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Curitiba – PR
2023
Eliseu Ramos da Rocha
Curitiba – PR
2023
SUMÁRIO
RESUMO .....................................................................................................................3
ABSTRACT................................................................................................................ 4
1. FORMAÇÃO CONTINUADA DE LÍDERES: PEQUENAS E MÉDIAS
IGREJA ..................................................................................................................... 5
1.1 Conceito Geral de Liderança ........................................................... 7
1.2 Conceito bíblico de liderança.......................................................... 9
1.3 Os princípios da liderança de Jesus Cristo e o apóstolo Paulo 11
2 FORMAÇÃO DE LÍDERES: PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO ETÁRIA E
CAMINHOS PARA FORMAÇÃO ............................................................................. 14
2.1 A idade certa para formar líderes e como fazer........................... 15
2.2 O tema de lideranças no currículo educacional da igreja........... 18
2.3 Metodologia a se usar na formação de líderes ............................ 20
3 GERANDO LÍDERES PARA O AMANHÃ: ESTRATÉGIAS PARA ASSEGURAR A
CONTINUIDADE DA LIDERANÇA NAS PEQUENAS E MÉDIAS IGREJAS ......... 25
3.1 Principais técnicas de liderança para o sucesso da gestão
eclesiástica. .............................................................................................................28
3.2 Aumentando e eficiência com mais técnicas de lideranças....... 29
3.3 Como podemos assegurar e ininterrupta formação de líderes.. 36
3.4 De quem é a responsabilidade em garantir a constante formação
de líderes. ...............................................................................................................40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 43
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 45
RESUMO
A falta de líderes nas pequenas e médias igrejas tem sido uma preocupação
crescente, devido às consequências negativas da saída repentina de líderes ativos.
Para enfrentar esse desafio, é essencial estabelecer um processo contínuo de
formação de líderes, a fim de prevenir possíveis lacunas e manter uma estrutura de
liderança estável. O objetivo deste estudo é encontrar metodologias e ferramentas
que auxiliem nesse processo, minimizando a escassez de líderes e promovendo o
crescimento constante da igreja. A pesquisa adotará o Método Hipotético Dedutivo,
havendo necessidade, poderá ser complementado pelos métodos de procedimentos
técnicos comparativo, estatístico e histórico. Além da Teologia, serão considerados
conhecimentos de outras disciplinas, na medida em que se fizer necessário. O
resultado esperado desse estudo é o fortalecimento das pequenas e médias igrejas
por meio da geração contínua de líderes. A formação adequada dos líderes permitirá
que eles enfrentem os desafios inerentes às suas funções, contribuindo para a
melhoria do relacionamento na igreja, a resolução de conflitos e a promoção de um
ambiente acolhedor e participativo. A formação contínua também capacitará os líderes
a identificar e solucionar problemas que surjam na igreja. Os benefícios dessa geração
contínua de líderes incluirão a melhoria da qualidade dos relacionamentos na igreja,
a capacidade de resolver conflitos e o aprimoramento das habilidades de liderança e
gestão. Esses fatores estimularão o engajamento e a participação dos membros,
aumentando a frequência de participação e a inclusão de novos membros.
The lack of leaders in small and medium-sized churches has been a growing
concern due to the negative consequences of the sudden departure of active leaders.
To address this challenge, it is essential to establish a continuous process of
leadership development to prevent potential gaps and maintain a stable leadership
structure. The objective of this study is to identify methodologies and tools that assist
in this process, minimizing the shortage of leaders and promoting the ongoing growth
of the church. The research will adopt the Hypothetico-Deductive Method and may be
supplemented by comparative, statistical, and historical procedures as needed. In
addition to Theology, knowledge from other disciplines will be considered as
necessary. The expected outcome of this study is to strengthen small and medium-
sized churches through the continuous generation of leaders. Proper leadership
development will enable them to face the inherent challenges in their roles, contributing
to the improvement of relationships within the church, conflict resolution, and the
promotion of a welcoming and participatory environment. Continuous development will
also empower leaders to identify and address issues that arise within the church. The
benefits of this ongoing generation of leaders will include improved quality of
relationships within the church, conflict resolution capabilities, and enhanced
leadership and management skills. These factors will encourage engagement and
participation among members, leading to increased attendance and the inclusion of
new members.
