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Art. 69. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa
de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. (Artigo com
redação dada pela Lei n. 7.209/84).
1º) que a conduta seja única: por conduta, devemos entender que se trata da
ação ou omissão humana consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade,
compreendendo desta, um único ato ou sequência de atos desencadeados
pela vontade humana. No verbo ou núcleo do tipo, está consubstanciada a
ação, pelo que é em torno dele que se fundem os elementos da conduta
humana. Todos esses momentos, no entanto, de encontram no núcleo do tipo:
ex. Matar alguém (art. 121).
2º) que dessa conduta surjam dois ou mais fatos típicos: uma conduta singular
deverá dar origem a mais de um fato, ou mais de um crime, quando atingir
mais de um bem tutelado. Por exemplo: para se consagrar uma conduta do
concurso de crimes formal deve a pessoa em uma única ação violar o bem
tutelado, no caso de um agente que dispara contra outrem, e o mesmo projétil
acaba acertando em outro alguém, neste caso o agente ativo praticou somente
uma conduta desdobrando dois resultados idênticos ou distintos. Não se fala
em concurso de crimes formal se uma única conduta somente der origem a um
único resultado.
Para que não torne benéfica a prática de mais de um crime por uma única
ação, no concurso formal impróprio, é utilizado o sistema de cúmulo material
das penas, o mesmo que é utilizado no concurso material. Havendo apenas a
soma das penas aplicadas aos diversos crimes, como no concurso material.
Crime Continuado
Esta forma de concurso de crimes foi adotada por ficção jurídica, já que são
vários crimes que a lei adota como crime único para questões de punibilidade.