Há bons motivos para distinguirmos um segundo período de desenvolvimento e avanço
industrial. Nos anos 1870-1914 se caracterizar um por um pronunciado aumento das rivalidades econômicas internacionais culminando numa corrida por territórios imperiais na África e na Ásia. A Grã Bretanha, se não chegou verdadeiramente a abrir mão de sua dianteira industrial nesse período, deixou de enfrentar com sucesso real os enérgicos resolutos desafio da Alemanha e dos Estados Unidos a sua vantagem cada vez menor. Novas tecnologias, sobretudo nos Campos da metalurgia, da química e da eletricidade resultaram em novos produtos. Melhores padrões de vida provocaram uma maior demanda, que por sua vez, aumentou o volume de produção. E a necessidade de maior produção exigiu uma significativa reorganização econômica, de modo a proporcionar uma oferta mais livre de capital e assegurar uma força de trabalho mais eficiente final são essas mudanças que distinguem a segunda etapa da industrialização da primeira e, por conseguinte, justificam que ela seja tratada em separado. Ao analisarmos o progresso da industrialização examinaremos mudanças em 3 áreas principais: na tecnologia no âmbito e na escala de produção e na reorganização do sistema capitalista.
Novas tecnologias
Produção em massa de aço: as vantagens do aço sobre o ferro são a dureza a
maleabilidade e a resistência. 2 invenções, durante os primeiros anos da revolução industrial, haviam reduzido o preço do aço e aumentado sua produção. A técnica do cadinho, descoberta na Inglaterra no século 18. E a pudlagem (puddling), Que embora não produzissem um aço tão duro quanto o obtido em cadinhos, reduzir o preço consideravelmente. Entretanto, só com a invenção dos processos de Bessemer e Siemens-Martin, foi que o aço começou a competir com ferro. Um segundo avanço tecnológico, igualmente importante teve como consequência a disponibilidade de força elétrica para fins industriais, comerciais e domésticos .: A eletricidade poderia ser transmitida a longas distâncias e facilmente convertidas em outras formas de energia. Embora a eletricidade já fosse conhecida desde antes da primeira revolução industrial, suas vantagens não poderiam ser aproveitadas em uma série de progressos ocorridos durante o século 19. Alguns dos mais importantes foram: a pilha química, a indução eletromagnética, do gerador eletromagnético e alternadores e transformadores capazes de produzir corrente alternada de alta voltagem. Essas invenções fizeram com que ao fim do século fosse possível transmitir corrente elétrica à distância relativamente longas a partir de grandes usinas elétricas. assim que chegar ao seu destino a força era convertida e utilizada de mil formas. logo os domicílios se tornaram um princípio consumidores de força elétrica as habitações foram preparadas para receber a força que havia de ser transformado em luz, a demanda de eletricidade Resultou numa maior expansão da indústria elétrica.Também na área industrial aumentavam a demanda de força elétrica. Os motores elétricos em breve em breve passariam movimentar metrô, linhas de bonde e, por fim, ferrovias. A mais importante versão nessa área foi a turbina a vapor, que permitiu as máquinas a vapor funcionar a velocidade até então inatigidadas. Também os motores de combustão interna aparecerão nesse período. Sua maior vantagem estava na eficiência: Podiam ser acionados automaticamente e não precisavam ser alimentados de combustão à mão, como as máquinas a vapor. Assim que surgiram os combustíveis líquidos como o petróleo e a gasolina e, sobretudo, depois que se tornaram mais comuns, com a descoberta de Campos petrolíferos na Rússia, em bar Neo e no Texas por volta de 1900 os motores de combustão interna passaram a competir seriamente com a máquina a vapor. A eletricidade possuir todo o desenvolvimento de novas técnicas na indústria metalurgica e química. A indústria química progrediu significativamente devido aos avanços na produção de álcalis e compostos orgânicos.
