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FISIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA
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FISIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA
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SUMÁRIO
FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO........................................ 7
Neomicina/ Estretomicina = são agentes antimicrobianos do tipo ............................ 16
Farmacologia Adrenérgica ........................................................................................ 16
a. Inibidores da Síntese das Catecolaminas ........................................................... 19
b. Inibidores da Recaptação de Catecolaminas...................................................... 21
c. Inibidores do Metabolismo das Catecolaminas ................................................... 21
d. Agonistas dos Receptores Alfa-adrenérgicos ..................................................... 22
e. Agonistas dos Receptores Beta-adrenérgicos .................................................... 23
f. Antagonista dos Receptores Alfa-Adrenérgicos ................................................. 24
g. Antagonistas dos Receptores Beta-Adrenérgicos .............................................. 25
FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL .......................................... 26
Barbitúricos ............................................................................................................... 27
Benzodiazepínicos .................................................................................................... 29
Hipnóticos Não Benzodiazepínicos ........................................................................... 34
Buspirona .................................................................................................................. 35
Antidepressivos Tricíclicos ........................................................................................ 37
Antidepressivos de Segunda e Terceira Geração (Heterocíclicos) ........................... 40
1.2.2 Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina ......................................... 42
Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO)................................................................ 43
Fármacos que aumentam a inibição mediada pelos canais de sódio........................ 47
Fármacos que inibem os canais de cálcio ................................................................. 51
Fármacos que aumentam a inibição mediada pelo GABA ........................................ 52
Fármacos que inibem os receptores de glutamato .................................................... 53
PRECURSORES DA DOPAMINA ............................................................................. 63
AMANTADINA ........................................................................................................... 66
ANTIMUSCARÍNICOS .............................................................................................. 67
FARMACOTERAPÊUTICA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL .................................... 70
FÁRMACOS DIURÉTICOS ....................................................................................... 71
FÁRMACOS SIMPATICOLÍTICOS ........................................................................... 74
VASODILATADORES ............................................................................................... 76
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO ......................................................... 77
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA) .................. 78
BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II .................................... 80
ANTAGONISTA DOS RECEPTORES DE ENDOTELINA......................................... 80
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A ACh por meio dos receptores muscarínicos tem como efeitos fisiológicos:
Vasculatura (células endoteliais) = liberação de NO e vasodilatação;
Íris (músculo esfíncter da pupila) = contração e miose;
Músculo ciliar = contração e acomodação da lente para visão de perto;
Glândulas salivares e lacrimais = secreções ralas e aquosas;
Brônquios = constrição; aumento secreções;
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c. Anticolinesterásicos
I. Anticolinesterásicos reversíveis
Farmacologia Adrenérgica
Alteração de autorreceptor.
durante 3-4 h;
TERBUTALINA – rápido efeito broncodilatador após inalação ou
administração parenteral, após inalação o efeito persiste por 3-6 h quando
administrado por via oral o efeito demora de 1 a 2h. É utilizada no tratamento em
longo prazo das doenças obstrutivas das vias respiratórias e no broncoespasmo
agudo. Além de ser uma ferramenta farmacológica na crise asmática emergencial;
SALMETEROL – possui duração de ação prolongada de
aproximadamente 12h, entretanto seu início de ação é relativamente lento após
inalação, sendo inapropriado para alívio imediato das crises inesperadas de
broncoespasmo.
Os principais efeitos adversos dos agonistas beta-adrenérgicos são
resultantes da ativação excessiva dos receptores beta-adrenérgicos. O tremor
muscular constitui um efeito adverso comum. O desenvolvimento de tolerância é
observado com a terapia em longo prazo com esses agentes, refletindo uma
dessensibilização dos receptores beta-2 adrenérgicos. Para minimizar esse efeito,
deve-se iniciar a terapia oral com dose baixa, e progressivamente aumentando à
medida que surgir o tremor. A sensação de inquietação, apreensão e ansiedade são
sintomas apresentados pelos pacientes tratados por via oral ou parenteral. A
taquicardia é um efeito adverso comum dos agonistas beta-adrenérgicos quando
administrados por via sistêmica. A estimulação da frequência cardíaca ocorre via
receptor beta-1 adrenérgico.