Até o final de 1940 existia a teoria de que a liderança era nata, nascia com o
indivíduo e não teria como ser ensinada ou desenvolvida. De acordo com essa teoria,
era necessário que o líder aprendesse determinadas características, contudo,
somente se ele já apresentasse traços naturais para a liderança. Essa teoria,
denominada teoria dos traços, foi perdendo força à medida que os estudiosos
tentavam definir quais eram esses traços, mas não conseguiam fazê-lo de forma clara.
Foram descritos traços físicos como estatura e peso, traços intelectuais como
agressividade e entusiasmo, traços sociais como cooperação e habilidade
interpessoal, e traços de relacionamento como persistência. Apesar de todos os
estudos, não se chegava a um consenso.
Os diversos estudos feitos neste sentido não conseguiram chegar a um
consenso, uma vez que cada um propunha uma lista de traços diferentes. Isso fez
com que a teoria começasse a perder força, visto não conseguir comprovar um
conjunto de traços inerente ao líder. (SCORSIN; WANGLER, 2017, p. 21)
De 1940 até 1960, a teoria comportamental surgiu após o fracasso da teoria
dos traços, fundamentando-se no comportamento de certos líderes. Com base nesses
comportamentos específicos, a teoria comportamental afirmava que um líder poderia
ser desenvolvido. Para isso, levantavam-se as características específicas de líderes
já existentes para criar as características ideais de um líder. O importante nesta
evolução era que já se entendia que a liderança não era mais somente nata, apesar
de aceitar que isso ocorria. Mas, agora se entendia que a liderança poderia ser
desenvolvida.
Com isso, os estudiosos perceberam que o conjunto de comportamentos
inerentes a determinado líder nem sempre garante seu sucesso em todos os
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contextos. Um bom líder em determinada organização pode não ser bom em outra
empresa. (SCORSIN; WANGLER, 2017, p. 21)
Em 1960, surgiu a teoria das contingências, que vem sendo amplamente
estudada e defende que a liderança vai muito além de traços, características e
comportamentos. Nesse novo cenário, é necessário considerar o contexto em que o
líder está atuando. Escorsin afirma que a teoria das contingências vem dominando o
estudo sobre liderança nas últimas décadas e surgiu da identificação de que o
sucesso da liderança vai muito além de traços de personalidade e comportamentos.
(SCORSIN; WANGLER, 2017, p. 21)
Um líder que não considera o contexto fica obsoleto. Isso não impede que a
teoria das contingências sofra críticas, já que a crítica é necessária para o
crescimento, desenvolvimento e aprimoramento de qualquer campo de estudo ou
prática. Apesar das críticas, a teoria é acertada e produz os efeitos desejados.
A liderança pode ocorrer de duas formas básicas, sendo elas liderança formal
ou informal. A liderança formal é aquela em que se ocupa um cargo previamente
definido, com responsabilidades e definições de atividades atribuídas. Um exemplo
disso é o pastor titular, cujo estatuto define as responsabilidades e o que se espera
do líder pastor. Na liderança informal, o líder não ocupa um cargo definido ou
responsabilidade atribuída, e não lhe é exigida prestação de contas. Atualmente, essa
liderança vem sendo exercida pelos chamados influenciadores, expressão muito
comum no meio digital. Além dos líderes influenciadores, existem líderes que,
liderados por alguém, também lideram outros, até mesmo influenciando as decisões
de seus líderes superiores. Esse tipo de liderança é conhecido como líder 360º. O
líder, seja ele formal ou informal, precisa ser um influenciador.
A liderança precisa ser relacional, uma vez que envolve pessoas e precisa ser
exercida em grupo. A liderança precisa ser exercida por quem consegue influenciar e
necessita ser aceita pelo grupo.
Pode-se dizer então que na realidade ninguém é líder o tempo todo, mas pode
estar atuando ou não como líder. Todo líder, de alguma forma, é também liderado.
Todos podem ser influência e influenciadores. Para ser um influenciador, o líder
precisa ter uma relação de confiança, já que sem confiança não é possível influenciar.
