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Emanuela Pinto
Felipe Ribeiro
Isadora Benevides
Lana Moura
Marcus Vinicius Mascarenhas
Juazeiro-BA
2011
1
Emanuela Pinto
Felipe Ribeiro
Isadora Benevides
Lana Moura
Marcus Vinicius Mascarenhas
Relatório apresentado ao
curso de Engenharia Agrícola
e Ambiental da Universidade
Federal do Vale do São
Francisco, como requisito
parcial na aprovação da
disciplina de Botânica, sob
orientação do Prof. DSc J.
Aliçandro B. da Silva.
Juazeiro-BA
2011
2
Sumário
Aula Prática II 5
Estudo extra-laboratório sobre classificação dos organismos
1 Introdução 6
2 Objetivo 7
3 Material e metodologia 7
4 Resultados e Discussão 8
5 Conclusão 16
Referências Bibliográficas 17
Aula Prática III 18
Estudo extra-laboratório sobre organografia – morfologia externa das
plantas
1 Introdução 19
2 Objetivo 22
3 Material e Metodologia 22
4 Resultados e Discussão 22
5 Conclusão 38
Referências Bibliográficas 39
Aula Prática IV 40
Estudo dos tecidos a partir de tecidos de caule de melancia e melão
1 Introdução 41
2 Objetivo 44
3 Material e Metodologia 44
4 Resultados e Discussão 45
5 Conclusão 47
Referências Bibliográficas 48
Aula Prática V 49
Estudo dos tecidos foliares: parênquima paliçádico e parênquima lacunoso
1 Introdução 50
2 Objetivo 50
3 Material e Metodologia 51
3
4 Resultados e Discussão 51
5 Conclusão 53
Referências Bibliográficas 54
Aula Prática VIII 55
Determinação do Potencial Hídrico – Método Densitométrico
1 Introdução 56
2 Objetivo 57
3 Material e Metodologia 57
4 Resultados e Discussão 58
5 Conclusão 58
Referências Bibliográficas 59
4
Prefácio
O estudo das plantas tem se desenvolvido por milhares de anos, a exemplo
de todos os ramos da ciência, ela se tornou diversa e especializada apenas durante
os três últimos séculos. Até pouco mais de um século atrás, a botânica era uma
subárea da medicina, a qual de dedicavam principalmente médicos que estudavam
as plantas para fins medicinais e que estavam interessados na determinação de
similaridades e diferenças entre plantas e animais. Todas as ciências biológicas
colaboram estritamente para responder aos problemas básicos comuns. Assim,
cabe à Botânica um papel especial: muitas reações vitais se dão no homem e no
animal de modo bem complicado, ao passo que na planta se observam de maneira
mais simples. A nutrição e crescimento vegetal, bem como a reprodução vegetal,
são exemplos de reações que são estudas dentro da Botânica, por meio da
Fisiologia Vegetal.
O organismo vegetal é formado de órgãos, que se compõem de tecidos, os
quais são conjuntos de células, homogêneas quanto à origem, à forma, à
organização e às funções. O estudo da aparência externa desses órgãos é objeto da
Organografia, já o estudo da organização interna, isto é, da estrutura de um órgão,
recebe o nome de Anatomia. Como esse estudo implica no reconhecimento, na
análise dos diferentes tecidos, chama-se também Histologia.
A partir desses estudos realizados em sala de aula e posteriormente
praticados nos laboratórios de Citologia, Fisiologia Vegetal e Microscopia, foi
possível compreender melhor o que acontece com as plantas interna e
externamente e em diferentes condições ambientais.
5
1 Introdução
Desde os tempos de Aristóteles e até mesmo em épocas anteriores, houve
quem se perguntasse como eram identificados os organismos ao nosso redor. Esse
processo de nomear um organismo é parte de um sistema altamente organizado
para o estabelecimento de relacionamentos genéticos e identificação de tendências
evolutivas (Raven, 1999).
Uma vez que as pessoas comumente dão nomes às plantas e outros
organismos na língua de seu país, haverá quase tantos nomes para o mesmo
organismo quanto o número de línguas existentes. Para os botânicos e biólogos,
essa pluralidade de nomes representa uma barreira significativa para o
compartilhamento de informações. Portanto, além dos “nomes comuns” que variam
de país para país, cada organismo também tem um “nome científico” – um nome
latino com duas palavras que o identifica precisamente em qualquer lugar do mundo
(Raven, 1999).