Barbitúricos
Os barbitúricos foram hipnóticos e sedativos populares no século XX até aV
década de 60, atualmete não são utilizados de modo preferencial. São derivadossub
tituídos do ácido barbitúrico (malonilureia). A substituição do O pelo S em C2 produz
os tiobarbitúricos, moléculas mais tiopental.lipossolúveis e mais potentes, como o
são depresores gerais de todas as células excitáveis, sendo o SNC o mais sensível
a sua ação. Uma dose hipnótica de 100-200 mg de um barbitúrico de ação curta
reduz o tempode latência para o sono e aumenta a duração do sono. O indivíduo
pode despertar do sono e se sentir confuso e instávelNquando acordado
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Barbitúrico Ação
TIOPENTAL ULTRACURTA
AMOBARBITAL INTERMEDIÁRIA
FENOBARBITAL PROLONGADA
PENTOBARBITAL PROLONGADA
SECOBARBITAL PROLONGADA
pode ainda ser utilizado para acelerar a resolução da icterícia hemolítica por
melhorar o transporte hepático da bilirrubina nestes pacientes.
Em relação a sua farmacocinética, os barbitúricos são bem absorvidos pelo
trato gastrintestinal e apresenta boa distribuição corporal. A penetração no SNC
depende da lipossolubilidade da molécula, o tiopental é altamente lipossolúvel
penetrando quase que imediatamente no SNC. A ligação às proteínas plasmáticas é
bastante variável no grupo, o tiopental liga-se 75% enquanto o fenobarbital 20%. É
importante destacar que a lipossolubilidade do tiopental, faz com que ocorra a
redistribuição do fármaco, ou seja, após a administração o fármaco se acumula nos
tecidos gordurosos prolongando seu efeito. Os barbitúricos induzem ao metabolismo
de vários fármacos, como varfarina, anticoncepcionais, griseofulvina e teofilina,
reduzindo a sua eficácia.
Alguns indivíduos tratados com barbitúricos apresentam excitação, sendo a
ocorrência mais comum em pacientes idosos. A ocorrência de precipitação de
porfiria em alguns indivíduos constitui uma idiosincrasia. Um quadro de
hipersensibilidade, exantema, edema nas pálpebras e nos lábios é apresentado por
alguns pacientes. Verifica-se o desenvolvimento de tolerância com doses repetidas
de barbitúricos. Ocorre dependência física e psicológica, risco para o uso abusivo.
Os sintomas de abstinência consistem em alucinação, convulsão, delírio, excitação e
morte.
Benzodiazepínicos
O clordiazepóxido e o diazepam foram introduzidos na década de 60 como
agentes ansiolíticos. Desde então essa classe adquiriu popularidade, substituindo os
barbitúricos tanto como agentes hipnóticos quanto como sedativos. Das diversas
razões que levaram os benzodiazepínicos a serem amplamente utilizados na clínica,
pode-se citar seu alto índice terapêutico, o risco de depressão respiratória e da
função cardiovascular necessitar de doses mais elevadas que as doses hipnóticas,
não alteram a eliminação de outros fármacos por indução das enzimas microssomais
e o desenvolvimento de um antagonista para reversão do quadro de
envenenamento.
O termo benzodiazepina refere-se à porção da estrutura composta de um anel
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COMPOSTO R1 R2 R3 R4
Diazepam Cl CH3 H2 H
Nitrazepam NO2 H H2 H
Flurazepam Cl (CH2)2N(C2H5)2 H2 F
Flunitrazepam NO2 H H2 F
Oxazepam Cl H OH H
Temazepam Cl CH3 H2 H
Clonazepam NO2 H H2 Cl
Lorazepam Cl H OH Cl
Clorazepato Cl H COOH H
Nordiazepam Cl H H2 H
do sono no estado natural, efeito observado naqueles indivíduos com pelo menos 6
horas de sono, tais efeitos hipnóticos declinam com a administração após 1-2
semanas.
