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Sumário
Introdução........................................................... 5
CAPÍTULO I-Primeiro tempo.................................. 9
Diagnóstico estrutural..................................... 10
Neurose: ..................................................... 12
Psicose:....................................................... 13
Diferença das estruturas na adolescência ........... 17
Uso da ferramenta .......................................... 19
CAPÍTULO ll-Segundo tempo ............................... 21
Transferência .................................................. 23
CAPÍTULO lll-Terceiro tempo .............................. 24
CAPÍTULO IV- ...................................................... 27
Algumas dicas de como estimular pacientes que
não falam ........................................................... 27
Como lidar com a atuação: ............................. 27
Analisando quem tem dificuldade de falar ...... 29
Paciente que só responde de forma direta ...... 30
Pacientes com instabilidade emocional ........... 31
Pacientes que tendem a fazer da análise uma
conversa informal ........................................... 33
As perguntas como proposta de intervenção .. 34
Tipos de resistência ........................................ 36
Silêncio nas sessões ........................................ 40
As quatro tentações do analista ...................... 48
Posição de aliado ............................................ 51
Posição de moralista ....................................... 51
Comunicação não verbal no setting ................ 53
Introdução
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criar uma ferramenta dividida em cinco
partes que atendam todas as etapas do
processo de análise, desde as análises
preliminares até as intervenções.
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necessário. Exemplo: no primeiro tempo, o
paciente fala bem, mas quando chega ao
segundo tempo ele começa a apresentar
dificuldades para falar, então, o analista
começa a usar o recurso do segundo tempo
em diante, o material que corresponde ao
segundo tempo.
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Segundo tempo: desenvolvimento, neste
tempo, serão marcados pontos, elaboradas
boas perguntas pontuais, dissolvendo
verdades e avalizando a hipótese, no
sentido ou de legitimar ou de abandoná-la.
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CAPÍTULO I-Primeiro tempo
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pois é uma estrutura que lida melhor com a
realidade e faz associações melhores. Já o
psicótico tem características mais instáveis
e, por conta disso, está mais propenso a
desenvolver comportamentos mais nocivos
a si mesmo, em relação ao estímulo
externo. Nesse caso, o processo é feito de
forma mais indireta e menos incisiva.
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Como é feito o diagnóstico
estrutural?
Neurose:
• comportamento estável;
• lida bem com a realidade;
• emocionalmente estável;
• faz associações bem elaboradas;
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• mantém um padrão de
comportamento relativamente
padronizado;
• gerencia bem suas emoções
dividindo sua energia libidinal em
diversas atividades;
• o senso de realidade é mais bem
fundamentado por se tratar de um
ego mais estruturado.
Psicose:
• apresenta comportamento
impulsivo;
• instabilidade emocional;
• comportamento pouco padronizado;
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• não cria boas articulações
linguísticas;
• não gerencia bem as suas emoções,
colocando quase tudo de si em um
só lugar;
• o senso de realidade fica
comprometido, porque o ego é mais
fraco e o id exerce uma força maior,
então há de se esperar um paciente
que viva mais pelo princípio do
prazer.
Neurose fobia
Neurose histérica
Neurose obsessiva
Psicose:
Melancolia
Esquizofrenia
Paranoia
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Obs.: as estruturas clínicas não devem ser
entendidas como algo imutável, mas sim
como um parâmetro inicial.
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deverão ser considerados na distinção
entre neurose e psicose. O 1 e 3 são
características comuns em adolescentes,
com psicose e neurose, logo, se irá
desconsiderar essas duas características
com adolescentes e se dará ênfase em
outras características. Como se pode
observar, o diagnóstico estrutural ficará um
pouco mais raso em relação ao diagnóstico
com adultos.
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Uso da ferramenta
São perguntas e intervenções
direcionadas para a identificação das
características apresentadas pela estrutura
psicótica, isso porque as características da
psicose são opostas às características da
neurose, com isso se as características não
se encaixarem na psicose, deduz-se que se
trata de uma neurose.
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Aquilo que está fora não se inclui.