Podem-se relatar cinco características para ser aceito como um líder:
integridade, competência, consistência, lealdade e abertura.
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Este texto demonstra uma submissão que, se lida de forma isolada sem
entender o propósito de ser influenciador do evangelho, parece que devem submeter-
se a ficar quietos. A liderança nada tem a ver com o ser servido, e tudo a ver com o
servir, o que se chama de liderança de serviço.
O líder deve influenciar vidas por meio de seu exemplo, muito mais do que por
palavras, precisando viver uma vida que desperte o desejo nas pessoas de se
permitirem a serem influenciadas.
salvífica, mas também pela ótica da liderança. Aqueles que são chamados a serem
influenciadores devem olhar para a vida de seu Mestre, Jesus Cristo, como o exemplo
de liderança a ser seguido e imitado. Eles devem imitar as atitudes de Jesus e
influenciar outros a fazerem o mesmo.
De acordo com Maxwell (2011), há oito lições sobre liderança que podem ser
aprendidas com Jesus Cristo. Ele afirma que a forma mais rápida de se obter liderança
é quando o foco do líder está na solução dos problemas. Quando o líder pretende
servir seus liderados, ajudando-os a resolver seus problemas, isso gera uma liderança
fundamentada no serviço e focada na vida e necessidades dos liderados.
Diferentemente de muitos líderes que esperam que as pessoas os procurem e
que de uma forma direta ou indireta buscam ser servidos por seus liderados, tornando
o acesso a eles difícil. Como segunda lição aprende-se que o líder vai até seus
liderados, vai até onde o povo está. O líder quer estar no meio de seus liderados, ele
deseja e ama estar em meio ao povo. A terceira lição aprendida é que o líder
apresenta as novas ao seu grupo de liderados. Não segura a informação para si, não
hesita em ensinar e como quarta lição não distorce a informação, apresentando de
forma verdadeira. Como quinta lição, o líder não permite que objeções e rejeições o
façam mudar suas opiniões, ou seja, não permite ser influenciado de forma distorcida
ou vencido pelo erro. Como sexta lição, o líder tem ciência de que tem o que entregar
para seus liderados e está sempre se preparando para suprir a necessidade de seu
povo. O amor é a sétima lição aprendida, o líder é movido pelo amor às pessoas e ao
desejo de servir. É fato de que o líder tem necessidades materiais, mas nunca se
motiva por suprir suas necessidades e sim em suprir a necessidade de seus liderados.
O amor deve ser e é o motivador de suas ações. Por fim, a oitava lição apresentada
é a importância de não abandonar a sua missão, sendo comprometido e resiliente
diante de quaisquer desafios que possam surgir. Líderes determinados não permitem
que adversidades ou obstáculos os impeçam de alcançar os objetivos definidos,
demonstrando uma perseverança inabalável ao longo do caminho. (MAXWELL, 2011,
p 31)
Outro líder a ser observado é o apóstolo Paulo, determinado e convicto em
seus propósitos, possuía todas as características necessárias de um líder. Estava
lutando no exército inimigo, convicto de seus propósitos e de forma eficaz exercia sua
liderança.
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Paulo tinha uma formação exemplar, alta cultura e acreditava estar servindo a
Deus. Quando Paulo teve o encontro com Jesus Cristo e entendeu lutar em trincheiras
erradas, suas características de líder permaneceram. Com o mesmo vigor e
dedicação continuou a missão de liderar e agora liderava com visão servidora, tinha
Jesus Cristo como líder influenciador.
Paulo havia investido na vida de Timóteo, Lopes (2009) relata o que Paulo fez
na formação de Timóteo. Primeiro ele identificou alguém em que iria investir seu
tempo, tinha um propósito de formar seguidores, pessoas que dariam continuidade
em sua missão. A igreja tem como propósito pregar o evangelho, formar líderes e
investir nas próximas gerações, Paulo estava exercendo a missão como igreja.
