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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Direito constitucional I
Levar livro da constituição
Regente: Prof doutor Jorge Reis Novais
Email: jnovais@fd.ulisboa.pt
16/09: Segunda-Feira (Não fui)
Apresentação
18/09: Quarta-Feira
Apresentação da disciplina
Informações da disciplina: constitucional.blogs.sapo.pt
No primeiro semestre não há exatamente um livro;
Ele vai pondo no blog várias páginas, de vários livros, ir fotocopiando?
Já houve uma aula! (ninguém foi) dia 16/09
Frequência escrita: teste -dezembro e Maio
-Só contém a matéria das aulas teóricas
- vai marcas as aulas práticas nesta semana
Avaliação contínua (método A)
Livros:
Não para agora
Aulas de avaliação contínua: uma constituição (qualquer uma)
-trabalha-se a constituição
- (livros de consulta) constituições anotadas: Lisboa, Jorge Miranda, não é preciso
Matéria:
Direito constitucional:
-Constituição: há vários sentidos da constituição
- Qual é o que vamos usar?
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Sentido material:
Início do século XVIII (18) estendeu-se ao XIX(19)
Finais do século XVIII (18) revolução francesa e americana
Sentido revolucionário
Contra o poder absoluto
Radicalmente novo
Opunha-se a todo, aos princípios, formas de organização do estado absoluto
Os direitos fundamentais podem ser diferentes em cada país (época para época)
Separação dos poderes
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
1-Constituição normativa
Ex: Portugal
Feita para limitar o poder, na realidade de vida jurídica (limita os órgãos do poder)
Assembleia
Artigo 34º?
Garante o sigilo das comunicações
A lei é inconstitucional (disse o tribunal constitucional)
O governo tem de reformular, obrigatoriamente
o Não convém contornar/ ignorar o tribunal constitucional
O governo, O PR pode ficar incomodado com o tribunal constitucional (Incomoda
o governo)
2-Constituição Nominal
Não acontece com todas as constituições
Deve limitar o poder, mas não existe, não é respeitada
3-Constituição semântica
((Constituição nominal:
Usada por muitos países do terceiro mundo))
Constituição de 1933
O “povo votava”
o Pois se havia abstenção, eram votos a favor
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23/09
Sentido Formal
Instrumento jurídico
É o que nos interessa mais;
Outro olhar;
A nossa constituição é diferente da constituição britânica
No Reino Unido não temos constituição de Sentido Formal
A GB nunca se reuniu o parlamento para realizar uma constituição
Em Portugal sim! (1976) - Assembleia de tipo representativo;
Na GB, foi-se fazendo algumas normas jurídicas, mas não dotar o país
de uma constituição
Constituição é diferente que as normas jurídicas;
Quando se faz uma constituição passam a ter uma força jurídica diferente
que as outras normas jurídicas (força de privilégio) – força especial, própria
Se as outras normas jurídicas contrariarem uma norma constitucional (é
inconstitucional)
Normas ordinárias: normas comuns não pode contrariar uma norma
constitucional
há inconstitucionalidade, quando há problemas jurídicos
Na Europa
Começou com a revolução francesa (supremacia do parlamento)
Ato supremo;
Até meados do século XXI, a forma como se via a separação dos poderes era
realizada pelo parlamento (Já tínhamos Estado de direito, etc.)
Depois da Segunda Guerra Mundial, começou a ver a fiscalização da
constitucionalidade.
o Devido aos regimes totalitários (regime nazi, etc.)
o Antes a palavra da “justiça” era utilizada pelos juízes
o Após a Segunda Guerra Mundial, os juízes podiam não aceitar todas as leis
o Portugal foi um dos primeiros países (na constituição de 1911) - por “culpa”
dos brasileiros- da fiscalização da constitucionalidade (só na teoria)
o Só começou a ser aplicado na constituição de 1976
Dia 25/09:
Corte inglesa: quando houve a suspensão do parlamento (AR), foi ilegal pois,
não foi a Rainha, mas sim o Primeiro Ministro Britânico;
Como é ilegal, houve a anulação da suspensão do parlamento
Ilegal, não inconstitucional
Constituição
Leis
Atos normativos/políticos/administrativos
Última aula:
Conceito de constituição em sentido formal (muito ligado à inconstitucionalidade)
25 de Abril de 1974
Eleições de 1975- eleger uma assembleia constituinte
O artigo 292º (leis 16 e 18) estava em desconformidade com o artigo 29º; o que faria
com que o artigo 292º fosse inconstitucional:
o Aquelas leis ordinárias (leis 16 e 18) do artigo 292º foram elevadas ao nível
do artigo 29º (para ficarem “iguais” / ao mesmo nível) (foram os juízes que
fizeram isto), para serem julgados, isto é, compatibilidade com o artigo 29º;
Dia 30/09
Normas que estão no artigo 8º nº 4, página 8: vigoram com que valor infra
institucional - (abaixo da constituição), constitucional ou supraconstitucional)
Estas normas, em princípio, são supranacionais (É a própria UE que diz) estão
acima das constituições;
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Na União Europeia, qualquer norma da União Europeia, está por cima das normas
constituições nacionais
Desde que se respeite os princípios fundamentais do Estado de direito
Norma constitucional:
Norma constitucional:
Enunciado normativo
Ex: Se o nosso país permitir a Eutanásia, deverá ser feita uma análise em relação
ao artigo 24º
Depende da maneira como o tribunal constitucional interpretar a nova norma “Qual
a posição mais juridicamente correta?”