3- Subestruturas
4- Características da estrutura
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CAPÍTULO ll-Segundo tempo
Associação livre
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É interessante que o analista realize
as perguntas gerais de forma integral para
compreender bem a estrutura dos
sintomas, através de padrões de
comportamento ou processo de repetição,
identificação de mecanismos de defesa,
variação discursiva, identificação de lapsos
de memória, incoerências no discurso, atos
falhos. Após isso, o analista terá uma
hipótese sobre as possíveis causas dos
sintomas, então para fortalecer essa
hipótese, o analista utilizará as perguntas
segmentadas, ele selecionará sem que o
paciente saiba as perguntas que fazem
mais sentido com as possíveis causas dos
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sintomas com intuito de gerar reflexão e
fortalecer as hipóteses para a parte final do
processo. Não há a necessidade de fazer
todas as perguntas, somente aquelas que
fazem parte da padronização do paciente,
aqueles aspectos que o analista julgar
pertinente para o processo.
Transferência
O material sobre transferência
envolve perguntas que são iguais para o
analista e o paciente responderem,
parecem perguntas sobre curiosidade, mas
são segmentadas para que o analista
possa identificar qual a posição que o
paciente o coloca, e com isso ele terá uma
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ferramenta a mais para compreender os
padrões de repetição comportamentais do
paciente. São duas perguntas de cada
tema, o analista irá segurar metade e o
paciente segurará a outra metade e sem
que ambos vejam quais são as perguntas
um do outro, irão tirar uma por uma e
respondê-las.
Intervenções clínicas
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perguntas. É recomendável que seja
aplicado a pacientes que saibam ler.
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CAPÍTULO IV-
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a atuação já esteja no processo, o analista
precisará ter um olhar crítico em relação a
essa suposta melhora e manter esse
mesmo olhar sobre a lógica impregnada em
tudo. Dessa forma, a resposta do analista
para a atuação não será recíproca e o
analisando sentirá essa ausência de
resposta e a atuação tenderá a diminuir e,
então, começará a análise de fato, pois
esse processo transferencial de atuação é
desfavorável, com este o analista não
consegue dar sequência por se tratar de
uma modalidade de resistência. É bem
comum, nesses casos nos quais a atuação
é dissipada, o analisando experimentar
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uma frustração, pois as questões que a
atuação visava sublimar agora estarão
expostas para serem trabalhadas.
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Paciente que só responde de forma direta
Alguns analisandos respondem apenas
usando: sim, não, bem, mal, não sei. Nessa
situação, o analista pode adotar uma
postura mais antecipada. Exemplo: como
foi sua semana? Bem! E o que é estar
bem? Qual a diferença entre estar bem e
estar mal? O analisando responde que foi
normal. O que é normal e anormal? Como
você reage a situações normais? Dessa
forma, será menos provável que o
analisando manterá essa postura tão
direta.
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Pacientes com instabilidade emocional
Esses pacientes podem apresentar
algumas alterações de humor de forma
brusca e isso pode ser muito desagradável,
tanto para o analista quanto para o
analisando, por isso se adotará um método
no qual são geradas perguntas que ele
identifique de forma positiva e perguntas
mais longas e detalhadas. Exemplo: a
pergunta comum seria: por que você tem
medo de perder sua esposa? A proposta
aqui será: quando uma pessoa termina seu
relacionamento e fica triste, antes desse
relacionamento ela era feliz e agora não
será mais. Com o que você acredita que
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esse relacionamento esteja ligado para
gerar esse efeito na pessoa? Observem
que aqui a pergunta foi direcionada a um
terceiro e o fato de não ser uma pergunta
direta para o analisando já reduz, e muito,
a probabilidade de um surto. Outro fato de
a pergunta não ser curta e direta é que abre
margem para o analisando gerar sua
própria interpretação e, com isso, o analista
poderá avaliar o comportamento do
analisando. O analisando ficará um pouco
confuso com a pergunta e dirá: “você está
querendo dizer isso?” Se o analisando
disser de uma forma calma, o analista pode
confirmar, mas se ele estiver alterado o
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analista tem a possibilidade de dizer: Não
foi isso que eu quis perguntar e, então, o
analista reformula sua pergunta.
Como já observado, a
contratransferência indireta possibilita ao
analista criar hipóteses sobre a possível
causa do sintoma, logo, as perguntas serão
geradas baseadas nessa hipótese. Não é
possível que o analista não crie nenhuma
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hipótese, pois ele é um sujeito social e, com
isso, fica inevitável, mas a diferença é que
ele terá a certeza de que essa hipótese não
representa a verdade do paciente e sim e a
sua.
