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PEÇAS DE REVISÃO

2ª FASE TRABALHO – 38º EO


PROF. ALEXANDRE TEIXEIRA

01. DONA FULANIENE foi admita para prestar serviços na residência da FAMÍLIA TRAPPO em 03.03.2020, aos
63 anos de idade, ganhando dois salários mínimos mensais. Prestava serviços de segundas a sexta das 8h às
18h com 30 minutos de intervalo para almoço, tudo verbalmente ajustado com a família. Às quintas-feiras, o
horário de trabalho da empregada era de 12h às 22h, com 30 minutos de intervalo. Durante o período, sempre
foi tratada com muita formalidade pela família que fazia questão de manter distância dela e de outros
trabalhadores da casa, sem qualquer tipo de envolvimento, a não ser o extremamente profissional. DONA
FULANIENE tinha que lavar os doze banheiros da casa, todos os dias, retirando o lixo doméstico sem o uso de
luvas plásticas. Na cozinha, era responsável por servir o almoço pontualmente ao meio-dia. Quando atrasava
alguns minutos, a chefe da FAMÍLIA TRAPPO sempre a repreendia verbalmente na frente de outros
trabalhadores da casa e de visitas, tendo certa vez a patroa perdido o controle e gritado com tanta força que
DONA FULANIENE se assustou e derrubou uma travessa de arroz, motivo de raiva para uns e de risada para
outros. Por conta disso, DONA FULANIENE caiu aos prantos na frente de todos e foi acudida pelos demais
colegas de trabalho. Durante o mês de julho a setembro de 2023, a trabalhadora viajou com a FAMÍLIA TRAPPO
para a Itália e lá os serviu em sua residência de verão durante 90 dias. DONA FULANIENE morava com a família
e lhe eram descontados os valores de R$ 20,00 por mês, título de alimentação (cinco refeições/dia), e R$ 30,00
mensais à título de moradia (casa anexa à propriedade com perfeitas instalações e ar condicionado). Durante
as férias da copeira nos meses de fevereiro, DONA FULANIENE a substituía. Sabe-se que o salário da copeira
era o dobro do seu. No dia 22.09.23, a chefe da FAMÍLIA TRAPPO a demitiu sem justa causa, alegando que a
idade dela já estava avançada para o tipo de serviço pesado de levar doze banheiros diariamente e ainda ajudar
no serviço do almoço. DONA FULANIENE, com os olhos cheios de lágrimas, arrumou suas coisas no mesmo dia
e foi para a casa de seus parentes no interior de Caucaia/CE, pois não tinha condição de passar mais um minuto
naquela casa porque não aguantava mais sua patroa. Na data marcada para recebimento das verbas rescisórias,
a empregada não compareceu. No dia seguinte, a chefe da FAMÍLIA TRAPPO contratou advogado que ajuizou
ação de consignação em pagamento que foi distribuída para 54ª Vara do Trabalho de Fortaleza no dia 11.10.23
requerendo o depósito de 30 dias de aviso prévio, 2/12 de 13º salário, férias proporcionais de 4/12 + 1/3 e FGTS
da rescisão. Notificada da ação de consignação em pagamento, DONA FULANIENE procura você como
advogada(o) para que proponha e medida judicial cabível para o fim de reaver direitos não adimplidos na
vigência do contrato.