O efeito ansiolítico dos benzodiazepínicos é indicado para alívio da ansiedade
e estado de agressividade, esse efeito é obtido em doses menores que a dose
utilizada como hipnótico.
Os benzodiazepínicos produzem relaxamento do musculoesquelético
mediado centralmente, sem comprometimento da atividade voluntária. O
clonazepam e o diazepam possuem atividade miorrelaxante mais pronunciada, e
doses muito altas deprimem a transmissão muscular.
A atividade anticonvulsivante é exibida principalmente pelo clonazepam,
diazepam, nitrazepam e flurazepam, sendo utilizada no tratamento da epilepsia,
entretanto, sua utilização por pacientes epilépticos é limitada, pois há risco do
desenvolvimento de tolerância. O alprazolam além da ação hipnótica e sedativa
exibe atividade antidepressiva.
RECEPTOR DE GABAA E SÍTIO DE LIGAÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS
(BDZ)
Buspirona
Agente ansiolítico não relacionado aos benzodiazepínicos da classe da
a
azapirona indicado no tratamento dos distúrbios de ansiedade, como o transtorno de
ansiedade generalizada e no alívio em curto prazo dos sintomas de ansiedade,
acompanhados ou não de depressão. A BUSPIRONA (5-10 mg) atua como um
agonista parcial dos receptores serotoninérgicos subtipo 5HT 1A localizados pós-
sinapticamente no hipocampo, resultando na menor liberação de serotonina (5-HT) e
como agonista total dos receptores serotoninérgicos localizados nos corpos
celulares de neurônios do núcleo magna da rafe, inibe a atividade dos neurônios
noradrenérgicos do locus ceruleus, interferindo nas ações de despertar. Os efeitos
farmacodinâmicos podem levar di s ou semanas para aparecer.
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS
Antidepressivos Tricíclicos
São denominados tricíclicos pelo fato de apresentarem na estrutura um
núcleo com três anéis, estreitamente semelhantes às fenotiazinas; podem ser do
tipo aminas secundária ou terciária. São representantes desta classe:
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SAIS DE LÍTIO
O lítio é administrado por via oral na forma de carbonato de lítio na dose usual
de 300-600 mg/3-4x dia. Sofre absorção completa e é amplamente distribuído pelo
organismo. Apresenta longo tempo de meia-vida e índice terapêutico estreito, o que
constitui uma limitação na terapêutica, devido ao alto risco de toxicidade. A terapia
com carbonato de lítio leva a efeitos indesejáveis como náusea, sede, poliúria,
hipotireoidismo, tremor, fraqueza e confusão mental. Doses excessivas causam
confusão, convulsões e disritmias cardíacas. O lítio é contraindicado na gestação por
ser teratogênico e na disfunção renal. A associação de diuréticos que atuam na
região do túbulo proximal aumenta a reabsorção do lítio aumentando a probabilidade
de toxicidade.
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ANTICONVULSIVANTES
Fenobarbital 4 3a8 1
Valproato de sódio
10 15 a 40 1a2
ANTIPSICÓTICOS
substância negra até o núcleo caudal e o putâmen, essa via está relacionada na
coordenação de movimentos voluntários.
O sistema tuberoinfundibular liga os núcleos arqueados e neurônios
periventriculares ao hipotálamo e à hipófise posterior. A dopamina liberada nesse
sistema inibe fisiologicamente a secreção de prolactina.
A via medular-periventricular consiste em neurônios no núcleo
motor do vago envolvido no comportamento da alimentação.
Acredita-se que os antipsicóticos sejam capazes de bloquear a dopamina nos
sistemas mesolímbico e mesofrontal. O antagonismo da dopamina no sistema
nigroestriatal explica o efeito indesejável conhecido como parkinsonismo induzido. A
hiperprolactinemia que acompanha o tratamento com antipsicóticos é causada pelo
bloqueio do efeito inibitório da dopamina sobre a produção de prolactina.
