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História da Saúde Pública no Brasil

Acompanharam cada antecedente histórico

Período Regime Nova


Período Colonial/Imperial Era Vargas
República Militar República

Política de Saúde = definida como ação ou omissão


do Estado, enquanto resposta social diante dos
problemas de saúde e seus determinantes...
Miasmas
História da Saúde Pública no Brasil

Período Colonial/Imperial
Cirurgião e físico-mor (Poucos médicos vinham)

Saúde pública limitada e reservada


apenas para classe dominante (ex:
coronéis)
Período (1500 – 1889)
Medicina Indígena – Curandeiras e
• Marcado pela presença de doenças transmissíveis Boticários– Sangrias
(portugueses e escravizados); Santas Casas de
• Endemias: Acometimento de uma determinada área Misericórdia
pela doença; Escolas de Medicina do país:
• Presença da LEPRA (Hanseníase), Tuberculose, Febre Rio de Janeiro (1813)
Amarela, Malária, Cólera, Leishmaniose; Bahia (1815)
• ECÔNOMIA x SAÚDE (Saneamento dos Portos –
Urbanização de Grandes Centros – Debelar Junta Higiênica = Inspecionar vacinas, controle
Epidemias) da medicina, política de terras (pouca eficácia)
História da Saúde Pública no Brasil

FORMAÇÃO DOS CORTIÇOS


Período República
Oswaldo Cruz – políticas de saúde higienista!
Campanhas sanitaristas

Período (1889-1930)

Centralização das estruturas administrativas, pela • Grande produção de Café (Saúde reservada)
concentração de poder e por um estilo repressivo de • Modernização do país (Medicina moderna)
intervenção médica nos corpos individuais e social. • Nascimento da política de saúde pública
• INSTITUTOS (Manguinhos -> Oswaldo
REVOLTA DA VACINA (1904)
Cruz), logo tivemos o início das campanhas
Vacinação compulsória
sanitárias;
contra varíola
• Precariedade ainda maior nas ZONAS
Insurgência popular RURAIS
Políticas públicas menos
compulsórias eram alegadas Carlos Chagas assume 1920
História da Saúde Pública no Brasil
Lei Elói Chaves (1923)
Período Vargas
Primeiros direitos • Socorro médico ao
Período (1930-1945)
trabalhistas a ferroviários trabalhador e à
familiar;
Formação do: • Aposentadoria ou
CAPS (Caixa de pensão em caso
Aposentadorias e Pensões) de morte;
• Assistência médica
• Período contra as oligarquias, Vargas estimulou as e funeral
ações em saúde para se intitular o pai dos pobres; 1933 – IAPs (Institutos de
• Formação do Ministério da Educação e da Saúde Aposentadoria e Pensões)
SESP 1942
Pública; (apoio aos
• CENTRALIZAÇÃO DA SAÚDE ao estado; seringueiros e regiões
• Medidas sanitaristas comandadas por autoridades do Norte e Nordeste)
(políticos e burocratas)
• Produção do Código de Moral Ética;
• Educação em Saúde era muito preconizada
(Cartazes)
Modelo Sanitarista Campanhista
História da Saúde Pública no Brasil

Democratização da saúde Regime Militar


(Populismo)
Período (1945-1964)

Período (1964-1984)
• Período de MERCANTILIZAÇÃO da saúde
• 1966 houve a unificação dos IAPs com a criação do INPS
(Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social);
• Expansão das assistências por • Estimulo da pratica médica pela logica do LUCRO;
todos os IAPs; • Modelo da saúde na ditadura: Individual, lucrativo e especializado!
• Separação do Ministério da • Movimentos sociais e ações integradas em saúde foram clamadas
Saúde; • INPS foi transformado em INAMPS (médica e previdência)
• Fraqueza dos serviços de saúde
pública; Alto Custo de assistência
Nos anos 70: crise no Recursos limitados REFORMA
• Modelo médico-assistencial
modelo de saúde Menor arrecadação financeira; SANITÁRIA
privatista; Sucateamento de serviço
previdenciário
público
História da Saúde Pública no Brasil

Reforma Sanitária
Projeto articulado para reformular o sistema de saúde brasileiro que tinha um cunho excludente, curativo,
privativo e pouco resolutivo acentuado no período militar (anos 70 e 80)

DESEJO: Criação de um sistema único Aparecimento das: Ações integradas


de Saúde de Saúde (AIS) e Sistema Unificado e
Descentralizado de Saúde (SUDS)

Direito social garantido pelo Estado


Pilares do sistema:
• Integralidade
Apoiados por: Sanitaristas, sindicato,
• Participação Social
parlamentares, lideranças sociais Alma Ata
• Universalização
(CEBES e ABASCO)
• Qualidade de vida
• Descentralização 8ª Conferência
Nacional de Saúde
(1986)
História da Saúde Pública no Brasil

Período de Nova República 1988 (Nova Constituição)


Período (1985-1988)
Inclusão do SUS (Sistema Único de Saúde)

8ª Conferência Nacional
de Saúde (1986) Direito sociais inerentes à Seção de Saúde
cidadania: ART 196: saúde é direito de todos e dever do
Participação popular - Saúde estado...
(emenda popular) - Previdência ART 197: são de relevância pública as ações
- Assistência e serviços de saúde...
Debate sobre os princípios da
ART 198: saúde continuada em um sistema
reforma sanitarista
único de acordo com diretrizes..
ART 199: à assistência em saúde é livre à
iniciativa privada, vedado a utilização do
privativo contra benefício do povo...
ART 200: compede ao SUS demais atividades
(formação de recursos humanos, tecnologia,
fiscaliza mantimentos...)

Grande Vitória da Sociedade, porém continuaram


os conflitos por parte dos interesses privativos
SUS (Sistema Único de Saúde)
Sistema de saúde nacional que foi estabelecido a partir da Carta
Magna de 1988, incorporando mudanças no papel do Estado e
alterando a forma significativa da saúde no país

Sob responsabilidade de esfera: federal, estadual e


municipal (privado como complementar)
Princípios Organizacionais ou operativos
Regulamentado pela Lei 8080
Descentralização: divisão da organização de estado
não apenas no federal, mas com apoio do estadual e
Princípios Ideológicos ou doutrinários municipal, cada um com sua posição no SUS

Universalidade: “Saúde é um Hierarquização: os serviços de saúde são divididos em níveis de


direito de todos”, toda a população complexidade, pelo qual o primário deve ser oferecido para
tem direito aos serviços de saúde população, enquanto os outros apenas quando necessário
Integralidade: a atenção à saúde inclui Regionalização: áreas de abrangência pelo qual cada local é
todos os meios curativos, preventivos e de responsável pela saúde da população
promoção à saúde (todos os níveis de
complexidade)
Participação Popular (Conferências e Conselhos)
Equidade: todos possuem direitos, porém há
disparidades sociais no Brasil, deve-se tratar os Resolubilidade: Ter capacidade de resolver
diferentes como diferentes, necessidades diferentes. problemas em todos os níveis de saúde
Leis Orgânicas do SUS

LEI 8080 (1990)

1 – Atividades dirigidas às pessoas


(individual ou coletiva) para promoção da
saúde desde a prevenção à reabilitação

2 – Serviços devem ser prestados no


âmbito hospitalar, ambulatorial, unidades de
apoio e até mesmo domiciliar ** O serviço particular (iniciativa privada) serviria como
complemento para dar mais assistência aos cidadãos,
3 – Ações de distintas complexidades
quando o público não fosse suficiente
desde aplicação de vacinas até cirurgias
cardiovasculares e transplantes

4 – Intervenções ambientais no sentido mais amplo (onde vive e trabalha),


controlar vetores e saneamento básico

5 – Instituições públicas para influenciar na pesquisa, qualidade e produção


de insumos, medicamentos, sangue e equipamentos
Normas Operacionais e a
descentralização
As leis orgânicas do SUS participam na ativação do repasse financeiro – 8.142 regulamenta que esse repasse seria de forma regular e automática

NOB-SUS 01/91

Características:
- Continuidade do órgão controlador
INAMPS no repasse financeiro;
- Tratava ainda os estados e municípios
com prestadora de serviço, sem a devida
autonomia.

NOB-SUS 01/92

Características:
- Houve POUCA mudança da anterior.
- Novidade foi a alocação de recursos do
INAMPS para constituir o FUNDO
NACIONAL DE SAÚDE
Normas Operacionais e a
descentralização
As leis orgânicas do SUS participam na ativação do repasse financeiro – 8.142 regulamenta que esse repasse seria de forma regular e automática

NOB-SUS 01/93
Realizada por grupos de descentralização e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde

Editada pelo Ministério da Saúde e queria modificar não apenas o financeiro, mas a
descentralização da gestão dos serviços de saúde
Gestão financeira
Extinção do INAMPS Semi plena: responsabilidade
completa do estado ou município
Formação das comissões de Parcial: responsabilidade parcial do
pactuação (CIT e CIB) estado ou município
Incipiente (apenas município que
(Ministério, CONASS e CONASEM)
tinha): programar, controlar,
incorporar e avaliar o
desenvolvimento da gestão no
Gestores das três ou duas esferas para município
discussão, negociação e execução de
políticas de saúde
Normas Operacionais e a
descentralização
As leis orgânicas do SUS participam na ativação do repasse financeiro – 8.142 regulamenta que esse repasse seria de forma regular e automática

NOB-SUS 01/96
Atrelou-se a Política de Municipalização – pleno poder do município e
gestão na atenção básica
TETO FINANCEIROS
Gerência: administração de uma unidade FORAM PRODUZIDOS
ou órgão como prestador de serviço COM BASE NO PPI
x (Programação
Gestão: atividade e responsabilidade de Pactuada e Integrada)
dirigir um sistema de saúde

Extinguiu as gestões semi- Gestor municipal com maior autonomia nas


plenas, incipientes e parciais Gestão Plena da Atenção Básica questões básicas do município (Epidemiologia,
pagamentos, dados...)
Gestão Plena do Sistema Municipal
Gestor municipal com maior autonomia nas
Piso Assistencial Básico questões ambulatoriais e hospitalares.
(Fixo ou variável) PSF
Programa de Agentes Comunitários (PACS)
Normas Operacionais e a
descentralização
As leis orgânicas do SUS participam na ativação do repasse financeiro – 8.142 regulamenta que esse repasse seria de forma regular e automática

NOAS 01/2001
Sua maior característica foi promover maior EQUIDADE na alocação de
recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde

3 pilares:

1) Regionalização e organização das assistências

Plano Diretor de regionalização, assistência mais próximas,


cobertura vacinal, tratamentos e controle de doenças

2) Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS 3) Atualizar os critérios de habilitação de estados e municípios

Uma programação de o que e como é gasto para poder Inclusão de Gestão Básica Ampliada nos
arrecadar a parte financeira, além de controlar e avaliar a municípios (Recursos a mais)
assistência à poopulação
Normas Operacionais e a
descentralização
As leis orgânicas do SUS participam na ativação do repasse financeiro – 8.142 regulamenta que esse repasse seria de forma regular e automática

NOAS 01/2002
Firmação de acordo entre os conselhos de saúde, além de dar comando único para os
prestadores de serviços de media e alta complexidade e o fortalecimento das gestões estaduais
sobre as referências intermunicipais

Manteve as ações organizacionais das gestões da NOAS 2001

Assistência à saúde com MAIS QUALIDADE!

