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Ei!! Você adquiriu minha apostila de Farmacologia! Antes de você começar a se deliciar com esse monte de
conteúdo, gostaria de falar algumas coisinhas.
• Este material foi inteiramente produzido com base nas minhas anotações e aulas da disciplina
Terapêutica Medicamentosa e com o livro Farmacologia aplicada a Medicina Veterinária.
• Minha sugestão para uma melhor utilização dessa apostila, é que você a imprima e encaderne-a,
para que ela se torne um material de estudos completo que você possa levar sempre com você.
• Essa apostila é um material DE APOIO, nunca utilize apostila de terceiros como base única e
principal para seu estudos, ela nunca irá substituir uma aula da sua faculdade, ou um livro de
referência.
• Meu direct está sempre aberto para que você possa comentar qualquer coisa sobre a apostila, desde
um errinho que você possa ter percebido, uma observação que você gostaria de fazer, ou até mesmo
para tirar alguma dúvida sobre algo que você não entendeu muito bem. Estarei lá a postos para
responder! :)
Agora eu gostaria de pedir um favor.... Depois de dar uma olhadinha ou finalizar a apostila, você poderia
mandar seu feedback para mim? Posta no seus stories me marcando, ou me manda uma mensagem no
direct falando o que você achou. Esse retorno é muito importante para que eu possa saber se estou indo no
caminho certo, ou se preciso mudar algo.
Para finalizar, gostaria de agradecer a confiança no meu trabalho, e principalmente por ter adquirido a
apostila. Eu espero do fundo do meu coração, que ela te auxilie bastante nos estudos.
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Introdução a farmacologia.............................................................................................. 04
Farmacocinética.............................................................................................................. 08
Farmacodinâmica........................................................................................................... 17
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Histórico da farmacologia
• 3.000 a.C já existia relatos da terapêutica, sendo representadas por ‘’poções mágicas’’ e/ou remédios à base
de ervas.
• As ciência biomédicas (patologia, fisiologia, bioquímica) trouxeram embasamento para a farmacologia crescer.
• A farmacologia começou no empirismo, mas foram sintetizadas (desenvolvidas) em grande escala pelas
indústrias farmacêuticas no comércio.
• Nos anos 2000, duas ciências começaram a trabalhar junto com a farmacologia: a biofarmacêutica e a biologia
molecular.
Farmacologia
É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos como organismos vivos ou sistemas biológicos,
resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico (medicamento).
• Para compreender o mecanismo pelo qual uma substância química administrada afeta o funcionamento de
um organismo.
• Para ter sucesso terapêutico ao tratar uma doença.
• Para escolher o fármaco mais adequado para certas características fisiopatológicas.
• Para garantir que o fármaco atinja a concentração adequada.
Conceitos básicos
• Farmacologia: estudo da fonte (farmacognosia), ação e destino (farmacodinâmica) da droga no organismo.
• Farmacoterapia: técnica que usa medicamentos na prevenção e tratamento de doenças.
• Droga: qualquer substância química que em quantidade suficiente desempenha função terapêutica ou
maléfica.
• Fármaco: substância química que é o princípio ativo do medicamento.
• Medicamento: produto que pode conter um ou mais princípios ativos já na forma que deve ser usada pelo
paciente.
Observação: Todo medicamento é um fármaco (tem princípio ativo), mas nem todo fármaco é um medicamento. Ou
seja, nem todo princípio ativo ‘’vira’’ medicamento.
• Remédio: toda substância ou procedimento que promova cura ou alivio imediato. O remédio não
necessariamente vai ser uma substância química. Ex: massagem, tratamento de choque, chás. Qualquer coisa
que promova alívio da dor.
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• Fórmula médico-veterinária: conjunto de bases e instruções para o tutor usar aquela medicação.
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Efeitos adversos e benéficos
Os fármacos podem ter efeitos benéficos ou adversos.
Janela terapêutica
As drogas ideiais precisam atingir a chamada ‘’janela terapêutica’’. Essa janela é a faixa de segurança para trabalhar
com um fármaco, dentro da menor concentração e a concentração potencialmente tóxica.
Ex: Medicamento que 10mg é sua menor concentração geradora de efeito e sua DL (dose letal) ou concentração
potencialmente tóxica é 100mg. Se administrarmos 5mg vai gerar uma subterapia, e se administrarmos mais de
100mg, vai causar uma toxicidade. Ele precisa ser administrado dentro dessa janela terapêutica.
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Concentração no sítio alvo Efeitos
Excessiva Tóxicos
Máxima permitida Potencialmente tóxicos
Ótima Terapêutico
Limiar Parcialmente eficazes
Insuficientes Ausente
Observações: 1. Quanto mais receptores, um fármaco se ligar, mais efeito colateral ele vai gerar.
2. Uma droga pode ter afinidade com um receptor, mas ainda assim não ter eficácia.
• Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõe a forma pela qual os medicamentos são
apresentados. Possui o principio ativo (agente quimico), o corretivo (sabor, corantes, açucares) e o veículo (dá
volume e a forma). Ou seja, ela já sai do laboratório prontinha.
• Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se apresenta. Ex: comprimido, xarope etc.
A proteção patentária impede que por um determinado tempo, outras indústrias copiem o medicamento inovador. O
período de proteção pode variar de acordo com o país.
• Produto de marca
• Nome comercial
• Registrado no órgão federal e comercializado com um nome de uma marca (registrada)
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Medicamento genérico
É aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é adminstrado pela mesma via,
tem a mesma indicação terapêutica e é apresenta a mesma segurança que um medicamento de referência no país.
Ele é comercializado sem o nome comercial registrado, e só é produzido após a expiração (ou renúncia) do periodo da
patente (proteção patentária) do medicamento referência.
Sua eficácia, segurança e equivalência é comprovada por testes de bioequivalência. Ele é geralmente mais barato, por
não ter tido os custos de ‘’descobrimento’’ do principio ativo como foi feito com o de referência.
Similar equivalente
Cópia do medicamento de referência. Alguns itens, porém, podem ser diferentes, como dose ou indicação de
administração, tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos,
devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Exemplo: um medicamento de referência vendido somente sob a forma de comprimido, pode possuir um similar na
forma líquida.
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Considerações importantes
• Até mesmo a mais promissora das terapias farmacológicas irá fracassar em estudos clínicos se o fármaco for
incapaz de alcançar o seu órgão alvo numa concentração suficiente para exercer um efeito terapêutico.
• Características orgânicas de resistência do corpo animal, como a proteção do organismo contra invasores e
substâncias tóxicas e estranhas acabam limitando a atuação dos fármacos.
• Reconhecer os numerosos fatores que afetam a capacidade de atuação de um fármaco em um determinado
paciente, e o seu efeito (ação do organismo sobre ele) ao passar do tempo é de extrema importância.
Introdução
Um fármaco ideal tem a capacidade de atravessar as barreiras fisiológicas que existem no corpo para limitar o acesso
das substâncias estranhas. A absorção dos fármacos pode ocorrer através de vários mecanismos desenvolvidos para
explorar ou romper essas barreiras.
Uma vez absorvidos, o fármaco utiliza sistemas de distribuição dentro do organismo, como os vasos sanguíneos e os
vasos linfáticos para alcançar seu órgão alvo numa concentração apropriada. Essa capacidade do fármaco de ter acesso
a seu alvo também é limitada por diversos processos que ocorrem no paciente.
Depois o fármaco passa pelo processo de metabolização, em que o organismo inativa o fármaco através de
degradação enzimática (principalmente no fígado). E por fim, a excreção, onde o fármaco é eliminado do corpo
(principalmente pelos rins e pelo fígado, bem como pelas fezes).
Definição
A farmacocinética é o estudo do movimento de uma substância química, em particular, um fármaco em um
organismo vivo. Estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal.
Esse estudo tem uma divisão chamada ADME, conhecida como pilares da farmacocinética. São eles:
• Absorção
• Distribuição
• Biotransformação (metabolismo)
• Excreção
Processos farmacocinéticos
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Legenda (explicação) da imagem:
Depois da liberação e absorção do farmaco, ele entra no organismo como um fármaco livre para ir para corrente
sanguínea, daí ele pode ir para seu local de ação terapêutica e voltar para sua metabolização e ser excretado. Ele pode
ir para os reservatórios teciduais e ficar armazenado lá e ir sendo liberado aos poucos. Ele pode ir para um local de
ação inesperado causando reações adversas (os famosos efeitos colaterais). Ele pode ser logo excretado, sem passar
pelo metabolismo, e ele também pode (se ele tiver uma grande afinidade com proteína) se ligar a alguma (geralmente
a albumina) e ficar preso por lá, ficando um menor valor de fármaco livre para fazer sua ação. Essa ‘’prisão’’ é
temporária e reversível, os ‘’fármacos se soltam’’ depois, e podem seguir seu caminho. Apenas a fração do fármaco
que consegue ligar-se a receptores específicos terá um efeito farmacológico. Observe que o metabolismo de um
fármaco pode resultar em metabólitos tanto ativos quanto inativos; os metabólitos ativos também podem exercer um
efeito farmacológico sobre os receptores-alvo ou, algumas vezes, em outros receptores.
Absorção
Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A velocidade e a
eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas características químicas e da
via de administração (o que influencia sua biodisponibilidade). Com exceção dos fármacos administrados pela via IV
(não sofrem absorção) os demais podem resultar em absorção parcial e menor biodisponibilidade.
Após administrado – fase biofarmacêutica – liberação do princípio ativo – atravessar membranas – absorção.
Membrana plasmática
A membrana plasmática apresenta uma bicamada lipídica formada por fosfolipídios, que são moléculas anfipáticas,
ou seja, possuem uma parte hidrofílica (apresenta afinidade com a água), denominada “cabeça”, ligada a duas
“caudas” hidrofóbicas (apresentam aversão à água). As proteínas também são moléculas anfipáticas, assim, sua parte
hidrofílica fica em contato com a região aquosa. Algumas apresentam, inclusive, um canal hidrofílico para a passagem
de substâncias hidrofílicas.
Ela apresenta fluidez, ou seja, algumas proteínas (moléculas individuais) inseridas na bicamada lipídica podem
deslocar-se lateralmente por ela.
P.s: no caso da difusão facilitada, mesmo sendo um transporte ativo, não tem gasto de energia, só usa energia quando
é contra o gradiente de concentração (ou seja, sai do menos concentrado para o mais concentrado).
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Como ocorre cada transporte?
No transporte paracelular: sai do meio mais concentrado para o menos concentrado atravessando o espaço entre as
células
Na difusão simples: ele passa pela membrana facilmente, isso ocorre com fármaco com farmácos lipossolúveis.
Lembrando que quanto mais lipossolúvel for o fármaco, mais facilmente ele entra na membrana.
Na difusão facilitada (s/ gasto de energia): uma proteína (transportadora de membrana) engloba o fármaco e o leva
para dentro da membrana. Sem gasto de energia, porque é a favor do gradiente. A difusão facilitada ativa ocorre
contra o gradiente de concentração, portanto tem gasto de energia.
Difusão por poros: ocorre com fármaco hidrossolúveis, porém com baixo peso molecular, ou seja, eles conseguem
passar facilmente pelos poros da membrana.
Permeabilidade da membrana
Moléculas lipossolúveis que adentram a barreira, são moléculas não ionizadas (apolares). Se o fármaco passa a ter sua
forma ionizada (polar), ele não ultrapassa mais a barreira e fica ‘’preso’’ dentro do espaço.
Exemplificando: Quando um fármaco (ácido) entra no pH do estômago (ácido), ele perde seu equílibrio (50% ionizado,
e 50% não ionizado) e fica mais ‘’não ionizado’’ (mais apolar), e assim consegue passar pela barreira da membrana,
mas ao chegar no plasma que tem um pH totalmente diferente (7,4 – meio básico) ele muda de novo e fica ionizado
(polar) e então não consegue voltar, ele fica preso na corrente sanguínea, e uma parte dele vai para os tecidos alvos
(absorção).
Biodisponibilidade
Definição: percentual de aproveitamento, pelo organismo, de uma substância (fármaco).
O efeito de primeira passagem reduz a biodisponibilidade do fármaco. Basicamente, ele passa por vários lugares, até
chegar na circulação sistêmica e ir para o seu alvo, esse caminho faz com que ele diminua sua disponibilidade. E é
muito importante sabermos quantos % da dose total do medicamento vai chegar no seu sítio de ação, para indicarmos
a dosagem certa do medicamento, dada no tempo certo para que ele atinja sua janela terapêutica.
Quando o fármaco atinge seu ‘’pico’’ ele desce novamente (fim do efeito). Por isso, continua o tratamento dando o
medicamento outras vezes, para que ele atinja novamente seu pico, até ficar dentro da faixa terapêutica.
Legenda:
Imagem A) Dosagem terapêutica: a partir do 3º dia, o medicamento estava na sua faixa terapêutica.
Imagem B) Dosagem terapêutica com dose de ataque: uma única dose, na primeira vez já atingiu sua faixa terapêutica
(ex: tratamento que se iniciam com dois comprimidos no primeiro dia e depois continuam com apenas um por dia,
esses dois comprimidos são a dose de ataque, eles já atingem a faixa terapêutica, o resto é para manter ele lá).
Imagem C) Dosagem tóxica: a quantidade de doses dadas, ultrapassou sua faixa terapêutica e já atingiu sua faixa
tóxica (no caso do gráfico, na 3º dose do medicamento, ele já deveria ter parado).
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Imagem D) Dosagem subterapêutica: a quantidade de fármacos dados não foi suficiente para atingir sua faixa
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Distribuição:
Distribuição de fármacos é o processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no
interstício (líquido extracelular) e, então, nas células dos tecidos. Para fármacos administrados por via IV, onde não
existe absorção, a fase inicial (isto é, imediatamente após a administração até a rápida queda na concentração)
representa a fase de distribuição, na qual o fármaco rapidamente sai da circulação e entra nos tecidos. A passagem do
fármaco do plasma ao interstício depende do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo regional, da permeabilidade capilar,
do volume do tecido, do grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas e tissulares e da lipossolubilidade relativa
do fármaco.
Ligação a proteínas
A ligação reversível às proteínas plasmáticas fixa os fármacos de forma não difusível e retarda sua transferência para
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fora do compartimento vascular. A albumina é a principal proteína ligadora e pode atuar como uma reserva de fármaco
(à medida que a concentração do fármaco livre diminui, devido à eliminação, o fármaco ligado se dissocia da proteína).
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Isso mantém a concentração de fármaco livre como uma fração constante do fármaco total no plasma.
• Fármaco ligado a proteína não atravessa barreira plasmática, ou seja, se um fármaco tem alta afinidade com
uma proteína, ele vai ter menor distribuição e menor metabolismo, porém terá maior tempo de ação, já que
a proteína acaba atuando com uma reserva do fármaco.
Como assim?
As proteínas prendem uma parte dos fármacos, ficando apenas a outra parte livre no organismo. Quando esses
fármacos livres vão sendo eliminados, após fazerem seu efeito, as proteínas vão liberando esses fármacos que estavam
‘’presos’’. Ou seja, fármacos que tem afinidade com essas proteínas, acabam tendo uma efeito mais prolongado no
organismo, já que vão sendo liberados aos poucos no próprio.
• Fármacos de Classe I: (tem muita afinidade com ptn) a dose é menor que o número de locais de ligações
disponíveis, portanto a maioria das moléculas de fármacos fica ligado (preso) a albumina, e a concentração de
fármaco livre é baixa. (ex: 5 albuminas, e 7 fármacos, as proteínas se ligam ao fármaco, sobrando só 2 fármacos
livres).
• Fármacos de Classe II: (não tem afinidade com ptn) a dose é maior de que o número de ligação, portanto a
maioria das moléculas da albumina tem fármaco ligado, e a concentração de fármaco livre já é mais alta (ex
bem informal: 5 albuminas e 12 fármacos, eles se ligam e sobra 7 livres).
