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Resumo de Direito Penal 3 –

DOSIMETRIA:

1) 1º Fase
2º Fase – Pena provisória  Critério (Doutrina e Jurisprudência)  1/6 de aumento
ou diminuição.

2) Cálculo da Pena.
1º Fase.
2º Fase.
3º Fase.

“Até a alínea “d” do artigo 61 tornam-se qualificadoras do homicídio, aumentando-se a pena


base”.

Cálculo da Pena (Continuação).

 2º Fase.

CONCURSO DE AGRAVANTES E ATENUANTES:

 Artigo 67 CP – Critério hierárquico – as subjetivas devem preponderar sobre as


objetivas.
 SUBJETIVAS  Motivos.
 Personalidade.
 Reincidência.
 Critério da doutrina e da jurisprudência  1/6 de aumento ou de diminuição.
 Exemplo:
2 ou + agravantes = + 1/6 +1/6+ 1/6 etc.
2 ou + atenuantes = -1/6 -1/6 – 1/6 etc (Súmula 231 do STJ).

 Atenuante + Agravante – Artigo 67 do CP.


As duas são objetivas – Não há compensação.
As duas são subjetivas – Não há compensação.
2 agravantes objetivas + 1 atenuante objetiva – sobra 1 agravante objetiva.
1 agravante subjetiva + 1 atenuante objetiva  PESO MAIOR AS SUBJETIVAS.
1 agravante objetiva + 1 atenuante subjetiva  PESO MAIOR AS SUBJETIVAS.

 Menoridade penal Relativa  Deve preponderar (Tem um peso maior) (Até 21 anos).
 Confissão espontânea e reincidência – Compensação.
3º FASE:

1- CONCURSO DE MAJORANTES ENTRE SI OU DE MINORANTES ENTRE SI PREVISTAS NA


PARTE ESPECIAL DO CP.
** 2 minorantes ou 2 majorantes.
** Artigo 68, paragrafo único do CP.
Exemplo: Artigo 15, §2º, I e II do CP – aumenta de 1/3 a ½
2- CONCURSO DE MAJORANTES PREVISTAS NA PARTE ESPECIAL E NA PARTE GERAL OU
AMBAS NA PARTE GERAL DO CP.
** Regra do cúmulo material.
** Exemplo:: Artigo 71 c/c Artigo 155, §1º  3 anos + 1/3 + 1/3 = 5 anos.

3- CONCURSO DE MINORANTES PREVISTAS NA PARTE ESPECIAL E PARTE GERAL OU


AMBAS NA PARTE GERAL.
** Aplicação sucessiva para evitar a pena zero.
Exemplo: Artigo 121, §1º c/c Artigo 14 paragrafo único do CP.
Pena provisória  6 anos – 1/3 = 4 anos – 2/3= 1 ano e 4 meses (Visto que não tinha
agravantes e atenuantes nesse caso).
*Se fosse aplicado o cúmulo material  6 anos – 1/3 – 2/3 = 0.

CONCURSO DE CRIMES:

Concurso Material – Artigo 69 CP.


 Pluralidade de condutas.
 Homogêneo  Crimes iguais.
 Heterogêneo  Crimes diferentes.

Concurso Formal – Artigo 70 CP.

CONCURSO FORMAL PRÓPRIO (ARTIGO 70, 1º PARTE).


 Unidade de conduta.
 Homogêneo.
 Heterogêneo.
 Pega a maior e aumenta 1/6 a 1/2.
 Sistema de exasperação  Aumenta de 1/6 a ½ (majorante).
Exemplo: Homicídio culposo – 2 mortes.
1 morte – Pena de 3 anos.
2 morte – Pena de 3 anos.
Pega-se a maior pena ou uma dela se forem iguais e aumenta ½ (decisão do juiz) = 4 anos e 6
meses.

CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO (ARTIGO 70, 2º PARTE).


 Unidade da conduta.
 Sistema do cúmulo material.
 Designíos autônomos  Dolo em todos os resultados típicos.
 Soma das penas.

** Parágrafo único  O sistema da exasperação tem limite.

Exemplo: Crime 1 – 24 anos.


Crime 2 – 6 anos.
Escolhe-se a maior (24 anos) e aumenta em ½ = 36 anos.  Exasperação  Limite – A
soma das penas do artigo 69.