Se a nova lei vai ou não contra a norma do direito à vida;
Ex: Em Portugal, há alguns anos, a questão da legalização do aborto;
São questões controversas, questões jurídicas difíceis, muito difícil chegar ao
consenso;
Podemos ter normas na constituição como o direito à vida “A vida humana é
inviolável”, não nos resolve de uma forma clara dos problemas jurídicos que temos
de fazer (a interpretação da norma depende de pessoa para pessoa);
Ex: Artigo nº 13 (Princípio da igualdade), podemos ter a mesma norma, mas a
evolução cultural leva-nos a interpretar a norma de forma diferente; (pois ocorre
uma evolução)
No artigo nº24 (direito à vida), criou-se a alínea 2, para esclarecer/explicitar
algumas dúvidas;
Enquanto a CRP estiver em vigor, em nenhum caso haverá pena de morte, (Não
havendo revisão da CRP)
A constituição dos EUA, como não tem a alínea 2 “ Em caso algum haverá pena de
morte”, eles tem pena de morte;
As normas constitucionais (não tem a mesma natureza, vincularidade)
Normas princípio: normas que não apontaram para uma decisão inequívoca,
deixar uma margem de ponderação, para alterações no futuro- fechar
imediatamente a solução
Avaliação subjetiva (alguma margem)
24 nº1 (norma princípio) e nº2(norma regra), artigo nº25
Art. nº32 alinea 2
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A vida é inviolável
Tirar várias normas
Este direito é absoluto
As democracias não são todas iguais, isto é, não funcionam da mesma maneira;
Os países do Estado de direito, mas organizam-se de maneira diferente:
organização do sistema de governo, formas de governo;
Sistemas de governo: presidencialismo e semipresidencialismo
Dia a seguir das eleições, vamos discutir o que se vai passar a seguir (informar-me)
Desde finais do século XVIII (O estado de direito estava mais influenciado com o
liberalismo, mas começou alterar-se)
Formas de governo
Republicana (ex: Portugal)
Monarquia (É uma democracia, pois têm constituição, ex: Espanha)
Como se distingue? chefe de Estado
o Natureza do mandato (é vitalício ou temporariamente limitado)
o Vitalício: monarquia
o Temporariamente limitado: República
Forma de Estado
Em termos verticais
Estado federal, unitário, regional; (como se distinguem?)
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Duas eleições:
Legislativas:
Presidenciais:
Art 187º nº 1
O PM é nomeado após ouvir os partidos políticos
Um único partido ou uma coligação têm os deputados; devem ter maioria absoluta,
deve ter 230 votos, devem ter pelo menos 116º
Sistema eleitoral:
Parlamento
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“Indigitar” – relativamente ao Primeiro-Ministro;
Antigamente, não existia, não é jurídico;
É informal, quando há dúvidas de quem tem melhores condições para o melhor
governo, o PR em vez de eleger uma nova pessoa, chama aquela pessoa e
“indigita-o” – ver se tem condições para formar um governo com efetividade
Se tiver condições, é eleito pelo PR (formalmente);( aconteceu ontem com
o António Costa: 8/10/2019
Em vez de fazer isso, o outro PR elegeu logo um governo (sem ter em
conta os partidos) e foi de pouca duração (há 4 anos ): depois houve a
composição de outro governo 195º CRP;
Matéria de frequência
Moção de confiança
O governo apresenta-se na Assembleia da República. O governo apresenta uma
Moção de confiança; Todos os deputados votaram. 115 contra e 115 a favor;
Quid iuris?
O governo pede uma moção de confiança - votos a favor e contra (115 para
ambos). Art. 116 nº 3;
Se houver empate, a moção não é provada; tem de haver pluralidade de votos
(mais votos contra a favor, há demissão do governo)
Art 195º alínea e: (A não aprovação de uma moção de confiança é motivo de
demissão do governo)
1- Só quando a constituição disser que há maioria absoluta ou pelo menos 2/3 dos
votos, a moção é aprovada;
2- Quando a constituição não disser nada Art 116 alínea 3
Formas políticas
Distinção do tipo histórico: evolução do Estado ao longo da história
Séc. 15,16: Estados modernos:
soberanos,
estados nacionais
seculares (laicos)
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Aprovada a lei, a administração tem de aplicar a lei nos casos concretos, se não o
fizer está a violar o princípio da legalidade = princípio fundamental que concretiza o
império da lei (rule of law)
Dominância dos parlamentos;
Juiz “a boca” que pronunciava as palavras da lei, aplicar a lei aos casos concretos;
América após a evolução: fica diferente;
o O supremo tribunal dos EUA em 1881, tinham a lei e a constituição para
resolver o problema. Qual é que se aplica?