Quando se administra os dois fármacos juntos (classe I e II) a albumina vai pegar os fármacos da Classe II e assim vai
ter mais fármaco de classe I livre, ou seja, o deslocamento do fármaco da classe I ocorre quando um fármaco de Classe
II é administrado simultaneamente.
Legenda: Pacientes com falência hepática tem uma baixa produção da albumina, com isso, a porção de fármaco livre
no corpo é maior, já que não tem muita albumina para se ligar eles.
Essa baixa de albumina plasmática também acarreta em baixa pressão osmótica e aumento do fluido tecidual, com
isso aumentando o volume de distribuição (Vd) de fármacos hidrossolúveis.
Armazenamento de drogas
O armazenamento de drogas, podem ser feitas de duas maneiras:
• Armazenamento através associação com elementos teciduais: é feito nos tecidos (ósseo e adiposo).
• Formação depósitos: Se os medicamentos forem armazenados nesse depósito, as concentrações iniciais dele
no corpo será reduzida, já que maior parte sera armazenada e o efeito do mesmo consequentemente
seráprolongado, já que ele ficara sendo liberado aos poucos no corpo.
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Metabolismo
Biotransformação
• Mecanismo enzimático complexo que tem função de INATIVAR compostos endógenos ativos (hormônios,
enzimas) e ELIMINAR substâncias estranhasa ao organismo (xenobióticos).
• Ocorre no fígado, pulmões, rins, adrenais. E sua meta prinicipal é transformar fármacos lipossolúveis em
hidrossolúveis para serem eliminados, por que quanto mais hidrossoluveis forem o fármaco, mais fácil de ser
eliminado.
CYP 450: enzima que facilita a transformação do farmaco de hidrossoluvel para lipossoluvel.
• A minoria dos fármacos (somente os que já são hidrossolúveis) já vai direto para excreção, sem passar pelo
processo de metabolização.
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• Um fármaco pode passar pela fase 1 e ficar ativado ou permanecer igual (inalterado) precisando ir para fase
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II, ou ele pode já ficar inativado na fase 1, assim não precisando passar pela fase II (mas essa segunda
alternativa acontece raramente).
Reações FASE I
• Catabólicas (quebra)
• Produzem grupos reativos (OH, COOH, NH2) – Pontes de conjugação.
Reações FASE II
• Anabólicas (síntese).
• Ligação Acd. Glicurônico – maioria das vezes
• Resultam em compostos inativados.
Ou seja, quando um fármaco passa pela fase I, eles produzem grupos reativos, e as vezes ele já pode ficar pronto para
ser excretado, mas na maioria das vezes, ele passa pela fase II mesmo, para que ele resulte em compostos inativados
que possam ser excretados.
Lembrando que: o fármaco que ficou livre age no seu sítio de ação enquanto que outra parte está sendo metabolizado.
Ou seja todos os processos citados acima, ocorrem simultaneamente.
Reações oxidativas
• Biotransformação de fármacos.
• As principais são as microssomais, ou seja, ocorrem no REL.
• Participação das enzimas do grupo citocromo P450, que são fundamentais na metabolização de produtos
endógenos e xenobióticos; ferro; NAD (dinucleotídeo nicotinamida adenina); flavoproteína; e oxigênio.
Eliminação
A saída do fármaco do organismo ocorre por numerosas vias, sendo a eliminação na urina por meio dos rins a mais
importante. Pacientes com disfunção renal podem ser incapazes de excretar os fármacos, ficando sujeitos ao risco de
acumulá-los e apresentar efeitos adversos.
A eliminação de fármacos pelos rins na urina envolve os processos de filtração glomerular, secreção tubular ativa e
reabsorção tubular passiva. Esse tipo de eliminação ocorre com fármacos de metabolização lenta (fármaco lipofílicos,
porque eles fazem voltas e mais voltas no corpo).
Nos casos de fármacos com uma metabolização rápida, a excreção pode ocorrer através do trato biliar, fezes, ou ar,
saliva, suor e até o leite.
Em resumo, fármacos que são hidrossolúveis (se tornaram depois da metabolização) saem na urina, e os que
permaneceram lipossoluveis são reabsorvidos e volta para o fígado para serem metabolizados de novo.
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Influência do pH
• Maioria dos fármacos são base ou ácidos fracos (capacidade de ionizar – ficar polar – mais hidrossolúvel-
hidrofílica) portanto, o fármaco ionizado é mais facilmente eliminado, e um fármaco na sua forma molecular,
mais dificilmente eliminado por ser lipossolúvel (lipofílico), sendo que os rins são hidrossolúveis.
• Lembrando: Ionizada fica mais hidrofílica; molecular fica mais lipofílica
Considerando que carnívoros, possuem uma urina mais ácida (5 a 7) e os herbívoros possuem uma urina mais alcalina
(7 a 8). Usando a tabelinha vista lá em cima, precisamos dar um medicamento mais ácido para os herbívoros, para que
o medicamento consiga se tornar polar (ficar ionizado) e facilmente excretado, e para os carnívoros, precisa ser um
medicamento mais básico, para que em contato com o urina ácida, ele fique ionizado.
Excreção biliar
• Farmácos lipofilicos que não foram metabolizados em hidrofílicos são eliminados juntos com sais biliares na
luz intestinal
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O termo farmacodinâmica engloba 3 pilares de um fármaco:
1. Local de ação
2. Mecanismo de ação
Estuda os mecanismos pelos quais um medicamento atua sobre as funções bioquímicas ou fisiológicos de um
organismo vivo. É um estudo quantitativo, onde a resposta do efeito depende da dose.
Pontos importantes
• Entendimento sobre os efeitos farmacológicos e adversos causados pelos medicamentos.
• Fornecem informações sobre a forma mais adequada de tratar as intoxicações pelos mesmos agentes.
• Um medicamento não cria uma função no organismo, apenas modifica uma preexistente.
Ex.: Um medicamento vai coordenar a pressão arterial, coordenar produção de insulina, coordenar mecanismos anti-
inflamatórios. Eles não criam um mecanismo.
• Humanidade utilizou esse conceito para descobrir ou sintetizar substâncias que pudessem curar os
desequilíbrios causados pelas patologias.
Estruturalmente inespecífico
Estruturalmente específicos
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Conceitos importantes
Sítio de ação: local onde o fármaco atua.
Eficácia: quantificação do efeito benéfico de um fármaco na espécie. Após ocupação do receptor, a droga é capaz de
iniciar uma resposta (molecular, celular, tecidual, sistêmico).
Afinidade: tendência com que as moléculas da droga são atraídas para seus receptores (quanto maior a afinidade pelo
receptor, maior é a potência do fármaco).
Receptores: macromoléculas complexas, dotadas de sítio de ação do ligantes (fármaco) para interagir com drogas
específicas, bem como de um sítio efetor para iniciar resposta farmacológica.
A droga ligado ao receptor se transforma em uma macromolécula proteica que garante um efeito farmacológico
através de interações químicas (pontes de hidrogênio/hidrofóbicas...).
Observação: O tipo de ligação é que determina se o efeito da fármaco será rápido ou prolongado.
receptores
Histórico:
Foi criado para sinalizar o local/componente onde ocorre a interação com a substância química.
1920: intensidade do efeito farmacológico está diretamente relacionada com a quantidade de receptores ocupada.
Definição:
Os receptores são macromoléculas as quais os ligantes (fármaco) endógenos (produzidos pelo próprio corpo, ex:
hormônios) ou exógenos se ligam a fim de produzir um efeito biológico.
Relação fármaco-receptor
A ligação especifica do fármaco a um receptor ocorre devido à estrutura e às propriedades quimicas de ambos.
Como funciona? - Usando como exemplo um anti hipertensivo, após se ligar com seu receptor, ele vai causar
relaxamento dos vasos sanguíneos (vasodilatação) e assim a queda da pressão arterial.
• Não covalente: fraca e reversível e mais dinâmica; ocorre com a maioria dos fármacos.
O fármaco se liga ao receptor, começa a fazer seu efeito, e depois que ele é excretado, o receptor continua lá ativo.
Ex: Captopril inibindo ECA (enzima conversora da angiotensina) e omeprazol inibindo bomba de protons na mucosa
gástrica.
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Eles inibem momentanemanete, mas conforme o fármaco vai sendo eliminado, a produção de ECA e da bomba de
protóns volta a ocorrer normalmente.
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A chance de óbito ou não vai depender da dose (concentração) que foi administrada.
Transdução sinal
• Ligação no alvo terapêutico (receptor).
• Mecanismo pelo qual fármaco produz a resposta terapêutica na célula. Transforma o efeito farmacológico em
uma mudança fisiologica na célula.
As etapas de transdução de sinais se iniciam através da geração de um sinal biológico (como a liberação de
catecolaminas) ou farmacológico (como a adrenalina se liga a receptores especificos para aquela molécula). O receptor
então vai realizar uma transdução do sinal gerado levando a uma resposta fisiológica, terapêutica ou tóxica.
1. Especificidade: onde a molecula sinalizadora se encaixa no sítio de ligação do receptor complementar e quando isso
ocorre, outros sinais não são capazes de se ligarem. Cada fármaco só se liga ao seu receptor específico por conta da
sua conformação.
2. Amplificação de sinal: ocorre quando enzimas ativam outras enzimas, e o número de moleculas afetadas aumentam
geometricamente na cascata enzimática.
Ex: a ação da adrenalina sobre os hepatócitos, onde a ativação de seu receptor irá gerar uma série de sinais em cascata
levando a produção e liberação de glicose na corrente sanguínea.
Um exemplo desse mecanismo é a ligação da adrenalina aos receptores B-adrenergicos que irão promover a
dissociação da protéina G acoplada ao receptor, onde irá ativar proteínas sequestradoras dos receptores b-
adrenergicos, promovendo uma endocitose dos receptores, incapacitando sua ligação com a adrenalina.
4. Integração de sinais: é caracterizada quando dois sinais apresentam efeitos opostos sobre uma característica
metabólica, como por exemplo, a concentração de um segundo mensageiro X ou o potencial na membrana Vm, a
regulação é consequencia da ativação integradas dos dois receptores.
Essa caracteristica é observada na ação da insulina sobre seus receptores. Como a adrenalina aumenta a liberação de
glicose no plasma sanguíneo, a insulina promove uma resposta contrária. Quando ligada aos seus receptores, ela
desencadeira diversas reações, uma delas é a fosforilação dos resíduos serina dos receptores B-adrenergicos e
consequentemente levando a uma internalização e redução de sua ação.
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Alvos terapêuticos
Quando ligado a receptores se divide em 4 subfamílias:
1. Canais iônicos com portão: a abertura e o fechamento são mediados em resposta a concentração do ligante
sinalizados ou o potencial de membrana. Existem três tipos de canais iônicos transmembrana, o principal é o regulados
por ligantes, que dependem da ligação de um molécula ao canal para que promova sua abertura (ex: canais de Na+
regulado por ligante).
2. Receptores acoplados à proteina G: ativam a proteína intracelular (G) que liga GTP e regula enzimas que iram gerar
um segundo mensageiro.
3.1. Receptor Tirosina-cinases: são receptores que se autofosforilam mas depende da ação de um ligante;
3.2 . Receptor guanilil-ciclase: são ativados quando o ligante interage com o dominio extracelular do receptor,
estimulando a formação do segundo mensageiro GMP cíclico.
4. Receptores nucleares: presentes no núcleo celular; a ligação do esteroide permite ao receptor regular a expressão
de genes especificos; só são ativados por drogas altamente lipofilicas. Ex: Tamoxifeno (antagonista de estrógeno).
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Ação e efeito dos fármacos
• Ação: ligação com o receptor
• Efeito: alteração final da função biológica, consequência da ação.
• Estimulação: aumento da atividade celular (ex: adrenalina nas glândulas salivares aumentam a produção de
saliva).
• Depressão: redução da atividade celular (barbitúricos deprime SNC).
• Irritação: efeito lesivo celular (ácidos/irritam a mucosa gástrica)
• Reposição: acrescenta molecula ausente ou deficiente (insulina no diabético).
• Citototóxica: destruição de um grupo celular (antibóticos nas bacterias).
Dose
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Quantidade adequada da droga que é encessária para produzir certo grau de resposta em determinado paciente.
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Tipos de dose:
• Terapêutica
• Profilática
• Tóxica
Afinidade
Afinidade: capacidade de se ligar a um tipo determinado de receptor.
Eficácia: efeito máximo que uma droga pode produzir; é o tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage
com um receptor. A eficácia depende do número de complexos farmacorreceptores formados e da atividade intrínseca
do fármaco (sua capacidade de ativar o receptor e causar a resposta celular).
A eficácia máxima de um fármaco (Emáx) considera que todos os receptores estão ocupados pelo fármaco, e não se
obterá aumento na resposta com maior concentração do fármaco. Por isso, a resposta máxima difere entre agonistas
totais e parciais, mesmo que 100% dos receptores sejam ocupados pelos fármacos. De modo similar, mesmo que um
antagonista ocupe 100% dos receptores, não ocorre ativação, e o Emáx é zero. A eficácia é uma característica
clinicamente mais útil do que a potência, pois um fármaco com maior eficácia é mais benéfico terapeuticamente do
que um que seja mais potente.
Agonistas: capaz de gerar efeito máximo. Causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos.
• Agonista total: efeito máximo (produzem resposta máxima por ocupar todos os recptores ou parte deles)
• Agonista parcial: efeito parcial (não desencadeiam resposta máxima quando ocupam todos os receptores).
• Antagonista: nenhum efeito
Potência
Potência é uma medida da quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada intensidade. A
concentração de fármaco que produz 50% do efeito máximo (EC50) em geral é usada para determinar a potência.
Na linha vertical (0 a 100) indica a efetividade do fármaco, na linha horizontal embaixo indica a concentração
(quanto mais para direita, maior a concentração).
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No gráfico abaixo, tanto o fármaco X quanto o Y, tem a mesma eficácia, mas o fármaco X, precisou de uma menor
concentração do que o Y para atingirem a mesma eficácia.
Já nesse segundo gráfico mostra que mesmo com a mesma concetração, somente o fármaco X atingiu a eficácia:
Portanto, um fármaco potente é aquele que atinge sua eficácia com uma concentração baixa:
Antagonistas
Se ligam aos receptores e não promovem efeito nenhum; impedem que os agonistas se liguem ao seu receptor.
• Antagonista competitivo: se liga no mesmo sítio do agonista no receptor (reversível); diminui a concentração
do farmaco mas não impede a eficácia.
• Antagonista não competitivo: se liga no mesmo sitio do agonista receptor (irreversível); não reduz a potência;
diminui a eficácia do fármaco.
• Antagonista alostérico: se liga em um sítio alostérico e impede que o agonista se ligue no seu receptor
mudando sua conformação, isso diminui seu efeito terapêutico máximo já que o agonista não vai encaixar
diretitinho.
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Curva dose resposta
A curva dose-resposta é a representação gráfica da expressão matemática da relação entre a dose de um princípio
farmacologicamente ativo e o seu efeito. Da análise dessa curva surgem indicadores farmacodinâmicos, tais como
Dose Efetiva 50 (DE 50), Potência Relativa e Efeito Máximo.
A intensidade da resposta dada por um fármaco é proporcional à dose administrada. A curva sigmoide ou em forma
de S é uma expressão comumente observada na maior parte das curvas dose-resposta.
É importante mencionar que, para cada efeito haverá uma curva dose-resposta distinta. Além disso, a configuração
da curva dose-resposta da mesma substância química e a mesma espécie animal pode variar com as mudanças das
condições experimentais, por exemplo, as mudanças na forma de distribuição da dose no tempo (frequência).