O alvo dos antipsicóticos são os receptores dopaminérgicos. Esses
receptores consistem de duas famílias distintas, os grupos de receptores
semelhantes a D1 e semelhantes a D2 como descrito abaixo:
PRECURSORES DA DOPAMINA
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
AMANTADINA
ANTIMUSCARÍNICOS
SISTEMA RENAL
O sistema renal tem como função filtrar o sangue que chega bombeado pelo
coração, regulando o volume intravascular. A estrutura renal é constituída de dois
rins, dois ureteres, bexiga e uretra. O sangue chega ao rim pela artéria renal e no
interior de cada rim, essa artéria se ramifica em numerosas arteríolas aferentes,
presentes na região do córtex. Cada uma dessas arteríolas se ramifica em pequenos
capilares denominados, glomérulos.
Os glomérulos presentes aos milhares em cada rim são constituídos por
pequenos enovelados de capilares. O sangue flui no interior dos capilares onde é
filtrado através da parede desses. A capacidade de cada glomérulo em filtrar o
sangue por volume compreende 125 ml por minuto. Este filtrado se acumula no
interior da cápsula de Bownmann – formado por uma membrana interna que envolve
intimamente os capilares glomerulares e uma externa que separa a interna, na
cavidade formada o filtrado glomerular é acumulado. O filtrado glomerular passa
pela parede dos capilares, a qual retém um grande número de proteínas, por meio
de um sistema coletor formado pelos segmentos do túbulo contornado proximal, alça
de Henle, túbulo contornado distal e ducto coletor. Ao passar por esse sistema
diversas substâncias são reabsorvidas através da parede tubular, e ao mesmo
tempo, outras são excretadas para o interior dos mesmos.
Pelo túbulo contornado proximal há reabsorção intensa de glicose por
transporte ativo através da parede tubular e retornando ao sangue que circula no
interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos. Além da glicose,
nesse segmento há reabsorção de aminoácidos e de proteínas e de 70% de
eletrólitos, como sódio e cloreto, fazendo com que um volume significativo de água
seja também reabsorvido. A seguir, o filtrado alcança a alça de Henle, dividida no
ramo descendente e ascendente. O ramo descendente da alça é permeável à água
e ao cloreto de sódio diferente do ramo ascendente, que é impermeável à água.
Dessa forma, o filtrado ao fluir por essa alça tem os íons de sódio bombeados para o
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FÁRMACOS DIURÉTICOS
FÁRMACOS SIMPATICOLÍTICOS
administrado uma vez ao dia (1-2 g/dia por via oral). Os efeitos adversos da terapia
com metildopa incluem hipotensão postural, boca seca, sedação, cefaleia, distúrbios
do sono, impotência, visão embaraçada, sinais parkinsonianos, depressão, aumento
da secreção de prolactina e hipertermia.
O trimetafam é um bloqueador ganglionar administrado por via endovenosa
de rápida ação no tratamento da crise hipertensiva, da dissecção da aorta e para
indução de hipotensão em neurocirurgia; seu efeito anti-hipertensivo depende, em
grande parte, do acúmulo de sangue nos vasos de capacitância.
Os bloqueadores de neurônios adrenérgicos, guanetidina, guanadrel e
reserpina promovem depleção de noradrenalina nas terminações simpáticas.
Os agentes betabloqueadores clinicamente utilizados no tratamento da
pressão arterial são propranolol, atenolol, carvedilol e metoprolol. Esses fármacos ao
antagonizarem os receptores beta-adrenérgicos reduzem o débito cardíaco.
VASODILATADORES
MINOXIDIL - vasodilatador ativo por via oral, seu efeito resulta da abertura
dos canais de K+ pelo metabólito ativo-sulfato de minoxidil capaz de dilatar as
arteríolas, mas não as veias. É utilizado na hipertensão grave não responsiva a
outros anti-hipertensivos. O minoxidil possui boa absorção pelo trato gastrintestinal,
sofre metabolização hepática e seu tempo de meia-vida é de aproximadamente 4
horas. O efeito hipotensor persiste por mais de 24 horas ocorrendo estimulação
simpática reflexa. Geralmente é associado com um betabloqueador ou um diurético
devido à retenção de sódio e de líquidos. Além desse efeito, o tratamento com
minoxidil leva a hipertricose, intolerância a glicose e trombocitopenia;
vida é de 5,4h.