Sistema do cumulo material  24 anos + 6 anos = 30 anos.


UTILIZA-SE O SISTEMA DO CÚMULO PORQUE É MAIS BENÉFICO AO RÉU.

Exasperação  Crime 1 – 24 anos.


Crime 2 – 6 meses.
Pega o maior (24 anos) + 1/6 = 28 anos.

Sistema do Cúmulo material = 24 anos + 6 meses = 24 anos e 6 meses.

 Só pode usar a exasperação se a pena for menor que o sistema de cúmulo material.

CONCURSO DE CRIMES (CONTINUAÇÃO).

1) Concurso Material  Cúmulo material (Somar as penas) – Artigo 69 CP. (Mais de


uma conduta).
2) Concurso formal  Artigo 70  Aumenta-se em 1/6 a ½. (Uma única conduta).

Concurso formal  Próprio  Exasperação  Culpa + Culpa (Ex: Acidente de transito,


atinge um carro e duas pessoas ficam feridas. Dois crimes de lesão corporal culposa).
 Dolo + Culpa (Ex: Atirou pra matar uma
pessoa mas atingiu outra pessoa). Um crime de homicídio doloso e um crime de lesão
corporal culposa. Pena = 6 anos (homicídio) e 2 meses (lesão corporal culposa). Pega a maior
e soma 1/6 = 7 anos (Sistema da exasperação).
6 anos e 2 meses (Sistema do cúmulo material) - Utiliza-se esse sistema e não o da
exasperação visto que essa é mais benéfica ao réu.

Concurso formal  Impróprio  Cúmulo material  Desígnios autônomos (Dolo + Dolo).

3) Crime continuado  Artigo 71.


 Condições similares de tempo, local e modo de execução.
 Ficção jurídica  Considera-se como se fosse um único crime.
 Os delitos subsequentes são considerados como continuação do primeiro.
 Sistema da exasperação  Aumenta-se de 1/6 a 2/3.
 Veio para evitar penas severas.

Requisitos:

 Pluralidade de condutas.
 Delitos da mesma espécie (duas correntes)
1º corrente  Mesmo tipo penal.
2º corrente  Mesmo bem jurídico.
 Nexo espacial, temporal e modal entre os ilícitos  Critérios vagos e incertos.
 De tempo  Certa periodicidade.
 De local  Conexão espacial.
 De modo de execução – estabelece um padrão.

Crime continuado específico (artigo 71, paragrafo único CP) – até 3X (paragrafo único do
artigo 70 e artigo 75).

 Crimes dolosos.
 Violência ou grave ameaça à pessoa.
 Contra vitimas diferentes.
 OBS: Súmula 605 do STJ – Não admitia a continuidade delitiva nos crimes contra a
vida.

“ Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a
conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo,
observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

ERRO DE TIPO  Essencial.


 Acidental – objeto.
- pessoa – artigo 20, §3º CP.
Artigo 70 – Concurso formal * Erro na execução/aberractio ictus  Artigo 73 CP.

“Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código.
No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra
do art. 70 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

Artigo 70 – Concurso formal * Resultado diverso do pretendido/aberractio criminis 

Artigo 74 CP.
“Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é
previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do
art. 70 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

LIMITE DO CUMPRIMENTO DA PENA DE PRISÃO:

- Artigo 75 CP  30 anos  Unificação é diferente de somatório.

** Súmula 715 do STF  Livramento condicional.


 Progressão de regime  depois do cumprimento de 1/6 da pena.

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A
de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou


média;

b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou


estabelecimento similar;

c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento


adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva,
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime


fechado;

b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda
a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;

c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.

a) PENA > 8 ANOS  REGIME FECHADO.

b) PENA > 4 ANOS E ATÉ 8 ANOS  SEMI ABERTO  Não reincidente.

C) PENA ATÉ 4 ANOS  ABERTO  Não reincidente.

SÚMULA 269 DO STJ:

“É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena


igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.”  Pode fixar regime
semi-aberto para reincidentes se contribuir às circunstâncias judiciais.

FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:

 Artigo 59, III CP.