Indíce terapêutico
O índice terapêutico é a relação entre a dose letal (DL50) e a dose efetiva (DE50) para produzir um determinado efeito
farmacodinâmico. O novo fármaco será mais seguro quanto maior for o índice terapêutico. O valor ideal do índice
terapêutico é sempre superior à unidade.
• Menor que 5: quer dizer que é mais perigoso a administração, já que sua dose efetiva e sua dose letal estão
proximas.
• Maior que 10: muito distante uma dose da outro, então é mais tranquilo.
Margem de segurança
O IT fornece um único número que quantifica a margem de segurança relativa de um fármaco numa população. Um
alto valor de IT representa uma janela terapêutica grande (ou larga), por exemplo, uma diferença de mil vezes entre
as doses terapêuticas e tóxicas. Enquanto um IT pequeno indica uma janela terapêutica pequena (ou estreita), por
exemplo, uma diferença de duas vezes entre as doses terapêuticas e tóxicas.
A margem de segurança é o limite existente entre a dose terapêutica e a dose tóxica da droga.
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RESUMINDO:
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Introdução (conceitos)
Medicamentos: são produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico. (Leinº5.991de17/12/1973).
Remédios: são métodos ou cuidados terapêuticos que ajudam a curar ou aliviar desconfortos, mas que não passaram
pelas etapas que um medicamento passa para ser liberado pelo órgão regulatório ANVISA.
Fármaco: Substância química que é o princípio ativo do medicamento; Eles são incorporados a uma formulação
associados a adjuvantes ou coadjuvantes, veículo ou excipientes transformando-se em medicamentos (droga na forma
que deve ser utilizada pelo paciente)
Formas farmacêuticas
As formas farmacêuticas são desenhadas para atender as necessidades terapêuticas de forma mais eficaz, segura e
cômoda;
• Existem várias formas farmacêuticas para um mesmo fármaco (ex: dipirona líquido e dipirona comprimido).
Funções:
• Bem aceita pelo paciente (ausência de efeitos indesejáveis, sabor agradável e estético).
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Comprimidos
• Formulação sólida com princípio ativo (fármaco) + adjuvante
Comprimidos são literalmente compressão dos ingredientes, e podem variar em tamanho, forma, peso, dureza,
espessura, características de desintegração e em outros aspectos.
Vantagens:
• Dosagem correta/alto grau de precisão (se o paciente engolir o comprimido todo, a gente sabe exatamente a
dose que ele ingeriu).
• Maior estabilidade
• Forma para fármacos insolúveis em água;
• Possibilidade de introduzir revestimentos
• Controle de liberação de fármacos
• Resistência a choques e abrasões.
• Fácil administração
Desvantagens:
Tipos de comprimidos:
mucosa gástrica.
• Comprimido liberação controlada: liberação de forma gradual e contínua em diferente tempos e locais.
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• Comprimido efervescente: não revestido com um ácido, mas sim com um carbonato ou bicarbonato que
interage com a água liberando CO2.
• Comprimido mastigável: formulado por granulação úmida e compressão; grau mínimo de dureza; dissolve na
boca.
• Comprimido sublingual: preparado com excipiente de rápido dissolução (glicose) e absorção pela vascular
sublingual.
Cápsulas
• Invólucro duro ou mole, de forma e capacidade variáveis, que contém um quantidade de princípio ativo que
normalmente se usa de uma só vez.
• Formato cilíndrico ou ovoide, com duas partes que se encaixam e contém substâncias medicinais sólidas,
pastosas ou liquidas.
• Invólucro feito de gelatina (cápsula dura) ou de gelatina = emolientes como glicerina e sorbitol (cápsula mole
ou elástica).
• Opaco ou transparente e corado ou incolor.
Vantagens:
• Permite administrar substâncias nauseantes ou de sabor ruim (já que o princípio ativo fica dentro e não
sentimos o sabor).
• Libertam rapidamente os medicamentos após ingestão.
Desvantagens:
Supositórios
• Formas farmacêuticas destinadas à inserção na via de administração retal.
• Amolecem e dissolvem, exercem efeitos sistêmicos ou localizados.
• Formato adequado para introdução no reto, devendo fundir à temperatura do organismo ou dispersar em
meio aquoso.
Vantagens:
Desvantagens:
• Desconforto.
• Exige uma contenção muito boa.
Pomadas
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Cremes e gel
• Cremes são emulsões semissólidas contendo substância medicamentosa, dissolvida ou suspensa na fase
aquosa ou oleosa; sua desvantagem é que possuem efeito mais lentos e menos intensos que as pomadas.
• Géis são partículas inorgânicas ou grandes moléculas orgânicas, encerradas (protegidas) por um líquido.
• Unguento contém uma base e uma resina, sendo mais resistente. Muito utilizada quando requer maior tempo
de proteção superfície (ex: proteger uma ferida evitando uma miíase.
Suspensões
• Forma liquida com partículas sólidas dispersas (não solúveis); deve-se agitar antes de usar.
• Preparações liquidas contendo um ou vários princípios sólidos sob a forma de finas partículas em meio
dispersante (aqueles líquidos que quando ficam parados muito tempo, acumula algumas coisas embaixo).
• Apresentam-se geralmente prontas para o uso.
• Aumenta ou prolonga a ação de medicamentos;
• Permite administração de altas doses do fármaco;
• Possibilidade de injeções intramusculares para liberação lenta e ação prolongada.
• Apresenta-se: oral, tópica, injetável e oftálmica.
Xarope
• Formas aquosas e límpidas; contém açúcar (como a sacarose) em concentração próxima da saturação,
formando uma solução hipertônica.
• Sua vantagem maior é sua boa conservação por conta sua formulação auto-preservante.
• Elixir: são soluções alcóolicas; medicamentos para uso oral (o álcool serve para dar uma solubilidade ao
princípio ativo). É utilizado em fármacos insolúveis em água.
Formulações gasosas
• Aerossóis: suspensão de partículas liquidas ou solidas de tamanho tão pequeno que flutuam temporariamente
no ar ou em outros gases. Usado em forma de nebulização de substâncias ativas sobre a pele ou mucosas
acessíveis externamente (trato respiratório).
• Spray: são semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), podem ser
considerados ‘’nevoeiros molhantes’’.
Vias de administração
É o local que escolhemos para administração de uma droga para que ela exerça seus efeitos de modo local ou sistêmico
(se for absorvido).
Classificação
• Enteral: via de administração na qual os fármacos passam pelo TGI antes de serem absorvidos – via oral e
retal.
• Parenteral: via de administração na qual os fármacos não passam pelo TGI, não sofrem metabolismo de 1º
passagem - direta e indireta.
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Escolha da via
Depende do(da)...
Atenção a...
Tipos de vias
Via oral
Vantagens:
• Economia (preparações orais são mais baratas, e os custos na administração são mais reduzidos).
• Simplicidade (método simples de administração, não sendo invasivo).
Desvantagens:
Todas as drogas administradas pela via oral, passam pelo fenômeno de primeira passagem, que é a metabolização do
fármaco ocorrida primeiramente no fígado, tudo que é absorvido pelo TGI é enviado ao fígado via circulação porta, e
isso reduz sua concentração sérica. Só não os fármacos que já saem do laboratório com características hidrossolúveis
não passam pelo metabolismo de primeira passagem. Essa é uma desvantagem da via oral.
Via retal
• Pouco utilizada em animais;
• Pouco efeito de primeira passagem;
• Tipos: supositório, enema e lavagem.
• Possui absorção irregular.
• Tratamento local ou sistêmico.
• Estimula peristaltismo e defecação.
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Via endovenosa/intravenosa IV
• Absorção direta;
• 100% de biodisponibilidade;
• Efeito imediato
• Permite aplicação de grandes volumes;
• Necessita infusão lenta;
Riscos:
MUITO CUIDADO PARA NÃO PEGAR SANGUE ARTERIAL (VERMELHO BEM VIVO)
Via Intramuscular IM
• Agulha inserida diretamente no músculo (profundamente);
• Área com alta irrigação;
• Maior segurança;
• Boa absorção sistêmica;
• Permite aplicação de quantidades maiores (em grandes animais).
• Soluções aquosas possuem absorção rápida, e soluções oleosas possuem absorção lenta.
Cuidados:
• Limpeza do local.
• Substâncias irritantes.
• Localização (nervos e vasos)
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Via subcutânea SC
• A medicação é injetada nos tecidos adiposos (debaixo da pele).
• Possui absorção lenta e contínua para corrente sanguínea.
Via intradérmica
• Muito restrita;
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Via respiratória
• Gases e drogas voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio pulmonas ou pela membrana
mucosa do trato respiratório.
• Atingem a circulação rapidamente.
• Pode ter aplicação pela mucosa nasal mas é pouco utilizada.
• Geralmente é instilação do medicamento.
• A absorção pela mucosa braquial e alvéolos é utilizada para as anestesias, mas anestesia inalatória é muito
pouco utilizada por conta dos custos.
• Aspiração de medicamentos é difícil para animais.
• Tipos de aplicações por essa via: instilação, nebulização e aplicações na garganta e anestesia inalatória.
Agulha
Equipo
Caixa isopor
Preparo da injeção
Prescrição médica
A prescrição é uma ordem escrita por um profissional cadastrado no conselho regional de sua profissão (medico,
médico veterinário ou cirurgião dentisa) para um farmacêutico, visando o fornecimento (dispensação) de um ou mais
medicamentos para um devido paciente.
• Deve conter: dosagem, quantidade a ser comprada, instrução de administração, via de administração,
intervalo entre doses e a duração do tratamento.
• Evitar iatrogênia caligráfica.
• Não pode conter adulterações (rasuras, corretivos) – é um documento legal.
• A receita é de responsabilidade do médico veterinário bem como o cálculo da dose, tempo de administração,
intervalo e modo de usar levando em consideração particularidades das espécies.
• O sucesso de um tratamento está ligado a prescrição feita para o animal
• A prescrição de medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o
paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos/terapêuticas.
Abreviaturas
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• As abreviações não são recomendadas em receitas, para não correr o risco de o tutor não entender
Conceitos básicos
• Não pode ser feita em qualquer papel;
• Cabeçalho: dados profissionais, estabelecimento (CRMV, endereço, telefone, especialidade).
• Superscrição: identificação do animal e proprietários.
• Inscrição: uso e logo abaixo o nome da droga com sua concentração e quantidade a ser comprada (SEMPRE
GRIFADA) – pode ser precedido termos que indiquem a via (ex: VO – via oral).
• (Receita magistral) Subscrição: descreve como preparar as drogas.
• Instrução: Informa ao proprietário sobre a maneira de se administrar o medicamento. Aconselha-se sempre
o uso do tempo verbal imperativo nas instruções de uma prescrição;
• Assinatura: carimbo e CRMV.
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Receita magistral
É a receita que é enviada para a farmácia de manipulação. Exemplo:
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Revisão: Sistema nervoso
Do ponto de vista funcional é um aparelho único completo que regula as funções do organismo (seja ele humano ou
animal). Ele juntamente com o sistema endócrino controla todas as funções do corpo.
No sistema endócrino existem glândulas que secretam moléculas; essas secreções quando ligadas a determinados
pontos do nosso corpo conseguem coordenar nossas funções.
Revisão anatômica
O Sistema Nervoso no organismo humano é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), e Sistema Nervoso Periférico
(SNP).
O SNC compreende o cérebro, o cerebelo, o bulbo, e, a medula espinhal. O Sistema Nervoso Periférico consiste em
todos os neurônios aferentes (sensoriais-sensitivos), e eferentes (motores).
Enquanto muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade (voluntários), muitas outras ocorrem sem que
tenhamos a consciência (involuntários) dessa integração com o meio ambiente.
• Consciente: motores ou sensitivos, estando relacionados com receptores sensitivos e com músculos estriados
esqueléticos.
• Inconsciente: inervação inconsciente de glândulas, músculo cardíaco e músculo liso.
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Revisão funcional
• Em vermelho: funções submetidas a comando consciente (motores ou sensitivos) ligadas ao musculo estriado
esquelético.
• Em azul: funções submetidas a comando inconsciente (motores ou sensitivos) ligados a glândulas, cardíaco e
musculo liso.
Resumindo
Didaticamente, podemos dividir o SN de duas formas:
Do ponto de vista anatômico, podemos dividir o sistema nervoso em duas grandes partes:
O sistema nervoso central reúne as estruturas situadas dentro do crânio (encéfalo) e da coluna vertebral (medula
espinhal).
Enquanto o sistema nervoso periférico reúne as estruturas distribuídas pelo organismo (nervos, plexos e gânglios
periféricos).
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O sistema nervoso somático está relacionado com funções submetidas a comando conscientes (sejam motores ou
sensitivos estando relacionados com receptores sensitivos e com músculos estriados esqueléticos).
Já o sistema nervoso autônomo está relacionado com a inervação inconsciente de glândulas, músculo cardíaco e
músculo liso.
Portanto, o sistema nervoso periférico, bem com os componentes do sistema nervoso somático e autônomo,
apresenta as fibras nervosas ou nervos, como importantes componentes.
• Nervos aferentes (sensoriais): responsáveis pela transmissão da informação da periferia para o SNC.
• Nervos eferentes somativos (motores): transportam informações do SNS para os músculos esqueléticos (para
periferia) de maneira voluntária e direta.
• Nervos eferente autonômicos (motores): compreendem coletivamente ao sistema nervoso autônomo (SNA).
São conhecidos como agentes executores pois, através deles, o SNC exerce o controle da maior parte dos
sistemas corporais de maneira interrompida.
Neurônios sensitivos (aferentes) recebem sinal externos e enviam para dentro (para o SNC) que encaminham a
informação em forma de resposta através dos neurônios motores (eferentes).
Resuminho: O nervo aferente recebe o sinal da periferia (seja um sinal interno ou externo) encaminha para o sistema
nervoso central, que manda um impulso em forma de resposta. Essa resposta do SNC é enviada através do nervo
eferente somático ou eferente autônomo (podendo ser uma resposta consciente (locomotora – musculo esquelético)
ou uma resposta inconsciente (dos órgãos; eu não controlo).
Lembrando que existem dois tipos de funções motoras, a somatomotora ( motricidade do corpo – a gente controla –
nervos eferentes somativos) e a visceromotora (motricidade dos órgãos internos – a gente não controla – nervos
eferentes autônomos).
aferentes somáticos, levando estímulos relacionados com tato, pressão, dor, temperatura etc.).
•
Página
Os fármacos com ação neste componente do sistema nervoso são praticamente representados pelos
relaxantes musculares, cujo uso pode ser útil tanto para clínica médica (patologias que com contração
muscular patológica) como na área cirúrgica (visto que o próprio tônus basal muscular possa ser impróprio
para a realização de certos procedimentos.
Boa parte dos fármacos que atuam no sistema nervoso também funciona em nível central (partindo-se do pressuposto
que os sistemas nervosos autônomo e somático apresentam importantes componentes dentro do SNC, alguns
fármacos podem atuar em nível central para obter resultados farmacológicos periféricos).
Classificação funcional:
• Sistema nervoso somático: o qual inerva as estruturas por meio do controle consciente. Ou seja, a gente
controla Ex: locomoção.
• Sistema nervoso autônomo (vegetativo ou visceral): funciona involuntariamente e permanece além do
controle consciente do organismo. Inerva os órgãos interno, vasos sanguíneos glândulas. A gente não controla.
Ex: frequência cardíaca e respiratória, fluxo sanguíneo etc.
A homeostase e maioria das atividades normais reflete um equilíbrio dinâmico entre essas subdivisões autonômicas.
Em caso de repouso ou digestão a atividade parassimpática predomina. E em caso de luta ou fuga, fluxo sanguíneo
para os tecidos, a atividade simpática predomina.
Resumo em tópicos
• Pode ser chamado de sistema de vida vegetativa/visceral.
• Coordena a inervação das estruturas viscerais.
• Manutenção da homeostase, pressão arterial, FR, peristaltismo.