O estudo científico da diversidade biológica e sua história evolutiva é
chamada sistemática. Um aspecto importante da sistemática é a taxonomia – a
identificação, atribuição de nomes e a classificação das espécies. E taxonomia
pretende separar os organismos por espécies, agrupando-os de acordo com o seu
grau de semelhança, descrevendo as características que distinguem uma espécie
da outra e ordenando-as por categorias taxonômicas (Raven, 1999).
Os sistemas de classificação
2 Objetivo
Estudar de forma geral os sistemas de classificação das plantas.
3 Metodologia
Para a realização desse estudo, foram escolhidas seis espécies de plantas:
Milho, Sisal, Ipê-roxo, Laranjeira, Mamoeiro e Maconha. As mesmas foram
classificadas e caracterizadas de forma geral.
8
4 Resultados
Milho
plantio de milho é feito tanto na chamada safrinha quanto na safra principal (ou seja,
a safra de verão). Na Região Sudeste do Brasil, o mês de plantio mais indicado
geralmente é setembro, mas o plantio pode ser feito até em novembro. Dependendo
do mês de plantio, o espaçamento entre as linhas e a quantidade de sementes por
metro deve variar. O ciclo do plantio varia entre 115 e 135 dias. A adubação deve
ser feita conforme a análise do solo. O controle de pragas e ervas daninhas só deve
ser feito se necessário. Nem sempre há necessidade de irrigação intensiva: pelo
menos nas regiões tradicionalmente produtoras, a precipitação é suficiente para as
necessidades hídricas da planta.
.
Figura 1: Milho
Classificação científica
Reino:Plantae
Filo: Anthophyta
Classe: Monocotydelonae
Ordem: Commelinales
Família: Poaceae
Gênero: Zea
Espécie: Zea mays
Sisal
O sisal é uma planta originária do México. Os primeiros bulbilhos da Agave
sisalana foram introduzidos na Bahia, em 1903, pelo Comendador Horácio Urpia
Júnior nos municípios de Madre de Deus e Maragogipe, trazidos provavelmente da
10
Classificação científica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Agavaceae
Gênero: Agave
Espécie: Agave sisalana
Ipê-roxo
Ao entrar em floração, o ipê perde as folhas, e como uma grande mancha de
cor, impõe sua exuberância à paisagem. Conhecido em todo o Brasil, é a árvore
nativa que representa a nacionalidade
Figura 3: Ipê-roxo
Classificação científica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Bignociacea
Gênero: Tabebuia
Espécie: T. heptaphylla
Laranjeira
Originária do sul da Ásia e levada para a península ibérica pelos árabes, é
uma das frutas mais apreciadas. Consumida em estado natural ou em sucos e
doces, seu cultivo estendeu-se a todos os continentes. Laranja é o fruto da laranjeira
(Citrus sinesis e C. aurantium), árvore do gênero Citrus e da família das rutáceas,
espinhosa, de altura mediana – de três a seis metros de altura, embora possa ser
mais alta. Suas folhas são aromáticas, semicoriáceas, brilhantes e de cor verde-
escura. As flores são brancas, pequenas e de suave fragrância. A laranja é uma
fruta arredondada, carnuda, de tamanho variável e formada por gomos de polpa
sumarenta e doce. Apresenta grande variedade de formas, resultante do cultivo e da
hibridação de diferentes espécies. O sabor e a cor da laranja são mais ou menos
intensos, conforme sua variedade.
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Figura 4: Laranjeira
Classificação científica:
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Sapindales
Família:Rutaceae
Gênero:Citrus
Espécie: C. sinensis
Mamoeiro
grandes folhas lobadas, com pecíolos ocos de até sessenta centímetros, que ao
caírem deixam fundas cicatrizes.
Figura 5: Mamoeiro
Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
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Família: Caricaceae
Gênero: Carica
Espécie: C. Papaya
Maconha
Mencionada num livro de botânica chinês do ano 2700 a.C., a maconha foi
utilizada durante muito tempo como anestésico ou analgésico. Modernamente
tornou-se uma das drogas de uso mais generalizado, em virtude do baixo preço e da
relativa facilidade de obtenção.