 Artigo 33 CP.
 Fatores fundamentais  Natureza da pena aplicada (Reclusão ou detenção).
 Quantidade de pena aplicada.
 Reincidência (artigo 33, §2º)  Fechado – súmula 440 STJ.
 Regimes  Fechado.
 Semi-aberto.
 Aberto.

“Existem outras possibilidades, sem previsão legal, em casos de delação premiada”.

“Exemplo: Acordo do Ministério Público com o réu que realizava delação premiada. Houve
um novo regime aberto sem previsão legal. Um regime diferenciado”.

OBS: RDD Regime Disciplinar Diferenciado Não é um regime prisional.


 Critica que o RDD é um direito de autor e há aqueles que dizem que é
inconstitucional.
 Lei 10.792/93.
 LEP, artigo 52.
 Cela individual (360 dias – podendo ser repetido por mais 360 dias em caso de nova
falta grave / 2 horas de sol).
 Hipóteses:
 Crime doloso que ocasione subversão.
ou
 Alto risco para a ordem.
ou
 Fundadas suspeitas (organiza ou participa de) – organizações criminosas.

 Artigo 33, §2º CP  Sumula 440 STJ/Sumula 718 e 719 STF.


 Artigo 33, §3º CP – Critérios do artigo 59 CP.
 Artigo 33, §4º CP – Crimes contra a administração publica  Progressão de regime.

OBS: Crimes hediondos e equiparados (Tráfico, tortura e terrorismo).

 Lei 11.464/07 – alteração da lei 8072/90  Sem possibilidade de progressão de


regime.
 “Regime inicialmente fechado” – Artigo 2, §1º; Lei 8072/90  STF (HC 111840/12) 
Inconstitucionalidade.
 Se não for reincidente só pode ter progressão de regime depois de 2/5 para crimes
hediondos, e 3/5 se for reincidente.

DETRAÇÃO PENAL:

 Artigo 42 CP e Artigo 387, §2º CPP.


 A prisão preventiva ou cautelar realizada durante o processo, a quantidade de pena
já cumprida será computada no valor total.
 Juiz da aplicação.
 Há uma linha doutrinaria que diz que o artigo 59 deve ser mais garantista e não tão
punitivista.

PROGRESSÃO DE REGIME: Regime mais gravoso para um menos gravoso.

 Artigo 33, §2º CP –“Em forma progressiva” – conforme tempo mínimo (critério
objetivo) e mérito (critério subjetivo).
 Artigo 112 LEP – Progressão “para regime menos rigoroso” – Progressão “per saltum”
não é admitida (o condenado não pode sair do regime fechado diretamente para o
regime aberto) – Súmula 491 STJ.
 1/6 da pena no regime anterior + Bom comportamento carcerário (CRIMES
COMUNS).
 Crimes hediondos e equiparados  2/5 para réu primário e 3/5 para réu reincidente.
 Artigo 33, §4º CP.

REGRESSÃO DE REGIME: Regime menos gravoso para um regime mais gravoso.


 Artigo 33, §2º CP – “Ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso”  É possível a regressão per saltum, ao contrário da progressão de regime.
 Artigo 118 LEP – “Para qualquer dos regimes:
 Praticar crime doloso ou falta grave.
 Condenação por crime anterior, cuja pena somada torne incabível o regime.

** Prisão domiciliar.

** Remissão de pena.

* Portaria 276 (Leitura) JF/DEPEN.

* Lei 17.329/12 (PR).

PENAS RESTRIVAS DE DIREITOS:

 Artigo 43 CP (Lei 9.714/98).

 PRESTAÇÃO PECUNÁRIA – Artigo 45, §1º e 2º CP.


 Multa reparatória  1 a 360 salários mínimos.
 Para a pessoa ou para entidades públicas de destinação social.

 PERDA DE BENS E VALORES – Artigo 45, §3º CP.


 Destina-se ao fundo penitenciário nacional.
 Bens lícitos (Critica do Bitencourt).
 Seria desnecessário esse artigo porque os bens ilícitos já devem ser perdidos.

 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS – Artigo 46


CP.
 Penas acima de 6 meses.
 1 hora de tarefa por dia de condenação.
 Limite: Artigo 46, §4º CP.

 INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS – Artigo 47 CP.


 Conforme artigo 55 CP.
 Nexo entre o crime praticado e atividades profissional.
 Sempre temporária.