Segundo, Paulo não escolheu ninguém pronto, mas alguém que pudesse ensinar e
lapidar. Independentemente se é uma tela em branco, onde se irá inserir todo o
ensinamento ou se é uma pedra bruta onde será necessário lapidar. O fato é que
precisa formar, educar, ensinar. Após todo o ensino, havia necessidade de viver o que
se ensinava, não basta ensinar, precisa praticar e viver o ensinamento. O apóstolo
ensinou a paciência, este é o terceiro passo: viver o que se ensina.
O quarto passo é a participação, após o ensinamento e as lapidações
necessárias, é preciso permitir que o liderado participe das atividades, o que hoje
chama-se de estágio. Depois deste período, continuar acompanhando, apoiando,
trazendo novas instruções e informações, o que hoje é conhecido como mentoria. Por
fim, também é necessário transmitir o custo de ser um líder. Paulo deixou claro para
Timóteo o custo de estar liderando, este muitas vezes é muito alto e nem todos estão
dispostos a pagar, exceto se estejam firmados em Cristo.
O líder deve viver um padrão de vida comportamental superior ao de seus
seguidores, ou seja, precisa ser um exemplo digno de ser seguido. Ele não terá poder
de influência se falar, pregar, palestrar e não viver o que ensina. O líder é treinado de
forma individual. O ensinamento e a motivação para desenvolver novas lideranças
podem ocorrer em massa, mas a formação de um líder precisa ser individual e talvez
precise dar início já no discipulado. O líder deve valorizar a diversidade e garantir que
todos tenham acesso e o direito de desenvolver suas habilidades de liderança. Além
disso, é importante estar atento a quaisquer situações ou comportamentos prejudiciais
que possam comprometer o progresso ou a harmonia do grupo. É muito provável que
não exista contribuição maior de um líder do que a formação de outro líder. De nada
adiantará ter inúmeros seguidores se não houver quem dê continuidade aos
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Muitas vezes os líderes têm a falsa ideia de que devem competir com as
pessoas que estão próximas a eles, em vez de trabalhar com elas. (MAXWELL, 2007,
p. 125). Essa visão errônea de liderança, normalmente não é pensada quando se está
com crianças. Apesar da criança ser naturalmente egoísta, ela o é por uma questão
natural e por estar em desenvolvimento, cabendo principalmente aos pais serem a
influência positiva para elas. Tripp (2017), fala das mudanças que ocorrem na infância,
ele inicia explicando que o primeiro estágio do desenvolvimento, da infância à fase
pré-escolar, abrange o período do nascimento até à idade de quatro ou cinco anos.
Este período pode ser descrito com uma única palavra: mudança. Em cada aspecto
do desenvolvimento, a criança surpreende seus pais com mudanças dramáticas
(TRIPP, 2017, p. 178). Além de outras mudanças, como as físicas, por exemplo, a
mudança intelectual é igualmente surpreendente. A criança ainda pequena elabora os
significados. Ouve a linguagem e generaliza as regras gramaticais. Até seus erros
seguem as regras: “Eu pensi”, em vez de “Eu pensei”. A experiência caracteriza-se
pelo aprendizado. Sua curiosidade é visível. “Por que as portas se abrem com
dobradiças? As coisas existem, mesmo quando não estou pensando nelas? Por que
as coisas caem no chão? As pessoas podem me ver quando fecho os olhos?” A
criança aprende a conversar, contar, brincar, a ser engraçada e a ficar séria. Também,
aprende a respeito de valores — o que é importante e o que não é. (TRIPP, 2017, p.
178). O filósofo grego Platão afirmou: “Boa parte do processo de aprendizado consiste
em relembrar o que já sabemos.” (MAXWELL, 2011, p. 124)
Quando os pais e ou os professores têm a visão de formação de líderes, não
se incomodam em repetir e repetir a tal ponto que as crianças venham a aprender e
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praticar o que lhes é ensinado. O constante ensino desde a tenra idade, fará com que
no momento oportuno a criança dê início a ação de liderar. As estruturas dos lares
são a base de formação do líder.