Maconha é o nome vulgar do cânhamo (Cannabis sativa) quando usado para
dele se extrair a droga de mesmo nome, preparada por secagem e trituração de
suas folhas e flores. Todas as partes da planta, seja ela feminina ou masculina,
contêm o princípio ativo, o tetraidrocanabiol (THC). Da resina das flores da planta
feminina, onde há maior concentração de THC, se extrai o haxixe, droga mais
potente.
A planta exige pouca manutenção e pode ser cultivada na maioria dos climas,
não reduz os nutrientes do solo e seu sistema radicular profundo pode ajudar a
evitar erosão. Alcançando de 2 a 5 metros de altura em 110 dias, assegura sua
própria proteção; dá sombra às sementes e reduz o uso de herbicidas caros. Produz
sete e meio a vinte toneladas de caule seco por hectare, dependendo do clima e da
variedade.
Figura 6: Maconha
Classificação científica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliopsida
Ordem: Urticales
Família: Cannabaceae
Gênero: Cannabis
Espécie: Cannabis sativa
5 Conclusão
Referências Bibliográficas
Raven, P.H., Evert, R.F. & Eicharm, S. E., 1999. Biology of Plant. 6 ed., Copyright,
New York, 1999, 944.
Robinson, Rowan. O grande livro da Cannabis: guia completo de seu uso industrial,
medicinal e ambiental. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. 1. ed.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1999.
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1 Introdução
O campo de estudo da Botânica é muito amplo e diversificado. Por meio da
investigação descritiva e comparativa da morfologia dos vegetais, procura-se chegar
à compreensão da história evolutiva de todo o Reino Vegetal, nos diferentes
períodos geológicos, durante o desenvolvimento do nosso planeta (Vidal & Vidal,
2006).
Raiz
A raiz é o órgão da planta que geralmente cresce dentro do solo fixando a
planta, bem como, absorvendo a água e os sais minerais em solução. As raízes
podem ainda, realizar funções especiais, tais como armazenamento de reservas
nutritivas e aeração, divergindo dos tipos mais comuns. As raízes são
caracterizadas como órgãos cilíndricos, subterrâneos e aclorofilados que
apresentam geotropismo positivo e fototropismo negativo. Suas ramificações
originam-se internamente (endógenas) e estão distribuídas irregularmente em toda a
sua extensão. Externamente, a raiz distingue-se do caule por não apresentar nós e
internós, nem gemas laterais ou folhas, salvo poucas exceções como, por exemplo,
as raízes gemíferas (raízes subterrâneas superficiais que apresentam gemas,
capazes de regenerar a parte aérea) (LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J.; CASTRO, W.S. ,
2006).
Caule
O caule é o órgão da planta que fornece o suporte mecânico para folhas,
flores e frutos, e também é responsável pela disposição destas partes na planta. As
folhas ficam em posição adequada à recepção de luz e ar, as flores em posição que
facilite a polinização e depois a dispersão das sementes. Além de sustentar a parte
aérea da planta, o caule pode desempenhar outras funções, tais como: condução de
água e sais minerais das raízes para a copa; condução dos açúcares, aminoácidos,
hormônios e outros metabólitos aí produzidos para as demais partes da planta;
armazenamento de reservas nutritivas; e às vezes participar na propagação
vegetativa da planta. A organização básica de um caule consiste num eixo com nós
e entrenós (ou internós). Nos nós existem folhas e gemas, sendo esta a diferença
fundamental entre o caule e a raiz. A gema existente no ápice de um eixo caulinar é
a gema terminal, enquanto aquelas localizadas nas axilas das folhas (uma ou mais
por axila) são denominadas gemas laterais ou axilares (LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J.;
CASTRO, W.S. , 2006).