 LIMITAÇÃO DO FIM DE SEMANA – Artigo 48 CP.


 MULTA SUBSTITUTIVA – Artigo 44, §2º CP – Exemplo: 1 pena = 1 p.r.d.

SUBSTITUIÇÃO DE P.P.L POR P.R.D:

 Artigo 44 CP.
 Pena até 4 anos  Constrangimento ilegal, ameaça, lesões leves.
 Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa.
 Crime culposo – qualquer quantidade de pena.

 Não reincidência em crime doloso (§3º) Exceção.


 Que não seja reincidência especifica.

 Circunstancias judiciais favoráveis.

 Artigo 44, §2º CP.


 Penas até 1 ano Multa ou 1 p.r.d.
 Penas acima de 1 ano  Multa + 1 p.r.d ou 2 p.r.d.

LEI DE DROGAS:

 Lei 11.343/06.
 Artigo 33, §4º - “Vedada à conversão em penas restritivas de direitos”.
 Resolução 5/12 – Senado Federal.
 STF – Inconstitucionalidade.

CONVERSÃO DA P.R.D EM P.P.L:

 Artigo 44, §4º e 5º CP.


 Tem que cumprir pelo menos 30 dias preso.
 O juiz vai decidir se vai converter. Se não houver possibilidade de conversão
simultânea.

PENA DE MULTA:

 Quantia é fixada na sentença e calculada em dias-multa.


 Paga ao FUNPEN.
 Critérios/Fases para fixação a pena de multa:
1) O juiz fixa a quantidade de dias multa (De 10 a 360) conforme a situação
econômica do réu, podendo ser aumentada até o triplo se o juiz considerar eficaz
(Artigo 49, caput, CP).
2) O juiz fixa o valor de cada dia multa (1/30 a 5 vezes o salário mínimo vigente à
época do fato e atualizado pelos índices de correção monetária quando da execução
da sentença (Artigo 49, §1º e 2º CP).

“Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na


sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e
sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse
salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção
monetária. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

 Exemplo: salário mínimo = R$880,00.


880/30 = 29,3 X10 = 293 valor da multa.

 Legislação especial  Lei 11.343/06 (Leis de drogas), Lei 11.340/06 (Lei Maria da
Penha).

 Consequências do inadimplemento: a multa converte-se em divida de valor,


aplicando-se lhe as normas da legislação relativa a divida ativa da Fazenda Pública
(Lei 6.830/80) – Artigo 51 CP. Logo não há possibilidade de conversão da pena de
multa em prisão (proibição de prisão por divida).
 Se o condenado não pagar a multa, converte-se em divida de valor. Antes de 1996
era possível a conversão de multa em prisão. Hoje devido ao Pacto de São José da
Costa Rica não é mais possível essa operação.

SUSPENSÃO CONDIONAL DA PENA (SURSIS) – ARTIGO 77 A 82 CP:

Conceito  O sursis é a suspensão da execução da pena privativa de liberdade durante certo


período de tempo sob determinadas condições. Findo tal período e observadas as condições
impostas, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.

Requisitos:

 Condenação à pena privativa de liberdade não superior a 2 anos ou a 4 anos (nos


casos de sursis etário e por motivo de saúde – artigo 77, §2º CP.
 Não ser reincidente em crime doloso (mas cabe o sursis se a condenação anterior for
à multa – artigo 77, §1º CP).
 Circunstâncias judiciais favoráveis – artigo 59, CP.
 Não seja indicada ou cabível a substituição do artigo 44 CP.

“Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser
suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por
quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)”.

“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do


agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da
vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do
crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se
cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

“Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade,
quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for
culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como
os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei
nº 9.714, de 1998)
§ 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma
pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída
por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº
9.714, de 1998)
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de
condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha
operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o
descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a
executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo
de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal
decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena
substitutiva anterior.(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)”

MODALIDADES:

 Sursis comum (Artigo 77 caput e 78, §1º CP) - Suspensão da pena por 2 a 4 anos.
 Sursis especial (Artigo 78, 2º CP).
 Sursis etário (Artigo 77, §2º CP).
 Sursis por motivo de saúde ou humanitário (Artigo 77, §2º CP).

