O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)
Rotação por estações de aprendizagem
A metodologia rotação por estações de
aprendizagem é uma modalidade de ensino híbrido
que consiste em criar espaços dentro da sala de aula
- as “estações” - com atividades diferentes em cada
espaço e onde os alunos realizam uma atividade.
Terminada a atividade, os alunos mudam de
estação para fazer uma atividade diferente. Trata-
se, portanto de um circuito de aprendizagem ativa.
As atividades são diferentes (leitura de texto, leitura
de imagem, análise de mapa, análise de gráfico ou
tabela etc), mas todas sobre o mesmo tema. Uma
das estações deve incluir tecnologia digital.
Os alunos, divididos em grupos de 4 ou 5 membros,
devem executar a atividade em um tempo
previamente determinado pelo professor. Dessa
maneira, os grupos se revezam em atividades
distintas.
Cada estação é independente das outras, isto é, tem
começo, meio e fim. Por quê? Como cada grupo vai
começar em uma estação diferente e circular a
partir dela, é preciso que os grupos sejam capazes
de resolver cada desafio isoladamente. A única
ligação entre as estações é o tema central.
A quantidade de estações é definida pelo tempo de
aula. Para uma aula de 45 minutos, o ideal são 3 ou
4 estações com o tempo de 15 ou 10 minutos para
os alunos executarem a atividade de cada módulo.
Tenha o relógio em mãos e pense em um sistema de
alarme, para que todos saibam quando precisam
mudar de atividade. Lembre que eles precisam
concluir a missão no tempo estabelecido.
Benefícios da metodologia
A rotação por estações de aprendizagem garante
estímulos diversos ao estudante possibilitando o
desenvolvimento de habilidades cognitivas
variadas. Para isso, é importante incluir tecnologia
digital e pelo menos uma atividade que possibilite
explorar diversas perspectivas.
A aula se torna mais dinâmica e contribui para
fomentar a socialização entre grupos que não
costumam conversar. Os grupos não precisam ser
fixos, os alunos podem circular pelas estações
juntando-se a outros colegas para realizar a
atividade.
Importante é que todos os alunos passem por todas
as estações. Os alunos devem escrever as respostas
em seu caderno lembrando de anotar a estação a
que elas se referem.
Por fim, essa metodologia garante ao professor o
papel de mentor e orientador da aprendizagem, no
lugar de emissor de conteúdo.
As estações propostas neste material
Este material contempla as seguintes habilidades:
EF06HI15
Descrever as dinâmicas de circulação de pessoas,
produtos e culturas no Mediterrâneo e seu
significado.
EF06HI16
Caracterizar e comparar as dinâmicas de
abastecimento e as formas de organização do
trabalho e da vida social em diferentes sociedades e
períodos, com destaque para as relações entre
senhores e servos.
Para atender esses tópicos, foram elaboradas 5
estações que abrangem as rotas de comércio
europeu e árabe, as feiras medievais, o comércio de
ouro africano e a Rota da Seda – temas relacionados
ao período do Renascimento Comercial e Urbano.
Espera-se, ao final, que o aluno compreenda que o
comércio europeu medieval estava ligado a
mercados de outros continentes.
As estações 4 e 5 necessitam de consulta na
Internet. Por isso, providencie tablet ou
computadores com conexão de Internet. É possível
usar o celular, porém considere que algumas
pesquisas incluem mapas e a visualização desses é
mais confortável em telas maiores.
Para aplicar todas as estações, convém dividir a
dinâmica em 2 aulas. Se preferir, reduza a dinâmica
para uma aula e selecione as estações que melhor
se adequam às aulas dadas.
Preparando a dinâmica
Organize a sala: reuna mesas e cadeiras para cada
estação. Tenha o cuidado de deixar os módulos
separados entre si e com uma área de circulação
entre eles.
Posicione os tablets ou computadores que serão
usados nas estações 4 e 5.
Providencie o relógio com alarme para marcar o
término das atividades.
 O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)

Escreva na lousa o tema da dinâmica: O COMÉRCIO negociar mercadorias para levá-las a uma feira na
NA IDADE MÉDIA Europa.