Além do bosentan, outros fármacos da classe incluem o atrasentan (1000
vezes mais seletivo para o receptor ETA e tempo de meia-vida de 26h) e o
tezosentan (administrado por via intravenosa). O atrasentan é útil no tratamento do
câncer prostático metastático e o tezosentan na síndrome hepatorrenal e falência
cardíaca aguda.
FARMACOTERAPÊUTICA NA ANGINA
A angina de peito caracteriza-se por intensa dor torácica que ocorre quando o
fluxo sanguíneo coronário é inadequado para fornecer o oxigênio necessário ao
coração. É a mais comum das condições associadas à isquemia tecidual. A causa
primária decorre do desequilíbrio entre a necessidade de oxigênio do coração e o
oxigênio suprido pelos vasos coronários.
ANGINA DE PEITO
dalteparina e cetoparina.
A heparina aumenta cerca de mais de mil vezes a velocidade de ligação da
ATIII no fator de coagulação ativo. O fator Xa para ser inibido basta o contato com o
complexo ATIII-heparina, diferente do fator IIa que precisa estar em contato com a
heparina. Nesse caso a heparina LWM é suficiente.
O principal efeito adverso da heparina é a hipersensibilidade caracterizada
por um quadro de asma, urticária, rinite, febre e colapso. Além disso, é observada
alopecia, hemorragia, lacrimejamento, tonteiras e vertigens e trombocitopenia. O
efeito trombocitopênico é um dos efeitos mais críticos durante a terapia com
heparina, resultando em sangramento grave e excessivo. Esse quadro é mais
frequente em pacientes fazendo uso de heparina não fracionada do que com a
heparina de baixo peso molecular. A reversão da trombocitopenia é realizada com a
administração de um antagonista específico, o sulfato de protamina. A protamina é
um peptídeo altamente básico que se combina com a heparina como um par iônico,
formando um complexo estável desprovido de ação anticoagulante.
VARFARINA – anticoagulante oral administrado na forma de sal dissódico e
consiste numa mistura racêmica composta de quantidades iguais de dois
enantiômeros (a forma levógira S é quatro vezes mais ativa que a forma dextrógira
R). Seu efeito anticoagulante decorre da inibição da epóxido redutase hepática que
catalisa a regeneração da vitamina k reduzida resultando na redução da síntese de
fatores de coagulação II, VII, IX e X (vitamina k-dependente) e proteína C e S,
fatores da coagulação. O efeito anticoagulante inicia-se após 8 a 12 horas após
administração.
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METABOLISMO DO COLESTEROL
músculo e tecido adiposo. Nesses locais, os TGS do núcleo são hidrolisados pela
lipoproteína lipase, e os ácidos graxos livres resultantes são captados pelos tecidos;
• Os quilomícrons remanescentes que ainda contêm ésteres de
colesterol passam pelo fígado e ligam-se aos hepatócitos e sofrem endocitose;
• O colesterol é liberado no interior dos hepatócitos e pode ser
armazenado, oxidado a ácidos biliares ou secretado na bile na forma inalterada;
alternativamente também podem alcançar a via endógena de transporte de lipídios.
atividade de síntese dos osteoblastos. Dessa forma, as estatinas são indicadas para
o tratamento da hipercolesterolemia, aterosclerose coronariana e profilaxia da
aterosclerose, doenças inflamatórias crônicas, doença vascular periférica e diabetes
tipo II.
As estatinas disponíveis são: lovastatina, pravastatina, sinvastatina,
fluvastatina, atorvastatina e rosuvastatina. Algumas diferenças são observadas entre
estes fármacos, como:
Sinvastatina, lovastatina e pravastatina são inibidores competitivos
da HMG-CoA redutase enquanto que a inibição pela atorvastatina é prolongada;
Atorvastatina e Rosuvastatina são as estatinas mais potentes e a
fluvastatina a menos potente.
