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PALMAS - TO
2023
Imunidades diplomáticas, relativas à prisão, ao Foro e ao
Processo Penal
Imunidades diplomáticas
Parlamentares
Exemplo: Em 2019, no Brasil, o deputado federal Daniel Silveira foi preso em flagrante
após publicar um vídeo em suas redes sociais com ataques e ofensas aos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF). No vídeo, o deputado proferiu palavras consideradas
injuriosas, difamatórias e ameaçadoras contra os ministros, o que configurou um
possível crime contra a honra e a segurança institucional. Após a prisão, a Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados analisou o caso e decidiu pela manutenção da
prisão de Daniel Silveira, reconhecendo que o conteúdo do vídeo extrapolava os limites
da imunidade parlamentar, pois as manifestações proferidas pelo deputado não se
enquadravam no exercício regular de seu mandato. No entanto, posteriormente, a
Câmara dos Deputados decidiu pela revogação da prisão de Daniel Silveira,
argumentando que o caso deveria ser submetido ao plenário da casa, a fim de que os
deputados votassem pela manutenção ou não da prisão. Nesse contexto, a imunidade
parlamentar foi invocada para proteger o deputado da prisão imediata, permitindo que
o próprio Congresso Nacional analisasse a questão e deliberasse sobre o caso. Esse
exemplo demonstra que a imunidade parlamentar, embora seja um direito importante,
não é ilimitada e pode ser objeto de análise e deliberação por parte das instituições
legislativas para garantir um equilíbrio entre a proteção dos parlamentares e a
responsabilização por condutas consideradas ilícitas ou abusivas.
Relativas à prisão
Foro
É importante ressaltar que o Presidente da República não possui imunidade absoluta, mas sim
um sistema especial de responsabilização, que visa garantir a estabilidade política. No Brasil, de
acordo com o Artigo 86 da Constituição Federal, se admitida a acusação contra o Presidente da
República por dois terços da Câmara dos Deputados, ele será submetido a julgamento perante
o Supremo Tribunal Federal (STF) nas infrações penais comuns ou perante o Senado Federal
nos crimes de responsabilidade. Além disso, é relevante destacar que o Presidente da
República possui imunidades formais e processuais, mas não goza de imunidade material. Isso
significa que ele não é imune às consequências legais de suas palavras, opiniões e
manifestações, mesmo no exercício do cargo de Presidente da República, podendo ser
responsabilizado por seus atos. No que se refere às imunidades processuais, o Presidente da
República está protegido contra prisões cautelares, conforme estabelecido no Artigo 86 da
Constituição de 1988. Enquanto não houver uma sentença condenatória nas infrações penais
comuns, o Presidente não estará sujeito à prisão. Isso significa que ele não pode ser preso
preventivamente nem mesmo em flagrante delito. No entanto, é importante observar que,
mesmo que o processo criminal fique suspenso durante o mandato presidencial, a contagem
do prazo de prescrição continua em curso. Adicionalmente, durante o exercício do mandato, o
Presidente da República possui uma irresponsabilidade temporária em relação à prática de
atos estranhos ao exercício de suas funções. Isso significa que o Presidente, enquanto estiver
em seu mandato, não pode ser responsabilizado criminalmente por atos que não estejam
relacionados ao exercício de suas atribuições presidenciais. No entanto, é importante ressaltar
que essa imunidade prisional é aplicável somente aos crimes comuns, não abrangendo os
crimes de responsabilidade.
Superior Tribunal de Justiça STJ - Recurso Ordinario em Habeas Corpus: Rhc Xxxxx RJ
Xxxx/xxxxx-5 | Jurisprudência (jusbrasil.com.br)
Supremo Tribunal Federal STF - Emb.decl. na Questão de Ordem no Inquérito: Inq 2443 SP |
Jurisprudência (jusbrasil.com.br)
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/lei-penal-em-relacao-a-determinadas-pessoas-
imunidades/121943196
https://juniorcampos2.wordpress.com/2014/05/11/aplicacao-da-lei-penal-em-relacao-as-
pessoas/
https://jus.com.br/artigos/84000/a-imunidade-diplomatica-e-aplicacao-da-lei-penal
https://jus.com.br/amp/artigos/83459/eficacia-da-lei-penal