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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DO TOCANTINS

DAVI OLIVEIRA FC20230263


MARIA CLARA DE JESUS FC20230209

MARIA EDUARDA FERREIRA FC20230310

PUNIBILIDADE

PALMAS - TO
2023
Conceito de punibilidade

A punibilidade atua como a ideia de responsabilização ao autor que cometeu


uma infração penal, sendo assim um dos pilares do sistema de justiça criminal.
Ela é um conceito fundamental a que se diz respeito a possibilidade de aplicação
de sanção ao autor de um crime. Por meio da legislação penal esta estabelecidas
as penas e medidas de segurança aplicáveis a cada tipo de infração. Com tudo, a
punibilidade tem como finalidade preservar a ordem jurídica e a segurança da
população como um todo e reprimir condutas que são consideradas danosas. Por
meio de um processo penal, que respeite as garantias constitucionais e legais, é
feito a comprovação da autoria e da culpabilidade do agente para que seja feita
a punibilidade. Através desse processo, busca-se a justa responsabilização do
autor do crime, garantindo-se a oportunidade de defesa e a ampla produção de
provas. As medidas de segurança e penas, podem variar de acordo com a
gravidade do crime cometido. Elas incluem multas, penas restritivas, prisão e até
medidas socioeducativas para os autores de crime juvenis. No entanto, é
importante destacar o sistema penal busca também a ressocialização do infrator,
proporcionando condições para que ele possa se reintegrar à sociedade de forma
digna, evitando a reincidência e promovendo a sua reabilitação.

Extinção da punibilidade

No Código Penal Brasileiro, a extinção da punibilidade está prevista no artigo 107 a qual
o Estado perde o direito de aplicar a sanção penal ao autor de uma infração penal. A
extinção da punibilidade é a perda do direito do Estado de aplicar a sanção penal ao
autor de uma infração penal, ou seja, é a impossibilidade de se impor uma pena ou
medida de segurança ao agente responsável pelo crime. A extinção da punibilidade é
uma consequência jurídica da prática de uma infração penal, que pode ocorrer em
virtude de circunstâncias previstas em lei. Uma vez que a punibilidade é extinta, o autor
do crime não pode mais ser punido pelo Estado em relação àquela infração penal, uma
vez que não existe mais a possibilidade de aplicação da sanção penal. Existem várias
circunstâncias em que a punibilidade pode ser extinta, sendo elas por:
Art. 107 do Código Penal Brasileiro
Extingue-se a punibilidade:
I - Pela morte do agente;
Exemplo:
Um exemplo de caso de extinção da punibilidade em decorrência da morte do
agente pode ser: Imagine que um indivíduo tenha cometido um crime, como um
homicídio, e seja descoberto e denunciado às autoridades. Durante o processo
penal, o acusado falece antes de ser julgado ou antes de esgotarem todas as
possibilidades de recurso. Nesse caso, a morte do agente (o acusado) acarreta a
extinção da punibilidade, ou seja, a pessoa não poderá mais ser condenada ou
responsabilizada criminalmente pelo crime que cometeu. Isso ocorre porque,
com o falecimento, não há mais um sujeito passível de sofrer as consequências
penais.

II - Pela anistia, graça ou indulto;


Exemplo:
Um exemplo real de extinção da punibilidade pelo indulto ocorreu no Brasil em
2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Naquele ano, foi assinado um decreto
presidencial concedendo indulto natalino a diversos presos. O indulto natalino é
uma prática tradicional no Brasil, em que o presidente tem a prerrogativa de
conceder o perdão ou a redução da pena de determinados condenados. O
decreto de indulto de 2019 beneficiou, entre outros, os condenados por crimes
não violentos, com bom comportamento e que já haviam cumprido uma parte
significativa de suas penas. Além disso, o indulto também previa a extinção da
pena para pessoas com doenças graves e terminais. Esse exemplo evidencia
como o indulto pode ser uma ferramenta de política criminal utilizada pelo poder
executivo para extinguir a punibilidade de condenados, seja por razões
humanitárias, redução da população carcerária ou outros motivos considerados
relevantes. No entanto, sua aplicação levanta questões sobre a justiça e a
equidade no sistema penal.
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

