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ESTUDO DE CASO: COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO

As novas mídias transformaram a comunicação de diversas maneiras.


Os consumidores tornaram-se mais conectados, ativos e atuantes, produzindo
seus próprios conteúdos, ganhando voz, e exigindo das instituições valores
ambientais, sociais e humanos. Para as marcas, não basta somente
comunicar, é preciso gerar valor, conquistar e construir relacionamentos
profundos, com criatividade e diferenciação. Inovar, então, tornou-se fator não
só de diferencial competitivo como de sobrevivência para as organizações no
mundo globalizado.
O primeiro passo para inovar é entender o mercado e o consumidor. As
marcas precisam olhar para o contexto onde atuam e pergunta em que podem
ser diferentes. Para tanto, podem recorrer a pesquisas de mercado,
benchmarking, análise SWOT etc. Igualmente, para impactar público é preciso
se colocar no lugar dele. Umas das estratégias é recorrer ao Design Thinking.
Essa abordagem implica entender os hábitos, preferências e necessidades do
consumidor; estimular o pensamento criativo e a atuação sinérgica das
diversas equipes de trabalho; testar continuamente a efetividade das
mensagens, canais e estratégias adotadas e implementar as ideias mais
eficazes.
Pode-se recorrer também à produção de conteúdo colaborativo com o
público, aumentando a pluralidade de fontes e estimulando a cultura
participativa. Como exemplo dessas estratégias citam-se enquetes virtuais,
concursos culturais, sugestão de pauta, publicação de conteúdo produzido pelo
usuário nas mídias sociais, artigos colaborativos em plataformas Wiki, fóruns
de discussão, incentivo à cultura do remix e da fanfic, a adoção de
moderadores e curadores de conteúdo em comunidades virtuais e mídias
sociais. A interatividade e a participação possibilitada pelas instituições
empodera o consumidor e gera engajamento para as suas redes, fortalecendo
sua imagem.
Outra estratégia é oferecer uma experiência mais intimista, cativante e
personalizada de comunicação ao espectador. Uma dessas possibilidades é
por meio do storytelling. As histórias contadas nas diversas mídias de uma
organização, conseguem, com mais facilidade, capturar a atenção do leitor,
facilitar a aceitação de mensagens da marca, transmitir credibilidade, e
influenciar comportamentos de consumo. Outra ferramenta é o marketing de
conteúdo. Assim, ao promover informação de valor em por meio de blogs, e-
books, artigos, tutoriais, webinários, games, as organizações constroem um
relacionamento mais profundo com o público, bem como promovem sua
autoridade de marca, facilitando uma conversão futura. É possível ainda adotar
uma estratégia integrada de comunicação, direcionando informações de acordo
com as especificidades de cada mídia, integrando formatos tradicionais (mídia
impressa, televisa e radiofônica) com gêneros emergentes (publicidade viral,
adwords, advergames, new feed ads, marketing de influência etc.) em uma
concepção omnichannel, impactando diferentes públicos.
Não há existe receita mágica para a inovação. Deve-se atentar ao
mercado e ao consumidor, entendendo suas demandas e oferecendo soluções
inéditas, oportunas e efetivas. Para sobreviver no mundo globalizado e
conectado, as marcas precisam fazer da organização um ambiente inovador
por meio do planejamento estratégico, manutenção de equipes sinérgicas,
diversificadas e articulas e estímulo constante da criatividade.

BIBLIOGRAFIA

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