O escritor e professor Peter Senge define o aprendizado como “um processo
que ocorre ao longo do tempo, e sempre integra o pensamento e a ação”. E vai além:
“Aprender é uma atividade altamente referencial [. . .] O aprendizado ocorre no
contexto de algo muito significativo, no momento em que o aprendiz toma a iniciativa
de agir.” (MAXWELL, 2007, p. 13)
Instruir no coração da criança não é simplesmente transferir informação de pai
para filho. É gravar a verdade no coração. Portanto, não existe uma idade específica
a se iniciar uma geração de novos líderes. Aconselha-se que isso se inicie o mais
cedo possível, assim que a criança começa a despertar sua curiosidade. Isso na
maioria das vezes deverá ocorrer na formação feita pelos próprios pais, podendo ser
auxiliados por educadores. (TRIPP, 2017, p. 14)
É importante ressaltar que a formação de líderes é um processo contínuo e que
deve ser adaptado às necessidades e desafios específicos de cada líder e de cada
equipe. Portanto, as técnicas de coaching e mentoria devem ser utilizadas de forma
flexível e personalizada, a fim de atender às necessidades únicas de cada líder e
equipe. Com isso, a liderança de serviço pode se tornar um componente, chave para
a formação de liderança na igreja, criando líderes mais capacitados e uma equipe
mais colaborativa e engajada.
O discipulado, utilizado principalmente para com as crianças e para novos
convertidos ou novos membros da pequena e média igreja, é uma ferramenta
importante no início da formação de líderes. Aqui mencionada como a primeira porta
a ser aberta, em especial para com crianças no início de seu desenvolvimento.
A liderança de serviço é uma abordagem interessante a se pensar para a
formação de líderes, especialmente na fase adulta. Esse tipo de liderança é baseado
na premissa de que a função de um líder é servir e apoiar sua equipe, em vez de
simplesmente dar ordens ou impor sua autoridade. Ao adotar essa abordagem, os
líderes conseguem inspirar suas equipes e cultivar um ambiente positivo e
colaborativo.
Já a mentoria é uma abordagem em que um líder mais experiente compartilha
seus conhecimentos e experiências com um líder em formação. Esse processo pode
ser muito valioso, pois o mentor pode oferecer conselhos práticos e ajudar o líder a
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evitar erros comuns. Além disso, a mentoria pode ajudar a criar um senso de
comunidade e apoio entre os líderes.
Para ajudar os líderes a desenvolver suas habilidades de liderança de serviço,
técnicas de coaching e mentoria podem ser muito úteis. O coaching pode ajudar o
líder a identificar seus pontos fortes e áreas que precisam ser desenvolvidas, bem
como ajudar a definir metas e objetivos específicos. O coaching também pode dar
feedback construtivo e ajudar o líder a manter o foco em seus objetivos.
De acordo com Araújo (2022) em seu livro “A Bíblia e o Desenvolvimento
Pessoal”, “Um coach é um apoiador. Ele não é um guru, nem um especialista em
resolver problemas; um autêntico profissional de coaching sabe que as soluções estão
dentro da pessoa a quem ele atende” (ARAÚJO, 2022, p. 25). Isso significa que o
coach não deve impor suas próprias ideias ou soluções, mas sim ajudar o indivíduo a
descobrir as soluções dentro de si mesmo.
Para utilizar as técnicas de coaching na formação de adultos com foco em
liderança, é importante estabelecer uma relação de confiança e respeito mútuo. O
coach deve ser um ouvinte ativo e demonstrar empatia, compreendendo as
perspectivas e desafios do indivíduo. A partir daí, o coach pode ajudar a pessoa a
identificar suas metas e objetivos, bem como os obstáculos que estão impedindo seu
progresso.
É importante ressaltar que o coach não deve dar conselhos ou soluções
prontas, mas sim ajudar o indivíduo a descobrir suas próprias soluções. Por meio de
perguntas, o coach pode ajudar a pessoa a desenvolver suas habilidades de
liderança, aprimorar sua tomada de decisão e comunicação e aperfeiçoar sua gestão
de equipes.
O coaching pode ser um recurso valioso na formação de adultos com foco em
liderança. Como afirmou Araújo (2022), “as soluções estão dentro da pessoa a quem
ele atende”. Cabe ao coach ajudar a pessoa a descobrir e desenvolver essas soluções
internas. (ARAÚJO, 2022, p. 26)
O discipulado, liderança de serviço, mentoria e técnicas de coaching podem
ser utilizados como solução para formação de líderes desde a infância. Essas
ferramentas ajudam no desenvolvimento de habilidades como orientação,
aconselhamento, resolução de problemas e tomada de decisões, contribuindo para a
formação de líderes na igreja e uma sociedade mais justa e equilibrada.