PAPEL MAIOR PARA UMA REGIONALIZAÇÃO


Pacto pela saúde
Aprovado no início de 2006 tinha como ferramenta para melhoria a respeito da
descentralização e municipalização do SUS, dividindo-se em Pacto pela Vida,
Defesa e Gestão do SUS.

PACTO PELA VIDA


Compromisso firmado frente ao impacto sobre a saúde da população, com objetivos e metas a serem cumpridas para melhoria da
qualidade de saúde

Saúde do Idoso

Controle do câncer do colo de útero e da mama

Redução da mortalidade infantil e materna

Combate à dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza (Endemias) Saúde do Trabalhador

Promoção à saúde Saúde Mental


Fortalecimento aos deficientes
Fortalecimento da atenção básica PORTARIA
325/2008 Atenção integradas a pessoas sob
risco de violência
Saúde do homem
Pacto pela saúde
Aprovado no início de 2006 tinha como ferramenta para melhoria a respeito da
descentralização e municipalização do SUS, dividindo-se em Pacto pela Vida,
Defesa e Gestão do SUS.

PACTO EM DEFESA DO SUS


Tem com objetivo discutir a questão da saúde pública de saúde como política do Estado e não de governo

Incrementar ainda mais as questões da


Reforma Sanitária

Promoção à cidadania

Garantia de Financiamento de acordo com as


necessidades do sistema

Diálogo entre a sociedade


Pacto pela saúde
Aprovado no início de 2006 tinha como ferramenta para melhoria a respeito da
descentralização e municipalização do SUS, dividindo-se em Pacto pela Vida,
Defesa e Gestão do SUS.
PACTO DE GESTÃO DO SUS
Tem como finalidade direcionar a efetivação de um sistema de saúde que garanta o respeito às diversidades regionais, desde o
planejamento até a execução e avaliar as ações para melhor amparo financeiro e participativo da sociedade

Divide em 9 eixos pautados nas diretrizes do SUS

Descentralização
Participação e controle social
Regionalização
Gestão do Trabalho
Financiamento do SUS
Educação na Saúde
Planejamento do SUS

Programa de Pactuação Integrada

Regulação da Atenção à saúde e


regulação assistencial
Determinantes Sociais em Saúde
Apesar de diversas teorias explicativas sobre as condições de vida e trabalho dos indivíduos e grupos relacionando com saúde os
determinantes sociais se dividem em:

Sociais
Dahlgren e Whitehead
Econômicos 5 (última) – Condições econômicas, culturais e
Culturais ambientais, influenciam demais nas camadas
Étnicos/raciais
Psicológicos 4 (Fatores à vida e trabalho) – Demonstra que
Comportamentais quando menor condições a população tiver, mais
a mercê ficará com a saúde

3 (seguinte) – Redes comunitárias e de apoio


que influenciam na coesão social e quanto maior
Modelos para estudos dos ou menor influencia na saúde
determinantes na saúde
2 (medialmente) – Características
comportamentais que podem influenciar na
convivência da sociedade nos determinantes

1 (base) – Características individuais que exercem um


papel importante no potencial e condições de saúde
Modelos para estudos dos
determinantes na saúde
Determinantes Sociais em Saúde

Diderichsen e Hallqvist

Adaptação do modelo anterior

Há uma estratificação social gerada


pelo contexto social, as quais
provocam DIFERENCIAIS NA SAÚDE!

Mas e no Brasil? Como isso os


determinantes sociais podem minimizar ou
intensificar a saúde da população?
Determinantes Sociais em Saúde

CNDSS (Comissão Nacional de Determinantes


Sociais em Saúde) – criada em 2006
Objetivo de promover uma tomada de consciência sobre a importância dos determinantes sociais na situação de
saúde de indivíduos e populações e sobre a necessidade do combate às iniquidades de saúde por eles geradas.

Compromisso com a Ação


Implica em apresentar recomendações de política e programas OBJETIVO MAIOR
para o combate às iniquidades geradas pelos determinantes

Compromisso com a Equidade


Promoção da equidade em saúde, como fundamento ético e político Uma saúde no qual os determinantes
sociais influenciem pouco na qualidade
Compromisso com Evidência da mesma!
Avaliar a partir da comissão evidências científicas o que melhoram a
saúde e combater diferenças
Doença de Chagas
É uma antropozoonose causada pelo Trypanossoma cruzi (T. cruzi),
protozoário flagelado que pode causar a doença aguda ou crônica

Epidemiologia/Características Gerais
Inseto transmissor – Barbeiro (Triatomíneo)
Realização condições de imunossupressão no indivíduo Bastante encontrados em casas de Pau e Pique
O homem é considerado o principal reservatório

Bastante presente na região Amazônica e no


norte de Minas e BAHIA!

Formas de Transmissão

Transmissão Vetorial (Ciclo mais a frente)

Transmissão Vertical

Amamentação Transfusão Sanguínea

Oral Transplante de órgãos


Doença de Chagas

Ciclo biológico heteroxênico (Transmissão vetorial)

Inseto pica e defeca


no homem
Formas Invadem as células e
tripomastigota se transformam em
(Extracelulares) AMASTIGOTAS

Transformam-se
novamente em
Transforma-se em tripomastigota
Epimastigotas e ficando na corrente
esferomastigotas no sanguínea
intestino dos insetos e
depois tripomastigota
Novos insetos picam o
homem contaminado
Doença de Chagas
Caracterizada por duas fases: aguda e crônica

Fase Aguda (8 a 12 semanas) Fase Crônica (vida toda)

Manifestações clínicas inespecíficas: Forma indeterminada: pode


- Mal estar, febre, anorexia apresentar essa forma por
- Chagoma (local da picada com edema) décadas até aparecer sinais
- Raro pode apresentar miocardite aguda, gastrointestinais ou cardíacos
derrame pericárdico
Doença cardíaca:
Diagnóstico: cardiopatia chagásica
Microscopia de sangue fresco
PCR (cadeia polimerase)
Doença Gastrointestinal: Diagnóstico:
tudo chagásico ELISA
Imunofluorescência
Doença de Chagas
Tratamento

Terapia Benznidazol e nifurtimox


antitripanossomal

Monitorização de envolvimentos
de outros órgãos

Triagem familiar e aconselhamento ao


paciente
Financiamento e participação popular do SUS
Financiamento do SUS
Referido na Lei 8080 condiz que os recursos financeiros serão
depositados em contas especiais (FUNDOS DE SAÚDE), sob
as três esferas e com fiscalização dos conselhos de saúde.

Lei de Diretrizes Orçamentárias


Na Lei 8080 estabelece o repasse do Houve a criação dos NOBs
federal para o estadual e municipal (Normas Operacionais Básicas
com DOIS critérios do Sus)

50% com base no número de


habitantes

E os outros 50% com base no


desenvolvimento da saúde no
local

• Perfil demográfico e epidemiológico


• Características das redes de serviços
• Desempenhos anteriores em saúde
• Participação da saúde
Financiamento e participação popular do SUS

Mas, e a Lei 8142/90? Regular e Automático


Participação social Financiamento

Conferência de Saúde Recursos do FNS


(caráter permanente)

Realizada a cada 4 anos (Órdinária)


Representa vários segmentos sociais Despesas de Custeios
Avalia a situação de saúde Leis orçamentárias (70% dos
São convocadas quando o poder Executivo ou 50% + 1 recursos para município)
dos integrantes conclamam (conselhos) Investimentos do MS
Ações em Saúde
Conselhos de Saúde (CONASS e Serviços ambulatoriais e
CONASEMS) hospitalares

Conselho Nacional
CONASS: gestores estaduais
CONASEMS: gestores municipais
Financiamento e participação popular do SUS

Emenda Constitucional 29/2000


Lei Complementar 141/2012
Foi uma alteração dos artigos 34, 35, 156, 160,
Tinha como base principal dispor a respeito dos valores mínimos,
167 e 198, que auxiliaram no processo de
estabelecendo critérios de rateio dos recursos e as normas de
financiamento para saúde pública
fiscalização

Começou a atribuir os valores:


Incrementação dos recursos mínimos para
os SERVIÇOS DE SAÚDE Receita correte Líquida

Município 15% das receitas


Estabeleceu a vinculação e base de cálculo e
percentuais mínimos para a saúde Formação do Sistema Estado 12% das receitas
de Informações sobre
Devem ser avaliadas a cada pelo Orçamentos Públicos União Federal associado ao
menos 5 anos em Saúde (SIOPS) balanço do PIB

Disposições Gestores deveriam PRESTAR


PIB – 2001 a 2004 CONTAS PARA RECURSOS
constitucionais
transitórias (ACDT) 12% e 15%
Relatório Detalhado do QUADRIMESTRE
30 de março
Financiamento e participação popular do SUS
Blocos de Financiamento (Pacto pela Saúde)