Mudança de âmbito de escala
O aumento na escala da produção teve consequências importantes e muitas vezes
perturbadoras para os trabalhadores. A mais óbvia foi a necessidade que tiveram homens e mulheres de reaprender seus ofícios. Eram obrigados a adaptar seus antigos conhecimento às máquinas novas. O resultado dessa busca da eficiência foi a reestruturação das escalas salariais. Antes desse período embora tivesse ocorrido sérias disputas por salário tanto o empresário como os trabalhadores pareciam satisfazer-se Com discutir remuneração com base na ideia tradicional de “um salário diário justo por um trabalho diário justo,”.Entretanto, a partir de 1870 aproximadamente, as expectativas e os procedimentos começaram a muda. Depressões econômicas periódicas, no último quarto do século 19, levaram os lucros a cair em relação aos salários, o que fez com que os empregadores insistissem numa maior produtividade individual por parte dos seus empregados. O mais famoso teórico da eficiência do trabalho e do que se chamava “administração científica do trabalho’ foi o norte-americano Frederick W. Taylor. Taylor criou um sistema de Três Passos pelo qual a produção do trabalho poderia ser medida cientificamente. Para incentivar os trabalhadores a aceitarem as normas que eram invariavelmente mais elevadas do que havia prevalecido segundo as condições tradicionais de trabalho Taylor recomendava a todos os industriais que adotassem a remuneração por tarefa (isto é, pagamento segundo a quantidade específica produzida ) Ao invés de salários horários ou diários. Entretanto ao juiz é dito que sua remuneração não aumentaria a menos que cumprissem normas predeterminadas – e em sua opinião, e reais- rebelavam se. Argumentavam que os pagamentos eram fixados de acordo com o desempenho dos trabalhadores mais rápidos. Mesmo quando os trabalhadores ganhavam mais por concordarem com os novos índices, já sentiam-se contra a intromissão da administração fabril no ritmo de sua vida. Tais reformas não foram mais que o reflexo da busca geral de maior eficiência. Foram causadas pelo vasto aumento da escala de produção pela necessidade de reduzir os desperdícios que sempre que possível E pelo desejo de extrair lucros máximos a partir da eliminação de movimentos desnecessários e de hábitos improdutivos.
Novo capitalismo
Reagindo a ampliação do âmbito de produção E as consequentes pressões no sentido de
maior eficiência as instituições do capitalismo começaram a se organizar nos fins do século XIX. Até então, a maioria das firmas eram pequenas ou no máximo medianas; Agora a medida que as companhias cresciam e sua necessidade de capital aumentava, começaram a fundir-se. Surgiu assim uma classe de acionistas produzida pela predisposição dos governos de encorajar o capitalismo através de leis incentivadoras a fim de atender a demanda crescente. Mais e mais companhia incorporavam- se. O processo sua direção tende AA afastar-se do controle direto da família as que havia fundado ou de suas diretorias originais.
Organização vertical a organização empresarial em grande escala facilitou a
disseminação da unificação industrial do. Algumas indústrias- como, por exemplo, a do aço- combinavam se verticalmente. Para assegurar a produção ininterrupta as companhias siderúrgicas compravam minas de carvão e de ferro. Assim procederem, garantiam o abastecimento de matérias- primas a preços atraentes. Com frequência as mesmas companhias de aço adquiriram o controle de empresas fabricantes de produtos de aço como Estaleiros navais e fábricas de material ferroviário. Agora, pois, de boa não só disponho de um estoque de matérias-primas, mas também de um mercado para seus produtos acabados- chapas de aço, trilhas qualquer coisa. Tal integração vertical só era possível por existir dinheiro para investimento através de instituições financeiras.
Organizações horizontais: uma segunda forma de organização empresarial era a
formação horizontal- o cartel, ou combinações de companhias que produziram o mesmo tipo de mercadoria, que se reuniam com o propósito de controlar, e não eliminar, a concorrência. Como seus produtos eram idênticos podiam cobrar preço idêntico. As companhias envolvidas na produção de carvão e de aço eram especialmente adequadas à organização de cartéis devido aos custos de capitalização inicial. Os cartéis eram particularmente Fortes na Alemanha; Tinham, porém, menos força na França. Na Grã Bretanha, embora se formasse alguns cartéis, a fidelidade e a política de livre comércio fazia com que fosse difícil as companhias manterem preços fixos. Crítico dos cartéis eram veemente os Estados Unidos, onde os chamados capitães de indústrias e sobretudo financista J. P. Morgan eram apontados como a nova estirpe de barões feudais. Em 1890 o Congresso aprovou a lei Sherman antitruste, a fim de cercear a prática da combinação industrial. Contudo, A lei teve pouco efeito em retardar o processo, até a gestão do presidente de Theodore Roosevelt. Em todos os demais países do ocidente, os cartéis de consórcios de vários tipos eram estimulados ao menos tolerados, como estás natural do desenvolvimento de um sistema capitalista, que, segundo se argumentava, estava distribuindo benefícios para todas as classes da sociedade.