• Seus nervos aferentes conduzem impulsos vindo dos receptores viscerais – VISCERORECEPTORES. Mandam a
informação para o SNC.
• Seus nervos eferentes trazem impulso (em forma de resposta) vindo do SNC para o musculo liso, coração,
glândulas.
• SNA simpático = reação de luta e fuga
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O neurônio que se encontra antes do gânglio é chamado de pré-ganglionar, e o que se encontra depois é o pós
ganglionar.
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Quando um sinal nervoso ou impulso alcança o fim de seu axônio, ele viajou como um potencial de ação ou pulso de
eletricidade. Esse sinal elétrico não pode ultrapassar o espaço que se forma entre os neurônios durante sua
comunicação um com o outro, portanto o sinal elétrico dentro dos gânglios, é convertido em um sinal químico. Ou
seja, gera substâncias químicas, especialmente neurotransmissores que vão conduzir o estímulo.
Diferenças anatômicas
Do ponto de vista anatômico, as duas divisões do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático) podem ser
diferenciadas observando-se a localização dos seus neurônios pré-ganglionares, o tamanho de cada uma de suas fibras
e a localização dos neurônios pós-ganglionares.
No sistema nervoso simpático, os neurônios pré-ganglionares localizam-se no corno lateral da medula torácica e
43
lombar alta (entre T1 e L2). Diz-se, pois, que o sistema nervoso simpático é toracolombar.
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No sistema nervoso parassimpático, eles se localizam no tronco encefálico (dentro do crânio, em núcleos eferentes
viscerais gerais dos nervos cranianos: oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e na medula sacral (S2, S3 e S4). Diz-
se, pois, que o sistema nervoso parassimpático é crânio-sacral.
No sistema nervoso simpático, os neurônios pós-ganglionares, ou seja, os gânglios, localizam-se longe das vísceras-
alvo e próximo da coluna vertebral, formando os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais.
No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pós-ganglionares localizam-se próximo ou dentro das vísceras alvo.
Em consequência da posição dos gânglios, o tamanho das fibras pré e pós-ganglionares dos dois sistemas são
diferentes: a pré-ganglionar do SN simpático é curta e a pós é longa; a pré-ganglionar do SN parassimpático é longa e
a pós é curta.
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Diferenças bioquimica/farmacológica
As diferenças bioquímicas são as mais importantes do ponto de vista farmacológico, pois dizem respeito à ação das
drogas em nível do SNA: as drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas
simpatomiméticas, ao passo em que as drogas que imitam ações do parassimpático são chamadas de
parassimpatomiméticas.
As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas são classificados de acordo com o tipo de neurotransmissor liberado
na fenda sináptica:
• Fibras adrenérgicas: secretam o neurotransmissor noradrenalina (sua captação é feita por receptores alfa e
beta).
• Fibras colinérgicas: secretam o neurotransmissor acetilcolina (sua captação se dá por receptores muscarínicos
e nicotínicos).
Exceções:
Fibras (neurônios) pós-ganglionares que inervam vasos sanguíneos de musculos esqueleticos e glândulas sudoriparas
secretam acetilcolina (são colinérgicas).
E fibras (neurônios) pré ganglionares (colinérgicos) inervam diretamente a medula supra renal, mesmo que sua
glândula secrete adrenalina (principalmente) e noradrenalina na corrente sanguínea. Por secretar adrenalina, suas
fibras que a inervam deveriam ser pós ganglionares (adrenergicas) mas não são.
• Nas fibras pós sinápticas apresentam receptores nicotinicos (classificados como colinérgicos, que receptam a
Ach de fibras pré-colinérgicos).
• Na superficie dos órgãos efetores apresentam receptores noradrenárgicos (que receptam noradrenalina
secretas pelas fibras pós ganglionares do simpático).
Receptores
Podem ser de três tipos:
1. Receptor nicotínico: receptor para fibras colinérgicas estimulado pela nicotina, que capta ACh. Está presente nos
receptores das fibras pós-ganglionares tanto do SN simpático quanto do parassimpático. Quanto aos órgãos alvo,
estão presentes apenas no músculo estriado esquelético (sistema nervoso somático).
2. Receptor muscarínico: receptor para fibras colinérgicas estimulado pela muscarina, que também capta ACh. Nos
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órgãos alvo, estão presentes: glândula sudorípara (simpático), músculo liso e glândulas (parassimpático).
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RECEPTORES MUSCARINICOS E NICOTINICOS SÃO DO TIPO COLINÉRGICOS.
3. Receptor adrenérgico: receptor para fibras adrenérgicas (que secretam noradrenalina), podendo ser de dois
tipos: receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 2).
Acetilcolina:
Noradrenalina:
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Diferença fisiológica
De um modo geral, agora do ponto de vista fisiológico, o sistema simpático tem ação antagônica a do parassimpático
em um determinado órgão: classicamente, diz-se que o SNA simpático é responsável por preparar o corpo para a luta
ou para fuga; ao passo em que o SNA parassimpático faz o contrário, preparando o corpo para o repouso. Esta
afirmação, entretanto, não é válida em todos os casos. Assim, por exemplo, nas glândulas salivares, os dois sistemas
aumentam a secreção, embora a secreção produzida por ação parassimpática seja mais fluida e muito mais abundante.
De fato, a inervação autônoma é mista para a maioria dos órgãos, ou seja: recebem tanto um componente simpático
como um parassimpático que, no geral, realizam funções antagonistas. Entretanto, alguns órgãos têm inervação
puramente simpática.
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Modo de ação
De um modo geral, os fármacos relacionados ao sistema nervoso autônomo apresentam quatro sítios de ação:
receptores nervosos, canais iônicos, enzimas e moléculas transportadoras.
Tais fármacos, sejam eles com ação simpática ou com ação parassimpática, recebem denominações específicas, para
as quais é importante determinar suas definições e sinônimos.
• Inibidores colinesterase: previnem a degradação da ACh pela AChE, mimetizando a ação parassimpática.
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Fármaco parassimpatolítico (antagonista ou bloqueador parassimpático = bloqueador muscarínico = colinolítico):
são drogas cuja função é bloquear e/ou inibir respostas do sistema nervoso autônomo parassimpático.
Fármacos simpatomiméticos (agonistas simpáticos): são fármacos que produzem efeitos, através da estimulação dos
nervos simpáticos.
Fármaco simpatolítico (antagonista ou bloqueador simpático): são fármacos cuja função consiste em inibir ou
bloquear a ação do sistema nervoso simpático. Sua maioria é representada por fármacos anti-hipertensivos.
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Numa situação de estresse, a ação do sistema nervoso simpático é exacerbada, principalmente na presença das
catecolaminas.
Catecolaminas: grupamentos químicos com a presença do grupo amina em sua formação. As catecolaminas
endógenas (produzidas pelo próprio organismo) principais são as: adrenalinas (ou epinefrina) e noradrenalinas (ou
norepinefrina).
A noradrenalina (NA) induz a excitação física e mental, e ao bom humor. A produção é centrada na área do cérebro
chamada de ‘’lócus cerúleos’’, e atua nos centros de prazer do cérebro. Sua falta está associada a transtornos
depressivos.
A adrenalina é secretada em quantidades abundantes pela glândulas suprarrenais, e prepara o organismo para
grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos (ex: músculos abdominais)
e contrai outros (ex: músculos dos membros).
• Cerca de 80% de adrenalina, e 20% de noradrenalina é secretada na corrente sanguínea para fazer essa
exacerbação do sist. nerv. simpático.
Legenda: Em situação de stress/medo o hipotálamo é sinalizado fazendo com que ele libere um neurohormônio (CRH,
que atua na hipófise anterior, que por sua vez libera o ACTH, e ele vai estimular a adrenal a produzir alguns hormônios,
dentre eles o cortisol, os andrógenos e claro, a adrenalina e a noradrenalina.
O cortisol por sua vez, vai atuar na locus cerúleos e faz com que seja produzido mais noradrenalina, que vai servir
51
Histórico
Legenda: Em 1913, Dale e Barger perceberam que a adrenalina tinha dois efeitos diferentes (vasoconstrição ou
vasodilatação) eles notaram que ele provavelmente tinha dois receptores diferentes. Quando a adrenalina se liga a
determinado receptor ela tem a ação de vasoconstricção, e quando ela se liga a outro receptor ela promove a
vasodilatação.
O receptor do tipo alfa é muito mais responsívela adrenalina do que a isoprenalina. O do tipo beta é ao contrário.
Catecolaminas
O grupo das catecolaminas é um grupo quimico com a presença de um grupo amina. Pequenas modificações nessa
estrutura, já muda a conformação toda dessa catocolamina formando outros tipos de fármacos e o tipo de ligação que
ele vai fazer.
• A isoprenalina (mostrada ali em cima) é uma mudança de conformação da noradrenalina que é uma
catecolamina.
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Formação da noradrenalina e liberação na fenda sináptica
Legenda: Fenilanina (aminoácido) é oxidada pela enzima fenilamina hidroxilase, uma vez hidroxilada ela vai dar origem
a tirosina que vai ser carreada para dentro do neuronio pre sinaptico e lá ela sofre hidroxilição pela tirosina hidroxilase
e se transforma em dopa, que por sua vez é descarboxilada pela dopa descarboxilase dando origem a dopamina, que
sofre um hidroxilação formando a noradrenalina.
Essa nova noradrenalina é carreada por transportadores para dentro de vesículas sinápticas que ficam dentro do
neurônio pré sinaptico.
Uma vez que o potencial de sinalização (potencial elétrico) chega no neurônio pré sináptico, essas vesículas vêem até
a membrana e eclodem lá, liberando essa noradrenalina na fenda sináptica. Uma vez livre na fenda sináptica, essa
noradrenalina vai se ligar nos seus receptores específicos, gerando um potencial de ação, mandando isso como
resposta até o seu órgão efetor.
A noradrenalina que ‘’sobra’’ na fenda sináptica precisa ser retirada para que não fique hipersinalizando novos
receptores.
Na região neural, vai ocorrer a ação da enzima monoaminooxidase (MAO), ela faz a degradação dessa noradrenalina,
quebrando-a em aldeído de noradrenalina. Esse aldeído volta para o neurônio pré sinaptico e fica la guardado na
vesícula em forma de noradrenalina.
Na região do órgão efetor (região extra-neuronal) quem faz a degradação da noradrenalina é a enzima catecol o-
metiltransferase (COMT), ela age no fígado.
Receptores adrenérgicos
• São os receptores ligados ao sistema nervoso periférico simpático.
• As catecolaminas endogenas se ligam a esses adrenoreceptores.
• São adrenorrecptores aqueles que se ligam a proteína G (tanto os pré, como os pós sinápticos).
• Noradrenalina: afinidade por receptores alfa1, alfa2 e beta1 (tendo mais afinidades por receptores alfa).
• Adrenalina: afinidade por alfa1, beta1, e alfa 2 (tendo uma maior afinidade por receptores beta).
• Dopamina: afinidade por receptores dopaminérgicos e ainda receptores alfa e beta (maior afinidade por
receptores beta do que alfa).
• Dobutamina: uma amina utilizada em casos de choque, atuando sobre receptores beta1, realizando uma
taquicardia.
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O uso clínico de catecolaminas endógenas é bastante RESTRITO, não é possível administrá-los por VO ( já que serão
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metabolizados no TGI e no fígado pelas enzimas MAO e COMT), e os efeitos de injeção TM, cutânea ou endovenosa
são de durações curtas pela baixa meia-vida.
• Ou seja, a adrenalina e a noradrenalina têm um efeito bom e rápido no organismo, porém muito curto.
• Altas concentrações de NA estimulam receptor α2, que realiza um controle negativo sobre a produção de NA;
• Baixas concentrações de NA tem maior afinidade por β2, que estimula positivamente a produção de
NA.
Legenda (explicação): Na imagem vemos região pós-sináptica (área azul embaixo) e um neurônio pré-sináptico (área
verde grande).
Na região pós sináptica tem a presença de receptores do tipo alfa1, beta1 e beta2, na região do neurônio pré sináptica
existem receptores do tipo alfa2 e beta2.
Uma vez que o neurônio pré-sináptico é sinalizado ocorre a quebra de ATP, liberação de sódio, e liberação da
noradrenalina através da fenda pré-sináptica. Essa noradrenalina se liga aos seus receptores pré ou pós sinápticos.
A questão da imagem é mostrar que: ambos os receptores são capazes de fazer a própria modulação da quantidade
de noradrenalina liberada, ou seja, a partir da quantidade de noradrenalina livre na fenda, eles conseguem fazer um
feedback tanto negativo quanto positivo.
Como assim? Se tem muita noradrenalina livre na fenda (uma parte já se ligou ao seus receptores, mas ainda assim
ficou bastante livre) isso é sinalizado ao receptor alfa2, que vai mandar um estímulo negativo para a região do
adenilato ciclase, inibindo a quebra de ATP, e consequentemente fazendo com que os canais de sódio e cálcio não se
abram, e assim não se libere mais noradrenalina. Ou seja, o próprio receptor pode ter essa função antagônica de inibir
a noradrenalina, quando já se tem muita.
No caso contrário, se tem baixa concentração de noradrenalina na fenda, receptores beta 2 são sinalizadas, e estes
mandam um estímulo positivo, fazendo com que ocorra a quebra do ATP, abertura dos canais de sódio e cálcio, e
consequentemente permitindo a liberação de mais noradrenalina na fenda sináptica.
Tipos de receptores
Existem receptores em várias regiões do organismo, então por isso que às vezes um único fármaco tem capacidade de
atuar no pulmão, coração, fígado, TGI etc. Isso se dá justamente pela capacidade desse fármaco de se ligar a diversos
receptores.
Quanto mais receptores o fármaco se ligar, mais efeitos adversos ele vai ter no organismo, por ter mais estruturas
sinalizadas. E quanto mais específico ele for, ele vai se ligar a menos receptores e com isso menos efeitos colaterais
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O receptor do tipo alfa1 está em maior quantidade no organismo (exemplos na imagem). Em todas essas estruturas,
esse receptor é responsável por contrair a musculatura dessas estruturas, EXCETO no TGI, lá ele promove relaxamento.
O receptor do tipo alfa 2 é pré sináptico e é responsável pelo controle da quantidade de noradrenalina liberada na
fenda (tecido adiposo, SNC)
Receptores do tipo beta1 são mais específicos, estão presentes somente no coração, aumentando sua força de
contração, e consequentemente seu débito cardíaco.
Os receptores do tipo beta2 estão presentes em várias estruturas (exemplos na imagem) como receptor do alfa1, mas
diferente do alfa1 que promove contração, os receptores do tipo beta2 promove relaxamento das estruturas.
Ex: fármaco que atua em beta2, promove relaxamento do útero, se pegarmos um fármaco com boa ação em beta 2 e
administrar numa femea grávida, o útero vai relaxar, tendo possibilidade de aborto nesse animal, por isso é muito
importante saber como essa droga age no organismo, onde ela vai se ligar e que tipo de ação ela vai trazer.
Ex: medicamentos para emagrecer, são perigosos, porque eles não sinalizam apenas receptores beta3 para quebra de
gordura, eles podem sinalizar receptores beta1 também, podendo causar infarto por exemplo.
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Efeito farmacológico
No coração
Músculo liso
Pulmão
• Broncodiatação
• Ação direta nos brônquios e mastócitos
Olhos
• Aumento da atenção
• Insônia
• Euforia, anorexia.
Musculo esquelético
Glândulas exócrinas
Fármacos simpatomiméticos
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Os fármacos adrenérgicos podem ser classificados de acordo com a estrutura química da molécula, ou pelo
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Mecanismo de ação: forma que esse fármaco vai se ligar no receptor promovendo mudança funcional dentro do
organismo.
