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Métodos para

Avaliação da
Composição
Corporal

Guia completo para a melhor escolha

Carlos Emanuel Tavares


Índice

Introdução 03
Dobras cutâneas com
adipômetro 04
Bioimpedância 06
Ultrassom BodyMetrix PRO 09
Pletismografia 16
DEXA 17
Considerações 18
A escolha do método 19
Introdução

Com um mercado cada vez mais competitivo, exigente e em


constante evolução, os profissionais das diversas área da
saúde como Médicos, Nutricionistas, Personal Trainers,
Fisioterapeutas, entre outros, dependem ainda mais de
ferramentas e tecnologias que os auxiliem diretamente na
execução de um trabalho de excelência junto aos seus
pacientes.

Essas tecnologias são criadas e estudadas para trazerem


informações essenciais para a otimização do trabalho
profissional.

03
Dobras cutâneas
com adipômetro
Pensando nisso, criamos este eBbook, que tem o propósito
de apresentar uma análise profunda das principais vantagens
e desvantagens das tecnologias de avaliação da Composição
Corporal disponíveis no mercado.

O método da adipometria tem o objetivo de medir, através de


um adipômetro, as dobras ou pregas de gordura da pele, de
modo a estimar a profundidade da camada de gordura sob
ela. Depois de realizar essas medidas em alguns lugares
específicos do corpo – exemplo: peito, coxa, tríceps e outros
– são utilizadas fórmulas para calcular o percentual de
gordura.

Os lugares do corpo que devem ser medidos variam de


acordo com o protocolo/fórmula que o avaliador escolher.
Recomendamos que seja utilizado o protocolo/fórmula
Jackson-Pollock de 3 ou de 7 pontos/dobras/pregas. Eles são
os protocolos mais estudados.

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É importante destacar que existem diversos modelos e
marcas de adipômetros no mercado e cada um deles
apresenta resultados diferentes, então é de FUNDAMENTAL
importância que seja utilizado sempre o mesmo equipamento
e o mesmo protocolo/fórmula em suas avaliações.

Vale ressaltar algumas limitações do método. A técnica


depende da habilidade técnica do avaliador/profissional e não
se aplica a todas as populações. Outro fator é que estima
uma espessura de camada de gordura que pode ser de 1,5 a
3X o tamanho real da espessura de gordura, por se tratar de
uma prega cutânea.

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Bioimpedância
Neste método, um aparelho – que
tanto pode ser segurado em suas
mãos como também pode ser uma
simples balança com essa função
acoplada – faz com que uma
pequena corrente elétrica passe
pelo seu corpo, usando assim a
impedância percebida para calcular
o seu percentual de gordura. Trata-
se de um exame indolor, porém não
é indicado para gestantes nem para
pessoas portadoras de marca-passo.

A principal desvantagem desse


método é que exige um preparo
prévio do paciente, já que os
resultados são extremamente
afetados principalmente pelo nível
de hidratação do avaliado, assim
como pelo consumo de álcool,
cafeína, pelas horas de sono e
atividade física.

Então, se este método for usado


rotineiramente com seus pacientes
ou clientes, sugerimos, por exemplo,
que as medições sejam sempre
feitas nas mesmas condições de
hidratação e consumo das
substâncias acima citadas e com
muita atenção e controle dos
pacientes pelo menos nas 48 horas
que antecedem o exame.

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Sabemos que ter esse controle
nos dias de hoje é inviável,
mas é o que preconiza o
método.

Existem recomendações até


mesmo mais rígidas na
literatura, alertando para que o
avaliado não faça exercícios,
nem consuma álcool, doces e
cafeína de 48 a 72 horas antes
do exame. É também
recomendado que o teste NÃO
seja feito caso o paciente/
cliente tenha tomado algum
medicamento diurético nos
últimos 7 dias.

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Fique atento: por ser realmente muito difícil controlar essas variáveis
todas com o paciente, esse é um método que frequentemente
apresenta resultados alterados e muitas vezes resultados duvidosos.