Quando a turma chegar, explique brevemente a
estratégia. Oriente os alunos a se sentarem
indistintamente.
Convém que eles deixem seus materiais em um
canto da sala tendo às mãos apenas o caderno e
uma caneta.
Com a turma sentada nas estações, distribua uma
atividade para cada estação.
Desafio de conclusão da dinâmica
A metodologia rotação por estações se conclui com
um trabalho que dê sentido às atividades
executadas. Veja três sugestões de trabalho final:
1. Fórum de debate sobre o tema: O comércio
global do século XIII
2. Criação de um Diário do Mercador
Cada grupo escolhe um mercador de determinada
origem (árabe, veneziano, africano, persa etc.) e
escreve um diário (de 1 a 3 páginas) relatando a
viagem de sua cidade até um local distante onde vai
O diário deve mencionar a rota de viagem e pode
ser ilustrado com mapa.
3. Criação coletiva de um jogo de trilha
Um grupo desenha a trilha bem sinuosa com 40 a 50
casas. Metade das casas deve ter obstáculos, isto é,
são marcadas com um X ou um ponto de
interrogação. Nessa parada o jogador deve
responder uma pergunta. Se acertar avança 1 ou 2
casas, se errar recua 1 ou 2 casas ou, pior, perde 1
jogada.
Todos os grupos elaboram 3 perguntas e suas
respectivas respostas. As perguntas devem estar
relacionadas ao que foi aprendido nas estações. O
professor pode determinar uma estação para cada
grupo.
Fique atento às perguntas elaboradas. Elas não
devem ser genéricas demais e nem exigir um
detalhe tão específico que torne impossível
responder. Avalie se há erros e peça aos alunos para
corrigirem. Encontrando perguntas iguais entre os
grupos, peça-lhes para fazer outra pergunta.
As perguntas são escritas em cartinhas. Veja
modelo de cartinhas na última página.

Outros recursos
▪ Bingo Iluminado da Idade Média. (GRATUITO). Stud História.
https://studhistoria.com.br/produto/bingo-iluminado-da-idade-media-gratuito/

▪ Capacete medieval: molde para montar um elmo medieval. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/capacete-medieval-para-montar/

▪ Cerco ao castelo medieval: jogo de tabuleiro. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/cerco-ao-castelo-medieval/

▪ Jogo do mosteiro medieval: jogo de tabuleiro. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/jogo-do-mosteiro-medieval/

▪ Loja medieval. Encontrar 9 erros em PDF. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/loja-medieval-pdf/

▪ Servos colhendo trigo. Loja medieval. Encontrar 9 erros em PDF. (GRATUITO). Stud História.
https://studhistoria.com.br/produto/jogo-dos-9-erros-servos-medievais-para-imprimir/

▪ Torneio medieval. Encontrar 9 erros em PDF. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/cavaleiros-em-um-torneio-medieval-pdf/

▪ Quebra-cabeça da Idade Média. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/quebra-cabeca-da-idade-media/

▪ Banquete medieval de Natal: encontre 11 anacronismos. Stud História.

https://studhistoria.com.br/produto/banquete-medieval-de-natal-encontre-11-anacronismos/
 O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)

ESTAÇÃO 1

Os dois mapas abaixo mostram rotas comerciais. Compare-os e depois responda as questões.

1) As rotas comerciais são terrestres e marítimas. Cite 4 mares por onde elas passam.

2) De que regiões estrangeiras vinham parte dos produtos comercializados na Europa no século XIII?

3) Que produtos oriundos da África e da Ásia eram comercializados na Europa?

4) Qual a importância dos árabes no comércio da Europa medieval?

5) O mapa mostra que, no século XIII, existia comércio de escravizados. De onde vinham os escravos
nessa época?
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ESTAÇÃO 2

A imagem abaixo mostra mercadores árabes negociando escravos em um mercado no Iêmen, no

século XII. Eles pesam as moedas dadas pelo comprador. Observe a imagem, leia o texto e responda
às questões a seguir.

“Os árabes organizaram e desenvolveram o tráfico
de escravos como empreendimento comercial de
grande escala na África. Não se tratava mais de
alguns poucos cativos, mas de centenas deles a
serem trocados e vendidos, tanto dentro da própria
África quanto no mundo árabe e, posteriormente,
no tráfico transatlântico para as Américas, inclusive
para o Brasil.
[...] Além de produto de troca, o escravo era o
carregador nas exaustivas viagens. [...] Quanto mais
escravos eram capturados outros tantos eram
necessários para preencher várias ocupações no
mundo árabe. [...] Era principalmente como
soldados que os cativos passavam a ser
indispensáveis. A conquista de territórios [...]
requeria mais e mais soldados.