Assistência Farmacêutica
Atenção Básica
Agregação para aquisição de medicamentos e insumos, além
Financiamento das três esferas composto de dois
de organizar as ações de assistência farmacêutica.
componentes: PAB fixo e variável (Piso de atenção básica).
Variável para Saúde da família, ACS, saúde bucal, povos 1 – Básica: ações e assistências farmacêuticas na atenção básica -
indígenas e sistema penitenciário > Parte fixa: valor com base per capita e parte variável para
programas como HAS E DM, ASMA, RINITE, Saúde Mental, da
Atenção de média e Mulher, Alimentação e nutri e combate ao tabagismo.
alta complexidade
2 – Estratégico: financiamento para controle de
Investimentos para custeio de procedimentos hospitalares endemias, DST/HIV
e ambulatoriais com base: regulação de alta complexidade,
transplantes, ações emergenciais, novos procedimentos. 3 – Medicamentos de dispensação excepcional: investimento
para remédios de patologias específicas
Vigilância em saúde
Haverá limite financeiro de vigilância em saúde das 3 esferas Gestão do SUS
composto por 2 componentes
Financiamento usado para qualificar a gestão do SUS e
implantação de ações e serviços de Saúde
Vigilância epidemiológica e ambiental
Vigilância sanitária
Financiamento para investimento
Financiamento e participação popular do SUS
28 dezembro 2017
PORTARIA 3.992
Emenda Constitucional 86/2015

Estabelecido regra transitória ao longo de 5


anos com a REGRA de ESCALONAMENTO
(13,2 a 15%) de investimento da União

Uma das mais dramáticas derrotas da saúde


pública no Brasil

Investimentos da Petrobrás para


COMPLEMENTAR o mínimo de investimento

Emenda Constitucional 95/2016


Limitação por 20 anos dos gastos federais
com relação à inflação do ano anterior e, no
caso, da saúde não mais pela receita
Financiamento e participação popular do SUS

28 dezembro 2017
PORTARIA 3.992
Financiamento e participação popular do SUS
Histórico
Financiamento e participação popular do SUS
Previne Brasil (Portaria 2.979/2019)
Programa de financiamento voltado exclusivamente para Atenção Primária em Saúde
REDUÇÃO DA BASE PARA CÁLCULO dos recursos investidos

Repasse de dinheiro Pacientes Cadastrados Pré Natal


(recurso) do Controle de diabetes
Governo Federal a Desempenho a partir de Hipertensão
partir: indicadores Doenças sexuais

Objetivos do Previne Brasil

Investimentos a partir da
Vulnerabilidade Socioeconômica: Estimular a implementação da
Bolsa família, crianças e idosos, Estratégia de Saúde da família
municípios distantes da cidade com maior PAB variável
Financiamento e participação popular do SUS
Conselhos de Saúde
Colegiado, permanente e deliberativo
Plenário (Comissões, grupos de trabalho e secretaria executiva)
Conselho Nacional
Os conselheiros possuem mandatos de 3 anos com as funções de:
Atuam no controle e execução da política de saúde - Representar os interesses específicos da sociedade
estabelecendo estratégias de coordenação e gestão do SUS - Posicionamento a favor da população usuária do SUS
É uma atividade não remunerada e consolida o controle social
por intermédio dos conselhos estaduais e municipais

O número de conselheiros variam entre 10 e 20 membros


Conselho Municipal

Conselho Estadual Formulação de estratégia e controlar políticas definidas;


Fiscalizar, planejar e controlar os recursos destinados à
Composto por representantes do governo federal (indicados saúde;
por ministro estadual da saúde) Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais,
movimentos comunitários e associações de moradores
representam tal entidade
Financiamento e participação popular do SUS

Características importantes para


Conselheiros precisam saber: formação de um Conselho de Saúde
Deve possuir regimento interno
Serviço de atenção básica e estrutura administrativa capaz
funcionando devidamente de garantir funcionalidade

População com exames necessários Conselheiros


de rotina na atenção básica
Representatividade Paridade (Paritário)

Principais dificuldades nos serviços de


urgência e emergência

Vigilância Sanitária implantada de


maneira efetiva

Localização das unidades e número

Não age em favor dos interesses individuais


Medicina de Família e Comunidade
Especialidade médica que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente, às
pessoas, às suas famílias e à comunidade.

Responsável por compartilhar:

Confiança
Respeito População indiferenciada (idade, gênero, doença)
Amizade

Atenção primária em saúde

Porta de entrada dos indivíduos

Continuidade/Longevidade Método Centrado na Pessoa

Atendimento integral
Medicina de Família e Comunidade
Especialidade médica que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente, às
pessoas, às suas famílias e à comunidade.

OBJETIVOS DA MEDICINA DE
FAMÍLIA E COMUNIDADE

Abordagem BIOPSICOSSOCIAL no processo de adoecimento-saúde

Ações integradas de promoção, proteção, recuperação da saúde do indivíduo e


coletivo

MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA

Explorar a doença e a experiência Entende a pessoa como um todo


Promoção e prevenção diária Realismo frente a
da pessoa estar doente todo paciente
Projeto para manejo da doença
Intensificar relação medico
paciente
Medicina de Família e Comunidade

Práticas do MFC

Características desejáveis

Identificar e resolver os problemas de saúde de cada pessoa


individualmente e prestar um cuidado médico efetivo para a comunidade
como um todo.
Medicina de Família e Comunidade

Características desejáveis
Integralidade da pessoa, não
apenas na doença
Foco na prática
(inclui-se o domicílio)

Continuidade do Cuidado Longitudinalidade – construção


de conhecimento particular sobre O médico de
cada indivíduo família e comunidade não
pode dizer ‘sinto muito, isso
Estilo diagnóstico não faz parte do meu
Formatos iniciais de investigar
campo de atuação
Classificação diagnóstica por meio de queixas e problemas
de saúde inespecíficos

Exigem um raciocínio médico


História Natural da Doença
mais amplo
Medicina de Família e Comunidade

Princípios da MFC

Quando reconhece o papel da limitação


Reconhecimento da ecologia da do número da população (1800 a 200
saúde da população local pessoas) – Para que possa ser dado
resolubilidade e disponibilidade ideal!
Devem estar sempre preparada
para abordar o paciente Fornecer aos pacientes:
psiquiátrico otimismo, coragem, capacidade
de discernimento e autodisciplina
Medicina de Família e Comunidade
Médico da Família e Comunidade

Responsável pela prestação de cuidados


abrangentes a todos os indivíduos que procuram
cuidados médicos, bem como por providenciar a
prestação de serviços de outros profissionais de
saúde, sempre que necessário.

O médico de família e comunidade age como


defensor dos direitos, dos
interesses e das necessidades das pessoas que
atende e da população pela qual é
responsável.
Sistemas Comparados de Saúde

Sistemas de proteção social (Sec. XIX)

Tinha como base proteger os cidadãos das desigualdades e


responsabilizar o estado pelo Financiamento e prover um grande
número de bens aos cidadãos, como exemplo a saúde

Modelo de Proteção Social


(América)

Retirar a visão mercantilista do Justiça Social


acesso aos bens e serviços e
passa a trazer como Beveridgiana (seguridade social pura,
responsabilidade de todos e universal e gratuita – Inglaterra)
direito dos cidadãos
Filosofia Bismarckiana (seguro social,
individualização de risco)
Sistemas Comparados de Saúde
BRASIL

Modelo de Saúde de
CONTRATO PÚBLICO

Universalização do acesso
Indicadores Importantes
Alocação de recursos para uma pluralidade de
prestadores

Uniu os previdenciários aos não envolvidos no trabalho PIB: 1,605 trilhão de dólares
IDH: 0,761
Índice de Gini: 0,509
SUS Expectativa de vida: 76,3 anos
Pública SAMS
Saúde (atenção médica
Suplementar
suplementar)
(Privado)
SESSÃO 04 Sistemas Comparados de Saúde Obamacare***
EUA

Pluralista Empresarial Permissivo Indice de Gini: 41,5%

Há uma variedade de instituições privadas e públicas, FDA (Food and Drug


Centros para controle e admnistration)
configurando um sistema plural com múltiplos subsistemas
prevenção de doenças Managed Care
Grande importância ao liberalismo (diversidade de modelos de (CDC) Incetivo de
cuidado) – nenhum órgão central governa o sistema – a cobertura é concorrência entre as
por seguro de saúde – múltiplos pagadores Medicad é um seguro social para seguradoras
aposentados (crianças, gestantes,
adultos com menores dependentes, Medicare
Departamento de Saúde e serviços humanos (DHHS) pessoas com incapacidades graves ou Seguro social para
– equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil idosos. aposentados com
mais de 65 anos
Clínicas de saúde pública: ambulatórios, serviços de saúde escolar, serviços contribuído por mais
de bases militares, serviço para população indígena; CUSTOS CRESCENTES E DESIGULDADE NO de 10 anos
MODELO ASSISTENCIAL
Clínicas de instituições voluntárias (Free Clinics) – atenção primária para
A proteção social em saúde é segmentada com cobertura
adultos jovens de baixa renda;
predominantemente por seguros privados (66,5%);
Centros comunitários de saúde apenas um terço da população é coberta por se-guros
Centros de pronto atendimento – públicos (34,5%) e 8,6% permanecem sem cobertu-ra
SETOR PRIVADO
SESSÃO 04 Sistemas Comparados de Saúde
CANADÁ

Administração pública, Canada Health Care


universal e acessível Act (1984)

Cobertura a todos cidadãos


Prevê que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de
– 10 províncias e 3
saúde gratuitamente, os gastos são cobertos pelo fundo
territórios
público, mas os serviços são prestados por empresas privadas
Elevada expectativa PIB: 1,3 bilhão de dólares
de vida IDH: 0,926
Mortalidade infantil: 4,6 para cada mil nascidos vivos
Um dos países com menor
Expectativa de vida: 80-82,08
desigualdade de renda
Indice de gini: 33,3% - 0,31

Cada província e cada território têm autonomia para estabelecer Assistência farmacêutica extra- Não possuem financiamento
prioridades, organizar e gerir os serviços, desde que hospitalar; do Medicare
respeitados os grandes princípios da Lei federal: Odontologia;
Optometria;
universalização, gestão pública, integralidade ou caráter Fisioterapia;
completo da assistência Equipamentos;
Cuidados de longa duração;
SESSÃO 04 Sistemas Comparados de Saúde
ALEMENHA
Seguro social de Doença
(GKV)
Seguro social para aposentadorias e pensões,; seguro Financiamento compulsório com
desemprego, seguro de acidentes de trabalho e base na receita de salários
seguro social para cuidados de longa duração.
CAIXAS DO SEGURO SOCIAL IDH 0,905
Índice de Gini 0,290
Na saúde:

Atenção voltada por serviço público, privados e filantrópicos


Credenciamento dos médicos (direito de escolha dos pacientes)

Serviços ambulatoriais
Nos dias atuais, o GKV garante atenção médica ambulatorial e hospitalar em todos os níveis Serviços hospitalares
de atenção, quase a totalidade do conjunto de ações diagnósticas e terapêuticas atualmente
disponíveis, assistência farmacêutica, odontológica e psicoterapêutica, prevenção,
reabilitação, além de transferências financeiras do amdlio-doença. As contribuições para o conjunto das Caixas são
tradicionalmente paritárias, pagas 50% pelo empregador
e 50% pelo trabalhador (Teto até 2012 4.200 euros)
Sistemas Comparados de Saúde
FRANÇA

Sistema de seguro público baseado em 3


grandes princípios:

Solidariedade: o seguro social garante financiamento compartilhado e


contribuição independe dos riscos individuais
Pluralismo: múltiplos tipos de saúde (pública e privada)
INDICE DE GINI: 29,3%
Medicina liberal: podem escolher seus médicos, liberdade para tratar os
pacientes, as taxas podem ser negociadas ente médico e pacientes e há
sigilo médico

Tempo de espera,
Financiamento advém de impostos e contribuições de
diferente da Inglaterra, é
empregados e empregadoras (ordem do Estado)
bem menor para
Politica de reembolso (pagamento atendimento
devolvido para os usuários)
SESSÃO 04 Sistemas Comparados de Saúde
INGLATERRA

Socialização do serviço, acesso universal


e modelo assistencial regionalizado

National Health
Service (NHS)
PIB: 7,6% do gastos
Equidade e IDH: 0,965
Integralidade Mortalidade infantil: 4,2 para
cada mil nascidos vivos
Financiamento pelo setor público (impostos gerais) + Expectativa de vida: 81 anos
Contribuição pequena da seguridade social

Semelhante ao SUS

Não cobre tratamento odontológico, oftalmológico e medicamentos específicos

9 euros para cada prescrição ambulatorial


Sistemas Comparados de Saúde
CUBA

Ministério de Saúde Pública de Cuba


(MINSAP)

Acessibilidade, gratuidade, participação comunitária,


intersetorialidade, controle e vigilância epidemiológica,
investigações, produção e exportação de ciência
PIB: 100 bilhões de dólares do
Nível nacional Primário gastos, 10% para saúde
Nível provincial Secundário IDH: 0,777
Nível Municipal Terciário Mortalidade infantil: 3,9 para
Quaternário cada mil nascidos vivos
Expectativa de vida: 78,66 anos
Medicina de Família e Comunidade
Sistemas Comparados de Saúde
CHILE

Extremamente diferente do brasileiro

FONASA (Rede Pública)


Além da contribuição de 7% mensal, o
ISAPRE (Rede particular) indivíduo paga uma porcentagem com
cada procedimento realizado, determinada
de acordo com o grupo de classificação
que a pessoa esteja!
TODO cidadão, seja chileno ou estrangeiro,
tem 7% do seu salário mensal descontado Cobre os custos com saúde nos hospitais
e destinado para a saúde ou clínicas principais ou de escolha

PIB: 25 milhões de dólares


IDH: 0,843
Índice de Gini: 45,90%
Expectativa de vida: 79,7
Sistemas Comparados de Saúde
ARGENTINA

Subsetor público Descentralização


Subsetor privado EXACERBADA
Obras Sociais

Cada comuna (estado) e na capital


possui seu próprio ministério da saúde
decidindo onde vai ser gasto o dinheiro PIB: 14 milhões de doláres
IDH: 0,825
Saúde muito ligada ao Mortalidade infantil: 3,9 para
vínculo com trabalho cada mil nascidos vivos
Expectativa de vida: 76,7 anos
Indice de Gini: 38,6%
Sistemas Comparados de Saúde

BRASIL EUA CANADÁ INGLATERRA FRANÇA CUBA CHILE ARGENTINA ALEMANHA


Modelo Modelo Universal, Acesso 3 princípios: Focalizados Pagamento Saúde ampla Financiamento
público e Pluralista acessível e universal, solidariedade como no SUS por cada e universal, compulsório
universal Empresarial administraçã socialização , pluralismo e – sistema procedimento porém com com base na
Permissivo o pública de serviços e medicina universal, realizado, descentraliz receita de
(Pivatizador) modelo liberal acessível, sistema de ação muito salários
assistencial gratuidade, saúde não exacerbada
regionalizado participação universal
social
Planejamento em Saúde
Processo contínuo e dinâmico baseado em intenções e ideias organizadas e orientadas
para atingir um determinado objetivo, possibilitando as tomadas de decisões.

Surge nos anos 60, com esforços do CENDES


(Centro de Estudos da Venezuela) e apoio da
OPAS (Organização Panamericana da Saúde)
Modelo de Teorias Economicistas
Realização do diagnóstico para depois dar sequência à
prioridade, definindo as ações e recursos para maior eficiência
em saúde
Não atendia à pluralidade das
complexidades da área de Saúde
PLANO ESTRATÉGICO E
SITUACIONAL(PES)
Plano Estratégico em Saúde
Carlos Matus (2007)
Planejamento em Saúde

TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.
ZOPP
(Planejamento de Projetos
Orientado por Objetivos)
A cooperação entre diversas pessoas e/ou organizações funciona melhor se
Criado por GTZ
houver consenso de todos
(Sociedade Alemã)

Enfoque A solução de problemas é mais eficaz quanto maior for o grau de


participativo conhecimento das causas

Planejamento e etapas Causas e efeitos são considerados importantes para determinar os objetivos
sucessivas com foque no
trabalho em equipe
Planejamento em Saúde
TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.

MAPP (Método Altadir de


planificação popular)
É um método de Nível popular;
planejamento Associação de moradores;
simplificado do ZOPP Instituições de pequeno porte

Favorece o
comprometimento da
Método de eleição comunidade e de suas
pautado no PES, mas lideranças com a análise
focalizado para e o enfrentamento de
planejamentos em seus problemas
nível local
Planejamento em Saúde
TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.

Planejar é um ato complexo e que


requer a articulação de 3 variáveis:

Projeto de governo: Plano construído pela equipe para atingir os objetivos,


tem inicio nas seleções de problemas e como serão enfrentados
Capacidade de Governo: Acúmulo de conhecimentos e experiências necessários
para implementação do plano

Governabilidade do sistema: Variáveis de recursos necessários para implementar o


Plano, controladas por ator social.
Planejamento em Saúde
TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.

CONCEITOS IMPORTANTES PARA O PES

ATOR SOCIAL: quem declara o problema e se dispõe a enfrentá-lo


atuando na realidade individualmente ou coletiva

SITUAÇÃO: explicitação do contexto onde atores sociais estão


em articulação, sendo ela dialogada e proposital

PROBLEMA: discrepância entre situação real e situação ideal


(ou pretendida)
Planejamento em Saúde
TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.
PES (Planejamento Estratégico
Situacional)

Variados são os fatores e


condicionantes que influenciam
no planejamento em saúde,
orientando para que sejam
monitoradas continuamente as
atividades propostas para
adaptarem-se

1 – Explicativo
2 – Normativo
3 – Estratégico
4 –Tático – operacional
Planejamento em Saúde
TRILOGIA DE MATUS
Carlos Matus (2007)
Um sistema de planejamento (Trilogia Matusiana), dirigido aos distintos níveis gerenciais de uma organização ou
organizações de diferentes complexidades.

PES (Planejamento Estratégico


Situacional)

M1 (Explicativo) M3 (Estratégico)
Explicação de como os problemas nascem e se Analisa a viabilidade do plano ou verifica o modo
desenvolvem, explicar a realidade é o intuito no momento para construir, através de ESTRATÉGIAS, a
(NÓS CRÍTICOS) viabilidade do planejamento. Estratégias e trajetórias
ainda podem ser alteradas.

M2 (Normativo) M4 (Tático-operacional)
Elaboração e elencar as prioridades e como as É o momento em que tudo que foi planejado é
desenvolverão para desatar os nós críticos colocado em prática, gestão e monitoramento
supracitados devem ser feito a todo momento, para que o
planejamento seja contemplado por completo.
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
É um modelo que procura reorganizar a Atenção Básica de acordo com os preceitos do SUS e com o apoio do NASF, estrutura
vinculada à Atenção Básica de Saúde que busca ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na ESF.

Equipe de Saúde da Família


Ligada à UBS
(atribuições gerais)
(unidade básica local)

PORTARIA Participar do processo de territorialização


2.488/2011 Identificar situações de risco e vulnerabilidade
Diretrizes e normas para a Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos
organização da Atenção Cadastrar famílias e indivíduos
Básica (ESF e PACS) Escuta qualificada e encaminhamentos resolutivos

A principal porta de entrada do sistema de saúde,


inicia-se com o ato de acolher, escutar e oferecer
resposta resolutiva para a maioria dos problemas de Expansão – Qualificação – Consolidação da APS
saúde da população
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
Especificidades da estratégia saúde da família

Compete à eSF (Equipe de Saúde da Família):

I – Deve-se conter com, II – A quantidade de ACS


NO MÍNIMO, médico deve ser suficiente para
IV – Cadastramento V – Todos profissionais da
generalista ou cobrir 100% da pop
do profissional de equipe devem cumprir 40
especialista em MFC, cadastrada, com máx de
saúde em apenas horas semanais, exceto os
enfermeiro generalista ou 750 por ACS e de 12
uma eSF, porém o médicos que podem
especialista em MFC, ACS por equipe de saúde
médico poderá trabalhar apenas 32 e as 8
auxiliares e/ou técnicos da família;
trabalhar em até duas horas restantes poder
de enfermagem, agente
III – Cada equipe de saúde eSF, com carga atender em urgências,
comunitários, cirurgião
da família deve ser horária TOTAL de 40 estudar em residências,
dentista, auxiliar ou
responsável por no máximo horas semanais; apoio matricial e etc...
técnico bucal, além dos
agentes de combate a 4000 pessoas, com média
endemias (ACE). de 3000. Considerando-se
a vulnerabilidade de cada
local.
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
Especificidades para cada participante da ESF

