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INTRODUÇÃO.

O seguinte trabalho irá mostrar como foi o estágio básico em psicologia escolar em uma
escola de ensino fundamental. Mostrar como funciona uma escola com crianças com algum
tipo de transtorno (TDAH, AUTISMO, TOD...) e principalmente mostrar para os alunos a
importância da inclusão social para a melhora no aprendizado e relacionamento dos alunos
que são acometidos por alguma dificuldade.

DESCRIÇÃO.
O estágio foi realizado no CEF 07 – 912 Norte, uma escola de ensino fundamental localizada
na Asa Norte, que apesar de ser uma área onde a situação financeira dos moradores é alta, a
escola em sua maioria é formada de alunos de outras cidades metropolitanas do Distrito
Federal sendo muitas dessas crianças de áreas carentes. Em média cada turma possui 30
alunos, dentre esses alunos se encontram aqueles com transtorno.
O estágio de observação foi realizado nas turmas 8G e 8H, sendo dois encontros para
observação e dois encontros para a aplicação da dinâmica.

RELATO DAS IMPRESSÕES SOBRE A ESCOLA


Apesar da escola ser em uma área de classe alta o acesso da parada de ônibus até chegar na
escola é longo e deserto, a escola não possui vigias do lado de fora dos portões e o
policiamento quase nunca é visto relato esse de uma das coordenadoras da escola, em
decorrência disso é grande a quantidade de assaltos nas proximidades muitos deles realizados
pelos próprios alunos. Dentro de suas dependências a escola é arejada e espaçosa, os alunos
são todos uniformizados e há regras em relação ao horário de início das aulas, sendo que
aqueles que não cumprem o horário necessitam de autorização para assistir as aulas. Durante
os intervalos e as trocas de salas são colocas músicas diversas em substituição do tradicional
sino, o que alivia o stress dos alunos. De modo geral a escola é receptiva com os alunos na
aplicação de trabalhos na área de psicologia escolar, sendo assim elevando as expectativas na
aplicação das atividades.

REGISTRO DOS ASPECTOS VERIFICADOS NA ATIVIDADE DE OBSERVAÇÃO


(A seguir será os relatos dos dois dias de observação na visão de cada aluna)
01/03/2018 - Turma 8G
Francisca Jéssica.
Nesse dia de observação a aula era de artes e a turma estava sem professor devido a
aposentadoria da antiga professora. Uma outra professora se revessava em duas turmas, mas a
turma 8G ficou sem monitoria na sua maior parte. A turma era extremamente barulhenta, o
uso de celular era constante mesmo sendo proibido seu uso durante as aulas, muita
brincadeira fora de hora e uso excessivo de palavrões. Mesmo sem professor os alunos saiam
livremente para ir ao banheiro ou beber agua.
Foi nos informado que nessa turma tinha 4 crianças com TDAH de leve para moderado, e não
foi visto nenhuma assistência com relação a escola no momento da aula. Em um momento
uma professora veio verificar se os alunos estavam copiando a matéria que tinha sido
entregue e mesmo com a professora em sala os alunos continuaram bagunçando e na minha
opinião a professora não soube impor sua autoridade.
Mesmo a turma sendo bagunceira e sem a presença do professor eles copiaram a matéria
passada e na sua maioria os alunos nos receberam muito bem.

Esiely

05/03/2018 - Turma 8H
Francisca Jéssica
Nesse dia de observação uma professora nos recebeu, era o segundo dia dela na escola como
substituta da professora que tinha se aposentado. Ela nos recebeu muito bem, mas devido ao
pouco tempo na instituição ela parecia perdida, quando perguntamos quais os alunos que
tinham transtornos naquela turma ela se espantou pois não sabia da existência de tais alunos,
mesmo ela possuindo experiencia com educação com alunos especiais.
Essa turma foi muito parecida com a anterior, mesmo com professor em sala de aula os
alunos não se comportavam, conversavam fora de hora e o uso de celular era grande. Nessa
turma tinham 4 alunos com TDAH e foi fácil perceber quais eram esses alunos.
Um aluno em particular era o centro das atenções, não parava quieto, conversava muito e não
demonstrava interesse na matéria, ao mesmo tempo que tirava a atenção dos demais alunos.
A professora não tinha autoridade, ela gastava a maior parte do seu tempo chamando a
atenção dos alunos com TDAH e acabava deixando os demais alunos sem qualquer atenção.
Achei o conteúdo passado pela professora muito extenso para os alunos copiarem, ainda mais
os alunos com TDAH que possuem dificuldade em se concentrar por muito tempo na mesma
tarefa Apesar de toda bagunça e conversa os alunos foram muito atenciosos e receptivos,
demonstraram muito mais interesse em nossa volta do que a turma anterior.
Esiely