o Aplicaram a constituição (ato superior), mas primeiro é necessário saber se a
lei é contra a constituição (inventaram a fiscalização judicial da
constitucionalidade das leis) –
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Parlamento - funcionamento muito lento;
Governos- mais eficaz: também legislam;
Estado federal:
- Estados independentes que formam um Estado Federal, associação voluntária (exemplo:
EUA)
-Pode surgir de diversas formas;
- Estado Unitário cria estados entre si e passa-se a organizar-se entre si (Brasil)
Dois tipos de governo/ duas ordens constitucionais:/Duas governações
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Os cidadãos dos EUA, Brasil: está integrado nos dois tipos de governo;
Preocupação: regular as duas ordens constitucionais;
Mecanismos de integração:
- Subordinação: De cada estado, de cada constituição à constituição federal. O
governo estatal só é legitimo se se subordinar á constituição federal;
Competências do estado Federal: são dadas pela constituição federal. O que não
está escrito na constituição, continuara a carga de cada governo,
Orgãos que regulam a aplicação da constituição pelo governo e pelo Estado:
Tribunal Federal: havendo conflitos de legislação estadual e federal quem decide este
conflito é o tribunal federal;
Estado Unitário
Descentralização político-administrativa: delega não só as funções administrativas,
mas também funções políticas (em duas regiões autónomas: governo, parlamento, leis
próprias)
Autarquias locais: só tem poder administrativo
Em Espanha:
É um Estado Unitário, todo o país está divido em regiões autónomas
Andaluzia, País Basco, Cataluña;
Região autónoma: não possui constituição própria, mas têm estatuto próprio; O
estatuto tem de ser aprovado pela Assembleia/Parlamento da república;
As constituições dos estados federados são aprovadas por eles;
Autonomia:
- Catalunha- tem a sua língua;
- Polícia da Catalunha têm uma força policial própria (“moços de esquadra”
- A autonomia das regiões autónomas não é menor que a dos estados federais;
- Qualquer decisão tem de passar pelas cortes espanholas;
Monarquia limitada;
Monarquia orleanista;
Monarquia parlamentar;
Monarquias Constitucionais:
Monarquia limitada:
O papel do Rei é preponderante (O Rei faz a constituição e a dava ao povo – esta
constituição tem o nome de carta constitucional;
Legitimidade Monárquica: o poder é do Rei;
Legitimidade Democrática: A constituição é feita pelo povo, o poder reside
no povo
Ex: Espanha- aceita os poderes limitados pela constituição mesmo sendo o Rei
fazê-la (conservar o poder político, mesmo havendo a separação dos poderes)
Nestas monarquias, há um quarto poder:
PODER MODERADOR- Quem tinha este poder, podia influenciar nos 3
poderes:
- Legislativo – nomear a 2ª Câmara alta;
- Executivo (Poder do Rei);
- Judicial (nomeia e demite os juízes)
Monarquia parlamentar
O Rei não tem qualquer poder político;
Espanha, Reino Unido - Monarquia Democrática;
Legitimidade puramente democrática;
Constituição – povo;
Decisões são tomadas pelo governo;
Ex: situação da Catalunha- é um problema muito grave, mas o primeiro ministro
intervém, mas o rei não interviu;
Portugal- 1822: Monarquia parlamentar do século XIX: é diferente da de hoje;
Também na República parlamentar dos dias de hoje do século XIX, alterou-
se muito
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Democracia representativa:
Corpo eleitoral heterogéneo com interesses opostos, escolha entre programas
diferentes;
Partidos políticos adquirem importância = Partidos de massa e de quadros
Mediação partidária (entre nós e o Estado)
Crise de democracia: Atualmente, há uma crise dos partidos políticos (criados
à toa). Antigamente, a maior parte dos partidos eram os mesmos, as democracias
eram estruturadas;
Portugal não tem muito este problema
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
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Sistema eleitoral: todas as regras jurídicas que respeitam as eleições (delimitação
dos círculos de eleição, escolha do método)
Em sentido Restrito: Método jurídico de transformação de votos em
mandatos parlamentares; (Método de Hondt)
Sentido Restrito:
Sistema eleitoral maioritário;
Sistema eleitoral minoritário;
Maioritário (só para escolhe uma pessoa): mais simples, é eleito quem teve mais
votos;
Várias modalidades:
Sistema maioritário de maioria absoluta: mais de 50% dos votos; se um
candidato não tiver 50%, há uma segunda volta (com as duas melhores
opções)
Sistema maioritário de maioria relativa: Se ninguém obter maioria absoluta,
ganha quem tiver maior percentagem
Ex: eleição dos EUA- por vezes, nem sempre o vencedor é aquele que obteve maior nº de
votos;
A utilização do sistema eleitoral, influencia o comportamento dos votantes;
Em Portugal e no Brasil: nos parlamentos: nº de mandatos é proporcional ao
número de votos;
Leis de Duverger: Maioria relativa - gera Maioria absoluta (+ equilíbrio governativo)
Os partidos mais pequenos têm maior dificuldade em serem eleitos;
Os partidos + pequenos não elegem;
Efeito de subrepresentação: dos partidos mais pequenos
Se os + pequenos, como sabem que o voto é para eleger e estes não
conseguem eleger, irão votar nos partidos maiores (para eleger candidatos) –
VOTO ÚTIL- Polarização (concentração) nos dois maiores partidos
UK:
unitário: uma volta - vários círculos eleitorais (zona delimitada onde os eleitores
daquela região votam)
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Sistema proporcional
Elegem uma pessoa (Sistema maioritário)
Elegem 10 pessoas (Sistema proporcional))
A- 30
B- 20
C- 15
D- 8
A-20
B- 30
C- 8
D- 15
Não havia pluralidade de partidos políticos (antes escolhia-se pessoas, corpo eleitoral