Se você usa uma balança dessas, leve em conta que você pode estar
valendo-se de um método que não entrega a precisão nos resultados
que realmente você precisa para auxiliar nas prescrições e validar seus
resultados.

Portanto, a indicação é que o profissional também siga essas últimas


recomendações para manter sempre o mesmo padrão em suas
medições. E lembre-se que o paciente deve retirar todos os objetos
metálicos do corpo como relógios, pulseiras, anéis etc.

As bioimpedâncias são encontradas em consultórios de nutrição e


consultórios médicos, já que o custo das balanças consideradas mais
precisas é muito elevado. Lembrando que todas sofrem do mesmo
viés, independentemente do valor ou modelo. Este viés todo está
atrelado à tecnologia da bioimpedância.

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Ultrassom O BodyMetrix é um aparelho de
ultrassom portátil, que ligado à
BodyMetrix porta USB do Computador mede
de maneira extremamente
precisa a espessura em
milímetros da camada de
gordura subcutânea e da massa
muscular.

Depois de coletadas as
informações, a composição
corporal total é calculada através
de um Software próprio
exclusivo, que utiliza como base
as mesmas fórmulas utilizadas
na adipometria; essas fórmulas,
entretanto, foram adaptadas
para a coleta através da
ultrassonografia, e após essas
adaptações, novos estudos de
validação científica foram
realizados, demonstrando que a
avaliação com o BodyMetrix é o
que mais se aproxima em
precisão ao DEXA (padrão ouro
para composição corporal),
conforme estudos publicados
pelo American College, com a
vantagem de ser uma ferramenta
muito acessível, diferentemente
do DEXA.

Outra grande vantagem do


método é que o BodyMetrix é um
equipamento portátil, o que
permite ao profissional avaliar
em vários locais de atendimento.

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Um dos maiores diferenciais do BodyMetrix, além da precisão do
método, é a não necessidade de preparo prévio do paciente. Com o
BodyMetrix, o avaliado não necessita de preparo prévio algum, grande
vantagem quando comparado com o método de bioimpedância
utilizado por alguns profissionais.

Mas, sem dúvida, o maior diferencial dessa tecnologia são as Imagens


de Ultrassom. Através das imagens geradas pelo ultrassom, o
profissional consegue visualizar na tela do computador a espessura
muscular e a espessura da capa de gordura em imagem com precisão
milimétrica, podendo submeter essas imagens a comparações futuras
em forma de relatório de imagens.

Nesta funcionalidade do BodyMetrix, o grande diferencial é o


profissional poder monitorar hipertrofia muscular ou sarcopenia em
imagem, bem como a densidade e qualidade muscular (também
apresentadas na imagem de ultrassom), através do monitoramento da
perda de gordura intramuscular.

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Como o BodyMetrix
funciona?
Gordura | Músculo | Osso

Ele emite um sinal sonoro que viaja através do tecidos em


profundidade. O eco sonoro retorna ao equipamento que interpreta os
dados, gerando a imagem de ultrassom de acordo com a densidade de
tecido encontrada, delimitando as fáscias que dividem gordura
subcutânea do músculo e músculo do osso, conforme imagem
demonstrada abaixo.

Aparelho
Tecido Imagem 2D

Gordura

Músculo

OSSO

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Na imagem acima é possível visualizar a evolução de um
bíceps, acompanhando a hipertrofia muscular e a perda de
gordura subcutânea, além da perda de gordura
intramuscular, demonstrando uma melhoria da qualidade ou
densidade muscular.

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Comparando o BodyMetrix com
a Tomografia Computadorizada

O BodyMetrix apresentou níveis de precisão muito similares à


tomografia, demonstrando mais uma vez ser um método de
imagem de baixo custo extremamente confiável.

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Deep Fat
Todos nós temos 2 camadas de gordura subcutânea, uma mais
superficial e uma profunda. Com o BodyMetrix, essa camada mais
profunda denominada ”deep fat” ou ”deep adipose” ou gordura
subcutânea profunda pode ser visualizada quando presente no
paciente /cliente, como na imagem abaixo.

