Malária - transmissão: inoculação dos esporozoítos
durante a picada de fêmeas do inseto
- agentes etiológicos: Plasmodium vivax Anopheles (vetor); (maioria dos casos), Plasmodium falciparum, Plasmodium malarie, ordem Díptera, família Culicidae e Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi; subfamília Anophelinae; também pode ser por transfusão o P. falciparum causa a forma mais sanguínea, mas em menor grave da doença; proporção – dura em torno de 48h as 2 últimas espécies só ocorrem fora do hospedeiro e, por isso, é no continente africano. Porém na mais difícil de ocorrer infecção por África, não ocorre a infecção pelo essa via; P. vivax; o inseto suga o sangue e deposita - o maior número de casos é na Amazônia ele quando pica um novo Legal – Acre, Amapá, Amazonas, indivíduo; Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, - esporozoíto: microtúbulos em espiral Roraima e Tocantins comunidades (para movimentação), micronemas, disco ribeirinhas, assentamentos, áreas apical, roptrias; indígenas, áreas urbanas e periurbanas;
- fora da região amazônica, os principais
locais que registram quantidades relevantes de casos são: ES, MG, SP, RJ, BA e PR;
- é uma doença de notificação
compulsória através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária;
todos os casos suspeitos devem ser
notificados em até 24h e ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); - ciclo de vida: forma infectante de - 2 hospedeiros: esporozoíto presente na glândula salivar do inseto o inseto regurgita o sangue humano – intermediário – fica no sugado anteriormente em um novo interior das hemácias consegue hospedeiro esporozoíto chega no fígado invadi-las através de alguns invade os hepatócitos sofrem receptores presentes nas hemácias diferenciação e se tornam trofozoítos e que os parasitas se ligam; trofozoítos amadurecem, seus núcleos se inseto – definitivo; fragmentam e se diferenciam em - o P. vivax só entra nas hemácias que têm esquizontes cada fragmento do núcleo o antígeno Duffy, que não está presente na vira um merozoíto (tudo isso ainda dentro população africana (são Duffy negativos). do hepatócito – FASE EXO-ERITROCÍTICA) Já o P. flaciparum entra nas hemácias com merozoítos caem na corrente sanguínea o antígeno glicoforina, presente em todas e adentram nas hemácias se as hemácias humanas; diferenciam em trofozoítos originam os esquizontes se transformam em todos os parasitas seguem o ciclo exo- merozoítos (tudo isso dentro das hemácias eritrocítico, alguns entram e “congelam”, – FASE ERITROCÍTICA); ficando na forma latente;
- a fase exo-eritrocítica é muito rápida, em as formas que caem na circulação
que ele faz apenas um ciclo de replicação e causam os sintomas, sendo mais todos os merozoítos vão simultaneamente facilmente diagnosticados; para a circulação. Já no ciclo eritrocítico, os podem se tornar ativas em até 1 merozoítos podem recomeçar o ciclo ou anos após a infecção e causar o dar origem à gametócitos; ciclo eritrocítico – momento de recaída; o gametócito masculino, dentro do inseto, sofre exflagelação originan- do mais 8 gametas masculinos;
- os gametócitos ficam na corrente
sanguínea inseto suga o sangue ocorre a fecundação no intestino do inseto forma oocineto é mole e consegue ultrapassar as células e chegar no lúmen do intestino do inseto lá se aderem e adquire uma parede rígida de polissacarídeos vira oocisto dentro dele formam-se os espeorozoítos, que rompem o oocisto e vão para glândula salivar do inseto;
- dentro das hemácias, os parasitas
consomem a hemoglobina, convertendo-a em hemozoína (Hz – pigmento malárico), que fica acumulada dentro das hemácias;
por ser insolúvel, a Hz fica retida
no fígado e no baço – pode causar hepatomegalia e esplenomegalia; - P. vivax, P. ovale e P. falciparum – ciclo eritrocítico em 48h (é sempre regulado - quando o merozoíto rompe a hemácia, nesse intervalo) – febre terçã (sintoma no libera a hemozoína no sangue – é tóxica e dia 1 – 1ª dia de febre – e no dia 3); insolúvel, passando a funcionar como um pirógeno estimula citocinas pró- - P. falciparum – a febre é maligna, pois ele inflamatórias (TNF-alfa, IL-1 e IL-6) a tem uma citoaderência que pode formar cada término de ciclo tem sintoma de aglomerados de células parasitadas febre alta; quando passam pelos capilares do cérebro, podem se ligas às células endoteliais e na 1ª semana não há febre, pois causar obstrução hipóxia endotelial; [Hz] no sangue ainda é pequena; a citoaderência é feita pela - no ciclo do P. vivax e do P. ovale podem proteína PfEMMP-1, secretada ser encontrados hipnozoítas – formas pelo parasita, que fica na superfície latentes que ficam nos hepatócitos – da hemácia e gera alterações quando invadem os hepatócitos, nem morfológicas nela ficando com protuberâncias (rosetas) passam a se aderir trofozoíta maduro entre si “trombo”; entram em todas as hemácias, diferentemente do P. vivax, que só entra nos eritrócitos; gametócito ocorre em adultos imunodepri- midos, crianças e gestantes; causa a forma mais grave da - P. vivax: doença;
- P. malarie – faz o ciclo eritrocítico em 72h
trofozoíta jovem – febre quartã (sintoma no dia 1 e no dia 4);
- os picos de febre são chamados de
paroxismo malárico; trofozoíta maduro - a febre é precedida por calafrios e, depois da elevação da temperatura, há sudorese muito elevada. Associada à cefaleia, dor no corpo, cansaço, dor muscular, náusea, tosse, palidez, tremor; esquizonte - outro sintoma é a anemia, que ocorre por conta da lise elevada das hemácias o TNF-alfa diminui a atividade de - diagnóstico: hematopoiese, não conseguindo repor as hemácias perdidas; clínico; laboratorial – exame de sangue simples (espécie e carga parasitária), teste rápido e QBC; sangue periférico não detecta esquizonte de P. falciparum; granulações de Shuffner – presentes nas hemácias parasitadas com P. vivax; no teste rápido, tem anticorpos que reconhecem globinas, direciona-dos para lactato desidrogenase (todas as espécies) e contra a proteína rica em - P. falciparum: histidina (só P. falciparum); – se trofozoíta jovem tiver infectado, o teste será positivo; sorológico por ELISA e PCR; - profilaxia: combate ao inseto, saneamento básico e diagnóstico e tratamento precoce dos doentes;
- tratamento: diversos fármacos;
o parasita sofre mutação por
pressão seletiva, podendo se tornar resistente; quinina (atua sobre as formas sanguíneas), cloroquina (atua sobre o P. falciparum e P. vivax) e mefloquina (profilaxia);