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AO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL PREVIDENCIÁRIO DA XXXX

Processo XXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXX, já qualificada nos autos da demanda em epígrafe, vem


respeitosamente perante V. Exa., por meio de seus advogados signatá rios, em
conformidade com sentença prolatada, interpor RECURSO INOMINADO, protestando sejam
os autos remetidos ao E. T. Superior para a devida aná lise, nã o obstante, desde já reforça o
pedido de justiça gratuita a Recorrente nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituiçã o Federal e do artigo 4º da Lei 1.060/50, posto ser pessoa hipossuficiente de
recursos, inclusive comprovado pela pró pria necessidade de ter o auxílio doença conforme
requerido nos autos.
Termos em que pede deferimento.
Itaperuna RJ, 26 de setembro de 2023.
DRA XXXXXXXXXX
OAB RJ XXXXXX

AO E. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA XXXXX REGIÃO.

PROCESSO: XXXXXXX
RECORRENTE: XXXXXXXXXX
RECORRIDO: INSS
Colenda Turma, conforme se passará a transcorrer, a Sentença prolatada pelo juízo a quo
deverá ser reformada em sua integralidade, conforme se passa a expor.
I – DA JUSTIÇA GRATUITA:
Conforme demonstrado nos autos, a Postulante nã o possui condiçõ es financeiras de arcar
com as custas processuais, tendo em vista que a mesma nã o possui renda tendo em vista
que consta como impossibilitada para o trabalho, nã o auferindo a renda necessá ria para
arcar com as devidas custas sem prejudicar seu sustento e de sua família.
II – DA SENTENÇA RECORRIDA:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
III – DO PREQUESTIONAMENTO:
Tendo em vista que a discussã o do tema proposto envolve a negativa de vigência de Lei
Federal e também violaçã o à Constituiçã o Federal, há possibilidade de que seja necessá ria a
interposiçã o de recursos excepcionais.
Para tanto a matéria deverá ser enfrentada perante as instâ ncias ordiná rias, nos termos
das Sú mulas 282 e 356 do STF. A matéria fica, portanto, desde já PREQUESTIONADA, para
fins recursais, requerendo expressa manifestaçã o deste Judiciá rio quanto à violaçã o dos
dispositivos citados.
IV - DAS RAZÕES RECURSAIS:
Primeiramente, cumpre esclarecer que por acreditar no que está disposto no art. 201,
inciso I, da Constituiçã o Federal, e no direito à percepçã o do benefício ali previsto, bem
como no slogan do Instituto Nacional da Previdência Social: “Previdência Social, proteçã o
para o trabalhador e sua família”, que a parte autora aguarda o justo e devido
reconhecimento à percepçã o de seu benefício em decorrência de incapacidade laboral.
Antes de adentrar no mérito, se faz necessá rio fazer algumas consideraçõ es a respeito do
Laudo Pericial realizado, onde em primeiro momento se faz necessá rio frisar que consta no
pró prio documento que a Recorrente sofre os efeitos da patologia HÁ ANOS onde tal
apontamento já deixa bem claro toda a dificuldade e sofrimento enfrentados pela
Autora durante todos os anos.
Desse modo, o perito do juízo, apó s perícia absurdamente superficial, afirmou de maneira
leviana e irresponsá vel que a recorrente possui capacidade para o labor. Demonstrou-se
para o juízo que o douto perito nem mesmo respondeu aos quesitos trazidos pela parte
autora, requerendo, portanto, nova perícia.
Porém, a r. sentença julgou improcedente o pedido pois a perícia nã o constatou
incapacidade laborativa da parte recorrente, mesmo tendo sido apresentados exames,
atestados e declaraçõ es médicas, os quais sã o expressos ao mencionar que a parte autora é
portadora de tais moléstias, estando em tratamento contínuo apenas paliativo, nã o
havendo previsã o do fim do tratamento, CONCLUINDO PELA IMPOSSIBILIDADE DE
RETORNO AO TRABALHO.
Em sentença, o d. magistrado a quo entendeu que o pleito por novo exame se tratava de
mero inconformismo, convalidando a desleixada perícia realizada, indeferindo a concessã o
do benefício requerido. Entendimento esse que nã o pode prevalecer conforme será
demonstrado.
Todavia, a sentença proferida merece reforma, uma vez que baseada em uma prova que
contraria toda a documentaçã o médica juntada nos autos. De fato, a perícia judicial foi feita
por médico nã o especialista, que nã o soube avaliar o quadro de saú de da recorrente da
maneira correta.