pequeno)
Somar todos os votos obtidos pelos partidos determinados assim é distribuído de forma
proporcional ao nº de votos no parlamento;
Todo nacional = A = 30% (votos da Bavieira / do Estado com outros estados) = vai ter 30%
dos números do lugar no parlamento;
Círculos uninominais vários candidatos de cada partido eleitos = 10 deputados vai
retirar (subtrai) aos 30 mandatos da Bavieira (estado);
Isto é: 30 mandatos – e se houver 4 candidatos eleitos pelo círculo uninominal: 26
mandatos + 4 candidatos = 30
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Sistema Brasileiro
Não funciona tão bem;
Escolhem pessoas, não partidos;
Proporcional como o nosso;
Sistema preferencial= sistema proporcional, mas também votam nos candidatos individualmente
considerados- distribuídos o nome dos candidatos que preferiam;
Sistema bónus eleitoral= um dos defeitos do sistema preferencial é formar maiorias absolutas, os
que chegam à frente recebem o bónus para formar a maioria absoluta;
Alemanha:
se um partido teve menos de 5%, não elege deputados;
Contagem: Cada partido político tem os votos que recebeu diretamente, tem
também, os votos obtidos por cada candidato que se apresentou (soma- se tudo)
Logo: se houver alguma figura conhecida, e se votarem muito, os partidos que estão
por detrás pode existir um partido político que é um partido político “fraco”, e são
eleitos;
Os deputados não têm ligação aos partidos políticos (não importa a ideologizado do
candidato)
Proporcional com voto de preferência
(listas de votação: as pessoas podem votar no candidato ou no partido político);
Nota importante: As pessoas votam nos candidatos só por si, ou votam na ideologia
do partido (as pessoas que representam os partidos)
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Sistemas de governo: relações entre os órgãos que exercem o poder político;
Só vamos estudar as democracias representativas nos sistemas de governo;
Os sistemas de governo variam de país para país
Há três grandes sistemas de governo:
Parlamentar;
Presidencial;
Semipresidencial
Distinção:
poderes do chefe de estado
Relação entre governo executivo e parlamento(assembleia)
Sistema parlamentar:
Independentemente que seja monarquia ou república;
O chefe de Estado não exerce poderes políticos;
Mas, por exemplo, a constituição dá-lhe formalmente (dar alguma importância)
alguns poderes
Concentração do relacionamento entre governo e parlamento;
Distinção entre o enunciativo normativo (o texto da constituição) e a norma (resultado
do enunciado normativo)
Uma eleição nacional (para o parlamento)
O governo vai ser nomeado em função da composição do parlamento:
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Termos utilizados:
O candidato é demitido
O governo é destituído;
O parlamento é dissolvido
Executivo- presidente
Legislativo-congresso (parlamento)
Moção de censura negativa- maioria vota a censura ao governo, este cai; (o que
nós já demos)
“Impeachment”-
- Desequilibra o sistema presidencialista;
- Contradiz a eleição popular do Presidente;
- Debilita um órgão (é o PR) (depende da maioria parlamentar qualificada;
- Presidente pode ser destruído a meio do mandato, sem ir a eleições!!!
- Então ele recorre a meios menos lícitos:
- Sedução dos deputados de forma a evitar a formação conjuntural de maiorias
parlamentares qualificadas que possam recorrer ao impeachment para o destituir;
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Sistemas parlamentares procuraram racionalizar (sistemas parlamentares
racionalizados);
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Sistema presidencial
Parlamento = congresso (EUA), Assembleia da República (Portugal)
O inverso das características do que no sistema parlamentar;
Chefe de Estado- sai da eleição popular- poderes representativos;
Executivo (governo)- não responde perante o parlamento/assembleia/congresso (o
parlamento/congresso não pode dissolver o governo)
O Congresso não pode demitir o governo do presidente
“Sem possibilidade de divórcio” (como se fosse um casamento)
“Se se dão mal, tem de se aturar" (Presidente e congresso (AR)
Legitimidade democrática:
- Presidente;
- Congresso/parlamento;
O sistema presidencial nasceu nos EUA, resulta dos EUA, mas tem grandes
dificuldades na exportação (de implementação)
Influenciou vários países da América Latina (corre mal) - durante o século XX)
- Não existe estabilidade política nesses países (dificuldades de funcionamento que cria
ditaduras, crises)
- Se o Presidente tem maioria absoluta no parlamento, este concentra muitos poderes –
surgem as ditaduras;
Nos EUA isso não acontece:
Importância e força do poder judicial (supremo tribunal)
- Atualmente (século XXI), é dificilmente tolerável nos países da América Latina a
intervenção de militares no poder
- Surgem outras “soluções”- situações de impasse
- Instituto: Impeachment
Antigamente, na convenção é muito difícil todos conhecerem-se, logo era muito difícil
haver maioria absoluta. Depois logo era o congresso/AR que escolhia quem iria ser o PR
Mais tarde, depois aparece os partidos americanos (democrático e republicano)
- Cada partido escolhe um candidato;
Candidato do Partido Republicano;
Candidato do Partido Democrático;
Sistema maioritário: em cada Estado, quem tiver mais votos, fica com todos os
grandes eleitores
PERGUNTA DA ORAL
11/11
Eleições em Espanha (não deu maioria clara)
Em Espanha, tem de haver uma maioria que aprove o programa de governo
(maioria absoluta e relativa);
Poderá haver outra vez eleições;
Em Portugal, a aprovação do programa de governo não é obrigatória;
Bolívia: fraude eleitoral na contagem dos votos (golpe militar)?