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Tripp (2017) defende que os filhos são o produto de duas coisas: Primeiro: a
influência formativa, que envolve sua composição física e sua experiência de vida.
Segundo: a orientação em direção a Deus, a qual determina como interagem com
essa experiência. Portanto, a criação de filhos inclui: o suprimento das melhores
influências formativas possíveis e o cuidadoso pastorear das reações de seus filhos
àquelas influências (TRIPP, 2017, p. 176). Com base nestas afirmações, o momento
ideal para se iniciar a formação de líderes é na criação e educação por seus pais.
O autor fala em mudança física, mudança social, mudança intelectual e
mudança espiritual. A mudança física é visível e a mais perceptível, pois envolve a
crescimento e desenvolvimento aparente da criança. A mudança social é igualmente
extrema. A primeira mudança social é com sua mãe. (TRIPP, 2017, p. 174). Com o
passar do tempo a criança se desvincula da mãe e busca a aprovação da sociedade
em sua volta, bem como cria seu próprio jeito de se comunicar com o mundo. A
mudança intelectual é igualmente surpreendente. a criança ainda pequena elabora os
significados. A surpresa na mudança intelectual desperta a curiosidade do mundo,
buscando repostas de como as coisas funcionam, período em que a criança busca o
porquê de tudo que encontra à sua frente. A mudança espiritual: esse
desenvolvimento pode ser pastoreado através do conhecimento e do amor ao
verdadeiro Deus ou pode ser ignorado (TRIPP, 2017, p. 179).
Devido às mudanças que ocorrem ao longo da vida humana, desde o
nascimento até a morte, é fundamental que a igreja inclua precocemente o tema da
liderança em seu currículo de educação religiosa, visto que a liderança está
intimamente ligada à capacidade de influência. Ainda que os líderes religiosos
busquem exercer uma boa influência espiritual sobre os fiéis, estes, no que lhe
concerne, também podem exercer uma influência positiva sobre os líderes, ajudando-
os a seguir os preceitos de Jesus. (DEVER, 2016, p. 19)
A inclusão de temas de liderança em todos os departamentos ou ministérios
educacionais da igreja, independentemente da idade de seus participantes, pode ser
altamente benéfica. Além disso, a igreja pode aproveitar as pregações para destacar
a importância da liderança e como ela pode ser aplicada na vida cristã.
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e resolução de conflitos. Dessa forma, seja qual for o estilo adotado, a formação de
líderes deve ser uma prioridade constante, para que as igrejas e comunidades possam
crescer e se desenvolver de forma sustentável e saudável.
oferecem orientação valiosa para aqueles que desejam adotar essa abordagem de
liderança, enfatizando a importância de liderar pelo exemplo, colocando as
necessidades dos outros em primeiro lugar e capacitando-os a alcançar seus
objetivos. Ao adotar a liderança de serviço, os líderes religiosos podem ajudar a
promover uma cultura de apoio e encorajamento dentro de sua comunidade.
Fortalecer a confiança e o respeito mútuos e ajudar a promover o crescimento e o
sucesso para todos os membros da comunidade religiosa ou igreja. Como afirma
Maxwell (2007): “Os líderes de serviço, que usam sua posição para servir, inspiram a
confiança dos liderados, que os seguem com dedicação”. (MAXWELL, 2007, p. 28)
Com base em algumas das métricas comuns usadas para avaliar o tamanho
de uma igreja, e simplesmente para efeito de estudo, será usado como referência, um
número de até 100 membros para uma pequena igreja. Geralmente, uma pequena
igreja é liderada por um único pastor, mas pode ter um pastor de jovens adicional para
liderar ministérios específicos. Já, uma igreja com um número de membros entre 101
e 300 poderá ser considerada uma igreja média. Uma igreja média poderá ter dois
pastores, além de pastores ministeriais para liderar ministérios específicos. A partir
desses números, uma igreja com mais de 300 membros pode ser considerada uma
grande igreja.