• Ação indireta
O fármaco atua no sistema nervoso simpatico, mas não atua no receptor diretamente, ele promove sua ação de uma
forma indireta.
• Ação direta
• Ação mista:
Hoje em dia está se estudando um nova forma de classificação do fármaco: seletivo ou não seletivo.
Tipos de fármacos
1. ADRENALINA (principal)
• Potente vasoconstrictor (grande capacidade de reduzir formação de edema, que é causado por vasodilatação)
• Causa dilatação e contração vascular
• Causa broncodilatação
• Estimulante cardíaco (adrenalina se liga a receptores do tipo beta1)
• Uso terapêutico com efeito imediado mas não duradouro.
• Pode causar reações alérgicas em grávidas
• Usado na parada cardíaca
Efeito adversos:
• Hipertensão
• Vasoconstricção
• Taquicardia
• Disritmia ventricular
na região da sinapse. Essa são as drogas com ação indireta, não interferindo nos receptores, apenas no
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armazenamento.
2. Agonista dos receptores: droga que atua diretamente nos receptores, mimetizando a ação das catecolaminas
endógenas.
3. Antagonista dos receptores: agem de forma direta se ligando nos receptores, uma vez ligado aos receptores
bloqueia os mesmos, fazendo com que ele não se ligue a catecolamina, antagonizando sua ação.
1. Reserpina
• Age de forma indireta, inibindo irreversivelmente o transportador vesicular de monoamina (TVMA); esse
transportador tem a capacidade de transportar essa vesícula de noradrenalina até a membrana para que ela
seja eliminada na fenda sináptica. A reserpina se liga nesse transportador, impedindo que esse transportador
traga essas vesículas, fazendo elas perderem a capacidade de concentrar e armazenar norepinefrina
(dopamina).
• Antigamente era usada no tratamento da hipertensão, mas causava depressão grave.
3. Clonidina
4. Dobutamina
• Exemplos de fármacos dessas classe: salbutamol, fenoterol, terbutalina, e salmeterol (ação longa).
• Efeitos insejáveis: tremores (musc. esquel.); taquicardia (por também se ligar a recptores beta1); tolerância e
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hiperglicemia.
Relação estrutura e atividade catecolaminas
Todas as catecolaminas, todas as drogas (sintéticas ou não) são produzidas a partir de dois agrupamentos básicos:
noradrenalina e adrenalina, a partir das modificações nessas estruturas, tem a produção dessas drogas sintéticas ou
não.
Essa modificação de agrupamento, vai fazer com que essa droga seja mais seletiva a um receptor do que para outro.
Na imagem é possível ver, que mudando a conformação da adrenalina, tem a isoprenalina, e dessa isoprenalina,
origina-se o salbutamol ou propranolol, todas essas são drogas adrenérgicas, mas cada um age de um forma, mesmo
que originado ‘’da mesma molécula’’.
Exemplo de ações dos medicamento vistos na foto: O salbutamol é um agonista do tipo beta. Já o propranolol é um
antagonista do tipo beta (mais seletivo para beta1) ou seja, ele bloqueia principalmente a ações do receptores do tipo
beta 1 (diminui a FC, a contração do coração e consequentemente diminuindo a PA);
Metaraminol: agonista alfa seletivo (principalmente para alfa1) responsável pela contração do vaso sanguíneo,
consequentemente aumentando a PA.
Agonistas indiretos
1. Anfetaminas
• Estimulantes centrais e periféricos que exercem uma liberação de catecolaminas pré-armazenas (liberação
das vesículas cheias de noradrenalina que ficam no neurônio pré sináptico).
Exemplo: O arrebite é um fármaco que deixa a pessoa no estado de vigília (acordado), mas chega um momento que
ele vai exercer um efeito rebote, que acontece quando essa noradrenalina acaba, justamente por ter sido tão liberada.
• Ação em receptores tipo alfa (taquicardia e vasoconstricção e/ou do tipo beta (vasodilatação).
• Libera noradrenalina na fenda sináptica.
• Utilizada para acelerar metabolismo e lise de gordura (remédios para emagrecer) – podendo causar
dependência. Ou seja, o organismo fica dependente daquele fármaco para manter a taxa ideal de liberação
de noradrenalina.
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Seletividade x efeito colateral
Receptores do tipo alfa são mais respondíveis a noradrenalina do que a adrenalina. E os do tipo beta são mais
respondíveis a isoprenalina.
Indicação
Seletividade do fármaco
Exemplo: Fenilefrina é um droga com efeito em recptor do tipo alfa1, e não tem efeito em mais nenhum outro
receptor, isso faz dela um agonista alfa1 seletivo. Um agonista alfa1 seletivo causa vasoconstricção, aumentando a
resistência vascular periférica e conquentemente a pressão arterial.
A clonidina por sua vez, só possui efeito em receptores alfa2, o que a torna um agonista alfa2 seletivo. Receptores
alfa2, diminuem a liberação de noradrenalina, diminuindo a pressão arterial.
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• Indicações: hipertensão.
Indicações de agonistas
• Estimula o coração, aumentando sua força de disparo, sua FC e sua força de contração.
• Indicado para disfunções cardíacas – Insuficiência cardíaca congestiva. Ex: dobutamina.
Fármacos simpatolíticos
Bloqueio de receptores do tipo alfa causa diminuição da vasoconstricção; bloqueio de receptores do tipo beta causa
a diminuição da estimulação do coração.
P.s: bloqueio de receptores do tipo beta também promove contração da musculatura lisa, brônquica, favorecendo
então um broncoespasmo.
Isso acontece por que se ‘’eu’’ bloqueio um receptor do tipo beta de forma não seletiva, ‘’eu’’ bloqueio beta 1 e beta
2 também, ou seja bloqueio efeitos no coração mas também efeitos no pulmão.
Classificação
Fármacos simpatoliticos/antagonistas podem ser classificados pela sua ação: direta ou indireta:
Ação direta: bloqueia receptores do tipo alfa e beta, podendo ser bloqueios reversíveis ou não. Pode ser seletivo ou
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Alfa não seletivo: bloqueia tanto alfa1 quanto alfa2. Ex: fenoxibenzamina, fentolamina (feocromotina – tumor adrenal
– noradrenalina).
Alfa2 seletivo: bloqueia apenas receptores alfa2. Ex: iomnina e idazoxanos. Muito usado para pacientes com disfunção
eretil.
Antagonistas alfabloqueadores
Doxazosina (Carduran, euprostatin)
Loimbina
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•
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Uso terapêutico:
• Hipertensão/angina
• Profilaxia da enxaqueca
• Sintomas de pânico em palestrantes
• Glaucoma (timolol)
Efeitos adversos:
Exemplo: Atenolol
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Propranolol
Carvedilol
Diminuem a ação do simpático, mas não agem diretamente nos receptores, agem principalmente nos mecanismo de
síntese e armazenamento de noradrenalina. Eles diminuem o nível de noradrenalina na fenda sináptica.
Exemplos:
• Reserpina: inibe o transporte para o interior da vesículas sináptica, diminuindo a concentração de NORA nos
tecidos.
• Guanetidina: impede a liberação na terminação nervosa e inibe a fusão da vesícula na membrana, não
liberando NORA e consequentemente inibindo a ação do simpático.
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Drogas colinérgicas são drogas que atuam na efetividade da estimulação do sistema nervoso autônomo
parassimpático.
Fármacos
Acetilcolina (ACh) – Neurotransmissor e transmissor
‘’Ciclo’’ da acetilcolina
• Liberação da acetil do neurônio até chegar no órgão receptor
A acetilcolina é produzida pelo nosso corpo, através da glicose e após reações de oxidação, hidroxidação e mudanças
conformacionais. Ela fica acumulada em vesículas, que ao serem estimuladas pelo neurônio, eclodem, liberando essa
ACh.
A acetil que fica livre (não é utilizada) retorna para o neurônio, para que não fique hiper estimulando mais receptores.
Esse retorno acontece graças a enzima acetilcolinesterase, que quebra o ACh em colina e acetato, a colina retorna
para o neurônio para formar mais ACh e o acetato é excretado.
Receptores
A ACh pode se ligar a dois tipos de receptores:
Nos pós ganglionar, na divisão simpática, o receptor é adrenérgico alfa ou beta respondível a noradrenalina, já no
parassimpático, o receptor é muscarínico respondível a acetilcolina.
Conceitos farmacológicos
Fármacos parassimpatomiméticos
•
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Fármacos parassimpatolíticos
• Também chamados de antagonista parassimpático, bloqueador muscarínicos ou colinético
• São substâncias que apresentam atividade de bloquear/inibir atividade parassimpática
Podem ser:
Até aqui já percebemos que o termo agonista se refere a algo que mimetiza, intensifica ou copia a ação de
algo. E o termo antagonista refere-se ao inverso, algo que bloqueia a ação de algo. Então se temos um
fármaco que é agonista muscarínico pode-se dizer que ele copia ou estimula, a ação de receptores
muscarínicos.
Drogas colinérgicas
Os fármacos parassimpatomiméticos ou colinomiméticos são drogas que produzem respostas de órgãos terminais
semelhantes as produzidas pelos estímulo do nervo parassimpático.
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação é ligado ao tipo de receptor sinalizado
• Receptores nicotínicos
Possuem ação ionotrópica, ou seja, respondem a ação do ACh, através da abertura de canais iônicos, onde sai potássio
(K+) e entra sódio (Na+) no neurônio, causando uma despolarização, levando a excitação neuronal e contração do
músculo esquelético.
• Receptores muscarínicos
Possuem ação metabotrópicas; precisam de ATP (energia) para promover efeito. São geralmente acoplados a um tipo
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Receptores no coração (muscarínicos tipo 2): Atuam diminuindo a quebra de ATP, e consequentemente a entrada de
cálcio, causando hiperpolarização, inibição neural e cardíaca.
• Muscarina: é um alcaloide amônio quaternário, extraído do cogumelo Amanita Muscarina; possui absorção
limitada. Tem ação apenas em receptores muscarínico, e é usada para caracterizar um receptor, por ser tão
específica.
• Pilocarpina: é uma amina terciária extraída do arbusto lilocarpus. Tem ação principalmente em receptores
muscarínicos, e pouco em nicotínicos. Ela aumenta secreção da glândula salivar e sudorípara, possui efeito
discreto no coração e no TGI, provoca contração do musculo liso e da íris, e serve como antídoto contra
intoxicação por atropina.
• Arecolina: amina terciária das nozes de Betel, possui ação muscarínica e nicotínica.
• Oxotremorina: droga sintética para estudos de receptores muscarínicos. Ação apenas em receptores
muscarínicos do tipo M1.
• MCN-A-343: droga sintética usada para estudos (e ação) em receptores muscarínicos M1.
• Acetilcolina: neurotransmissor endógeno das sinapses e junções neuro efetoras no SNC e SNP. Não possui
aplicações terapêuticas, pois sua ação é rápida e a sua degradação também (graças a acetilcolinesterase) por
isso se usa na terapêutica, apenas derivados sintéticos.
• Carbacol: resistente a hidrólise da AChE (acetilcolinesterase) e possui ação tanto em receptores muscarínicos
como nicotínicos.
• Metacolina: ação mais prolongada, pois mesmo passando pela hidrólise (quebra) pela AChE, a mesma ocorre
de forma lenta. Maior ação muscarínica, e ação nicotínica discreta.
• Betanacol: resistente a hidrólise da AchE; possui ação muscarínica e age no TGI, aumentando motilidade
vesical.
NO TRATO URINÁRIO
NO PULMÃO
• Broncoconstricção
• Aumento da secreção das glândulas traqueobrônquicas
NA PUPILA
• Constricção pupilar
• Redução da pressão intraocular (PIO)
• Miose
NAS GLÂNDULAS
NO CORAÇÃO
• Vasodilatação
• Redução da frequência cardíaca (cronotropismo negativo)
• Redução da taxa de condução SA e AV (dromotropismo negativo)
• Redução da força de contração (ionotropismo negativo)
Indicações terapêuticas
As drogas colinérgicas diretas têm utilização terapêutica limitada na veterinária.
• Pilocarpina: colírio para pacientes com glaucoma, porque causa redução da PIO porque aumenta drenagem
do humor aquoso e promove miose. Efeitos indesejáveis: náusea, vômito, corrimento nasal, diarreia, tontura,
incontinência urinaria e acidez estomacal.
• Betacanecol: usado para tratar retenção urinária, resultando de anestesia ou neuropatia, e atonia do trato
gastrointestinal.
• Carbacol: usado a 0,01¢ para provocar miose para cirurgia; também reduz a PIO, por isso pode ser usado no
tratamento de glaucoma em paceintes não responsiveis a pilocarpina.
• Metacolina: usada em modelo de estudo na asma (hiper reatividade bronquica); aumenta atividade TGI e
atenua retenção urinária pós cirurgia.
• Arecolina: já foi muito utilizada em cães e gatos para controle da verminose, mas foi substituida por drogas
mais eficientes.
ATENÇÃO:
A bexiga, quando sofre ação do SN simpatico não contra balanceada pelo SN parassimpátivo, apresenta contração do
musculo esfincteriano, o que explica a retenção urinária. Ao se administrar uma droga com ação
parassimpatomimética, esta estimula a contração do musculo detrusor da bexiga por meio da interação com
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Drogas anticolinesterásicas
São drogas colinérgicas de ação indireta, elas inibem as colinesterases e provocam acúmulo de Ach junto a receptores
colinérgicos.
• Colinesterases verdadeiras: presente no SNC; fibras pré ganglionares do SNA simpático e parassimpático,
fibras motoras simpáticas (sudoríparas) e na membrana de eritrócitos, maior afinidade Ach (própria).
• Pseudocolinesterases: encontrada no plasma; maior afinidade por hidrólise dos analogos de colina (fígado) e
tecido glial.
Classes:
Organofosforados
• São amplamente utilizados em agropecuária como inseticidadas, herbicidas e reguladores do crescimento das
plantas, na guerra quimica e como agentes terapêuticos.
• Exemplos: Paration (inseticida) e malation (inseticida mosca).
• São liquidos lipossoluveis, voláteis e rapidamente absorvidos (pele, mucosas, TD e TR).
• Pode ficar depositado no tecido adiposo, causada efeito posteriormente.
Os inseticidas organofosforado são geralmente bem absorvidos por todas as vias: pele, mucosas,pulmões e via
gastrointestinal.
• Lipossolubilidade alta: o tóxico atinge o SNC e o tecido adiposo, surgindo efeitos de acumulação de acetilcolina
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no SNC.
• Liposolubilidade baixa: os musculos são os primeiros a serem afetados por um excesso de acetilcolina,
surgindo os sintomas musculares.
Ligam-se às acetilcolinesterases formando um complexo de grande estabilidade através de uma ligação irreversível,
levam até meses para regenerar.
ATROPINA
• É um inibidor competitivo dos receptores muscarinicos, tanto no sistema nervoso central como no periferico.
• Pouco tem efeito sobre os receptores nicotínicos.
• Reverte principalmente a toxicidade muscarinica: as dificuldades respiratórias causadas pela broncorréia,
broncoespasmo e edema pulmonar.
• O paciente deve receber inicialmente 1 a 2 mg de atropina, duplicando a dose a cada 5 minutos até as
secreções pulmonares secarem e o paciente apresentar uma frequência cardiaca e tensão arterial normais.
• A terapia precoce com OXIMA tem como principal objetivo reverter os efeitos nicotínicos e a
fraqueza/paralisia muscular. As oximas mais utilizadas são a PRALIDOXIMA e obidoxima.
• As benzodiazepinas devem ser usadas precocemente para diminuir a atividade convulsiva.
• Lorazepan ou MIdazolam – IM.
Carbamatos
• Neostigmia: possui amônio quaternário que não atravessa barreira hematoencefálica. Inibe degradação da
acetilcolina e estimula receptores nicotínicos e muscarinicos (músculo esqueteletico).