REVOGAÇÃO:

 Obrigatória  Se o beneficiário for condenado em sentença irrecorrível por crime


doloso (Artigo 78, §1º CP).
 Facultativa  O juiz revoga o sursis ou prorroga o período de prova até o máximo
(Artigo 79 CP).

OBSERVAÇÕES:

 Lei Maria da Penha  Ameaça e lesão corporal.


 Crimes hediondos: Cabe sursis, salvo no caso de trafico de drogas (Artigo 44, Lei
11.343/06).
 Contraversões penais (Artigo 11 CP).

LIVRAMENTO CONDICIONAL:

Conceito  É a concessão da liberdade antecipado ao condenado condicionado a


determinadas exigências que devem ser cumpridas durante o restante da pena.

REQUISITOS: Artigo 83 CP.

 Condenação igual ou superior a 2 anos.


 Cumprimento da parte da pena: mais de 1/3 se não for reincidente em crime doloso
e tiver bons antecedentes, mais da ½ se for reincidente em crime doloso, ou mais de
2/3 nos casos de condenação por crime hediondo ou equiparado, se não for
reincidente especifico em crime dessa natureza.
 Comprovado comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho e aptidão
para haver a própria subsistência.
 Ter reparado o dano.
 Constatação de condições pessoais que façam presumir que a liberação ano voltará a
delinquir, em casos de crimes dolosos praticados com violência ou grave ameaça à
pessoa.

CONDIÇÕES OBRIGATÓRIAS  Artigo 132, §1º LEP.

CONDIÇÕES FACULTATIVAS  Artigo 132, §2º LEP.

REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO:

 Revogação obrigatória (Artigo 86 CP).


 Revogação facultativa (Artigo 87 CP).
 Efeitos da revogação (Artigo 88 CP).

“ Revogação do livramento

Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade,
em sentença irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)”

“Revogação facultativa

Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das
obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção,
a pena que não seja privativa de liberdade.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.
“Efeitos da revogação

Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação
resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo
em que esteve solto o condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

EXTINÇÃO DA PENA (ARTIGO 89 E 90 DO CP):

 Se não houver revogação do livramento, considera-se extinta a pena.

“Extinção

Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em
processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

 Artigo 91  Efeitos genéricos  Não devem ser declarados na sentença visto que
são automáticos.
 Artigo 92  Efeitos específicos  Devem ser declarados na sentença visto que não
são automáticos.

“Efeitos genéricos e específicos

Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: (Redação


dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção constitua fato ilícito;

b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a prática do fato criminoso.

§ 1o Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do


crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior. (Incluído pela Lei
nº 12.694, de 2012)

§ 2o Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão


abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de
perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração
Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos
demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos,
sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime
doloso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”

Efeitos da condenação e reabilitação – artigos 91, 92 e 93 CP:

 Efeitos penais
 Efeitos extrapenais (civis, administrativos)  Reparar o dano, perda do poder
familiar.
 Artigo 91  Efeitos genéricos.
 Artigo 92  Efeitos específicos.
 Autoria do crime e materialidade do fato.
 Um ilícito civil pode ser um ilícito penal. Já um ilícito penal é um ilícito civil também
(ideia de indenização).
 Ação civil “ex delicti”.
 Vitima determinada ou determinável  Artigo 91, I) Tornar certa a obrigação de
indenizar o dano causado pelo crime.
 Artigo 92  perda do cargo, função publica ou mandato efetivo  necessidade de
nexo de causalidade entre o cargo e o crime praticado  Paragrafo único – os efeitos
de que se trata não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na
sentença.

REABILITAÇÃO:

 Artigo 93 CP:

“ Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao


condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no
art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo
artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – ARTIGOS 96 A 99 CP:

Espécies de medidas de segurança

Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro


estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que
tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Imposição da medida de segurança para inimputável

Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o
fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento
ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Prazo

§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando


enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Perícia médica

§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de
ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

Desinternação ou liberação condicional

§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a


situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência
de sua periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do


agente, se essa providência for necessária para fins curativos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável

Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de


especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior
e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Direitos do internado

Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e


será submetido a tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

INTRODUÇÃO:

 Inimputáveis (Não há dosimetria da pena, absolutória, artigo 26 CP, aplicação de


medida de segurança).

