista. Tão importante quanto o curativo do dreno é a sua
fixação à pele, proporcionando menor mobilidade e diminuindo a dor decorrente de sua
manipulação.
A retirada do dreno de tórax deve ser feita quando o paciente estiver no período de
EXPIRAÇÃO, sendo esta manobra fundamental para evitar a entrada de ar na cavidade torácica
e geralmente retirados no 2º dia pós-operatório, se os débitos estiverem estabilizados (sem
débitos e oscilantes). Após a retirada do dreno, deverá ser realizado um curativo compressivo
local e trocado apenas no dia seguinte.

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