Carece esclarecer que as patologias da Recorrente sã o graves, principalmente qual a
fibromialgia, a qual é caracterizada como uma síndrome clínica que se manifesta com dor
no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia cursa com
sintomas de fadiga (cansaço), sono nã o reparador (a pessoa acorda cansada) e outros
sintomas como alteraçõ es de memó ria e atençã o, ansiedade, depressã o e alteraçõ es
intestinais. Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à
compressã o da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas, onde os principais
sintomas geralmente é a presença de pontos dolorosos na musculatura.
No mesmo âmbito, a patologia denominada como “Ansiedade Generalizada”, esta é conhecida
por ser acompanhada de outras doenças psiquiátricas, sendo a depressão a mais comum.
Dependendo das doenças relacionadas e da intensidade do transtorno, os sintomas do
transtorno de ansiedade generalizada podem variar. Porém, os mais fáceis de reconhecer são
os físicos, tais como: Fadiga / Tensã o muscular / Palpitaçã o / Suor excessivo / Dor de
cabeça / Disfunçã o sexual / Disfunçã o gastrointestinal. Entre os sintomas psíquicos, os
aspectos essenciais sã o a preocupaçã o constante e receios, como medo de ficar doente, de
que algo negativo aconteça com seus familiares, de nã o conseguir cumprir com
compromissos profissionais ou financeiros. Ao longo do transtorno, é comum a
preocupaçã o mudar de foco.
No que tange a patologia discriminada como Síndrome de taquicardia postural ortostá tica
(CID 195.1), esta tem como sintomas principais sintomas (estes que podem variar de
pessoa para pessoa):
Ø Fadiga severa e / ou duradoura
Ø Tontura em ficar sentado ou em pé por muito tempo que pode levar a desmaios
Ø Névoa do cérebro: dificuldade em se concentrar, lembrar ou se concentrar
Ø Batimentos cardíacos fortes ou palpitaçõ es (uma sensaçã o do coraçã o batendo forte ou
arritmias)
Ø Ná usea e vomito
Ø Dores de cabeça
Ø Suor excessivo
Ø Tremores
Ø Intolerâ ncia ao exercício ou agravamento prolongado dos sintomas gerais apó s aumento
da atividade
Ø Rosto pá lido e coloraçã o roxa nas mã os e pés se os membros estiverem abaixo do nível
do coraçã o
Ilmo. Julgador, adentrando ao mérito da manifestaçã o, se faz necessá rio deixar em
evidência que a Perita nã o nega a doença, mas tã o somente afirma que o quadro clínico da
mesma nã o é incapacitante.
Insta esclarecer que o periciando diariamente está acometido de sintomas como dor
intensa diariamente, apesar de toda dedicaçã o ao tratamento médico há anos, sua moléstia
só aumenta.
Para dar maior robustez, aponta-se também o descaso do perito, com a Recorrente, pois
essa tem dificuldades que se agravaram com o decorrer dos anos, como para sair de casa,
bem como utilizar transporte pú blico, afinal quem sente as fortes dores que lhe acomete há
anos como irá realizar atividades da vida comum? Inegá vel a necessidade de nova perícia
na especialidade requerida na Inicial e reiterada na impugnaçã o ao laudo pericial.
Nota-se que a jurisprudência nã o apenas autoriza como encoraja a realizaçã o de nova
perícia quando o exame original é insuficiente:
PREVIDENCIÁ RIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU AUXÍLIO-DOENÇA.