[...] O Corão [livro sagrado do Islã] não condenava o
cativeiro. Para os seguidores do profeta Maomé, a
escravização era uma espécie de missão religiosa. O
infiel, ao ser escravizado, “ganhava” a oportunidade
da conversão e, depois de devidamente instruído
nos preceitos islâmicos, tinha direito a voltar a ser
livre.
Todo o mundo árabe foi se revelando um bom
mercado para os cativos trazidos não só da África,
mas também da Índia, China, Sudeste da Ásia e
Europa Ocidental e Oriental”
ALBUQUERQUE, W. R. de; FRAGA FILHO, W. Uma
história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos
Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares,
2006, p. 15, 18-19.

1) A imagem e o texto se contradizem ou se completam? Por que?

2) Que informações o texto acrescenta à imagem quanto à origem dos escravos?

3) Quem eram os compradores dos escravos fornecidos pelos árabes?

4) No terceiro parágrafo, o texto diz que o escravo era “produto de troca”. Segundo a imagem, como
era feita essa troca?

5) Como a religião islâmica entendia o escravidão?

 O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)

ESTAÇÃO 3

A imagem abaixo é uma iluminura da obra O cavaleiro errante, de Tomasso III, 1403-1404 que
mostra a feira de uma cidade. Observe a image, leia o texto e responda às questões.

Em aldeias, vilas e grandes cidades autorizadas
por seu monarca eram realizadas,
regularmente, feiras em praças públicas, em
ruas largas ou mesmo em salões construídos
para esse fim. As cidades maiores podiam ter
uma feira diária que se reveza em diferentes
partes da cidade, ou feiras para produtos
específicos, como carne, peixe ou pão.
Os vendedores de carne e pão tendiam a ser
homens, mas muitas mulheres eram donas de
barracas de alimentos básicos como ovos,
laticínios, aves e cerveja.
Havia intermediários, homens e mulheres que
compravam mercadorias de produtores e as
revendiam nas cidades e vilas. Tinham, ainda
os mascates que batiam à porta de casas
particulares para vender suas mercadorias.
Os comerciantes tinham que pagar pedágios
em certos pontos da estrada, em pontes ou
passagens nas montanhas, de modo que
apenas bens de luxo valiam o transporte por
longas distâncias.
O transporte por barco ou navio era mais
barato e seguro do que por terra, mas era
preciso considerar perdas potenciais devido ao
mau tempo e ataques de piratas. Por isso, os
mercados locais eram abastecidos pelas
propriedades agrícolas que os cercavam. Quem
desejasse outros itens como roupas, tecidos ou
vinho tinham que estar preparados para
caminhar meio dia ou mais até a cidade mais
próxima.
Adaptado de
https://www.worldhistory.org/article/1301/trade-in-
medieval-europe/

1) Extraía do texto 3 fragmentos que estão representados na imagem.

2) Considerando as pessoas representadas na imagem, as feiras medievais eram espaços

frequentados só por homens e burgueses (moradores da cidade)? Explique.

3) Extraía do texto 3 informações sobre o comércio que complementam a imagem.

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ESTAÇÃO 4
(Atividade com tecnologia digital)

O esquema abaixo é um resumo da Idade Média (século V ao XV). Leia com atenção o quadro Baixa
Idade Média.

Veja o esquema completo em Idade Média – resumo. Stud História.

Disponível em: https://studhistoria.com.br/resumos-e-mapas/idade-media-seculo-v-a-xv/

1) No esquema acima, o quadro Renascimento Comercial e Urbano traz sete itens. Qual a relação
entre todos eles e o título do quadro?
Para responder, pesquise o verbete Renascimento Comercial e Urbano no link:
https://studhistoria.com.br/qq-isso/

2) O comércio realizado na Baixa Idade Média era feito com moedas de ouro. De onde vinha esse
ouro? Como ele chegava à Europa? Em que cidades europeias esse ouro era cunhado?
Para responder, pesquise o verbete Rotas transaarianhas no link: https://studhistoria.com.br/qq-
isso/
 O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)

ESTAÇÃO 5
(Atividade com tecnologia digital)

A imagem abaixo é a iluminura de uma loja medieval em Rouen, na França atual. Observe as
mercadorias que estão à venda, os vendedores e compradores.

Dentro do armário estão tecidos de seda, uma mercadoria valiosa destinada aos consumidores mais
endinheirados como os nobres, o alto clero e ricos burgueses.

1) De onde vinha a seda? Como ela chegava até a Europa?