Médico ACS
Enfermeiro ACE
1 – Se responsabiliza pelo plano 1 – Fornece o papel de “elo”
1 – Exerce privativamente com a sociedade do local, 1 – ações no campo
terapêutico e continuado dos
a direção dos órgãos de devendo morar na região em que para pesquisa e
pacientes;
enfermagem; trabalha; coleta de
2 – Realizar atendimentos
2 – Realiza consultas, 2 – Reunir informações de saúde reservatórios de
agendados ou demanda
procedimentos, atividades sobre a comunidade adscrita; doenças;
espontânea;
em grupo, solicita 3 – Dedicar-se por 8 horas 2 – Cadastramento
3 – Realizar consultas e até mesmo
exames, prescreve diárias ao serviço; dos domicílios;
pequenos procedimentos cirúrgicos
medicações e gerencia 4 – Cadastramento das pessoas 3 – atualizar e manter
(se necessário na unidade);
insumos; do território; o reconhecimento
4 – Se responsabiliza por
3 – Realiza educação 5 – Visitas domiciliares mensais; geográfico e seu
internamento hospitalar ou
permanente da equipe de 6 – Acompanhamento das território;
domiciliar;
enfermagem, bem como 5 – Realiza, junto com o serviço de condicionalidades do programa
gerencia os ACS. enfermagem, educação continuada BOLSA FAMÍLIA (agora auxílio
com eSF Brasil);
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
Especificidades para cada participante da ESF

Técnico e auxiliar de Enfª Cirurgião Dentista Técnico e auxiliar de


saúde bucal
1 – Sob supervisão dos 1 – Desenvolver ações
enfermeiros; quanto atividades 1 – acolhimento do
2 – Realiza relacionadas à saúde paciente, remoção de Equipes de Consultório
procedimentos bucal; biofilmes, fotografias dos de Rua
regulamentados no 2 – Junto ao TSB, define- dentes;
exercício da profissão se o perfil epidemiológico 2 – Limpeza e Equipes para População
quando os locais de para gerar ações em antissepsia dos campos Ribeirinha da Amazônia
acompanhamento; saúde da boca; operatórios, medidas de Legal e Pantanal e
3 – Realizar biossegurança; Fluviais
atendimentos clínicos, 3 – ASB: limpeza,
atendimento de desinfecção dos
urgências, pequenas instrumentais, auxiliam os
cirurgias e até mesmo cirurgiões e TSB;
instalação de próteses;
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
NASF (Núcleo ampliado de saúde da Família)

Objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da


atenção básica, bem como sua resolubilidade.

NASF ESF

1 - Médico acupunturista;
2 – Assistente social;
Devem buscar contribuir para a integralidade
3 – Professor de Educação Física;
do cuidado aos usuários do SUS
4 – Farmacêutico;
principalmente por intermédio da ampliação Divididos em 2
5 – Fisioterapeuta;
da clínica, auxiliando no aumento da tipos de NASF:
6 – Fonoaudiólogo;
capacidade de análise e de intervenção sobre 1e2
7 – Nutricionista;
problemas e necessidades de saúde, tanto em
8 – Médicos especialistas
termos clínicos quanto sanitários.
(obstetras, homeopatas, pediatras,
geriatria, do trabalho...)
9 – Psicólogo;
10 – entre outros
Estratégia de Saúde da Família e
Comunidade
NASF (Núcleo ampliado de saúde da Família)

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE)

Apoio Matricial Clínica Ampliada Projeto Projeto


Terapêutico Terapêutico no
Ferramentas Construir a Ajustar recortes teóricos Singular (PTS) Território (PST)
utilizadas do responsabilidade de ampliando o auxílio à
Representa um momento em Agrupamento de serviços em
NASF em sua pessoas para pessoas e comunidade, ex: deve ser saúde para determinado
que toda a equipe compartilha
organização apoio educativo da feito discussão de casos opiniões e saberes na território e sua necessidade!
equipe para com a clínicos mais complexos tentativa de ajudar a entender
sociedade! entre as equipes, o sujeito com alguma
demanda de cuidado em
principalmente no NASF. saúde;
Demanda: Espontânea e Programada

Demanda Espontânea: é o Demanda Programada: agendas


nome dado para qualquer dos profissionais que atuam na
atendimento não programado ESF foram organizadas de
na Unidade de Saúde, ou seja, forma programada com
representa uma necessidade períodos específicos para
momentânea do usuário procedimentos e atividades

1- O usuário apresenta queixas que devem


ser acolhidas e problematizadas; Agendamento prévio
2 – A atenção básica consegue absorver e ser Ação prévia à consulta – fortalece a rede
resolutiva em grande parte dos problemas; de Atenção Primária em Saúde
3 – Para criação e fortalecimento de vínculos
4 – Cria-se novas oportunidades para invenção de
novas estratégias de cuidado e reorganização
Cuidado à pessoa com Hipertensão Arterial
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial associados a alterações funcionais ou estruturais de órgãos e metabólicas.

Muito associada a doenças decorrentes de


aterosclerose e trombose

ALTA PREVALÊNCIA E As equipes são multiprofissionais, cujo


BAIXAS TAXAS DE processo de trabalho pressupõe vínculo com a
CONTROLE comunidade e a clientela adscrita, levando em
conta a diversidade racial, cultural, religiosa e
os fatores sociais envolvidos.
No Brasil os desafios no
controle é da Atenção Básica

Organização da linha de cuidado da HAS


Cuidado à pessoa com Hipertensão Arterial
Linha de Cuidado da HAS

Construção e validação de um protocolo para


Objetivo maior: Fortalecer e qualificar a atenção à pessoa consulta, atendimento e acompanhamento
com essa doença por meio da integralidade e da de hipertensos na Atenção Básica:
Longitudinalidade e a coordenação do cuidado, em todos os
pontos de atenção I – Caracterização do paciente: traçar um perfil
sociodemográfico
1. Fatores de riscos
2. Condições de Saúde II – Identificar, registrar e analisar os fatores de risco
3. Solicitar Exames cardiovascular
necessários
4. Prevenir III – Indicadores psicossociais: agregar condições
5. Decisão terapêutica contribuintes para bem-estar social e mental

IV – Avalias as cifras pressóricas elevadas sempre


V – Avaliar ocorrências de complicações

A ESF realiza acompanhamento através de: VI – Solicitar exames sempre que necessário

VII – Condutas: registrar sempre as condutas tomadas


Cuidado à pessoa com Hipertensão Arterial
Consulta médica na avaliação inicial

Investigação da história

Obesidade
Abuso de bebidas alcóolicas Solicitar exames laboratoriais
Uso de contraceptivos complementares
Transtornos hormonais e do sono
Síndromes associadas ECG
Proteinúria
Realizar Exame Físico Potássio Sérico
Dosagem de Glicemia e Colesterol*
Pressão Arterial
Detecção de lesões órgão (retina, membros
inferiores)
Longitudinalidade dos exames
Avaliação em Saúde
A avaliação em saúde produz informações quanto à adequação, efeitos e custos associados
ao uso de tecnologias, programas ou serviços;

Serve como subsídio para tomar decisão e


estabelecer políticas para o setor da Saúde. “Juízos de valor que são aplicados a
diversos aspectos, propriedades,
Seleção de Problema (nível técnico, político e econômico) ingredientes ou dimensões de um processo
chamado assistência médica.”
Medição de atributos pertinentes à
tecnologia, programas ou serviços de
saúde

Julgar os atributos
associados acima

Alimentação do processo INDICADORES DE


de análise e formulação QUALIDADE EM PADRÃO REFERENTE
de condutas SAÚDE

Tríade de
Donabedian
Avaliação em Saúde

INDICADORES DE
QUALIDADE EM PADRÃO REFERENTE
SAÚDE

É avaliação da qualidade da É um valor especificado para Características do problema e


assistência à saúde a distinguir a qualidade de da população-alvo dos serviços
uma população práticas ou serviços em de saúde sob avaliação com
aceitável ou não. Logo, só é construção de categorias
possível inferir que um serviço homogêneas e replicáveis.
tem qualidade em saúde ou
não a partir de um grupo de
Exemplo: Número de profissionais para
observações.
atender, condições de armazenamento de Exemplo: mortalidade
medicamentos em farmácia, sensibilidade hospitalar em diferentes tipos
(exame diagnosticar), especificidade de pacientes
Exemplo: exames laboratoriais
(exame ser negativo), taxa de infecção
com mínimas alterações, morte
materna (fatalidade) – EVENTO
SENTINELA
Avaliação em Saúde

TRÍADE DE DONABEDIAN

Abrange os recursos humanos, físicos e financeiros utilizados na provisão de


Estrutura cuidados de saúde, bem como os arranjos organizacionais e os mecanismos de
financiamento destes recursos

Refere-se às atividades que constituem a atenção à saúde, e envolvem a


Processo interação de profissionais de saúde e população assistida.