 Semi-imputáveis (Há dosimetria, condenatória, artigo 26 paragrafo único CP,


aplicação de pena ou medida de segurança).

 Sistema duplo binário (Aplicado anteriormente no Brasil).


 Sistema vicariante (Sistema aplicado atualmente no Brasil)  É aplicado de forma
alternada. OU pena OU medida de segurança. Nunca ambas juntas.

DIFERENÇAS ENTRE PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA:

Destinatários  Inimputáveis (Medida de segurança)  Semi-imputáveis (Pena ou medida


de segurança).

Duração  Duração indeterminada. Sem previsão legal. Encontra-se uma dura critica
doutrinária a respeito da duração das medidas de segurança visto que muitas vezes
ultrapassam inclusive o máximo legal de 30 anos.

ESPÉCIES:

 Artigo 96 CP
 Internação em HCTP (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico).
 Tratamento ambulatorial (ATP).
 Pena de reclusão  Internação.
 Pena de detenção  Tratamento ambulatorial.

PRAZO DE DURAÇÃO E PERÍCIA MÉDICA:

 Prazo de duração (para a realização do primeiro exame medico) – Artigo 97 CP.


 Artigo 91, §1º - Mínimo de 1 a 3 anos  Para depois o primeiro exame,.
 Artigo 97, §2 – as demais pericias serão feitas anualmente.

“Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato
previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento
ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Prazo

§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando


enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Perícia médica

§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de
ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)”.

DESINTERNAÇÃO:

 Artigo 97, §3º - condicional: acompanhamento pelo período de 1 ano  se o juiz


entender que há perigo de reincidência, pode haver a possibilidade de reinternação.

“Desinternação ou liberação condicional

§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a


situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência
de sua periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL E SUBSTITUIÇÃO PARA O SEMI-IMPUTÁVEL:

 Artigo 41 CP.
 Artigo 98 CP.

“ Superveniência de doença mental

Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”

“Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável

Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de


especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior
e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.

LEI DE DROGAS – LEI 11.343/06.

 Artigo 45 e 46.

“Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão,
qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo,
poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das
circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,
a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento”.

CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:

 Artigo 107 a 120 CP (não taxativo).


 PRESCRIÇÃO

CONCEITO  Perda do “jus puniendi (Pretensão punitiva)” e “jus punitionis (pretensão


executória)” do Estado pelo decurso de tempo em razão do seu não exercício dentro do
prazo legal.

 Encontramos no rol do artigo 107 um rol de elementos que extinguem a


punibilidade.
 A pena de multa não pode passar para sucessores do réu.
 Encontramos tanto elementos de direito penal quanto de direito processual.
 Pretensão punitiva é o momento em que há a investigação, instrução do processo
pelo juiz, MP, pelo próprio réu. Surge um poder punitivo.
 Pretensão executória

EXCEÇÃO: Artigo 5º, XLII e XLIV CF.

“XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;”

“XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;”

ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO:

PPP  Antes do T.J  Pela pena em abstrato  Prescrição abstrata.


 Pela pena em concreto  Prescrição retroativa.
 Prescrição intercorrente.

PPE  Depois do T.J  Prescrição executória

** Pela pena em abstrato  Pena máxima cominada em lei. Não há uma aplicação pelo juiz.
É aquela que será calculada conforme a pena cominada em lei. Ex: Crime de furto. A pena
máxima é de 4 anos. Nesse caso a prescrição é de 8 anos.
** Pela pena em concreto:

** Prescrição retroativa  Ex: furto. Não teve prescrição abstrata. O juiz aplicou a pena no
valor de 1 ano, por exemplo. Ele vai ter que verificar se não está prescrito também. Já não é
mais a prescrição abstrata. O juiz vai ter que calcular retroativamente da data da sentença
olhando para trás para ver se não tá prescrito. Agora não é mais de 8 anos e sim de 4 anos.
Retroage até o recebimento da denuncia.

** Olhar desenho do caderno sobre prescrição!

** Quando não há lei aplicada, no caso do furto, a prescrição abstrata é de 8 anos. No


recebimento da denuncia, com a pena aplicada a prescrição não é mais de 8 anos e sim de 4
anos.