• Fisostigmia: possui amina terciária que atravessa a barreira hematoencefálica e promove alteração SNC. Inibe
a ação da acetilcolinesterase (colinesterase) impedindo a degradação da acetilcolina e estimula receptores
nicotinicos e muscarinicos (musc. esquel.). A adrenalina consegue controlar seu efeito.
Os carbamatos exercem sua toxicidade por meio da inibição da atividade da acetilcolinesterase (carbamilação) e,
consequentemente, da estimulação excessiva dos receptores nicotínicos e muscarínicos.
Diferença a estabilidade do dímero enzima tóxico, que é inferior para estes compostos, pelo que se consideram
inibidores reversíveis da acetilcolinesterase.
A maior diferença entre ambos os produtos é a duração dos sintomas. Menor e menos pronunciada para os inseticidas
carbamatos, que tende a ter uma evolução benigna e pouco duradoura.
Os sinais do envenenamento: bradicardia, incontinência fecal e urinária, broncoespasmo, sudorese excessiva, miose.
MIMESTISMO DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS POR AchE ENDÓGENA.
Chumbinho
• O aldicarb ‘’chumbinho’’ é um dos praguicidas carbamatos mais tóxicos disponíveis comercialmente.
• A intoxicação pode ocorrer por via digestiva, respiratória ou cutânea.
• O aldicarb é altamente tóxico por VO, e qualquer que seja sua apresentação, a absorção no estômago é rápida
e praticamente completa.
• Os sinais clínicos da intoxicação podem se iniciar cinco minutos após a ingestão.
• Sua meia-vida é curta, e em 24 horas, 80 a 90% da dose ingerida é excretada na urina.
• Metabolização hepática e renal e excreção renal e fecal
• Inibição da acetilcolinesterase é dose-dependente, podendo haver sintomatologia severa e morte rápida.
• Efeitos muscarínicos: anorexia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, hipermobilidade gástrica, diarreia,
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bradicardia, bradpneia, broncorréia, edema pulmonar, sibilos, cianose, incontinência urinaria e fecal, miose,
ptialismo intenso, sudorese e lacrimejamento.
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• Efeitos nicotínicos: câimbras, tremores e rigidez muscular, paralisias e paresias dos músculos esqueléticos.
• Efeitos neurológicos (sistema nervoso central) cefaleia, tontura, inquietação, tremores generalizados, ataxia
e perda de reflexo.
• Como a ligação é instável e reversível, os sintomas sofrem flutuação (intermitente).
• Tratamento para esse tipo de intoxicação deve ter grande vigilância pois num período de 2 horas ou mais pode
haver inibição da enzima reaparecendo os sintomas.
• O tratamento é de suporte pois não existe antídoto para o carbamato, utilizando-se atropina em doses
suficiente para controle dos efeitos muscarínicos .
Efeitos farmacológicos
Sistema Nervoso
TGI
GLÂNDULAS
• Aumento da resposta secretora nas glândulas brônquicas, lacrimais, sudoríparas, salivares, gástricas e
intestinais.
PULMÃO
• Broncoconstricção
• Aumento da secreção das glândulas traqueobrônquicas
• Dispneia e respiração ruidosa.
CORAÇÃO
CERÉBRO
Indicações terapêuticas
Drogas anticolinesterásicas mais utilizadas na veterinária são os organofosforados, os carbamatos é mais da medicina
humana.
neuromuscular.
• Ìleo paralítico e atonia bexiga – neostigina.
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Mecanismo de ação:
• Atuam competitivamente com receptores muscarinicos centrais (atravessam BHE) e receptores muscarinicos
periféricos. Competem por todos receptores muscarinicos M1-M4.
Ação
Indicação
• Parassimpatolitica;
• Antiespasmódico;
• Anti secretor;
• Intoxicação por inseticidas;
• Edema pulmonar;
• Midriático na dilatação da pupila;
• Antídoto pilocarpina, morfina, organofosforado
Dose tóxica causa: excitação central (irritação, desorientação, alucinação) evoluindo para depressão, paralisia, IR,
coma e morte.
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Introdução ao Sistema
SNC é responsável por transmitir e processar os sinais recebidos do SNP.
Ele permite a percepção de tudo aquilo que acontece ao redor através das células (neurônios).
Função:
• Controle motor, processamento visual e auditivo, sensações, aprendizado, memória e emoções.
• Estado de vigília, linguagem e consciência (por esse motivo que muitos fármacos que agem bloqueando a ação
desse sistema, leva a um estado de sedação, pois interfere nesse estado de vigília).
Organização celular:
Neurônios (nervos) aferentes são responsáveis por levar as informações que o corpo obtém do meio externo
(periferia) e de seu interior até o sistema nervoso central. Eles recebem o nome de nervos (neurônios) sensoriais.
Já o neurônios (nervos) eferentes, por sua vez, garantem que os impulsos do sistema nervoso central cheguem até os
órgãos efetores. Estes recebem o nome de nervos (neurônios) motores.
Estes neurônios não formam um fio condutor contínuo entre eles, existe um espaço chamado de fenda sináptica onde
ocorre as sinapses, e é nessa parte que ocorre a ação de neurotransmissores que conduzem esse estímulo, que é
inicialmente elétrico (pré-sináptico) mas se transforma em um impulso químico (pós-sináptico), é o neurotransmissor
que conduz esse estimulo. Ele é ‘’jogado’’ na fenda sináptica, vai ligar-se ao seu receptor específico (tanto na região
pré, quanto na pós sináptica) e vai promover a mudança funcional de alguma determinada estrutura.
A síntese desses neurotransmissores ocorre a partir de substâncias precursoras, vinda de alimentos (ex: glicose) ou
formada no próprio organismo através de nutrientes (ex: aminoácidos).
A liberação deles é dependente da abertura de canais de Ca+. Quando ocorre estimulação elétrica do neurônio, ele
permite abertura desses canais, e a partir dessa abertura ocorre hiperpolarização, mudança do potencial de ação e
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Legenda: O aminoácido L-tirosina é conduzido para dentro do neurônio, se transformando em tirosina, de tirosina
para dopa, até chegar na dopamina , que é um dos neurotransmissores do SNC.
Dopamina fica armazenada na vesícula sináptica, e quando ocorre impulso elétrico, tem mudança no potencial de
ação da membrana que vai promover a abertura dos canais de Ca+, a vesícula é enviada para a membrana neuronal,
e lá ela libera sua dopamina armazenada que vai se ligar ao seu receptor específico na célula pós sináptica ou na região
do órgão efetor.
Receptores
Existem dois tipos de receptores: ionotrópico e metabotrópico.
• Ionotrópico (acoplados a canais iônicos): respondem a partir da sua ligação com receptores, promovendo
abertura de canais iônicos, e uma vez abrindo esses canais, ele permite a entrada de cálcio, sódio, potássio,
cloreto etc. Vai depender do tipo de receptor que será sinalizado.
Ex: Receptores nicotínicos que respondem a acetilcolina, que estão presentes no SNP (simpático, parassimpático) e
no SNC; receptores gabaérgicos e glutamatérgicos.
Todos são receptores de ação rápida, porque uma vez que o neurotransmissor se liga ao seu receptor específico,
automaticamente os canais se abrem, e os íons conseguem atravessar a membrana através desses canais que foram
abertos. 74
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• Metabotrópicos (acoplados à proteína G): seu potencial de ação para ser atingido necessita de energia (ATP)
e de um 2º mensageiro (proteína G).
Essa proteína G possui três subunidades alfa, beta e gama. E uma vez que o neurotransmissor se liga ao receptor, essa
proteína G é estimulada, e ela libera sua subunidade alfa, que vai se ligar a sitios especificos da célula, e assim vai
promover tanto a abertura de canais iônicos, ou promover a transcrição e formação de novos genes ou de outras
enzimas que sejam importantes para a condução da estimulação (potencial de ação).
Esses receptores possuem ação intermediária, demoram um pouco mais de promover ação, por necessitar de um
segundo mensageiro.
Receptores ligados a tiroquinase: A tiroquinase é uma outra proteína de condução, e eles estão mais relacionados ao
processo de estimulação ou inibição da produção de insulina e fatores de crescimento.
Neurotransmissores
Relacionados ao seu tipo de ação, pode se dizer que existem três tipos de neurotransmissores do SNC.
Excitatório (promove excitação ao SNC) ao interagir com o receptor gera despolarização localizada, aumentando a
permeabilidade ao Na+ e saída do K+. Essa despolarização da membrana se propaga pelo neurônio, resultando na
transmissão do impulso nervoso do neurônio pré sináptico para o neurônio pós-sináptico.
Inibitório (promove inibição ao SNC) Ao interagir com o receptor gera hiperpolarização localizada, através de um
aumento na permeabilidade ao cloro . Isso impede a propagação do impulso nervoso da região pré-sináptica para pós-
sináptica.
Modulatório (tem ação tanto excitatório, quanto inibitória a depender do recptor que vá se ligar): Também chamado
de neuromodulador. Eles são capazes de modular os efeitos dos neurotransmissores ao serem liberados
simultaneamente a eles.
Exemplos:
Função moduladora – sua função inicial (excit. ou inibit.) depende do receptor: dopamina e histamina.
Função moduladora – sua função inicial (excit. ou inibit.) depende do receptor: acetilcolina
• Acetilcolina e noradrenalina foram os primeiros que tiveram suas funções incialmente ligadas ao SNC. Depois
de alguns anos descobriram que outros também tinham funções fundamentais nesse sistema.
Histamina
• Tem ação direta na via adrenérgica central (tanto do SNS quanto do SNC). Principalmente a produzida no locus
cerúleos.
• Responsáveis por reações de luta e fuga.
• Hiperatividade de noradrenalina: irritação, insônia, ansiedade, instabilidade emocional e excitação.
Hipoatividade: apatia.
Dopamina
Ex citado na foto: Individuo que usa cocaína. Ela (a cocaína) bloqueia a reabsorção dessa dopamina promovendo
acúmulo de dopamina na fenda sináptica, e por ser um neurotransmissor excitatório, o indivíduo fica em excitação
constante.
Serotonina
Legenda: a foto mostra uma sinapse serotoninérgica. A serotonina que estava armazenada nas vesículas, é liberada
na fenda sináptica, ela se liga ao receptor excitatório 5-HT2A no neurônio pós sináptico. Quando tem serotonina em
excesso na fenda, ela hiper estimula receptores pré-sinápticos inibitório 5-HT1A, e ele faz o bloqueio da liberação de
moléculas de serotonina, ele faz isso inibindo a Adenil-ciclase, uma vez inibida, não tem quebra de AMPc, diminuindo
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Glutamato
Legenda: Sinapse através do GABA. A glutamina através de mudanças na sua conformação química dá origem ao GABA,
que será liberado na fenda sináptica e pode se ligar em receptores promovendo abertura de canais ou mudança no
potencial de ação.
Glicina
Seguindo dentro da classe de excitatório, inibitório e modulatório, os fármacos seguem dentro dessa classificação
Página
também:
Depressores gerais (não seletivos)
• Inibitório.
• Deprimem os tecidos excitáveis em todos os níveis SNC reduzindo a quantidade de neurotransmissores.
• P.s: Existe depressor seletivo, ex. gabaérgicos e histaminérgicos que só atuam em receptores GABA e
histamina respectivamente.
• Dentro desse grupo podemos citar: anestésicos inalatórios, barbitúricos, sedativos-hipnóticos como
etomidato, cetamina e propofol.
• Excitatório.
• Estimulam todo o SNC.
• Ex: estricnina e picrotoxina (toxinas fortes e poderosos) / xantina (menos potente)
• Agem bloqueando a inibição ou por excitação neuronal direta.
Agentes moduladores
• Efeitos excitatórios e depressores (a depender do receptor que irá se ligar e a concentração do fármaco).
• São muito utilizados como tranquilizantes e relaxantes musculares de ação central, antidepressivos e
analgésicos antipiréticos.
• Existem algumas drogas de abuso como LSD e derivados canabinoides.
Anticonvulsionantes
Os anticonvulsivantes são medicamentos utilizados em pacientes que apresentam convulsões ou alterações cerebrais,
como agressividade, síndrome cerebral etc.
Os anticonvulsivantes agem evitando os diferentes mecanismos que dão início às crises convulsivas, essa ação pode
ser de quatro tipos.
• Alteração da função da membrana neuronal, que pode conduzir a uma despolarização excessiva (ele evita
isso).
• Diminuição de neurotransmissores inibitórios, tais como o ácido gama aminobutírico (GABA), o
neurotransmissor inibitório mais amplamente distribuído no sistema nervoso central;
• Aumento dos neurotransmissores excitatórios, como o glutamato;
• Alteração da concentração extracelular de potássio e cálcio.
Em Medicina Veterinária são utilizados os medicamentos que são lançados no mercado para uso em Medicina
Humana, e tentativas terapêuticas são feitas em cães e gatos a fim de se descobrirem a farmacocinética e os efeitos
colaterais nestas espécies.
Convulsão e epilepsia
Convulsão é um período clínico anormal onde ocorre descarga elétrica excessiva, repentina e anormal no cérebro. A
epilepsia indica a recorrência dessas crises.
Status epilepticus: é quando o animal apresenta várias crises convulsivas sem retorno à consciência ou quando a
convulsão ultrapassa 30 minutos.
Antes de iniciar a terapia é necessário classificar essa crise através da localização, tempo e causa.
Causas:
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Terapia anticonvulsionante
A terapia anticonvulsivante é indicada quando o padrão das crises convulsivas ou a sua frequência estiverem
interferindo na vida do animal.
Os proprietários devem ser informados sobre a necessidade de manter o tratamento ininterruptamente, a posologia
recomendada e a variação individual quanto aos medicamentos e suas dosagens entre os diferentes pacientes.
Portanto, uma vez iniciada a terapia, não se deve interrompê-la.
É importante também manter os proprietários informados que, neste período de adaptação, os pacientes poderão
apresentar novas crises convulsivas, até o ajuste adequado da dose do medicamento.
Recomenda-se que os proprietários anotem em um calendário as frequências das crises, o número de convulsões por
período e a duração das mesmas, auxiliando assim o profissional a avaliar o sucesso ou não da terapia utilizada.
Geralmente utiliza-se 1 ou 2 fármacos associados. Uma vez que a associação de vários agentes pode dificultar a
identificação do medicamento que está prejudicando o paciente ou qual deles deve ter sua dose ajustada.
Inicia-se o tratamento com fenobarbital ou primidona por ser o medicamento que apresenta melhor nível sérico em
pouco tempo e poucos efeitos colaterais quando usado por período longo.
80
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AINES e AIES
Dor
Segundo Associação Internacional para estudos da dor (IASP) a dor é uma ‘’experiência sensorial e emocional
desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesão’’.
Em 20616, surgiu-se um novo conceito – ‘’dor é uma experiência angustiante, associada a uma lesão tecidual atual ou
potencial, com componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais’.
Desafio para veterinários: animais não tem a capacidade de comunicação verbal – não conseguem dizer onde dói.
Características da dor
• Intensidade, localização, irradiação, fator de melhora e de piora.
Classificação
Aguda:
• início súbito
• fácil localização
• desaparece com a causa (trauma, isquemia, infecção).
Crônica:
• difícil definição
• longa duração
• persiste mesmo sem causa (oncológica e não oncológica – DEGENERATIVA).
Nocicepção
• O processo nociceptivo se inicia quando determinado estímulo nocivo, seja ele químico, término, mecânico,
ou elétrico, é transformado em sinais elétricos pelos receptores periféricos.
A nocicepção consiste dos processos de transdução, transmissão e modulação de sinais neurais gerados em resposta
a um estímulo nocivo externo. De forma simplificada, pode ser considerado como uma cadeia de três-neurônios, com
o neurônio de primeira ordem originado na periferia e projetando-se para a medula espinhal, o neurônio de segunda
ordem ascende pela medula espinhal e o neurônio de terceira ordem projeta-se para o córtex cerebral.