Os militares ameaçaram intervir, para garantir a realização de novas eleições
presidenciais;
-Os eleitores já não vão escolher os grandes eleitores, mas sim escolhe-se pessoas
ligadas ao partido republicano ou ao partido democrata;
1 candidato de cada partido (quem tiver mais votos, elege os representantes (de cada
partido) para o colégio eleitoral= convenção;
- O candidato menos votado pode ganhar as eleições;
Ex: de 2016;
Convenção: (30 deputados)
PR = 20 deputados; (+ representantes com menos votos)
PD = 10 deputados;
Impeachment:
Um presidente eleito pelo povo;
O congresso não pode destituí-lo;
Tem o mandato assegurado até as próximas eleições;
O PR tinha muitos poderes;
Poderia ter poderes autocráticos;
Os Americanos inspiraram-se no Impeachment da Inglaterra;
Inglaterra- 2 câmaras:
- Câmara dos Comuns;
- Câmara dos Lordes;
- Século XIV (14): Uma pessoa se fosse acusada pela câmara dos Comuns (crimes
abusos do poder), seria acusada por esta câmara e era julgada pela câmara dos
Lordes, se a Câmara dos Lordes considerasse a pessoa culpada teria de
abandonar o cargo e cumprir outras penas correspondentes ao crime que efetuou;
A partir do século XVII Responsabilidade política dos executivos no
parlamento;
Manteve-se a responsabilidade criminal;
Este tipo de impeahcment alterou-se;
Atualmente:
- Câmara dos representantes: acusação
- Senado: julgava (por maioria de 2/3 dos votos; (alguém só será condenado a
impeachment se os dois partidos estiverem de acordo)
Aquilo que a pessoa tinha feito, podíamos mantê-la até as próximas eleições ou tinha
de ocorrer a cessação do mandato;
Impeachment: não é divergência política
Pode se ser sujeito a impeachment (alguém de um cargo político), um juiz,
presidente os EUA, vice-presidente (exemplo: traição os EUA);
Traição, subornos, “high crimes” (crimes contra a sociedade e contra o
Estado), outros delitos;
Atualmente, o Presidente Donald Trump pode “ser atingido” com um
impeachment: falou com o presidente da Ucrânia, para evitar que um futuro candidato
à presidência da Ucrânia, não o fosse, de forma a não “prejudicar” Donald Trump
1
Os partidos dos EUA têm diferente natureza do que os nossos;
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Na América Latina (nos últimos anos do século XX), deixaram de resolver os problemas
políticos através de golpes militares, dando-lhe outro tipo de utilização;
- Venezuela;
- Peru;
Tipo de utilização: fica pouco claro a responsabilidade política e o impeachment
Caso do Brasil: os factos que levaram à demissão da Dilma (perdeu o apoio no congresso,
perdeu o apoio popular);
13/11/2019
-Sistema presidencial clássico (EUA): mas depois há diferenças adotadas por outros
países da América Latina;
- Sistema clássico adaptado- exemplo: América Latina
SÉC XXI-
Aproveitamento do instituto do “impeachment”, muito para além dos fins para que foi
criado:
Nos EUA- “última garantia”, os juízes, ou alguém de um cargo político, não abusam;
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Em termos positivos
Permitir a resolução de crises políticas (para não entrar em golpes militares)
Ex: Brasil: havia pessoas que queriam a intervenção dos militares;
VAI SAIR NA FREQUÊNCIA- impeachment adaptado do presidencialismo/ impeachment
na América Latina
PERGUNTA DAS FREQUÊNCIAS: Dizer que há impeachment com base nos 2/3 do
congresso está errado!!!!!!
Ex: Brasil (pode acontecer?)
EUA: Dois partidos (democratas e republicanos)
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Impeachment:
- EUA: prática de atos que torne insustentável (tão grave) numa democracia
- Améria Latina: prática de atos menos graves
Semipresidencialismo
França: era parlamentarismo de assembleia
Depois da 2 Guerra mundial: queriam prevenir instabilidade;
- Criar mecanismos de racionalização parlamentar;
Mas na França (o presidente tinha muito poder!)