Folha
A folha é um apêndice caulinar presente em quase todos os vegetais
superiores, salvo exceções, como por exemplo, em algumas espécies das famílias
Euphorbiaceae e Cactaceae, onde nesta última é comum a transformação em
espinhos. A folha é o órgão vegetativo que apresenta grande polimorfismo e
adaptações a diferentes ambientes e funções. Em geral são estruturas planas
(finas e amplas), de modo que o tecido clorofiliano, responsável pela fotossíntese,
fica próximo à superfície. Se a forma da folha facilita a captação da luz, as aberturas
necessárias para a absorção do gás carbônico levam ao mesmo tempo à perda de
água. As folhas são as principais fontes de perda de água das plantas. Tendo-se em
conta que a transpiração excessiva pode levar à desidratação e, até mesmo, à morte
das folhas ou das plantas, em sentido amplo, a forma e a anatomia da folha devem
possibilitar uma relação que permita a captura de luz e absorção de gás carbônico,
evitando a perda excessiva de água (LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J.; CASTRO, W.S. ,
2006).
Raiz primária
O crescimento primário ocorre na região apical e corresponde ao crescimento
em comprimento da raiz. Essa região é recoberta por uma estrutura chamada de
coifa. A coifa forma uma espécie de capa, que protege o meristema apical da raiz
enquanto esta cresce e penetra no solo. O meristema apical da raiz corresponde a
uma região de intensa proliferação celular. Logo acima do meristema apical há uma
zona na qual as células se tornam alongadas, promovendo o crescimento em
comprimento da raiz: é a chamada região de alongamento. E, por fim, há a zona
pilífera, ou região de maturação. Nela ocorre a diferenciação celular e a formação
dos pelos radiculares.
Raiz secundária
Na maioria das espécies de dicotiledôneas as raízes podem crescer também
em espessura, é o chamado crescimento secundário da raiz. Na estrutura
secundária a epiderme é substituída pela periderme. A periderme é formada por três
tecidos. O mais externo é o súber, composto por células mortas revestidas por
suberina, substância lipídica que evita a perda de água. O mais interno é a
feloderme, composta por tecido parenquimático. Entre os dois há o felogênio (ou
câmbio da casca) que é responsável pela produção dos dois anteriores. O xilema e
floema secundários se originam a partir da divisão e diferenciação de um tecido
meristemático chamado câmbio. O câmbio produz feixes de floema para fora e de
xilema para o interior.
Caule primário
2 Objetivo
Estudar de forma geral sobre a Organografia – morfologia externa das plantas.
3 Metodologia
Para a realização desse estudo foram escolhidas dez espécies de plantas:
Milho, Sisal, Ipê-roxo, Laranjeira, Mamão, Maconha, Cebolinha, Pingo de Ouro, Nim
e Ingazeira. Essas espécies foram classificadas quanto à raiz, o caule e a folha.
4 Resultados
Milho
Sistema caulinar: É constituído pelo colmo que é ereto, via de regra, não
ramificado, apresentando nós e inter-nós também denominados meritalos, de
natureza esponjosa, relativamente rico em açúcares.
Mamoeiro
Figura 11: Caule de mamoeiro jovem Figura 12: Caule de mamoeiro adulto
Maconha
Sistema radicular: Raiz axial, profunda, perpendicular e branca.
Sistema caulinar: Caule herbáceo, tipo haste, fino, ereto, com ramificação
monopodial; coloração verde-escuro, podendo apresentar pigmentação bordô em
algumas regiões, devido à presença de antocianina; anguloso, com estrias
longitudinais bem evidentes; áspero, deixando odor característico nos dedos;
fistuloso e fibroso, com camada exterior rígida.
Laranjeira
Ipê - roxo
Sisal
Sistema radicular: Fibroso, fasciculado, emergindo da base do pseudo-caule
(roseta) e possui dois tipos de raiz: as fixadoras e as alimentadoras.
Cebolinha
Sistema caulinar: Produz pequeno bulbo cônico, envolvido por uma película
rósea, com perfilhamento e formação de touceira.
Ingazeira
Sistema radicular: As raízes laterais mais velhas são encontradas mais
próximas da base da raiz (onde a raiz e o caule se encontram), e as mais novas,
mais próximas do ápice radicular. Nesse sistema de raízes, existe uma raiz principal,
geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo. Da raiz
principal partem as raízes laterais, que também se ramificam. As raízes de
sustentação e absorção são vigorosas e profundas do tipo pivotante.
Nim
Pingo de Ouro
Sistema radicular: Raízes adventícias, fasciculadas, que não se originam da
radícula do embrião ou da raiz principal por ela formada (que não se desenvolve
significativamente, e geralmente, se degenera).