Diz respeito às mudanças, no estado de saúde da população, promovidas pelos


Resultado cuidados recebidos
Avaliação em Saúde

Processo

Avaliação Resultado
Estrutura
O processo auxiliar no resultado
favorável (procedimentos médicos e Avaliação
Avaliação cirúrgicos, equipamentos,
Avaliações são aquelas que captam
Estrutura adequada gera um medicamentos)
mudança no resultado;
bom processo de assistência à
Conhecimento existente Possui duas dificuldades:
saúde;
1 – Algumas respostas só se
Servem para o credenciamento
observam depois de um tempo;
de unidades de saúde;
2 – Limitada no que diz respeito à
indicação do que se deve fazer em
Limitações do Modelo de Donabedian: abordagem desenvolvida por relação aos achados desfavoráveis.
ele é simplificada da realidade que pode gerar insuficiência de
referências; Nem sempre um dos pilares depende do outro; Existe
uma subjetividade no conceito de qualidade em saúde; Mortalidade, morbidade,
incapacitação e desconforto
Avaliação em Saúde
Qualidade em saúde
Atributo desejado Eficácia Efetividade Eficiência Otimização Aceitabilidade Legitimidade Equidade
Éa Considera-se É considerada a Considera-se Diz respeito à Éa É o princípio
como o efeito relação entre como o balanço satisfação conformidade
capacidade de custo e o volume
pelo qual se
das ações e entre melhorias demonstrada com as
determinada dos serviços de na saúde e
determina o
práticas por usuários em preferências
Definição intervenção saúde ou custo e custos envolvidos que é justo
implementadas impacto dos relação aos sociais expressa
contribuir para (melhorias para o alcance cuidados por princípios razoável na
serviços sobre a
melhoria da dessas
atingíveis) saúde da ofertados pelos (ético, valores, distribuição do
saúde população
melhorias; cuidado;
serviços de normas)
saúde
3 pilares** Efetividade Relativa = A melhoria da Cuidado com a Existem Introduz a questão Equidade
A/ (A+B) que é a social na
Características para boa melhoria alcançada eficiência é otimização é variáveis horizontal (igual
fundamental nos custos imutáveis para discussão de como igual) e
importantes eficácia sobre A+B que é a
melhoria que poderia qualidade (cuidar
1 – Protocolos para haver acrescidos, pois que isso seja do indivíduo, mas
vertical
ser alcançada SUSTENTABILIDADE
2– Indicadores para pode ser efetivo (idade, gerando bem (desigual como
efetividade: mortes financeira da desproporcional sexo, estado estar de todos) desigual)
Ferramentas saúde
evitáveis, doenças aos benefícios civil,
3 – Profissional evitáveis e
capacitado internamentos educação...)
evitáveis
Avaliação em Saúde
Atributos de Qualidade dos Serviços de Saúde

Acessibilidade

É o conjunto de fatores que influenciam entre capacidade real ou potencial de produzir serviços e capacidade de
consumo desses serviços

Acessibilidade sócio-organizacional Acessibilidade geográfica

É aquela com todas as Relaciona-se à distância, tempo de


características de serviços que se locomover, custo da viagem e
obstruem ou aumentam a para que seja acessível a todos é
capacidade das pessoas usarem os necessário dar garantia de acesso
serviços para remoção de obstáculos físicos,
Ex: políticas formais ou informais que financeiros e etc
selecionam os pacientes em função
da condição social, econômica...
Avaliação em Saúde
Atributos de Qualidade dos Serviços de Saúde

Continuidade

Diz respeito à forma coerente e relacionada na qual o paciente experimenta o cuidado ao longo do tempo,
relacionando-se com um bom fluxo, boas relações interpessoais e uma boa coordenação do cuidado.
Vínculo real (médico x paciente)

Continuidade Continuidade relacional Continuidade gerencial


informacional
Consideramos como a
Uso de informações Refere-se na relação continua conexão e a articulação entre
sobre cuidados entre profissionais e os os diferentes prestadores de
realizados aos pacientes serviços de saúde, como por
pacientes exemplo pacientes diabéticos
(sequência de cuidado,
tempo adequado...)
Avaliação em Saúde
Atributos de Qualidade dos Serviços de Saúde

Deliberação ÉTICA

É a ponderação dos valores e deveres envolvidos em determinadas situações, com intuito de encontrar um algoritmo
em comum, gerando uma solução ótima ou menos prejudicial

Deliberação Clínica: convém ao profissional de saúde


durante seus atendimentos diários

Deliberação ética: é a abordagem ética apropriada aos


problemas éticos nos cuidados de saúde prestados por
equipes multidisciplinares
Ateroma
Placas de ateroma são manifestações da aterosclerose, doença inflamatória crônica e progressiva que acomete
artérias de calibre grande e intermediário, e que resulta de múltiplas respostas celulares e moleculares específicas que
geram obstrução arterial

INFLAMAÇÃO

Acúmulo de LDL nas camadas interna do vaso


Oxidação de lipídeos e proteínas

Atração de monócitos
transformando-se em macrófagos

Englobam LDL (tecido lipídico) Células T (linfócitos) liberando


dando o nome de células produtos que intensificam o
espumosas processo inflamatório
PERDA DE ELASTICIDADE
e ESPESSAMENTO das
paredes vasculares
Ateroma
Implantação da RAS
Redes de Atenção em Saúde

São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por
meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão buscam garantir o cuidado

Portaria nº 4279/2010
Primeira vez falada em 1920
com o relatório Dawson
Estratégia de consolidação dos
Chegou no Brasil no final da década princípios do SUS (Universalidade,
de 90 e consolidada em 2010 integralidade e equidade)

Organizado pela comissão tripartite


(MS, CONASS e CONASEMS)
Dividida em 6 características triviais
Implantação da RAS
Redes de Atenção em Saúde

Portaria nº 4279/2010

1 – Formar relações horizontais entre


diferentes pontos de atenção
(organizados segundo a complexidade de
cada nível de atenção)

2 – Atenção primária é dada como 4 - Ofertar atenção contínua e


centro de comunicação integral

3 – Planejamento e organização das 5 – Cuidado multiprofissional


ações segundo a necessidade de uma sempre
população específica (baseadas nas
evidências científicas) 6 – Compartilhar objetivos e
compromissos com os resultados,
em termos sanitários e econômicos
Fundamentos da RAS
Segundo o Manual de Redes de Apoio essas atribuições são feitas para dar um rearranjo mais
fundamentados ao processo de atenção à saúde

Disponibilidade de recurso: o recurso deve


Economia em Escala:
ser distribuído da forma que quanto mais
custos passam a ser
escasso, mais concentrado, quando menos
menores ao decorrer
escasso mais desconcentrado! Ex: médicos
do aumento de
especialistas e médicos da família
volume das atividades
Suficiência e qualidade: os recursos
financeiros, humanos e tecnológicos Integração vertical: é a articulação de
devem ser suficientes para atender a unidades de produção de saúde
demanda e qualidade dos serviços diferenciada, agregando resolutividade
maior serviço integrado
Acesso: refere-se à logica Ex: redes de diversos proprietários
de que não deve haver
barreiras para o usuário Integração horizontal: junção de serviços
do serviço de saúde de mesma natureza, agregando
resolutividade e reduzindo custos ao
longo prazo
Fundamentos da RAS
Segundo o Manual de Redes de Apoio essas atribuições são feitas para dar um rearranjo mais
fundamentados ao processo de atenção à saúde

Processo de substituição: reagrupamento contínuo de recursos entre


e dentro dos serviços de saúde para explorar soluções melhores e de
menores custos, em função das demandas e das necessidades da
população e dos recursos disponíveis. Tudo é passível de mudança!
Ex: mudança de tratamentos, mudança de local de atendimento,

Região de saúde ou abrangência: é determinada como um área


geográfica de abrangência e cobertura de uma determinada RAS,
sendo ela barganhando bairros, cidades ou regiões.

Níveis de Atenção: APS, secundária e terciária!


Operacionalização das RAS
A abordagem para como funciona e os componentes que estão dentro da RAS é ponto principal para entender sua organização
mais a frente dentro da saúde populacional

São constituídas por 3 elementos fundamentais: população, estrutura


operacional e modelo de atenção à saúde

População: a população e a área


geográfica ficam sob Estrutura operacional: divididas Modelo de atenção à saúde: é
responsabilidade de uma RAS, em 5 componentes como centro uma dada forma de combinar
ficando com a responsabilidade de comunicação, pontos de técnicas e tecnologias para
de cadastramento, atenção à saúde secundária e resolver problemas de saúde e
territorialização e até mesmo terciária, sistema de apoio, atender necessidades de saúde
estratificar em subgrupos dentro sistema logísticos e sistema de individuais e coletivas.
do sistema de saúde governança;
Operacionalização das RAS
Estrutura operacional: divididas em 5
componentes como centro de comunicação,
pontos de atenção à saúde secundária e
terciária, sistema de apoio, sistema logísticos
e sistema de governança;

Centro de comunicação: Atenção primária

Pontos de atenção: servem de apoio à APS

Sistema de apoio: locais que servem de


apoio para todos os pontos de atenção

Sistema logístico: são os prontuários,


regulação, cartão do sus

Sistema de governança: envolve diferentes


atores, gestão regional compartilhada e
interfederativo.
Papel da APS nas RAS
Mesmo com toda a relação horizontal e não hierarquizada pelas RAS, a organização das mesmas
partem a partir da atenção primária que tem papel primordial na operalização das RAS

Principal porta de entrada do usuário do SUS

Ordenar e coordenar os usuários pelos outros


pontos de atenção da rede

Papel de manter um vínculo com essa população,


dando continuidade à atenção

Como possui a Clínica Ampliada como base a APS


atua em cerca de 85% dos problemas em saúde

1. Primeiro contato
2. Longitudinalidade
3. Integralidade - Resolutividade
Possuindo como papel base 7
4. Coordenação - Coordenação
atributos e 3 papéis triviais:
5. Focalização na família - Responsabilização
6. Orientação comunitária
7. Competência cultural
Papel da APS nas RAS
Mesmo com toda a relação horizontal e não hierarquizada pelas RAS, a organização das mesmas
partem a partir da atenção primária que tem papel primordial na operalização das RAS

MACRO E MICROPROCESSOS DA APS

Macroprocessos básicos
Atenção Preventiva: cuidados preventivos da APS que envolvem
Territorialização tecnologias para rastreamento de doenças, vacinas, estratégias de
Cadastramento das famílias modificação de estilo, nutrição...
Classificação dos riscos familiares
Diagnóstico local
Atenção Domiciliar: atendimento em domicílio priorizando o
Estratificação das condições crônicas
diagnóstico da realidade e as ações educativas do indivíduo,
Programação e monitoriamento por estado
internação domiciliar, acompanhamento e vigilância.
Agenda
Contratualização
Autocuidado apoiado: é a característica que aborda o princípio de
que as pessoas portadoras de doenças crônicas conhecem tanto
quanto os profissionais de saúde sobre sua saúde.
Papel da APS nas RAS
Mesmo com toda a relação horizontal e não hierarquizada pelas RAS, a organização das mesmas
partem a partir da atenção primária que tem papel primordial na operalização das RAS

MACRO E MICROPROCESSOS DA APS

Microprocessos básicos

Recepção
Acolhimento
São aqueles processos que
Vacinação
garantem condições para
Curativo
prestação de serviço de qualidade,
Farmácia
justamente na segurança do
Coleta de Exames
cuidado
Procedimentos Terapêuticos
Higienização e esterilização
Gerenciamento de resíduos
Pontos de Atenção (Secundário e Terciário)
Os pontos de atenção participam ofertando determinados serviços especializados que podem ser
divididos em serviços ambulatoriais e hospitalares