O primeiro processo da nocicepção é a decodificação de sensações mecânica, térmica e química em impulsos elétricos
por terminais nervosos especializados denominados nociceptores. Os nociceptores são terminações nervosas livres
dos neurônios de primeira ordem, cuja função é preservar a homeostasia tecidual, assinalando uma injúria potencial
ou real. Os neurônios de primeira ordem são classificados em três grandes grupos, segundo seu diâmetro, seu grau de
mielinização e sua velocidade de condução: Fibras Aβ, Fibras Aδ e Fibras C. Uma vez instalado o estímulo nociceptivo,
diversas alterações neuroendócrinas acontecem, promovendo um estado de hiper excitabilidade do sistema nervoso
central e periférico.
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Dores agudas
• Conduzida por fibras nervosas do tipo Aδ (diâmetro médio; mielinizadas)
• Semelhante a uma agulhada, não sendo sentida nas porções mais profundas.
• Duração curta e limitada
• Sempre tem uma causa facilmente identificada (alerta que algum tecido está sendo estimulado e é muito
utilizada como diagnóstico).
• Quando não identificada e tratada rapidamente, pode retardar a cicatrização de tecidos, aumentar o tempo
de internação do paciente, causar sofrimento e se transformar em uma dor persistente.
• Pode durar de dias até semanas
• Mais comuns: procedimentos cirúrgicos, traumatismos, queimaduras por calor, dor musculoesquelética, dor
visceral ou pleural, e algumas condições clínicas, sendo algumas vezes, auto limitante.
Quantificação da dor
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Quantificar a dor é uma tarefa muito importante e difícil. Envolve aspectos fisiológicos e emocionais e difere de animal
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Utiliza-se de parâmetros fisiológicos como FC, FR e diâmetro de pupila. Esses parâmetros isoladamente não são sinais
patognomônicos para dor.
Diferentemente do paciente humano adulto, que pode verbalizar a dor, os pacientes veterinários comunicam a sua
percepção de dor predominantemente por alterações fisiológicas e nos padrões de comportamento
• Blefaroespasmo
• Bradicardia
• Bruxismo
• Arritmias cardíacas
• Hiperestesia
• Incontinência
• Midríase
• Respiração ofegante
• Ptialismo
• Taquicardia
• Taquipneia
• Lamber ou morder
• Inapetência
• Falta de auto higienização
• Micção e defecação anormais
• Agressão
• Bocejos
• Esconder-se
• Vocalização
• Lamúria
• Chorar
Escala da dor
A maior dificuldade na veterinária é identificar o que os pacientes sentem.
• É necessário identificar a localização e sensibilidade; tempo e evolução (se a dor que diminuiu ou amenta)
• A incapacidade de os pacientes veterinários verbalizar sobre a dor, é o maior motivo da criação de escalas de
classificação de dor na medicina veterinária.
• Avaliação subjetiva, e vai de acordo com cada avaliador.
• Existem poucas escalas de dor baseadas em comportamento de dor validadas na medicina veterinária.
Tratamento da dor
Os fármacos desempenham um papel fundamental no tratamento da dor, e em geral são utilizados como primeira
escolha.
As classes de fármacos mais utilizadas para o controle da dor são as que possuem potencial analgésico:
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principalmente, opioides.
Os AINES são muito utilizados na medicina veterinária, pois além de combater a inflamação, proporciona uma
analgesia.
Introdução - AINES
• Os AINES são a classe de fármacos mais difundidas em todo mundo.
• Utilizados no tratamento da dor aguda e crônica (processo inflamatório) e em processos cardiovasculares
(ação antitrombótica).
• Possuem propriedades anti-inflamatórias, analgésica e antipirética;
• Ação decorre da inibição da síntese de prostaglandinas (PG).
• Inibição das enzimas ciclo oxigenases (COX-1) E ciclo oxigenasse 2 (COX-2)
• Anti-inflamatórios seletivos e não seletivos (COX-2).
Histórico
Busca controle da dor e da inflamação
COX 1: presente em grande parte de células e tecidos normais auxiliando na integridade da mucosa gastroduodenal,
agregação plaquetária, hemostasia vascular e modulação do fluxo renal.
Inflamação
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O processo inflamatório corresponde a uma resposta a uma lesão (ex. infecções, ação de anticorpos ou traumas).
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É mediada por substâncias químicas como citosina, bradicinina, histamina, serotonina, eicosanoides e radicais livres.
Sinais : calor, rubor (eritema/avermelhamento), edema (inchaço), dor e perda de função (limitação funcional).
• Aguda: caracterizada por uma vasodilatação local e uma permeabilidade capilar aumentada;
• Subaguda: caracterizada pela infiltração de leucócitos e células fagocitárias;
• Crônica: proliferativa onde ocorre a degeneração do tecido e fibrose.
Cascata inflamatória
Quando o processo inflamatório é muito exacerbado, o órgão afetado poderá ter sua função comprometida. Nestes
casos, devem ser utilizadas substâncias que modulem o processo inflamatório; tais substâncias, conhecidas como anti-
inflamatórias, são classificadas em esteroidais e não esteroidais.
Prostaglandinas
Prostaglandinas são sinais químicos celulares lipídicos similares a hormônios, porém que não entram na corrente
sanguínea, atuando apenas na própria célula e nas células vizinhas.
• Quimicamente, são parte de um grupo chamado eicosanoides, derivados do ácido araquidônico (C 20:4), que
sofre ciclização por ação da enzima cicloxigenases (COX), forma um anel pentano, e recebe várias insaturações.
• As prostaglandinas (assim como os leucotrienos) têm sua síntese desencadeada por estímulos nas membranas
celulares, que podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica. Por ação da fosfolipase A,o
ácido araquidônico, constituinte normal dos fosfolipídios das membranas, é então convertido.
Efeitos fisiológicos
Sangue
Trato digestório
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•
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Sistema renal
Sistema cardiovascular
Efeitos patológicos
Inflamação
Febre
Fases
• Fase vascular
• Fase celular
Diapese (passagem de células sanguíneas através das paredes dos capilares) dos leucócitos, neutrófilos, basófilos,
eosinófilos, monócitos e linfócitos.
• Fase da reparação
Dor periférica
A dor periférica é iniciada por bradicinina e histamina e amplificada pela ação das PG, principalmente a PGE2 e a PGI2,
por meio de sua ligação a receptores nociceptivos, verificando-se a diminuição do limiar doloroso e a promoção de
descargas elétricas, mediante variação no potencial de repouso dos nociceptores. Esta ação resulta em estímulos
dolorosos, em função da estimulação de regiões talâmicas. A PGI2 está relacionada com a hiperalgia imediata e de
curta duração, enquanto as PGE2 se relacionam com a hiperalgia longa, e que pode persistir por um período de até 6h.
Processo febril
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O processo febril ocorre quando os leucócitos, que estão fagocitando partículas estranhas, liberam pirogênios
endógenos (citocinas), que, após liberados, ligam-se a receptores endoteliais cerebrais, ou interagem com células da
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micróglia, ativando a formação de ácido araquidônico, via PLA2. Então, a COX2 cerebral produz PGE2, que, por sua vez,
aumenta a temperatura corporal, por desregular o funcionamento hipotalâmico. O desequilíbrio dos mecanismos que
controlam a temperatura corporal faz com que o organismo reaja como se a temperatura externa estivesse baixa,
produzindo vasoconstrição periférica, piloereção e tremores (mecanismos geradores de calor. A temperatura
permanecerá elevada até que não mais exista PGE2, ou até que o patógeno desapareça.
• A modulação desse processo inflamatório é feita por drogas não esteroidais e drogas esteroidais
AINES
Características gerais
Várias são as ações terapêuticas dos AINE’s; estas podem ser de caráter periférico, como no caso das ações anti-
inflamatórias, analgésicas, antitrombóticas e antiendotóxicas, ou podem atuar sobre o sistema nervoso central (SNC),
promovendo ação antipirética e analgésica. Estas ações decorrem, em grande parte, da ação inibitória sobre as
enzimas que degradam o ácido araquidônico: a COX e a LOX. A ação antitrombótica está relacionada com a inibição
da síntese de TX plaquetário, e a ação antiendotóxica relaciona-se com a diminuição quantitativa de eicosanoides,
como prostaciclinas e TX, substâncias estas responsáveis por algumas das alterações cardiovasculares e metabólicas
presentes no choque endotóxico. A produção de eicosanoides, em particular, poderá ser inibida por diferentes
processos, entre os quais se encontra a inibição da liberação de ácido araquidônico, o antagonismo de receptores, a
inibição de eventos de transdução que ocorrem após a ocupação dos receptores ou a inibição da atividade oxigenase
dos ácidos graxos.
COX-1
COX-2
• Expressa primariamente por células envolvidas no processo inflamatório, como macrófagos, monócitos e
sinoviócitos;
• Indutiva – presentes no local da inflamação (IL1, IL2 e TNF)
• Expressa SNC – dor e febre
LOX – Leucotrienos
Mecanismo de ação
Efeitos colaterais
Toxicidade gastrintestinal
• Gastrite
• Vômito
• Úlceras / perfuração da úlcera = peritonite
• Sangramento
• Óbito
Toxicidade renais
Vantagens
• Fácil administração
• Baixo custo
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• Fácil aquisição
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• Ação prolongada
• Não provocam dependência
Indicações
• Dores leves a moderadas (como único agente)
• Dores severas (associados a opioides)
• Analgesia pré e pós operatória
• Redução do edema de natureza inflamatória
• Febre
Classificação
• AINE’s não seletivos: derivados do ácido carboxílico, e ácidos enólicos.
• AINE’s seletivo COX-2 – CELECOXIBE
• AINE’S de ação dual – TEPOXALINA
Sinais da intoxicação:
• Depressão, anorexia, vômitos, hemorragia gástrica, hiperemia, febre, convulsões, coma e morte
• Felinos: sialorreia, icterícia, anemia.
Tratamento da intoxicação:
Carprofeno em cães
Carprofeno em gatos
• Antipiréticas e analgésicas
• Fraca ação AI (anti-inflamatória)
• Potencializa o efeito analgésico do tramadol
Meloxican no gato
CELECOXIBE (Celebra)
Tratamento intoxicação:
Outros AINES
Revisão anatomia/fisiologia
As glândulas adrenais, presentes em todos os animais vertebrados, são responsáveis, em sua porção cortical, pela
produção dos hormônios esteroides, sintetizados a partir do colesterol. Esses hormônios, também chamados de
corticosteroides ou corticoides, podem ser classificados em:
Mineralocorticoides
Glicocorticoides
Eixo-hipotálamo-hipófise-adrenal
Os corticosteroides são sintetizados e liberados quando necessário, não sendo estocados nas células adrenais. O
principal estímulo para a sua secreção é o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ou corticotropina, produzido por
células basófilas da adenohipófise. A secreção do ACTH é regulada parcialmente pelo hormônio liberador de
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hormônio antidiurético possivelmente também interfere na sua produção, estimulando-a, via circulação portal. A
secreção de CRH, por sua vez, é controlada pelos níveis de glicocorticoides, por estímulos do sistema nervoso central
e, em menor extensão, pelos níveis de ACTH. Fatores psicológicos, assim como alterações ambientais, podem
estimular a secreção de CRH. De forma diferente, os mineralocorticoides não sofrem influências da secreção do eixo
hipotalâmico hipofisário (CRHACTH), sendo sua liberação dependente da atuação do sistema renina angiotensina.
Pacientes que fizeram uso de corticoides exógenos (ou mesmo ACTH exógeno) durante um longo período, não podem
ser privados destes medicamentos de forma abrupta.
O desmame destes corticoides deve ser feito de maneira gradativa, para uqe o hipotalamo também seja desinibido de
maneira gradativa e volte a secretar CRF.
Uso prolongado de corticóides exógenos pode fazer com que o cortéx da supra-renal deixe de funcionar (atrofia),
podendo causar sinais e sintomas específicos assim que o farmaco é retirado. Pode levar a sindrome de addison
(distúrbio em que as glândulas adrenais não produzem hormônios suficientes).
Ações reguladoras
Vias de administração
Vai depender de:
Indicações
• Insuficiência de adrenal (hipoadrenocorticismo)
• Doenças auto imunes
• Condições alérgicas
• Trauma e edemas cérebro-espinhais
• Choque: má perfusão de órgãos e tecidos (inibem a toxicidade e atuação de radicais livres)
Contraindicações
• Doenças infecciosas (por ser imunossupressor)
• Hemorragias/perfurações gastrintestinais (interfere na vascularização, secreção gástrica)
• Diabetes mellitus (por serem hiperglicemiantes)
•
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Origem
Os antibióticos são produzidos por microrganismos visando garantir sua proteção, o seu desenvolvimento e a
perpetuação da espécie; o homem usa com fins terapêuticos esta capacidade que alguns microrganismos têm de
produzir antibióticos.
conceitos
Os antimicrobianos ou anti-infecciosos são substâncias químicas usadas para combater os microrganismos.
Os antimicrobianos inespecíficos atuam nos microrganismos em geral, quer sejam patogênicos, ou não; pertencem a
este grupo os antissépticos e os desinfetantes.
Os antimicrobianos específicos atuam em microrganismos responsáveis pelas doenças infecciosas que acometem os
animais; são os quimioterápicos e os antibióticos.
• Atualmente, o uso do termo quimioterápico foi ampliado, sendo empregado também com outra conotação,
referindo-se a medicamentos que não são usados para o tratamento de processos infecciosos. Por exemplo,
no tratamento das neoplasias, é comum se referir ao uso de quimioterápicos, indicando o emprego de
substâncias químicas que vão atuar no tumor, para diferir do uso de um agente físico, a radioterapia. Por isso,
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nos dias de hoje, há uma tendência de se abandonar o emprego do termo quimioterápico quando se tratar do
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• Antibióticos
Substâncias químicas (medicamentos) produzidas por microrganismos, ou os seus equivalentes sintéticos, que têm
a capacidade de, em pequenas doses, inibir o crescimento (bacteriostático, fungistático etc.) ou destruir (bactericida,
fungicida etc.) microrganismos causadores de doenças.
• Antibióticos biossintéticos
São aqueles que são obtidos a partir de cultura de microrganismos, à qual acrescentam-se substâncias químicas
capazes de alterar a estrutura molecular do antibiótico que está sendo produzido; como exemplo, tem-se a penicilina
V (fenoximetilpenicilina).
• Antibióticos semissintéticos
São obtidos em laboratório acrescentando-se radicais químicos ao núcleo ativo de um antibiótico isolado de um meio
de cultura, no qual cresce um microrganismo; são exemplos as penicilinas semissintéticas oxacilina, ampicilina,
amoxicilina etc.
• Sintobióticos
Antibióticos obtidos exclusivamente por síntese laboratorial, tanto parcial como total, porém a partir do estudo dos
precursores obtidos de microrganismos; por exemplo, o cloranfenicol que atualmente tornou-se mais barato produzi-
lo exclusivamente por síntese laboratorial. É um termo em desuso nos dias de hoje.
Atualmente, há uma tendência em usar o termo antimicrobiano referindo-se ao uso de substâncias químicas que
atuam sobre microrganismos patogênicos, causando, portanto, doenças infecciosas, independentemente se são
obtidas por síntese laboratorial ou produzidas por seres vivos.
Antimicrobianos na veterinária
• Usados mais amplamente na medicina veterinária do que na humana.
• auxiliar na limpeza e na desinfecção das instalações zootécnicas a fim de garantir a sanidade dos animais
alojados,
• na desinfecção de equipamentos e materiais que entram em contato com produtos de origem animal na
indústria de alimentos e em equipamentos cirúrgicos, entre outros usos.