**Publicação da sentença em cartório também zera o prazo. Começa a contar mais 4 anos.

** Prescrição intercorrente 

** Prescrição executória 

PRAZO PRESCRICIONAL:

 Artigo 109 CP.


 Pena de multa  se for a única cominada ou aplicada  2 anos.
 Medida de segurança  calcula-se pelo máximo da pena cominada em lei (se inimputável).

Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).

I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;

III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;

IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;

V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234,
de 2010).

Prescrição da multa

Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)

II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for
alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268,
de 1º.4.1996)

Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada
um, isoladamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). No caso de concurso de crimes
formais e crimes continuados.

 Então primeiro analisa qual a pena máxima cominada e depois joga na tabela.

Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)

IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em


que o fato se tornou conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já
houver sido proposta a ação penal. (Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)

Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do
crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Necessidade de observar isso na prescrição abstrata.

** Pena hipotética  http://www.conjur.com.br/2010-mai-02/pena-hipotetica-nao-fundamenta-


extincao-punibilidade-stj

 Prescrição abstrata  Pela pena máxima cominada, com majorantes e minorantes,


com exceção de crimes formais e crimes continuados. Aplicação na tabela.
 Verificar se tem causa modificadora: menoridade na data do fato se o agente for
menor de 21 anos ou maior de 70 na data da sentença.
 Prescrição retroativa  não ter ocorrido à prescrição abstrata, ter sentença
transitada em julgado e transito em julgado pela acusação.
 Verificar a pena concretizada na sentença, analisar se há causas modificadoras do
artigo 115 CP e impossibilidade de pena por pena hipotética.
 Sumula 438 do STJ.
SÚMULA N. 438-STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do
processo penal. Rel. Min. Felix Fischer, em 28/4/2010. 3ª Seção.

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE:

 O juiz irá analisar se até a sentença penal condenatória até o momento do transito
em julgado definitivo se já não transcorreu o prazo prescricional.
 Não deve ter ocorrido as prescrições abstratas e retroativas, deve ter uma sentença
penal condenatória, o prazo começa a ocorrer após a sentença penal condenatória,
transito em julgado para acusação ou improvimento para seu recurso.
 Verificar a pena concretizada na sentença que já estará com majorantes e
minorantes, o juiz precisa ir na tabela e depois verificar se tem causas modificadoras.

PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA:

 Não ter ocorrido a PPP.


 Não ser satisfeita a prescrição abstrata do Estado (não estar cumprindo a pena
porque o prazo prescricional não está sendo contado).
 Verifica a pena aplicada na sentença, verificará a tabela e se há causa modificadora e
reincidência. Com a reincidência aumenta-se a pena prescrional em 1/3.
 Mantém todos os efeitos penais.
 O artigo 111 trata do termo inicial da PPP.
 O artigo 112 trata do termo inicial da PPE.

Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final

Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)

IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em


que o fato se tornou conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já
houver sido proposta a ação penal. (Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)

Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível


Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se
na pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

 Se houver sursis e for revogado, o prazo prescrional começa no dia da revogação.


 No caso de prisão o prazo prescrional para. Ao ser capturado, o prazo prescrional
inicia novamente.

CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO:

 Artigo 117 I a IV  PPP.


 Artigo 117 V e VI  PPE.

“ Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; (Redação dada pela Lei
nº 11.596, de 2007).

V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)

VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)”

 Denúncia  É aquele momento processual que inicia uma ação penal, inserida pelo
Ministério Público.
 Queixa crime  Iniciativa da vitima. Iniciativa privada. Ex: Caso de calúnia,
difamação.
 Crimes dolosos contra a vida há a pronúncia ao réu.

OLHAR DESENHO NO CADERNO.

 Artigo 107.

“Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pela morte do agente;


II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.”

 E se a certidão de óbito for falsa? Revoga-se a certidão e se retoma o curso da ação.


 Anistia  Concedida por lei (crimes políticos). Congresso Nacional concede a anistia
e sujeita a vedação pelo presidente.
 Indulto X comutação.
 Indulto  Extingue a punibilidade. Concedido pelo Presidente da República.
 Comutação de pena  Atenua a pena ou substitui a pena (1/4 se não reincidente ou
1/5 se reincidente).

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