5 Conclusão
Com a especialização evolutiva, surgiram diferenças morfológicas e
fisiológicas entre as várias partes do corpo das plantas vasculares, acarretando a
diferenciação em raiz, caule, folhas e estruturas de reprodução. O corpo vegetal é
composto por dois conjuntos básicos de estruturas, vegetativas e reprodutivas. As
estruturas vegetativas dispõem-se e atuam, objetivando garantir a forma e a
manutenção do indivíduo como uma unidade dentro de uma população ou nicho
ecológico. As estruturas reprodutivas, por sua vez, são responsáveis pela
propagação deste indivíduo e consequente manutenção do estoque genético da
espécie a qual pertence.
A formação e conformação destas estruturas aliadas a sua função no corpo
da planta são temas de estudos morfológicos e fisiológicos, adicionais ao
estabelecimento de uma compreensão global da planta e sua interação com o
ambiente que habita. A organografia é um ramo descritivo da botânica que classifica
e nomeia as estruturas vegetais e suas variações. Estar familiarizado com seus
conceitos é condição primordial para a Taxonomia Vegetal.
39
Referências Bibliográficas
Caule: conheça as características do sistema caulinar. Disponível em
<http://educacao.uol.com.br/ciencias/caule-conheca-as-caracteristicas-do-sistema-
caulinar.jhtm.
VIDAL, W.N.; VIDAL, M.R.R. Botânica: organografia. Viçosa: UFV, 4.ed., 124 p.
2006
LIMA, C.C.A.; SILVA, L.J.; CASTRO, W.S. Apostila de Morfologia Externa Vegetal.
Instituto de Biologia, Universidade Federal de Uberlândia. 2006
40
1 Introdução
O processo da embriogênese estabelece o eixo apical-basal da planta, com o
meristema apical caulinar em uma extremidade e o meristema apical radicular em
outra. Durante a embriogênese, o padrão radial dos sistemas de tecidos no interior
do eixo é também determinado. A embriogênese é, no entanto, apenas o início do
desenvolvimento do corpo da planta. A maior parte do desenvolvimento ocorre após,
por meio da atividade dos meristemas. Estes tecidos ou populações de células,
permanentemente jovens, retêm a potencialidade para divisões após o término da
embriogênese. Com a germinação da semente, os meristemas do embrião
conhecidos como meristema apical da raiz e do caule geram células, que darão
origem às raízes, caule, folhas e frutos da planta adulta (Raven, 1999).
Para entender como os meristemas apicais funcionam, é preciso considerar
as mudanças que ocorrem tanto no tempo como no espaço. Nos meristemas, as
células dividem-se produzindo novas células meristemáticas e também as células-
filhas, que se acumulam e aumentam em comprimento, “empurrando” as células
meristemáticas que são deixadas para atrás” então começam a ter modificações –
diferenciam-se – primeiro nos tecidos parcialmente diferenciados (os meristemas
primários) e mais tarde, nos tecidos maduros da planta (Raven, 1999).
Parênquima
As células parenquimáticas se formam a partir do crescimento e diferenciação
das células do meristema fundamental, que ocorre no ápice do caule e da raiz.
Ainda nos tecidos condutores, floema e xilema, ocorrem células parenquimáticas
provenientes do corpo primário ou do secundário da planta. No caso dos órgãos que
apresentam crescimento secundário, o parênquima se origina a partir do câmbio
(parênquima do xilema e do floema) ou do felogênio (feloderme) (Salamoni, 2010).
As células do parênquima são capazes de retomar a atividade meristemática
e de diferenciarem-se novamente em células semelhantes ou em outros tipos de
42
Tipos:
Parênquima de preenchimento
As células são aproximadamente isodiamétricas, com espaços
intercelulares pequenos (meatos). É o tecido encontrado no córtex e medula do
caule e córtex da raiz.
Aerênquima
Parênquima com grandes espaços intercelulares, que têm a função de
facilitar a circulação de gases e a flutuação; ocorre principalmente no mesofilo,
raízes, caules e pecíolos de plantas aquáticas. Pode ter células isodiamétricas,
retangulares ou braciformes.
Parênquima de transporte
Esclerênquima
Tecido vegetal morto que tem como função principal a de suporte
mecânico, suas células apresentam paredes muito espessas e lignificadas. Esta
lignificação impermeabiliza as paredes celulares impedindo as trocas metabólicas.