No entanto, é importante lembrar que o tamanho de uma igreja não é
necessariamente uma medida da qualidade do ministério ou da eficácia da igreja em
alcançar sua comunidade. O tamanho pode variar amplamente de uma denominação
para outra e de uma região para outra. Além disso, cada igreja tem sua própria
dinâmica e estrutura, independentemente do número de membros que possui.
As obras de Maxwell (2011), Phillips (2008), (Piper; Carson, 2011) e Spurgeon
(2011) apresentam uma visão clara e consistente sobre a importância de focar na
geração de novos líderes. Segundo Maxwell em “A arte de formar líderes”, um líder
não deve se preocupar apenas em liderar, mas também em desenvolver as
habilidades e competências dos seus colaboradores para que eles se tornem líderes
em potencial. Ele defende que o verdadeiro sucesso de um líder é medido pela
capacidade de formar outros líderes. (MAXWELL, 2011, p. 240)
O programa de mentoria consiste em líderes experientes orientando e
treinando líderes em potencial, de forma individualizada. Dessa forma, é possível
transmitir conhecimentos, habilidades e valores importantes para o exercício do
ministério e para o desenvolvimento pessoal e espiritual do líder em formação. Além
disso, a mentoria permite que o líder em formação tenha um modelo a seguir e um
guia para tirar dúvidas e buscar orientação.
O discipulado também é uma forma eficiente de formação de líderes. O
discipulado é um processo de ensino e orientação espiritual, que visa formar
discípulos de Jesus Cristo. No discipulado, o líder experiente orienta o líder em
formação em questões espirituais, como leitura e estudo da Bíblia, oração e vida
devocional.
Phillips (2008) em “A formação de um discípulo” destaca a importância da
formação de discípulos, que são pessoas que seguem e aprendem com um líder para
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se tornarem líderes também. Ele ressalta que essa é uma tarefa fundamental da igreja
e que um discipulado bem-sucedido resulta na formação de líderes capazes de liderar
com integridade e amor. (PHILLIPS, 2008, p. 167)
A liderança de serviço é outra estratégia importante para formação de líderes.
A liderança de serviço consiste em liderar pelo exemplo, ou seja, demonstrando
humildade, amor e serviço aos outros. É importante que os líderes em formação
entendam que liderança não é apenas sobre autoridade e poder, mas também sobre
servir e ajudar os outros.
As técnicas de coach, que podem ser encontradas na obra “A Bíblia e a gestão
de pessoas”, também podem ser úteis na formação de líderes. O coach é um
profissional que ajuda a desenvolver habilidades e competências de uma pessoa, por
meio de um processo estruturado de conversas e orientações. As técnicas de coach
podem ajudar os líderes em formação a identificar suas habilidades e pontos fracos,
bem como a desenvolver competências essenciais para o exercício da liderança.
(ARAÚJO, 2016, p. 80)
Já em “As marcas de um líder espiritual”, Piper (2022) enfatiza a importância
de um líder ser um exemplo a ser seguido pelos seus liderados. Ele destaca a
importância de um líder ter uma vida piedosa, centrada em Deus e voltada para o
serviço ao próximo. Segundo Piper, um líder espiritual é aquele que gera novos
líderes, capacitando e encorajando as pessoas a se desenvolverem em suas
habilidades e talentos. (PIPER, 2022, p. 33)
Spurgeon (2011) em “O chamado para o ministério” destaca a importância da
formação de novos líderes na igreja. Ele destaca que o ministério é uma tarefa que
exige liderança e que é responsabilidade dos líderes capacitarem e equiparem outros
líderes para que a igreja possa crescer e se desenvolver. (SPURGEON, 2011, p. 32)
É importante criar oportunidades para que líderes em formação possam
exercer suas habilidades e dons na prática. É importante que a igreja crie espaços
para que esses líderes possam liderar ministérios e projetos, com o apoio e a
orientação de líderes experientes. Isso ajudará a desenvolver a confiança, a
experiência e as habilidades necessárias para o exercício do ministério.