INCAPACIDADE. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃ O DE NOVA PERÍCIA MÉ DICA. BAIXA DOS
AUTOS À ORIGEM. REABERTURA DE INSTRUÇÃ O. REALIZAÇÃ O DE LAUDO. 1. Consoante
estabelece o artigo 437do CPC, o juiz pode determinar a realizaçã o de nova perícia quando
a matéria nã o lhe parecer suficientemente esclarecida. A segunda perícia, segundo estatui o
artigo 438 do CPC, "tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-
se a corrigir eventual omissã o ou inexatidã o dos resultados a que esta conduziu", sendo
certo que ao julgar o feito, cabe "ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra"
(pará grafo ú nico do art. 439 do CPC). 2. A realizaçã o de nova perícia pressupõ e reabertura
da instruçã o processual, e, consequentemente, julgamento da causa com consideraçã o do
elemento de prova agregado aos autos. Quando o feito está no Tribunal de apelaçã o, assim,
havendo necessidade de outra perícia, só resta a anulaçã o da sentença, pois necessá ria
também a manifestaçã o do juiz de primeiro grau acerca dos novos elementos de convicçã o
que a Corte ad quem reputou essenciais para o adequado julgamento da causa. 3. Hipó tese
em que se impõ e anular a sentença para determinar a reabertura da instruçã o processual,
com a realizaçã o de nova perícia. (TRF4, AC 2009.72.99.000244-3, QUINTA TURMA,
Relator para Acó rdã o RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, D. E. 19/04/2010)
AÇÃ O DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO DOENÇA E/OU APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. IMPROCEDENCIA. PRELIMINAR DE NULIDADE EM RAZÃ O DA NÃ O
INTIMAÇÃ O DO INSS PARA SE MANIFESTAR SOBRE O PEDIDO DE DESISTÊ NCIA DA AÇÃ O.
REJEITADA. PEDIDO DE DECLARAÇÃ O, INCIDENTER TANTUM, DE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 3º DA LEI 9469/97. REJEITADO. PRELIMINAR DE
NULIDADE POR TER SIDO A PERICIA MÉ DICA REALIZADA POR PERITO NÃ O
ESPECIALISTA. ACOLHIMENTO. DESATENDIMENTO AO QUE DISPÕ E O ART. 145 E
PARÁ GRAFOS DO CPC. DESIGNAÇÃ O DE NOVO PERITO. NECESSIDADE. SENTENÇA
ANULADA. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO. Assim, dou provimento ao recurso da
parte autora, para anular a sentença, devendo os autos retornarem ao juízo de origem, para
realizaçã o de nova perícia. (Classe: Apelaçã o, Nú mero do Processo: 0100559-
69.2008.8.05.0001, Relator (a): Cynthia Maria Pina Resende, Quarta Câ mara Cível,
Publicado em: 18/11/2015)
Nã o podemos esquecer também de alguns princípios como o IN DÚ BIO PRO MISERO E DA
FUNÇÃ O SOCIAL DA PREVIDÊ NCIA, e, basta a aná lise da documentaçã o médica juntada nos
autos para verificar a complexidade do caso e a necessidade de perícia específica. O perito
nomeado nã o respondeu claramente aos quesitos, sendo inegá vel a contradiçã o entre as
anomalias, os laudos de “verdadeiros peritos” (médicos que acompanham a recorrente há
anos), e o laudo do perito do juízo.
Por fim, nã o soa justo nem razoá vel atribuir-se efeito a referida sentença, sem o
estabelecimento do benefício, eis que a recorrente nã o pode retornar ao trabalho. É
necessá ria, ante todo o exposto, a reforma na sentença para conceder o reestabelecimento
do auxílio doença à Recorrente, ou, ao menos, a realizaçã o de nova perícia, a ser
perfectibilizada por médico especialista. Ora Excelência, como pode o réu cessar/indeferir
o benefício alegando nã o ter incapacidade para o trabalho, sendo que os laudos médicos
concluíram justamente o contrá rio?
Nã o há dú vidas da existência do mal que a impede de reingressar ao mercado de trabalho,
como se denota através da documentaçã o acostada aos autos, e assim obter a concessã o do
restabelecimento do auxílio doença, pois apresenta a carência necessá ria nã o perdendo a
qualidade de segurado, em razã o do surgimento da doença, conforme os documentos que
seguem anexos a inicial.
Assim, é importante deixar em evidência que a qualidade do exame médico pericial é um
grave problema na avaliaçã o da incapacidade biopsicossocial no â mbito judicial. O pró prio
juiz frise-se, acaba refém do laudo pericial, que muitas vezes acaba sendo o ú nico fator
determinante na concessã o, contudo, como consta no pró prio documento, o juiz nã o está
subordinado somente ao laudo pericial, podendo entã o formar sua convicçã o com outros
elementos já provados nos autos, destacando ainda que o laudo NÃO TEM CONDÃO DE
SENTENÇA, sendo somente um apoio técnico, mas o que realmente acontece muitas vezes
é que a conclusã o do médico perito nã o é compatível com os demais elementos
comprobató rios dos autos, o que é completamente perceptível no caso concreto, tendo
em vista que o que realmente foi analisado não foi todo o seu histórico médico.