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Tipos de resistência
Saber identificar as resistências é
um fator essencial ao processo clínico
psicanalítico, dessa forma o analista
conseguirá visualizar quando ocorrerem
processos que estejam diretamente
relacionados aos processos de alienação.
No texto teoria das neuroses de Fenichel,
ele descreve alguns tipos de resistência,
sendo essas:
1- Esquecimentos.
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4- Focar no presente.
Conceitualmente, a resistência é um
mecanismo psíquico que atua para que o
sujeito não sofra com conteúdo danosos e
por mais que sua origem seja inconsciente,
essas resistências se manifestam de forma
consciente, dificultando o processo de
análise. Para dar sequência ao processo de
análise, o analista terá que identificar,
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“compreender” e quebrar essas
resistências.
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Nessa perspectiva, o analista
entenderia as resistências citadas apenas
como conceitos e usaria para relacionar,
contextualizar suas propostas de
intervenção.
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interesse por parte do adolescente em
realizar o processo de análise e isso pode
gerar aquelas respostas indesejadas do
tipo sim, não e talvez.
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Como visto, existem diferentes
formas de silêncio e, com isso, existem
diferentes formas de lidar com cada uma
dessas. O primeiro passo é realizar uma
identificação de qual tipo de silêncio seu
analisando faz. O silêncio diz muito, mas
essa frase não deve ser usada para
legitimar um comportamento passivo do
analista em relação ao silêncio, o analista
precisa ter técnica para lidar com essa
situação dentro do processo de análise.
Serão analisados caso a caso:
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identificar coisas que o analisando antes
gostava e agora não gosta mais, assim será
possível que o analisando expresse
resquícios de sentimentos relacionados
com aquilo que antes ele gostava.
Teoricamente, dentro da psicanálise a
depressão seria o mesmo que a
incapacidade do ego de direcionar a
energia libidinal para algum ponto, logo
essa energia libidinal estaria canalizada ou
reprimida e, com essa técnica pode ser
possível que o analista traga resquícios ou
melhor gere ligação intrapsíquica no
analisando.
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5- Mesmo realizando todo o processo de
manejo transferencial, o analisando ainda
transfere para o analista um sentimento
que torna inviável o processo e, dessa
forma, caberá ao analista se posicionar de
forma ética e encaminhar o analisando a
outro analista, pois dessa forma o
analisando não perde seu dinheiro, seu
tempo com algo que não gerará progresso.
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As quatro tentações do analista
O psicanalista, apesar de estar
embasado em sua prática por teorias e
suas próprias análises, ainda é um ser
humano e como todo ser humano não está
isento de suas características subjetivas, e
com isso é natural, principalmente, em
analistas iniciantes, a tendência a deixar as
suas características pessoais interferirem
nas análises. Isso está relacionado com a
identificação que gera a
contratransferência que, por sua vez, pode
ser originária da ausência de análises ou
mesmo análises que se pode dizer não
terem sido bem conduzidas ao psicanalista
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no momento em que era aspirante a
psicanalista.
1 - Posição de professor
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possibilidade de aparecer um resultado
negativo.
*Dar direcionamentos
2- Posição de salvador
Posição de aliado
Nessa posição, o analista se
identifica com alguma coisa trazida pelo
analisando e gera a contratransferência e,
então, se inicia uma relação isenta de
neutralidade por parte do analista, o que
acarreta a ineficácia da análise,
transformando-a em uma conversa
informal, que é algo muito improdutivo para
o processo.
Posição de moralista
Aqui se depara com uma posição, na
qual o analista se identifica com algo e essa
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identificação gera no analista
comportamentos que reprimem o
analisando e isso faz com que essa
repressão dificulte ainda mais o processo
de análise, que por si só, já enfrenta uma
série de dificuldades.
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Comunicação não verbal no setting
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A fundamentação da linguagem não
verbal dentro da prática psicanalítica
remete para a vertente lacaniana, em que
aquilo que se repete se organiza como um
ganho secundário do sintoma, o gozo e ao
que se chama de psicossomatismo. O
psicossomático, dentro da psicanálise, vem
de um processo de desenvolvimento que
antecede o surgimento do eu, algo que
inicialmente está relacionado a não
percepção de si mesmo. Em Freud se
pensa nas fases do desenvolvimento da
libido em que a energia libidinal dá sentido
para diferentes partes do corpo, já em
Lacan se pensa no desenvolvimento que
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surge através do desejo do outro, que
nomeia os objetos e propicia sentido para
minha própria existência.
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