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CORPORAL
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Rodrigo Ap. O. Grecco , Ana Lucia Marcondes
1Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia – Faculdade de Tecnologia de
Botucatu – rodrigogrecco.gr@hotmail.com
2Docente do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia – Faculdade de Tecnologia de
Botucatu
1 INTRODUÇÃO
O aumento da prevalência da obesidade é um dos maiores problemas de saúde
pública da atualidade. Um levantamento do Ministério da Saúde realizado em 2012
mostrou que 51 % da população brasileira está acima do peso e a frequência de adultos
obesos é de 17,4% (MINISTERIO DA SAÚDE, 2012). O excesso de peso e a obesidade
aumentam o risco de doenças cardíacas, hipertensão arterial, diabetes, desordens
musculoesqueléticas, entre outras, comprometendo substancialmente a saúde do
indivíduo.
O sobrepeso e a obesidade podem ser avaliados através da análise da
composição corporal, ou seja, a quantidade de massa gorda, magra e óssea total do
indivíduo. A determinação da composição corporal por profissionais da saúde, tais
como médicos de diversas especialidades, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores
físicos, entre outros, possibilita um maior entendimento do crescimento e a aquisição de
massa óssea por crianças e adolescentes, envelhecimento, estado nutricional e suas
complicações, como a obesidade (ROTHNEY et al, 2009), além de auxiliar nos
programas de condicionamento físico (MELLO et al., 2005).
Dentre os métodos de avaliação da composição corporal destacam-se o índice de
massa corpórea (IMC), método de dobras cutâneas, bioimpedância, densitometria óssea
(DO), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) (LEE;
GALLAGHER, 2008). A DO vem se destacando na avaliação da composição corporal,
pois, através da emissão de feixes de RX com dupla energia (DXA - Absorciometria por
Dupla Emissão de Raios-X) possibilita medir diretamente a massa de gordura, massa
magra e conteúdo mineral ósseo de todo o corpo ou de segmentos do corpo
(ALBANESE; DIESSEL; GENANT, 2003)
Portanto, este trabalho tem como objetivo demonstrar as vantagens da avaliação
da composição corporal pelo equipamento de DO sob as outras técnicas.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Uma revisão de literatura foi realizada sobre a densitometria óssea como técnica
padrão ouro de exame de avaliação da composição corporal a partir de livros na
biblioteca da Faculdade de Tecnologia de Botucatu (FATEC-Botucatu) e online
(GOOGLE BOOKS) e publicações científicas em base de dados online (GOOGLE
ACADÊMICO, SCIELO, LILACS, BIREME e PUBMED). As referências utilizadas
foram publicadas no período de 2000 a 2015 e as palavras-chave utilizadas foram:
densitometria óssea, DXA, composição corporal.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O equipamento DXA emite radiação ionizante na forma de RX com dois
diferentes níveis de energia que atravessam o corpo todo do paciente e, após a
atenuação destes feixes pelos diferentes tecidos, são captados por detectores dispostos
do lado oposto ao tubo de RX. A técnica se baseia no princípio que a atenuação do feixe
de RX pelo osso, tecidos moles e gordura é diferente, o que reflete as diferenças em
densidades e composição química destes elementos (ELLIS, 2000). Os feixes de RX
com maior energia são atenuados de forma similar tanto pelos tecidos moles como pelo
tecido ósseo e em contrapartida, os feixes com menor energia são mais atenuados pelo
tecido ósseo. A partir da subtração da diferença na atenuação nos dois picos de energia,
um software do equipamento, baseado em algoritmos matemáticos, calcula a massa
óssea e a massa de tecidos moles, mais especificamente, gordura e massa magra
(ALBANESE; DIESSEL; GENANT, 2003) e ainda uma imagem do contorno corporal
e dos tecidos é formada (Figuras 1). Os resultados obtidos são expressos em massa total,
massa de gordura, massa de massa magra, conteúdo mineral ósseo, em gramas e a
porcentagem de gordura, tanto para o corpo todo, como para segmentos do corpo
(braços, pernas e tronco direitos e esquerdos, pelve) (Figura 1).
Figura 1 – Contorno corporal e tecidos obtidos através do exame de corpo total
pela DO de um paciente e dos dados de composição corporal obtidos.
Fonte: Adaptado de RAMOS et al., 2012.
4 CONCLUSÕES
O exame de DO de corpo total é uma técnica rápida, não invasiva,
precisa e com pouca exposição à radiação ionizante para avaliação da composição
corporal. Deve ser considerada como método de escolha no auxílio da avaliação da
obesidade e outros distúrbios relacionados ao estado nutricional do paciente. Por
permitir uma avaliação, além da gordura corporal, da massa magra nos segmentos
corporais, pode ser utilizada por médicos e fisioterapeutas para recuperação de pacientes
pós cirúrgicos ou em programas de condicionamento físico por atletas.
5 REFERÊNCIAS
ALBANESE, C.V; DIESSEL, E; GENANT, H.K. Clinical Applications of Body Composition
Measurements Using DXA. JOURNAL OF CLINICAL DENSITOMETRY. v. 6, n. 2, p. 75-85, 2003.
<http://www.proquad.org.br/figuras/listas/clinical-applications-of-body-composition-measurements-
using-dxa.pdf>. Acessado em 16 de Agosto de 2015.
Estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças
crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no distrito federal em 2012. MISITÉRIO DA SAUDE.
http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/74/553a2473e1673.pdf
Glaner, M, F; - Índice de massa corporal como indicativo da gordura corporal comparado às dobras
cutaneas. REVISTA BRASILEIRA MEDICINA ESPORTE. V. 11, nº 4, p. 243–246, 2005.
<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n4/26867.pdf> Acessado em 25 de Agosto de 2015.