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De acordo com Barros (2002) os psicólogos que atuam com os adolescentes na rede
pública de saúde do Brasil não recebem instruções ou uma organização comum ao
funcionamento da assistência prestada. Embora não tenha muita assistência, o psicólogo que
precisa estar certo da importância da sua atuação. Os psicólogos escolares, assim como os da
saúde, recebem poucas orientações de como realizar a sua prática. Observamos o défice de
informação em toda a equipe escolar ao chegar na escola.
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Apesar da dificuldade encontrada para elaborador uma atividade para o grupo de alunos,
utilizamos dos princípios essenciais citado por Barros (2002), ela ressalta que um grupo pode
ser psicoterápico, de apoio, comunitário. É importante se atentar aos critérios da seleção dos
indivíduos que irão compor o grupo, como a idade, sexo, escolaridade. Outros parâmetros
precisam ser definidos no início da proposta em grupo, tais como frequências de encontros,
duração e números máximos de participantes. Utilizamos de dinâmicas no primeiro encontro
para proporcionar um conhecimento maior dos alunos, possibilitando uma análise e
posteriormente a escolha de um tema. Barros (2002) ainda destaca, que o psicólogo ao
conduzir o grupo deve manusear as resistências, as transferências, estar atento aos vínculos
estabelecidos e até a aversão por certas pessoas.
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METODOLOGIA
Participaram deste estudo 40 alunos da turma F9104 do Colégio Municipal Prof.ª, Maria
Isabel Damasceno Simão. Com a realização da matéria de Psicologia Escolar na Faculdade
Salesiana Maria Auxiliadora, se fez necessário visitar o Colégio Municipal Prof.ª, Maria
Isabel Damasceno Simão. Para realizar um levantamento das problemáticas enfrentadas por
alunos do 9º ano. Para analisar qual problemática seria escolhida as visitas foram divididas em
duas etapas, no primeiro encontro foi realizada dinâmicas para coleta de dados e no segundo
momento após essa análise um tema seria escolhido de acordo essa observação.
Na primeira visita feita a turma F9104, foi aplicado a dinâmica do barbante para que
todos se apresentassem, falando suas próprias características e consecutivamente apontasse
um aspecto do colega que entregaria posteriormente o barbante. Logo após, foi a vez da
dinâmica do desenho coletivo que foi realizada com todos os alunos em círculo, onde cada um
iniciava o seu desenho e em seguida as estagiarias davam o comando para que passassem o
desenho para frente e continuassem o que recebeu.
Esta etapa foi muito importante para compreender o tema que poderia ser abordado no
segundo encontro com a turma, com a análise efetuada a partir das dinâmicas aplicadas
observou-se que os alunos enfrentavam problemas referente as diferenças que existem entre
si. A turma estava dividida em subgrupos, não de uma forma considerada “saudável” e ficou
claro que o tema diversidade poderia ser trabalhado junto com eles para que pudesse produzir
um novo olhar para essas diferenças.
No segundo encontro já com as análises efetuadas, tema escolhido e com as bases
teóricas orientada pela professora da matéria. Foi realizado uma divisão aleatória entre os
alunos, dividindo-os em 5 grupos, cada estagiária ficaria responsável por um grupo e
aplicando a técnica do fanzine. O fanzine foi escolhido pois é uma forma utilizada para
expressar o entendimento de um determinado tema. O fanzine ficou conhecido como uma
mídia independente que tem como objetivo registrar debates de caráter político e cultural.
Após uma explicação geral do que deveria ser produzido pelos grupos, cada estagiária
passou o vídeo de uma reportagem que explicava melhor o que é um fanzine e os assuntos que
podem ser tratados. Foram entregues para os alunos folhas A4, revistas, tesoura, cola, lápis de
cor e giz de cera. Os alunos iniciaram o trabalho expondo o que cada um entendia como
diversidade e depois coletando imagens nas revistas que representariam seus pensamentos.
Os grupos expressaram diversos temas através do fanzine, tais como, reflexões sobre a
violência policial que ocorre na discriminação de raça, discriminação de gênero e de
sexualidade. Também foi expresso no fanzine as relações de poderes nas sexualidades, as
diversidades culturais, a diversidade existente entre os animais.
No final do segundo encontro os grupos apresentaram os seus projetos e explicaram o
tipo de conhecimento coletivo que foi produzido, quais as conclusões que o grupo chegou
sobre o tema diversidade. E por fim com base nos entendimentos que os próprios alunos
apresentaram, as estagiarias fizeram uma correlação da importância de compreender as
diversidades e respeitá-las.