Centro de Especialidade Odontológicas


(CEOs) Policlínica
No serviço terciário
demanda
procedimentos que
envolvem alta
UPA tecnologia e alto custo
SAMU como oncologia,
cardiologia, partos de
Unidade de Terapia Renal Substitutiva CAPS alto risco,
(TRSs)
neurocirurgia,
transplantes, diálise
Centro de Referência de Atenção aos
Idosos Pontos de atenção secundária ambulatorial atuam sob algumas
especificidades: planejamento feito a partir das necessidades,
cartão de identificação para todos, sistema fechado (sem
demanda aberta), governado pelas APS
Redes Temáticas
Dentro das redes de atenção foram criadas redes específicas para determinada sociedade participativa temos entre elas: Rede Cegonha,
Rede de cuidado à pessoa com deficiência, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção a pessoas
com Doenças Crônicas

REDE CEGONHA Lançada em 2011

Tem como princípio assegurar as mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada
a gravidez, ao parto e puerpério, assim como dar às crianças crescimento e nascimento seguro

Pilares importantes preconizados:

Ampliação do acesso e da melhoria da Incluir os testes rápidos de


No Estado da Bahia há uma fase de
qualidade do pré-natal, vinculação da gravidez para acelerar o
elaboração em protocolo único de
gestante à unidade de referência, transporte processo de pré-natal
acolhimento com classificação de risco
seguro, boas práticas ao parto
Informar a respeito do para o Estado, sendo atendida por isso!
acompanhamento e local pelo
qual a mulher vá ter seu filho
Redes Temáticas
Dentro das redes de atenção foram criadas redes específicas para determinada sociedade participativa temos entre elas: Rede Cegonha,
Rede de cuidado à pessoa com deficiência, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção a pessoas
com Doenças Crônicas

REDE CUIDADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA Instituída pela portaria 1060 em 2022

Tem como propósitos: proteger a saúde da pessoa com deficiência, reabilita-la para incluir em todas as
esferas sociais e prevenir agravos para com essas pessoas.

Atenção INTEGRAL

Composta por:

Centro Especializados em
Reabilitação Centros de Especialidades
Odontológicas que
Oficinas Ortopédicas trabalham ainda mais com NA APS: NASF + UBS
esses pacientes
Redes Temáticas
Dentro das redes de atenção foram criadas redes específicas para determinada sociedade participativa temos entre elas: Rede Cegonha,
Rede de cuidado à pessoa com deficiência, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção a pessoas
com Doenças Crônicas

A lei 10.216 consolida os princípios da


REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Reforma Psiquiátrica Brasileira

A portaria 3.088 institui a Rede de Atenção Psicossocial para atenção às pessoas com sofrimento ou
transtorno mental, assim como necessidades decorrentes de uso drogas, álcool, crack
Ampliação do Cuidado
Pontos de atenção à essas
pessoas: Monitorar casos de
Serviços de saúde de distúrbios mentais
caráter aberto e comunitário leves e moderados
(equipe multiprofissional)
CAPS Adoção de medidas
Papel estratégico: terapêuticas que
trabalham em conjunto inserem eles na
com eSF e ACS sociedade
Mapeamento
Redes Temáticas
Dentro das redes de atenção foram criadas redes específicas para determinada sociedade participativa temos entre elas: Rede Cegonha,
Rede de cuidado à pessoa com deficiência, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção a pessoas
com Doenças Crônicas

REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


Responsáveis pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado
em situações de urgência e emergência

Trabalha com a UPA Centrais de Regulação organizam


e SAMU a estrutura disponível
(diminuem a peregrinação com o
paciente)
SAMU 192

UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24h)


Redes Temáticas
Dentro das redes de atenção foram criadas redes específicas para determinada sociedade participativa temos entre elas: Rede Cegonha,
Rede de cuidado à pessoa com deficiência, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção a pessoas
com Doenças Crônicas

REDE DE ATENÇÃO A PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS


Faz parte da política nacional às pessoas com doença crônica, ainda incluindo a prevenção e controle do câncer.
A portaria 483 em 2011 para lançar PLANO de ações:

Cuidado integral – sendo o eixo


Promoção à saúde
que contempla todo o objetivo
dessa Rede
Vigilância, informação,
avaliação e Promover hábitos de vida saudáveis
monitoramento Qualificar a atenção à essas pessoas
Ampliar estratégias para tais pacientes
Modelos de atenção das condições aguda e crônicas
Considera-se o último elemento presente na RAS (Modelos de Atenção)

Refere-se ao sistema lógico que organiza o funcionamento da RAS


articulando as relações entre a população a subpopulações
(grupos), estratificando riscos, focos de intervenções do sistema e
os diferentes tipos de intervenções sanitárias

Condições Agudas

Identificar, no menor tempo possível,


a gravidade que uma pessoa esteja
em situação de emergência ou
urgência
Tempo – Resposta em relação ao risco
Classificação de Risco
Modelos de atenção das condições aguda e crônicas
Considera-se o último elemento presente na RAS (Modelos de Atenção)

Condições Crônicas
Desenvolvido nos EUA, mas aplicado no BR em 2007 como Modelo de Atenção às condições crônicas (MACC)

Principais pautas:
1 – Diretrizes clínicas baseadas
em evidência
2 – Sistema de identificação das
pessoas usuárias
3 – Estratificação da população
em subpopulações
4 – Registro das pessoas
usuárias
5 – Prontuários eletrônicos
6 – Continuidade de atenção
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
O propósito desta política é garantir aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política

Contexto Histórico da Saúde Indígena no país

1910 (Serviço de Proteção ao


Índio) SPI, órgão vinculado ao Desorganizada e esporádica
Ministério da Saúde I e II Conferência Nacional de Saúde
dos Povos Indígenas (1986 e
Na década de 1950 houve a 1993) – Distritos Especiais
Levar ações básicas para
criação do Serviço de Indígenas
população indígena e rural
Unidades sanitárias aéreas de difícil acesso Já em 1991, decreto 23, foi
(SUSA) transferido para o Ministério da
Saúde o papel de
1967 – Extinto a SPI e Realizavam atendimentos médicos, vacinação, responsabilidade da coordenação
fiscalizando o trabalho dos profissionais na do cuidado aos povos indígenas
produzido a FUNAI
(COSAI)
região (Equipes Volantes – EVS)
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
Diretrizes
Para que a saúde do indígena tivesse o propósito de favorecer a superação dos fatores foi necessário abordar as
seguintes diretrizes:

Organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na forma de Distritos Sanitários
Especiais e Pólos-Base, no nível local, onde a atenção primária e os serviços de referência se situam;
Preparação de recursos humanos para atuação em contexto intercultural;
Monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas;

Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde;

Promoção e uso adequado do uso de medicamentos;

Promoção de ações específicas em situações especiais

Promoção da ética na pesquisa e nas ações de atenção à saúde envolvendo comunidades indígenas;

Promoção de ambientes saudáveis e proteção da saúde indígena e controle social


Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
Distrito Sanitário Especial Indígena

É considerado um modelo de organização de serviços, orientado para um espaço etno-cultural dinâmico


que tem o papel de contemplar atividades necessárias à assistência dos indígenas

Cabe aos distritos oferecer: Respeito aos aspectos socioculturais


1 – Ações de prevenção a doenças;
2 – Monitoramento das condições saúde;
A definição territorial vai
levar em consideração

População, área geográfica e perfil epidemiológico Vias de acesso aos serviços estalados em nível
local e à rede regional do SUS
Disponibilidade de serviços, recursos humanos e
infraestrutura Distribuição geográfica tradicional dos povos indígenas

As equipes de saúde devem ser compostas por


médicas, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de
enfermagem e agentes indígenas de saúde
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
Polo-Base
São locais de referência para os agentes indígenas da saúde serem capacitados e auxiliar na apropriação de conhecimentos e
recursos técnicos da medicina ocidental, sem substituir as ideologias, mas servindo de apoio para saúde indígena

Localizados numa comunidade


Casas de Saúde Indígena estão
indígena – correspondem as
dentro desses polo-base
Unidades Básicas

PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL

A formação e a capacitação de indígenas como agentes de saúde é uma estratégia que visa favorecer a apropriação, pelos
povos indígenas, de conhecimentos e recursos técnicos da medicina ocidental, não de modo a substituir, mas de somar ao
acervo de terapias e outras práticas culturais próprias, tradicionais ou não.

Programa Formação de Agentes Capacitação dos recursos humanos para saúde


Indígenas de Saúde indígena deverá ser priorizada
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
MONITORAMENTO DAS AÇÕES EM SAÚDE

Deve haver a formação de sistemas de SIASI (Sistema de Informação da


informações, uma vigilância voltada para Atenção à Saúde Indígena)
população indígena

Essas informações servirão também para identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde,
estabelecer prioridades na alocação de recursos e orientação programática, facilitando a participação das
comunidades no planejamento e na avaliação das ações

ARTICULAÇÃO DOS SISTEMAS TRADICIONAIS INDÍGENAS DE SAÚDE

“O reconhecimento da diversidade social e cultural dos povos indígenas, a consideração e o respeito dos seus
sistemas tradicionais de saúde são imprescindíveis para a execução de ações e projetos de saúde e para a elaboração
de propostas de prevenção/promoção e educação para a saúde adequadas ao contexto local”

Respeito às concepções, valores e práticas relativos ao


processo doença próprios a cada sociedade indígena
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
PROMOÇÃO AO USO ADEQUADO E RACIONAL DE MEDICAMENTOS

A assistência farmacêutica no contexto de atenção a saúde pública


- Seleção; programação; aquisição; acondicionamento; estoque;
distribuição; controle e vigilância