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e
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Efésios 4.11-13 nos mostra que Deus concedeu diferentes dons e ministérios
para edificação do corpo de Cristo. E um dos propósitos desses dons e ministérios é
o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do serviço. Isso significa que os
líderes devem investir na formação de novos líderes, para que eles possam exercer
seus dons e ministérios e contribuir para o crescimento e a edificação da igreja.
Outra passagem que nos incentiva a focar na geração de novos líderes é “E o
que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (BÍBLIA NVI, 2011, 2 Timóteo
2: 2). Essa passagem mostra a importância de transmitir conhecimento e experiência
para outras pessoas, para que elas possam se tornar líderes capacitados e instruir
outros.
É importante destacar que investir na geração de novos líderes não é apenas
uma necessidade, mas também uma oportunidade para as pequenas e médias
igrejas. Ao formar líderes capacitados, a igreja pode expandir seu ministério e alcançar
mais pessoas com a mensagem do evangelho.
Ao formar novos líderes, a igreja está seguindo o exemplo de Jesus, que
dedicou grande parte de seu ministério à formação de discípulos. Jesus disse:
“Senhores, concedei aos vossos servos o que é justo e equitativo, sabendo que
também tendes um Senhor no céu”. Isso significa que os líderes devem tratar seus
liderados com respeito e justiça, independentemente de seu status na empresa ou
posição na hierarquia.
A Bíblia oferece valiosos ensinamentos sobre a gestão de pessoas e liderança.
Através de suas histórias e conselhos, podemos aprender a importância de liderar
pelo exemplo, servir aos outros, lidar com conflitos de forma justa, dar feedbacks
honestos e tratar todos com igualdade e respeito. Esses princípios são atemporais e
podem ser aplicados em qualquer contexto, seja em uma empresa, organização sem
fins lucrativos ou até mesmo na vida pessoal.
É importante destacar que a aplicação desses ensinamentos não é uma
fórmula mágica para o sucesso. A gestão de pessoas é uma tarefa complexa e
desafiadora, que exige habilidades como empatia, comunicação, tomada de decisão
e resolução de conflitos. No entanto, a Bíblia oferece uma base sólida de princípios
éticos e morais que podem guiar os líderes em sua jornada de liderança.
A liderança de serviço é uma abordagem que tem sido cada vez mais
valorizada em diversos contextos, principalmente no âmbito religioso. De acordo com
Piper e Carson (2011), um líder espiritual que deseja aplicar a liderança de serviço
em seu ministério precisa estar disposto a renunciar a sua própria vontade e ego em
favor dos membros de sua equipe. Isso significa que o líder deve estar pronto para
ouvir as opiniões e sugestões dos outros, encorajando o diálogo e a participação ativa
de todos. (PIPER; CARSON, 2011, p. 67)
Uma estratégia importante para a aplicação da liderança de serviço é a
valorização do trabalho em equipe. Conforme Spurgeon (2011), o líder deve entender
que ele não é o único responsável pelo sucesso do ministério ou projeto em questão,
e deve buscar envolver e capacitar os membros de sua equipe para que todos possam
contribuir de forma efetiva. (SPURGEON, 2011, p. 23)
Outra estratégia fundamental é a prática da empatia. Segundo Tripp (2017), um
líder que deseja liderar com base no serviço deve ser capaz de se colocar no lugar
dos membros de sua equipe, compreendendo suas dificuldades, limitações e
desafios. Isso não apenas ajuda a construir uma relação de confiança entre o líder e
a equipe, mas também permite que o líder tome decisões mais assertivas e alinhadas
com as necessidades do grupo. (TRIPP, 2017, p. 126)
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BÍBLIA NVI. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional,
2011.
BÍBLIA DA LIDERANÇA CRISTÃ - RA: com notas e artigos de John C. Maxwell.
Barueri - SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. 1344 p.
DEVER, Mak. Discipulado: Como Ajudar outras pessoas a seguir Jesus. [S.l.]:
Edições Vida Nova, 2016. 144 p.
LOPES, Hernandes Dias. Paulo - o maior líder do cristianismo. [S.l.]: Hagnos, 2009.
v. 3. 152 p.
TRIPP, Ted. Pastoreando o coração da criança. 2. ed. São José dos Campos - PR:
Fiel, 2017. 288 p.