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02. JARBAS trabalhou como motorista para o RESTAURANTE CARNE DE GATO LTDA., tendo sempre recebido
salário fixo no valor de R$ 3.200,00 mensais. Diariamente dirigia o veículo com as refeições solicitadas pelos
clientes, as quais eram entregues por um ajudante. Foi dispensado imotivadamente após dois anos de serviço.
Ajuizou ação trabalhista distribuída à 299ª Vara do Trabalho de Oiapoque/AP pleiteando diferenças salariais
decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os funcionários em bares e restaurantes, conforme a
convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em
bares e restaurantes, ambos do estado do Amapá. Pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração
da viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob sua guarda.
Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas três linhas diretas de ônibus com tarifa modal
em cada horário, sendo o transporte insuficiente. Pleiteou salário in natura pelo uso de veículo do empregador,
o qual ficava com JARBAS ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do empregador durante o fim
de semana de folga, bem como nas férias. Pleiteou, ainda, a integração de diárias para viagem, recebidas no valor
de R$ 400,00 por cada viagem ocorrida, relatando que ao longo do contrato viajou a serviço por três ocasiões,
em três diferentes meses. Por último pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro
motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS, por limitação física,
teve sua função alterada, quando percebia R$ 4.000,00 mensais.
Na audiência, após a apresentação de defesa com documentos, foram dispensados os depoimentos pessoais. A
parte autora declarou não ter outras provas. A parte ré requereu a oitiva de uma testemunha, a qual foi
indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da parte ré, registrado em ata de audiência. Dez dias após o
encerramento normal da audiência, o juiz termina a intimação das partes para que compareçam a nova audiência
para a leitura da sentença. Partes devidamente intimadas, na ata marcada, ausente o reclamante e presente o
reclamado com seu advogado. Na oportunidade, o Juiz prolatou sentença de improcedência total dos pedidos,
com custas fixadas em R$ 500,00. Publicada a decisão no Diário Oficial da Justiça do Trabalho (DOJT) 10 dias após
a audiência de prolação da sentença. No quarto dia da publicação no DOJT, inconformado, JARBAS, com a decisão
de improcedência dos pedidos, inclusive quanto aos pedidos da justiça gratuita, apresentou a medida jurídica
cabível para tentar revertê-la, sem juntar qualquer documento. Você foi notificado como advogado(a) da
empresa para apresentar a peça prático-profissional em nome de seu cliente. Redija a mesma apresentando os
argumentos pertinentes.

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03. DEFUNTINA COVAS, empregada da empresa HADES PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA., foi contratada pela
FUNERÁRIA AGORA É SUA VEZ LTDA. na função de tanatopraxista (maquiadora de cadáveres) no dia
22.06.2013 e despedida por justa causa no dia 01.09.2017. Durante todo o contrato trabalhou no período
noturno das 22h às 7h de segunda à sexta-feira. Aos sábados trabalhava das 22h às 02:00h do dia seguinte com
folga aos domingos. É sabido que na função a empregada estava sujeita ao manuseio de produtos sabidamente
tóxicos como o formaldeído (formol) nos termos do Anexo 11 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 (quadro nº 1 –
limites de tolerância) sem nunca ter recebido qualquer adicional. De acordo com seu empregador, sua dispensa
foi motivada pelo cometimento de falta grave, desídia no desempenho de suas funções, uma vez que os
parentes dos defuntos reclamaram que a tanatopraxia estava muito mal feita, o que acabou causando prejuízos
ao empregador. No entanto, a empregada alegou que os produtos comprados pela empresa para o serviço já
estavam com o prazo de validade vencido, o que foi devidamente comunicado por DEFUNTINA COVAS a
prestadora de serviços ao empregador diversas vezes. A empresa demitiu DEFUNTINA por justa causa e a
notificou para receber as verbas da rescisão. DEFUNTINA se recusou a receber as verbas sob a alegativa de que
a demissão e as verbas não condiziam com o contrato de trabalho. Sabe-se que DEFUNTINA nunca recebeu 13º
nem gozou férias do período, tampouco houve depósitos de FGTS. HADES PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA.
ingressou com Ação de Consignação em Pagamento distribuída para a 10ª Vara do Trabalho de Fortaleza sob o
nº 0000447-63.2017-5.07.0010 pedindo o depósito do saldo de salários de 01 (um) dia trabalhado no mês de
setembro e férias vencidas + 1/3 de 2016/2017 com efeito de pagamento e quitação do contrato de trabalho
com justa causa. Intimada da ação de consignação em pagamento, DEFUNTINA COVAS procura você que, como
advogado do sindicato da categoria profisisonal dos tanatopraxistas, deverá propor a medida judicial que
melhor atenda os interesses da trabalhadora. Como advogado do sindicato da categoria dos tanatopraxistas
promova a medida judicial cabível.

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