Os antimicrobianos específicos, além de usados com finalidade terapêutica e profilaticamente, são ainda (na
veterinária) usados na metafilaxia e como aditivo zootécnico melhorador do desempenho (antigamente chamado de
promotor do crescimento).
• O uso terapêutico é aquele no qual o antimicrobiano é administrado ao animal ou rebanho que apresenta
uma doença infecciosa, visando controlar a infecção existente.
• Na profilaxia, o uso do antimicrobiano é somente uma medida preventiva, na qual o médico veterinário quer
garantir a proteção contra uma possível infecção. Exemplo: o animal é submetido a uma cirurgia empregando
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medidas assépticas e se deseja proteger o animal contra agentes infecciosos; O emprego profilático de
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antimicrobianos pode ser feito para um único animal ou para um grupo de animais e é largamente aceito para
a profilaxia cirúrgica em animais.
• O uso metafilático de antimicrobiano é feito quando em um rebanho há alguns animais com determinada
doença infecciosa e o antimicrobiano é empregado visando prevenir a instalação da doença clínica em todos
os animais do grupo. É uma situação em que se usam doses e duração de tratamento idênticas àquelas do uso
terapêutico. O uso metafilático de antimicrobianos é também chamado de tratamento de animais em risco ou
ainda tratamento de animais em contato. Nessa situação o antimicrobiano pode ser administrado ao rebanho
em ração, comida ou água, por facilidade de manejo.
• Como aditivo zootécnico melhorador do desempenho, os antimicrobianos visam diminuir a mortalidade,
melhorar o crescimento e a conversão alimentar. Atualmente, tem se questionado bastante esse uso dos
antimicrobianos, pois seu uso prolongado na ração favorece o desenvolvimento da resistência bacteriana.
Para esse uso geralmente a administração do antimicrobiano é feita na ração, em dose em geral 5 a 10%
daquela que seria usada terapeuticamente, caso fosse permitido seu uso com essa finalidade (os
antimicrobianos de uso terapêutico não devem ser usados como aditivos e vice versa).
Quando o antimicrobiano inibe a multiplicação da bactéria, mas não a destrói, é chamado de bacteriostático; com a
suspensão da exposição ao antimicrobiano a bactéria volta a crescer. Já o antimicrobiano bactericida exerce efeito
letal sobre a bactéria, sendo esse efeito irreversível.
Bactericida
Bacteriostático
• Depende da atuação do sistema imunológico, portanto só podem ser usados em pacientes com o sistema
imunocompetente.
• Exemplos: tetraciclinas; sulfonamidas; macrolídeos.
• A concentração inibitória mínima (CIM ou MIC, minimum inhibitory concentration), e necessitam de uma
concentração maior para matar o microrganismo. E a concentração bactericida mínima (CBM ou MBC,
minimum bactericidal concentration).
Quanto maior a distância entre esses valores, diz-se que o antimicrobiano tem atividade bacteriostática; por outro
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lado, quanto mais próximos forem esses valores, diz-se que o antimicrobiano tem atividade bactericida.
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Alguns antimicrobianos são considerados bactericidas, e outros são considerados bacteriostáticos, mas a atividade
sobre a bactéria depende da concentração no local da infecção e do microrganismo envolvido.
Exemplo: A penicilina G, em concentrações terapêuticas, tem atividade bactericida, porém em baixa concentração
tem atividade bacteriostática.
Em resumo: Até agora vimos que os antimicrobianos específicos podem ser subdivididos em três categorias,
considerando sua atividade sobre bactérias (antibacterianos), sobre fungos (antifúngicos) ou sobre vírus (antivirais).
Os primeiros, por sua vez, podem ser classificados segundo vários critérios como:
Agora veremos a classificação quanto a estrutura química e o mecanismo de ação, que são os critérios empregados
para apresentação dos diferentes grupos farmacológicos dos antibacterianos usados em Medicina Veterinária:
• Ex: Sulfametoxazol
• Ex: Doxiciclina
• cloranfenicol
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• gentamicina e Neomicina
Macrolídeos - um anel de lactona
• Ex: Vancomicina
Os antimicrobianos possuem 4 tipos de mecanismo de ação, agindo em diferentes lugares das bactérias. São esses:
1. Inibição da síntese da parede celular das gram+: Perda de equilíbrio hidroeletrolítico dentro e fora.
2. Inibição da síntese de proteína (tradução do RNAm): Maiorias dos antibióticos com esse mecanismo de ação tem
ação biológica bacteriostática, assim a bactéria sobrevive, porém, não se replica.
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Associação de antimicrobianos
O uso de associações de antimicrobianos no passado já mostrou que pode ocorrer tanto antagonismo como sinergismo
ou efeito aditivo.
O sinergismo e o antagonismo entre antimicrobianos não é uma característica absoluta. Essas interações são
frequentemente difíceis de serem previstas. O conhecimento do mecanismo de ação dos antimicrobianos pode auxiliar
na presunção do tipo de interação que pode ocorrer quando da associação de antimicrobianos.
SINERGISMO
As associações de antimicrobianos com efeito sinérgico comprovado são:
1. Facilitação da entrada na célula bacteriana de um antimicrobiano por outro (um permite a entrada do outro)
ANTAGONISMO
As associações de antimicrobianos que mostraram antagonismo são:
• Exemplo: imipeném e cefoxitina associados aos betalactâmicos mais antigos instáveis à betalactamases
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Período de carência
Os animais de produção que são tratados com antimicrobianos devem receber atenção especial, visando impedir que
os resíduos presentes nos produtos de origem animal venham a atingir a espécie humana, causando danos a sua
saúde. Deve-se, portanto, obedecer ao período de carência.
Período de carência, de retirada, de depleção ou de depuração é o tempo necessário para que o resíduo de
preocupação toxicológica atinja concentrações seguras. Ou, ainda, é o intervalo de tempo entre a suspensão da
medicação do animal até o momento permitido para abate, coleta de ovos ou mel.
Vários fatores contribuem para a determinação do período de carência, dentre eles os constituintes da fórmula
farmacêutica, a dose administrada, a via de administração e a espécie animal.
Antimicrobiano ideal
• Seletivo e bactericida
• Alcançar rapidamente o alvo, com boa distribuição no local de infecção.
• Espectro estreito (para não afetar a flora saprófita)
• Baixo nível tóxico e elevados níveis terapêuticos.
• Poucas reações adversas (seja de toxicidade ou alergia).
• Várias vias de administração (oral, IV, IM)
• Boa absorção
• Não deve induzir resistências
• Boa relação custo/eficácia (bom e barato).
Podem causar irritação gástrica, quando administrados por via oral; dor e abscesso quando administrados por via
intramuscular e tromboflebite quando administrados por via intravenosa.
Toxicidade na gestação
• Trazem risco para feto : aminoglicosídeos (surdez), tetraciclina(ossos e dentes).
• Trazem risco para gestante : tetraciclina (pancreatite, lesão renal)
• SEGURO: penicilina, cefalosporina e eritromicina
• Pus e secreções: são repletos de fagócitos, células e proteínas que podem se ligar ao fármaco e criar condições
desfavoráveis a sua ação.
• Hematomas: neles, há a presença de hemoglobinas que podem também se ligar com os fármacos (penicilina,
cefalosporina e tetraciclina).
• Queda do pH no local (acidez): isso reduz a atividade de macrolídeos e aminoglicosídeos.
• Abscesso: compromete penetração do fármaco.
• Presença de material necrosado e corpo estranho.
Resistência bacteriana
A resistência bacteriana pode ser natural ou adquirida. A resistência natural não perturba a terapêutica porque o
médico veterinário já sabe que um determinado microrganismo é naturalmente resistente ao antimicrobiano. Por
outro lado, a resistência adquirida é uma propriedade nova adquirida por determinada cepa de microrganismo,
tornando-o resistente ao antimicrobiano; esta sim traz grandes transtornos na clínica médica.
A resistência bacteriana adquirida pode ser por mutação (ocorre por acaso) ou transferência de genes de resistência.
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A transferência de genes pode ser tanto cromossômica (o gene de resistência é incorporado ao cromossomo da
bactéria receptora), como extra cromossômica (através do plasmídio ou fator de resistência, que representa 1% do
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material genético do cromossomo) e pode ocorrer por: transformação, transdução, conjugação e transposição.
Deve ser ressaltado que, quando ocorre a resistência bacteriana, o antimicrobiano atua como agente seletor, isto é,
age sobre as bactérias sensíveis e observa-se, consequentemente, a proliferação das resistentes.
A resistência adquirida pode ser a um único antimicrobiano, a alguns agentes dentro de uma mesma classe de
antimicrobiano ou até mesmo aos agentes de diferentes classes.
Mecanismo de resistência
Vários mecanismos de resistência aos antimicrobianos foram identificados nas bactérias e classificados em quatro
categorias:
3. Modificação do alvo no qual age o antimicrobiano ou aquisição de uma via alternativa: observada em bactérias
gram positivas que protegem o ribossomo da ligação com tetraciclina; em Staphylococcus aureus que alteram as
proteínas de ligação das penicilinas impedindo a ação de oxacilina e meticilina; e de Mycobacterium spp. que
modificam as proteínas ribossômicos levando à perda da atividade da estreptomicina. Tem - se ainda como exemplo
as bactérias gram negativas que podem usar uma via alternativa para contornar o bloqueio da enzima dihidropteroato
sintetase inibida pelas sulfas ou ainda da dihidrofolato redutase inibida pela Trimetoprima.
4. Bomba de efluxo que lança para fora da célula bacteriana o antimicrobiano: observada em Escherichia coli e outras
Enterobacteriaceae, promovendo o efluxo de tetraciclina e cloranfenicol; e em Staphylococcus spp. levando ao efluxo
de macrolídios e estreptograminas
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Exercícios
1. Dentre essas alternativas, qual a definição correta para medicamentos genéricos:
a) É aquele que contém o mesmo fármaco, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e
com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança que o
medicamento de referência no país.
b) São medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais, empregando-se exclusivamente derivados de droga
vegetal.
c) São aqueles preparados na própria farmácia, de acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou
formulários e com uma designação uniforme.
d) É aquele que contém um fármaco diferente, porém a mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela
mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma
segurança que o medicamento de referência no país.
e) Os laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolver medicamentos e, por isso, possuem a
exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante um determinado período.
2. (UFF,2013) O termo usado para descrever a porcentagem na qual uma dose do fármaco chega ao seu local de
ação, ou a um líquido biológico, é:
a) Eliminação
b) Redistribuição
c) Biodisponibilidade
d) Distribuição
e) Absorção
a) É o tempo necessário para que metade de uma substância da concentração inicial seja removido do organismo.
c) O termo janela terapêutica se refere a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente
sanguínea.
e) Faixa de segurança para trabalhar com um fármaco, dentro da menor concentração, e a concentração
potencialmente tóxica.
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4. A que forma farmacêutica se refere a seguinte definição: ‘’Invólucro duro ou mole, de forma e capacidade
variáveis. Formato cilíndrico ou ovoide, com duas partes que se encaixam e contém substâncias medicinais sólidas,
pastosas ou liquidas’’.
a) Supositório
b) Cápsulas
c) Comprimidos
d) Pomadas
e) Suspensões
5. Assinale a alternativa que diz respectivamente o significado das abreviaturas a seguir: S.I.D, Q.I.D, O.D.
a) ( ) O sistema nervoso no organismo humano é dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
b) ( ) O sistema nervoso somático está relacionado com funções submetidas a comando conscientes.
c) ( ) Os nervos aferentes são responsáveis pela transmissão da informação do SNC para a periferia
d) ( ) Drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas parassimpatomiméticas
a) Os fármacos colinolíticos (ou parassimpatolítico) são drogas cuja função é estimular uma determinada atividade
uma determinada atividade parassimpática.
b) Os fármacos colinomiméticos (ou parassimpatolítico) são drogas que drogas que apresentam atividade de estimular
(agonista) uma determinada atividade parassimpática.
c) Os fármaco colinolíticos (ou parassimpatolíticos) são drogas cuja função é bloquear e/ou inibir respostas do sistema
nervoso autônomo parassimpático.
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d) Os fármacos simpatomiméticos são fármacos cuja função consiste em inibir ou bloquear a ação do sistema nervoso
simpático.
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e) Os fármacos simpatolíticos são fármacos que produzem efeitos, através da estimulação dos nervos simpáticos.
8. Sobre as catecolaminas endógenas, marque abaixo N se a característica for da Noradrenalina, e A se a
característica for da Adrenalina.
9. Sobre a formação da noradrenalina, complete os espaços vazios da afirmativa abaixo com as palavras corretas.
‘’A fenilamina (aminoácido) é oxidada pela enzima _______________________, uma vez hidroxilada, ela vai dar a
origem a _____________ que vai ser carreada para dentro do ____________________________ e lá, essa tirosina
sofre hidroxilação pela ___________________ se transformando em DOPA, que por sua vez é descarboxilada pela
DOPA descarboxilase dando origem a ________________, que sofre uma nova hidroxilação, formando assim a
____________________.‘’
10. Dentre os receptores alfa e beta, identifique que tipo de receptor corresponde cada característica abaixo
(escreva o nome dentro dos parênteses). Dica: só tem uma característica para cada receptor.
e) ( ) Receptor responsável pela contração da musculatura das estruturas. Exceto no TGI, onde lá, ele promove
relaxamento.
11. Qual o fármaco que age de forma indireta no organismo, inibindo irreversivelmente o transportador que tem a
capacidade de transportar a vesícula de noradrenalina até a membrana para que seja liberada na fenda sináptica?
R=
12. Qual o nome da classe de fármacos que bloqueia a ação do sistema nervoso simpático?
R=
‘’Bloqueio de receptores do tipo _____, causa diminuição da vasoconstricção. E o bloqueio de receptores do tipo
______ causa a diminuição da estimulação do coração.’’
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14. A acetilcolina pode se ligar a dois tipos de receptores. Quais são eles?
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R=
15. Qual o termo é utilizado para se referir a algo que mimetiza, intensifica ou copia a ação de algo?
R=
16. Por que é necessário cuidado e acompanhamento adequado na administração drogas colinérgicas para trato
urinário em pacientes asmáticos?
R=
17. Qual o nome dado as drogas que bloqueiam a ação parassimpática no organismo e, de um modo indireto,
mimetizam a ação simpatica promovendo, como resultado final, efeitos simpáticos?
R=
18. ‘’Uma vez que o neurônio pré sináptico é estimulado, ele promove a abertura das vesículas, liberando dopamina
na fenda sináptica. Essa dopamina se liga aos seus receptores específicos no neurônio pós sináptico. A dopamina
restante, que não se liga, é conduzida de volta ao neurônio pré-sináptico para dentro das vesículas através de
transportadores.’’
a) sinapse serotoninérgica
e) sinapse dopaminérgica
c) Suas ações decorrem, em grande parte, da ação inibitória sobre as enzimas que degradam o ácido araquidônico.
d) As ações dos AINES podem ser de caráter periférico (antipirética e analgésicas), ou podem atuar sobre o sistema
nervoso central (anti-inflamatórias, analgésicas, antitrombóticas e antiendotóxicas)
‘’Os antimicrobianos ___________________ atuam nos microrganismos em geral, sejam eles patogênicos ou não;
pertencem a esse grupo os _________________________ e os _____________________. Os antimicrobianos
______________ atuam em microrganismo responsáveis pelas doenças ___________________ que acometem os
animais; são os quimioterápicos e os _____________________.
R=
Iai? Respondeu tudinho? Agora você pode checar o gabarito e conferir quais questões você
acertou. É só apontar a câmera do seu celular para o QR CODE abaixo que você será
redirecionado para o PDF com o gabarito. Se o seu celular não tiver leitor automático, você
pode baixar um na sua loja de aplicativos. Ou você pode me pedir o gabarito pelo direct que
eu posso te mandar! Obrigada, beijos!
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