As estatinas são bem absorvidas por via oral e sofrem extenso efeito de
primeira passagem. A sinvastatina é um profármaco de lactona inativa que depende
de metabolização hepática para transformação na sua forma ativa. Recomenda-se
que a administração das estatinas seja à noite, devido à biossíntese de colesterol
ocorrer ao dia. Os efeitos adversos das estatinas consistem em lesão hepática, dor
muscular, miopatias, miosite que pode evoluir para rabdomiólise, insuficiência renal
aguda, flatulência, diarreia e hipersensibilidade (exantemas). A associação de um
fármaco do tipo estatina e niacina ou genfibril aumenta o risco a rabdomiólise.
As doses dos principais fármacos utilizados na clínica para tratamento das
dislipidemias estão representadas no quadro abaixo:
(AINE)
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS
sanguínea por excesso do fármaco. Essa síndrome também resulta por aumento na
secreção de ACTH ou elevação na produção adrenal.
A síndrome de Cushing caracteriza-se por inúmeros sinais como aumento da
pressão arterial, dificuldade de cicatrização, elevação da glicemia, aumento da
pressão arterial, catarata, face em forma arredondada e bochechas vermelhas,
obesidade, aumento do apetite, aumento da gordura abdominal, acúmulo de gordura
no dorso (corcova de búfalo), risco de osteoporose, necrose avascular do fêmur,
equimoses e estrias, adelgamento da pele, braços e pernas finas (atrofia muscular),
aumento de suscetibilidade a infecções e quadro de euforia alternado com
depressão e psicoses.
mecânicos e que são ativadas por toque leve, vibração ou movimento de pelos;
do corno dorsal (lâminas I e II). Para que ocorra a condução, os canais de sódio
regulados por voltagem devem converter a despolarização da terminação periférica
em potencial de ação.
A transmissão sináptica na medula espinhal é regulada pelas ações de
interneurônios inibitórios locais e projeções que descendem do tronco encefálico
para o corno dorsal e limitam a transferência da informação sensorial para o cérebro.
Esses locais representam um importante local de intervenção farmacológica. Os
principais neurotransmissores inibitórios no corno dorsal da medula espinhal são os
peptídeos opioides, a norepinefrina, a serotonina, a glicina e o GABA. Atuam tanto
nível pré-sináptico quanto pós-sináptico, inibindo a transmissão.
MEPERIDINA –
moderada a intensa. Observa-se ocorrência de euforia e midríase, além de
convulsão e excitabilidade do sistema nervos central, decorrente da formação de um
metabólito tóxico normeperidina.
LEVORFANOL -
moderada a intensa. Exerce seu efeito analgésico através de receptores presentes
na substância cinzenta periventricular e periaqueductal no cérebro e na medula
espinhal, alterando a percepção e a transmissão da dor.
NALBUFINA –
ial. Indicado na dor moderada a intensa, como adjuvante
ANTIASMÁTICOS
O tônus da musculatura lisa pulmonar recebe inervação colinérgica, pelo
nervo vago que libera acetilcolina que ocupa os receptores muscarínicos subtipo M1
e M3 que levam a broncoespasmo e aumento de secreções; inervação pelas fibras
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RINITE E RINORREIA
TOSSE
sinais eferentes são transmitidos do centro da tosse, através de ramos dos nervos
vago, frênico e espinhal, para a laringe, diafragma, músculos das paredes torácica,
abdominal e pavimento pélvico.
REFLEXO DA TOSSE E VIAS ENVOLVIDAS
A tosse pode ter inúmeras causas como problemas congênitos, como por
exemplo, fístula traqueomalacia e refluxo gastroesofágico, infecções da via
respiratória, doenças alérgicas; doenças sistêmicas, como fibrose cística, discinesia
ciliar, aspiração de corpo estranho, tabagismo, poluição e psicológica. Dependendo
da causa é possível o diagnóstico e a instalação da terapia mais apropriada.
Geralmente, a tosse é classificada como seca ou produtiva.
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ANTI-HISTAMÍNICOS
REFERÊNCIAS