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RELATÓRIO – IPERBA (Junho 2023)

ALUNA: Breno Carvalho Tambuque de Oliveira UNIME

Relatório das experiências vividas no estágio de obstetrícia do Instituto de Perinatologia


da Bahia (IPERBA), no período do dia 22 de Maio até dia 25 de junho de 2023.
Durante o rodízio, fomos alocados para os serviços de: ambulatório, enfermaria e centro
obstétrico. Na enfermaria, era dividido entre os internos as gestantes e puérperas. Sem dúvidas,
uma das principais patologias que nos deparávamos no decorrer da enfermaria era DMG. É
sabido que níveis glicêmicos elevados ao longo da gestação estão relacionados a complicações
fetais, como transposição de grandes vasos, comunicação interventricular, coarctação de aorta,
anencefalia, meningocele, hidrocefalia, espinha bífida, agenesia renal, regressão caudal. Além
disso, está implicado também distúrbios do crescimento, com macrossomia fetal (peso >
4.000g), distocia de espáduas, CIUR, sofrimento fetal, prematuridade. Devemos destacar
também as complicações neonatais, como a síndrome da angústia respiratória, hipoglicemia
neonatal, hipocalcemia, hiperbilirrubinemia, Policitemia, risco de diabetes na vida adulta. Em
relação a conduta terapêutica, nós analisávamos o mapa glicêmico para ajustar as doses de
insulina NPH e regular para posterior alta e seguimento ambulatorial.
Já no ambulatório, os miomas representavam grande parte dos atendimentos em
ambulatório de ginecologia. Os miomas podem ser divididos em intramurais, submucosos,
subserosos e cervicais. Os principais sintomas relacionados são sangramento uterino anormal e
dor pélvica. O diagnóstico pode ser feito pela anamnese e toque vaginal, associados a exames de
imagem. Os principais exames de imagem que podemos utilizar para diagnosticar miomas
uterinos são: Ultrassonografia pélvica por via transabdominal ou transvaginal, ultrassonografia
tridimensional, histerossalpingografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética,
histeroscopia. A classificação dos miomas pode ser feito por: FIGO, ESGE, LASMAR. O
tratamento pode ser feito por conduta expectante, quando o mioma é assintomático,
sintomáticas sem comprometimento geral, bem como com uso de tratamento hormonal.
A vivência no centro obstétrico envolveu o manejo de muitas gestantes com doença
hipertensiva na gravidez. Podemos classifica-la em: pré-eclâmpsia/eclâmpsia, hipertensão
crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta, hipertensão gestacional. Os fatores
de risco são: primiparidade, gravidez múltipla, doença vascular hipertensiva crônica, DM, DRC,
LUPUS, trombofilias, obesidade, gestação molar, hidropsia fetal, extremos da vida reprodutiva,
pré-eclâmpsia em gestação anterior, história familiar de pré-eclâmpsia, raça negra, longo
intervalo interpartal, SAF, troca de parceiro e nova gravidez. A avaliação durante o pré-natal
envolve: AST/ALT, creatinina sérica, potássio, hemograma, relação proteinúria/creatinúria em
amostra isolada ou proteinúria de 24h, eletrocardiograma ou ecocardiograma. As medicações
para HAC na gestação: metildopa, nifedipina, labetalol, hidralazina, IECA/BRA, diuréticos.
Posto isso, finalizando o rodizio, só resta agradecer aos residentes e preceptores pelos
ensinamentos, por agregar mais aprendizado ao transmitir seus conhecimentos e experiências,
aprimorando nosso raciocínio clínico como médico generalista. Agradecer pela paciência e por
nos oportunizar auxiliar nos atendimentos ambulatoriais e hospitalares, por nos mostrar a
importância do cuidado individualizado, de como conduzir uma gestante desde o pré-natal a
assistência clínica ao parto.

ANEXO (Taxímetro)

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