As células que formam o esclerênquima estão sujeiras a grandes esforços,
normalmente são distendidas, curvadas, torcidas. Apresentam como característica
intrínseca a capacidade de suportar grandes pressões e tensões. Se não fosse este
tipo de tecido, com propriedades “mecânicas” com células altamente diferenciadas,
as demais células seriam incapazes de suportar tais esforços. Romper-se-iam ou
seriam esmagadas, conforme as circunstâncias.
Colênquima
Floema
2 Objetivo
Estudar as diferentes formas celulares e suas inserções nos diferentes tecidos
formadores dos órgãos das plantas.
3 Material e Metodologia
3.1 Material
Amostras de tecidos caulinares de plantas de melancia e melão
Lâmina
Lamínula
Microscópios
Placa de isopor
Papel Toalha
Pipeta de Pasteur
Lâmina (“Tipo de Barbear”)
45
Pisseta
Água deionizada
Azul de metileno
a. Metodologia
Foram realizados cortes transversais do caule de plantas de melancia e
melão cultivadas em viveiro, para uma melhor observação das células formadoras
dos tecidos, é importante que as secções dos tecidos sejam bem finas. Após o corte,
as amostras foram colocadas em vidro de relógio e foram adicionadas duas gotas de
azul de metileno. Após aguardar entre um a dois minutos, foi lavado o tecido em
água deionizada, em seguida as amostras foram colocadas em lâminas pingando
uma gota de água com a pipeta de Pasteur. Em seguida uma lamínula foi colocada
sobre o corte do tecido umedecido. Para visualização dos tecidos foi utilizado o
microscópio de luz.
4 Resultados e Discussão
Na figura 1 observa-se:
A: Película de água
B: Xilema
C: Floema
46
D: Parênquima lacunoso
E: Câmara subestomática
Na figura 2 observa-se:
EP: Epiderme
CT: Córtex
C: Câmbio
PX: Protoxilema
MX: Metaxilema
: Elemento de tubo crivado com placa crivada simples
Nas amostras pode ser observada a região do xilema e floema, bem como o
parênquima lacunoso. Entretanto, não há presença de parênquima paliçádico, que
tem grande responsabilidade na atividade fotossintética, realizada pelas folhas,
tornando-se aceitável a sua ausência já que o tecido utilizado é da região caulinar.
Já o parênquima lacunoso – que participa do processo de absorção de luz, pois
apresenta difusão luminosa – é importante nas folhas, mas também pode ocorrer no
ápice caulinar, por isso é natural que exista esse tecido na amostra coletada e
preparada para observação.
No tecido caulinar do melão é possível ver também o protoxilema – primeiro
elemento condutor formado, que acompanha o crescimento do vegetal – e o
metaxilema, que ocorre depois da instalação do protoxilema e geralmente atinge a
maturidade depois que o alongamento do vegetal já se completou.
5 Conclusão
Com a realização dessa aula prática, foi possível analisar de perto as
estruturas presentes nos tecidos caulinares e sua distribuição. Como as duas
espécies pertencem à mesma família – Cucurbitaceae – suas características são
bem semelhantes. Apesar de não ter uma nitidez tão boa, a primeira figura
consegue mostrar o parênquima lacunoso, que é responsável pelo processo de
difusão luminosa.
48
Referências Bibliográficas
Raven, P.H., Evert, R.F. & Eicharm, S. E., 1999. Biology of Plant. 6 ed., Copyright,
New York, 1999, 944.
Sano, P. T.; Mori, L.; Ceccantini, G. & Medonça, F. B. Editora USP, São Paulo. 2007,
48 p.
49
1 Introdução
As células parenquimáticas se formam a partir do crescimento e diferenciação
das células do meristema fundamental, que ocorre no ápice do caule e da raiz.
Ainda nos tecidos condutores, floema e xilema, ocorrem células parenquimáticas
provenientes do corpo primário ou do secundário da planta. No caso dos órgãos que
apresentam crescimento secundário, o parênquima se origina a partir do câmbio
(parênquima do xilema e do floema) ou do felogênio (feloderme) (Salamoni, 2010).