O manual traduz que deve ser feito uma articulação


PRESSUPOSTOS PARA OS GESTORES:
entre as necessidades com conhecimentos
1 – Descentralização da gestão da assistência farmacêutica, no
tradicionais e uso de plantas medicinais
âmbito dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas;
2 – Uso racional dos remédios, respeitando as tradições
culturais;
3 – Adaptação e avaliação dos protocolos;
4 – Controle de qualidade e vigilância em relação aos possíveis
efeitos iatrogênicos;
5 – Educação em medicamentos;
6 – Dar autonomia aos indígenas quando ao uso dos
medicamentos tradicionais.
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas
SESAI FUNAI
Secretaria Especial de Saúde Indígena: coordenar e É um órgão indigenista oficial vinculado ao Ministério
executar a Política Nacional à Saúde Indígena da Justiça responsável por coordenar as ações dos
Governo Federal destinadas para assegurar os direitos
Descentralizar, Autonomia administrativa, constitucionais no país.
orçamentária, financeira e responsabilidade sanitária
POLÍTICAS DE DEMARCAÇÃO,
FISCALIZAÇÃO e RETIRADA de INVASORES

LEI AROUCA (Lei 9.836/99)

Em 1999, considerada como marco regulatório da atenção à vida das populações indígenas no Brasil
Saúde da População Negra
Histórico brasileiro de saúde e atenção à população negra é bem marcante

Movimento Social Negro (1970) participou ativamente da 8ª Conferência Nacional em Saúde

Em 1990, devido às reivindicações Marcha Zumbi de Palmares houve a criação do Grupo de


Trabalho Interministerial para Valorização da População Negra (GIT)

Introdução dos requisitos cor nos sistemas de


informações de mortalidade e de nascidos vivos

Resolução CNS 196/96 recorte racial em toda e


qualquer pesquisa envolvendo seres humanos

2006: II seminário Nacional de Marcado pelo reconhecimento oficial do MS que existe


Saúde da População Negra racismo institucional ao nível do SUS
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN)
Seu propósito é garantir maior grau de equidade no que tange à efetivação do direito humano à saúde,
em seus aspectos de promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos
transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência nesse segmento populacional.

Devido as altas taxas de mortalidade materna, infantil, maior


Movimentos sociais junto ao Comitê Técnico de prevalência de doenças crônicas e infecciosas
Saúde da Pop Negra (CTSPN)
UNIVERSALIDADE
Portaria 992/2009 aprovado pelo Conselho
Nacional de Saúde
Política Transversal junto com as 3 esferas
de poder Governamental
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN)
Diretrizes Gerais

1 – Inclusão de temas sobre Racismo e Saúde da


população negra permanente aos trabalhadores de
saúde;
Objetivos Específicos:
2 – Fortalecimento da participação do Movimento I – Garantia de saúde até mesmo nos locais periféricos
Negro no apoio ao controle social da saúde; II – Identificar e combater abusos no ambiente de saúde,
3 – Incentivo à produção do conhecimento científico e trabalho ou onde quer que seja;
tecnológico em saúde da população negra; III – Planejar a saúde para pop negra que vive em locais de
campo ou florestas
4 – Reconhecimento das práticas e saberes próprios
IV – Definição das 3 esferas de governo para a saúde
de cada cultura negra;
negra;
5 – Monitoramento e avaliação das ações de combate V –Saúde suplementar incluir negros;
ao racismo e à redução das desigualdades na saúde; VI – Fomentar ainda mais estudos e pesquisas.
6 – Fortalecimento da identidade negra, processos de
informação e desconstrução de estigmas;
PROGRAMA BRASIL QUILOMBOLA
Criado pelo Governo Federal em 2004, considerada como política de Estado para áreas
remanescentes de quilombos, abrangendo ações inseridas nos diversos órgãos governamentais

Programa Coordenado por SEPRIR (Secretaria de


políticas de promoção da igualdade racial)

4 EIXOS para alinhamento nas ações

Regularização Fundiária: resolução de problemas


relativos à emissão do título de posse das terras pelas Desenvolvimento econômico e social: desenvolvido
comunidades quilombolas e garantia da reprodução para ter uma sustentabilidade baseada em
física, social e cultural de cada comunidade características territoriais e na identidade coletiva

Infraestrutura e serviços: consolidação de mecanismos Controle e participação social: estímulo à participação


efetivos de infraestrutura e construção de ativa dos representantes quilombolas nos fóruns e
equipamentos sociais destinados a essa comunidades locais de política de saúde pública, acesso a todos.
PROGRAMA BRASIL QUILOMBOLA

PRINCÍPIOS

Transversalidade
Gestão Descentralizada
Gestão Democrática (entre entidades governamentais e não)

APOIO AO INCRA: Instituto Nacional de Colonização


e Reforma Agrária para regular terras quilombolas

ÁREAS DE ATUAÇÃO

INFRAESTRUTURA:
TERRA: regularização IGUALDADE RACIAL: SEGURANÇA DESENVOLIMENTO programa luz para
fundiária para reduzir as ALIMENTAR: garantia E SAÚDE: todos, piloto kalunga
assentamento e desigualdades de acesso a estabelecer auxílio (construção de casas
preservação das (Programa Quilombo alimentos de para qualquer tipo de pela Funasa)
comunidades e sua Axé, Comitês de qualidade, quantidade alteração da vida
cultura Gestores Estaduais) GERAÇÃO DE RENDA
suficiente, de modo (física ou EDUCAÇÃO
permanente psicológica) ESPORTE
PREVIDÊNCIA SOCIAL
MORTALIDADE MATERNA
Ainda sim, no Brasil, os índices de mortalidade materna seguem elevados, porém necessita de uma intervenção
a respeito do tema, atingindo de forma desigual as mulheres com menores acessos sociais

Subnotificação das causas dos


2004: no Governo Lula, lançou o
óbitos – Omissão das realidades
Pacto Nacional pela Redução da
do óbito
Mortalidade Materna e Neonatal
Vigilância Epidemiológica da Sub-registro das declarações de
Mortalidade Materna óbito: omissão dos registros em
(regulamentada em 2008) cartório, devido a dificuldade de
acesso, cemitérios irregulares ou
VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS falta de informação

A portaria GM 1172, 2004 INVESTIGAÇÃO


institui que as secretarias devem OBRIGATÓRIA
designar uma equipe de vigilância Articuladas com Comitê Hospitalar,
dos óbitos maternos e infantis no Municipal, Regional ou Estadual
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
município e estado
Fichas de Investigação:
A partir da DO (declaração de óbito) *Identificação, dados pessoais, história obstétrica, criticas
dos familiares ao atendimento e dados de assistência
MORTALIDADE MATERNA

COMITÊ DE MORTALIDADE MATERNA

São organismos de caráter educativo, com atuação sigilosa, não


coercitiva ou punitiva. Concentram-se em instituições
governamentais e sociedade civil organizada que visam analisar
TODOS OS ÓBITOS MATERNOS e APONTAR MEDIDAS DE
INTERVENÇÃO
Na maioria dos casos os
Comitês são ESTADUAIS

Os comitês são constituídos por:

Secretarias de Saúde (Área Técnica de Saúde da


Mulher, Vigilância, Atenção básica até complexa;
Conselho Regional de Medicina e Enfermagem REDUÇÃO DAS MORTES
Sociedades Científicas
Movimentos de Mulheres e Conselho de Saúde
MORTALIDADE MATERNA
TIPOS DE MORTE MATERNA
Considera-se como morte ou óbito materno uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação
(puerpério), causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela
NÃO É CONSIDERADA COMO MORTE MATERNA a que
é provocada por fatores acidentais ou incidentais Morte Materna Tardia
Morte gerada por causas diretas ou
Morte Materna indiretas, que ocorrem depois de 42
Morte Materna
Obstétrica Direta dias do parto e menos de 1 ano
Obstétrica Indireta
É aquela que ocorre por É aquela resultante de doenças que Morte Materna
complicações obstétricas durante a existiam antes da gestação ou que Presumível ou Mascarada
gravidez, parto ou puerpério devido se desenvolva durante esse período, É aquela cuja causa base é
intervenções, omissões, tratamento não provocadas por causas porque a DO (declaração de
incorreto ou uma cadeia de eventos obstétricas diretas, mas por óbito) não foi preenchida
resultantes; agravamentos dos efeitos corretamente, mascarando-a;
fisiológicos
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;
SUBNOTIFICAÇÃO GRANDE PROBLEMA
Indicadores de mortalidade

Taxas ou coeficiente de mortalidade infantil: estima o risco de morte de nascidos vivos durante o primeiro
ano de vida e reflete condições, acesso e qualidade dos recursos disponíveis para a atenção em saúde
materna e infantil

Servem como colaboradores para


os processos de planejamento,
gestão e avaliação de políticas e
ações de saúde voltada para
atenção pré-natal, parto e saúde
infantil
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade neonatal precoce: estima os óbitos de nascido vivo morrer durante a PRIMEIRA
SEMANA DE VIDA, refletindo as condições de má qualidade do cuidado

APENAS MORTALIDADE DE 0 a
6 dias de nascidos
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade neonatal tardia: estima os óbitos de nascido vivo morrer durante o 7 dia aos 27 dias
DE VIDA, refletindo as condições de má qualidade do cuidado.

APENAS MORTALIDADE DE 7 a
27 dias.
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade pós natal: estima os óbitos de nascido vivo morrer durante o 28 e 364 dia de
nascimento vivo, denota o desenvolvimento com desnutrição infantil e as infecções a ela associada.

APENAS MORTALIDADE DE 28 a
364 dias,
Quando a taxa de mortalidade
infantil é alta, geralmente o
componente mais elevado é a
mortalidade pós natal.
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade perinatal: número de óbito ocorridos no período perinatal (22 semanas de gestação
até o 7º dia de vida).

Estima o risco de um feto nascer


sem qualquer sinal de vida ou
nascendo vivo e morrer na
primeira semana;
Indicador mais associado a
análise da assistência obstétrica e
neonatal na utilização dos
serviços de saúde.
MORTALIDADE INFANTIL
Assim como a mortalidade materna, a mortalidade infantil perpassa por necessidades e metas para reduzir os
índices, mesmo com uma diminuição no país, são considerados divergentes com o desenvolvimento do país;

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade fetal: número de óbitos fetais (ocorridos a partir da 22ª semana completa de
gestação ou fetos com peso igual ou superior a 500g ou estatura de 25cm)

Estima o risco de um feto nascer


sem qualquer sinal de vida
QUESTÕES DISCUTIDAS
QUESTÕES DISCUTIDAS
QUESTÕES DISCUTIDAS
QUESTÕES DISCUTIDAS
QUESTÕES DISCUTIDAS
OBRIGADO!

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