Essa gordura tem um perfil inflamatório e comportamento similar à


gordura visceral. E pode ser um indicador de Síndrome Metabólica,
conforme apontado no estudo abaixo. É mais um dado valioso que só
conseguimos ter acesso através do exame de imagem, reforçando
mais ainda o quão importante é o BodyMetrix. A ”deep fat” demonstra
muito sobre a saúde e hábitos do paciente/cliente e permite que o
profissional trabalhe com estratégias específicas na busca da redução
dessa camada de gordura inflamatória.

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Precisão Comprovada!

Neste estudo publicado em 2011 pelo American College, o BodyMetrix


apresentou níveis de precisão de 99,4% quando comparado ao DEXA
(padrão ouro) para análise de composição corporal.

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Pletismografia

A pletismografia é um
exame realizado dentro de
uma cápsula que usa
deslocamento de ar para
conseguir obter a
composição corporal. Para
tanto, é necessário sentar
dentro de uma câmara
hermeticamente fechada e
aguardar de 4 a 5 minutos
enquanto as pressões de
ar alternadas determinam a
sua composição corporal.

O exame é bastante
preciso quando comparado
com o padrão ouro de
medição da composição
corporal (DEXA).

A principal vantagem é que é um exame confortável e possui um alto


índice de precisão!

Esse método também é bastante útil para a realização da análise da


composição corporal de indivíduos obesos com mais de 200 kg.

Infelizmente, esse método não é muito popular no Brasil, talvez devido


ao alto custo do equipamento, o que ocorre também com o DEXA,
método que será apresentado na sequência.

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DEXA
O DEXA realiza um exame de densitometria óssea que originalmente foi
desenvolvido com o objetivo de prevenir osteoporose.

Este método, assim como o BodyMetrix, é capaz de avaliar muito mais


do que apenas o percentual de gordura. Ele faz uma análise completa
da massa muscular e da massa óssea, gerando também imagens que
possibilitam a detecção de desequilíbrios musculares entre os lados
direito e esquerdo do corpo. Esse, sem sombra de dúvidas, é
considerado o melhor método existente atualmente no que diz respeito
à precisão da avaliação da composição corporal.

É um pouco mais popular no Brasil quando comparado à pletismografia,


mas a má notícia é que ele tem um custo bastante elevado e o
equipamento expõe o paciente à radiação, tornando o método inviável
na utilização frequente para análise da composição corporal – entenda-se
aqui “frequente” como semanal ou mensal.

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Considerações
Você pôde conhecer os diferentes e
mais utilizados métodos de avaliação
da composição corporal. Uns mais
acessíveis, outros nem tanto. Fazendo
uma análise geral, podemos afirmar
que os 3 métodos considerados
melhores, em termos de precisão, são:

1 DEXA

2 BodyMetrix

3 Pletismografia

Esses são os melhores em termos de


precisão! Sendo assim, dentre esses
três métodos, o mais interessante sem
sombra de dúvidas é o BodyMetrix, por
ser um aparelho de ultrassom que cabe
na palma da mão e permite a realização
da avaliação da composição corporal
com um nível de informação e precisão
comparável ao DEXA.

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A escolha do
Método

Porém, analisando essas informações

acima apresentadas e na intenção de

auxiliar você profissional na escolha

da melhor ferramenta, questione-se

sobre:

1) O valor do investimento é

algo relevante para você?

2) A precisão da avaliação é

fundamental?

3) O seu paciente terá disciplina

para cumprir os preparos prévios

caso o método exija?

4) Informações como espessura e

qualidade muscular são importantes

para você?

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5) O equipamento ser portátil é
importante para você?

6) Ter uma análise muscular


segmentada é importante para
você?

7) Ter uma ferramenta que


apresenta maior credibilidade ao
seu paciente, assim fidelizando-o
é importante?

Com base nas respostas acima, tenho certeza que você


fará a escolha do método que mais se enquadra em suas
necessidades.

Carlos Emanuel Tavares

Esp. Ciência do Treinamento Desportivo - UNICAMP

CREF – 037618-G/SP

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