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08/03/2023, 09:12 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

DO JOGO E DA APOSTA

I – Conceito:

Nota-se, desde logo, contradição na ação do legislador que cuida no jogo e da aposta
dentro do título do Código Civil destinado aos contratos, mas nega os efeitos
almejados pelas partes a estas espécies de pactos.

Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode
recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o
perdente é menor ou interdito.

Lembrar que a sua exigência em juízo leva a extinção do processo sem julgamento de
mérito em razão da impossibilidade jurídica do pedido.

1. Conceito de Jogo

É o negócio jurídico por meio do qual duas ou mais pessoas, chamada de jogadores,
se comprometem a realizar uma prestação a quem conseguir um resultado favorável
na prática de um ato que todos participam e que depende da inteligência, habilidade,
força ou apenas da sorte de cada um.

2. Conceito de Aposta

É o negócio jurídico por meio do qual dois ou mais apostadores se comprometem a


realizar determinada prestação a pessoa cuja opinião prevalecer.

Neste caso não se exige participação ativa das partes, bastando opinião pessoal.

Obs.: a doutrina critica a redação do artigo 814 quando ressalva “salvo se foi ganha
por dolo”, pois os demais vícios do consentimento devem ser considerados.

O jogo se distingue em lícito ou ilícito conforme seja permitido ou vedado por lei.

Todo jogo que não for proibido por lei é lícito. Entretanto, aqueles que não forem
autorizados ou legalmente permitidos, serão considerados obrigações naturais.

§2º O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando
os jogos e apostas legalmente permitidos.

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§3º Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza
esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e
regulamentares.

II - Consequências Jurídicas do Jogo e da Aposta:

As dívidas de jogo, ou de aposta, não obrigam o pagamento.

Não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por
dolo, ou se o perdente é menor ou interdito (art. 814 do CC). – obrigação natural.

Ë ineficaz não só qualquer negócio que encubra ou envolva reconhecimento, novação


ou fiança de dívida de jogo, como também é incobrável as dívidas resultantes de
empréstimos destinados à aposta ou ao jogo, feitos na hora de apostar ou de jogar
(art. 815 do CC).

Não pode, no entanto, o devedor opor a inexigibilidade da dívida a terceiro de boa-fé.


Se o perdente emitiu, por exemplo, cheque para resgate de seu prejuízo e o
beneficiário transferiu o título a terceiro, que o recebeu ignorando sua origem espúria,
não pode este, que agiu de boa-fé, ser lesado pelo recusa do emissor em efetuar o
pagamento.

III - Contratos diferenciais: analisar a regra do art. 816 do CC.

IV – O Sorteio: A lei permite a utilização do sorteio para dirimir questões ou dividir


coisas comuns. (art. 817 do CC).

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