Exemplo:
Um exemplo real de extinção da punibilidade pela retroatividade de lei que não
mais considera o fato como criminoso ocorreu no Canadá com a legalização da
maconha. Antes de outubro de 2018, o cultivo, posse e uso da maconha eram
criminalizados no Canadá. No entanto, nessa data, entrou em vigor a Cannabis
Act (Lei da Cannabis), que legalizou o uso recreativo da maconha em todo o país.
Com a legalização, várias condutas relacionadas à maconha que antes eram
consideradas criminosas passaram a ser permitidas. Dessa forma, todas as
pessoas que foram condenadas anteriormente por posse, cultivo ou uso de
maconha e que ainda estavam cumprindo suas penas tiveram a punibilidade
extinta. A retroatividade da nova lei resultou na extinção das condenações
anteriores relacionadas à maconha, pois o fato deixou de ser considerado
criminoso.
IV - Pela prescrição, decadência ou perempção;
Exemplo:
Suponha que uma pessoa tenha cometido o crime de sonegação fiscal em 2010,
omitindo informações importantes em sua declaração de imposto de renda. De
acordo com a legislação vigente, o prazo decadencial para a fiscalização e
cobrança do crédito tributário era de cinco anos. No entanto, em 2021, ou seja,
após o período de cinco anos, a autoridade fiscal identifica a omissão e inicia uma
investigação sobre o caso. Nesse cenário, ocorre a extinção da punibilidade pela
decadência, uma vez que o prazo legalmente estabelecido para a fiscalização e
cobrança do imposto devido expirou. Dessa forma, mesmo que a pessoa seja de
fato culpada pelo crime de sonegação fiscal, a decadência impede que a ação
penal seja iniciada e que a punição seja aplicada.
V - Pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
Exemplo:
Um exemplo real de extinção da punibilidade pelo perdão aceito ocorreu no
Brasil com o caso conhecido como "Chacina da Candelária", ocorrida em 1993,
no Rio de Janeiro. Nessa tragédia, um grupo de menores infratores invadiu a
Igreja da Candelária e executou a tiros um grupo de crianças e adolescentes que
viviam nas ruas. O crime chocou o país e teve grande repercussão na mídia.
Durante o processo penal, algumas das testemunhas e sobreviventes da chacina
demonstraram interesse em perdoar os autores dos crimes. Os familiares das
vítimas também se manifestaram favoravelmente ao perdão. Diante desse
cenário, foi proposto um acordo de justiça restaurativa, em que os acusados se
comprometeram a se submeter a um programa de reeducação e ressocialização,
além de realizar trabalhos comunitários. Em contrapartida, as vítimas e suas
famílias concordaram em perdoar os autores. O perdão aceito pelas vítimas e
seus familiares levou à extinção da punibilidade dos acusados. Isso significa que,
embora tenham cometido crimes graves, a aplicação da pena foi dispensada
devido ao consentimento das vítimas em perdoá-los.

VI - Pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;


Exemplo:
No Brasil, um exemplo real de extinção da punibilidade pela retratação do agente
ocorre no crime de calúnia previsto no Código Penal Brasileiro. Suponha que uma
pessoa acuse outra de ter cometido um crime, imputando-lhe falsamente uma
conduta criminosa. Posteriormente, o agente que fez a acusação falsa se
arrepende do seu ato e decide se retratar, reconhecendo publicamente que suas
afirmações eram inverídicas e prejudiciais à reputação da pessoa acusada. De
acordo com o Código Penal brasileiro, no crime de calúnia, a retratação do agente
antes da sentença irrecorrível extingue a punibilidade do crime. Isso significa que,
ao se retratar e admitir a falsidade da acusação, o agente não será mais punido
criminalmente pelo crime de calúnia. A retratação pode ser feita por meio de um
pedido de desculpas público ou qualquer outra forma que demonstre claramente
a intenção de corrigir o dano causado.

VII - revogado
VIII - revogado

IX - Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.


Exemplo:
No Brasil, um exemplo real de extinção da punibilidade pela retratação do agente
ocorre no crime de calúnia previsto no Código Penal Brasileiro. Suponha que uma
pessoa acuse outra de ter cometido um crime, imputando-lhe falsamente uma
conduta criminosa. Posteriormente, o agente que fez a acusação falsa se
arrepende do seu ato e decide se retratar, reconhecendo publicamente que suas
afirmações eram inverídicas e prejudiciais à reputação da pessoa acusada. De
acordo com o Código Penal brasileiro, no crime de calúnia, a retratação do agente
antes da sentença irrecorrível extingue a punibilidade do crime. Isso significa que,
ao se retratar e admitir a falsidade da acusação, o agente não será mais punido
criminalmente pelo crime de calúnia. A retratação nesse contexto é considerada
um ato de reparação moral e demonstra o arrependimento do agente em relação
às suas afirmações falsas e difamatórias. A retratação pode ser feita por meio de
um pedido de desculpas público ou qualquer outra forma que demonstre
claramente a intenção de corrigir o dano causado. É importante ressaltar que
cada crime e sua respectiva legislação têm requisitos específicos para a extinção
da punibilidade pela retratação do agente. Portanto, é fundamental consultar o
Código Penal e as leis pertinentes para obter informações precisas sobre a
aplicação desse instituto em diferentes situações criminais.

RASCUNHO
EXTINÇAO
No Código Penal Brasileiro, a extinção da punibilidade esta prevista nos artigos
107 a 120 a qual o Estado perde o direito de aplicar a sanção penal ao autor de
uma infração penal. A extinção da punibilidade é a perda do direito do Estado de
aplicar a sanção penal ao autor de uma infração penal, ou seja, é a
impossibilidade de se impor uma pena ou medida de segurança ao agente
responsável pelo crime. A extinção da punibilidade é uma consequência jurídica
da prática de uma infração penal, que pode ocorrer em virtude de circunstâncias
previstas em lei. Uma vez que a punibilidade é extinta, o autor do crime não pode
mais ser punido pelo Estado em relação àquela infração penal, uma vez que não
existe mais a possibilidade de aplicação da sanção penal.

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