Assim, é dever do perito judicial apontar a evidência bioló gica e buscar nexo de causalidade
e identificar e qualificar danos corporais e psicossomá ticos envolvidos; tudo com a
finalidade de fornecer elementos precisos para o discernimento judicial. Também é
necessá rio que os peritos judiciais apliquem as técnicas periciais contidas nos Manuais de
Perícias Médicas e atentem para as questõ es médico-periciais constantes nas normas do
Conselho Federal e Regional de Medicina.
Tal conduta visa resguardar o direito do jurisdicionado de ser bem examinado e que
não sofra consequências nefastas de uma má interpretação do juízo. Imagine-se o
quanto é desumano afirmar que alguém “incapaz” está capaz para o trabalho e fazê-
la trabalhar em detrimento de sua saúde, sentindo dores e amargando o dissabor de
não ter visto a justiça se concretizar no seu caso? Ora, estamos diante de um caso
EXTRAMAMENTE delicado, onde qualquer decisão que seja contrária à sua
incapacidade pode prejudicar seriamente a saúde de uma pessoa!
Consigne-se, portanto, que a segurada faz jus, ao auxílio-doença previdenciá rio, nos termos
da Lei 8.213/91, artigo 59:
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para
a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”.
Nesta linha, o artigo 1º da Lei n.º 8.213/91, definindo o objetivo da Previdência Social,
refere-se a "assegurar aos seus beneficiá rios meios indispensá veis de manutençã o, por
motivo de incapacidade, desemprego involuntá rio, idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e de reclusã o ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente" (g.n.). No dizer de Sergio Pinto Martins, a Previdência Social consiste,
portanto, numa forma de assegurar ao trabalhador, com base no princípio da solidariedade,
benefícios ou serviços quando seja atingido por uma contingência social.
Finalmente, (e o mais importante para o caso em concreto), conforme entendimento
esposado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
"O juiz nã o está adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua convicçã o com outros
elementos ou fatos provados nos autos, sendo certo, ademais, que o princípio do livre
convencimento motivado apenas reclama do juiz que fundamente sua decisã o, em face dos
elementos dos autos e do ordenamento jurídico" (STJ, AGRESP 439574/MG, Relator
Ministro Sá lvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 5.5.2003, p. 307).
Caracterizada a deficiência da perícia retratada por um laudo lacô nico ou inconclusivo,
requer a parte pericianda, a realizaçã o de nova perícia (art. 480, CPC), regida pelas mesmas
disposiçõ es estabelecidas para a perícia que a antecedeu (art. 480, § 2º, CPC). A segunda
perícia terá por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira, suprindo
omissõ es ou corrigindo inexatidõ es dos resultados decorrentes do trabalho pericial
anterior (art. 480, § 1º, CPC).
Nos termos do artigo 480, § 3º, “a segunda perícia nã o substituirá a primeira, cabendo ao
juiz apreciar o valor de uma e de outra”. Pensamos que a aplicaçã o desta regra somente
será possível quando os vícios forem saná veis. Afinal, se o trabalho pericial vier a ser
considerado nulo, nã o há como se cogitar sua valoraçã o pelo magistrado, hipó tese na qual a
segunda perícia certamente é realizada em substituiçã o à primeira.
Desta forma, considerado o todo exposto, requer seja reformada a sentença para conceder
o auxílio doença a Recorrente, nos integrais termos contidos em sede de peça vestibular,
contudo, caso assim nã o entenda, seja minimamente realizada nova perícia com médico
especialista.
V – DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, requer:
a) Seja deferida a assistência judiciá ria gratuita a Recorrente;
b) Seja intimado o Recorrido para se manifestar sobre a presente peça recursal;
c) O conhecimento presente recurso e, no mérito lhe dê TOTAL PROVIMENTO, reformando
a decisã o (error in judicando) de 1º Grau para JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE A
DEMANDA para conceder benefício decorrente de incapacidade laboral, nos integrais
termos em sede de peça vestibular;
d) Subsidiariamente, caso seja de entendimento desta Turma, anular a sentença proferida e
determinar a realizaçã o de nova perícia médica, por médico especialista na á rea de
reumatologista;
e) Seja o Recorrido condenado em custas e honorá rios sucumbenciais na forma da lei;
f) Sejam os pedidos da Recorrente julgados totalmente procedentes.
Nestes termos, pede deferimento.
Itaperuna RJ, 26 de setembro de 2023

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DRA. XXXXXXXXXXXXXX
OAB-RJ XXXXXXXXXXX

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