APRESENTAÇÃO E EXPLICAÇÃO DA PROPOSTA DE AÇÃO INTERVENTIVA


DINAMICA DO PIRULITO:
Objetivo: Desenvolver o espírito de equipe, mostrar a importância de um ajudar o outro seja
no ambiente de trabalho ou no dia a dia, na vida pessoal, como utilizar a criatividade para
resolver problemas que envolvam o trabalho em grupo.
Número de participantes e tempo estimado: de 4 a 40 participantes, 50 minutos.
Material: pirulitos com embalagem suficiente para todos os participantes.
Como fazer: O coordenador da brincadeira com o pirulito deverá reunir todos os
participantes formando um círculo.

Em seguida distribui um pirulito para cada participante, o pirulito a ser utilizado deve estar na
embalagem original. Orienta que cada um segure o pirulito com a mão direita e aguarde até
que todos tenham recebido.
Assim que todos tiverem recebido o coordenador da atividade do pirulito dará o seguinte
comando:
"A partir de agora ninguém mais pode sair do lugar e deverão seguir minhas instruções.
Segurem o pirulito com a mão direita. A mão esquerda deve ser colocada para trás e não pode
ser utilizada em nenhum momento, estiquem o braço direito para frente, a partir de agora
ninguém poderá dobrar o braço, o único movimento que podem fazer é para a direita ou para
a esquerda, quem dobrar o braço será retirado da brincadeira". O coordenador verifica o
grupo e pergunta se alguém tem alguma dúvida, todos devem estar no mesmo lugar,
segurando o pirulito com a mão direita e braço estendido para frente e a mão esquerda
dobrada para trás sem poder ser usada.
(O coordenador continua...) Agora quero que todos desembrulhem o pirulito que está
segurando na mão direita e comecem a chupar. Neste momento se instala a confusão,
dependendo da idade dos participantes, pois esta atividade do pirulito pode ser feita em vários
grupos, crianças, jovens, grupos de trabalho e até com idosos.
Alguns participantes logo se dão conta que não vão conseguir remover a embalagem do
pirulito sozinhos e que precisarão da ajuda do companheiro do lado, pois só podem realizar
movimentos para a direita ou para a esquerda, é muito engraçado ver as pessoas tentando
abrir a embalagem com apenas uma mão e quando um dos participantes encontra a solução
utilizando a ajuda do amigo ao lado todo o grupo entende a charada e logo em seguida
começam a se ajudar mutuamente.
Em grupos com crianças pode ser que elas não encontrem uma solução, sendo assim o
coordenador deverá dar dicas ou estando no círculo tomar a iniciativa oferecendo para que a
pessoa ao lado o ajude a abrir a embalagem.
O primeiro desafio é remover a embalagem do pirulito, no entanto como não podem dobrar o
braço, cada um deverá chupar o pirulito do colega do lado, isso deixa a brincadeira do pirulito
muito divertida e através de uma linguagem metafórica passa a mensagem de que em
determinadas circunstancias da vida é necessário pedirmos ajuda ao próximo para
conseguirmos realizar uma tarefa.
Tão logo todos estejam chupando o pirulito o coordenador da dinâmica poderá solicitar que cada um
fique a vontade para degustar seu pirulito.