Para responder, pesquise o verbete Rota da Seda no link: https://studhistoria.com.br/qq-isso/

2) Você já ouviu falar em Marco Polo? O que ele tem a ver com Rota da Seda?
Para responder, pesquise na Internet sobre Marco Polo: quem era, quando viveu, o que fez e qual a
sua relação com a Rota da Seda.
 O COMÉRCIO NA IDADE MÉDIA (rotação por estações)
RESPOSTAS
ESTAÇÃO 1
1) Mar Mediterrâneo, Mar Cáspio, Mar Negro e Mar
do Norte.
2) Vinham da África, do Oriente Próximo e da Ásia.
3) Escravos, ouro, marfim, especiarias, trigo, ferro,
armas, açúcar, sedas.
4) Os mercadores árabes (e também persas e
judeus) forneciam aos mercados europeus os
produtos trazidos de regiões distantes como a
África, o Oriente Médio, a Índia e a China (de onde
vinham as sedas).
5) Os escravos vinham de diferentes regiões: África,
norte da Europa e da Ásia.
ESTAÇÃO 2
1) A imagem e o texto se complementam, pois
ambos referem-se ao comércio de escravo realizado
pelos árabes.
2) Os escravos comercializados pelos árabes eram
trazidos não só da África, mas também da Índia,
China, Sudeste da Ásia e da Europa Ocidental e
Oriental.
3) Os escravos eram vendidos na África, no mundo
árabe e, posteriormente, para as Américas,
inclusive o Brasil.
4) Era uma venda feita a dinheiro, com moedas,
como mostra a balança usada para avaliar o valor do
metal.
5) O Islamismo não condenava a escravidão pois
acreditava que era uma oportunidade do “infiel” se
converter à fé islâmica. O escravo convertido ao
islamismo podia ganhar a liberdade.
Atenção professor: A conversão do escravo ao
islamismo não garantia a sua alforria imediata. Era
preciso que ele desse uma grande prova de
submissão ao Islã. Por outro lado, o indivíduo
escravizado nem sempre dispunha de tempo e
condições para ser educado de acordo com as leis
islâmicas.
ESTAÇÃO 3
1)
Trecho 1: Em aldeias, vilas e grandes cidades
autorizadas por seu monarca eram realizadas,
regularmente, feiras em praças públicas, em ruas
largas.
Trecho 2: Muitas mulheres eram donas de barracas
de alimentos básico como ovos, laticínios, aves e
cervejas.
Trecho 3: Os mercados locais eram abastecidos
pelas propriedades agrícolas que os cercavam
(como ovos, galinhas, porcos e bois que aparecem
na imagem).
2) Não. As feiras eram frequentadas por homens e
mulheres, nobres, senhores, burgueses e servos
que levavam seus produtos para serem vendidos
nas feiras
3) Havia comerciantes intermediários e mascates
que vendiam de casa em casa.
Os comerciantes pagavam pedágios nas estradas.
O transporte por barco ou navio era mais barato,
mas era também arriscado.
Apenas bens de luxo eram transportados por longas
distâncias.
Os mercados locais eram abastecidos pelas
propriedades agrícolas locais.
Itens como roupas, tecidos ou vinhos eram
vendidos em cidades maiores.
ESTAÇÃO 4
1) As inovações técnicas e agrícolas favoreceram o
aumento da produção agrícola e influenciaram o
crescimento da população europeia. Este, por sua
vez, contribuiu para a expansão do comércio e das
trocas monetárias, o surgimento das feiras e dos
burgueses e a revitalização das cidades.
2) O ouro vinha, em grande parte da África
Ocidental. Era levado pelas rotas transaarianas até
as cidades africanas no norte do continente, e daí
para as cidades europeias de Castela, Gênova,
Florença e Veneza.
ESTAÇÃO 5
1) A seda tinha da China sendo levada para o
Ocidente através da Rota da Seda por onde
circulavam as caravanas de mercadores árabes e
persas.
2) Marco Polo (1254-1324) foi um mercador e
explorador veneziano. Em 1271, Marco Polo, então
com 17 anos, acompanhou seu pai e seu tio numa
viagem para China onde foram recebidos na corte
de Kublai Khan, o imperador do Império Mogol. Eles
retornaram a Veneza em 1295, após 24 anos, com
muitas riquezas e tesouros. Eles viajaram quase
24.000 km. O caminho percorrido pelos viajantes foi
a Rota da Seda.