As células do parênquima são capazes de retomar a atividade meristemática
e de diferenciarem-se novamente em células semelhantes ou em outros tipos de
células. Em certos casos, as células parenquimáticas podem formar paredes
secundárias lignificadas (Salamoni, 2010).
O tecido parenquimático é encontrado em todos os órgãos da planta,
formando um tecido contínuo, como ocorre no córtex e medula do caule, córtex da
raiz, tecido fundamental do pecíolo, mesofilo das folhas, entre outros. Pode ainda,
fazer parte dos tecidos condutores da planta (xilema e floema) (Salamoni, 2010).
A epiderme é revestida pela cutícula e suas células são compactadas, com
estômatos em ambas as faces (folha anfiestomática), apenas na face superior ou
adaxial (folha epiestomática) ou apenas na face inferior ou abaxial (folha
hipoestomática). Podem ocorrer vários tipos de tricomas (pêlos). O mesofilo
compreende o tecido interno à epiderme e contém parênquima clorofiliano; em
muitas plantas, principalmente dicotiledôneas, distingui-se dois tipos de parênquima
clorofiliano: o paliçádico e o lacunoso. As células do parênquima paliçádico são
alongadas e formam uma espécie de cerca, quando observadas em corte
transversal. Esse parênquima é localizado, geralmente, próximo à superfície
superior da folha, mas pode ocorrer em ambos os lados, principalmente em
ambientes xerofíticos, para evitar excesso de transpiração. As células do
parênquima lacunoso têm formas variadas e espaços intercelulares acentuados.
Certas monocotiledôneas possuem o mesofilo homogêneo (sem distinção entre
parênquima paliçádico e lacunoso).
2 Objetivo
3 Material e Metodologia
3.1 Material
Amostras foliares de Agave angustifólia
Lâmina
Lamínula
Microscópios
Placa de isopor
Papel Toalha
Pipeta
Lâmina (“Tipo de Barbear”)
Pisseta
Água deionizada
a. Metodologia
Inicialmente foram realizados cortes transversais da folha de Agave
angustifolia, e também foram retiradas as películas da parte adaxial e abaxial. Para
uma melhor observação das células formadoras dos tecidos, é importante que as
secções dos tecidos sejam bem finas. Após os cortes, as amostras foram colocadas
em vidro de relógio e foram adicionadas duas gotas de azul de metileno. Após
aguardar entre um a dois minutos, foi lavado o tecido em água deionizada, e em
seguida as amostras foram colocadas em lâminas pingando uma gota de água com
a pipeta de Pasteur. Uma lamínula foi colocada sobre o corte do tecido umedecido e
a lâmina foi colocada no microscópio de luz para a visualização dos tecidos.
4 Resultados e discussão
Na figura 1 observa-se:
A: Película de água
B: Parênquima paliçádico
C: Parênquima lacunoso
Através da figura é possível observar a região do parênquima lacunoso (C) e
do parênquima paliçádico (B) e as demais estruturas do tecido; o primeiro possui
células alongadas, em secção transversal aparece na forma de barras dispostos em
fileiras, com espaços intercelulares reduzidos. É rico em cloroplastos, o que o torna
de grande importância no processo da fotossíntese. Em geral está do lado adaxial
da folha. O parênquima paliçádico permite a entrada de luz para o interior da folha.
Devido ao efeito peneira e à canalização da luz, mais luz do que o esperado penetra
na primeira camada desse tecido.
O efeito peneira acontece porque a clorofila não está uniformemente
distribuída nas células, mas, sim, confinada aos cloroplastos, onde a luz não é
absorvida. [...] Devido ao efeito peneira, a absorção total de luz por uma certa
quantidade de clorofila em uma célula paliçádica é menor do que a luz absorvida
pela mesma quantidade de clorofila em uma solução (TAIZ & ZEIGER, 2004).
5 Conclusão
As amostras feitas no laboratório com o tecido foliar de Agave angustifolia,
permitiram visualizar os parênquimas paliçádico e lacunoso e estudar sua
disposição. Foi percebido que a folha de A. angustifolia apresentou os dois tipos de
parênquima, sendo que na parte adaxial há uma maior presença do paliçádico.