Dinâmica para trabalhar inclusão


DINÂMICA PARA TRABALHAR, BULLYING, RESPEITO MÚTUO, RESPEITO ÀS
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS, LIDAR COM DEFICIÊNCIAS –
OBJETIVO: Levar o grupo a perceber a importância do respeito mútuo, respeito às
diferenças individuais e com isso iniciar o trabalho de temas como Bullying e como evita-lo.
PARTICIPANTES: até 15 pessoas.
TEMPO: de 1h a 1h30.
MATERIAL: Papel sulfite, Canetas Coloridas, Vendas, Mesas, Cadeiras de trabalho, tiras de
pano, tapa ouvidos.
DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que a tarefa será a de desenhar um barco,
sendo que irão ser divididos em grupos e caberá a cada participante a execução de uma parte
desse barco (No nosso caso pedimos para desenharem uma pessoa). Dizer que o grupo que
conseguir completar a tarefa, primeiro será o vencedor.
DESENVOLVIMENTO:
1- Dividir os participantes em grupos de 5 ou 4 participantes, cada.
2- Entregar para cada grupo uma folha de sulfite e canetas coloridas.
3- Explicar que cada componente do grupo só poderá fazer um traço de cada vez para
executar o barco e que quando terminar o seu traço deve passar a folha para o próximo colega
que por sua vez irá executar o traço que lhe cabe. Por exemplo: O primeiro participante faz o
traço que se refere à parte de baixo no barco, cabe então ao próximo participante fazer uma
das laterais. E assim por diante até que todos possam ter executado sua parte e o barco esteja,
totalmente, desenhado.
4- Pedir para que iniciem a atividade. Enfatizar que cada grupo deve ter seu desenho pronto
no prazo máximo de 2’.
5- Após a execução da atividade verificar se todos completaram o desenho e qual grupo a
terminou mais rapidamente. (A tendência é que todos os grupos terminem rapidamente e não
tenham dificuldade para executar a tarefa).
6- Agora, explicar que isso foi apenas um ensaio e que irão novamente fazer o desenho do
barco, só que agora serão estabelecidas algumas características para cada participante como
descritas a seguir. (colocar na lousa ou levar um cartaz).
Participante 1- É cego e só tem o braço direito.
Participante 2- É cego e só tem o braço esquerdo.
Participante 3- É cego.
Participante 4- É mudo.
Participante 5- Não tem os dois braços.
OBS: Essas combinações são feitas de acordo com o número de participantes de cada grupo,
podendo ser acrescentadas ou retiradas dificuldades. O facilitador pode levar fitas para
prender a mão ou mãos dos participantes que não podem usá-las, pois estes tendem a não
respeitar as instruções até mesmo por ato reflexo. Outras combinações podem ser feitas: cego
e surdo, só tem o braço esquerdo, etc.
7- Depois de explicado quais serão as dificuldades dos membros do grupo, pedir para que
estabeleçam quem irá assumir qual característica, entregando as vendas para os que serão
cegos, tiras de pano para amarrar os braços que não deverão utilizar e tapa ouvidos para os
surdos.
8- Quando todos estiverem prontos, estabelecer o tempo de 4’ para que executem a tarefa.
Obs: O facilitador deverá permanecer em silêncio, apenas observando o trabalho. Caso
alguém solicite ajuda ou informações, reforçar as instruções já ditas sem dar outras
orientações. Caso algum participante faça perguntas do tipo está certo? Pode fazer assim?
Deixar o grupo decidir. Não deve interferir. Estas situações poderão ser retomadas no
momento de debate, para análise e como ilustração para outros comentários.
OBS: É bastante provável que a maioria do grupo não consiga realizar a tarefa. O facilitador
poderá dar um tempo para que o grupo discuta como poderia melhorar e propõe que façam,
novamente. Se quiserem tentar mais o facilitador pode permitir. (Em alguns casos pode
deixar que executem até 3 ou 4 vezes, sempre tendo momentos para discutir o que fazer para
ter melhor desempenho e colocar em prática as ações sugeridas.
RELATO DA EXECUÇÃO DA AÇÃO INTERVENTIVA
TURMA 8G:
No dia da aplicação das dinâmicas a professora que estava presente nos recebeu na sala, mas
sem demonstrar muito interesse sobre nosso trabalho. Dividimos a sala em um círculo e a
primeira dinâmica apresentada foi a dinâmica do pirulito, mesmo explicando as regras da
brincadeira teve gente que não as seguiu, como a brincadeira estava relacionada com algo
para comer a agitação foi grande e a professora sempre gritando pedindo silencio dos alunos.
A segunda dinâmica foi a para trabalhar bulling, na hora de dividir as fitas os alunos se
agitaram, mas todos quiseram participar. Enquanto passávamos o papel para o desenho todos
cooperaram para ajudar aqueles que não estavam enxergando.
No final da dinâmica pedimos para cada um escrever atrás do desenho algo que devemos
fazer para evitar que acha a exclusão social, todos escreveram e no final da brincadeira
perguntamos o que eles acharam que era o objetivo da dinâmica e logo os alunos
responderam que eram sobre a discriminação.

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