Era eleito por um colégio eleitoral;
Não era tão dependente do Parlamento
Quinta República:
Constituição de 1958- o presidente tinha uma origem eleitoral diferente e poder
diferente
Passado 4 anos: 1962- reforma eleitoral: o Presidente era eleito diretamente pelo povo;
- Mudança eleitoral séria;
- Ex: O nosso PR é muito diferente do que o do italiano, apesar de terem os mesmos
poderes
Os poderes formais do PR, passam a ser poderes reais;
Se não é eleito pelo povo, não pode praticar as funções de forma legítima
Semipresidencialismo:
- O presidente é eleito pelo povo (tem poderes significados);
- O governo pode ser destituído pela assembleia;
Mas já havia (não com este nome!!!!):
Alemanha;
Áustria;
Islândia,
Portugal
- 1976: adota o sistema semipresidencialismo
- Depois da queda do muro de Berlim. Os países de Leste adotaram este sistema;
- Antigas colónias portuguesas também adotaram o semipresidencialismo;
O PR volta a governar;
Outras opiniões:
O semipresidencialismo (dizem que não é um tipo de sistema de governo)
- Ou funciona com um sistema presidencial
- Ou nos períodos de habitação (coabitação) é de um sistema parlamentar (PM a
governar)
Semipresidencialismo
(Assembleia da República) Parlamento pode demitir no governo, o governo deve
“prestar contas” à assembleia;
= ao sistema parlamentar;
Sistemas de governo:
Sistema semipresidencial: o PR tem poder de dissolver o AR (Portugal: é o poder de
bomba atómica)
Sistema parlamentar: O PR não tem o poder de dissolver a AR
20/11/19
Estrutura do sistema semipresidencialismo
- Parte do sistema parlamentar (integra o semipresidencialismo) - responder perante o
parlamento;
- Presidente do semipresidencialismo, pode exercer poderes políticos significativos
=legitimidade democrática;
Próxima aula:
- Novas democracias da Europa de Leste: semipresidencialismo funciona de forma
diferente
25/11/2019
Várias experiências de semipresidencialismo elas tendem a funcionar mais ou
menos da mesma maneira;
Constituição francesa e portuguesa são bastantes semelhantes;
Portugal desde: 1976;
França desde: 1962;
- Semipresidencialismo em França e em Portugal;
- Muito parecido;
A prática é diferente, não têm grandes pontos de confluência (de divergência);
Grandes diferenças em relação ao PR: Como é que o PR atua em cada uma destas
matrizes?
1ªBICEFÁLIA DE EXECUTIVO
O governo francês é dirigido pelo PR e pelo PM
O PR também dirige o governo
Governo = direção do PM (lidera, é permanente) + orientação política dada pelo PR
O PR preside o conselho de ministros;
EM PORTUGAL SÓ É ASSIM SE O PR FOR CONVIDADO PELO PM AO
CONSELHO DE MINISTROS!
Períodos de coabitação (na maior parte das vezes o partido liderado pelo PR
normalmente tem a maioria do parlamento)
- Nos períodos de coabitação, o partido maioritário do parlamento (AR) é oposto ao
partido do PR
- O PR tem de eleger um PM de outra “cor política”
PR líder de oposição ao PM (opõe-se ao governo)
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Ou nas eleições do parlamento (da AR), temos um governo da mesma “cor partidária”
do PR, ou senão, entramos no período de coabitação
Portugal
Não há bicefalia do executivo;
- Quem lidera o governo é o PM
- O PR pode ter uma função política governante, mas deixa-a para o governo
Legitimidade democrática, não quer ser um órgão politicamente ativo (quer ser
representativo, cerimonial; )
- Era eleito e depois retirava-se da vida política;
- Nas próximas eleições se ele voltar a candidatar-se ao cargo, o eleitorado já sabe que
este não desempenhará uma função + politicamente ativo (parecido ao PR nos
sistemas parlamentares)
Irlanda, Islândia: só há eleições presidenciais, só se apresentarem vários candidatos
ao cargo do PR;
-Na prática, é um sistema muito parecido ao sistema parlamentar (o que varia é que o
PR na Áustria é eleito por legitimidade democrática)
Termos jurídicos:
- Apesar de ser consagrados um PR democraticamente, há um receio de surgimento de
tendências autocráticas;
- Poder de dissolução da AR= não o têm ou é muito limitado;
- Posição no domínio da função executiva não está tão bem definido- constituições
atribuem algumas características especiais;
- Estes governos respondem simultaneamente ao PR e à AR;
- Plano constitucional manifesta-se no plano prático do PR- intromete-se no poder
governamental;
- PR na prática tem interferências nos poderes governamentais, a constituição dá-lhes
esse poder, não lidera o governo;
- Repetição frequente de conflitos entre PM e o PR:
nem sempre os governos são apoiados por uma maioria absoluta na AR:
CONFLITO INTRA-EXECUTIVO;
- Repetição de governos tecnocráticos: governos de técnicos
Formado não com base nas orientações partidárias (não militantes dos
partidos),
MAS são escolhidos pelos presidentes não têm uma vida partidária ativa,
pode nomear pessoas da sua confiança;
Portugal teve em tempos: com outro nome, governos de iniciativa presidencial
(“partidos independentes”)
- Não deu bons resultado em Portugal
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
MATRIZ PORTUGUESA
Praticamente unânime: Sistema semipresidencialismo (diferente do da Europa
de leste)
- Mas há sempre que alguém que discorde (minorita)
Características:
Responsabilidade do governo perante o parlamento;
- O governo sai, tendo em conta as eleições legislativas;
- Não é do presidente (nomeado por ele, tendo em conta a posição da AR)
- O governo apresenta o seu programa para ser discutido na AR)
(não é obrigatório)
Se alguém aprovar uma moção de rejeição (ou de censura) e for aprovada
pela maioria da AR, necessitamos de um novo governo;
- Fica dependente da confiança da AR- tem de prestar contas;
- Se a AR quiser durante o mandato do governo pode demití-lo;
-O próprio governo pode tomar a iniciativa- moção de confiança
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
PR e as suas funções
Eleição popular ou direta (legitimidade democrática)
- Pode exercer todos os poderes que a constituição lhe dá
- Órgão politicamente importante
- Poderes que a constituição lhe dá
1.Nomeia o PM e sob sua proposta os restantes membros do governo;
2.Demitir o governo (não por censura política ou desconfiança) – Art 195º da CRP
3. A partir de 1982 podia demiti-lo de acordo com os termos anteriores;
Em relação AR
- Pode dissolver a AR, praticamente livre e incondicional- 172º
- Determinar uma mudança na vida política
- Poder de marcas eleições
- Dissolver as assembleias legislativas regionais;
- Poder de veto relativamente ao governo e relativamente a AR;
- Chamar o tribunal constitucional, para verificar a constitucionalidade das leis;
Pode fazê-lo antes da promulgação da lei: fiscalização preventiva
constitucional; (o nosso PR não gosta muito)
Ou pode fazer depois da lei entrar em vigor;
- Nomeação de altos cargos: nomeação do procurador geral da república,
embaixadores...
