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Como identificar uma crise emocional

A importância de identificar uma crise


emocional, está relacionado a segurança do
analisando, das pessoas ao seu redor e do
analista. Fazendo essa identificação, o analista
terá a possibilidade de lidar com a crise de
maneira adequada.

As crises emocionais têm características


que podem variar entre pessoas. Algumas vão
demonstrar expressões mais exageradas, já
outras vão aparentar estarem calmas, mas
também estarão em surto. Mas uma
característica que toda crise vai apresentar são
respostas exageradas a estímulos. Essas
respostas exageradas podem vir com
expressões estravagantes ou em formato de
silencio.
Para identificar uma desordem emocional,
vamos observar as características e
contextualizá-las.

Características:

• Expressões exageradas
• Respostas exagerada aos estímulos
• Incoerência entre o fato e a resposta
• Ausência de resposta física ou verbal ao
estímulo
• Respostas verbais sempre com
possibilidades catastróficas.
• Confusão mental
• Obsessão
• Paranoia
• Fobia
• Impulsividade
• Angústia
• Tristeza profunda
• Ausência de sentido na vida
acompanhado de pensamentos
suicidas.
• Resposta agressiva

Essas características não serão avaliadas fora


de contexto para definirmos um surto, mas é
importante considerar como um surto quando
alguma dessas características aparecerem nas
análises por precaução.

Análises preliminares

Essas crises de modo geral vão aparecer


nas análises preliminares, mas não é incomum
que apareçam períodos após as análises
preliminares. Quando a análise já tiver um
tempo e a crise aparecer, o analista vai precisar
retornar e considerar a sessão correspondente
como uma sessão de análise preliminar e
aplicar as técnicas, mas antes de entramos nas
técnicas, vbamos entender melhor a estrutura
do setting analítico.

Alguns autores da psicanálise consideram


uma divisão do processo em três etapas. São
elas:

Análises preliminares: Essas são análises


que Freud chamava de análise de ensaio.
Nessa fase vamos realizar as avaliações para
compreender quais os caminhos vamos seguir
dentro do processo de análise e será nessa
etapa do processo que o analista vai se
deparar com a crise e terá pouco tempo para
realizar avaliações e iniciara as intervenções
preliminares.

Análise propriamente dito: nessa fase o


paciente já tem uma transferência bem
estabelecida e já consegue associar livremente
e aqui o analista começa a identificar a
estrutura da psicopatologia do paciente e inicia
as intervenções pontuais.
Processo de finalização: aqui é quando a
análise começa a se encaminhar para o fim. O
paciente já se encontra em estado favorável e
o analista começa a avaliar para a finalização.

Essas três etapas não são fixas, isso


porque em determinada situação, o paciente
pode entrar em estado de crise na segunda ou
terceira fase, isso fara com que o analista tenha
que se reorganizar. Caso ocorra na segunda
fase, o analista vai considerar a sessão onde
ocorreu a crise como uma análise preliminar e
vai iniciar intervenções para reduzir o nível da
crise, mas caso ocorra no terceiro tempo, o
analista também vai considerar dessa forma,
porém é um indicativo de que o processo não
foi suficientemente adequado, e o analista
precisará rever o processo e retornar com o
paciente para a segunda fase após fazer as
intervenções para redução da crise.

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