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Referências Bibliográficas
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TAIZ, Lincoln; ZEIGER, Eduardo. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed,
2004
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1 Introdução
A água executa papéis cruciais na vida da planta. Para cada grama de
matéria orgânica feita pela planta, cerca de 500 gramas de água são absorvidas
pelas raízes, transportada através do corpo da planta e perdida para a atmosfera.
Ela representa de 80 a 95% da massa dos tecidos em crescimento, sendo, portanto,
o principal constituinte do protoplasma. É neste ambiente aquoso que as reações
metabólicas ocorrem, com a água sendo reagente ou produto de muitas destas
reações (Apostila Relações Hídricas).
A alta capacidade da água de absorver calor (alto calor específico) contribui
para que as plantas não sofram tanto com as flutuações de temperatura do
ambiente. É também o solvente em que os nutrientes minerais penetram nas raízes
e são transportados através da planta e em que os fotoassimilados e outros
compostos orgânicos são translocados. A entrada de água na célula é responsável
pela manutenção da turgescência e, portanto, do crescimento e, também, pela forma
e estrutura dos tecidos que não possuem rigidez (Apostila Relações Hídricas).
O movimento da água é função de alguns componentes que resultam no que
se denomina potencial hídrico, indicado pela letra grega psi (ψ ), que é uma
indicação da energia livre disponível no sistema. O potencial hídrico da água pura é
igual a zero, no entanto, quando a água é misturada com um soluto (por exemplo,
um sal) o potencial hídrico é menor que zero e há nas moléculas de água na solução
uma menor quantidade de energia livre. O potencial hídrico é a soma dos efeitos da
pressão física (potencial de pressão) (ψp), o potencial osmótico (ψo) e o potencial
matricial (ψm), sendo este último de pouca influência sobre o movimento da água em
células vegetais após a embebição de sementes, tal que:
ψ = ψp – ψo
2 Objetivo
3 Material e Metodologia
3.1 Material
Batata
Pera
Pipeta
Tubos de ensaio
Estilete
Estante para tubo de ensaio
Solução de sacarose em diferentes concentrações
Azul de metileno
Plástico filme
a. Metodologia
Para a realização dessa prática uma batata foi cortada em cubos com
dimensões de 1,0cm x 1,0cm x 1,0cm, essas amostras de tecido de batata foram
imersas em tubos de ensaio contendo 10mL de solução de sacarose com as
concentrações de 0,05 a 0,50M (0,05; 0,10; 0,15; 0,20; 0,25; ... ; 0,50). Os tubos
foram identificados e lacrados com plástico filme por um período de três horas. Outra
bateria de tubos foi preparada com os mesmos valores dos tubos iniciais para servir
de solução controle.
Após as três horas os tecidos foram retirados e descartados, e três gotas do
corante azul de metileno foram adicionadas em cada tubo, agitando-os até ocorrer
uma homogeneização. A adição de corante não muda significativamente o potencial
hídrico da solução. Em seguida, uma gota colorida é transferida para o meio do tubo
com solução controle, tomando cuidado para que essa gota seja colocada
lentamente e centralizada. Assim, se a gota descer significa que ela é mais densa do
que a solução controle, indicando que o tecido ganhou água e que o potencial
hídrico do tecido é menor que o da solução. Caso a gota suba, evidencia-se que é
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4 Resultados e Discussão
No primeiro tubo com concentração de 0,05M a gota desceu, indicando que o
potencial hídrico do tecido é menor que o da solução controle e que houve um
ganho de água pelo tecido, tornando a solução mais concentrada e densa. No
segundo tubo com concentração de 0,10M a gota não subiu e nem desceu,
mostrando que o potencial hídrico do tecido é igual ao da solução controle, e que é,
portanto, o ponto de equilíbrio, no qual o tecido não ganha e nem perde água. A
partir da concentração seguinte – 0,15M – a gota sobe cada vez mais rápido
conforme mais concentrada é a solução controle. Nesses casos, onde o potencial
hídrico do tecido é maior que o da solução, há perda de água do tecido para o meio,
produzindo diluição da solução, tornando-a menos densa.
5 Conclusão
Após os testes realizados, concluiu-se que o potencial hídrico da batata é ψ= -
0,10, pois nessa concentração não houve diferença entre os potenciais do tecido e
da solução. É nesse ponto que o tecido atinge sua turgidez máxima.
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Referências Bibliográficas