- Pode ratificar os tratados internacionais;
- Pode ter uma intervenção política ativa, de caráter permanente;
- Dá lhe uma faculdade (não é um poder formal) O PR pode afetar o governo, a AR (tem
de ser ouvido)
Ex: o nosso PM consulta ou tenta não ir contra o PR
Se o PM quiser ter estabilidade, é melhor não entrar em conflito
Mini síntese:
Responsabilidade do governo perante a AR;
PR com poderes representativos;
2/12/2019
Constituição de 1976: eleição popular direta do PR;
Regime semipresidencialista ou presidencialista (com esta característica)
Europa ocidental: o presidencialismo não funciona;
Com a experiência da constituição de 1933 (o PR era eleito diretamente, era “mentira”;
- As eleições não eram livres;
PR- muito desvalorizado no regime de 1933;
Na eleição de 1958 (o regime manifestou) alguma abertura política: candidatura de
Humberto Delgado;
Mobilizou a importância do PR (assustou o regime do Estado Novo);
Presidente do Governo = ditador;
Humberto delgado (posição ao regime, o povo adorou- ficou na memória dos
portugueses
Em 1976- O povo quis que a eleição do PR fosse direta;
Que tipo de semipresidencialismo seria adotado em Portugal;
- Matriz austríaca (não tinha atividade quase nenhuma)
- Matriz francesa (PR era também o líder do governo)
Portugal iria seguir a matriz francesa do semipresidencialismo, mas alterou por fatores de
ordem prática:
1ºfator o primeiro PR eleito foi um militar (General Ramalho Eanes, em princípio não
deveria ter partido político;)
2ºfator Ainda por cima era o chefe Maior das Forças Armadas (O PR tinha de ser
alguém suprapartidário (que não tivesse partido político;
3ºfator: O general Ramalho Eanes foi apoiado por partidos de direita (CDS-PP) e por
partidos de esquerda (PS)
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
França o PR era:
- Militante;
- Líder de partidos políticos
Mas Portugal também poderia enveredar pela matriz austríaca (o PR não tem poderes
significativos)
O General Ramalho Eanes foi um presidente ativíssimo, interferia na vida governativa,
foi eleito 2 vezes)
Logo também não segue matriz austríaca de semipresidencialismo;
Crise política:
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Os líderes dos Grandes Partidos diziam que este PR tinha muito poder, devia ser +
reduzido;
Mas estes não sabiam a Teoria Constitucional
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Antes de 1982: o PR ao aplicar o poder de dissolução da AR, tinha de ser autorizado pelo
Conselho da Revolução
- Mas este conselho foi extinto!!!!!
Depois de 1982, o PR dissolve quando quiser a dissolução da AR (só tem o conselho de
Estado, que tem um parecer meramente consultivo);
Em 1983, o PR dissolveu a AR
Síntese
- Retirar a responsabilidade política do Governo em relação ao PR
- Aumenta o “poder” da dissolução da AR (passa a ser livre)
- O nosso semipresidencialismo é diferente do que as outras matrizes do
semipresidencialismo;
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
4/12/2019
Revisão constitucional de 1982:
- Pôs fim a período de transição que começou em 1974;
- Aumento o poder do PR
Plano do PR e Governo
Governo
Até 1982: duplamente responsável (dupla responsabilidade)
- (perante a AR e perante o PR)
Dupla responsabilidade- fim!!! (1982)
-O governo só é politicamente responsável perante a AR
-A AR pode demitir o governo, aprovação de uma moção de censura ou não aprovação
de uma moção de confiança;
PR:
A partir de 1982: Pode demitir o governo – muito restrito (para assegurar o regular
funcionamento das instituições democráticas)
O governo responde perante a AR (alteração da natureza formal)
Art 195 nº2: “quando for estritamente necessário para assegurar o regular funcionamento
das instituições democráticas”
Ex: Presidente demite o governo (não era necessário para assegurar o regular
funcionamento das instituições democráticas:
- Não há fiscalização deste tipo de atos pelo tribunal constitucional, mas é
inconstitucional;
PLANO DO PRESIDENTE E AR
O conselho da revolução foi extinto;
- O poder deste conselho foi distribuído:
Fiscalização da constitucionalidade (passaram para o tribunal constitucional)
Funções legislativas: passaram para a AR e para o governo;
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
O PR pode dissolver a AR, quando quiser, só não pode dissolver nos seguintes casos
(Art 172 da CRP)
- Primeiros 6 meses da AR;
- últimos 6 meses do mandato do PR;
- Circunstância muito específico, exemplo: catástrofe (estado de sítio ou de emergência,
golpe de Estado…)
PR perdeu algum poder de demissão (do governo) e ganhou o poder de dissolução (da
AR)
Não se pode comparar estes dois poderes;
Poder de demissão do governo (não resolve nada, pois se demitir tem de nomear outro,
apresentar o programa na AR, se tivesse uma maioria contra o governo, este não chegava
a formar-se)
1982:
- Maioria absoluta (em regra) + As matérias mais importantes só podem ser confirmadas
com a maioria de 2/3 dos votos;
- Se o PR vetar e a AR tiver maioria absoluta (mais que 2/3 dos votos), o PR é obrigado a
promulgar;
Com a constituição de 1982, veio definir que Portugal não seguiria nem a matriz
austríaca nem a matriz francesa do semipresidencialismo
9/12/2019
Regionalização administrativa: vem na constituição (não tem sido feita), poderá ser
problemático (o PR é contra), mas se o governo quiser, pode criar problemas com o PR
1983: Governos de bloco central: composto pelo PS e PSD (de fora ficam os partidos
mais à esquerda e mais à direita)
- Nunca mais se fez (tentativa de grande coligação) - maioria esmagador, fazia tudo o
que queria (abusaram no poder!);
- Problema: democracia deve haver sempre alguma alternativa!!
Problema no governo, o PR dissolveu a AR e convocou novas eleições;
2004:
- PR Jorge Sampaio:
- Maioria na AR: PSD + CDS-PP
- PR achava que o governo estava esgotado;
- Dissolveu-se a AR e convocou-se novas eleições;
- Governo “contra” teve a maioria dos votos;
Estrutura da frequência:
- Só tem questões teóricas de forma a que não haja tentações de copiar
- Pode pedir para comentar uma frase;
CONSTITUCIONALISMO PORTUGUÊS:
Marcello Caetano dizia que:
- Antes da revisão constitucional de 1982, diziam que entre 1976 e 1982 era uma
ditadura militar (porque o Conselho da Revolução tinha poder);
Eleições democráticas;
A nossa constituição (tem separação de poderes + organização dos poderes políticos,
tribunal constitucional)
Estado de direito liberal: século 19 (XIX) e início do século XX
Próxima aula:
- Regime político e a forma de Estado da constituição de 1976
- Ainda não se sabe se sai para a frequência;
11/12/2019
Esta aula ainda sai para a frequência!?
Normas constitucionais- dos direitos fundamentais: normas princípio;
(voltamos a rever as normas regra e as normas princípio)
- Os tribunais para avaliar se uma situação é contra os direitos fundamentais, temos
também de recorrer aos princípios estruturantes do Estado de Direito
Outro exemplo:
Princípio da proporcionalidade = Princípio da proibição da lei excesso
Ex: Quando houve uma crise, o Estado começou a aumentar os impostos, e foi declarado
inconstitucional - violava o princípio da dignidade!
Todos os princípios estruturantes provêm da dignidade da pessoa humana!
Princípio da igualdade é muito importante!!!
Outro exemplo:
- Discriminação dos brasileiros na FDUL (violava o princípio da igualdade)
Outro exemplo:
- “Metardados”: podiam saber onde é que andávamos, etc;
- Violava o princípio da proporcionalidade
Órgãos próprios:
- Assembleias Legislativas Regionais;
- Governo regional
16/12/2019
6 constituições
2 fases:
- Monarquia absoluta;
A partir do século XIX (19), desde a revolução francesa: instituições do Estado de direito;
1ªConstituição: 1822 (depois da revolução de 1820) (Liberais e absolutistas)
1823-1826: Monarquia absoluta;
(Dizia-se que a constituição de 1820 era muito radical para a época e então surge a carta
constitucional de 1826 para amenizar)
2ª Constituição: 1826 (carta constitucional que dura até 28)
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
4ª Constituição de 1911
5ª Constituição do estado autocrático: de 1933
6ª Constituição de 1976 (a Atual)
Evolução dos Estados de direito!! (desde 1911 até aos dias de hoje)
- As diferentes constituições refletiram-se os tipos históricos de Estado, como regime
político
- Estabilização na constituição de 1976;
4ª constituição de 1911
- Em termos da separação de poderes, não há muitas diferenças: governo representativo
parlamentar;
- introduz-se a fiscalização da constitucionalidade (existia na América, introduzido pelo
Brasil em Portugal;
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Aulas teóricas de Direito Constitucional Rodrigo Espiñeira 1º ano 1º semestre turma C subturma 18
Interregno de Sidónio Pais: Seria eleito por sufrágio direto, alterou a forma de
governação; (durou apenas alguns meses, com a revisão da constituição em 1919, voltou
a vigorar a constituição de 1911;
1926: Acaba a constituição de 1911
18/12/2019
Constituição de 1933
Próximo semestre:
- Função legislativa: leis, leis ordinárias, competências... (professor Jorge Miranda, José
Melo alexandrino)
- Constituição anotada= Gomes Canotilho Moreira, Jorge Miranda
- Fiscalização da constitucionalidade em geral e em PT